1-A CONTABILIDADE
E O
CONTADOR
Tomada de Decisão
Frequentemente estamos tomando decisões: a que
hora iremos levantar....na empresa são vitais. A
contabilidade coleta, mensura, registra dados
econômicos sumarizando em forma de relatórios.
A Contabilidade é uma ciência social, estuda o
comportamento das riquezas , em face das ações
humanas.
Usuários:
Banqueiro,
fornecedor,
governo,
administrador, acionistas, empregadores, clientes,
sindicatos, partidos políticos.
Assim hoje temos um cenário moderno da
contabilidade, onde não se volta para o dono, mas
para a entidade.
CONTABILIDADE COMO PROFISSÃO
•
•
•
Contabilidade Financeira: é a contabilidade
geral necessária a todas as empresas.
Contabilidade de Custos: Voltada para calculo
e interpretação de custos bens fabricados ou
comercializados.
Contabilidade Gerencial: Supri os gerentes de
um elenco maios de informações não se prende aos
métodos tradicionais.
CONTABILIDADE
COMO PROFISSÃO

Auditor: Verifica a exatidão dos documentos pode ser
Independente profissional Liberal, embora possa ter uma
empresa de auditoria, Interno empregado da empresa faz
o exame e cuida dos contratos internos da empresa.

Analista Financeiro: Analisa os relatórios como medida
de desempenho, concessão de créditos, investimentos...

Perito Contábil: Motivada por questão judicial.

Consultor Contábil: Em franca expansão não se
restringe apenas a parte contábil e financeira mais sim em
varias áreas como informática, exportação, fiscal....
A CONTABILIDADE COMO PROFISSÃO.




Professor de Contabilidade:2° grau ou faculdade
nesse caso com pós graduação.
Pesquisador Contábil: Pouco explorado no Brasil
investigação cientifica na contabilidade Fipecafi,
PUCSP, Unisinos.....
Cargos Públicos: Inúmeros concursos tais como Fiscal
de Renda, tanto na área federal, estadual, municipal...
Cargos Administrativos: Contadores exercem cargos
de assessoria elevados postos de chefia, de gerencia e
ate mesmo de diretoria, com relativo sucesso.
ALTERNATIVAS
DO CONTADOR
Na empresa:
 Contador Geral, de custos, controller, subcontador
etc.
 Auditor Interno
 Contador Fiscal
 Contador Internacional
 Independente Autônomo
 Auditor Independente, consultor, Escritório de
contabilidade, perito contábil.
 No Ensino
 Professor, Pesquisador, escritor, conferencista
 Órgão Publico
 Contador publico, fiscal de tributos, controlador de
arrecadação, tribunal de contas.

CONTABILIDADE EM OUTROS CURSOS

Áreas afins como Economia, Administração também em direito
(Direito Comercial), Higiene e saúde (Custos hospitalares),
Comunicação (entender a situação econômica das empresas),
Estatística, Engenharia, Processamento de dados, educação
física(administração esportiva),São necessários conhecimentos,
mesmo que elementares, de contabilidade
.
EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE
•
•
Costuma-se dizer que é tão antiga quanto a origem do homem,
observamos uma competição no crescimento da riqueza (rebanho de
ovelhas)+ou – 4.000 a.c Jó era considerado o homem mais rico da
época tinha um excelente contador. Nasceu na escola Italiana no
século XX.
O desenvolvimento foi notório nos Estados Unidos com acentuadas
pesquisas na área com a preocupação de tornar a contabilidade útil
para a tomada de decisão que domina o cenário contábil atual.
A CONTABILIDADE NO BRASIL
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Basicamente Italiana e alemã com a inauguração da faculdade de
Economia e Administração da USP(1946) com advento da
multinacionais anglo-Americanas a escola Americana começou a
infiltrar-se em nosso pais no ensino da contabilidade no Brasil foi
na década de 70 com professores da USP.
O domínio da escola contábil Americana, iniciado com a circular n°
179/72 do Banco Central, tornou-se evidente com o advento da lei
n° 6.404/76, lei das sociedades por ações.
Sergio de Iudicibus, em seu livro Teoria da Contabilidade define
com muita propriedade o momento atual da contabilidade
brasileira:
A qualidade das normas contábeis á disposição ou editadas por
órgãos governamentais é claramente superior – principalmente
agora com a lei das sociedades por ações. Nossa legislação,
historicamente, adianta-se sempre em relação aos homens que
irão utiliza-la. Isto é mais sentido no campo contábil.
EXERCICIO - COMENTADO
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
A contabilidade é um instrumento útil para qualquer atividade
que requer uma tomada de decisão no mundo econômico –
financeiro. Todo mundo esta envolvido em uma célula
econômica, financeira e social, que é o seu lar. Esse lar
normalmente tem uma gerente que administra, que poderíamos
chamar “gerente do lar”. Esse tipo de
atividade requer
informações ou dados para decisões? Essa gerente do lar poderia
ser chamada como uma usuária da contabilidade?
Avaliação do Aproveitamento do capitulo-1.
CAPITULO 2- RELATORIOS CONTABEIS
Relatórios Contábeis e seus Objetivos.
Relatório contábil é a exposição resumida e ordenada de dados colhidos
pela contabilidade. Objetiva relatar aos usuários que se utilizam da
contabilidade os principais fatos em determinado período. Entre os
relatórios contábeis, os mais importantes são as Demonstrações
Financeiras(terminologia usada pelas S.A), ou Demonstrações
Contábeis ( terminologia preferida pelos contadores).
•
•
A lei das Sociedades por Ações estabelece que, ao fim de cada período
social(12 meses), a diretoria fará elaborar (e deverá publicar), com
base na escrituração contábil, as demonstrações financeiras (ou
demonstrações contábeis) relacionadas a seguir:
RELATORIOS CONTABEIS

