Parte I Formulação Integral das Equações de Transporte IM250 Prof. Eugênio Rosa As Leis Físicas e o Conceito de Sistema • “As leis da natureza não foram inventadas pelo homem, mas sim forçadas sobre ele pelo próprio mundo natural. São a expressão de uma ordem racional do mundo“; Max Planck • As leis físicas foram desenvolvidas para sistemas: um conjunto de partículas (massa) com identidade fixa. • Não há fluxo de massa na fronteira de um sistema, mas pode haver forças (pressão, tensão) e energia na forma de calor ou trabalho cruzando sua fronteira. IM250 Prof. Eugênio Rosa Propriedades de Sistemas • Um sistema pode ser caracterizado pela sua Massa, Quantidade de Movimento Linear, Energia, Entropia, entre outros parâmetros. Variação da Massa de um sistema é, por definição, nula: Variação da Quant. de Movimento de um sistema - 2a lei de Newton DM 0 Dt sis D MV Fext Dt sis Variação da Energia de um sistema - 1a Lei da Termodinâmica DE W Q Dt sis Variação da Entropia de um sistema 2a Lei da Termodinâmica DS Q PS Dt sis T Sinal Q & W: Q>0 se entra no sistema, W>0 se sai do sistema. IM250 Prof. Eugênio Rosa Forma Genérica • Se considerarmos B uma propriedade extensiva de um sistema, sua variação pode ser expressa genericamente por: DB S Dt sis • Onde S representa um termo fonte adequado para o fenômeno que B representa: massa, quantidade de movimento, energia etc. IM250 Prof. Eugênio Rosa Propriedade Não-Uniformes • A propriedade genérica B (massa, q. movimento, energia etc) do sistema, em geral, não é uniforme no espaço. • Ela pode ser convenientemente avaliada definindo-se uma propriedade intensiva b como: B b lim m0 m • De tal forma que a taxa de variação de B no sistema pode ser determinada por: D b d S Dt sis IM250 Prof. Eugênio Rosa Propriedades de Sistemas • As equações que descrevem as variações das propriedades nos sistemas são postulados ou leis da física. • Para constituirmos estas equações devemos especificar a natureza do termos fonte. IM250 Prof. Eugênio Rosa Equação da Massa para um Sistema • A equação da Massa é obtida fazendo-se b =1, D d 0 Dt sis • Note que não há termo fonte de massa, pressupõe-se na ausência de efeitos nucleares. IM250 Prof. Eugênio Rosa Equação da Q. Movimento para um Sistema • A equação da Q. Movimento é obtida fazendo-se b = V, D Vd T ndA gd Dt sis A Fext • As forças externas são dividas em forças que agem na fronteira do sistema, Tensões T (natureza tensorial), e forças de campo que agem no volume do sistema . IM250 Prof. Eugênio Rosa Equação da Energia para um Sistema • A equação da Energia é obtida fazendo-se b =e, onde ‘e’ ainda não especificada neste estágio, D e d q k ndA n T V dA q d Dt sis A A Q W • Q e W só existem na fronteira do sistema, o calor é exclusivamente devido a condução térmica e o trabalho é aquele realizado pelas tensões que atuam na fronteira. • O último termo refere-se a geração volumétrica de energia no interior do volume (reação química, dissipação efeito joule, etc) IM250 Prof. Eugênio Rosa 2a Lei para um Sistema • A 2a Lei é obtida fazendo-se b = s, D qk q ndA d Ps sd Dt sis A T T • O primeiro e segundo termo referem-se a produção ou destruição de s devido a transferência de calor na fronteira e devido a geração de energia internamente ao