1 O novo contexto do mercado de energia global e os desafios de regulação e competitividade do Brasil Adriano Pires Setembro/2013 2 Agenda Agenda: Matriz Energética Brasileira Cenário Petróleo e Gás Mundial Cenário Energético Brasileiro 3 Matriz Energética Brasileira 4 Matriz Energética: Brasil e Mundo Brasil 2011 Outros Renováveis Cana de 4% Açúcar 16% Mundo 2009 Outros Renováveis 3% Petróleo e Derivados 39% Hidro 14% Nuclear 2% Petróleo e Derivados 43% Lenha 10% Carvão 7% Hidro 15% Nuclear Carvão 2% 6% Gás Natural 10% Fonte: BEN Gás Natural 8% 5 Cenário Petróleo e Gás Natural Mundial Capacidade de Produção Mundo Capacidade de Produção de Petróleo e líquidos de Gás Natural no Mundo para 2020 (exclui biocombustíveis) Adição Líquida da Capacidade de Produção 80 MM de b/d 93 MM de b/d 104% da demanda 107% da demanda 2000 2011 +17,6 MM de b/d 110,6 MM de b/d 2020 O crescimento da capacidade de produção apresentado só ocorre quando o preço do petróleo for maior do que $70 por barril. O período entre 2011-2020, representa o maior aumento da capacidade de produção desde 1980. Fonte: Harvard Kennedy School – Oil: The Next Revolution 7 Reservas de Petróleo não convencional Mundo Tight Oil: Petróleo Leve que é retirado de formações com baixa permeabilidade, como calcário ou arenito. As reservas estão estimadas em até 300 bilhões de barris globalmente, particularmente nos Estados Unidos, no México, no Oriente Médio e na Rússia. Areais Betuminosas: Areais ou arenito que estão saturados de um tipo denso e viscoso de petróleo conhecido por Betume. As reservas estão calculadas em cerca de 170 bilhões de barris, principalmente em um grande reservatório na província de Alberta, no Canadá. 8 Fonte: Revista TIME Reservas de Petróleo não convencional Mundo Mar do Oceano Ártico: Método de exploração não-convencional de petróleo convencional, devido ao derretimento do gelo no Oceano Ártico. Reservas estimadas em 90 bilhões de barris. Pré Sal - águas profundas: Reservatórios de petróleo descobertos abaixo de espessas camadas de sal. Reservas de 50 bilhões a 100 bilhões de barris, particularmente no Brasil. Fonte: Revista TIME 9 Reservas de Petróleo não convencional no Mundo Shale Oil: Petróleo encontrado em um material betuminoso sólido conhecido por querogênio. As reservas podem chegar a 800 bilhões de barris globalmente, embora as estimativas permaneçam incertas. Fonte: Revista TIME 10 Reservas de Gás não convencional no Mundo Reservas Estimadas Tecnicamente Recuperáveis de Gás de Xisto em 2011 A China tem o maior potencial de recursos de gás de xisto, seguido pelos Estados Unidos e pela Argentina. O Brasil aparece em décimo lugar entre as maiores reservas do gás não convencional. Fonte: KPMG (2011) 11 Produção de Gás Natural Estados Unidos 2005 2010 Não convencional 59% Não convencional 44% Total: 512 bilhões de m³ Convencional 56% Total: 609 bilhões de m³ Convencional 41% Nos EUA, a produção de gás natural cresceu devido à produção de gás não convencional. O aumento do gás não convencional foi de 60% em 5 anos, puxada sobretudo, pelo aumento da produção de shale gas, de 573%. O Gás convencional sofreu redução da produção de 13%. Fonte: IEA, 2012 12 Preços no mercado americano O mercado americano é totalmente liberalizado, altamente competitivo e nacionalmente integrado. Os preços são, em grande maioria, determinados com base na competição gás/gás, com o preço no Henry Hub sendo a principal referência. Com a produção de shale gas nos EUA, os preços despencaram, descolando completamente do preço do petróleo. 30 Preço do Henry Hub e WTI US$/MMBTU 25 20 15 10 5 0 Fonte: EIA. Henry Hub WTI 13 Perspectivas Mundiais Era de Ouro do Gás A oferta de petróleo e gás natural vai crescer, seu desenvolvimento depende de preço e da tecnologia. A revolução de shale/tight oil/gas nos Estados Unidos não é uma bolha temporária, mas a mais importante revolução no setor de petróleo em décadas. A China parece ser o primeiro país a seguir seriamente o exemplo norte-americano. Tecnologias ambientais e mitigadoras de emissões serão necessárias para o desenvolvimento da produção não-convencional. Caso contrário, a disputa entre a indústria e ambientalistas retardará novos projetos. 