BALANÇO PATRIMONIAL(BP).

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCICIO(DRE).

DEMONSTRAÇÃO DOS LUCROS OU PREJUIZOS ACUMULADOS (DLPAc)

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA(DFC)


DEMONSTRAÇÃO
aberta).
DO
VALOR
ADICIONADO(DVA)
(se
companhia
Além das demonstrações financeiras relacionadas, temos as notas
explicativas que são dispostas no rodapé das demonstrações financeiras.
Ex. Mudança de critério contábil, garantias oferecidas aos bancos que
concederam empréstimos, taxa de juros etc.
RELATORIOS CONTABEIS




Dois tipos distintos de sociedades destacam-se no Brasil: as
sociedades Limitadas a anônimas (ou por ações) também
chamadas de Companhias. As sociedades anônimas( que devem
publicar as Demonstrações Financeiras) são divididas em capital
fechado e capital aberto.
Companhia fechada grupo restrito a pequenos grupos e capta
recursos entre os próprios acionistas, não recorrendo ao publico
em geral.
A sociedade anônima de Capital Aberto é um tipo de sociedade
cujo a captação de recursos é realizada junto ao publico, por meio
dos pregões das bolsas de valores. Estas empresas estão sujeitas a
Comissão de valores mobiliários (CVM).
Para fins exclusivos da lei 11.638/07, são sociedades de grande
porte aquelas que atingiram no ano anterior saldos de ativo
superior a 240 milhões.
RELATORIOS CONTABEIS


Há exigências especificas para as Companhias Abertas no que
tange, ás Demonstrações Financeiras. Assim, estas companhias
deverão apresentar, além das Demonstrações normais:
Demonstração do valor Adicionado (DVA).
Esta ultima, a DLPM, substituirá a Demonstração de Lucros ou
Prejuízos Acumulados (DLPAc).
Há Demonstrações Financeiras Não Obrigatórias (não exigidas por
lei) como a Demonstração das Origens e Aplicações de
Recursos(DOAR), Demonstração de Resultado Abrangente,
orçamentos etc.., que são fundamentais para as decisões
empresariais.
RELATORIOS CONTABEIS
BALANÇO PATRIMONIAL
É a principal demonstração contábil
Reflete a posição financeira em determinado momento,
normalmente no fim do ano ou de um período preá fixado.
É como se tirássemos uma foto da empresa e víssemos de
uma só vez todos os bens, valores a receber e valores a
pagar em determinada data.
É constituído de duas colunas do lado direito, denominada
passivo e patrimônio liquido, a coluna do lado esquerdo,
denominada ativo. A razão de atribuir o lado esquerdo para
o Ativo e o direito para o passivo e patrimônio liquido é
mera convenção. Pela lei das sociedades por Ações, o lado
direito é denominado apenas passivo.

