SIMULAÇÃO DE PROCESSOS NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS Prof. Paulo Duarte Filho BAGÉ – SETEMBRO/2010 1. CONTROLE ESTATÍSTICO DE PROCESSOS Imagine uma planta industrial para a obtenção de polímeros: • Engenheiros de alimentos devem projetá-la para garantir produzidos que estejam os com polímeros as por ela características desejadas pelos clientes; • Para verificar se está tudo conforme planejado, os engenheiros acompanham sistematicamente as características do polímero que está sendo produzido; 1. CONTROLE ESTATÍSTICO DE PROCESSOS • Foi avaliado o parâmetro viscosidade para o controle da produção; • Então, de tempos em tempos foram coletados uma amostra na saída da linha de produção e enviada ao laboratório para a determinação de sua viscosidade; • Todos os valores são plotados em um gráfico em função do tempo; 1. CONTROLE ESTATÍSTICO DE PROCESSOS • Se o processe estiver totalmente sob controle, sem erros grosseiros nem sistemáticos, como deve ser a distribuição desses pontos??? • Quando o processo está sob controle, sua variabilidade é devida apenas aos erros aleatórios. PRINCÍPIO BÁSICO DO CONTROLE DE QUALIDADE 1. CONTROLE ESTATÍSTICO DE PROCESSOS • Exemplo de um gráfico de dispersão 1. CONTROLE ESTATÍSTICO DE PROCESSOS • Distribuição normal – Histograma SITUAÇÃO IDEAL – “SONHO DE TODO O ENGENHEIRO DE ALIMENTOS” 1. CONTROLE ESTATÍSTICO DE PROCESSOS • As cartas ou mapas controle são uma ferramenta fundamental para a detecção de problemas que possam estar perturbando o processo; • Qualquer padrão anômalo, que indique desvios da normalidade, é um aviso de que os responsáveis devem tomar as providências necessárias para fazer o processo voltar ao controle; 1. CONTROLE ESTATÍSTICO DE PROCESSOS • Como pode se observar a carta controle é composto por três linhas horizontais paralelas; Limite superior de controle Média Limite inferior de controle 1. CONTROLE ESTATÍSTICO DE PROCESSOS • Situações anômalas: Como identificá-las? Conhecimento técnico do funcionamento da planta, bem como nas evidências obtidas a partir do gráfico; 1. CONTROLE ESTATÍSTICO DE PROCESSOS • Existem algumas regras práticas para auxiliar os operadores a detectar situações anômalas: um ou mais pontos localizados fora dos limites de controle; quatro pontos, de cinco sucessivos, situados a mais de um desvio padrão da média, de um mesmo lado da linha central; 1. CONTROLE ESTATÍSTICO DE PROCESSOS • Existem algumas regras práticas para auxiliar os operadores a detectar situações anômalas: seis pontos consecutivos ascendentes ou descendentes; nove pontos sucessivos de um mesmo lado da linha central. 1. CONTROLE ESTATÍSTICO DE PROCESSOS Qualidade: Definida pela satisfação do cliente. Ex: Vamos supor que um fabricante de embalagens diz a um fabricante de biopolímeros que só compra seu produto se ele tiver uma viscosidade de 45 cp. No entanto, tendo em vista as dificuldades, o fabricante de embalagens está disposto a aceitar uma variação de 3 unidades para mais ou para menos na viscosidade. 1. CONTROLE ESTATÍSTICO DE PROCESSOS Ex: Sendo assim, tem-se os valores definidos para os limites de tolerância da especificação: 42 (mínimo) e 48 (máximo). Os lotes de biopolímeros que caírem fora da faixa de tolerância serão rejeitados e imediatamente devolvidos ao fornecedor. 1. CONTROLE ESTATÍSTICO DE PROCESSOS Mesmo que o fornecedor tenha seu processo sob controle, isso não quer dizer que o produto irá satisfazer obrigatoriamente às especificações. É necessário também comparar os parâmetros de controle com os parâmetros de especificação. MEDIDA DA CAPACIDADE DO PROCESSO!!!! 