Visita ao Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE, de Diretores de Hospitais Universitários Federais da EBSERH, Brasil 23 e 24 de junho de 2014 Dr. Carlos Martins Presidente do Conselho de Administração Auditório Cid dos Santos 23 de junho de 2014 Sistema de Saúde Português – Mapa de Portugal População 10.562.178 (último censo 2011) Ministério da Saúde - Organograma Sistema de Saúde Português Constituído por: A - Serviço Nacional de Saúde: Os serviços públicos constituem a base do Serviço Nacional de Saúde, que dependem do Ministério da Saúde (aproximadamente 80%); B - Outros Serviços Públicos: Ex.: Hospitais Militares; C - Sector Social: Ex.: Misericórdias; e, D - Sector Privado suportado por: – Serviço Nacional de Saúde; – Subsistemas de Saúde – Administração Pública (ADSE) , Bancários (SAMS), etc.; – Companhias de Seguros; e, – Próprio Doente . Serviço Nacional de Saúde Todos os residentes em Portugal têm acesso a cuidados de saúde através do Serviço Nacional de Saúde, financiado principalmente através de impostos. O Serviço Nacional de Saúde (SNS) Organismo nacional através do qual o Estado Português assegura o direito à saúde dos cidadãos em seu território. O SNS cumpre com a sua missão de proteção da saúde individual e coletiva da população e, para tanto, constitui-se numa estrutura organizada de cuidados de saúde integrados e em rede, para: . Promoção e proteção de saúde; . Prevenção das doenças; . Diagnóstico e tratamento dos doentes; e, . A reabilitação médica e social. O Serviço Nacional de Saúde: sua evolução e exigências Melhoria da formação médica pré e pós-graduada nos hospitais com competências reconhecidas no ensino; Introdução da educação médica contínua para profissionais ao longo da carreira médica; Desenvolvimento da investigação médica com a criação de infraestruturas, recursos humanos e equipas e de redes de investigação e inovação tecnológicas; Aplicação de serviços médicos, laboratórios de investigação, de projetos inovadores de trabalho, com entidades internacionais de referência. O Serviço Nacional de Saúde: sua evolução e exigências (cont.) Surgem novos e mais fortes conceitos de medicina preventiva e de promoção da saúde; Necessidade de implementar Sistemas de Garantia da Qualidade através de procedimentos de certificação e de acreditação; Internacionalização de cuidados médicos: Por iniciativa médica, para os escassos casos de doentes com patologias não possíveis de tratar em território nacional. Serviço Nacional de Saúde Caracterização: UNIVERSAL ABRANGENTE: prevenção, tratamento e reabilitação TENDENCIALMENTE GRATUITO: taxas moderadoras EQUIDADE Serviço Nacional de Saúde Atendimento: PORTUGUESES E CIDADÃOS DA UNIÃO EUROPEIA; OUTROS CIDADÃOS A RESIDIR EM PORTUGAL; e, CUIDADOS DE SAÚDE DE URGÊNCIA/EMERGÊNCIA UNIVERSAIS. Serviço Nacional de Saúde Potencialidades: Reconhecimento internacional do Serviço/Sistema Nacional de Saúde Português (12.º pela OMS); Qualidade e excelência das Escolas de Ensino e Formação; Crescente investigação, com reputação e afirmação Internacionais; Progresso tecnológico, com capacidade de adoção e utilização das tecnologias de informação; Elevada preparação dos Recursos Humanos, muitos com experiência internacional; Modernização das instalações e equipamentos; Existência de unidades hospitalares certificadas/acreditadas por sistemas nacionais e internacionais, designadamente pela Joint Commission International; Progresso da indústria residente; Utilização da marca “União Europeia”. Serviço Nacional de Saúde Oportunidades: Pela sua dinâmica interna e externa; A atração de ensaios clínicos para Portugal; As hipóteses de transferência de tecnologia