volume. • O último termo refere-se a produção de entropia devido as irreversibilidades do sistema, Ps 0. IM250 Prof. Eugênio Rosa Equações de Transporte ou Conservação? • Os livros textos freqüentemente denominam a taxa de variação das propriedades dos sistemas por Equações de Transporte ou Equações de Conservação. • A primeira denominação sub-entende como uma propriedade específica é transportada (convecção e difusão) pelo campo. • O termo conservação é igualmente aplicado porque o lado direito da equação deve ser igual ao seu lado esquerdo, isto é, o transporte deve ser igual ao termos fonte associados a produção ou destruição da propriedade! IM250 Prof. Eugênio Rosa Aplicação do Conceito de Sistema • Os postulados físicos para sistemas são aplicados com sucesso para partículas e corpos rígidos. • No entanto encontra-se dificuldade para aplicálos em corpos que se deformam continuamente (FLUIDOS)! • Veja se você conseguiria identificar, em qualquer instante de tempo, todas as partículas de fluido que compõe o sistema ao entrar em um reator com agitação, transferência de calor e trabalho: IM250 Prof. Eugênio Rosa Q W m1 m1 sistema Q W m1 Instante: t0 m1 sistema Instante: t0+t IM250 Prof. Eugênio Rosa Sistema x Volume de Controle • Para corpos que se deformam continuamente( gases e líquidos) é difícil realizar uma análise seguindo-se o sistema! • É muito mais simples se ater a uma região no espaço (Volume de Controle) onde massa pode cruzar sua fronteira. • O Teorema de Transporte de Reynolds (TTR) permite que se faça uma análise de um Sistema a partir do conceito de Volume de Controle! IM250 Prof. Eugênio Rosa O Volume de Controle • O Volume de Controle V.C. é uma região do espaço onde se deseja realizar a análise. • A sua fronteira com o meio externa é delimitada pela Superfície de Controle, S.C.: massa, força e energia podem cruzar a S.C. • O Volume de Controle pode ser estacionário ou móvel no espaço; fronteiras fixas ou deformáveis ou qualquer outra combinação; IM250 Prof. Eugênio Rosa Teorema de Transporte de Reynolds • Ele descreve a variação da propriedade do sistema em termos de propriedades medidas no Volume de Controle. D d b d b dV b n Vr dA Dt sis dt VC SC onde Vr é a velocidade relativa do fluido em relação a fronteira, Vr = Vf - Vb • A variação da propriedade B do sistema é igual a variação de B no V.C. mais o fluxo líquido de B que cruza a S.C. IM250 Prof. Eugênio Rosa Demonstração do Teorema de Transporte de Reynolds IM250 Prof. Eugênio Rosa Teorema de Transporte de Reynolds • No instante t0 a superfície de controle é coincidente com a fronteira do sistema. control volume system III I ( t0 ) II (t0 + dt) • No instante t0+dt o sistema ‘deixa’ parcialmente o V.C. A região III está fora do V.C.; a região II ainda está dentro do V.C.; e a região I é preenchida por outro sistema. IM250 Prof. Eugênio Rosa Teorema de Transporte de Reynolds A taxa de variação do sistema é escrita em função de propriedades do V.C. dt Lim B tIII B tII dt B t dB dt sys dt 0 dt dt Lim B tI dt B tII dt B t B tIII B tI dt dt 0 dt dt dt sistema volume controle III I ( t0 ) IM250 Prof. Eugênio Rosa (t0 + dt) Identificação do sistema e do VC no instante (t0 + dt) . II • Sistema = (II)+(III) • V. C. = (I)+ (II) Sistema com Propriedades