Loyola University Maryland
“Perspectivas atuais para o
setor sucroalcooleiro”
SETOR SUCROENERGÉTICO
RECEITA - SAFRA 2012/2013
Outros usos
2%
3%
Bioeletricidade
Exportação de açúcar
44%
35%
Mercado interno de etanol
carburante
3%
53%
RECEITA 38%
US$ 36 BILHÕES
7%
15%
Mercado interno de açúcar
Exportação de etanol
Fonte: Unica
MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA
Outras
Carvão
fontes
mineral e
Urânio
renováveis
derivados
1.5%
4.1%
5.6%
Gás natural
10.1%
Petróleo e
derivados
Lenha e
38.6%
carvão
vegetal
Cana-de9.7%
Açúcar
15,7%
Hidráulica
14,7%
MUNDO (%)
44.2
13
13
8.6
87
87
91.4
Mundo
UE-27
OCDE
55.8
Brasil
Não renovável
1ª Fonte de Energia Renovável do País
Fonte: Balanço Energético Brasileiro BEN (2012), Agência Internacional de Energia: World Energy Outlook 2012 e Key World
Energy Statistics 2012 e Eurostat (2013). Elaboração: UNICA
Renovável
CRESCIMENTO ACELERADO DA FROTA FLEX BRASILEIRA
Projeção de crescimento
Fonte: UNICA.
CONSUMO DE COMBUSTÍVEL NO BRASIL
(CICLO OTTO)
Em bilhões de litros (gasolina equivalente)
Consumo Total
Capacidade de produção de gasolina e consumo de GNV
75.1
Oferta de etanol
25,3
49,4
4,3
Importação de
combustível
20,0
15,7
Gasolina + GNV
29,4
2012
Fonte: UNICA.
29,4
2021
Importação de
combustível?
Produção de gasolina?
Produção de etanol?
Capacidade
produção de etanol
(> 30 bilhões de
litros)
MANDATO FEDERAL DE CONSUMO DE COMBUSTÍVEIS
RENOVÁVEIS
Volume de biocombustíveis a ser consumido anualmente (bilhões de litros)
140
120
100
80
60
40
20
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022
Diesel de biomassa 1.89 2.46 3.03 3.79 3.79 3.79 3.79 3.79 3.79 3.79 3.79 3.79 3.79 3.79
Avançado
0.76 1.14 1.89 2.84 3.79 5.68 7.57 9.46 11.36 13.25 13.25 13.25 15.14
Celulósico
0.38 0.95 1.89 3.79 6.62 11.36 16.09 20.82 26.50 32.18 39.75 51.10 60.57
Convencional
39.75 45.42 47.70 49.97 52.24 54.51 56.78 56.78 56.78 56.78 56.78 56.78 56.78 56.78
Questões relevantes: blend wall, revisão do mandado (RFS-2)
Fonte: Legislação RFS. Elaboração: UNICA
REGULAMENTAÇÃO DA UNIÃO EUROPÉIA
10% da energia renovável no setor de transporte em 2020 sem metas específicas
para as diferentes fontes de energia renovável ​e sem objetivos intermediários.
Estimativa de produção e comercialização de etanol no National Renewable
Action Plans (EU 27)
16
bilhões de litros
14
12
10
8
6
4
2
0
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
Questões relevantes: redução da mistura (etanol de 1ª geração e
tarifa de importação)
Fonte: baseado no 27 NRAP . Elaboração: UNICA
Aspectos da Bioeletricidade da Cana de Açúcar – situação em 2012
• Autossuficiência na safra: todas as mais de 400 usinas do setor sucroenergético
• Venda de excedentes de energia elétrica: em torno de 160 usinas
2.865 MW médios
1.381 MW médios
Venda de excedentes
1 Uruguai + 1 Jamaica
(3% do Brasil)
Cogeração:
Bagaço e palha na
Caldeira
1.484 MW médios
Autossuficiência
Mais da ½ de
Portugal ou 6%
do Brasil
Fonte: MME e UNICA (2013) e The World Factbook (2012).
1 Bolívia + 1 Paraguai
(3% do Brasil)
COMPLEMENTARIEDADE DA BIOELETRICIDADE
120
100
GW médio
80
60
40
20
0
Jan
Fev
Mar
Hidros atuais (2008)
Abr
Mai
Jun
Jul
Novas hidros (projetos)
Fonte: Nivalde J. de Castro et. al. baseado em dados da CCEE e EPE .
Ago
Set
Out
Nov
Biomassa (potencial)
Dez
Bioeletricidade: considerações
Qual será a participação da bioeletricidade na matriz energética?
?