14 Cenário Energético Brasileiro 15 Política Setor Energético (2003-2008) Leilões de áreas exploratórias de petróleo; Defasagem dos combustíveis pequena; Leilões de energia elétrica; Incentivo ao etanol (“Arábia saudita verde) e criação do biodiesel. 16 Política Setor Energético pós 2008 A Crise Econômica Internacional e a descoberta do Pré Sal Mudança na política energética: Menos Planejamento Mais intervenção 17 Interrupção dos Leilões de Petróleo 18 Áreas Concedidas nas Rodadas de Licitação Área em Concessão - Rodadas de Blocos Exploratórios 500 450 400 350 mil km2 300 250 200 150 100 50 Fonte: ANP Rodada 0 Rodada 6 Rodada 1 Rodada 7 Rodada 2 Rodada 9 Rodada 3 Rodada 10 Rodada 4 Rodada 11 2015 2014 2013 2012 2011 2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 1999 1998 0 Rodada 5 Desde 2009, quando cerca de 341 mil km2 das bacias sedimentares estavam em exploração, as áreas exploratórias caíram 66,7%, em função da não realização de novas rodadas. Caso não ocorressem novas rodadas, em 2015 não haveria mais exploração no Brasil. Estima-se que apenas 97,6 mil km2 das bacias sedimentares estariam em regime de concessão em 2013, sem as áreas da 11ª Rodada de Licitação. A 11ª Rodada de Licitação adicionou 100,3 mil km² às áreas sob concessão. 19 Produção de Petróleo da Petrobras Produção de Petróleo e LNG da Petrobras 2,2 milhões de barris/dia 2,1 Média 2010 2.003 mil b/d Média 2011 2.022 mil b/d Média 2012 1.975 mil b/d 2,0 1,9 1,8 1,7 Média 2010 1.677 mil b/d Média 2011 1.677 mil b/d Média 2012 1.615 mil b/d 1,6 1,5 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov 1,4 2010 2011 Total Brasil 2012 Bacia de Campos Fonte: Petrobras Produção da Petrobras estagnada desde 2010. Queda na produção média da bacia de Campos de 3,7% (2012/2011). Programa de Aumento da Eficiência Operacional da Unidade de Operações da Bacia de Campos (Proef). 20 Congelamento de Preços de Combustíveis 21 Importação de Combustíveis Importação de Combustíveis Fósseis 60 Saldo Líquido Acumulado pela Petrobras em função da Defasagem dos Preços do Diesel e da Gasolina (bilhões de R$) jan./03 a fev./13 Milhões de barris Crescente aumento da importação de gasolina e diesel desde 2010. 50 40 30 20 10 0 2009 2010 Gasolina A 2011 2012 Diesel Desde janeiro de 2003, a Petrobras acumula um saldo líquido negativo de aproximadamente R$ 44,2 bilhões, devido a importação de combustíveis. Fontes: Banco Central, ANP e EIA. 22 Milhares de bep/d Dependência Externa de Petróleo e Derivados 3.000 100% 2.500 80% 2.000 60% 1.500 40% 1.000 20% 500 0% Produção doméstica Importações líquidas de derivados Dependência Externa 2013* 2008 2003 1998 1993 1988 1983 1978 -20% 1973 0 Importações líquidas de petróleo Consumo *média até abril Fonte: ANP Desde as duas últimas crises do petróleo, a dependência externa brasileira em petróleo declinou de 80% a 0% em 2003, graças aos programas de substituição de derivados e aumento da produção de petróleo. Após 2012, devido à desaceleração na produção de petróleo e o súbito aumento de importações de gasolina, a dependência voltou e hoje está em cerca de 10%. As importações de petróleo e derivados representam de 12% a 16% das importações totais do país. 23 Endividamento da Petrobras Endividamento Líquido da Petrobras 200 176 180 Capitalização 160 Endividamento crescente da Petrobras. Bilhões de R$ 140 120 94 100 80 No 2º trimestre de 2013 o endividamento líquido da Petrobras chegou a R$ 176 bilhões. 