para outros países; Pelo contributo na criação de emprego qualificado; Pela crescente capacidade de internacionalização das empresas, pelas suas exportações e investimento no exterior; Pela melhoria da atratividade do setor dos cuidados de saúde para pacientes estrangeiros; Pelo reforço da atual presença na CPLP, com o crescimento económico destes mesmos; A Diretiva Europeia sobre Cuidados de Saúde Transfronteiriços (Diretiva 2011/24/EU do Parlamento Europeu e do Conselho, de 09.março.2011) Serviço Nacional de Saúde Garantia da Qualidade: Estratégia Nacional de Garantia da Qualidade em Saúde (2009); Plano Nacional de Saúde (2012 – 2016); Planos Regionais de Saúde; Rede de Governação Clínica. Algumas medidas inovadoras adotadas elevam o desempenho da Saúde em Portugal: As Parcerias Público-Privadas (PPP) para novos Hospitais; As mudanças na gestão das estruturas hospitalares no SNS; As reformas na área do medicamento; A reorganização dos Cuidados de Saúde Primários e a criação da Rede de Cuidados de Saúde Continuados. Fluxograma da Estrutura Orgânica de Gestão do Ministério da Saúde Ministério da Saúde Administração Central do Sistema de Saúde, IP Administrações Regionais de Saúde, IP (Administração de Topo) (Administração Intermédia) Hospitais e Cuidados de Saúde Primários Cidadãos - Utentes As Grandes Preocupações Gerais na Gestão da Saúde Os custos de saúde são, cada vez mais, elevados comparativamente com as previsões orçamentais; Nos últimos anos, tem havido um acentuado aumento da taxa de crescimento das despesas com a Saúde Pública; O envelhecimento das populações e consequente aumento das doenças crónicas e seus custos de tratamento e de homeostasia; Algumas inovações tecnológicas fazem disparar os custos em saúde; Os doentes sempre mais bem informados, exigem as últimas inovações médicas; A rede hospitalar pressionada a adaptar-se a estas mudanças cria novas infraestruturas, mais modernas, maiores, funcionalmente mais onerosas; A exigência de criação da sustentabilidade do SNS para reforçar a excelência e a competitividade nacional e internacional, que tem estado sujeita à conjuntura económico-financeira do país e mundial, desde logo, da União Europeia. Os Três Importantes Desafios do Sistema de Saúde SUSTENTABILIDADE O Equilíbrio, a longo prazo, entre receitas e despesas Desafio Promover a Qualidade e aumentar a Eficiência RESPONSABILIZAÇÃO (Accountability) Demonstrar, de forma sistemática e objetiva, a adequação na utilização de recursos Desafio Ciar uma “linguagem comum” de indicadores de desempenho e benchmarking INOVAÇÃO Capacidade de incorporar novos conhecimentos e novas tecnologias na prática clínica Desafio Selecionar adequadamente a inovação face às necessidades da população, evitar a subutilização ou a sobreutilização Hospital de Santa Maria 1953 Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE Hospital de Pulido Valente 1910 A nossa História Centro Hospitalar Lisboa Norte, E.P.E O Centro Hospitalar Lisboa Norte, EPE foi criado a 01 de Março de 2008, pelo Decreto-Lei nº. 23/2008 de 08 de Fevereiro e resultou da fusão dos Hospitais de Santa Maria, EPE e Pulido Valente, EPE, dois importantes estabelecimentos universitários de referência do Serviço Nacional de Saúde português. As duas unidades hospitalares que estiveram na génese da constituição do CHLN eram hospitais centrais, localizados na Cidade de Lisboa, separados por poucos quilómetros, um deles menos polivalente em termos de especialidades e serviços prestados mas muito diferenciado e especializado nas áreas em que intervinha, e outro bem mais abrangente na diversidade da sua oferta, cobrindo todas as áreas da medicina, com especialidades