Chegaremos a 2, 3,
4 mil MW médios
mais de três Belo
Monte em energia
ou
duas Itaipu em
capacidade
instalada
Realizado 2012: só 1.400 MW médios
Fonte: UNICA e EPE (2013).
Política setorial de longo prazo
Estímulo para investir em
bioeletricidade, etanol e açúcar
PROJEÇÕES PARA AÇÚCAR
15,7 MT
Para suprir o mercado
doméstico e manter 50% de
participação no mercado
mundial, teremos de ampliar
nossa produção em 15,7
milhões de toneladas de açúcar
Fonte: FO.Licht, LMC, Secex e estimativa UNICA. Nota: o volume de açúcar consumido no mercado doméstico Inclui o açúcar
contido nos produtos industrializados destinados à exportação.
Qual volume de cana-de-açúcar seria
necessário para atender a demanda
projetada para 2020?
CANA-DE-AÇÚCAR NECESSÁRIA PARA ATENDER A
DEMANDA PREVISTA
1.200
886
590
 Açúcar: atendimento do consumo
doméstico, totalizando 13,7 milhões
toneladas em 2020; manutenção da
participação do País no mercado
mundial;
 Etanol: atendimento de 50% da
frota de ciclo Otto (hoje este % é de
~36%), dada a frota projetada;
Crescimento
gradativo
das
exportações até alcançar o volume
previsto pelo RFS em 2020 (13,2
bilhões de litros);
Consumo de 2 e 5 bilhões de litros
para etanol “outros fins” em 2015 e
2020, respectivamente.
Fonte: UNICA. Nota: valores da safra 2012/13 preliminares.
O Brasil pode aumentar a produção de canade-açúcar de maneira ambientalmente
sustentável e economicamente viável?
USO DA TERRA NO BRASIL
Milhões de hectares
Área Total
Vegetação Nativa
Agricultura e pastagens
Outros usos
852
554
258
40
100%
65%
30%
5%
Pastagem
Agricultura
198
23%
60
9,5
7%
1%
Cana-de-açúcar
Cana-de-açúcar
PARA ETANOL
4,6
0,5%
Fonte: ICONE, IBGE (PAM 2010 e Censo Agropecuário 2006), MMA, INPE (Terra Class), Agricultural Land Use and Expansion Model Brazil Ag-LUE-BR (Gerd
Sparovek, ESALQ/USP), Elaboração: ÚNICA e Cosan; Nota: TIs = Terras Indígenas. Outras Áreas de Vegetação Nativa incluem Reserva Legal (RLs)
ZONEAMENTO AGROECOLÓGICO DA CANA NO BRASIL
1. Exclui o cultivo da cana-deaçúcar nos biomas mais
sensíveis – ex. Amazônia e
Pantanal
2. Exclui a expansão da
produção sobre qualquer tipo
de vegetação nativa (cerrado,
campos, etc.)
3. Autoriza a expansão da cana
em 64,7 milhões de hectares, o
equivalente a 7,5% do território
brasileiro.
Orienta decisões dos órgãos ambientais para o licenciamento e condiciona
o financiamento público de novas usinas a seu cumprimento.
Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (2009).
CANA-DE-AÇÚCAR PARA ETANOL:
GANHOS DE PRODUTIVIDADE NA ÚLTIMA DÉCADA
Mil litros/hectare
0.8
7,1
2.0
1.7
2.6
Anos 70
Elaboração: CTC
Breeding
Agronomia
Industrial
Hoje
MELHORIAS NA TECNOLOGIA EXISTENTE
Mil litros/hectare
8.0
2.2
0.8
Agronomia
Industrial /
Reengenharia
1G
24,5
3.5
2.9
7.1
Hoje
Elaboração: CTC
Melhoramento
otimizado
Transgenia
Etanol 2G
2025
Unidades produtoras da região Centro-Sul: novas e fechadas
Moagem de cana-deaçúcar na safra
2012/2013: 120 milhões
de toneladas
Número de novas
unidades
produtoras na
região Centro-Sul
30
25
21
19
9
9
-2
-2
3
2
3
-12
-12
?
-3
-5
Número de unidades
produtoras fechadas
-15
2005/06
2006/07
2007/08
2008/09
Elaboração: UNICA. Nota: safra 2013/14 estimada.
2009/10
2010/11
2011/12
2012/13
2013/14*
Perda da
capacidade de
moagem estimada
em: 48 milhões de
toneladas
MEDIDAS APROVADAS RECENTEMENTE
I.
Retorno da mistura de 25% do etanol anidro à gasolina a partir de 1º de maio
 Desde outubro/2011 percentual de mistura fora reduzido para 20%
II. Novas linhas de crédito para estocagem
 Taxa efetiva de juros de 7,7% a.a.
