EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem Cor e Percepção visual Prof. José Mario De Martino Departamento de Engenharia de Computação e Automação Industrial Faculdade de Engenharia de Elétrica e de Computação Universidade Estadual de Campinas Sala 317A - FEEC [email protected] Agenda • Luz • Percepção da Luz: Percepção acromática; Percepção cromática • O sistema visual humano • Visão monocromática, dicromática e tricromática • Representação de cor • Diagrama de Cromaticidade CIE-XYZ • Modelo RBG • Modelo CMY(K) • Modelo HSV 22 entre modelos de representação de cor • Transformação 2 • Outros modelos de representação de cor EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 2 Luz • Física Clássica: Onda Eletromagnética (explica fenômenos da reflexão, refração, difração, interferência, polarização). • Física Quântica: Característica corpuscular. Transporte de energia em pacote com valores discretos (fótons: energia = hf, onde h constante de Planck e f frequência). • Física Moderna: dualidade onda/corpúsculo. • Nesta disciplina prepondera o tratamento da Física Clássica: • Luz é energia visível transportada por onda eletromagnética (energia radiante visível). • Visível: capaz de estimular o sistema visual humano, produzindo sensação 3 33 visual perceptível. EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 3 Luz Freqüência [Hz] 8 6 10 10 10 14 12 10 10 Infravermelho Rádio 10 8 10 6 10 18 10 20 10 4 10 22 10 Ultravioleta Microonda 10 16 10 10 Raios g Raios X 2 10 0 10 -2 10 -4 10 -6 10 Comprimento de Onda [nm] • Faixa Visível (aprox.) 44 • 380 nm a 780 nm 4 • 4 x1014 a 8 x 1014 Hz EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 4 Percepção de luz • Processo complexo que envolve as propriedades físicas da luz, sua transdução pelos fotoreceptores do olho em estímulos nervosos e a interpretação destes pelo cérebro. Envolve fenômenos físicos, fisiológicos e psicológicos. • A cor percebida de um objeto depende não só das características da superfície do objeto, mas também das características da iluminação, de objetos a sua volta e do sistema visual do observador. 55 5 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 5 Percepção de luz • Duas categorias • Percepção Acromática: associada à percepção do branco, preto e tons intermediários de cinza. • Percepção Cromática: associada à percepção do que entendemos como vermelho, verde, azul, etc... 66 6 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 6 Percepção acromática • Uma fonte de luz (emissor de luz) acromática é percebida como branca. • Uma composição espectral aproximadamente constante (cada componente espectral com mesma potência) é percebida com uma fonte de luz acromática. • Objetos acromáticos não emissores de luz refletem igualmente as componentes espectrais da luz incidente. Objetos acromáticos iluminados por luz acromática são percebidos com branco, preto ou algum tom intermediário de cinza (branco refletem mais do que 80%; preto refletem menos do que 3%). • O atributo que varia entre duas percepção distintas de uma luz acromática 77 (dois tons de cinza – mais claro e mais escuro) éo 7 brilho (brightness – emissores / lightness – refletores) EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 7 Percepção cromática • A sensação visual da luz cromática é mais rica do que a da luz acromática. Além do brilho, a luz cromática possui ainda matiz (hue) e saturação (saturation). • Matiz está associado à frequência dominante da excitação luminosa. É o que associamos usualmente ao conceito de vermelho, verde, amarelo, etc. • Saturação caracteriza o grau de diluição do matiz em branco. O vermelho é uma cor saturada, o rosa é uma cor menos saturada. 