Repacptulando a aula passada
André Luiz, dedicou esta obra inteiramente à mediunidade,
mostrando os bastidores das atividades mediúnicas.
Em várias passagens, cita o papel da
Ciência na jornada evolutiva do Espírito.
Salienta que os opostos:
vida e morte, berço e
túmulo, experiência e
renovação, são etapas
sequenciais do
progresso espiritual,
expressando-se num
“hoje imperecível”.
Prossegue dizendo que
nossa mente é o nosso
endereço e nossos
pensamentos são as nossas
criações, podendo ser
criações de luz ou sombra,
de liberdade ou escravidão,
de paz ou tortura.
A orientação exposta nessa obra, enfatiza uma próspera vivência dos
fenômenos mediúnicos, baseada nos ensinamentos de Jesus, inscritos na
consciência e no coração de cada um de nós, médiuns ou não...
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Repacptulando a última aula – 1/6
» A pedido de Clarêncio, o assistente Áulus apresenta-se para promover um
curso de uma semana sobre ciências mediúnicas à André Luiz e Hilário.
» Para começar Áulus convidou ambos visitarem um pequeno grupo de
aprendizes, encarnados e desencarnados, onde poderiam ouvir o dirigente
falando sobre mediunidade.
» Entre outros ensinamentos
importantes, o instrutor
enfatizou que em
mediunidade, a principal
questão está na sintonia:
“Mediunidade por si só não
basta, é imprescindível saber
que tipo de onda mental
assimilamos para saber da
qualidade de nosso trabalho”.
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Capítulo 8 – Psicofonia sonambúlica
Um fazendeiro desumano
Sob a guarda de venerado amigo, surgiu um pobre dementado. Era antigo
fidalgo, lançado ao subsolo. Fluidos escuros e viscosos cobriam-lhe a roupa
emitindo fortes odores nauseantes.
Comentário: O Chicote pode ser
uma ilusão mental do espírito
plasmada devido ao longo uso
quandona
encarnado.
Trazia
mão direita um
chicote que tentava estalar ao
mesmo tempo que falava muito
alto. “Quem me trouxe aqui
contra a vontade? Covardes!
Pagarão caro por isso. Os privilégios dos nobres são invioláveis,
vêm dos reis que são os escolhidos de Deus. Cativos são cativos,
senhores são senhores. Se
fogem... matarei sem piedade”.
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Capítulo 8 – Psicofonia sonambúlica
André estranhou tanta agressividade e preocupou-se, com a médium Celina.
Áulus esclareceu que ele entrou no ambiente
com a supervisão e o consentimento dos
mentores da casa e que quanto aos fluidos
não havia o que temer.
Semelhante ao sol que desintegra nuvens infecciosas da Terra diariamente,
o mesmo acontece com a contribuição fluídica característica de cada
assembléia de encarnados e os fluidos deletérios.
Celina ao contrário de Eugênia estava totalmente fora do corpo e chegou
inclusive a ajudar o ex-fazendeiro a sobrepor-se ao seu corpo. No entanto
o controle da comunicação era ainda maior do que no caso de Eugênia.
Celina ao mesmo tempo em que acolhia sem medo o comunicante
controlava-o sem a menor dificuldade apesar da agressividade do
comunicante.
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Capítulo 8 – Psicofonia sonambúlica
A psicofonia sonambúlica se dá com o médium em estado de sonambulismo.
Emancipado de seu corpo físico por efeito desse estado, o médium dele se
afasta, permitindo que o comunicante se apodere e o utilize como se nele
estivesse encarnado.
Nesse tipo de mediunidade, a falta de moralidade do medianeiro pode ter um
resultado ainda mais desastroso, pois o médium entrega o equipamento
mediúnico ao espírito comunicante.
Aulus comentou que Celina desempenhava muito bem seu trabalho de médium
Sonambula.
Comentário: A psicologia no caso de
Celina se processa sem necessidade de
ligação da corrente nervosa do cérebro
mediúnico à mente do hóspede que o
ocupa. Tem muita facilidade de
desligar-se de maneira automática do
campo sensório, perdendo
temporariamente o contato com os
centros motores da vida cerebral. Isso
facilita que o comunicante se expresse
mais seguro.
