Roberto Rodrigues
05 de Agosto de 2014
Centro de Agronegócio da FGV – GV Agro
Agenda
1. Segurança Alimentar: o papel do Brasil
2. A Importância do Agronegócio Brasileiro
3. Potencial e Gargalos
4. O Papel das Cooperativas
5. Conclusões
Centro de Agronegócio da FGV – GV Agro
Centro de Agronegócio da FGV – GV Agro
OCDE – projeção da produção de alimentos até 2020
Mapa da população subnutrida (em % da pop total)
4%
26%
10 / 15%
26%
10 / 15%
Legenda:
% de aumento da produção
40%
17%
A OCDE projeta que o mundo deverá aumentar em 20% a produção de alimentos para atender o
crescimento demanda até 2020. O Brasil é o país que mais ampliará a produção, com previsão de
3
aumento de 40% no período.
(OCDE, Ag. Outlook,
2011)
Centro de Agronegócio
da FGV
– GV Agro
Aumento da Renda
PIB - Variação % a.a.
P.Desenvolvidos
P. em Desenvolvimento
65%
Países
Desenvolvidos
60%
6.2
5.4
4.9
50%
3.9
3.6
3.0
45%
40%
Fonte: FMI (Abr./2014).
2014
35%
2012
Média 20152018
2010
2014
2008
2013
2006
Média 20002012
Países em
Desenvolvimento
2002
1.3
2000
1.8
46%
2.3
2004
2.2
2018
4.7
3.7
54%
55%
2016
Mundo
Part. PIB Mundial (PPP)
Centro de Agronegócio da FGV – GV Agro
Brasil - Vantagens Comparativas
•
•
•
•
•
Tecnologia Tropical
Disponibilidade de Terra
Gente capaz
Sustentabilidade
Agroenergia
Centro de Agronegócio da FGV – GV Agro
Tecnologia Tropical – Produção Brasileira de Grãos
Produção (milhões ton.)
Área (milhões ha)
193.9
187
Produção + 223%
Foram poupados
69 Milhões de hectares
58
53
Área + 41%
57
Fonte: Conab . Nota: * 10º Levantamento – Safra 13/14 – Jul./2014
13/14*
12/13
11/12
10/11
09/10
08/09
07/08
06/07
05/06
04/05
03/04
02/03
01/02
00/01
99/00
98/99
97/98
96/97
95/96
94/95
93/94
92/93
91/92
90/91
38
Centro de Agronegócio da FGV – GV Agro
Tecnologia Tropical - Produção Brasileira de Carnes
Em milhões de toneladas
12.3
Frango (+ 447 %)
10.2
Bovino (+ 104 %)
5.0
Suíno (+ 227%)
3.4
2.3
1.1
90
91
92
93
94
Fontes: ABIEC, UBABEF, ABIPECS, USDA.
95
96
97
98
99
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
13
Centro de Agronegócio da FGV – GV Agro
Tecnologia Tropical - Produção Brasileira de Cana
589
671.7
14/15e
561
659
13/14
10/11
08/09
605
09/10
571
624
Desde 1975, já foram preservados
mais de 6 milhões de ha
12/13
11/12
475
06/07
05/06
431
571
07/08
Cana de Açúcar (milhões ton.)
Açúcar (milhões ton.)
2000/01: 16,0
2014/15e: 39,5
Fontes: UNICA, MAPA e Conab. Nota: Safra 2014/15 – 1º Levantamento Conab (Abril/14).
Etanol (bilhões litros)
2000/01: 10,5
2014/15e: 28,4
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Disponibilidade de terra/ Brasil
Divisão Territorial (milhões de ha)
Brasil
% Área Total
% Área Agricultável
851
100%
---
329,9
38,8%
100,0%
75,9
8,9%
23,0%
53,3
27,7
6,3%
3,3%
16,1%
8,4%
15,8
3,1
1,9%
0,4%
4,8%
0,9%
Algodão
2,4
0,9
0,3%
0,1%
0,7%
0,3%
Cana-de-açúcar
8,5
1,0%
2,6%
Café
Laranja
2,0
0,8
0,2%
0,1%
0,6%
0,2%
Floresta Plantada
6,7
0,8%
2,0%
171,0
20,1%
51,8%
83,0
9,8%
25,2%
Área Agricultável
Área Plantada (anual e perene)
Grãos
Soja
Milho
Feijão
Arroz
Pastagem
Área Disponível
» agricultável - (plantada + pastagem)
Fontes: IBGE (Pesq. Agrícola Municipal), Conab (Levantamento Safra de Cana) e Abraf (2012), Icone.
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Recursos Humanos
• Profissionais especializados
• Uso intenso de tecnologia
• Gestão Comercial e Financeira
• Governança
• Produtividade e Competitividade
• Gestão de Riscos
• Sustentabilidade
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Matriz Energética (2012) – Brasil: exemplo
Mundo*
NãoRenovável
Renovável
Brasil
87%
Outros:
13,2%
13%
Petróleo:
Não39,2%
Renovável:
OCDE
NãoRenovável
Renovável
Renovável
42,4%
Cana:
Renovável:
15,4%
42,4%
57,6%
91,5%
8,5%
Fontes: IEA - RENEWABLES INFORMATION (2013 Ed.), e MME (BEN 2013).
