Monografia apresentada como requisito para conclusão da Residência Médica em Pediatria Geral (Hospital Materno Infantil de Brasília)/SES/DF Desenvolvimento pôndero-estatural em crianças e adolescentes portadores de HIV Tayana Augusta de Carvalho Neves Vasques Orientadora: Dra. Sylvia Maria Leite Freire www.paulomargotto.com.br Bras[ilia, 26 de novembro de 2013 Introdução  Questão de saúde pública  Incidência em queda: 3.5/100.000 em 2010 [1]  Tratamento composto de várias drogas [2]  Predispõe à desnutrição [3]  Desnutrição  sistema imunitário  infecções oportunistas  velocidade de progressão [4]  Causas externas influenciam [2,5] Objetivo  Descrever os padrões de desenvolvimento ponderoestatural na população estudada  Identificar possíveis alterações. Material e Métodos  Estudo transversal, descritivo, a partir dos dados de pacientes em regular acompanhamento no ambulatório do Hospital Dia  Levantamento de dados de peso e estatura  Critérios de inclusão:  Ser sabidamente infectada  Menos de um ano passado desde a última consulta  Mínimo de dezoito meses de acompanhamento Material e Métodos  Distribuição em três grupos:  Abaixo do esperado para a idade  Adequado ao esperado para a idade  Acima do esperado para a idade  Dados de peso e estatura da última consulta  Registros de mudança de esquema de terapia antiretroviral (TARV) devido falha terapêutica Resultados  Sessenta e dois pacientes: 31 de cada sexo  Idade variando entre três e vinte anos de idade  48 pacientes > ou = a 10 anos de idade  Média de idade: 13,4 anos  59 pacientes em uso de TARV  Média de idade de início do tratamento: 3,3 anos Resultados  Quanto à estatura:  Vinte crianças (31,7%) abaixo do esperado para a idade  Quarenta e uma (65,1%) adequadas para a idade  Duas (3,2%) acima do esperado para a idade Resultados  Quanto ao peso:  Dezenove crianças (30,1%) abaixo do esperado para a idade  Quarenta e uma (65,1%) dentro do esperado para a idade  Três (4,8%) acima do esperado para a idade Resultados  Quinze crianças têm simultaneamente peso e estatura abaixo do esperado para a idade  A maior parte tem 17 anos de idade ou mais  Houve falha terapêutica em dez casos Resultados 18 18 16 16 14 14 12 10 9 8 6 5 4 2 0 0 <3 3a6 7 a 10 10 a 13 14 a 16 17 ou mais Figura 1: Distribuição do número de pacientes estudados, por faixa etária (em anos) Resultados 15 16 16 16 14 12 12 10 8 6 4 2 0 0a1 1a3 3a5 5 ou mais Figura 2: Distribuição do número de pacientes estudados, por idade de início do tratamento (em anos) Resultados Figura 3: Distribuição dos pacientes do sexo feminino participantes do estudo conforme aferição de peso e estatura no último atendimento Resultados Figura 4: Distribuição dos pacientes do sexo masculino participantes do estudo conforme aferição de peso e estatura no último atendimento Discussão  A maior parte das crianças do grupo estudado (65,1%) não tem déficit pôndero-estatural  32,3% tem déficit  Destas, 66,7% tiveram falha terapêutica  Adesão irregular, altas mutagenicidade e agressividade  Há, porém, elevadas taxas de baixa estatura em pacientes com bom controle virológico  Reforço na literatura [2,4] Considerações finais  A criança com HIV sobrevive!  Cuidados de fase aguda e crônica  Observar padrões de crescimento e desenvolvimento  Objetivar sempre o desenvolvimento integral Referências Biliográficas  1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais. Relatório de Progresso da resposta brasileira ao HIV/AIDS. Brasília: Ministério da Saúde; 2012. V. 1. 35p.  2. Mangili A, Murman DH, Zampini AM, Wanke AC. Nutrition and HIV infection: Review of weight loss and wasting in the era of highly active antirretroviral therapy from the Nutrition for Healthy Livin Cohort. HIV/AIDS 2006; 42:836-42.  3. Grobler L, Siegfried N, Visser ME, Mahlungulu SSN, Volmink J. Nutritional interventions for reducing morbidity and mortality in people with HIV (Review). The Cochrane Collaboration 2013; 9.  4. Pinto, VEM. Desnutrição no doente com infecção VIH/SIDA [Monografia]. Porto, PT: Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação, Universidade do Porto, 2009.  5. Switzerland. World Health Organization. Guidelines for an integrated approach to the nutritional care of HIV-infected children (6 months-14 years). Genebra: World Health Organization; 2009. P.V. 11p.  6. Leandro-Merhi VA, Vilela MMS, Silva MN, Barros-Filho AA. Características do crescimento de crianças infectadas com o vírus da imunodeficiência humana. Pediatria (São Paulo) 2001;(1):17-26.  7. Grinspoon S, Mulligan K. Weight loss and wasting in patients infected with human immunodeficiency virus. Clinical Infectious Diseases 2003;36:69-78.  8. Brasil. Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral. Terapia nutricional na Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (HIV/AIDS). Associação Brasileira de Nutrologia; 2011. 3p.  9. Padmapriyadarsini C, Pooranagangadevi N, Chandrasekaran K, Subramanyan S, Thiruvalluvan C, Bhavani PK, et al. Prevalence of underweight, stunting, and wasting among children infected with Human Immunodeficiency Vius in South India. International Journal of Pediatrics 2009; 5p. Agradecimentos A DEUS, por me permitir abraçar a missão da Pediatria, com o apoio e carinho da maravilhosa família que me concedeu ter; a meus pais, por me guiarem no caminho da dedicação, do estudo e do amor ao próximo; a meu amado, pelo apoio incondicional em todos os momentos e pelo estímulo para seguir em frente quando minhas forças me traem; à minha irmã, pelo amor de uma vida inteira e pela graça da minha já tão amada afilhada Alicia, a caminho; à Dra. Sylvia, por acreditar, por me dar os meios e o apoio para executar o trabalho; à família HMIB, por me aceitar como feliz membro.