RELATORIOS CONTABEIS
Ativo
São todos os bens e direitos de propriedade da empresa, mensuráveis
monetariamente, que representam benefícios presentes ou benefícios
futuros para a empresa.
• Bens:
maquinas,terrenos,estoques,dinheiro,ferramentas,veiculos,instalações
etc. coisas uteis que trazem benefícios para o negocio
• Direitos:
• Contas a receber, duplicatas a receber, títulos a receber, ações,
depósitos em contas bancarias (direito de saque), títulos de créditos
etc.
A empresa relatará como ativo só aquilo que for de sua propriedade . Os
empregados, por exemplo, não são propriedade da empresa; portanto,
nãos eram evidenciados no ativo. (Na época da escravidão, os escravos
constavam do ativo, pois eram propriedade da empresa.) “ leasing”

RELATORIOS CONTABEIS
Há certos itens que, embora representem um potencial para
obtenção de benefícios futuros, podem não estar evidenciados no
ativo da empresa, pois são de difícil avaliação.
O caso de marcas de produtos, por exemplo, representa algo
inestimável para a empresa, mas quase nunca aparece nos ativos. A
razão principal é que se torna difícil avaliar o quanto vale uma
marca para a empresa.

Assim, uma marca é um bem (embora intangível não
tem consistência física); é propriedade da empresa
proporciona benefícios presentes e futuros para a
empresa; porem, poderá não ser evidenciado no ativo,
poie nem sempre atende a quarta característica do
mesmo: mensurável monetariamente(não se pode medir,
avaliar, objetivamente, em dinheiro).
RELATORIOS CONTABEIS
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

Veja que para ser evidenciado no ativo, é necessário preencher suas
quatro características simultaneamente:
Bens ou direitos
Propriedade
Mensurável em dinheiro
Benefícios presentes dou futuros.
Há bens que vão perdendo gradativamente o potencial de trazer
benefícios. Por exemplo, um caminhão de uma transportadora, pelo seu
uso. Com o tempo vai perdendo o valor, trazendo um beneficio menor
(há manutenção , reposição de peças, etc.), que um outro caminhão
novo. Esta perda de valor será subtraída gradativamente do Ativo. A
isto chamamos de depreciação.
A philip Morris incorporou a Kraft o patrimônio da empresa adquirida
estava contabilizado em 1 bilhão de dólares, sendo 9 bilhões adicionais
referia-se a marca, imagem, posição comercial...
RELATORIOS CONTABEIS
O Ativo invisível (oculto) pode ser algo muito mais valioso que os
bens tangíveis.
A IBM adquiriu a Lotus por 3 bilhões, embora o valor de marcado dos
bens da adquirida fosse cerca de 250 milhões.
Esses 2.750 milhões a mais, esse valor excedente (agio), são
conhecidos como Goodwill ( traduzido de maneira não perfeita por
fundo de comercio), ou ainda como capital intelectual.
Esse valor a mais(como consequência da capacidade intelectual
humana, marca, liderança de mercado, lealdade de clientes, ponto
comercial..._) só é definido na negociação da empresa, sendo
impossível sua avalição pela contabilidade por não existirem
valores objetivos. É um ativo sim, mas difícil de ser medido em
dinheiro.
Esse é um grande desafio para os contadores: como avaliar o
intangível.

RELATORIOS CONTABEIS
Passivo
Inicialmente, apenas para fins didáticos, vamos tratar todo o lado
direito do balanço patrimonial como passivo, como lado das dividas,
das obrigações. De fato, se a palavre ativo tem conotação positiva, o
termo passivo tem um significado negativo, ou seja, no mundo dos
negócios, obrigações, dividas e, num sentido mais amplo, são os
financiamentos.
Ainda para fina didáticos, vamos dividir o passivo em dois grandes
grupos: Exigível e não Exigível.
O passivo Exigível evidencia toda a obrigação que a empresa tem
com terceiros contas a pagar, fornecedores, impostos a pagar,
financiamentos, empréstimos na medida que a divida vencer, será
exigida sua liquidação por isso é Exigível.
A obrigação não exigível pode ser vista como uma divida, só que essa
divida não será reclamada. Enquanto a empresa estiver num
processo de continuidade, funcionando, não precisa pagar essa
obrigação. Com quem é essa obrigação?
Com seus proprietários.