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Capítulo 8 – Psicofonia sonambúlica
Desencarnará nos últimos dias do
século 18. Não percebe nada além dos
quadros interiores criados por ele
mesmo: dinheiro, lucros, a antiga
propriedade rural e os escravos que lhe
conheceram de perto a tirania e a
perversidade. Odiava os trabalhadores
que fugiam, perseguia-os e queimavalhes os olhos.
Com a morte, encontrou uma legião de perseguidores. Muitas das vítimas
de alma branda lhe desculparam as ofensas, mas a maioria são agora
vingadores do passado. Sob a influência deles foi levado à cegueira e
converteu-se sem saber em vampiro de almas reencarnadas que lhe foram
queridas no Brasil colonial. Ao final do esclarecimento bem sucedido, o exfazendeiro foi encaminhado a uma organização socorrista.
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Capítulo 9 – Possessão
Ataque epilético e influência espiritual
Quatro pessoas encarnadas estavam
presentes à reunião na busca de socorro.
Entre elas um cavalheiro agitado estava
acompanhado de sua mãe.
Atendendo às recomendações do
supervisor espiritual, os guardas
admitiram a passagem de uma entidade
evidentemente aloucada, que atravessou
as linhas vibratórias de contenção,
vociferando: “Pedro! Pedro!...”
O tresloucado avançou até um senhor encarnado que súbito deu um grito
e caiu desamparado. Raul determinou que o senhor fosse transferido
para um leito em câmara próxima, isolando-o da reunião.
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Capítulo 9 – Possessão
Dona Celina foi incumbida do trabalho de assistência. Áulus, Hilário e André
acompanharam. Pedro estava sofrendo um ataque epiléptico com todos os
sintomas clássicos. Músculos tencionados, cabeça fletida para trás, braços
retorcidos e dentes cerrados seguidos de convulsões.
Pedro e o obsessor
pareciam ocupar o
mesmo espaço; eram
dois contendores em
luta feroz. O desencarnado gritava por
vingança. Enquanto o
córtex cerebral de Pedro
estava envolvido em
escura massa fluídica.
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Capítulo 9 – Possessão
Celina pressentia a presença do espírito e controlou-se para não se apassivar.
Em seguida tentou falar algumas coisas para o espírito mas ele não deu a
menor importância ao fato. Percebendo que não adiantava falar a esmo,
Celina entrou em prece em voz alta e, na medida que falava, jatos de força
luminescente saíam-lhe das mãos envolvendo os dois contendores em
sensações de alívio.
O perseguidor aos poucos
aspirou a substância
anestesiante e desprendeuse automaticamente da
vítima entrando num sono
profundo. Enquanto
guardas e socorristas
conduziam o obsessor a um
local de emergência, Pedro
voltava aos poucos ao
normal.
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Capítulo 9 – Possessão
Áulus aproveitou para explicar o ocorrido. Atendendo às perguntas,
começou afirmando que este era um caso de possessão. Apesar de Pedro
não dispor da consciência do que lhe aconteceu, seu espírito arquivou todas
as particularidades do ocorrido de modo a enriquecer o patrimônio das
próprias experiências.
Durante o episódio, as células (do
cortex) cerebrais sofreram um
bombardeio de emissões magnéticas
tóxicas. Segundo a medicina
terrestre Pedro teve um ataque
epiléptico. Mas na realidade
estavam vendo um transe mediúnico
de baixo teor, observando duas
mentes desequilibradas pelo ódio.
Pedro estava inconsciente do que
lhe ocorrera.
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Capítulo 9 – Possessão
Tudo começou quando na metade do século 19, Pedro era um médico que
abusava da missão de curar. O atual perseguidor era seu irmão cuja esposa
Pedro procurou seduzir. Para isso, prejudicou o irmão no campo econômico e
social até interná-lo num hospício, o que o levou à morte.
Desencarnado encontrou-o na posse da mulher. Perturbou-os na existência e
aguardou-os além-túmulo.
Depois de duras conseqüências a
companheira, menos responsável,
foi a primeira a retornar ao
mundo. Hoje ela é essa senhora
que recebeu Pedro como o
próprio filho. Mas o irmão ainda
não encontrou forças para se
modificar.
Pedro pode ser considerado como médium?