60 40 20 1T06 2T06 3T06 4T06 1T07 2T07 3T07 4T07 1T08 2T08 3T08 4T08 1T09 2T09 3T09 4T09 1T10 2T10 3T10 4T10 1T11 2T11 3T11 4T11 1T12 2T12 3T12 4T12 1T13 2T13 0 Endividamento Líquido sobre Capitalização Líquida 40% 2º trim./10 34% O nível de endividamento da Petrobras no 2T/2013 chegou a 34%, mesmo nível do 2T/2010, que motivou a Capitalização da empresa. Endiv Líq. / Capitaliz. Líq. 35% 2º trim./13 34% 30% 25% 20% 15% 20% 16% 10% 5% 1T06 2T06 3T06 4T06 1T07 2T07 3T07 4T07 1T08 2T08 3T08 4T08 1T09 2T09 3T09 4T09 1T10 2T10 3T10 4T10 1T11 2T11 3T11 4T11 1T12 2T12 3T12 4T12 1T13 2T13 0% 24 Fonte: Petrobras Monopólio Desregulado da Petrobras no Gás 25 Poder de Mercado da Petrobras Petrobras produz mais de 90% do natural nacional e compra a maioria do gás produzido por outras empresas; Petrobras é a única importadora de gás natural; Petrobras controla todos os gasodutos de transporte; Petrobras é dona de todos o terminais de GNL, inclusive o em construção na Bahia; Petrobras detém 25% de das vendas de gás natural pelas distribuidoras de gás canalizado por meio da participação em 21 das 27 companhias; Petrobras produz todos os combustíveis líquidos competidores do gás natural. 26 Dependência Externa – Gás Natural 120 70% 60% 100 50% Milhões de m³/d 80 40% 60 30% 40 20% 20 10% 2013* 2011 2009 2007 2005 2003 2001 1999 1997 1995 1993 0% 1991 0 Oferta Doméstica de Gás Natural Importação da Bolivia *média até março Importação da Argentina Importações de LNG Consumo Dependência Externa Fonte: ANP e MME Desde 1999, o Brasil tornou-se, em grande parte dependente do gás natural importado da Bolívia através do gasoduto Bolívia-Brasil (GASBOL), e, mais recentemente, das importações de GNL, alcançando uma dependência máximo de 60% em 2011. Desde 2011, um aumento acentuado na produção reduziu os níveis de dependência para abaixo de 50%. 27 Competitividade do Gás Natural no Brasil 220 Variação dos Preços dos Energéticos no Brasil (2005 = base 100) 220 200 200 180 160 147 140 144 120 113 100 111 80 60 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012* Nacional (CG) Boliviano (CG) GLP (P-13 + Granel) Diesel OC A1 IPA (Prods Ind) Fonte: Petrobras, ANP e FGV Nos últimos 7 anos, o preço do gás natural nacional e importado no citygate mais que duplicou. Politica do gás natural diferente dos outros energéticos, uma vez que segue preços de mercado. Crise do Etanol 29 Longa Vida aos veículos Flex-Fuel Vehicles… Curta Vida ao Etanol 3,5 250 3,0 200 150 2,0 1,5 100 R$/Barrel R$/l gas. equiv. 2,5 1,0 50 0,5 0 Jul Nov Mar Jul Nov Mar Jul Nov Mar Jul Nov Mar Jul Nov Mar Jul Nov Mar Jul Nov Mar Jul Nov Mar Jul Nov Mar Jul Nov Mar Jul Nov Mar Jul Nov Mar 0,0 2001 2002 2003 2004 Etanol 2005 2006 Diesel 2007 GNV 2008 2009 Gasolina 2010 2011 Fonte: ANP and EIA 2012 2013 Brent Preços de Etanol permaneceram abaixo dos preços domésticos de gasolina durante a maior parte do período entre 2003 e 2011. No entanto, desde 2006, devido às interferências governamentais na política de preços de combustível da Petrobras, os preços domésticos de gasolina deixaram de seguir os preços internacionais. Por outro lado, preços de etanol flutuam conforme as condições de mercado, e o biocombustível veio a perder sua vantagem de preços sobre a gasolina em 2011. Na maioria dos estados, o consumidor voltou para a gasolina e os veículos flex-fuel tornaram-se 30 veículos à gasolina. Etanol A política de preços de combustíveis subsidia a gasolina e o diesel, incentivando seu consumo, em substituição aos combustíveis verdes como o etanol e o biodiesel. Preços Médios dos Combustíveis ao Preços Consumidor Médios ao Consumidor 3,0 Vendas pelas Distribuidoras de Gasolina C e Etanol Hidratado 45 40 40 2,6 35 35 R$/l Milhões de m³ 2,2 1,8 1,4 30 30 25 20 16 15 13 2009 Paridade (70%) 2010 Etanol Hidratado 2011 Gasolina C 2012 Nov Jul Set Mai Jan Mar Nov Jul Set Mai Jan Mar Nov Jul Set Mai Jan Mar Nov Jul Set Mai Jan Mar Nov Jul Set Mai Jan Mar 2008 5 15 9 10 1,0 25 25 24 24 24 5 11 10 2011 2012 6 0 2005 2006 2007 Gasolina C 2008 2009 2010 Etanol Hidratado Fonte: ANP Etanol permaneceu pouco competitivo, mesmo no período da safra. A baixa