Atresia de Esôfago Profª Mônica I. Wingert Turma 301 Conceito A atrésia esofágica é uma anomalia congênita, onde ocorre estreitamento ou completa obstrução do lúmen esofágico. O esofâgo superior não se conecta ao esôfago inferior e estômago. É resultante de um processo embrionário mal formativo. A primeira descrição foi feita em 1670, sendo que a primeira sobrevida de um caso operado em um só tempo ocorreu em 1941. No Brasil a primeira sobrevida em um só tempo ocorreu em 1953. Hoje a sobrevida na maioria dos serviços de cirurgia pediátrica chega a 60-90% dos casos. Acomete 1:4000 nascidos vivos, sendo que 35% são prematuros. Não há predomínio em relação ao sexo masculino ou feminino. Sintomas O recém-nascido sufoca e respira com dificuldade – em que o nariz e a boca são obstruídos por secreções excessivas. Esta é uma indicação para os pediatras, pois que, mesmo para um pediatra avisado, serão necessárias várias horas, antes que ele pense em atrésia. Sialoreia (salivação excessiva). Regurgitação (intolerância alimentar). Obstrução respiratória com estridor Distensão epigástrica. Abundante mucosidade escorre da boca da criança, dando a sensação dum excesso de salivação que obstrui a faringe e Dificuldade no reflexo da deglutição. Refluxo gastroesofágico de através de fístula eso-traqueal. Intolerância alimentar. Dispnéia e cianose conteúdo gastroduodenal, Conduta na UTI neonatal Radiografia (corpograma) com sonda contrastada no coto esofágico proximal Vitamina K Antibioticoterapia ( profilaxia em casos de atresia de esôfago sem fístula) Avaliar função respiratória Aporte venoso: 70 a 80ml/kg/dia (1º dia de vida), mantendo 5 a 8mg/kg/min Dieta oral zero Avaliar renal). malformações associadas (ecocardiograma, ecografia Sedação e/ou analgesia contínuas. Iniciar nutrição parenteral Iniciar dieta após peristaltismo (pela sonda trans- anastomótica) Antibioticoterapia Cabeceira elevada Manter curarizado, entubado e sedado por 3 a 5 dias, (3 dias se a anastomose não tiver tensão e 5 dias se a anastomose foi feia com tensão). Não hiperextender o pescoço Se tiver fístula da anastomose manter dieta pela sonda e repetir após 10 dias Se não tiver fístula – iniciar dieta via oral Complicações no pós-operatório Fístula da anastomose esofágica – a maioria fecha espontaneamente. Fístula traqueal (rara) – drenagem com aspiração ou reoperação. Estenose da anastomose – dilatações endoscópicas Refluxo gastro-esofágico Alterações do peristaltismo esofágico Traqueomalácea) Estridor/cianose – geralmente se resolve entre 2 e 4 meses de idade. Sintomas respiratórios até os primeiros 5 anos de idade. Exercícios 1-Conceitue atresia de esôfago. 2-Quais são os tipos de atresia existentes? 3-Descreva os sinais e sintomas de RN com atresia de esôfago. 4-Quais são as possíveis complicações pósoperatórias de uma cirurgia de atresia de esôfago? 5-Liste os cuidados de enfermagem para esse tipo de paciente. FIM!!