Informações úteis Morada: Av. de Berna 45A 1067-001 Lisboa Codex Tel.: (21)7823000 Fax.: (21)7823032 Transportes: Metro: Estações de S. Sebastião ou Praça de Espanha Autocarro: 16, 726, 56, 718, 742 Parques de estacionamento (pagos): Avenida de Berna e Avenida Visconde de Valbom Horário de abertura: 3ª feira a Domingo: 10 – 17.45 Horas Encerra 2ªs feiras e nos feriados: 1 Janeiro, Domingo Páscoa, 1 Maio e 25 Dezembro ART DÉCO, 1925 A evocação do período «Art Déco» em França, através da Exposição Internacional das Artes Decorativas e Industriais Modernas de 1925, é amplamente justificada pelo confronto entre um modernismo moderado e uma vertente de cariz mais revolucionário que caracteriza as Portas dos Pavilhões e o vocabulário formal dos decoradores de então. Os sete meses em que a exposição internacional esteve patente ao público permitiu salientar uma dualidade latente que veio a caracterizar as artes decorativas até à Segunda Guerra Mundial. O objectivo primordial daquela Exposição, definido pela sua Comissão Organizadora num relatório de 1915, excluía toda e qualquer referência à tradição. No plano formal, esta iniciativa deveria manifestar-se exclusivamente através da «Arte Moderna», de uma espécie de «Renascimento» artístico que, do ponto de vista social, produziria uma resposta «tanto às necessidades mais modestas como aos caprichos do luxo». Paradoxalmente, a partir do estudo das obras apresentadas nos diversos Pavilhões franceses – mobiliário, objectos de artes decorativas, pintura e escultura – resulta um conjunto diversificado onde coabitam um modernismo muito particular e um neoclassicismo dominante, mais exuberante que despojado. O objectivo da exposição, a apresentar na Fundação Calouste Gulbenkian, comissariada por Chantal Bizot e Dany Sautot, especialistas convidadas, assenta nesta ambiguidade – uma «unidade singular» - reunindo apenas trabalhos dos melhores artistas e das mais destacadas manufacturas e ateliês seleccionados para a Exposição de 1925. Muitas das obras aí patentes integram a mostra que agora se apresenta, como por exemplo o grupo escultórico de Janniot, A Primavera, concebido expressamente para o Pavilhão Ruhlmann (Hôtel d’un riche Collectionneur), adquirido por Calouste Gulbenkian em 1939. Estarão presentes peças de mobiliário de Ruhlmann, Leleu, Groult e Dunand, ourivesaria Christofle, jóias de Van Cleef & Arpels, Cartier, Chaumet e Boucheron, cerâmicas de Jourdain e Braquemond, porcelanas de Rapin, pinturas de Le Corbusier, Léger e Laurencin, esculturas de Janniot e Joseph Bernard, vidros Baccarat e de Lalique, têxteis de Dufrêne e Miklos, e ainda livros ilustrados e encadernados (Schmied, Dunand e Legrain), provenientes de colecções públicas e privadas estrangeiras, maioritariamente francesas, e também nacionais, incluindo a Colecção Calouste Gulbenkian. A exposição vai permitir conhecer melhor um período artístico referencial e de grande aceitação e curiosidade junto do público.