Não-Uniformes • Com freqüência ocorre que as propriedades de uma variável não são uniformes em toda extensão espacial do sistema. • Neste caso, para representar adequadamente a massa ou qualquer outra propriedade do sistema devemos somar sua contribuição em toda extensão: M dV vol • Onde IM250 Prof. Eugênio Rosa & B bdV vol B b lim m0 m Teorema de Transporte de Reynolds O primeiro termo representa a taxa de variação de B no V.C. Lim B tI dt B tII dt B t dt 0 dt system control volume III I ( t0 ) IM250 Prof. Eugênio Rosa d b dV dt vol (t0 + dt) II Teorema de Transporte de Reynolds Os 2o e 3o termos representam os fluxos de B para for a e para dentro do V.C. dt b n Vr dA dt b n Vr dA t d t t d t Li m B III Li m BI III I dt 0 d t dt dt 0 dt dt b n Vr dA C.S . Vr system control volume III I ( t0 ) II Vr (t0 + dt) n IM250 Prof. Eugênio Rosa Leaving n C.V. n.Vr >0 Entering C.V. n.Vr <0 Teorema de Transporte de Reynolds • Taxa de variação do sistema escrita em termos de propriedades do Volume de Controle, dB d b dV b n Vr dA dt sys dt C.V . C.S . • A variação de B no sistema é igual a variação de B no V.C. mais o fluxo líquido de B que cruza a S.C. • A derivada ‘lagrangeana’ do sistema é determinida para uma região no espaço por meio do TTR. IM250 Prof. Eugênio Rosa Forma Integral das Equações de Transporte • O TTR permite escrever as Equações de Transporte a partir do conceito de Volume de Controle: d b d b n Vr dA J dA f d dt VC SC SC VC Source S b B/M Source Massa 1 0 Movimento V T ndA g d SC 1a Lei e V C q k ndA n T V dA q d SC 2a IM250 Prof. Eugênio Rosa Lei s SC VC q k q ndA d Ps T T SC VC J e f são fontes genéricos associados a SC e ao VC Conservação da Massa d b d b n Vr dA J dA f d dt VC SC SC VC Source S A Eq. da conservação da massa é obtida fazendo-se B = M, b = 1. Não há fontes de superfície ou de volume; DM/Dt = 0 por definição de sistema! d d Vr n dA 0 dt V .C. S .C . IM250 Prof. Eugênio Rosa Ex. – Escoamento de água (incompressível) com velocidade uniforme nas seções. Determine a vazão mássica em (3). São conhecidas as áreas em (1), (2) e (3) e as velocidades nas seções (1) e (2) são, respectivamente: U1 e U2+cos(wt). Fluido incompressível, = constante e fronteira não deformável, então o termo de acumulação é nulo; O balanço de massa fica sendo os fluxos que entram e saem do VC: 0 V1 A1 V2 A2 M 3 Comentário: não importa se as velocidades são transientes, não há termo de acumulação, a vazão instantânea que entra é igual àquela que sai! IM250 Prof. Eugênio Rosa Ex. – Água escoa em regime permanente através de uma placa porosa, avalie a vazão da massa na seção bc se o perfil de velocidades na seção cd é: u y y 3 2 U d d m=? • • 1, 5 Trace uma superfície de controle Aplique o balanço de massa para R.P. Vr n dA 0 • S .C . Calcule os fluxos em cada face da S.C.: d d L 0 0 0 bc 0 U w dy uy w dy Vw dx m 7 V L U dw 1 mbc 0 10 U d w • Note que mbc>0, portanto o fluxo de massa cruza bc 1,42kg/ s m a S.C. para fora! IM250 Prof. Eugênio Rosa Ex. – Um tanque de volume fixo contém salmoura, com densidade inicial i. Água pura (dens. A) entra no tanque e mistura-se perfeitamente com a salmoura. Determine uma expressão para a taxa de variação da densidade da salmoura m com o tempo. • Trace uma S.C. • Crie um