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Capítulo 9 – Possessão
Aulus – Um médium doente. A sua
freqüência aos trabalhos da casa, cursos e
palestras ajudarão a modificar a maneira
de encarar a vida. Sua afinidade com esta
casa indica que possui ligações afetivas do
passado com o dever de auxiliá-lo.
Se Pedro se renovar, aplicando-se com devotamento ao trabalho no bem,
modificará o próprio tônus mental, o que também provocará a mudança do
irmão. Assim o médium desequilibrado de hoje, poderá ser valiosa fonte
mediúnica mais tarde , tão cristalina quanto desejamos.
O ensinamento é claro, ninguém ilude a Justiça Superior, as reparações
podem ser transferidas no tempo... mas são inevitáveis. A solução é
aprender sem desanimar e servir no bem sem esmorecer.
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Capítulo 10 – Sonambulismo torturado
Uma jovem juntamente com uma pequena fila presente em tratamento
na reunião. Aulus: favoreceremos a manifestação de infeliz companheiro
que a vampiriza a jovem e usaremos este caso para estudarmos o
sonambulismo torturado. O espirito achava-se com alienação mental e
sua presença era repugnante. Sua cabeça e garganta estavam feridas e ao
entrar precipitou-se sobre a jovem que começa a gritar, transfigurada,
contorcendo-se em pranto convulsivo, tendo a respiração sibilante e
opressa. Ele gritava desnaturada...
Comentário: Alguns Centros fazem a desobsessão ou mediunica presencial (com a
participação do encarnado). Torna-se necessário além do inconveniente de provocar medo,
angustia, eles escutarem informações do seu passado perturbadoras que confunda ou
desequilibre mais ainda, a equipe espiritual tem que ter um cuidado redobrado com o
participante, riscos com a vibração da reunião, tornando pouco produtivo sua participação.
Mencionar alguns exemplos: A ajuda no tratamento feita pelo encarnado é sua participação nas
palestras, estudos, passes, atendimento fraterno, evangelho no lar , trabalho voluntário e a
busca da reforma intima.
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Capítulo 10 – Sonambulismo torturado
Ela não se afastou do corpo fisico e agia por si própria, a contorcer-se em
pranto convulsivo e a expressar o pensamento do obsessor. Não tendo
havido o domínio do corpo físico, o que caracterizaria a possessão,
podemos classificar como de subjugação o tipo de obsessão ocorrido, que
consiste no domínio moral do obsidiado, controlando-lhe a vontade.
Quando se encontra sob a ação do obsessor, a obsidiada tem o seu
cérebro por ele invadido e diversas de suas partes desestruturadas,
ficando em estado de hipnose profunda e perdendo o controle da
máquina cerebral.
Com suas células em completo desalinho, o
cérebro deixa de exercer as funções para as
quais é dotado, dentre elas o registro da
memória. Além disso, estando com a mente
perturbada pela dominação obsessiva,
sequer consegue perceber o que acontece à
sua volta, não tendo como guardar os fatos
na memória.
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Capítulo 10 – Sonambulismo torturado
Ela se casará e ao contrario de ajuda-la com sua doença desde a puberdade com o
planejamento de receber seu perseguidor como filho, tendo sua gravidez muito cedo
sentindo a aproximação do espírito teve muito temor, adiando o trabalho que lhe compete
provocando seu próprio aborto com violência. Esta atitude favoreceu mais ampla influência
do seu adversário. Ela passou a sofrer múltiplas crises histéricas com súbita aversão pelo
marido. Sentia a noite fenômenos de sufocação, angustia.. Fora conduzida a uma casa de
repouso onde sofreu eletrochoques em vão, pois a jovem e seu adversário viviam em
constante simbiose.
Hilario e André indagavam: ela conseguiria uma nova maternidade?
Aulus: sim seria uma reconquista. Porém a crueldade premeditada (aborto) desequilibrou
seu centro genésico. Nossas escolhas prejudicam o veiculo sutil e nos não podemos trair o
tempo nas reparações necessárias. A vida corpórea é a síntese das irradiações da alma.
Adversário através da jovem: Para mim não há recursos, sou um renegado.
Raul doutrina: Perdoa e seu caminho será renovado.