88 8 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 8 Percepção cromática • Em resumo, a percepção das cores é caracterizada pelos conceitos: • Matiz (hue): cor pura associada/frequência dominante (vermelho, verde, ...) • Saturação (saturation): grau de diluição da cor pura em branco (tons de rosa) • Brilho/Luminosidade (brightness/lightness): para superfícies 9 99 emissoras (brightness) a quantidade de energia emitida/refletida; para superfícies não emissoras (lightness) a quantidade de energia refletida. EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 9 Olho humano Corte 1010 10 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 10 Olho humano • Córnea: extensão transparente do tecido branco e opaco que reveste o globo ocular. Sua superfície externa é mantida limpa e em boas condições ópticas por fina camada de água salgada que é reposta de tempos em tempos pelo piscar das pálpebras. • Íris: diafragma que controla a abertura da pupila. • Pupila: orifício da íris através do qual a luz passa para atingir o interior do olho. A pupila de um olho saudável é preta, uma vez que a luz ao entrar no olho é totalmente absorvida em sua 11 1111sendo refletido de volta. Músculos envolvem totalidade não a íris e controlam a abertura da pupila em função da intensidade luminosa. EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 11 Olho humano • Cristalino: tecido transparente e flexível que atua com lente do sistema visual. A espessura e, portanto, as características ópticas do cristalino é controlado por músculos radiais e circulares que o envolvem. • Retina: é uma estrutura complexa formada de células fotorreceptoras e tecidos nervosos. As células fotorreceptoras ao serem estimuladas pela luz geram impulsos nervosos de natureza eletroquímica que são conduzidos pelos tecidos nervosos até o nervo óptico e deste para o cérebro. Existem dois tipos de células fotorreceptoras: cones e bastonetes. 1212 12 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 12 Bastonetes • Bastonetes: célula fotorreceptora responsável pela visão noturna ou escotópica. • Ligação ao nervo óptico em grupos, implicando em maior sensibilidade à radiação luminosa (soma dos estímulo de diversos bastonetes) • Geram apenas sensação acromática (branco, tons de cinza e preto). • A fotossensibilidade dos bastonetes está associada à absorção da energia radiante por pigmento fotossensível denominado Rodopsina. • Durante a absorção da luz, a rodopsina se transforma sendo consumida. • A reposição da rodopsina acontece por um processo natural de regeneração relativamente lento: uma vez que a tenha sido totalmente consumida, a reposição exige aproximadamente meia hora sem exposição à luz. 13 1313 de iluminação diurna, caracterizada por uma longa exposição • Em uma situação a um energia radiante relativamente intensa, tem-se o consumo total da rodopsina sem a oportunidade de reposição, tornando nula a contribuição dos bastonetes na percepção visual diurna. EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 13 Cones • Cones: célula fotorreceptora responsável pela visão diurna ou fotópica. • Ligados ao nervo óptico individualmente (menor sensibilidade à luz do que os bastonetes). • Responsáveis pela sensação cromática (permitem a distinção entre, por exemplo, amarelo e vermelho). • 3 tipos de cones, cada um absorvendo a energia luminosa em faixas distintas do espectro visível: 1) faixa de comprimento de onda pequeno (violeta-azul; 2) faixa intermediária (verde-amarelo); 3) faixa de comprimento de onda grande (amarelo-vermelho). 1414 14 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 14 Cones 1515 15 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 15 Distribuição espacial dos bastonetes e cones 1616 16 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 16 Distribuição espacial dos bastonetes e cones • Os Cones e Bastonetes se distribuem de maneira simétrica ao redor da região central da retina denominada Fóvea (fovea centralis). • A Fóvea é caracterizada por uma alta concentração de Cones e praticamente nenhum Bastonete (Fóvea tem uma área de aprox. 1 mm2 em adultos - aprox. 2). • Até aprox. 