referencial • Balanço de massa: como há uma mistura ‘perfeita’, a densidade média no volume é igual àquela da saída, m então: y x d d Vr n dA 0 dt V .C. S .C . • Como vol. const., então a vazão dm A Q m Q 0 volumétrica na entrada e saída são dt iguais a Q IM250 Prof. Eugênio Rosa Ex. – continuação • Separando os termos vamos ter: dm Q dt m A y • Integrando, m A e Q t i A x • Onde i é a concentração inicial. • Reconhecendo que V/Q é a constante de tempo, t, a razão das densidades pode ser então representada por: m A e tt i A IM250 Prof. Eugênio Rosa Ex. – continuação • Qual é a relação entre a densidade da salmoura e a concentração volumétrica do sal? y x • Reconhecendo que as densidades do sal e da água pura são: s e A, então a densidade da mistura é: m S C A 1 C • Onde C é a concentração volumétrica do sal, isto é, a razão entre o volume que ele ocupa e o volume da mistura, IM250 Prof. Eugênio Rosa sal C sal agua Fronteira Deformável x Fronteira Fixa IM250 Prof. Eugênio Rosa Ex. – Um acumulador hidráulico reduz os pulsos de pressão acumulando ou descarregando óleo no seu interior. Considerando que a vazão instantânea de óleo que entra é Q e que a velocidade instantânea de saída é V numa área A, determine a taxa a qual o acumulador ganha ou perde óleo. Fronteira deformável • Trace uma superfície de controle ar • Crie um referencial • Aplique o balanço de massa y Q x Fronteira fixa Ou, V, A d dt Q V A 0 A taxa de acumulação é: IM250 Prof. Eugênio Rosa d d Vr n dA 0 dt V .C. S .C . d Q VA dt Exemplo– Um pistão de área Ap desliza num cilindro com velocidade Vb. Na extremidade oposta do cilindro há uma abertura de área A. Determine a velocidade de saída do jato. Considere o fluido incompressível. • Trace uma superfície de controle Fronteira deformável Vb y • Crie um referencial Vs • Aplique o balanço de massa: h(t) x Fronteira fixa • Calcule as integrais: d A P h VS A 0 dt • Reconhecendo que ´-dh/dt = Vb, então: IM250 Prof. Eugênio Rosa d d Vr n dA 0 dt V .C. S .C . - r ×Vb ×AP + r ×VS ×A = 0 Patm T0 Problema Desafio – Inicialmente o raio interno de um balão elástico é Ri e ar no seu interior está a pressão e temperatura Pi e T0. Ele começa a ser enchido por um fluxo de ar com velocidade V1 e densidade 1 pela seção (1) de área A1. A pressão externa ao balão é atmosférica, Patm. Considere o ar como um gás perfeito e o processo de enchimento se dá a temperatura constante T0. Determine a taxa de variação da densidade do ar no balão b e R com o fluxo de ar na entrada. Utilize a equação de LaplaceYoung para determinar a diferença de pressão V1 em função do raio durante o processo de A1 enchimento. 1 IM250 Prof. Eugênio Rosa Ri Pi Patm b R P T0 Teorema de Leibniz IM250 Prof. Eugênio Rosa • Pode ocorrer uma função f(t) definida pela integral: B t ft f x, t dx A t • Qual seria a derivada da função f(t) em relação a t? • A derivada de f(t) é definida pelo teorema de Leibniz: B t f x, t dft Bt dB dA dx f B, t f A, t f x, t dx dt t A t t dt dt A t • Note que se os limites de integração forem fixos no tempo então B t f x, t dft B t dx f x, t dx dt t A t t A t IM250 Prof. Eugênio Rosa Representação Gráfica f dt t f f(x,t+dt) 3 5 4 f(x,t) 2 dB dt dt 1 6 f(A) 7 f(B) dA dt dt 9 8 A(t) A(t+dt) 10 B(t) B(t+dt) f x, t dt dx áre