Aulus: Seu esposo que a acompanha agora induziu-a a envenenar o pai adotivo no passado,
hoje vivendo como seu adversário. Herdeira de uma fortuna viu que o padrasto pretendia
alterar decisões. Ele não gostou do moço que a desposara acho ele estar interessado em suas
posses. Apos a morte do padrasto ela logo percebeu que o marido era um jogador relegandoos a miséria moral e física.
André: A jovem é considerada uma médium? Aulus: sim é um médium em aflitivo processo de
reajustamento. Talvez demore alguns anos encarcerada a seu adversário devido as
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complicações do sonambulismo torturado. Após longo tratamento o trio se renovará.
Capítulo 11 – Desdobramento em serviço
Esse capítulo estuda o fenômeno da transmissão da mensagem espiritual a distância,
descrevendo a viagem astral feita pelo médium desdobrado.
Antonio Castro recebe passes longitudinais de Clementino, adormece e se desdobra. Do
tórax emanava com abundância um vapor esbranquiçado que, em se acumulando à feição
de uma nuvem, depressa se transformou, à esquerda do corpo denso, numa duplicata do
médium, em tamanho ligeiramente maior que o seu corpo físico. Enquanto o
equipamento fisiológico descansava, imóvel, Castro, tateante e assombrado, surgia, junto
de nós, numa cópia estranha de si mesmo, porquanto, além de maior em sua configuração
exterior, apresentava-se azulada à direita e alaranjada à esquerda, parecia pesado e
inquieto. Verifiquei, então, que desse contato resultou singular diferença. O corpo carnal
engulira, instintivamente, certas faixas de força que imprimiam manifesta irregularidade
ao perispírito, absorvendo-as de maneira incompreensível para mim. Com a ajuda do
supervisor o médium foi exteriorizado convenientemente.
DUPLO ETEREO – A princípio, seu perispírito estava revestido
com os eflúvios vitais (energia ectoplsmática) que asseguram o
equilíbrio entre a alma e o corpo, conhecidos como sendo o “duplo
etérico” , formado por emanações neuropsíquicas que pertencem
ao campo fisiológico. Para melhor ajustar-se ao nosso ambiente,
Castro devolveu essas energias ao corpo inerme, garantindo assim o
calor indispensável à colméia celular e desembaraçando-se, tanto
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quanto possível, para entrar no serviço que o aguarda.
Capítulo 11 – Desdobram
DUPLO ETEREO – Desdobrado não aparecia com sua roupa azul e cinza, mas sim
com um
roupão esbranquiçado que lhe cobre os pés, movimenta levemente pelo salão, esta usando suas
próprias energias ectoplásmicas (eflúvios vitais) com a ajuda do ambiente.
- Áulus esclarece que o médium se desdobrou carregando o duplo etérico, que é formado de
emanações neuropsíquicas pertencentes ao corpo fisiológico, daí a deformação e a necessidade
de retornar para que o corpo somático absorvesse as energia que lhe asseguram o equilíbrio
entre ele e a alma.
Adverte Áulus, que se o espaço que ocupa o seu
perispirito desdobrado for ferido violentamente por
alguém, o médium sentirá dor, pois está ligado ao
seu corpo pelo cordão fluídico.
Castro ainda é iniciante, a medida que ganhe
experiência manejará possibilidades avançadas,
assumindo os aspectos que deseje. Quanto a sua
vestimenta, o médium desdobrado, por força da
sua concentração mental, se mostra na expressão
que desejar, buscando adequar-se aos costumes do
ambiente espiritual em que se situa;
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Capítulo 11 – Desdobramento em serviço
Acrescenta que a Arte e a Ciência no plano
espiritual são mais aprimoradas do que no
mundo dos encarnados e que, por isso, as
construções mentais de Espíritos já libertos
dos condicionamentos da Crosta são mais
apuradas; podendo usar seu pleno poder
mental, assumindo a forma que deseja e pode
submeter-se a inteligências amigas mais
vigorosas que a dele, assumindo as formas que
elas imprimem, mas também corre o risco de
se render a Espíritos perversos, com as
consciências culpadas, vindo a sofrer as
deformações que lhe são impostas.
Perispírito é constituído de elementos maleáveis, obedecendo ao comando dos pensamentos,
seja nascido de nossa própria imaginação ou da imaginação de inteligências mais vigorosas
que a nossa.