RELATORIOS CONTABEIS
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Patrimônio Liquido
Evidencia recursos dos proprietários aplicados no empreendimento. A
aplicação inicial dos proprietários denomina-se, contabilmente, como já
vimos, capital.
Se houver outas aplicações por parte dos proprietários teremos acréscimo
de capital.
O patrimônio Liquido não só é acrescido com os novos aumentos de capital,
mas também, e isso é mais comum, com rendimentos resultantes do capital
aplicado. Esse rendimento denominamos de lucro.
O Lucro normalmente, uma parte é distribuída para os donos do capital e
outra parte é reinvestida no negocio, isto é, fica retida na empresa.
Dessa forma, as aplicações dos proprietários vão crescendo.
O raciocínio seria o mesmo para uma aplicação em caderneta de poupança.
Então:
ATIVO – PASSIVO = PATRIMONIO LIQUIDO.
A verdadeira riqueza da empresa são BENS mais DIREITOS menos as
Obrigações Exigíveis.
RELATORIOS CONTABEIS
Capital de Terceiros versus Capital Próprio.
A comparação Capital de terceiros com o capital próprio revela o
grau de endividamento da empresa. Quanto maior o capital de
Terceiros (dividas exigíveis) em relação ao capital próprio
(obrigações não exigíveis),maior será o endividamento da empresa.
Não há duvida de que um bom equilíbrio entre esses dois grupos é
o desejável, embora, para ser mais competitiva, adquirir ativos
mais eficientes, haja tendência por parte das empresas em se
endividarem mais.
O passivo e o patrimônio liquido significam ORIGEM
O Ativo significa
APLICAÇÕES originado no passivo e
patrimônio liquido.
Porquê o ativo é sempre igual ao passivo mais patrimônio
liquido? uma empresa não pode aplicar aquilo que não tem origem.
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RELATORIOS CONTABEIS
REQUISITOS DO BALANÇO PATRIMONIAL
O Balanço Patrimonial é composto de um cabeçalho que conterá:
a)
Denominação da Empresa
b)
Titulo da Demonstração(Balanço Patrimonial)
c)
Data de encerramento do balanço
O corpo do Balanço é constituído por duas colunas: a esquerda, que
chamamos de Ativo, e a direita, que chamamos passivo e patrimônio
liquido.
Apresentado em duas colunas: Exercício Atual e Exercício Anterior.
Essa apresentação facilita ao usuário das demonstrações observar a
evolução dos valores de um ano para outro, propicia a comparação de,
pelo menos, dois exercícios.