a1,2,3,4 t A t B t x dB f B, t dt áre a4,5,9,10 dt dA f A , t dt áre a1,6,7,8 dt Agrupando os termos e fazendo dt->0, tem-se: B t f x, t dx t A t IM250 Prof. Eugênio Rosa dB dA f x, t f B , t f A , t dx dt dt t A t B t Extensão para Volumes do Teorema de Leibniz dft f x, t dB dA d f B, t f A, t f x, t dx dt t A t t dt dt A t B t B t • Onde A(t) e B(t) são volumes deformáveis cuja forma depende do tempo t. • df/dt depende da taxa de variação do volume (ou vazão volumétrica) nas fronteiras! IM250 Prof. Eugênio Rosa Como eu aplico o T. Leibnitz em Mec Flu? b d b d b Vb n dA t t t t Fronteira Deformável • • onde Vb é a velocidade da fronteira. A derivada da integral do volume deformável é igual: 1. A integral da derivada da propriedade no V.C. 2. Mais um termo de fluxo associado com a deformação da fronteira. IM250 Prof. Eugênio Rosa Como fica o T.T. Reynolds? dB b d b Vb n dA b Vr n dA dt SISTEMA t t Fronteira S .C . Deformável Taxa Variação B no V.C. IM250 Prof. Eugênio Rosa Ex. revisitado Fronteira deformável ar Vb • A velocidade da fronteira pode ser determinada a partir do balanço de massa: y Q x Fronteira fixa V, A 0 d Vb n dA Vr n dA t t S .C . Fronteira Deformável VA Q 0 Vb A IM250 Prof. Eugênio Rosa Exemplo revisitado Fronteira deformável Vb Vs h(t) • A velocidade da fronteira pode ser determinada a partir do balanço de massa: Fronteira fixa 0 d Vb n dA Vr n dA t t S .C . Fronteira Deformável Vs A 0 Vb A P IM250 Prof. Eugênio Rosa Conservação da Quantidade de Movimento 2ª Lei de Newton D Vd Fext Dt sist IM250 Prof. Eugênio Rosa O que é um Ref. Não-Inercial? • Um referencial é inercial se ele não tiver aceleração em relação a um referencial ‘estacionário’. • Um referencial NI é aquele que pode apresentar aceleração linear, angular, centrífuga ou de coriolis em relação a um referencial ‘estacionário’ • Exemplos de referencial NI e I: • 1. ref. seguindo VC que acelera em relação ref. estacionário • 2. ref. seguindo VC que descreve um arco de curva • 3. ref. Seguindo VC que se desloca com velocidade constante em relação a um ref. Estacionário , este é Inercial! IM250 Prof. Eugênio Rosa A 2a Lei de Newton • A variação de quantidade de movimento de um sistema é igual a somatória das forças externas desde que o referencial seja Inercial. d mV sistema dt F ext XYZ • Para referenciais NI é necessário relacionar a aceleração do referencial NI (xyz) a um referencial estacionário (XYZ). d mV sistema dt IM250 Prof. Eugênio Rosa F ext m a xyz xyz Posição Relativa • O problema fundamental é estabelecer a aceleração relativa do referencial NI a um estacionário. sistema Y P z r w y R x X Z • O ref (xyz) gira com w e é localizado pelo vetor posição R. • A posição do sistema PXYZ = R + r IM250 Prof. Eugênio Rosa Movimento Relativo • A velocidade observada no ref (XYZ) é dada pela velocidade de translação de (xyz) (dR/dt = Vrf) mais a velocidade de translação e rotação do sistema em relação ao ref (xyz) (Vxyz e wxr) sistema Y P z r w y R x X Z IM250 Prof. Eugênio Rosa dP dR d r w r dt dt dt VXYZ Vrf Vxyz w r Aceleração Inercial x Não-Inercial A aceleração do ref. (XYZ) é obtida derivando-se as velocidades relativas . r dVXYZ dt Aceleração Inercial r dVxyz dt Aceleração linear medida no ref (xyz) r r r r a XYZ a xyz w Vxyz