e técnicas únicas no panorama hospitalar português. Na Missão do Centro Hospitalar Lisboa Norte estão consagradas importantes funções integradas de prestação de cuidados de saúde, de formação pré, pós-graduada e continuada e de inovação e investigação, constituindo-se como unidade essencial dentro do sistema de saúde português. Nele estão presentes capacidades notáveis ao nível dos recursos humanos, das tecnologias praticadas e do saber acumulado, a par do apoio que presta às populações da sua zona de influência directa, e da garantia da referenciação diferenciada em múltiplas áreas clínicas, regional e nacional e dos países africanos de língua portuguesa (PALOPS). Hospital de Santa Maria A história do Hospital de Santa Maria remonta a 1934, aquando da aprovação do Decreto-Lei relativo à criação da Comissão Administrativa dos novos edifícios universitários, presidida pelo Professor Francisco Gentil. Esta comissão seria, então, responsável pelos edifícios que iriam albergar os hospitais escolares, tanto em Lisboa como no Porto. O então Hospital Escolar de Lisboa foi concebido pelo arquitecto alemão Hermann Distel em 1938 e a sua construção foi iniciada em 1940, no Campo Grande. A obra foi concluída em 1953 tendo sido na altura considerada uma das maiores realizações do Estado Português até então. A inauguração solene do edifício ocorreu a 27 de Abril de 1953, sendo que em Outubro do mesmo ano se deu a abertura do novo ano lectivo da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa já nas novas instalações do Hospital. Em 1968 iniciou, nos terrenos do Hospital de Santa Maria, a construção dos edifícios da Escola de Enfermagem, financiada pela Fundação Calouste Gulbenkian. As obras foram concluídas em 1972, tendo a então Escola de Enfermagem do Hospital de Santa Maria, sido transferida para os novos edifícios, ao mesmo tempo que passava a ser designada Escola de Enfermagem de Calouste Gulbenkian, actualmente designada Escola Superior de Enfermagem de Lisboa. Em 2004 foi inaugurado, também nos terrenos do Hospital, o Edifício Egas Moniz, destinado à Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e a albergar também o Instituto de Medicina Molecular. Em Janeiro de 2006 o Hospital de Santa Maria foi convertido numa Entidade Pública Empresarial (EPE), tendo sido posto em prática o Plano Estratégico 2006-2008 que visava a requalificação global desta unidade hospitalar. Hospital Pulido Valente Em 1909 a Rainha D. Amélia manda edificar o então denominado Hospital de Repouso de Lisboa, que fica concluído no ano seguinte, dedicado primariamente ao combate à Tuberculose. Com a implantação da República Portuguesa em 1910 foi deliberado rebaptizar esta unidade de saúde pública que passou a designar-se Sanatório Popular de Lisboa. Em homenagem à memória do Rei D. Carlos I assassinado em 1 de Fevereiro de 1908, o Hospital foi renomeado para Sanatório de D. Carlos I, designação que manteve até 1975. Em 1975 o Sanatório é novamente rebaptizado em homenagem ao Professor Doutor Francisco Pulido Valente, eminente figura da medicina portuguesa que na primeira metade do século XX marcou e revolucionou a Medicina Interna, contrapondo à influência da escola francesa, então reinante, o rigor da escola alemã, apoiada nas ciências morfológicas e laboratoriais. A partir de 27 de Maio de 1975 esta unidade hospitalar passou a ser designada como Hospital Pulido valente, nele tendo funcionando até 2008 um pólo de ensino e formação da Faculdade de Ciências médicas da Universidade Nova de Lisboa. A nossa Missão O CHLN, enquanto estabelecimento hospitalar público, geral, central e altamente diferenciado em tecnologias e saberes, presta