EXERCICIO
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
O senhor Cabral Teixeira, proprietário da Cia Relâmpago, após
contratar um nono contador, dá a seguinte ordem para seu mais
recente funcionário: “ Como o senhor esta observando, todos os
nossos livros contábeis foram queimados no incêndio ocorrido em
nossa empresa. Portanto, não temos nenhum balanço patrimonial
para fornecer ao banco Camaradinha S.A que esta disposto a nos
conceder um empréstimo.
Gostaria em caráter de emergência, o Sr. Me montasse o balanço
Patrimonial, destacando apenas os valores Ativos e passivos. Passei
a noite em claro para fazer um levantamento de todos os nossos
direitos a receber totalizam 25.960,00, e nossas obrigações exigíveis
atingem 19.980,600 (tudo isso guardo na memoria). Não há
necessidade de destacar conta por conta dos direitos e obrigações: o
gerente do banco quer apenas os bens destacados. Aqui esta a
listagem; espero que, dentro de alguns minutos, o Sr. Me apresente
esse balanço patrimonial. Ah! Procure ser fiel as regras que
caracterizam o Ativo e o Passivo, pois o gerente do banco conhece
contabilidade.
EXERCICIO.
A Listagem é a seguinte:
1. Duas maquinas operatrizes em perfeito estado$ 1.200.000 cada.
2.Uma maquina prensadeira totalmente destruída $ 900.000
3. Um lote de estoque (matéria prima) destruído pelo fogo $ 2.300.000
4. Um lote de estoque não atingido pelo fogo $ 700.000
5. A marca de nosso produto principal que, segundo um perito na área,
vale mais de $ 10.000.000. Para sermos conservadores, vamos avalia-la
em $ 5.000.000.
6. Nossa boa imagem no mercado, por bons serviços prestados, nossa
clientela, que os concorrentes gostariam de ter, nosso credito como uma
empresa idônea, o local onde esta situada nossa empresa, facilitando
nossos clientes do interior, essa boa imagem e reputação, que os
contadores chamam de fundo de comercio(goodwill), por baixo, se
fossemos vender hoje nossa empresa, poderíamos pedir sem medo $
20.000.000
7. Dez veículos arrendados do Banco Comercial, pelo sistema de leasing.
No contrato há uma opção de compra e nós, vamos adquiri-lo, assim que
vencer o contrato. O preço, de hoje, desses veículos, conforme contrato, é
$ 5.000.000.
Total de $ 36.300.000
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
CADA ITEM, DEVE ATENDER AS QUATRO CARACTERÍSTICAS DO ATIVO
Listagem Bens e Propriedade Mensuração Benefícios
Direitos da Empresa Monetária Presentes
Objetiva
e futuros
1.
X
2.
3.
x
X
X
x
x
4.
5.
6
.7.
Bem Intangível não é palpável, não em formação
física. (Avaliação do Aproveitamento).
X
_
Conclusão
É Ativo
Não é Ativo
CAPITULO 3- GRUPOS DE CONTAS.
Se o Balanço Patrimonial fosse um amontoado de
contas teríamos dificuldades em ler, por isso
agrupamos as contas com as mesmas
características em grupos homogêneos.
 As contas são agrupadas de acordo com sua
rapidez de conversão em dinheiro e de acordo com
seu grau de liquidez.
 Em 1° lugar: Ativo Circulante
 Em 2º lugar: Realizável a longo prazo
 Em 3° lugar: De característica permanente

GRUPOS DE CONTAS.
No passivo e Patrimônio liquido de acordo com
seu vencimento .
 Em 1º lugar: Passivo Circulante
 Em 2° lugar: Exigível a longo prazo
 Em 3º lugar: Obrigações não Exigíveis.PL

Em uma analogia em termos de grupos de contas
entre o lado do Ativo e o lado do Passivo e PL é o
grau de liquidez decrescente.
O Ativo Circulante e o Passivo Circulante são
considerados de Giro ou Corrente.
GRUPOS DE CONTAS
 Fim
do Diferido
Ate 2008 contemplava- se no balanço esse
subgrupo diferido, como compra de
ações,imobilizado, aquisição de bens e
direitos que beneficiavam a empresa por
vários anos.
A lei 11941/09 extinguiu esse grupo de
contas foram reclassificados no Intangível.
GRUPOS DE CONTAS
Principais Deduções do Ativo
No Circulante
• Duplicatas a receber: A parcela estimada pela empresa que não será
recebida em decorrência de maus pagadores deverá ser subtraída de
contas a receber , com o titulo de provisão para devedores duvidosos.
No Não Circulante
•Imobilizado: Os bens com o passar do tempo, pelo uso,vão sofrendo
deteriorização física ou tecnológica subtrai-se na conta depreciação.
•Intangível: Perda da capacidade de trazer benefícios futuros para a
empresa a conta Amortização subtrai do Intangível.
•Deduções no Patrimônio Liquido
•Podemos destacar os prejuízos reduzem os investimentos dos
proprietários, diminuindo o Patrimônio Liquido.

GRUPOS DE CONTAS-INDICADORES

o
o
o
o
o
o
o
Podemos analisar a situação financeira (SF) através de
indicadores.
a) Liquidez corrente(circulante)= Ativo Circulante
Passivo Circulante
Liquidez Geral ( ou Financeira)= AC + RLP
PC + ELP
Liquidez Seca (excluindo estoques)= AC – Estoques
Passivo Circulante
Liquidez Imediata (Absoluta)=
Disponível
Passivo Circulante
EXERCÍCIO
A Cia Tempos modernos (fabricante de patins), recém constituída,
apresenta os seguintes dados referentes a sua fase pré operacional:
 Fase pré – operacional (até) 30/09/2008)
1.
Os acionistas contribuem com uma quantia inicial (capital) de $
280.000.000 que serão aplicados da seguinte maneira:
Bancos c/ Movimento
100.000.000
Caixa
10.000.000
Maquinas e Equipamentos
70.000.000
Aquisição da marca de patins
100.000.000
2. A empresa adquire um financiamento a longo prazo do banco de
desenvolvimento, na ordem de 200.000.000 para providenciar as
instalações necessárias para adquirir moveis e utensílios . Houve
uma sobra de 20.000.000 que a empresa aplica em ações da Cia. de
Hong-Kog, que será sua associada.