Se pudesse pensar com firmeza fora do campo físico, se já tivesse conquistado uma boa
posição de autogoverno, com facilidade imprimiria sobre as forças plásticas de que se reveste
a imagem que preferisse, aparecendo ao nosso olhar como melhor lhe aprouvesse, porque é
possível estampar em nós mesmos o desenho que nos agrade.
-sim , mas importa reconhecer contudo que esse desenho embora vivo não é comparável ao
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vestuário em nosso plano.
Capítulo 11 – Desdobramento em serviço
- De modo algum. O pensamento modelará a forma que nos inclinamos a adotar, no entanto,
os apetrechos de nossa apresentação na esfera diferente de vida a que fomos trazidos,
segundo vocês já conhecem, variarão em seus tipos diversos.
Lembremo-nos, para exemplificar, de um homem terrestre tatuado. Terá ele escolhido um
desenho, através do qual a sua forma, por algum tempo, se faz mais facilmente identificável,
mas envergará a vestimenta que mais lhe atenda ao bom gosto, conforme as usanças do quadro
social a que se ajusta.
Como não podemos conceber uma sociedade terrestre digna e enobrecida, tão somente
composta por homens e mulheres em nudismo absoluto, embora com maravilhosos primores
de tatuagem, é preciso considerar que os indivíduos de nossa comunidade, não obstante
dispondo de um veículo prodigiosamente esculpido pelas forças mentais, não menoscabam as
excelências do vestuário, por intermédio das quais selecionamos emoções e maneiras distintas.
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Capítulo 11 – Desdobramento em serviço
Dois guardas colocam um capacete em Castro, preparando-o para uma viagem
astral, cuidando para que não se disperse a atenção enquanto volita por regiões
inóspitas. Em viagem, amparados por Rodrigo e Sérgio, o médium começa a dizer
pela sua boca física que vê formas estranhas em baixo, sob os pés, que está no
escuro e sente medo, e revela o desejo de retornar, que não pode suportar, mas
Raul, com o apoio do grupo, ora e pede a elevação do teor vibratório dos irmãos em
viagem, recebendo a notícia de que tudo melhorou.
Em poucos minutos Castro diz que a prece de todos atua sobre ele e
que esta reconfortado.. Avançarei… Que alivio rompemos a barreira
das trevas. Avisto Uma cidade de luz, com torres elevadas.
Vejo aqui nosso Oliveira, ele esta bem mais moço. – Áulus - Ele era
colaborador daquela instituição, desencarnado há pouco tempo
Oliveira se diz ainda inapto à comunicação direta, mas que pode se
dirigir aos companheiros da Terra por meio do médium, e este se
coloca à disposição, iniciando a retransmissão do recado de Oliveira:
“Meus amigos, que o Senhor lhes pague. […] As preces do nosso
grupo alcança-me cada noite, como projeção de flores e bençãos!
Agradeço a todos. Sinto-me convaslecente, mas reconfortado e
quase feliz.
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Capítulo 12 – Clarividência e clariaudiência
Água fluídica
Raul avisou que a reunião atingia a fase terminal. Uma pequena jarra com
água foi trazida à mesa.
Clementino espalmou a mão sobre o jarro e partículas radiosas eram
projetadas sobre o líquido que as absorvia totalmente, enquanto Áulus
informava que a água
fluidificada é precioso
esforço de medicação. Há
lesões e deficiências no
perispírito que depois se
estampam no corpo físico
que só a intervenção
magnética consegue aliviar,
até que os interessados se
disponham à própria cura.
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Capítulo 12 – Clarividência e clariaudiência
Em seguida, Raul recomendou aos 3 médiuns falantes que observassem
através da clarividência e da clariaudiência, algum ensinamento que
pudesse ser ministrado a todos.
O ambiente se modificara... estava mais leve. Indagado se os instrumentos
mediúnicos poderiam apresentar os mesmos resultados, Áulus disse que
cada pessoa vive em determinado grau de crescimento mental, assim
como a interpretação da vida difere de uma pessoa para outra.
Acrescentou que clarividência e clariaudiência são uma percepção mental.
Por isso, surdos e cegos, convenientemente
educados podem ouvir e ver através de outros
recursos. As ondas de rádio, TV e os raios X,
ensinaram aos homens que há som e luz além
das acanhadas fronteiras vibratórias em que
vivem. Quem vê e ouve é a mente.
