Virologia Ano Lectivo 2010/11 Técnicas Diagnóstico Virologia – Parte I Testes imunológicos Baseiam-se em reacções antígeno-anticorpo: Anticorpos – molécula solúvel produzida por plasmócitos durante a reposta imune humoral, com capacidade de se ligar especificamente a um epítopo de um antígeno. Antigénio – qualquer substância ou molécula estranha capaz de induzir uma resposta imune no hospedeiro e/ou capaz de se ligar através do(s) seu(s) epítopo(s) a um anticorpo. Aula 3 - Técnicas Diagnóstico Virologia - Parte I 2 Anticorpo Cadeias de glicoproteícas : Cadeias leves Cadeias pesadas Região constante – local de activação de outros elementos dos S. Imune; Região variável – local de ligação ao antigénio Aula 3 - Técnicas Diagnóstico Virologia - Parte I 3 Anticorpo Tipos de anticorpos Policlonais Obtidos a partir de diferentes clones de células; Monoclonais Obtidos a partir de um único clone de plasmócitos Aula 3 - Técnicas Diagnóstico Virologia - Parte I 4 Classes de anticorpos no Homem Imunoglobulinas Características IgG Principal Ig sérica Envolvida na activação do complemento e na opsonisação IgM Primeiro Ac a ser produzido (fase aguda) Confinada aos vasos sanguíneos e tecidos inflamados IgA Presente no soro, secreções e mucosas Tem funções de opsonização. IgD Encontra-se na membrana de linfócitos B, funcionando como receptor de antigénios. Funções pouco definidas. IgE Desencadeia a liberação de histaminas dos mastócitos, basófilos e eosinófilos. Responsável pelas alergias. Confere protecção contra parasitas. Aula 3 - Técnicas Diagnóstico Virologia - Parte I 5 Antígeno Epítopo Região do antígeno que reage com o anticorpo Possibilidade de reacções cruzadas Pequenas alterações na estrutura do antígeno, entre outras factores, podem afetar profundamente a ligação com o anticorpo Aula 3 - Técnicas Diagnóstico Virologia - Parte I 6 Aplicabilidade Papel importante: Diagnóstico Monitorização Tratamento Tipo de amostra varia conforme o que queremos pesquisar Aula 3 - Técnicas Diagnóstico Virologia - Parte I 7 Técnicas de Imunologia Reacções Imunoenzimáticas ELISA (Enzyme Linked Immunosorbent assay) ELFA (Enzyme Linked Fluorescent Assay) Imunofluorescência Imunocromatografia ImunoHisto/Citoquímica Análise Proteínas: Western Blot Aula 3 - Técnicas Diagnóstico Virologia - Parte I 8 Reacções Imunoenzimáticas Aula 3 - Técnicas Diagnóstico Virologia - Parte I 9 ELISA Baseia-se numa reação imunoenzimática com detecção final por espectrofotometria Permite determinar a concentração do analito Calcular curva de calibração – interpolar a concentração da molécula a quantificar Aula 3 - Técnicas Diagnóstico Virologia - Parte I 10 Tipos de ELISA Sandwich 1. Poços revestidos com anticorpo especifico 2. Formação de complexos 3. Ac Secundário (conjugado com a enzima) 4. Adição do substrato 5. Medição por espectrofotometria Aula 3 - Técnicas Diagnóstico Virologia - Parte I 11 Tipos de ELISA Indireto 1. Poços revestidos com antígeno específico 2. Formação de complexos 3. Ac conjugado com enzima 4. Adição do substrato 5. Medição por espectrofotometria Aula 3 - Técnicas Diagnóstico Virologia - Parte I 12 Tipos de ELISA Competitivo 1. Ac específicos incubados com a amostra 2. Adição dos complexos formados a placa revestida com Ag 3. Ac secundário 4. Adição do substrato Quanto maior a concentraçã o de analito menor a absorbância 5. Medição por espectrofotometria Aula 3 - Técnicas Diagnóstico Virologia - Parte I 13 ELISA Método automatizado Aula 3 - Técnicas Diagnóstico Virologia - Parte I 14 ELFA Reação imunoenzimática com detecção final por fluorescência. Permite fazer um análise quantitativa Curva de calibração Aula 3 - Técnicas Diagnóstico Virologia - Parte I 15 ELFA Teste, geralmente, automatizado onde é necessário: Um cone sensibilizado com Ag, serve, tanto de fase sólida como sistema de pipetagem Uma barrete reagentes que contem necessários para os a realização da técnica Aula 3 - Técnicas Diagnóstico Virologia - Parte I 16 Imunofluorescência Aula 3 - Técnicas Diagnóstico