Arte Conceitual surgiu na década de 1960, como um desafio às classificações impostas à arte por museus e galerias. O primeiro a empregar a expressão arte-conceito foi o escritor e músico Henry Flynt em 1961, querendo dizer com isso que a arte conceitual é um tipo de arte que o material é a linguagem. Portanto a ideia e o conceito da obra era mais importante que o produto acabado. A característica comum de toda a obra chamada e vista como conceitual não é ver o objeto, sua plástica, mas sim seu recado, a discussão de um assunto, a comunicação. Um exemplo conhecido é a obra Uma e Três Cadeiras, de Joseph Kosuth (Museu de Arte Moderna em Nova Iorque / 1965) que combina uma cadeira real, a fotografia da cadeira e uma definição de cadeira – dada pelo dicionário. Joseph Kosuth Uma cadeira real, a fotografia da cadeira e uma definição de cadeira. Merda d'artista / 1961 - Piero Manzoni História das Latinhas de Manzoni Como a arte conceitual também era uma arte que tinha por meta reagir à arte como mercadoria, o artista italiano Piero Manzoni produziu, em 1961, 90 latinhas com o rótulo de Merda d'artista. Cada lata, supostamente, continha fezes do artista e valia seu peso em ouro. Como se acreditava que, abrindo as latas significaria destruir o valor da obra, durante muito tempo não se soube ao certo o que as latinhas continham de fato. Porém, em 2007, depois que algumas latas foram vendidas pelo valor de US$ 80 mil, o colaborador de Manzoni, Agostino Bonalumi afirmou a um jornal italiano que as latas continham gesso! Keith Arnatt / Registro de sua própria condição