1. CONTROLE ESTATÍSTICO DE PROCESSOS Um dos índices de capacidade mais utilizados é o Cpk. É definido como a menor das duas frações: LSE – μ / 3σ μ – LIE / 3σ LSE = limite superior de especificação; LIE = Limite inferior de especificação; μ = estimativa confiável da média; σ = estimativa confiável do desvio padrão 1. CONTROLE ESTATÍSTICO DE PROCESSOS Ex: Se o cliente deseja um biopolímero com viscosidade entre 42 e 48, e o processo está operando com μ = 46 e σ = 1,6. Calcule o Cpk. 0,42 e 0,83. Utiliza-se o menor valor obtido das duas frações. Portanto, Cpk= 0,42 - Péssimo 1. CONTROLE ESTATÍSTICO DE PROCESSOS Avaliação do cálculo do índice: • Processo incapaz: Cpk < 1; • Processo aceitável : 1,0 ≤ Cpk ≤ 1,33; • Processo capaz: Cpk ≥ 1,33. “A Motorola e a general Eletric já estabeleceram Cpk igual a 2 como padrão mínimo de qualidade para seus fornecedores”. processos, bem como seus 1. CONTROLE ESTATÍSTICO DE PROCESSOS Cpk baixo Causa: a distribuição está centrada, mas há uma variação maior que a faixa dos limites de especificação Processo: incapaz Cpk bom Causa a distribuição está centrada e há uma variação menor que a faixa dos limites de especificação Processo: satisfatório Cpk alto Causa: a distribuição está centrada e há uma baixa variação em relação à faixa dos limites de especificação Processo: capaz 2. ANÁLISE DE VARIÂNCIA O objetivo principal da análise de variância é comparara variação devida aos tratamentos (ex: concentração de nutrientes) com a variação devida ao acaso ou resíduo. Para realizá-la é preciso proceder a uma série de cálculos. 2. ANÁLISE DE VARIÂNCIA Os seguintes cálculos são necessários para a realização da análise de variância: a) Graus de liberdade: • de tratamentos: k – 1 • do total: n – 1, com n = k.r • do resíduo: (n – 1) – (k – 1) = n - k 2. ANÁLISE DE VARIÂNCIA b) O valor C, dado pelo total geral elevado ao quadrado e dividido pelo número de observações. O valor C é conhecido como correção: C = (Σy)2 / n c) A soma de quadrados total: SQT = Σy2 – C d) A soma de quadrados de tratamentos: SQTr = ΣT2 / r - C 2. ANÁLISE DE VARIÂNCIA e) A soma de quadrados de resíduo: SQR = SQT – SQTr f) O quadrado médio de tratamentos: QMTr = SQTr / K – 1 g) O quadrado médio de resíduo: QMR = SQR / n – k h) O valor de F F = QMTr / QMR 2. ANÁLISE DE VARIÂNCIA Exercício: Faça a análise de variância para o experimento abaixo. Comente os resultados obtidos. Produção de milho em Kg / 100 m2 segundo a variedade Variedade A B C D 25 31 22 33 26 25 26 29 20 28 28 31 23 27 25 34 21 24 29 28 2. ANÁLISE DE VARIÂNCIA Utilizando o Excel: Anova: fator único RESUMO Grupo Contagem Soma Média Variância Coluna 1 5 115 23 6,5 Coluna 2 5 135 27 7,5 Coluna 3 5 130 26 7,5 Coluna 4 5 155 31 6,5 ANOVA Fonte da variação Entre grupos Dentro dos grupos Total SQ gl MQ F 163,75 3 54,58333 112 16 7 275,75 19 7,797619 valor-P F crítico 0,001976 3,238872 2. ANÁLISE DE VARIÂNCIA Utilizando o Excel: Coluna1 Coluna2 Coluna3 Coluna4 Média 23 Média 27 Média 26 Média 31 Erro padrão1,140175 Erro padrão1,224745 Erro padrão1,224745 Erro padrão1,140175 Mediana 23 Mediana 27 Mediana 26 Mediana 31 Desvio padrão 2,54951 Desvio padrão 2,738613 Desvio padrão 2,738613 Desvio padrão 2,54951 Variância da amostra 6,5 Variância da amostra 7,5 Variância da amostra 7,5 Variância da amostra 6,5 Curtose -2,26036 Curtose -0,13333 Curtose -0,13333 Curtose -2,26036 Assimetria 6,94E-17 Assimetria 0,608581 Assimetria -0,60858 Assimetria 0 Intervalo 6 Intervalo 7 Intervalo 7 Intervalo 6 Mínimo 20 Mínimo 24 Mínimo 22 Mínimo 28 Máximo 26 Máximo 31 Máximo 29 Máximo 34 Soma 115 Soma 135 Soma 130 Soma 155 Contagem 5 Contagem 5 Contagem 5 Contagem 5 Nível de confiança(95,0%) 3,165634 Nível de confiança(95,0%) 3,400437 Nível de confiança(95,0%) 3,400437 Nível de confiança(95,0%) 3,165634