competitividade do etanol está fazendo que os consumidores optem pela gasolina, o que fez as vendas dessa disparassem e as do biocombustível se reduzissem nos últimos três anos. Fonte: ANP 31 Consumo Potencial de Etanol Consumo Potencial e Efetivo 40 40 34 35 35 31 Milhões de m3 30 30 25 25 25 20 20 14 15 10 10 5 3 5 1 5 2 6 5 16 13 20 15 15 11 9 10 10 5 0 0 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Consumo de Etanol Hidratado Potencial Frota flex fluel Fonte: ANP e UNICA Com a introdução do veículo flex fuel a indústria sucroalcooleira poderia ter aproveitado um imenso potencial. Considerando que todo crescimento da frota flex fuel, de 2003 até 2012, fosse abastecido apenas por etanol hidratado, e 2012 haveria um potencial de consumo de 32 34 milhões de m³, mais de três vezes o consumo verificado no ano. Populismo no Setor Elétrico 33 Tarifa Industrial de Energia Elétrica 500 Tarifa Industrial de Consumo de Energia Elétrica R$/MWh 400 300 Média dos países selecionados R$ 215,5 MWh 200 100 Fonte: Firjan, 2011 Itália Turquia Rep. Tcheca Brasil Brasil Chile México El Salvador Singapura Portugal Japão Reino Unido Alemanha Costa Rica Espanha Holanda Bélgica Colômbia Índia Uruguai Coréia do Sul França China EUA Equador Canadá Rússia Argentina Paraguai 0 A elevada tarifa de energia tem prejudicado a competitividade da indústria Brasileira frente aos seus concorrentes. De acordo com estudo da Firjan, a Tarifa de Energia Elétrica Brasileira é uma das mais caras do mundo, atrás somente da Itália, Turquia e República Tcheca. A Tarifa Brasileira de R$ 329,0 por MWh é 53% maior que a média dos 28 países 34 selecionados no estudo da Firjan. Tarifa Industrial de Energia Elétrica A elevada Tarifa de Energia Brasileira é influenciada pelo elevado peso dos tributos e encargos setoriais, de 48,6% do total. Participação dos Componentes na Tarifa de Energia Elétrica Tributos federais e estaduais 31,5% O restante, 51,4% do total da tarifa correspondem aos custos com geração, transmissão, distribuição e perdas. 35% Encargos setoriais 17,1% Parcela relativa aos tributos na tarifa industrial de energia, países selecionados 30% Custos de geração, transmissão e distribuição 50,3% 25% Perdas técnicas e não técnicas 1,1% 20% 15% 10% 5% Alemanha Portugal México Chile Rep. Tcheca Reino Unido China Espanha Singapura Japão Canadá França Bélgica Coréia do Sul Fonte: Firjan, 2011 Holanda Rússia Turquia Itália Brasil 0% O Brasil tem a maior parcela relativa de tributos incidentes sobre a tarifa industrial comparando com 18 outros países. 35 Medidas para Tarifas do Setor Elétrico Lei 12.783: Conjunto de medidas para o setor elétrico com o objetivo de reduzir as tarifas finais, através do corte de encargos e renovação das concessões. Impacto na atratividade do Brasil e aumento do risco regulatório do setor; Alteração do modelo legal e institucional estabelecido em 2004, baseado na competição em Leilões; Mercado livre não foi o maior beneficiado com a redução de tarifas; Perda de valor de mercado das Empresas elétricas. Cotação das Empresas de Energia Elétrica Eletrobras, Cemig e Cesp (27/03/2012=100) 36 Fonte: BM&FBOVESPA Reservatórios das Hidroelétricas As exigências com relação aos impactos ambientais provocados pela construção das usinas hidroelétricas têm modificado os reservatórios de acumulação de água das usinas. Anteriormente, as UHEs eram construídas com reservatório de regularização plurianual, ou seja, que poderiam garantir a produção da usina por até cinco anos, independente de condições hidrológicas favoráveis ou não. Nos últimos anos, as UHEs estão sendo construídas com reservatórios a fio d’água, devido aos menores impactos socioambientais. Exemplo: Santo Antônio e Jirau no Rio Madeira e Belo Monte no Rio Xingu. A perda da capacidade de regularização das UHEs pode ser compensada pela construção de UTEs para firmar a energia no SIN. 37 Licenciamento Ambiental A Lei Federal nº 6.938 