5 os cones são abundantes, misturados a poucos bastonetes. A partir deste ponto a densidade dos cones cai drasticamente e a dos bastonetes aumenta significativamente. • A densidade dos bastonetes atingi um máximo em torno de 20, 17 diminuindo 1717 lentamente a partir deste ponto. • No ponto onde o nervo óptico chega à retina temos uma pequena região sem fotorreceptores - o denominado Ponto Cego. EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 17 Igualação de cores Fontes ajustáveis 1818 18 Fonte a ser igualada EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 18 Visão monocromática 1919 19 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 19 Visão monocromática: exemplo de igualação • Qual deve ser a potência do Estímulo 2 para igualar a potência absorvida com Estímulo 1? (mesma potência absorvida mesma sensação) • Estímulo 1 • 1 = 480 nm • Potência incidente: 1000 unidades de potência • Fator absorção Rodopsina: 0.08 (aprox.) • Estímulo 2 • 2 = 570 nm • Fator absorção Rodopsina: 0.02 (aprox.) 2020 20 • Resposta: 4000 unidades de potência EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 20 Visão monocromática • Ajustando a potência de um estímulo é possível igualar a potência absorvida por outro estímulo. • Dada uma luz monocromática com determinado comprimento de onda, sempre é sempre possível produzir a mesma sensação visual desta luz regulando-se a potência de outra luz monocromática com um comprimento de onda arbitrário (com apenas uma luz de potência regulável consigo produzir a sensação visual de qualquer outra luz). 21 2121 • Não há discriminação em função do comprimento de onda. Há discriminação apenas associada à intensidade. EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 21 Visão dicromática 2222 22 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 22 Visão dicromática: exemplo de igualação • Qual deve ser a potência do Estímulo 2 para igualar a potência absorvida com Estímulo 1 nos canais A (pigmento A) e B (pigmento B)? • Estímulo 1 • Potência incidente: P1 • Fator absorção pigmento A: a1 • Fator absorção pigmento B: b1 • Estímulo 2 • Fator absorção pigmento A: a2 • Fator absorção pigmento B: b2 2323 23 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 23 Visão dicromática: exemplo de igualação • Resposta • Estímulo 1 • Absorção pigmento A: P1 * a1 • Absorção pigmento B: P1 * b1 • Estímulo 2 • Fator absorção pigmento A: P2 * a2 • Fator absorção pigmento B: P2 * b2 P1 a1 P2 a 2 P1 b1 P2 b2 uma incógnita 2424 (P2 ) e duas equações 24 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 24 Visão dicromática • No caso geral, ajustando apenas a potência de um estímulo não é possível igualar a potência absorvida de outro estímulo. Há, portanto, capacidade para discriminar o comprimento de onda. • Exceção ao caso geral: Razão de absorção dos pigmentos para um estímulo é igual ao outro (podem ocorre na prática em regiões com baixíssimo fator de absorção, portanto os efeitos são imperceptíveis). 2525 25 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 25 Visão dicromática: exemplo de igualação • Qual deve ser a potência dos Estímulo 1 e 2 para igualar a potência absorvida com Estímulo 3 nos canais A (pigmento A) e B (pigmento B)? • Estímulo 1 (fonte variável) • Fator absorção pigmento A: a1 • Fator absorção pigmento B: b1 • Estímulo 2 (fonte variável) • Potência incidente: P2 • Fator absorção pigmento A: a2 • Fator absorção pigmento B: b2 • Estímulo 3 (fonte a ser igualada) 2626 26 • Fator absorção pigmento A: a3 • Fator absorção pigmento B: b3 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 26 Visão dicromática: exemplo de igualação • Resposta P1a1 P2a 2 P3a 3 P1b1 P2b2 P3b3 a1 a 2 P1 P3a 3 P b b b 2 P2 1 3 3 b2 P1 a1 a 2 P3a 3 a1b2 a 2b1 P b b P b b1 2 3 3 2 1 a1b2 a 2b1 a 3b2 a 2b3 P P1 3 a1b2 a 2b1 a b a b 3 1 P2 P3 1 3 2727 a1b2 a 2b1 1 a2 a1b2 a 2b1 a1 a1b2 a 2b1 P3a 3 P3b3 27 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 27 Visão dicromática: exemplo de igualação • Qual deve ser a potência dos Estímulo 1 e 2 para igualar a potência absorvida com Estímulo 3 nos canais A (pigmento A) e B (pigmento B)? • Estímulo 1 = 480 nm (fonte variável) • Fator absorção pigmento A: a1 = 0.8 • Fator absorção pigmento B: b1 = 0.1 • Estímulo 2 = 580 (fonte variável) • Fator absorção pigmento A: a2 = 0.1 • Fator absorção pigmento B: b2 = 0.7 • Estímulo 3 = 530 nm (fonte a ser igualada) • Potência incidente: P3 = 1000 2828 28 • Fator absorção pigmento A: a3 = 0.8 • Fator absorção pigmento B: b3 = 0.7 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 28 Visão dicromática: exemplo de igualação • Resposta P3 1000 a 3b2 P P1 3 a1b2 a b P2 P3 1 3 a1b2 2929 a 2b 3 a 2b1 891 a 3b1 873 a 2b1 29 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 29 Visão dicromática: exemplo de igualação • Qual deve ser a potência dos Estímulo 1 e 2 para igualar a potência absorvida com Estímulo 3 nos canais A (pigmento A) e B (pigmento B)? • Estímulo 1 = 530 nm (fonte variável) • Fator absorção pigmento A: a1 = 0.8 • Fator absorção pigmento B: b1 = 0.7 • Estímulo 2 = 580 (fonte variável) • Fator absorção pigmento A: a2 = 0.1 • Fator absorção pigmento B: b2 = 0.7 • Estímulo 3 = 480 nm (fonte a ser igualada) • Potência incidente: P3 = 891 3030 30 • Fator absorção pigmento A: a3 = 0.8 • Fator absorção pigmento B: b3 = 0.1 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 30 Visão dicromática: exemplo de igualação • Resposta: P3 891 a3b2 P P1 3 a1b2 P a b 2 P3 1 3 a1b2 3131 a2b3 a2b1 1000 a3b1 - 873 a2b1 31 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 31 Visão dicromática • É possível produzir a sensação visual de um estímulo de determinado comprimento de onda pela combinação de outros dois estímulos de comprimento de onda diferentes. • Valores negativos não são realizáveis na prática (teria que subtrair energia), entretanto, é possível satisfazer esta condição colocando a fonte ajustável com valor negativo do lado da fonte teste. 3232 32 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 32 Visão tricromática 3333 33 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 33 Visão tricromática: Leis de Grassmann • Lei da Simetria • A = B, então B = A. Se é possível igualar estímulo de cor A com um estímulo de cor B, então é possível igualar o estímulo de cor B com o estímulo de cor A. • Lei da Transitividade • A = B e B = C, então A = C. Se estímulo de cor A é igualável com estímulo de cor B e estímulo de cor B é igualável com estímulo de cor C, então estímulo de cor A é igualável com o estímulo de cor C. • Lei da Proporcionalidade • Se A = B, então A = B; onde é um fator de acréscimo ou decréscimo da potência da fonte luminosa. • Lei da Aditividade 3434 34 • Se A = B e C = D, então (A + C) = (B + D) EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 34 Representação de cor • Espaço de cores pode ser representado por um espaço vetorial de dimensão 3. • Representação vetorial C R R G G B B onde : R , G e B são vetores linearment e independentes. • Obs.: Os coeficientes podem ser negativos, considerando a possibilidade adicionar um estímulo primário ao estímulo C C1 R1 R G 1 G B 1 B C R 3535 R G G B B 1 1 1 35 1 C1 R1 R G 1 G B 1 B onde R1 é negativo EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 35 Representação de cor • Adição de 2 cores C1 R1 R G 1 G B 1 B C2 R 2 R G 2 G B 2 B C1 C2 R1 R 2 R G 1 G 2 G B 1 B 2 B • Adição de n cores C C1 C2 Cn n n n i 1 i 1 i 1 C Ri R G i G B i B 3636 36 • O processo discreto de adição de cores pode ser generalizado para o caso contínuo. Para estímulo com uma composição espectral contínua tem-se um processo de integração. EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 36 Função de Igualação de Cores (CMF) • Estímulos Primários 444 nm, 526 nm e 645 nm 3737 37 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 37 Função de Igualação de Cores (CMF) • O resultado do processo de integração são os valores dos estímulos primários. 