 Penhor cedular e/ou alienação fiduciária do produto estocado na proporção de 1
litro em garantia para o valor do saldo devedor correspondente a 1 litro
III. Desoneração do PIS/COFINS sobre a venda no mercado interno de etanol
(independentemente de sua especificação - anidro ou hidratado - e do destino combustível ou outros fins)
IV. Prorrogação do Prorenova
 Linha de financiamento do BNDES para renovação e ampliação do canavial,
prorrogada até dezembro de 2013
 Taxa de juros diferenciada e impactos positivos sobre produtividade agrícola
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA PRODUTIVIDADE AGRÍCOLA
DA REGIÃO CENTRO-SUL
Ton cana/ha
100
Crise de
preço
95
Crise de preço
e crédito
90
85
80
75
Fonte: Controle Mutuo CTC.
2013*
2012
2011
2010
2009
2006
2005
2004
2003
2002
2001
2000
1999
1998
60
2008
Envelhecimento e
redução nos tratos
65
2007
Envelhecimento
Redução tratos
Clima
Mecanização
Doenças e pragas
70
No entanto, outras medidas são
imprescindíveis em prol de um novo ciclo de
investimentos
IMPORTAÇÃO DE GASOLINA PELO BRASIL
Mês
Gasolina importada pelo Brasil
Volume (m³) Valor (mil US$ FOB) R$/litro (a)
Preço líquido na
refinaria R$/litro (b)
Prejuízo
R$
R$/litro
jan/12
314.592
229.827
1,31
1,16
-0,15
-46.406
fev/12
429.404
330.744
1,32
1,16
-0,16
-70.097
mar/12
482.543
397.666
1,48
1,16
-0,32
-152.743
abr/12
292.553
251.978
1,60
1,16
-0,43
-126.466
mai/12
196.299
170.257
1,72
1,17
-0,56
-109.220
jun/12
227.592
188.390
1,70
1,16
-0,53
-120.837
jul/12
194.729
140.240
1,46
1,26
-0,20
-39.892
ago/12
168.804
125.356
1,51
1,26
-0,25
-42.305
set/12
96.581
70.210
1,47
1,26
-0,22
-21.014
out/12
539.258
417.246
1,57
1,26
-0,31
-168.949
nov/12
639.823
523.417
1,69
1,26
-0,43
-277.320
dez/12
198.021
156.888
1,65
1,26
-0,39
-76.356
2012
3.780.199
3.002.218
1,54
1,21
-0,33
-1.251.606
jan/13
689.211
509.164
1,50
1,26
-0,24
-168.747
fev/13
587.085
428.208
1,44
1,34
-0,10
mar/13
350.611
263.224
1,49
1,34
-0,15
-59.149
-52.033
abr/13
294.158
228.245
1,55
1,34
-0,21
-62.319
mai/13
388.333
298.737
1,56
1,34
-0,22
-86.068
Fonte: ANP, Secex, BACEN. Elaboração: UNICA. Nota: conversão de US$/litro para R$/litro considerou taxa de câmbio venda – média do mês.
PARTICIPAÇÃO DA CIDE SOBRE O PREÇO MÉDIO DA
GASOLINA C NA BOMBA
~ 14%
CIDE/preço de bomba
0%
Fonte: legislação vigente.
ETANOL ANIDRO CARBURANTE: EVOLUÇÃO DOS
PREÇOS RECEBIDOS PELOS PRODUTORES
Fonte: UNICA. Nota: valores deflacionados para abril/2013 utilizando o IGP-DI
EXPANSÃO DO SETOR SUCROENERGÉTICO DEPENDERÁ
SOBRETUDO DO MERCADO DOMÉSTICO DE ETANOL
CARBURANTE
 Readequação da tributação sobre o etanol e sobre a gasolina
 Transparência na política de formação de preços da gasolina no
longo prazo
 Diretriz de longo prazo sobre o papel do etanol na matriz de
combustíveis
 Incentivos à bioeletricidade
PARA ONDE VAMOS?
 A partir de 2015, não será possível aumentar a produção apenas
expandindo a oferta de cana-de-açúcar. A capacidade ociosa da
indústria será eliminada, exigindo investimento em novas unidades
e/ou aumento da capacidade nas usinas em operação
 O crescimento deverá ser fundamentado em novos ganhos de
eficiência e produtividade, tanto em termos incrementais quanto
estruturais, com o surgimento de tecnologias de ruptura
 O ritmo e a direção que será dada ao crescimento do setor nos
próximos anos dependerá dos sinais de mercado e das políticas
públicas associadas ao etanol, no âmbito internacional e,
principalmente, no mercado doméstico.
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