de 1981: Determinou a obtenção de licenciamento ambiental e a realização de avaliações prévias de impacto ambiental para a construção, instalação ou ampliação de estabelecimentos ou atividades que utilizarão recursos naturais, considerados efetiva ou potencialmente poluidores e capazes de causar qualquer tipo de degradação ambiental. Etapas do Processo de Licenciamento Órgão Ambiental Setor Elétrico Registro na Aneel para Estudo de Aprovação da Aneel e Licitação da concessão para exploração do aproveitamento Aprovação da Aneel Engenharia Inventário Meio Ambiente Estudo de Viabilidade Apresentação de EIA/RIMA Solicitação da LP Obtenção da LP Projeto Básico Solicitação e obtenção da LI Projeto Executivo/Construção Operação Implantação de Projetos e Elaboração de Programas de Monitoramento Manejo, Monitoramento e Avaliação Ambiental Solicitação e obtenção da LO Renovação da LO Fonte: Banco Mundial, 2008 O extenso processo de licenciamento ambiental tem atrasado o início da construção de empreendimentos de geração e transmissão. O tempo médio do licenciamento até a emissão da Licença de Operação varia entre 3,1 e 6,5 anos, três vezes mais que o prazo máximo determinado. O tempo total médio de entrada em operação de uma UHE no Brasil é de 6,5 anos. Essa média é 38 quase 30% maior do que a observada nos EUA. Conclusão 39 Potencial Energético Brasileiro O Brasil possui elevado potencial de fontes energéticas, que podem ser aproveitadas através de Leilões regionais e por fonte. Hidroeletricidade: Região amazônica. Gás natural: Região Sudeste. Ventos predominantes: Região Nordeste e na Sul, Biomassa: Região Sudeste/Centro- Oeste. Carvão: Região Sul. Fonte: CBIE 40 Agenda Positiva para o Setor Energético Petróleo: Alinhamento do preço doméstico dos combustíveis ao mercado internacional; Leilões anuais de áreas exploratórias do pós-sal, do pré-sal e em terra; Retirada da obrigatoriedade da Petrobras participar como operadora dos todos os consórcios no regime de partilha, bem como da participação mínima de 30% nos consórcios; Extinção da nova estatal PPSA; Redução dos excessivos requerimentos de conteúdo local para o setor de petróleo; Gás Natural: Desverticalização do setor de Gás Natural e redução do poder de monopólio da Petrobras; Revisão da política de preços do Gás Natural de forma a tornar o combustível mais competitivo; Estabelecimento do preço do gás nacional para todas as distribuidoras estaduais; Geração de base com térmicas a GN e leilões de energia regionais e por fonte, com maior incentivo à geração distribuída de forma geral; Incentivo às distribuidoras e geradoras elétricas para instalação de unidades de geração de energia distribuída a GN e cogeração; Redução do IPVA e IPI somente para os veículos 3 flex (GNV, Gasolina, Etanol); Inclusão dos ativos de distribuição de gás no programa de desinvestimento da Petrobras; Concessão à iniciativa privada das distribuidoras estaduais de gás natural. 41 Agenda Positiva para o Setor Energético Etanol: Fim do subsídio ao combustível concorrente direto (Gasolina); A volta da CIDE na gasolina; Estabelecimento de um marco regulatório estável, com regras de longo prazo; Definição de políticas fiscais e tributárias de incentivos ao uso do combustível limpo; Discutir a presença do etanol combustível (hidratado) na matriz de combustíveis; Energia Elétrica: Revisar a opção pela construção de hidroelétricas a fio d´água; Realizar leilões regionais e por fonte de forma a aproveitar toda a diversidade e os benefícios das fontes presentes no território brasileiro; Racionalizar, unificar e simplificar o processo de licenciamento ambiental e da abordagem da questão indígena; Viabilizar novas fontes de financiamento para o investimento e expansão do sistema elétrico brasileiro; Reduzir gradualmente a carga tributária do setor elétrico, a fim de diminuir os custos da energia e aumentar a competitividade do setor industrial do país. 42 43 43