Aceleração retilínea no (xyz) r r a XYZ a xyz IM250 Prof. Eugênio Rosa r dVrf dt r r d wxr dt Aceleração de rotação ref (xyz) Acel. retilínea do ref (xyz) r r a rf Aceleração Coriolis r r r 2w Vxyz a rf r r r dw r r r w Vxyz wxr dt Aceleração angular (xyz) r dw r r dt Aceleração centrífuga r r r w w r Aceleração Inercial x Não-Inercial • A aceleração Inercial é composta por duas parcelas: – (1) axyz : acel. do sistema medida do referencial N.I., – (2) arel: termo de aceleração relativa, r r r aXYZ a xyz arel O termo (1) é simplesmente a aceleração medida do referencial N.I. Se o referencial estiver com velocidade linear constante então aXYZ = axyz e arel = 0 O termo (2) compõe com a axyz a aceleração inercial! Ele tem 4 parcelas : (i) aceleração linear e (ii) aceleração devido a rotação do referencial: r r 2 r r r r r d R dw r r a rel r w w r 2w Vxyz 2 dt dt IM250 Prof. Eugênio Rosa Como fica a Eq. da Massa? • Nada muda! r r dM d d Ò n Vr dA 0 dt sys dt V.C. S.C • Lembre-se porém que pode ser mais simples de realizar a análise a partir do referencial inercial móvel (xyz). IM250 Prof. Eugênio Rosa Como fica a Eq. da Q. Movimento? • As velocidades são medidas do referencial (xyz), r r r r r r r r d Vxyzd Ò n Vr Vxyz dA FCAMPO FSUP FMEC a reld dt V.C. S.C. V.C. • onde a aceleração relativa, arel é, r r 2 r r r r r r d R dw r a rel r 2w Vxyz w w r 2 dt dt r r FCAMPO gd; atua em todo o V.C. V.C. r r r FSUP Ò n p dA Ò n t dA; atua somente na S.C. S.C. S.C. r FMEC um eixo ou barra cruza a S.C. IM250 Prof. Eugênio Rosa Casos Especiais de arel 1. Sistemas Não-Inerciais caso Geral: r r r r r r r r dw r a rel a rf r w w r 2w Vxyz dt • 2. Sistemas Não-Inerciais com deslocamento linear apenas (w = 0): r r 2 2 a rel a rf d R dt 3. Sistemas Não-Inerciais com rotação constante apenas: r r r a rel 2w Vxyz IM250 Prof. Eugênio Rosa r r r w w r Alguns devaneios sobre os efeitos do termo de aceleração de Coriolis… IM250 Prof. Eugênio Rosa A aceleração de Coriolis • Enquanto que os termos de aceleração retilínea, rotação e centrífugo são relativamente familiares, o mesmo não é verdade para o termo de Coriolis! • O termo de Coriolis faz surgir uma força perpendicular ao plano definido pelos vetores velocidade e rotação 2w V .. Filme 1 . . 2w V 2w Filme 2 IM250 Prof. Eugênio Rosa 2w V V A aceleração de Coriolis 2w V • Um jato de líquido num vaso cilíndrico sem e com rotação descreverá trajetórias diferentes devido ao termo de Coriolis 2w V Vista lateral tanque 2w V r w V Sem rotação: trajetória retilínea IM250 Prof. Eugênio Rosa Com rotação: trajetória curva Ñão deixe de assistir Rotating Flows Porque os furacões no hemisfério N giram no sentido anti-horário e no S no sentido horário? • Ciclone em Sta. Catarina, 2004 • Sentido: horário IM250 Prof. Eugênio Rosa • Ciclone Fran, golfo do México, 1996 • Sentido: anti- horário Estrutura do Furacão (Hurricane) • Próximo ao solo, devido a rotação das massas, é criado uma região de baixa pressão que faz com que o ar seja succionado em direção ao ‘olho’ IM250 Prof. Eugênio Rosa Hemisfério Norte w, N Vista lateral 2w w V Vxyz Vel. radial na representação aponta para fora, já incorpora o sinal negativo da fórmula! V É a ação da aceleração de Coriolis e a rotação do planeta que produzem o sentido