Nota: * Estimativa GV Agro (base dados IEA)
Outros:
18,4%
Hidro:
13,8%
Não-Renovável
57,6%
Centro de Agronegócio da FGV – GV Agro
Uma Nova Geopolítica Mundial
Consumo per capita de Energia no Mundo (2012)
Trópico de Câncer
Equador
Trópico de Capricórnio
tons petróleo equivalente
Fonte: BPStatistical Review of World Energy Elaboração: GV Agro
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A Importância do Agronegócio para o Brasil
PIB (2013)
Outros Setores
22,8% (R$ 991,06 bi)
Empregos (2013)
Distribuição do PIB no Sistema Agroindustrial*
Insumos
Agropecuária
Agroindústria
Distribuição
12%
29%
28%
31%
Exportações (2013)
Outros Setores
30%
Fontes: CEPEA/USP, CNA, GAF 2014, IPEA, MAPA e MDIC. Nota: *Distribuição no SAG: Números aproximados
Outros Setores
41% (R$ 99,9 bi)
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Desempenho do Comércio Exterior Brasileiro (US$ bilhões)
Balança Comercial do Agronegócio
Exportações
Saldo Comercial Brasileiro
Agronegócio
99.97 99.5
Outros Setores
Importações
Saldo
82.9 82.4
Saldo Total Brasil
82.9 82.4
25.9
30.6
2.6
3.0
-1.0
-4.7
-17
-17
-80.3 -79.4
03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14*
03
Fontes: MAPA e MDIC. Nota: 2014* – acumulado Jul.2013 a Jun. 2014 . Elaboração: GV Agro
04
05
06
07
08
09
10
11
12
13 14*
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Exportações do Agronegócio - Produtos
2013
2003
(US$ 99,9 bi)
(US$ 30,6 bi)
Complexo Soja - 26,5%
Produtos Florestais - 17,8%
Carnes - 13,7%
Couros e Peleteria - 8%
Açúcar e Etanol - 9,1%
Café - 5%
Fumo e Produtos - 3,6%
Cereais - 1,6%
Demais - 16,5%
Fonte: MAPA. Elaboração: GV Agro
Complexo Soja - 31%
Carnes - 16,8%
Açúcar e Etanol - 13,7%
Produtos Florestais - 9,6%
Cereais - 7,3%
Café - 5,3%
Fumo e Produtos - 3,3%
Couros e Peleteria - 3%
Demais - 10%
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Exportações do Agronegócio - Destinos
2003
54%
U.E 27 - 37,9%
EUA - 16,7%
Ásia (-China, -Or. Médio) - 11,2%
Oriente Médio - 6,2%
Europa Oriental - 5,6%
China - 5,5%
África (-Or. Médio) - 5,4%
Aladi (-Mercosul) - 4,4%
Mercosul - 2,7%
Demais - 4,4%
Fonte: MAPA. Elaboração: GV Agro
2013
29%
U.E 27 - 23,4%
EUA - 7,3%
Ásia (-China, -Or. Médio) - 17,0%
Oriente Médio - 8,8%
Europa Oriental - 4,4%
China - 18,8%
África (-Or. Médio) - 9,0%
Aladi (-Mercosul) - 5,4%
Mercosul - 2,4%
Demais - 3,5%
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Produção
Exportação
Liderança do Brasil no Ranking Mundial - 2013
Suco Laranja
Açúcar
Café
C. Bovina
Comp. Soja
C. Frango
Milho
C. Suína
1º
1º
1º
1º
1º
1º
2º
4º
80%
46%
27%
20%
40%
34%
18%
9%
1º
1º
1º
2º
2º
3º
3º
4º
57%
22%
35%
16%
31%
15%
7%
3%
Fonte: USDA (Mar/14). Nota: safra 2013/14 e 2013 para as carnes. Elaboração: GV Agro
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Desafios – Falta de Estratégia
1.
Infraestrutura e Logística:
Armazenagem, Rodovias, Ferrovias e Portos.
PPP (Parceria Público-Privada)
2.
Renda: Crédito Rural e Seguro;
Preços mínimos (PGPM)
3.
Política Comercial: Acordos Bilaterais e Regionais
4.
Tecnologia: Valorização dos Centros de Pesquisa, Defesa Sanitária e
Fitossanitária, Inovação e Produtividade
5.
Questões Institucionais: Código Florestal, Terra para Índios, Questões
Trabalhistas, Tributação, Terras para Estrangeiros, Multiplicidade de
Organismos, etc.
Dados da ABMR&A informam que dos R$ 57 bilhões
6.
Organização
7.
Comunicação: Eleições
investidos em publicidade no País no primeiro semestre
de 2013, somente R$ 94 milhões foram dedicados ao
marketing da agropecuária, aproximadamente 0,2%.
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Tempos de incertezas e mudanças
Inquietações e dúvidas; medos e instabilidade...
Mas nunca desespero
Ao contrário: traz oportunidades.
