O papel do professor frente às
TDVs
Alaianna Nunes
Cristiano Mendes
Giovani Vargas
Guilherme Molin
Karla Braatz
[email protected]
Canoas, 2011
O papel do professor frente àsTDVs
Imigrantes X
Nativos Digitais
Inclusão da
tecnologia
Capacitação dos
docentes
Conhecimento
e rede do
conhecimento
Conhecimento e rede do conhecimento


A aprendizagem ocorre
quando a informação é
processada pelos esquemas
mentais e agregadas a esses
esquemas.
O sujeito constrói seu
conhecimento na interação
com seu meio físico e social.
Desenvolvendo competências para
atuação do docente em frente as TDVs
NATIVO DIGITAL
X
IMIGRANTE DIGITAL
Desenvolvendo competências para
atuação do docente em frente as TDVs
-
Necessidade de capacitar os docentes
para o uso das TDVs
Cursos capacitam somente o uso para si
mesmo
Utilização de ambientes virtuais nas séries
iniciais
Maioria dos cursos tem como público
alvo os docentes do Ensino Superior
Desenvolvendo competências para
atuação do docente em frente as TDVs
Público - alvo
Professores do Ensino
Fundamental
Carga - horária
80 h
Pressupostos Teóricos
Educar pela pesquisa
Competência Pedagógica
Reconstrução do conhecimento
teórico e da prática docente
Competência Técnica
Alfabetização tecnológica
Habilidades Técnicas
Utilizar recursos do gerenciador de
programas, editor de textos, envio e
recebimento de e-mails, uso de
ferramenta de busca, download de
arquivos.
Inclusão da tecnologia
[...]A educação do cidadão não pode estar alheia ao novo contexto
socioeconômico-tecnológico[...](Silva, p.63).
[...]Cibercultura quer dizer modos de vida e de comportamentos assimilados
e transmitidos na vivência histórica e cotidiana marcada pelas tecnologias
informáticas[...](Silva, p.63).
[...]A contribuição da educação para a inclusão do aprendiz na cibercultura
exige um aprendizado prévio por parte do professor[...](Silva, p.63).
Inclusão da tecnologia
[...]A educação do cidadão não pode estar alheia ao novo contexto
socioeconômico-tecnológico[...](Silva, p.63).
[...]Cibercultura quer dizer modos de vida e de comportamentos assimilados
e transmitidos na vivência histórica e cotidiana marcada pelas tecnologias
informáticas[...](Silva, p.63).
[...]A contribuição da educação para a inclusão do aprendiz na cibercultura
exige um aprendizado prévio por parte do professor[...](Silva, p.63).
O professor precisará se dar conta de que
transitamos da mídia clássica para a mídia on-line
O professor precisará se dar conta do hipertexto próprio da
tecnologia digital
O professor precisará se dar conta da interatividade
como mudança fundamental do esquema clássico da
comunicação
[...]Na cibercultura, ocorre a transição da lógica da
distribuição (transmissão) para a lógica da
comunicação(interatividade). Isso significa modificação
radical no esquema clássico da informação baseado na
ligação unilateral emissor – mensagem – receptor: a) o
emissor não emite mais, no sentido que se entende
habitualmente,uma mensagem fechada[...](Silva, p.64).
Imigrantes X Nativos Digitais
Conhecimento e rede do
conhecimento

Contradições da realidade brasileira
O Desafio da Inclusão Digital
Marc Prensky, especialista norte-americano em educação e aprendizagem,
trouxe-nos o conceito de nativo/imigrante digital: enquanto que o primeiro
compreende as pessoas nascidas dentro de um contexto de inserção tecnológica e
que têm por característica uma familiarização “nata” com a informática, o segundo
teve o seu contato com as novas tecnologias acontecendo passiva e gradualmente
e, assim, apresenta as suas raízes fincadas na era pré-computador não possuindo,
deste modo, uma desenvoltura tão espontânea com o mundo digital.
A discussão em certos países está em elaborar uma confluência entre os
anseios da geração digital na sala de aula e as possibilidades pedagógicas do
educador nesse meio. O que se vê, contudo, é um despreparo de cunho cultural
por parte deste último. Outro especialista no tema, Ian Jukes, elenca oito
diferenças fundamentais de estilo entre os alunos e os professores de hoje:
1.
Estudantes digitais: recebem informações de múltiplas fontes
Professores analógicos: transmissão lenta e controlada de informação
2.
Estudantes digitais: multitarefas
Professores analógicos: uma tarefa de cada vez
3.
Estudantes digitais: preferência pelo aprendizado multimidiático
Professores analógicos: ensino através de livros escolares
4.
Estudantes digitais: acesso aleatório às fontes de informação
Professores analógicos: programa de ensino disciplinado, lógico e sequencial
5.
Estudantes digitais: conexão simultânea a várias pessoas
Professores analógicos: preferência pelas tarefas individuais
6.