3838 38 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 38 Metamerismo • Metamerismo (metamerism): é o fenômeno psicofísico que permite a igualação de cores com distribuições espectrais diferentes. • Cores com distribuições espectrais diferentes, mas que produzem a mesma sensação visual são denominadas cores metâmeras (metamers) 3939 39 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 39 Diagrama de Cromaticidade CIE–XYZ • CIE – Commission Internationale de L'Eclairage. • Motivação • Definição de 3 estímulos primários X, Y e Z artificiais (não realizáveis fisicamente), para entre outros aspectos: • Evitar valores negativos. • Um das funções de igualação, associada ao estímulo Y, corresponder à curva de Eficácia Luminosa Espectral para a visão diurna (demanda da televisão preto-e-branco). • Áreas das curvas de igualação iguais. 4040 40 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 40 Diagrama de Cromaticidade CIE–XYZ • Eficácia Luminosa Espectral de uma radiação monocromática de comprimento de onda [sendo V() para a visão fotópica e V’() para a visão escotópica], é a razão do fluxo radiante de comprimento de onda m, para o fluxo de comprimento de onda , os dois fluxos produzindo sensações luminosas igualmente intensas em condições fotométricas especificadas, sendo m escolhido de modo que o valor máximo dessa razão seja 1, ou seja, m é o comprimento de onda que produz a sensação luminosa mais intensa (m = 550 nm – visão fotópica). 4141 41 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 41 Diagrama de Cromaticidade CIE–XYZ 4242 42 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 42 Diagrama de Cromaticidade CIE–XYZ • As curvas de eficácia luminosa foram levantadas através de procedimento de igualação de intensidade. • Eficácia luminosa é uma medida da sensibilidade de percepção da intensidade (claro/escuro) da luz em função do comprimento de onda. • Ou seja, mantida a mesma potência, determinado estímulo, por exemplo de 550 nm (amarelo), é percebidos como mais claro que um estímulo de 450 nm (azul). 4343 43 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 43 Diagrama de Cromaticidade CIE–XYZ 4444 44 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 44 Diagrama de Cromaticidade CIE–XYZ • Y é denominado Luminância e reflete a Eficácia Luminosa Espectral (fotópica) e está, portanto, associado à percepção de claro/escuro. • X e Z estão associados à cromaticidade (matiz e saturação). 4545 45 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 45 Diagrama de Cromaticidade CIE–XYZ Contorno curvo: Lugar das cores espectrais puras – curva definida pelas funções de igualação. Volume interno: todas as cores possíveis (combinações lineares possíveis das cores espectrais puras) Linha púrpura 4646 46 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 46 Diagrama de Cromaticidade CIE–XYZ • Interseção com plano unitário: X+Y+Z =1 4747 47 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 47 Diagrama de Cromaticidade CIE–XYZ • Diagrama de Cromaticidade: projeção (ortográfica) do plano unitário no plano XY 4848 48 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 48 Diagrama de Cromaticidade CIE–XYZ • Utilizando as primárias XYZ, uma cor é dada por: C X X Y Y Z Z • Coordenadas de cromaticidade xyz (interseção com plano X+Y+Z=1): x X X Y Z x y z 1 4949 y Y X Y Z z Z X Y Z 49 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 49 Diagrama de Cromaticidade CIE–XYZ • Cor é especificada pela tripla (x, y, Y), onde: • (x, y) são as coordenadas de cromaticidade (estão relacionadas ao matiz e à saturação) • Y é a luminância (está associada à luminosidade/brilho – percepção de claro e escuro). • Os valores dos estímulos primário XYZ da cor (x, y, Y) são: X x Y y 5050 Y Y Z (1 x y ) Y y 50 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 50 Diagrama de Cromaticidade CIE–XYZ • Um ponto (x, y) no diagrama de cromaticidade está associado a um conjunto de cores que diferem apenas pela luminância. • Ou, de outra forma, um conjunto de cores que diferem apenas por um fator de escala (vetores colineares) possuem as seguintes coordenadas de cromaticidade e luminância (x, y, Y), pois: C X X Y Y Z Z X X Y Z Y y X Y Z 5151 Y Y x C C C X X Y Y Z Z X X Y Y Z Z X X x X Y Z X Y Z 51 Y X y y X Y Z X Y Z Y Y x EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 51 Diagrama de Cromaticidade CIE–XYZ Contorno curvo: cores espectrais puras. 