EXERCÍCIO
Instalações
170.000.000
 Ações
20.000,000
 Moveis e Utensílios
10.000.000
A empresa adquire matéria prima , a prazo no valor de 260.000.000,
para iniciar a produção de patins com isso,
Estoques
260.000.000
A Cia Tempos Modernos esta apta para iniciar suas atividades. Antes
da empresa iniciar suas atividades, vamos estruturar seu Balanço
Patrimonial.

Avaliação do Aproveitamento.
CAPITULO 4 SITUAÇÃO FINANCEIRA X ECONOMICA


.
Situação Financeira: A simples comparação entre o Ativo Circulante
e o Passivo Circulante propicia ao usuário do Balanço Patrimonial
uma visão panorâmica da situação Financeira da empresa. Se o
Ativo Circulante for menor a situação financeira não é boa pois terá
dificuldade em solver seus compromissos.
A situação Financeira poderá, também, ser objeto de analise para
situações a longo prazo. Nesse caso, incluiríamos ao circulante na
comparação, o Realizável e o Exigível a longo prazo. Outras
variáveis, enfim, seriam consideradas para uma analise da situação
Financeira da empresa.
SITUAÇÃO ECONÔMICA




Por outro lado, podemos também identificar, pelo balanço
patrimonial, a situação econômica da empresa. Uma das formas é
avaliar o Patrimônio Liquido da empresa e sua variação.
Evidentemente , o crescimento real do Patrimônio Liquido vem
fortalecer sua situação econômica. O Fortalecimento do capital
próprio em relação ao de terceiros propicia uma situação mais
solida aos revés no dia a dia.
A principal fonte de fortalecimento do Patrimônio Liquido é o “ bom
lucro” assim o constante obtenção do lucro vem contribuir para uma
situação econômica mais sólida.
O oposto também é uma realidade, isto é, o prejuízo vem
enfraquecer a situação econômica da empresa.
Matarazzo, Mappin, Mesbla, Lojas Brasileiras, Vasp, Transbrasil
tiveram sucessivos prejuízos e enfraqueceram economicamente.
APURAÇÃO DO RESULTADO
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


A cada exercício social ou período contábil a empresa apurara o resultado de
suas operações.
É recomendável que a empresa, apure o sucesso (lucro) ou insucesso (prejuízo)
superávit ou déficit.
Resultado:
Se Receitas > Despesas = Lucro
Se Receitas < Despesas = Prejuízo
Fluxo Financeiro = Receita recebida – Despesa paga Ex.
Recebi 100.000 paguei 80.000 em caixa 20.000.