da rotação. IM250 Prof. Eugênio Rosa r r 2w V 2w V 2w 2w V V EXEMPLOS IM250 Prof. Eugênio Rosa C.S. Patm Patm d12 & V2 V1 P1 Patm m Fx 4 P1 Fx<0 (1) IM250 Prof. Eugênio Rosa Patm (2) Veja no link: força de reação de jato de água, causada por um bocal, é capaz de levantar um carro. • Exemplo Determine a força de arrasto em uma placa plana devido ao atrito viscoso. Considere regime permanente. A velocidade em (a-b) é uniforme e vale Uo, a velocidade em (c-d) é variável e descrita por u(y). A pressão é atmosférica. Encontre uma expressão da força de arrasto em função do perfil de velocidades. L é a largura da placa S.C. (b) (c) Uo u(y) y x (d) (a) d Resp IM250 Prof. Eugênio Rosa D u U u Ldy 0 d Efeitos de Mudança de Direção na Quantidade de Movimento IM250 Prof. Eugênio Rosa • 4.58 – Água escoa em regime permanente através de um cotovelo de 180o. Na entrada do cotovelo a pressão manométrica é 96 kPa. Água é descarregada para a atmosfera. Admita que as propriedades são uniformes nas seções de entrada e saída, A1= 2600mm2, A2=650mm2 e V1=3,05 m/s. Determine a componente horizontal da força necessária para manter o cotovelo no lugar. F F m V1 V2 PA 1 1 IM250 Prof. Eugênio Rosa HOW IS LIFT GENERATED? • Lift occurs when a moving flow of fluid is turned by a solid object. • When the flow is turned in one direction it causes a change in the momentum flux which, in turn, requires an equal force in the opposite direction (THE LIFT), according to Newton's Third Law of action and reaction. IM250 Prof. Eugênio Rosa HOW IS LIFT GENERATED? Momentum flux face E Momentum flux face N Momentum flux face W weight Control Surface Momentum flux face S • If one draws a control surface C.S. encompassing a solid body which by some means deflects the flow downward, there must be a vertical net force acting on the C.S. accordingly to the Newton’s Law: r r Vy V n dA CS pn dA t y CS ny dA n L CS • In equilibrium, the lift force is equal to the body weight: L = W! IM250 Prof. Eugênio Rosa Efeitos de Sucção e Injeção na Quantidade de Movimento Animais com propulsão baseada na sucção-injeção Água viva (jellyfish) filme IM250 Prof. Eugênio Rosa Polvo (octopus) filme SUCÇÃO X INJEÇÃO (filme) Diferenças Área de baixa pressão Área de pressão atmosf Área Baixa Pressão: linhas de corrente radiais em sentido ao centro. Descarga de um Jato: linhas de corrente paralelas a pressão IM250 Prof. Eugênio Rosa atmosférica. Superfície de Controle Deformável IM250 Prof. Eugênio Rosa Ex. 4. 191 – Determine a freqüência natural de oscilação de um tubo e U. Despreze o atrito. FILME g h+ hH z L Considere: •Uma S.C. se movendo com a interface livre do líquido: vr=vf-vb=0 • Tubo com seção transversal constante e igual a A •Velocidade no tubo igual a taxa de variação do nível, V = dh/dt Resposta : d2h g h 2 L dt H 1 2H IM250 Prof. Eugênio Rosa h t h Cos wt h t 1 g f n 2 H L 2 Referencial Não Inercial IM250 Prof. Eugênio Rosa O carro com massa inicial M0 parte do repouso propelido pelo jato horizontal (Vj, Aj e ) que sai de seu reservatório a velocidade constante. A pista é horizontal e não há atrito nas rodas nem resistência do ar ao movimento. A) Determine a velocidade em função do tempo e a aceleração. Obs.: Vj é a velocidade do jato para um observador que se