FORMAÇÃO DE CAPITAL E POTENCIAL DE CRESCIMENTO BRASILEIRO EDMAR L. BACHA IEPE/CdG Seminário Comemorativo de 10 Anos Empresa Júnior de Economia da UnB, Econsult Brasília, 22/09/2011 -2.5% -5.0% 2011 2009 2007 2005 2003 2001 1999 1997 Taxa PIB 1995 1993 1991 1989 1987 1985 1983 1981 1979 1977 1975 1973 1971 1969 1967 1965 1963 1961 1959 1957 1955 1953 1951 1949 1947 CRESCIMENTO NÃO RETOMA PADRÕES DO PASSADO: POR QUÊ? 15.0% 12.5% Md móvel quinquenal 10.0% 7.5% 5.0% 2.5% 0.0% -2.5% -5.0% 2010 2008 2006 2004 2002 K' 2000 1998 1996 1994 1992 1990 1988 1986 1984 1982 1980 1978 1976 1974 1972 1970 1968 1966 1964 1962 1960 1958 1956 1954 1952 1950 1948 CRESCIMENTO DO PIB ASSOCIA-SE AO DO ESTOQUE DE CAPITAL 15.0% 12.5% Y' 10.0% 7.5% 5.0% 2.5% 0.0% DEDUÇÃO DA FÓRMULA PARA A TAXA DE CRESCIMENTO DO CAPITAL, K’ (1) Partimos da igualdade entre investimento e poupança: Pi.I = S Dividindo pelo PIB (=Py.Y) e simplificando a notação: p.(I/Y) = s onde: p = Pi/Py e s = S/Py.Y Introduzindo o capital-em-uso (u.K): p.(I/Y).(uK/uK) = p.(I/K).(1/u).(uK/Y) = = p.(I/K)(1/u)(1/v) = s onde v = Y/uK é a relação produto-capital(em uso). DEDUÇÃO DA FÓRMULA PARA A TAXA DE CRESCIMENTO DO CAPITAL, K’ (2) Isolando a relação I/K: I/K = s.(1/p).u.v Decompondo o investimento bruto(I=∆K+D): (∆K + D)/K = ∆K/K + δ = s.(1/p).u.v Definindo K’ = ∆K/K, vem a expressão final: K’ = s.(1/p).u.v - δ PREÇO RELATIVO DO INVESTIMENTO, p, SUBIU MUITO E PARECE ESTABILIZADO 1.5 1.4 1.3 1.2 1.1 1 0.9 0.8 0.7 0.6 O MISTÉRIO DE ‘p’ RESUMO DOS RESULTADOS, 1947-2003 (var dep: p) Estatísticas de regressão: R-Quadrado 0,935 R-quadrado ajustado 0,930 Erro padrão 0,0472 Observações 57 Coeficientes Erro padrão Stat t Interseção 0,543 0,040 13,55 Mq Imp/total -0,161 0,061 -2,63 D 87-2003 0,218 0,027 8,13 Tx cambio 0,079 0,034 2,32 Tendência 0,004 0,001 4,86 valor-P 0,000 0,011 0,000 0,024 0,000 UTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE (u) CAIU E AINDA NÃO VOLTOU AO QUE ERA (... mas se aproxima, nos anos bons) 100% Utilização de Capacidade na Economia Brasileira, 1947-2010 (%) 98% 96,7% 96% 94,4% 94% 92,7% 92% 90,6% 90% 88% 2009 2007 2005 2003 2001 1999 1997 1995 1993 1991 1989 1987 1985 1983 1981 1979 1977 1975 1973 1971 1969 1967 1965 1963 1961 1959 1957 1955 1953 1951 1949 1947 86% 2009 2007 2005 2003 2001 1999 1997 1995 1993 1991 1989 1987 1985 1983 1981 1979 1977 1975 1973 1971 1969 1967 1965 1963 1961 1959 1957 1955 1953 1951 1949 1947 RELAÇÃO PRODUTO-CAPITAL (v) CAIU MUITO E RECUPEROU-SE UM POUCO 0.7 0.65 Produtividade do Capital 0.6 0.55 0.5 0.45 0.4 UMA VISÃO NEOCLÁSSICA DA RELAÇÃO v: Y = A.(uK)α.L1-α , logo: v = Y/uK = (L/uK)1-α 0.8 v 0.7 L/uk ajust 0.6 0.5 0.4 0.3 0.2 0.1 0 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 55 57 59 61 63 POUPANÇA (s) TAMBÉM DIMINUIU Periodo 1970-73 1974-80 2000-10 2010 Poup. Ext Poup. Dom. Poup.Tot. 2,7 4,7 0,7 2,7 18,6 18,9 16,3 16,6 21,3 23,6 17,6 19,3 CONCLUSÃO: COM ATUAIS PARÂMETROS NÃO DÁ PARA REPETIR O PASSADO Períodos K' s u v (1/p) 1947-62 7,6% 0,15 0,98 0,62 1,40 1963-67 6,3% 0,15 0,94 0,59 1,28 1968-73 9,4% 0,20 0,97 0,59 1,24 1974-80 9,7% 0,23 0,97 0,53 1,19 1981-92 3,3% 0,22 0,91 0,45 0,90 1993-99 2,3% 0,18 0,93 0,44 0,96 2000-10 2,5% 0,17 0,95 0,46 0,97 POTENCIAL ATUAL DE CRESCIMENTO DO PIB FÓRMULAS E PARÂMETROS A partir da função de produção: Y = A(uK)αL1-α, temos: Y’ = A’ + α(uK)’ + (1-α)L’ Substituindo a expressão para K’ e supondo u’=0, vem: Y’ = A’ + (1-α)L’ + αu2v(I/Y) – αuδ Com os parâmetros: A’ = – 0,0083+0,45*Y’ (observada entre 1996 e 2010) α =0,46 L’ =0,02 u =0,97 v =0,49 δ =0,048 Vem: Y’ = -0,034 + 0,39(I/Y) CONCLUSÃO: 4% É O ‘NOVO NORMAL’ Taxa de Crescimento do PIB e da PTF 7% 6% Y' PTF' 5% 4% 3% 2% 1% 0% 16% 17% 18% 19% 20% 21% 22% Formação Bruta de Capital Fixo 23% 24% 25% Referências • Bacha, E. L. e Bonelli, R. (2005) “Uma Interpretação das Causas da Desaceleração Econômica do Brasil”, Revista de Economia Política, JulhoSetembro. • Bonelli, R. e Bacha, E. L. (2011) “Crescimento Brasileiro Revisitado”, em elaboração.