Estudantes digitais: aprendizagem “just-in-time”, movida pela curiosidade
Professores analógicos: aprendizagem “just-in-case”, movida pela contingência
7.
Estudantes digitais: gratificação instantânea e competitiva pelo aprendizado
Professores analógicos: gratificação no final do período letivo
8.
Estudantes digitais: aprendizado pela relevância subjetiva
Professores analógicos: aprendizado segundo programa de ensino objetivo
Relação
Conflituosa...
Jukes
revela-nos
Os imigrantes digitais pensam e gerenciam a
educação dos nativos digitais criando um problema
de base: embora o computador e a internet venham
um
proporcionando uma metamorfose no imaginário
problema cada vez mais evidente
dos alunos e transformando o seu mundo, as escolas
no dia-a-dia das escolas, ou seja,
ainda insistem num modelo engessado por normas
o crescente distanciamento entre
de outrora quando a biblioteca física, e não a virtual,
os profissionais de ensino e a
reinava como fonte de informação confiável. Num
classe discente devido aos apelos
meio onde um celular apresenta, via acesso à
multimidiáticos da informática e à
internet, um universo de conhecimento – e de
linguagem
supostamente
distração -, a escola tradicional ganha o estigma de
ultrapassada do ensino de hoje.
tolhedora do conhecimento e da criatividade com o
Contudo,
Marc
seu quadro-negro, caderno e lápis. Será verdade? À
Prensky sugere que o conflito
guisa de canal de comunicação, aprendizagem,
extrapola
partilha,
seu
a
colega
sala
de
aula,
tornando-se um problema entre
gerações.
socialização,
pesquisa
e
criação,
computador não seria um sutil Leviatã moderno?
o
Filhos da Era Digital
Prensky afirmou que as ferramentas eletrônicas são como extensões do
cérebro das crianças de hoje. Isto é, são o meio através do qual elas apreendem e
compreendem o mundo de modo dinâmico. A sua adaptação ao computador e
demais bugigangas eletrônicas é, além de espontânea, autoinsuflada pela
curiosidade que lhe é natural. Segundo a psicóloga Rosa Maria Farah, da PUC de
São Paulo, é indispensável nesta fase o acompanhamento dos pais a fim de se evitar
que o computador seja feito de babá. Uma das características mais interessantes
dessa geração é a sua maneira rápida na articulação das ideias aliada ao abandono
da lógica linear em seu raciocínio. A educadora da Universidade Federal de Juiz de
Fora, Maria Teresa Freitas, é otimista ao apontar a internet como promotora da
leitura e da pesquisa entre os jovens. Outrossim, chats e blogs seriam responsáveis,
estes pela elaboração e sofisticação da escrita, aqueles pelo estímulo ao
pensamento crítico e argumentativo do adolescente.
Todavia, não se vê nessa matéria unanimidade. A deformação do aprendizado
gramatical encontra-se como um tema recorrente dos críticos do papel educativo
do computador. As abreviaturas e neologismos típicos dos chats e redes de
relacionamento têm recebido críticas de todos os lados, embora os internautas
sejam entusiastas daquilo que se costumou chamar de internetês. O preço de tal,
digamos, liberdade criativa, é pago nas provas escolares.
Um dos bastiões da turma internáutica é terem provado que a web serve
eficientemente como fonte de pesquisa ao contrário do que se afirmava antes
quando a imensidão da rede e a sua malha intricada sugeriam dificuldade para se
trabalhar com temas específicos. Segundo Geraldo Possendoro, especialista em
Neurociência e Comportamento da Universidade Federal de São Paulo, a relação
com o computador modifica o cérebro das crianças e adolescentes. Os videogames,
por exemplo, valorizam a velocidade das respostas e, consequentemente, estimulam
o desenvolvimento cognitivo dos seus aficionados.
Nem Tudo
são Flores
Estar conectado pode equivaler a estar alienado.
A psicóloga Andréa Jotta
Conceder força aos nativos digitais talvez seja o
Ribeiro, da PUC-SP, alerta o
mesmo que imaginar que um leopardo seja
risco de os pré-adolescentes em
domesticável porque se parece com um gato.
especial se deixarem seduzir
Os
imigrantes
desta
era
têm
mais
pelo mundo virtual e abrirem
responsabilidade do que se supõe para balizar as
mão dos relacionamentos com
carências e excessos que a informática promove. O
pessoas
pediatra Fábio Ancona Lopez, de São Paulo, avisa
de
Problemas
carne
de
e osso.
aculturação
podem ser confundidos com
cosmopolitismo
aconselhamentos
assim
como
paternos
tendem a ser substituídos por
dicas
duvidosas
dadas
desconhecidos na rede.
por
que cada vez mais se percebe entre os jovens um
sintoma chamado de solidão cibernética. A vastidão
do espaço virtual aos poucos vai desvelando a sua
face insidiosa.
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O Desafio da Inclusão Digital