NUTRIÇÃO E
DIETOTERAPIA
NUTRIÇÃO DURANTE A
GRAVIDEZ E LACTAÇÃO
Profª JOSELITA ALVES
ALIMENTAÇÃO NA GESTAÇÃO
E AMAMENTAÇÃO
A gestação é uma fase extremamente importante e que
necessita de cuidados especiais. A gestante passa a se
preocupar mais com sua saúde: aumento de peso,
escolha de alimentos, atividade física adequada, uso de
medicamentos.
Em relação ao aumento de peso, a conduta vai
depender das condições iniciais da gestação. Se o peso
estiver adequado na fase de concepção, o aumento de
peso previsto para todo período deve ser ente 9 a 12Kg,
sendo 3 kg reservados para a amamentação.
 Dietas restritas não são recomendas para mulheres que
já iniciam a gestação com sobrepeso ou obesidade.
Neste caso, é feita uma adequação das calorias,
suprindo guloseimas e carboidratos em excesso,
mantendo as proteínas e outros nutrientes essenciais.
 A evolução do peso deve ser gradativa durante a
gestação, com aumento de apenas 1,5Kg nas primeiras
12 semanas, e entre 250 a 400g por semana, nas
semanas subsequentes. Para isso, não é necessário
acrescentar mais do que 300 Kcal à dieta habitual.
ALGUMAS CONSEQUÊNCIAS
PODEM SURGIR DURANTE ESSE
PERÍODO DE 9 MESES:
NÁUSEAS: Comum no primeiro trimestre de gravidez,
principalmente pela manhã. Pode evoluir para vômitos, com perda
importante de eletrólitos. Tende a desaparecer no segundo
trimestre. Para amenizar o problema, deve-se adotar uma dieta
mais seca, pobre em gorduras, evitando ingerir líquidos juntos com
as refeições. Evitar o jejum prolongado. Opção: biscoitos cream
cracker ou 1 maçã.
CONSTIPAÇÃO: Resulta da redução da atividade física, da
motilidade intestinal diminuída, além da pressão aumentada no
útero sobre o trato gastrointestinal. Devem ser utilizados alimentos
mais ricos em fibras (frutas, vegetais, feijão, alimentos integrais) e
consumir maior quantidade de água.
CONT. CONSEQUÊNCIAS
AZIA: Também pode resultar da pressão aumentada do
útero sobre o estômago. Evitar alimentos cítricos,
condimentados, frituras, alimentos com gorduras e bebidas à
base de cafeína. Fazer refeições a cada 2-3 horas com
volumes reduzidos
EDEMA NOS MEMBROS INFERIORES: O edema costuma
ocorrer após o 5º ou 6º mês de gestação, ocasionado pela
compressão do útero, dificultando a circulação sanguínea.
Reduzir o uso do sal e de alimentos ricos em sódio, manter o
peso adequado, evitar sedentarismo fazendo caminhadas
moderadas.
CONT. CONSEQUÊNCIAS
ANEMIA: durante a gestação ocorre um aumento do
volume sanguíneo, levando a um fator hematócrito e
contagem de hemoglobina mais baixos, considerados
normais. se houver uma maior redução das taxas, sem
reposição adequada de ferro e acido fólico, pode resultar
em anemia.
Nesta fase é importante optar por alimentos ricos nesses
nutrientes, tais como vegetais verde escuros, feijão,
carnes magras, fígado e consumir junto alimentos ricos
em vitamina C para melhorar a absorção do ferro.
A nutrição exerce um papel importante
durante a gestação. Não significa ter que
comer por 2, mas sim comer com qualidade,
sem
excessos,
seguindo
orientações
nutricionais, fracionando o volume em 6 a 7
refeições, consumindo todos os nutrientes
necessários para o bebê.
LACTAÇÃO
Durante a gestação, há uma necessidade aumentada de
todas as vitaminas e minerais (ferros, cálcio, ácido fólico,
vitamina A, C, D complexo B, magnésio, fósforo...). Quando
a alimentação é pobre nesses nutrientes, pode resultar em
bebês com baixo peso ou prematuros, além de consumir
todos os nutrientes do organismo da mãe.
Durante a amamentação, os cuidados
continuam em relação à alimentação,
hidratação, evitando alimentos fortes e
condimentados. As exigências nessa fase
continuam focadas na qualidade de
nutrientes.
O QUE COMER NA
AMAMENTAÇÃO
Algumas dicas para facilitar a
alimentação da mãe que amamenta
podem ser comer:
 Pelo menos 3 frutas por dia;
 Legumes e verduras ao almoço e jantar;
 Peixe bem cozido em uma das refeições principais,
como o jantar;
 Arroz, massa ou batata nas refeições principais (menos
de metade do prato);
 3 doses de lacticínios em um dia, como 1 copo de leite,
1 fatia de queijo minas e 1 iogurte, por exemplo;
 Pequenas quantidades de alimentos com carboidratos
aos lanches, como 30 g de cereais, 1 pão integral, 1 pão
de centeio ou 2 torradas, por exemplo.
Além disso, é fundamental na dieta durante a
amamentação a mãe ingerir também uma boa
quantidade de água para ajudar na produção do
leite, cerca de 3 a 4 litros. Esta quantidade
engloba a água presente nas frutas, sopas e sucos,
mas só ela não é suficiente para produzir todo o
leite de que o bebê precisa, sendo necessário
beber cerca de 2 litros de líquidos, como água ou
chás, por dia.
ALIMENTAÇÃO DURANTE A
AMAMENTAÇÃO QUE EVITA
CÓLICAS NO BEBÊ
Para evitar cólicas no bebê, é importante que
a mãe não coma em excesso alimentos que
provocam gases, como feijão, ervilhas, nabo,
brócolis ou couve-flor, por exemplo. Além
disso, o uso de alguns chás na amamentação
também pode provocar cólicas no bebê. Por
isso, veja quais os chás que não pode tomar na
amamentação: Chá de Carqueja, Ginseng,
Palmeira Anã, etc.
Outro alimento que também pode provocar
cólica no bebê é o leite de vaca, podendo ser
necessário a mãe beber leite sem lactose ou
inclusive eliminar o leite de vaca da sua
alimentação assim como todos alimentos
confeccionados com leite como bolos, arroz doce
e outros.
O QUE NÃO COMER NA
AMAMENTAÇÃO
Café, chá preto, chá mate e refrigerantes com cafeína,
porque a cafeína passa para o leite e o bebê tem
dificuldade em eliminar esse tóxico provocando também
insônia no bebê. Pode beber-se apenas uma xícara de café
por dia após dar de mamar até às 17h e caso a mamada
seguinte não se realize em menos de três horas
Bebidas alcoólicas, pois o álcool passa para o leite
materno e o bebê não tem a capacidade de eliminar esse
tóxico do seu organismo, podendo prejudicar o fígado e
rins do bebê.
Adoçantes e alimentos diet ou light pois ainda não
existem estudos que comprovem que não faz mal para a
saúde do bebê.
CONTINUAÇÃO
O chocolate não deve ser consumido em
grandes quantidades pois tem substâncias
estimulantes que passam para o leite
materno, não deve ser ultrapassada a
quantidade de 1 quadradinho por dia de
chocolate meio amargo após o almoço.
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