Pagamentos para Serviços Ecossistêmicos: Sustentabilidade, Justiça e Eficiência Seminário Estadual sobre Pagamentos por Serviços Ambientais 18 e 19 de agosto de 2009 Joinville – SC Joshua Farley, PhD University of Vermont Community Development and Applied Economics & Gund Institute for Ecological Economics As Leis da Física e da Ecologia • Lei da física: não se pode fazer algo do nada • Produção econômica exige recursos naturais, estrutura dos ecossistemas • Estrutura cria função: serviços ecossistêmicos são funções ecológicas de valor aos humanos • Converter recursos naturais em produtos econômicos afeta negativamente a viabilidade dos serviços ecossistêmicos A Situação Global De mundo vazio a mundo cheio A natureza da escassez mudou A Situação em Santa Catarina • Enchentes e deslizamentos • Lei florestal pode inviabilizar o pequeno produtor • SC tem que escolher entre fazendas maiores ou favelas maiores? • PSE possibilita favelas menores e fazendas mais produtivas, ecologicamente e economicamente Benefícios do Desmatamento Madeira Terra agrícola Prédios, infra-estrutura, etc. Terras marginais podem produz < R$300/ha/ano Quase todos os benefícios vão ao dono da terra Custos do desmatamento/ benefícios da conservação e restauração Capacidade reprodutiva de plantas e animais de valor econômico Regulação da água, do clima, dos distúrbios (enchentes, deslizamentos), dos resíduos; controle de erosão e assoreamento Turismo, valores culturais, etc. Polinização, biodiversidade, reciclagem de nutrientes etc. Valor estimado: ~R$4000/ha/ano A maioria dos valores são direcionados para região, nação, e mundo, poucos ao dono da terra Justiça: Quem Beneficia, Paga Distribuição dos serviços Locais: Serviços de produção. Custos de conservação maiores que benefícios Estaduais e nacionais: Regulação de água, clima local, proteção contra enchentes, erosão, assoreamento, etc. Internacionais: Regulação do clima e gases atmosféricas, seqüestro de carbono, biodiversidade Credores e devedores ecológicos Situação Atual Pagamentos globais para conversão: ~$4 trilhões por ano Pagamentos globais para conservação: $842 milhões em 20 anos Por que? Bens Ecossistêmicos Matéria prima = estrutura do ecossistema Podemos usar tão rápido quanto quisermos Madeira, peixes, minerais, combustíveis fosseis, etc. Juros altos favorecem uso rápido Transformados em produtos Em geral são bens de mercado Serviços Ecossistêmicos Estrutura gera função = serviços ecossistêmicos Não podemos controlar a taxa de uso: uma floresta de tamanho dado pode absorver ou filtrar só tantos litros por dia Estrutura ecossistêmico gera serviços sem ser transformado Maioria não são produtos de mercado Se ninguém paga por serviços ecossistêmicos, donos da terra tem pouco incentivo os produzir Quanto Valem os Serviços Ecossistêmicos? Serviços Diferentes Tem Características diferentes Exclusivel (direitos dos proprietários são cumpridos) Necessário para o mercado funcionar Resultado de instituições, e.g. a convenção sobre biodiversidade Não-exclusivel (não tem direitos proprietários, ou os diretos não são cumpridos) Alguns recursos são não-exclusivel por natureza, e.g. estabilidade climática, proteção contra enchentes, etc. Serviços Diferentes Tem Características diferentes Rival (uso por uma pessoa deixa menos por outros) Não rival (uso por uma pessoa não deixa menos por outros) Madeira, terra, água para beber, irrigar, etc. E.g. estabilidade climática, informação genética, proteção contra enchentes e deslizamentos, etc. Importante pagar por produção, mais ineficiente cobrar por uso, e.g. curas para AIDS, tecnologias para energias não poluentes Característica física, não uma variável política Qual a melhor forma de alocação? Exclusivel Bem de mercado : Rival Não-rival Estrutura do ecossistema, Capacidade de absorção de resíduo (por exemplo, SO2) Tragédia dos não comuns: informação patenteada Não-exclusivel Regime de livre acesso: “tragédia dos comuns”: Estrutura de ecossistema sem proprietário, capacidade de absorção de resíduos (por exemplo, CO2) Bem puramente publico: a maioria dos services ecossistêmicos, informação não patenteada Formas e exemplos de PSE Exclusivel Rival Rival e abundante Não-rival Não-exclusivel Bem de mercado : Seqüestro de CO2 (MDL), Perrier; Hidroelétricos; Agua in NYC Regime de livre acesso: Tem que criar direitos proprietários CO2 ‘cap and trade’ nos EUA Bem de clube: Eco-turismo, praias privadas, campos de golfe Bens puramente públicos: Pagamentos de governos, instituições internacionais, ONGs etc. ICMS ecológico; pagamentos para biodiversidade; Tecnologias públicas que protejam serviços ecossistêmicos (e.g. pastoreio Voisin, sistemas silvo-agrícolas, energia limpa) Tragédia dos não comuns: Pagamentos para informação genética, e.g. gripe aviaria Ineficiência não-sustentável: desmatamento Países em proporção a desmatamento Ineficiência imoral: Fluxo de ‘royalties’ Países em proporção as ‘royalties’ que recebem Conclusões Para o dono da terra, conversão e geralmente melhor que conservação Para o estado e pais, conservação e melhor, mas difícil de implementar Para o mundo e gerações do futuro, conservação e restauração e essencial PSE e uma opção PSE pode ser a única opção Os desafios Ignorância sobre serviços ecossistêmicos Instituições na escala do problema