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Capítulo 12 – Clarividência e clariaudiência
Percepções:
Nisso, Clementino disse: “Centralizemos mais atenção, adestrando-nos para o
serviço do bem”. A frase foi pronunciada em voz clara e pausada.
Celina registrou as palavras com precisão e notava-lhe os mínimos movimentos.
Eugênia assimilou a frase pela intuição sem distinguir Clementino e Castro não
percebeu a frase, embora visse Clementino perfeitamente.
Foi quando Celina pediu
licença para notificar que
vira surgir no recinto um
ribeirão de águas cristalinas
em cujas correntes muitos
enfermos se banhavam. Em
seguida Dona Eugênia disse
que via um edifício repleto
de crianças.
A percepção varia em cada um
de nós.
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Capítulo 12 – Clarividência e clariaudiência
André surpreso, não via nenhum córrego
nem construção alguma, ao que Áulus
esclareceu. Celina e Eugênia estavam
sintonizadas com as imagens que
Clementino sugeriu. Ambas viram-lhe os
pensamentos relacionados com a obra de
amparo a doentes e a formação de uma
escola que a instituição pretende erguer.
Finalmente confirmou que os fenômenos de clarividência e clariaudiência são uma
percepção à distância da própria pessoa encarnada ou a percepção do
pensamento de amigos desencarnados. Aliás, essa última é a técnica dos
obsessores quando improvisam impressões alucinatórias para suas vítimas.
Cérebro usa as células do cortex para ouvimos e vemos, porém toda percepção é
mental. Todos os sentidos fisiológicos pertencem a alma.
Cada médium guardava a impressão de uma forma, clarevidência, clariaudiência,
achavam-se magneticamente subsmetidos a Clementino de acordo com sua
25
evolução e a atenção direcionada ou desviada.
Capítulo 13 – Pensamento e mediunidade
Comunicação final
A reunião ia terminar, sobre a cabeça de Dona Celina apareceu um feixe de luz
brilhante e Áulus aproveitou para esclarecer que Celina iria transmitir a palavra
de um benfeitor que apesar de ausente do ponto de vista espacial traria a sua
colaboração através de fluidos teledinâmicos pela mente da médium.
- Meus amigos – começou a dizer o instrutor , Em matéria de mediunidade, não nos
esqueçamos do pensamento. Nossa alma vive onde se lhe situa o coração. Caminharemos, ao
influxo de nossas próprias criações, seja onde for. A gravitação no campo mental é tão incisiva,
quanto na esfera da experiência física. Servindo ao progresso geral, move-se a alma na glória
26 do
bem. Emparedando- se no egoísmo, arrasta-se, em desequilíbrio. A lei Divina é o bem de todos.
Capítulo 13 – Pensamento e mediunidade
Comunicação final
A comunicação começou: “Meus amigos... paz em Jesus. Em matéria de
mediunidade o pensamento é tudo. Encarnar e desencarnar não de nada
serve, se não há renovação interior. Imaginar é criar e toda criação tem vida
e movimento ainda que ligeiros, impondo responsabilidade a quem o faz”.
Quem apenas mentalize angústia, crime e perturbação irá refletir isso no
espelho da alma. O uso do rótulo religioso sem qualquer esforço de elevação
é perigoso. Nossos pensamentos geram nossos atos e nossos atos geram
pensamentos nos outros.
O pensamento está para a mediunidade como o leito está para o rio. Para
atingir o aprimoramento ideal é preciso que o detentor de faculdades
psíquicas não se detenha no simples intercâmbio. É preciso buscar a
educação de si mesmo e o serviço desinteressado constantes no bem.
Em seguida, o benfeitor despediu-se e Raul, em prece curta, encerrou a
reunião.
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Capítulo 14 – Em serviço espiritual
A intercessão de Abelardo
Áulus e equipe já se distanciavam da instituição, próximos a uma praça,
quando o marido desencarnado de Dona Celina, que eles haviam
conhecido durante a reunião, os alcançou.
Apresentou-se como Abelardo Martins, e pelas suas maneiras e a voz,
percebia-se que Abelardo era alguém muito arraigado aos hábitos
terrestres.
Estava ali para pedir a Áulus, ajuda
para Libório, já nosso conhecido.
