René Jules Lalique foi um mestre vidreiro e joalheiro francês. Teve um grande reconhecimento pelas suas originais criações de jóias, frascos de perfume, copos, taças, candelabros, relógios, etc., dentro do estilo modernista. A fábrica que fundou funciona ainda e o seu nome ficou associado à criatividade e à qualidade, com desenhos tanto faustosos como discretos. Grande admirador e coleccionador da obra de Lalique foi Calouste Gulbenkian, empresário petrolífero de origem arménia radicado em Portugal, que criou o Museu Calouste Gulbenkian em Lisboa, onde se expõe uma parte importante da obra de René Lalique. Foi aluno na Escola de Artes Decorativas em Paris e, entre 1878 e 1880, fez estágio em Londres. Regressado a Paris, iniciou a sua carreira a trabalhar para grandes nomes do mundo da ourivesaria e da joalharia e, a partir dessa altura, começou a ganhar nome na sociedade francesa. Sarah Bernhardt, conhecida atriz francesa, foi uma das suas principais admiradoras e clientes. Nos princípios do séc. XX, Lalique montou as suas próprias galerias de arte, estilo Arte Nova, e participou em várias exposições que lhe proporcionaram o reconhecimento internacional. Foi-lhe atribuída a distinção de Cavaleiro da Legião de Honra em 1897. Grande parte das obras deste artista encontramse em Portugal, trazidas por Calouste Gulbenkian, que foi um grande admirador e amigo de Lalique e que comprou grande parte das suas peças artísticas, cujos motivos, a Natureza e a Mulher, caracterizavam bem o movimento Arte Nova do qual fazia parte. Hoje em dia, parte do espólio de René Lalique encontra-se no Museu Calouste Gulbenkian em Lisboa.