Virologia - Parte I 17 Imunoflurescência Os Ac ou Ag especificos estão marcados com fluorocromos O resultado é visualizado ao microscópio de fluorescência A luz UV excita os fluorocromos havem emissão de fluorescência Fluorocromos mais usados Fluoresceína (isotiocianato de fluoresceína – FITC) Rodamina Aula 3 - Técnicas Diagnóstico Virologia - Parte I 18 Imunoflurescência Dependendo da técnica pode-se fazer uma análise qualitativa ou semiquantitativa Alta sensibilidade(fluorescência é mais intensa) e especificidade. Tipos de Imunoflourecênca Directa Indirecta Anti-complemento Aula 3 - Técnicas Diagnóstico Virologia - Parte I 19 Imunofluorescência Indireta Etapas ▫ Fixação (quando queremos pesquisar Ac as laminas vêm revestidas com o respectivo Ag); ▫ Ac primário ▫ Ac Secundário (marcado com um fluorocromo); ▫ Reagente de contraste Aula 3 - Técnicas Diagnóstico Virologia - Parte I 20 Imunofluorescência anti-complemento Etapas ▫ Inactivação do complemento endógeno ▫ Formação do complexo antigénio-anticorpo ▫ Adição do complemento que se liga ao complexo formado ▫ Ac conjugado que se liga ao complemento ▫ Detecção por microscopia de fluorescência Aula 3 - Técnicas Diagnóstico Virologia - Parte I 21 Imunofluorescência Resultados Permite localizar o analito EX: Membrana celular Análise com o corante de contraste Aula 3 - Técnicas Diagnóstico Virologia - Parte I 22 Imunofluorescência Resultados Pesquisa de anticorpos: resultado positivo (fluorescência verde) Pesquisa de anticorpos: resultado negativo Aula 3 - Técnicas Diagnóstico Virologia - Parte I 23 Imunocromatografia Aula 3 - Técnicas Diagnóstico Virologia - Parte I 24 Imunocromatografia Teste qualitativo Detecção antigénios virais ou anticorpos Rápido e simples Fase móvel: amostra diluida Fase sólida: membrana revestida Aula 3 - Técnicas Diagnóstico Virologia - Parte I 25 Imunocromatografia Dispositivo com membrana revestida com Ag ou Ac nas zonas T e C Utilização de Ac específicos marcados com partículas de látex Ac secundários ligados à membrana – formação de complexos visíveis devido às partículas de látex Aula 3 - Técnicas Diagnóstico Virologia - Parte I 26 ImunoHisto/Citoquímica Aula 3 - Técnicas Diagnóstico Virologia - Parte I 27 ImunoHisto/Citoquímica Imunologia e citologia ou histologia Estudar a presença ou ausência antigénios (partículas virais, proteínas) Diferenças de expressão de proteínas Localização celular do antigénio Método qualitativo (maior parte dos casos) Quantificação relativa Aula 3 - Técnicas Diagnóstico Virologia - Parte I 28 ImunoHisto/Citoquímica Método directo Ac primário marcado enzimaticamente reage directamente com o antigénio Método Indirecto Ac primário que se liga ao antigénio Ac secundário marcado enzimaticamente Enzima (mais utilizada): peroxidase (PO) Aula 3 - Técnicas Diagnóstico Virologia - Parte I 29 ImunoHisto/Citoquímica Principio do método PO+ H2O2+ Dador de electrões PO+ H2O2+ precipitado Aula 3 - Técnicas Diagnóstico Virologia - Parte I 30 ImunoHisto/Citoquímica Passos importantes Fixação (sol. Alcoólica) Permeabilizar (detergente) Ac primário Ac secundário conjugado Substrato com agente cromogénio Corante de contraste Aula 3 - Técnicas Diagnóstico Virologia - Parte I 31 Imunohistoquímica Imunohistoquímica Aula 3 - Técnicas Diagnóstico Virologia - Parte I 32 Imunocitoquímica Imunocitoquímica Aula 3 - Técnicas Diagnóstico Virologia - Parte I 33 Análise Proteínas Aula 3 - Técnicas Diagnóstico Virologia - Parte I 34 Western Blot SDS-PAGE (PolyAcrylamide Gel Electrophoresis) Aula 3 - Técnicas Diagnóstico Virologia - Parte I 35 Western Blot Blotting Aula 3 - Técnicas Diagnóstico Virologia - Parte I 36 Western Blot Detecção 1. Bloqueio da membrana 2. Ac primário 3. Ac secundário conjugado 4. Detecção Aula 3 - Técnicas Diagnóstico Virologia - Parte I 37 Western Blot Aplicação Aula 3 - Técnicas Diagnóstico Virologia - Parte I 38 Virologia Fonte: slideshare: aula02-tecnicas-diagnostico-virologia-parte-1&user_login=HugoSousa1 Técnicas Diagnóstico Virologia – Parte I