Áulus ofereceu-se de boa vontade,
mas pediu a Abelardo para trazer
Celina, tão logo ela se desligasse do
corpo pelo sono. Enquanto
aguardavam o casal, Áulus explicou a
solicitação de Abelardo.
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Capítulo 14 – Em serviço espiritual
Abelardo, quando encarnado, fora um homem difícil. Desencarnou muito
cedo devido a excessos. Tentou fazer da esposa uma serva, mas não
conseguiu obsedá-la. Passou alguns anos junto a espíritos rebelados e
ignorantes mas as orações da esposa e a intercessão de amigos dos dois
planos conseguiram recuperá-lo. Agora ele serve numa organização
socorrista como vigilante de espíritos desequilibrados.
Uma indagação não faltou aos comentários,... como era a relação de
Abelardo desencarnado e Celina encarnada, hoje. Áulus explicou que a
ternura da esposa no lar terreno é o maior paraíso que Abelardo pode
receber por enquanto, e agora trabalha para recebê-la, mais tarde, em
melhores condições espirituais.
A conversação prosseguia quando Abelardo e Celina chegaram. Em
companhia da esposa, Abelardo parecia mais leve e radiante como se
lhe absorvesse a vitalidade e a alegria.
29
Capítulo 14 – Em serviço espiritual
Ainda o caso Libório
Em seguida saíram em direção a uma nebulosa região noite a dentro.
Abelardo empunhava pequena lâmpada que os ajudava a enxergar.
Os espíritos necessariamente
Minutos depois atingiram uma construção mal iluminada.
umartificial
Hospital
não precisamEra
de luz
pois
de emergência dos muitos que se encontram nas
umbralinas
para
temregiões
capacidade
de enxergar.
atendimento a psicopatas.
Abelardo apresentou o seu lugar de trabalho e em seguida o Diretor da
instituição, Justino, os recebeu e deixou-os à vontade.
Logo estavam à frente do leito de Libório, que de olhar esgazeado não
lhes notava a presença.
Áulus auscultou-o e informou que o pensamento da irmã encarnada que
ele vampiriza o atormenta. Sintonizados na mesma freqüência, é um caso
de perseguição recíproca.
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Capítulo 14 – Em serviço espiritual
Mal acabara o comentário e a pobre mulher desligada do corpo físico pelo
sono surgiu na enfermaria: “Libório, não me abandones... vamos para
casa !” André estranhou, não fora ela que rogou socorro na instituição
espírita que freqüenta ? Como explicar isso ?
É um caso de perseguição recíproca.
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Capítulo 14 – Em serviço espiritual
Áulus adiantou que isso é o que julga
querer, mas na verdade, alimenta-se
dos fluidos enfermiços de Libório.
Milhares de pessoas são assim,
acontece na maioria dos fenômenos de
obsessão. As pessoas apresentam
doenças de variados matizes e se
adaptam acomodadas ao “menor
esforço”, nutrindo-se das emanações
uns dos outros.
Em se lhes subtraindo a moléstia, sentem-se vazias provocando novas
sintomatologias que as auxiliam a cultivar a posição de vítimas.
Encarnados e desencarnados se prendem em fascinação mútua até que o
centro de vida mental se lhes altere. É por esse motivo que, em muitas
ocasiões as dores maiores “são chamadas” a funcionar sobre as dores
menores, com o objetivo de acordar as almas viciadas nesse gênero de
trocas inferiores.
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Capítulo 14 – Em serviço espiritual
Nesse instante a recém-chegada se aproximou de Libório... feliz. Mas ao se
deparar com Celina, despejou palavrório chulo e retirou-se em desabalada
carreira.
Áulus aproveitou para lembrar que as Leis de Deus são sábias pois aproveita
os nossos sentimentos menos dignos em nossa própria defesa e explicou: O
despeito da visitante com relação a Celina dará tréguas preciosas ao nosso
auxílio, porque quando ela acordar lembrará vagamente ter sonhado com
Libório ao lado de outra companheira, acionando um quadro de impressões
próprias, porquanto cada mente vê nos outros aquilo que traz em si mesma.
Abelardo estava satisfeito, antevendo melhoras do doente enquanto Hilário
reconhecia o serviço incessante por toda a parte. Tarefa cumprida, a equipe
despediu-se para a continuidade das observações na noite seguinte numa
outra casa espírita.
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