DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 1- DFC – Demonstração do Fluxo de Caixa A obrigatoriedade de elaboração da DFC é uma das inovações da Lei 11.638/07. A origem é atribuída ao FASB – Financial Accounting Standards Board, órgão normatizador das práticas contábeis dos Estados Unidos, afim de atender às necessidades norte americanas com relação aos investidores e empresas que buscavam captar recursos no mercado financeiro, apresentou esse documento por meio do seu Boletim 95 de 1987. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS No Brasil a DFC, substituiu a DOAR, que embora rica em informações, por outro lado era difícil compreensão pela maioria dos investidores que atuam no mercado de capitais, normalmente desprovidos de conhecimentos contábeis. A DFC utiliza linguagens e conceitos mais simples, e surge como instrumento mais acessível a maioria dos usuários das demonstrações contábeis. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DFC- é um relatório contábil que tem por fim evidenciar as transações ocorridas em determinado período e que provocam modificações no saldo do Caixa; Trata-se de uma demonstração sintetizada dos fatos administrativos que envolvem os fluxos de dinheiro ocorridos em determinado período, devidamente registrados. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Estrutura da DFC: Classificação das entradas e saídas de caixa por atividade Atividades Operacionais Atividades de Investimentos Atividades de financiamentos DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Atividades Operacionais: Atividades de Investimentos: Envolvem as atividades de recebimento de vendas, pagamento de fornecedores, pagamento de funcionários, etc... Compreendem as transações com ativos financeiros, as aquisições ou vendas de participações em outras entidades e de ativos utilizados na produção de bens ou de serviços ligados a atividade da empresa Atividades de Financiamentos: Incluem a captação de recursos dos acionistas e o seu retorno em forma de lucros ou dividendos, captação de empréstimos ou outros recursos, sua amortização e remuneração. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 1) Atividades Operacionais A) Entradas Recebimento de Clientes decorrentes de vendas, à vista de mercadorias, serviços ou outros bens do Ativo Circulante; Recebimento de clientes decorrentes de duplicatas referentes as vendas de bens ou serviços realizados a prazo; Recebimentos provenientes de descontos de duplicatas oriundas da venda de bens ou serviços a prazo; DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Recebimento de juros sobre empréstimos concedidos, sobre financiamentos relativos a venda de bens do Ativo Circulante ou a prestação de serviços, ou ainda, sobre aplicações financeiras; Recebimento das demais receitas operacionais realizadas ou não, ou ainda, ainda daquelas já realizadas e devidamente contabilizadas em contas representativas de direitos; DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Recebimento pela venda ou resgate de Títulos ou Valores Mobiliários, exceto aqueles considerados investimentos; Recebimento de dividendos por participação no capital de outras empresas; Recebimento de indenizações por sinistros ocorridos em bens ou insumos destinados à produção ou à venda; Todos os demais recebimentos, desde que não se enquadrem como atividades de investimentos ou financiamentos. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS B) Saídas Pagamentos efetuados a fornecedores decorrentes de compras a vista de mercadorias ou serviços ou ainda de outros bens do AC; Pagamento de duplicatas a fornecedores, em decorrência de compras de mercadorias ou serviços, ou ainda de outros bens do AC, efetuadas a prazo; Pagamento de juros e descontos comerciais ou financeiros e de outras despesas financeiras; DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Pagamento de despesas em geral: antes da ocorrência de seus fatos geradores ( despesas antecipadas), no momento da ocorrência de seus fatos geradores e após a ocorrência de seus fatos geradores ( já devidamente apropriadas e registradas em contas obrigações); Pagamentos aos governos federais, estaduais e municipais, referentes a tributos: IR, CSLL, taxas diversas, etc... Pagamento ou recolhimento de obrigações trabalhistas, previdenciárias e outras. Aplicações financeiras em títulos e valores mobiliários classificáveis no Ativo Circulante; Outras saídas de Caixa que não se enquadrem em atividades de investimentos ou financiamentos. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2- Atividades de Investimentos A) Entradas Recebimento do principal decorrente de empréstimos e financiamentos efetuados a terceiros; Resgate de aplicações financeiras, exceto as Equivalentes de Caixa ou outras do AC; Recebimento pela venda de títulos de investimentos de outras entidades; Recebimento pela venda de participações em outras empresas; Recebimento pelo resgate de participações em outras empresas; Recebimento decorrentes de vendas de bens de uso da empresa ou de outros bens do Ativo não Circulante; Juros recebidos de contratos de mútuos. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS B) Saídas Desembolsos relativos a concessão de empréstimos a terceiros; Aplicações financeiras em títulos e valores mobiliários, classificáveis no ARLP; Pagamentos pela aquisição de títulos e valores mobiliários de outras entidades, classificáveis no Ativo não Circulante; Pagamentos relativos a aquisição de bens de uso, classificáveis no Ativo Imobilizado. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 3-Atividades de Financiamentos Entradas Recebimento de recursos financeiros dos proprietários como a realização do capital ou pela venda de ações emitidas; Empréstimos obtidos a curto ou a longo prazo, com emissão de notas promissórias, debêntures, letras hipotecárias, títulos de dívida, etc..; Recebimentos de juros decorrentes de empréstimos efetuados a terceiros; Recebimentos de recursos financeiros decorrentes de doações de caráter permanente ou temporário, com finalidade exclusiva de aquisição ou construção ou de expansão, incluídos bens de uso classificáveis no AC. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS B) Saídas Pagamentos ao proprietário, sócios ou acionistas referentes a reembolso de seus investimentos no capital da entidade, ou referentes a pagamento de dividendos, juros sobre capital próprio ou outras distribuições; Pagamento de juros sobre empréstimos obtidos. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Métodos de Elaboração da DFC Método Indireto Também conhecido como Método da Reconciliação, os recursos derivados das atividades operacionais são demonstrados a partir do lucro líquido do exercício, ajustado pela adição das despesas e exclusão das receitas consideradas na apuração do resultado e que não afetaram o caixa da empresa, isto é ,que não representaram saídas ou entradas de dinheiro. Modelo