Para as cooperativas não é a primeira vez;
- Foi assim quando surgiram: Rochdale.
- Foi assim quando caiu o Muro de Berlim: perplexidade.
Reagimos em Manchester em 1995: ratificamos
a dicotomia dos princípios e criamos o sétimo.
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Depois de 2008
 Recuperação das economias dos países ricos.
 Menores problemas nos emergentes.
 Mas há um clima de incerteza no ar:
•
Já acabou a primavera árabe? Como fica a Síria?
•
Somália? Ucrânia? Venezuela?
•
Basta ler os jornais do dia: atentados do Talibã, explosões no Iraque e
no Egito, naufrágio de imigrantes no litoral italiano, passeatas e
invasões de reitorias no Brasil, piratas no Atlântico, conflitos e, Gaza...
•
Os impérios do FED, do FMI, do BIRD...
•
Alemanha vs. Europa
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Novos Tempos
 Comércio mundial: OMC (Rodada Doha) vs. Acordos
bilaterais – mais protecionismo?
 Instabilidade, dúvida, medo
 A nova comunicação de massa: redes sociais, tempo real
ONDE ESTÃO OS LÍDERES INDIVIDUAIS?
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Novos Tempos
 Vida mais longa, tecnologias inovadoras, redução da pobreza,
sustentabilidade, menos isolamento: espaço para mudanças
 As cooperativas são filhas da crise: foi assim em Rochdale, foi assim
após o Muro de Berlim, quando a tese da 3ª via quase ruiu.
 Da perplexidade à segunda onda:
Manchester 1995 – a revisão dos princípios, com ratificação da
dicotomia cooperativa, o equilíbrio entre o o social e o econômico
COOPERATIVISMO: NOVA FORMA DE LIDERANÇA EM REDE?
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O Silogismo do Século XXI

O PIB não representa um indicador adequado de
desenvolvimento, é muito baseado no econômico. Falta o ponto
de vista social, o bem-estar das pessoas.

O IDH tão pouco reflete as condições de bem-estar, misturando
temas sem ligação.

Precisamos desenvolver outro índice, o da felicidade coletiva: as
pessoas anseiam por liberdade, respeito mútuo,
solidariedade,
responsabilidade ambiental,
qualidade de vida. Querem
participar!
O COOPERATIVISMO PODE SER A RESPOSTA: O 7º
PRINCÍPIO
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Algumas reflexões atuais
 Pendularidade
 Relatividade
 Precariedade
 Representatividade
 Legitimidade
 Vulnerabilidade
 Sustentabilidade
SEM VALORES E PRINCÍPIOS, AS PESSOAS SÃO JOGUETES
DESTES PROCESSOS
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Os novos compromissos
• Segurança Alimentar
• Educação
• Segurança Energética
• Justiça Ampla
• Água e Meio Ambiente
• Comércio Internacional
• Previdência
• Segurança, Habitação
• Exclusão da Pobreza
• Tecnologia e Inovação
• Mitigação da Concentração
• Comunicação
da renda
• Democracia e Paz
O ESTADO INCAPAZ
COOPERATIVAS: O BRAÇO ECONÔMICO DA
ORGANIZAÇÃO SOCIAL
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Dicotomias
 Doutrina ideal para países em desenvolvimento mas é mais
aplicada em países desenvolvidos.
 Não transforma os sistemas econômicos, mas minimiza suas
agressões.
 O crescimento e a decapitação: quem quer ser representado?
ASSUMIR A FRAQUEZA E TRANSFORMÁ-LA EM
FORÇA: EMPRESA BASEADAS EM VALORES
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Uma Agenda para o Cooperativismo
 Uma nova visão: da interpretação à proposição
 Coragem para separar o joio do trigo em todos os níveis
 Profissionalizar a gestão sem perder os valores
 Intercooperação
 Juventude e gênero
 Relação com o Estado
 Propaganda dos valores e não dos produtos
 Parcerias novas, até com antigos adversários, inclusive
internacionais
 Inovação tecnológica, inclusive TI
DEMOCRACIA E PAZ: O PRÊMIO NOBEL
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Ano Internacional das Cooperativas
Por que a ONU nos deu esta valorização ?
Vamos aproveitar o espaço oferecido em meio a tantas
incertezas e movimentos globais
Mas não se trata
comemorar e pronto.
de
aproveitar
o
ano,
Ao contrário, 2012 foi a plataforma de lançamento de uma
estratégia para o cooperativismo.
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Conclusões
1 – Segurança alimentar é condição essencial
para a manutenção da Paz Universal.
2 – O Brasil tem condições para ser um player
muito importante na missão de garantir
segurança alimentar e segurança energética
com sustentabilidade.
3 – Para isso, precisa montar estratégia
adequada.
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Conclusões
4 – Em uma democracia, políticas
públicas são estabelecidas se assim o
desejar a maioria da sociedade:
opinião pública.
5 – A busca da comunicação
eficiente: organização do setor rural –
COOPERATIVISMO!
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Muito Obrigado!
Roberto Rodrigues
 [email protected]
 +55 (11) 3799-3645
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