Fluxo Econômico = Receita – Despesa – Ex.
Receita 100.000 - despesas de salario 80.000 - despesa depreciação 25.000 =
( 5.000) Prejuízo.
o
ANALISE DOS RESULTADOS
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A pergunta é se o resultado financeiro (lucro de 20.000) é o correto
ou o resultado econômico (prejuízo de 5.000). Haveria motivo para
comemoração ou para lamentação? Dessa forma podemos dizer
que despesa pelo regime financeiro é identificada pelo desembolso,
pelo pagamento, enquanto pelo regime econômico, despesa é todo
o sacrifício incorrido para obter vendas.. Esse sacrifício poderá
representar saídas de dinheiro no ato, no futuro.
Assim entendemos que as vendas a prazo são consideradas pelo
regime econômico e não pelo regime financeiro.
O que queremos dizer é que, pelo regime de caixa ou financeiro,
há possibilidade de mudar o resultado, se a conta de depreciação
não foi considerada no regime financeiro (por não representar
caixa) podemos dizer que o regime financeiro é imperfeito. Esse é o
motivo de trabalharmos com o regime econômico, conhecido como
regime de competência.
FLUXO ECONÔMICO E FINANCEIRO NA ECBC
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Quando tratamos a DRE de Fluxo Econômico, estamos
considerando a visão da Estrutura Conceitual Básica da
Contabilidade ( aprovada pela IPECAFI,CVM, e IBRACON),
que diz:
“Informação de natureza econômica deve ser entendida dentro da
visão que a contabilidade tem do que seja econômico e não,
necessariamente, do tratamento que a economia daria ao mesmo
fenômeno; em largos traços, podemos afirmar que os fluxos de
receitas e despesas (DRE) , bem como o capital e Patrimônio , em
geral, são dimensões econômicas da contabilidade, ao passo que os
fluxos de caixa e capital de giro, caracterizam a dimensão
financeira. Não estamos utilizando o termo financeiro avaliado
em moeda, como a lei das S.A e a tradição anglo- americana
consagram”.
EXERCÍCIO
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A empresa vale da Ilusão Ltda., inicia suas atividades em
02.01.2004. De inicio, observamos um capital de $ 40.000, sendo
aplicado em instalações do prédio ( $ 20.000), em moveis em Gral ( $
10.000) e, na conta caixa, o restante.
No mês de janeiro de 2004, a empresa obteve $ 30.000 de receita, a
vista, por serviços prestados a seus clientes.
As despesas do mês, totalmente pagas, foram: Aluguel $ 10.000;
Honorários Administrativos $ 10.000.
Vamos calcular o Resultado Econômico ( lucro ou prejuízo) da
empresa Vale da Ilusão e, em seguida, vamos apresentar o Balanço
Patrimonial.
Avaliação do Aproveitamento.
CAPITULO 5- REGIMES DE CONTABILIDADE
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Regime de Competência
Se em 2011 tivéssemos uma receita de $ 10 milhões cujo o
recebimento seria em 2012 em que período consideraríamos a
receita em 2011 ou 2012? Da mesma forma se fosse uma despesa
em 2011 e pagássemos em 2012?
Diante do Regime de Competência importa o gato gerador e não
quando recebeu ou pagou!
O Material de escritório adquirido mas não utilizado é registrado
como um ativo, pois é um bem, de propriedade da empresa,
mensurável monetariamente. No momento do consumo, esse gasto
será despesa, pois não trará mais benefícios para a empresa, uma
vez que já foi utilizado.
A mesma situação pode ocorrer para uma receita.
REGIME DE CAIXA
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Embora aceito oficialmente como regime perfeito, ele é desenvolvido
nas empresas como contabilidade auxiliar, adaptado ao livro caixa
ou a outros processos, como valioso instrumento de controle e
decisão. Considera entrada de dinheiro-ENCAIXE e saída de
dinheiro DESEMCAIXE.É comum nas empresas sem fins lucrativos
e nas pequenas e microempresas dispensadas da obrigatoriedade do
Regime de Competência todavia independente do tamanha da
empresa o fluxo de caixa é um instrumento gerencial e de controle.
Principio da Realização da Receita Como já vimos ocorre no
fato gerador uma revendedora de automóveis poderá reconhecer
receita no momento em que transfere o automóvel para o
comprador. A contabilidade pode reconhecer a receita antes da
transferência do bem, como no crescimento do gado, reflorestamento
etc.
Confrontação das Despesas No momento que reconhecemos a
receita, associamo-la com a despesa sacrificada para obter essa
receita para obtenção do resultado do exercicio.
GASTOS QUE SERÃO DESPESAS.
Há certos gastos classificados no ativo que contribuirão para a
formação do resultado de diversos períodos contábeis ou
contribuição para obtenção de receita por vários exercícios sociais.
 A situação mais comum é o desgaste, normalmente pelo uso, de
diversos itens do imobilizado.
Ex. Um equipamento custou $ 628 mil e, para obter receita em 2000
desgastamos 10% do equipamento, contabilizamos como despesa $
62,8 mil. Se continuar vamos depreciando até o momento de atingir o
valor total do bem, teoricamente não teria mais utilidade para a
empresa.
Adiantamentos que poderão se tornar receitas
Nos negócios temos a possibilidade de adiantamentos em dinheiro que
ocorrem, normalmente, nas vendas por encomenda, que contribuirão,
positivamente para a formação de exercícios futuros.
Dessa forma, esse adiantamento será classificado no passivo
circulante a empresa corre o risco de ter que devolver esse
adiantamento se não conseguir entregar o bem ou serviço. É uma
espécie de financiamento.

