ME623A
Planejamento e Pesquisa
Comparações Múltiplas
Na Análise de Variância, realizamos o teste F para
verificar a igualdade de todas as médias dos
tratamentos
Suponha que H0 é rejeitada, ou seja, existe diferença
entre as médias. Mas a partir desse teste não
sabemos dizer exatamente quais médias diferem
Para isso, utilizamos os chamados Métodos de
Comparações Múltiplas
Estes fazem comparações entre pares médias de
tratamentos ou combinações lineares das médias
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Comparações de Pares de Médias
Suponha que queremos testar todas as possíveis
combinações de pares de médias:
E por que não devemos usar testes t individuais de
nível para fazer tais comparações?
Existem procedimentos para fazer tais
comparações controlando o nível de significância
geral, que discutiremos nessa aula
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Teste de Tukey
Tukey (1953) propôs um
procedimento para comparar todos
os a(a – 1)/2 possíveis pares de
médias
Nível de significância geral:
exatamente α (balanceado)
no máximo α (não balanceado)
Quando pode ser aplicado, esse procedimento
produz intervalos de confiança mais estreitos que
qualquer outro teste de comparação das médias
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Teste de Tukey
Baseado na distribuição da amplitude studentizada
onde
e
são a maior e menor média dos
tratamentos, respectivamente
Regra de decisão: duas médias μi e μj são significativamente diferentes se
sendo
Tabela VIII do Apêndice do livro contém os valores
de
5
Teste de Tukey (Exemplo da fibra sintética)
Temos
a = 5 tratamentos. Para α=0.05, temos
Então, a
diferença é significativa se excede 5.37
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Teste de Tukey (Exemplo da fibra sintética)
No R
> tTukey <- TukeyHSD(aov(Obs ~ factor(Algodao), data=dados))
diff
lwr
upr
p adj
20-15
5.6
0.2270417 10.9729583 0.0385024
25-15
7.8
2.4270417 13.1729583 0.0025948
30-15
11.8
6.4270417 17.1729583 0.0000190
35-15
1.0
-4.3729583
6.3729583 0.9797709
25-20
2.2
-3.1729583
7.5729583 0.7372438
30-20
6.2
0.8270417 11.5729583 0.0188936
35-30 -10.8 -16.1729583 -5.4270417 0.0000624
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Teste de Tukey (Exemplo da fibra sintética)
No R
> plot(tTukey, sub="Tukey’s Test", las=1)
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Least Significance Difference (LSD) de Fisher
Se o teste F da ANOVA é significante a um nível α,
cada par de média é então testado por um teste t de
nível α
Desvantagem: controla apenas o nível α de cada teste,
mas não controla o nível de significância geral
Regra de decisão: duas médias μi e μj são significativamente diferentes se
sendo
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Teste LSD (Exemplo da fibra sintética)
Com
a = 5 tratamentos e α=0.05, temos
Então, a
diferença é significativa se excede 3.75
Representação
gráfica dos resultados
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Teste de Dunnett
Comparando Médias a um Controle
Suponha que o tratamento a é o controle e então
iremos testar
Para cada hipótese, calculamos a diferença:
Rejeitamos H0 se
em que
é dado pela Tabela IX
α é o nível de significância conjunto dos a – 1 testes
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Teste de Dunnett (Exemplo Ansiedade)
Nesse
exemplo temos a=3 tratamentos, sendo um
placebo (0mg) e duas dosagens (50mg e 100mg)
Lembrem-se que:
Calculamos
e
Ambas
dosagens diferem significativamente do placebo
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Contrastes
Muitos métodos de comparações múltiplas usam a
idéia de contrastes
No exemplo da fibra sintética, a engenheira suspeita
que a resistência aumenta com a % de algodão.
Então podemos, por exemplo, comparar os níveis
extremos:
ou de forma equivalente,
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Contrastes
Contraste é uma combinação linear de parâmetros:
onde a soma das constantes
é 0, ou seja,
As hipóteses a serem testadas são expressas em
termos dos contrastes:
ou
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Contrastes
No exemplo da fibra sintética para testar se
as constantes do contraste são
Testar hipóteses envolvendo contrastes pode ser
feito de duas maneiras:
1. Teste t
2. Teste F
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Contrastes
Suponha que o contraste de interesse seja
Substituindo a média populacional dos tratamentos
pelas médias amostrais, temos
A média e variância de C são:
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Testando Contrastes – Test t
Hipóteses:
Se H0 é verdadeira e usando MSE para estimar σ2
Calcula-se o p-valor =
Rejeita-se H0 se p-valor < α ou, de forma equivalente,
se
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Intervalo de Confiança para o Contraste
Assim como construímos IC para a diferença entre
duas médias, temos também IC para o contraste
Um IC de nível 100(1 – α)% para o contraste Γ é
Relação com o teste de hipótese: Se o IC contém
zero, então não temos evidência para rejeitar H0
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Testando Contrastes – Test F
Hipóteses:
Tomando-se o quadrado da estatística t0 anterior,
temos a estatística F0
Calcula-se o p-valor =
Rejeita-se H0 se p-valor < α ou, de forma equivalente,
se
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Testando Contrastes – Test F
Defina a Soma de Quadrados do Contraste (SSC):
com um grau de liberdade
Então, podemos reescrever a estatística F0 como
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Contrastes no Caso Não Balanceado
Quando o número de replicações é diferente para
cada tratamento, pequenas modificações são feitas
nos resultados anteriores
A definição de contraste para esse caso requer que
Por exemplo, a estatística t0 e a SSC tornam-se:
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Contrastes Ortogonais
Dois contrastes com coeficientes {ci} e {di} são
ortogonais se
Quando temos a tratamentos, sempre existe um
conjunto de a – 1 contrastes ortogonais que
particiona SSA em componentes com 1 gl
Então, testes em contrastes ortogonais são
independentes
Existem várias formas para escolher os coeficientes
destes contrastes. A natureza do experimento
sugere quais comparações devem ser de interesse
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Testando Contrastes (Exemplo Ansiedade)
Voltando ao exemplo da ansiedade
Tratamento
Dosagem (mg)
0 (placebo)
50 (nível 1)
100 (nível 2)
Coeficientes para
Contrastes
Ortogonais
−2
1
1
0
−1
1
Veja que os contrastes com ci = −2, 1, 1 e di = 0, −1,
1 são ortogonais
Contraste 1 com coeficientes ci = −2, 1, 1
Contraste 2 com coeficientes di = 0, −1, 1
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Testando Contrastes (Exemplo Ansiedade)
Vamos calcular as SSC
Faça o teste F para cada contraste
Escreva os resultados na tabela ANOVA
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Testando Contrastes (Exemplo Ansiedade)
Calculando o valor dos contrastes e suas SS:
Na Tabela ANOVA
Contrastes
C1 e C2 são
significativos
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