move com o carro U Vj Aj M0 Resposta: A) U/Vj = Ln[1/(1-t*)] onde t* =t/t e t = (M0/m) IM250 Prof. Eugênio Rosa Exemplo I – Um carro com massa inicial M0 é feito por um tubo de área A com um comprimento horizontal L e um vertical h0. Na sua extremidade tem uma válvula de abertura rápida e a água está armazenada numa altura h0. A) determine a equação para movimento do carro ao abrir a válvula. B) faça uma análise do movimento considerando que após os instantes iniciais de abertura da válvula o nível de água varia linearmente com o tempo (observação experimental) S.C. se movo junto com o carro h(t) h0 L V Ref N.I. Move com Vcarro Resposta: A) -ALd2h/dt2 + A(dh/dt)^2 = -MdU/dt IM250 Prof. Eugênio Rosa • Demonstração dos termos não inerciais IM250 Prof. Eugênio Rosa Relações entre velocidades A velocidade absoluta, ref (XYZ), é dada pela soma de: 1) velocidade de translação do ref. (xyz) -> dR/dt 2) velocidade de translação sistema em relação ao ref (xyz) -> dr/dt 3) velocidade de rotação do ref (xyz) -> wxr sistema Y r’ z r w y R x X Z IM250 Prof. Eugênio Rosa ur r r dr` dR dr r r w r dt dt dt O efeito de rotação do ref. NI (x,y,z) Considere que R não varia com o tempo, o ref. NI somente gira com w. Neste caso especial, a vel. ref. FIXO e NI estão relacionadas por: sistema Y r’ z r w y R Z x X ur r dr` dr dt FIXO dt NI Note que r’ = R + r porém dr’/dt = dr/dt uma vez que R é constante, logo: r dr dt FIXO A relação descreve transformação do FIXO p/ NI para qualquer vetor q arbitrário não somente o vetor r! Por ex.: se q = w, então pode-se mostrar que a aceleração angular é a mesma para os ref. FIXO e NI! IM250 Prof. Eugênio Rosa r r w r r dr dt r r w r NI r r r r dq dq w q dt FIXO dt NI r r r r dw dw w {w dt FIXO dt NI 0 As relações entre velocidades Velocidade ref. FIXO,-----------------------------------Velocidade translação do ref. NI---------------------Velocidade relativa aos eixos rotativos, ref. NI---Velocidade angular dos eixos rotativos------------Velocidade devido a rotação dos eixos------------- r r r r r VXYZ Vr VRef w r Observe que Vr é a velocidade medida do ref. NI, ela também é representada por Vxyz. IM250 Prof. Eugênio Rosa ur r VXYZ dr` dt r r VRef dR dt r r Vr dr dt r w r r w r A 2ª lei de Newton F = ma é válida somente para um referencial FIXO: r dVXYZ dt FIXO r dV Re f dt FIXO r dVr dt FIXO d r r w r FIXO dt r r r r A taxa de variação de um vetor entre dq dt FIXO dq dt NI w q referenciais é dada pela relação r dVXYZ dt FIXO r dV Re f dt r dV r dt FIXO 2r r r r r r r dw r r w Vr r w Vr w r dt 144442 4444 3 NI dr dt FIXO r r r r r r r r d R dw r a XYZ a xyz r w w r 2w Vxyz 2 dt dt IM250 Prof. Eugênio Rosa Aceleração Inercial x Não-Inercial • A aceleração Inercial é composta por duas parcelas: – (1) acel. linear do sistema medida do referencial N.I. – (2) termo de aceleração relativa, arel: r r r aXYZ a xyz arel O termo (1) é simplesmente a aceleração medida do referencial N.I. Se o referencial estiver com velocidade linear constante então aXYZ = axyz O termo (2) compõe com a axyz a aceleração inercial! Ele tem duas parcelas: (i) aceleração linear do referencial e (ii) aceleração devido a rotação do referencial: r r 2 r r r r r d R dw r r a rel r w w r 2w Vxyz 2 dt dt IM250 Prof. Eugênio Rosa