INDEPENDÊNCIA ABSOLUTA DE PERÍODOS CONTÁBEIS
Em cada período contábil se apura o resultado ( lucro ou prejuízo).
Dessa forma, confronta-se toda a despesa que compete a um
determinado período com a receita que, igualmente, compete a esse
determinado período. Então, não podemos confundir despesa
consumida em 2001 ( incorrida) com despesa consumida (incorrida)
em 2002.
 Da mesma forma trataremos a receita. Em cada final de período
contábil, inicia-se do zero o novo computo das despesas e receitas.
 Por isso fala-se em “ Independência Absoluta de Períodos Contábeis”,
relacionada com o principio da competência de exercícios.
Situação 1 e 2.
 Empresas que tem Lucro mas não tem caixa para pagar suas
contas
 Empresas que tem prejuízo, mas tem caixa para pagar suas
dividas.

SITUAÇÃO1
Imagine a Cia. Beleza Real ( cabeleireiros) começando o ano com
um salão e as instalações alugadas. Antes de pagar o primeiro
aluguel mensal de $ 10.000, o proprietário do salão e dos bens
alugados concorda em vender tudo por uma prestação mensal de $
20.000, sem entrada, para pagar em 3 anos.
 Considerando um faturamento mensal de $ 30.000, os cabeleireiros
sócios tomaram a decisão de comprá-la. No final do ano, a
contabilidade mostra:
 DRE
Receita do ano totalmente Recebido
360.000
(-) Despesa
• Salario dos cabelereiros
120.000
• Material e outros
80.000
• Depreciação do prédio e Bens
60.000
(260.000)
• Lucro do período
100.000

SITUAÇÃO 2



Imagine a Cia. Viaje Bem, onde o Sr. Ulderico, usando seu FGTS,
comprou uma van, a vista, por 60.000. Se ele usar esse veiculo por
três anos, a van estará praticamente sucateada, não tendo um
mercado para venda. O sr Ulderico estimou uma receita mensal de
4.000 com despesas mensais, de 3.00. Ficou fácil para ele prever
um superávit em seu caixa de 12.000 no final do ano. Ficou
surpreso quando o escritório de contabilidade avisou que ele teve
um prejuízo de 8.000.
Como pode isso ser verdade se realmente o caixa tem uma sobra
de 12.000?
Como pode ter tido prejuízo na contabilidade se sua divida é zero e
tem dinheiro em caixa?
DRE
Receita
48.000
 (-) Despesas Operacionais
(36.000)
 (-) Depreciação
(20.000)
 Prejuízo
(8.000)
 Balanço Patrimonial
 Ativo
Passivo
 Circulante
Circulante
 Caixa
12.000
Dividas a pagar
x
 Não Circulante
Patrimônio Liquido
 Veículos
Capital
60.000
 (-) Depr. Ac.
40.000
(-) Prejuízo
(8.000)
(20.000)
52.000
Total
52.000
Total
52.000

COMPARAÇÃO DO FLUXO ECONÔMICO COM O FINANCEIRO.
OPERAÇÕES
DRE – FLUXO
ECONOMICO
DFC – FLUXO
VARIAÇÕES
FINANCEIRO
Receita
48.000
48.000
Não houve
(-) Desp.pg
(36.000)
(36.000)
Não houve
(-) Depreciação
(20.000)
-
Lucro/prejuízo
( 8.000)
12.000
Caixa não considera
(20.000)
O Sr. Ulderico teria que gerar pelo menos 20.000 de caixa por ano para repor ao final de
três anos, o bem que esta depreciando. Para fazer as viagens, teria que considerar o
custo da Van que esta sendo utilizada, ainda que, no momento, não haja desembolso do
caixa.
Se, em vez de comprar a Van, tivesse alugado, não teria o custo mensal desse aluguel?
O Ativo que no inicio valia 60.000 hoje vale 52.000. Seus investimentos valem hoje 8.000
a menos que no inicio do ano. Sua capacidade, seu potencial foi reduzido, e isso é
prejuízo.
Ainda que simples, esse exemplo mostra que aparentemente a situação financeira é boa,
mas economicamente o patrimônio esta perdendo o valor.
Avaliação do Aproveitamento.
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Ética Geral e Profissional em Contabilidade.