5252 Linha púrpura (linha reta 52 do diagrama) tem lugar pela combinação linear das cores vermelho e azul EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 52 Diagrama de Cromaticidade CIE–XYZ: exercício • Quais as coordenadas de cromaticidade e luminância da mistura aditiva em igual proporção das seguintes cores, especificadas em coordenadas de cromaticidade e luminância: x 1 ; y 1 ;Y1 x 2 ; y 2 ;Y2 5353 53 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 53 Diagrama de Cromaticidade CIE–XYZ: exercício • Resposta Y1 y1 Y X2 x2 2 y2 X1 x1 Y1 Y1 Y2 Y2 X 12 X 1 X 2 x 12 Y12 X 12 Y12 Y1 Y 2 X 12 Y12 Z 12 Y1 y1 Y Z 2 (1 x 2 y 2 ) 2 y2 Z 1 (1 x 1 y 1 ) y 12 Z 12 Z 1 Z 2 X 12 Y12 Y12 Z 12 cromaticid ade luminância 5454 54 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 54 Diagrama de Cromaticidade CIE–XYZ • O padrão CIE-XYZ define ainda um conjunto de brancos: • Iluminante A (0,448; 0,408) - lâmpada de tungstênio (avermelhado); • Iluminante B (0,349; 0,3452) - luz solar direta ao meio dia; • Iluminante C (0,310; 0,316) - luz solar difusa de um céu nublado ao meio dia (padrão NTSC); • Iluminante E (0,333; 0,333) – energia constante em toda faixa do espectro (energia igual); 5555 55 • Iluminante D6500 (0,313; 0,329) - radiação de um corpo negro 6500° K (padrão SMPTE); EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 55 Diagrama de Cromaticidade CIE–XYZ 5656 56 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 56 Utilização do Diagrama CIE-XYZ • Comprimento de onda dominante (matiz): Considere uma cor A localizada no diagrama de cromaticidade em algum ponto do segmento de reta que une o branco de referência a uma cor espectral pura B. Como a cor A pode ser considerada como uma combinação do branco com a cor espectral pura B, o comprimento de onda de B é o comprimento de onda dominante da cor A. • Pureza (saturação): A pureza de uma cor é expressa pela razão entre a distância da cor e o branco e divido pela distância entre a cor dominante e o branco 5757 57 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 57 Utilização do Diagrama CIE-XYZ Dominante Iluminante Pureza 5858 58 AC BC EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 58 Utilização do Diagrama CIE-XYZ • Cores complementares: 2 cores puras que ao serem combinadas produzem o branco (de referência). Red Cyan Green Magent Blue Yellow G Y C R 5959 59 M B EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 59 Utilização do Diagrama CIE-XYZ • Gama de cores de dispositivos/processos: Dadas as coordenadas de cromaticidade das cores primitivas de um dispositivo de apresentação/reprodução de imagens, a gama de cores que o dispositivo consegue reproduzir é definida pela área no diagrama de cromaticidade definido pelo polígono (em geral, triângulo) cujos vértices são definidos pelas coordenadas das cores primitivas. 6060 60 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 60 Utilização do Diagrama CIE-XYZ 6161 61 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 61 Transformação entre espaços de cores • A transformação entre os espaços de cores RGB (típicos dos monitores de vídeo) para o XYZ é dado por: R X r X Y r Y Z r Z G X g X Y g Y Z g Z B X b X Y b Y Z b Z C X X Y Y Z Z R R G G B B X X r Y Y r Z Z r Xg Yg Zg X R 6262 Y T G Z B Xb Yb Z b R G B X r com T Y r Z r ou Xg Yg Zg Xb Yb Z b 62 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 62 Transformação entre espaços de cores: exercício • Considere um monitor de vídeo colorido da tecnologia CRT com coordenadas de cromaticidade (xr; yr) (xg; yg) (xb; yb) para os fósforos vermelho, verde e azul. Qual a matriz para converter cores produzidas no espaço RGB do monitor para o espaço CIEXYZ? 