ADAPTAÇÕES FISIOLÓGICAS DA
GRAVIDEZ
Juliane Berenguer de Souza Peixoto
DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ
SINAIS E SINTOMAS DE PRESUNÇÃO
SINAIS E SINTOMAS DE PROBABILIDADE
SINAIS E SINTOMAS DE CERTEZA
DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ
SINAIS E SINTOMAS DE PRESUNÇÃO
 Amenorreia;
 Fadiga;
 Perturbações digestivas (Náuseas e vómitos) ou apetite aumentado,
não sendo raro sua perversão (picamalácia) ou extravagância
alimentar;
 Alterações das mamas (Ingurgitamento mamário, veias mais visíveis);
 Alterações cutâneo-mucosas (hiperpigmantação cutânea – cloasma,
aréola; aparecimento de estrias; tubérculos de Montegomery visíveis,
linha Alba ou linha Nigra);
 Perturbações urinárias (polaciúria);
DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ
SINAIS E SINTOMAS DE PRESUNÇÃO
DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ
SINAIS E SINTOMAS DE PRESUNÇÃO
DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ
SINAIS E SINTOMAS DE PRESUNÇÃO
DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ
SINAIS E SINTOMAS DE PRESUNÇÃO
DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ
SINAIS E SINTOMAS DE PROBABILIDADE
 Amenorréia: após 10-14 dias de atraso menstrual é sinal de
probabilidade (perda sanguínea cíclica, semelhante a menstruação,
no entanto, mais escassa, pode aparecer no primeiro mês
(hemorragia de implantação ovular);
 Aumento do volume uterino (o útero torna-se palpável em torno de
12 semanas);
 Modificações uterinas (alteração da consistência uterina – elástico-
pastosa);
 Sinal de Chadwich (cor púrpura ou azulada por aumento da
vascularização vulvar e vaginal).
DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ
SINAIS E SINTOMAS DE CERTEZA
 São dados pela presença do concepto, anunciada pelos BCF e pela
sua movimentação ativa. A USG os rastreia com 7-8 semanas;
 Percepção e palpação dos movimentos ativos do feto;
 Palpação dos segmentos fetais;
 Auscultação.
MODIFICAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO
As alterações fisiológicas observadas na gestação decorrem,
principalmente, de fatores hormonais e mecânicos.
MODIFICAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO
MODIFICAÇÕES SISTÊMICAS
 Postura e deambulação: para manter o equilíbrio a gestante empina o
ventre e surge a lordose da coluna lombar. Queixas cervicais e
lombares. Ao andar lembra, com seus passos oscilantes, mais curtos, a
deambulação dos gansos – marcha anserina.
MODIFICAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO
MODIFICAÇÕES SISTÊMICAS
METABOLISMO
 Metabolismo glicídico: consumo contínuo de glicose pelo concepto e
rápido transporte através da placenta.
 Metabolismo lipídico: acelerado (lipólise). Em face das necessidades
de conservar a glicose para o feto e para o próprio sistema nervoso
materno, o metabolismo lipídico sofre modificações no sentido de
catabolizar as gorduras sempre que possível.
 Metabolismo proteico: a concentração da maioria dos aminoácidos está
reduzida na gravidez.
 Metabolismo hidreletrolítico: acréscimo de água e eletrólitos. 70% do
peso ganho durante a gestação correspondem a ganho hídrico.
MODIFICAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO
MODIFICAÇÕES SISTÊMICAS
SISTEMA CARDIOVASCULAR
 Rendimento cardíaco (volume-minuto): sobe cerca de 35-50% em
decorrência do acréscimo no volume sistólico. Na gestação gemelar
aumenta em torno de 15% acima dos valores de uma gravidez normal.
 Pressão arterial: queda da pressão sistólica 5-10mmHg e da pressão
diastólica 10-15mmHg, retornando aos valores pré-gravídicos no 30
trimestre. Em função da vasodilatação periférica necessária à maior
perfusão sanguínea.
 ↑ de 50% no fluxo sanguíneo renal no 1º T e ↓ no último T;
 ↑ da FC = 15 bpm acima da frequência na época da concepção.
MODIFICAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO
MODIFICAÇÕES SISTÊMICAS
SISTEMA CARDIOVASCULAR
 Pressão venosa: ↑ nos MMII devido a compressão do útero na veia
cava inferior e nas veias pélvicas. Tendência a hipotensão, lipotímia
ortostática, edema dos MMII, varicosidades e hemorróidas.
 Síndrome de hipotensão supina: compressão da veia cava inferior na
posição de decúbito dorsal
queda da pressão sistólica,
bradicardia, indicativa reflexo vaso-vagal e hipotensão.
 Reflexo
vaso-vagal:
modificação
da
pressão
arterial
e
do
batimento cardíaco de forma reflexa, com aumento da atividade do nervo
vago. Processo eminentemente vascular ocorre quando o sistema tem de
fazer uma compensação, de enchimento de vasos cerebrais.
MODIFICAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO
MODIFICAÇÕES SISTÊMICAS
SISTEMA CARDIOVASCULAR
 O controle da pressão arterial e do batimento cardíaco , vem
do equilíbrio de dois sistemas:
simpático (que aumenta a pressão
arterial e acelera o batimento, por ação da adrenalina) e do
parassimpático (que diminui a pressão arterial e batimento, por ação do
nervo vago ) . Os sistemas simpático e parassimpático entram em ação
para que os músculos periféricos se contraiam e forcem o sangue a subir
mantendo irrigados e oxigenados coração e cérebro, mantendo normal o
fluxo.
MODIFICAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO
MODIFICAÇÕES SISTÊMICAS
SISTEMA SANGUÍNEO
 Inalteração do fluxo sanguíneo cerebral e hepático
 “Anemia Fisiológica da gestação”: o aumento do volume globular reflete na
diminuição do hematócrito e da hemoglobina. O nível mínimo aceitável de
Hb é de 10g%.
 “Anemia megaloblástica”: por deficiência de ácido fólico, devido ao da
demanda vitamínica.
 dos leucócitos (valores normais = 4000 a 11000mm3).
 de plaquetas (valores normais = 140.000 a 450.000mm3).
 VCM (volume corpuscular médio dos eritrócitos)
e HCM (hemoglobina
corpuscular dos eritrócitos) permanecem inalterados, ou seja, entre 81-101 e
27-34, respectivamente.
MODIFICAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO
MODIFICAÇÕES SISTÊMICAS
SISTEMA SANGUÍNEO
 Comprovação da anemia ferropriva é necessário:
1. Teores de Hb inferiores a 10g%
2. Ferro sérico abaixo de 30µg%
3. Capacidade total de saturação da transferrina acima de 400µg%
4. Microcitose ( diminuição do VCM - volume corpuscular médio dos
eritrócitos) e hipocromia ( diminuição do HCM - hemoglobina
corpuscular dos eritrócitos) obtidos pela contagem dos eritrócitos, bem
como por avaliação da concentração da Hb e determinação do
hematócrito.
5. Ausência de Ferro na medula óssea.
MODIFICAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO
MODIFICAÇÕES SISTÊMICAS
SISTEMA URINÁRIO
 Dilatação e hipotonia renal e dos ureteres + ↑ do volume sanguíneo = ↑
na taxa de filtração glomerular (desde o 2º mês) e ↑ do fluxo renal para
facilitar a depuração de creatinina e uréia e de outros resíduos
metabólicos. Também facilita a depuração, apesar da menor degradação
protéica, porém há aumento da perda de nutrientes como iodo, folato,
aminoácidos e glicose.
 ↑ de 50% da quantidade de glicose filtrada e a habilidade máxima em
absorvê-la é mantida, tornando comum a glicosúria fisiológica, mesmo
na ausência de glicemia elevada.
MODIFICAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO
MODIFICAÇÕES SISTÊMICAS
SISTEMA URINÁRIO
 ↑ da freqüência de micção devido as alterações hormonais e pela pressão
do útero sobre a bexiga.
 Fluxo da urina é mais retardado devido à obstrução mecânica dos
ureteres pela dilatação das veias ovarianas, aumentando a predisposição
às infecções urinárias.
MODIFICAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO
MODIFICAÇÕES SISTÊMICAS
SISTEMA RESPIRATÓRIO
 As alterações do volume sanguíneo e a vasodilatação da gravidez resultam
em hiperemia da mucosa das vias respiratórias superiores, distúrbios que
predispõem à congestão nasal e à epistaxe.
 Tanto o ritmo cardíaco quanto respiratório se eleva, à medida que mais
O2 tem que ser levado ao feto e mais CO2 exalado.
 Hiperventilação fisiológica.
 Redução da reserva de O2 materno.
 Dispnéia devido a hiperventilação.
MODIFICAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO
MODIFICAÇÕES SISTÊMICAS
SISTEMA DIGESTIVO
 Sintomas comuns no 1º T: náuseas, enjôo e vômitos matinais (podem estar
relacionados aos níveis crescentes de estrógeno) e que podem acarretar
anorexia. A gestante apresenta maior capacidade olfativa contribuindo
também para estes sintomas. Estes podem acarretar a perda de peso em
gestantes no 1º T. Contraditoriamente, também, são relatados aumento de
apetite e dos “desejos”.
 Picamalácia: Compulsão para ingestão de substâncias inadequadas, sendo a
mais freqüente a ingestão de sujeira /barro (geofagia) ou amido, também de
papel, pasta de dente, gelo (pagofagia – associado à anemia – parece aliviar
os sintomas inflamatórios da boca causados pela deficiência de ferro),
bicarbonato de sódio, leite de magnésio.
MODIFICAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO
MODIFICAÇÕES SISTÊMICAS
SISTEMA DIGESTIVO
 As gengivas estão edemaciadas, heperemiadas e sangram com facilidade.
 Podem desenvolver gengivites (devido ao acúmulo de placas bacterianas)
que podem desencadear parto prematuro.
 Tendência para o aparecimento de cáries dentárias, provavelmente, porque o
vômito matinal provoca queda do pH bucal (sem comprovação científica).
 Hipotonia do TGI pela ação da progesterona + compressão do abdome pelo
útero gravídico = Retarda o trânsito intestinal = Constipação intestinal e
hemorróidas, náuseas, pirose e refluxo gastresofágico. A constipação ainda é
mais intensificada pela suplementação de ferro e diminuição de exercício
físico.
MODIFICAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO
MODIFICAÇÕES SISTÊMICAS
 Aparelho genital
–Aumento do tamanho e do peso dos seios
•Aumento médio de 700 g/mama
–Menor motilidade das trompas
–Aumento dos ovários
–A vulva e a vagina tumefazem-se, amolecem e têm alteração da cor. A
vulva perde a cor róseo e fica com a cor vermelho-vinhosa
–O colo também amolecido, o canal cervical é obliterado por secreção
mucosa espessa (tampão mucoso) para proteger o concepto.
 Pele
–Aumento da irrigação
 Aparelho locomotor
–Aumento do volume uterino altera o centro da gravidade da grávida =
adoção de nova postura para obter equilíbrio.
•Projeção do ventre para frente = tendência à lordose (lombar)
–Marcha anserina = andar de pata ou gansa = pernas ligeiramente abertas e o
corpo inclina para as laterais ao se locomover.
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Apresentação do PowerPoint