6363 63 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 63 Transformação entre espaços de cores x rC r X y rC r Y Z (1 x r y r )C r Cr Yr yr Cg Yg yg x gC g y gC g (1 x g y g )C g Cb x bC b y bC b (1 x b y b )C b R G B Yb yb • Cr, Cg e Cb são desconhecidos. 6464 64 • Para o cálculo de Cr, Cg e Cb utiliza-se o branco de calibração. Mede-se o valor Xw, Yw, Zw para a situação R=G=B=1 (valor máximo igual em todas as componentes = branco). EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 64 Transformação entre espaços de cores • Com a definição do branco de calibração, calcula-se os valores Cr, Cg e Cb através de: xr xg xb X w Y y y y w r g b Z w (1 x r y r ) (1 x g y g ) (1 x b y b ) C r C g C b • O resultado é: Y x (y y b ) y w (x g x b ) x g y b x b y g C r w w g D yw Y x (y y r ) y w (x b x r ) x b y r x r y b C g w w b D yw 6565 Yw x w (y r y g ) y w (x r x g ) x r y g x g y r 65 C b y D w D x r ( y g y b ) x g (y b y r ) x b ( y r y g ) EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 65 Transformação entre espaços de cores • No padrão NTSC as cores dos fósforos vermelho, verde e azul (RGB) dos monitores são padronizadas tendo as seguintes coordenadas de cromaticidade: • R (0,670; 0,330) • G (0,210; 0,710) • B (0,140; 0,080) Branco de calibração Iluminante C (0,310; 0,316); 6666 66 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 66 Transformação entre espaços de cores: exercícios • Qual a cor, em coordenadas de cromaticidade e luminânia (x, y, Y), que um monitor NTSC produz quando (R; G; B) = (1; 0; 0)? • Qual a cor, em coordenadas de cromaticidade e luminânia (x, y, Y), que um monitor NTSC produz quando (R; G; B) = (0; 1; 0)? • Qual a cor, em coordenadas de cromaticidade e luminânia (x, y, Y), que um monitor NTSC produz quando (R; G; B) = (0; 0; 1)? • Qual a cor, em coordenadas de cromaticidade e luminânia (x, y, Y), que um monitor NTSC produz quando (R; G; B) = (1; 1; 0)? • Qual a cor, em coordenadas de cromaticidade e luminânia (x, y, Y), que um monitor NTSC produz quando (R; G; B) = (1; 2; 1)? 6767 67 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 67 Transformação entre espaços de cores X 0.607 0.173 0.201 Y 0.299 0.587 0.114 Z 0.0000 0.066 1.117 R G B R GB (1, 0, 0) (0, 1, 0) xyY (0.670, 0.330, 0.299) (0.210, 0.710, 0.586) (0, 0, 1) (1, 1, 0) (0.140, 0.080, 0.115) (0.451, 0.511, 0.854) (1, 1, 1) (0.5,1, 0) (1, 2, 0) 6868 (0.310, 0.316,1.000) (0.373, 0.575, 0.736) (0.373, 0.575,1.472) 68 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 68 Transformação entre espaços de cores: exercícios • Calcule os valores dos estímulos RGB de um monitor NTSC para que a cor (x; y; Y) = (0,2; 0,3; 0,5) seja apresentada no monitor. Considere que o branco de calibração é produzido quando (R; G; B) = (1; 1; 1) e que o branco é produzido com luminância unitária (Y=1). • Calcule os valores dos estímulos RGB de um monitor NTSC para que a cor (x; y; Y) = (0,2; 0,3; 1) seja apresentada no monitor. Considere que o branco de calibração é produzido quando (R; G; B) = (1; 1; 1) e que o branco é produzido com luminância unitária (Y=1). • Calcule os valores dos estímulos RGB do monitor NTSC para que a cor (x ; y ; Y) = (0,6; 0,6; 0,5) seja apresentada no monitor. 69 6969 Considere que o branco de calibração é produzido quando (R; G; B) = (1; 1; 1) e que o branco é produzido com luminância unitária (Y=1). EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 69 Transformação entre espaços de cores • Respostas: R 1.910 G - 0.985 B 0.058 xy Y (0.2, 0.3, 0.5) (0.2, 0.3, 1) (0.6, 0.6, 0.5) - 0.532 - 0.288 2.000 - 0.028 - 0.118 0.897 X Y Z R GB (0.130, 0.648, 0.707) (0.261,1.296,1.415) (0.737, 0.512, - 0.179) • O que significa uma das componentes RGB maior que 1? 7070 uma das componentes RGB negativa? • O que significa 70 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 70 Transformação entre espaços de cores: exercício • Como é possível converter cores especificadas em RGB em níveis de cinza? Ou seja, quais os valores de a, b, e c da transformação abaixo, sendo C uma tonalidade de cinza entre 0 e 1? C a R b c G B 7171 71 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 71 Transformação entre espaços de cores: exercício • Resposta X 0.607 0.173 0.201 Y 0.299 0.587 0.114 Z 0.0000 0.066 1.117 7272 R G B R C 0.299 0.587 0.114 G B 72 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 72 Transformação entre espaços de cores • Sistema Aditivo RGB (tela preta) e Sistema Subtrativo CMY (papel branco). 7373 W (R G B ) 73 K (C M Y ) EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 73 RGB e CMY • Relações entre RGB e CMY C W R M W G Y W B W (R G B ) R G B K C (R G B ) R G B M (R G B ) G R B Y (R G B ) B R G R W K C W (C M Y ) C W (M Y ) G W K M W (C M Y ) M W (C Y ) B W K Y W (C M Y ) Y W (C M ) 7474 W C W M W Y (C M Y ) 74 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 74 RGB e CMY • Relação RGB/CMY - reprodução por impressão em substrato branco - processo de filtragem 7575 75 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 75 RGB e CMY • Na prática para a impressão utiliza-se CMYK (K = blacK - preto) • Melhorar a reprodução do preto, melhorando o contraste • Economia de tinta • Menor tempo de secagem • Duas técnicas de impressão • Superposição de pigmento (como apresentado no slide anterior) • Composição espacial 7676 76 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 76 Modelo de cor HSV (Hue, Saturation, Value) Blue Cyan Value Magenta White Green 120° Green Black Cyan 180° Yellow 60° Hue White 1,0 Red 0° Red Yellow Blue 240° Saturation Magenta 300° 77 7777 Black 0,0 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 77 Modelo de cor HSV (Hue, Saturation, Value) 120° 60° Green Yellow hue 180° Cyan Red 0° Blue Magenta 240° 300° • Hue (matiz)7878 medido em graus [0°, 360°] Saturation 78 • Saturation (saturação) [0.0, 1.0] • Value (valor) [0.0, 1.0] EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 78 Transformação de RGB para HSV (G B ) , se R M 60 (M m ) (B R ) H 60 120 , se G M ( M m ) 60 (R G ) 240 , se M B (M m ) Se H 0, então H H 360 (M m ) S M 0 V M , se M 0 caso contrário onde : m min R,G,B 7979 M max (R,G,B) 79 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 79 Transformação de HSV para RGB V q R p t t V G q p , se 0 h 60 ou 300 h 360 p t B V q , se 0 h 120 , se 60 h 120 , se 120 h 240 , se 240 h 360 , se 0 h 60 , se 60 h 180 onde : p V 1 S q V 1 S f t V 1 S 1 f f H floor H , se 180 h 240 , se 240 h 360 , se 120 h 180 , se 180 h 300 , se 300 h 360 8080 80 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 80 Outros Modelos de Cor • • • • YIQ (NTSC) YUV (PAL e Secam) YCbCr (vídeo digital) L*u*v* ou CIELuv (procura garantir diagrama de cromaticidade perceptualmente uniforme) • L*a*b* ou CIELab • entre outros. 8181 81 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 81 Referências • • • • • Rafael C. Gonzalez, Richard E. Wood Digital Image Processing – Third Edition. Person Prentice Hall, 2008. ISBN 0-13-168728-x 978-0-13-168728-8 (Capítulo 6 – Color Image Processing). J. Foley, A. van Dam, S. Feiner, J. Hughes; Computer Graphics Principles and Practise; Addison-Wesley, 1990 David R. Rogers Procedural Elements for Computer Graphics. McGraw Hill International Edition, 1985. ISBN 0-07-Y66503-6 (Capítulo 5, Seção 5-15 Color) Hélio Pedrini, William R. Schwartz Análise de Imagens Digitais: Princípios, Algoritmos e Aplicações. Thomson, 2008. ISBN 978-85-221-0595-3. (Anexo D: Modelos de Cores) T. N. Cornsweet Visual Perception. Academic Press, 1970 8282 82 EA979 Introdução à Computação Gráfica e ao Processamento de Imagem - Prof. JMario De Martino - DCA/FEEC/UNICAMP 82