cuidados de saúde ao cidadão dentro da sua capacidade e no âmbito da sua responsabilidade. Fruto de uma simbiose histórica, lógica e natural, com a Faculdade de Medicina de Lisboa, com a qual partilha instalações, recursos humanos e conhecimentos, o ensino e a formação pré e pós-graduada constituem-se como outro eixo fundamental da missão, sem prejuízo de parcerias com outras instituições académicas nacionais e internacionais. Para além da prestação directa de cuidados de saúde e da formação, a missão do CHLN comporta ainda as vertentes da inovação, do desenvolvimento científico e da investigação, como corolário lógico e aproveitamento natural das sinergias resultantes dos eixos da prestação e da formação. Organização Serviços Clínicos Serviço de Anatomia Patológica Serviço de Medicina Física e Reabilitação Serviço de Anestesia Serviço de Medicina Intensiva Serviço de Cardiologia Serviço de Nefrologia Serviço de Cirurgia Cardio-Torácica Serviço de Neonatologia Serviço de Cirurgia Geral Serviço de Neurocirurgia Serviço de Cirurgia Pediátrica Serviço de Neurologia Serviço de Cirurgia Plástica Serviço de Obstetrícia Serviço de Cirurgia Torácica Serviço de Oftalmologia Serviço de Cirurgia Vascular Serviço de Oncologia Serviço de Dermatologia Serviço de Ortopedia Serviço de Doenças Infecciosas Serviço de Otorrinolaringologia Serviço de Endocrinologia Serviço de Patologia Clínica Serviço de Estomatologia Serviço de Pediatria Médica Serviço de Gastrenterologia Serviço de Pneumologia Serviço de Genética Serviço de Psiquiatria Serviço de Ginecologia Serviço de Radioterapia Serviço de Hematologia Serviço de Reumatologia Serviço de Imagiologia Serviço de Saúde Ocupacional Serviço de Imagiologia Neurológica Serviço de Urgência Central Serviço de Imuno-Alergologia Serviço de Urologia Serviço de Imuno-Hemoterapia Unidade de Transplantação Serviço de Medicina Unidade Universitária de Geriatria Apoio Geral e Logístico Apoio Técnico Serviço de Gestão de Compras Serviço de Gestão Financeira Comissão de Catástrofe e Emergência Interna Serviço de Gestão Hospitalar Comissão de Controlo da Infecção Serviço de Instalação e Equipamentos Comissão de Coordenação Oncológica Serviço de Logística e Stocks Comissão de Ética para a Saúde do CHLN/FML Serviço de Recursos Humanos Comissão de Farmácia e Terapêutica Serviço de Sistemas de Informação Comissão de Farmácia e Terapêutica Gabinete de Comunicação e Relações Públicas Comissão de Humanização e Qualidade de Serviços Gabinete de Estudos e Planeamento Comissão de Introdução e Análise de Reagentes Laboratoriais Gabinete de Gestão Clínica Comissão Departamental Gabinete de Gestão de Risco Gabinete de Planeamento e Informação de Gestão Comissão Técnica de Certificação da Interrupção Voluntária da Gravidez Gabinete de Qualidade Comissão Transfusional Gabinete Jurídico Direcção do Internato Médico A nossa Atividade Consulta Externa • 700.338 Total de Consultas • 26,62% Taxa de 1ª Consultas • 2.778 Consultas por Dia Internamento • 43.130 Doentes Saídos • 8,16 Demora Média (dias) • 81,56% Taxa de ocupação Hospital de Dia • 98.766 N.º Sessões • 14.962 N.º Doentes • 6,60 Sessões por Doente Actividade Cirúrgica • 13.440 Cirurgia Convencional • 8.628 Cirurgia Ambulatório • 3.611 Cirurgia Urgente • 88 Cirurgia Programada por dia Visitas Domiciliárias • 1.653 Visitas Bloco de Partos • 2.212 Total de Partos • 27,08% Taxa de Cesarianas Urgência Meios Complementare s de Diagnóstico e Terapêutica • 210.552 Atendimentos • 577 Atendimentos por dia • 7.378.898 Exames • 29.281 Exames por dia Os nossos Recursos Recursos Humanos | 31 Dezembro 2013 Efectivos por Grupo Profissional 2,000 1,800 1,600 1,400 1,200 1,000 1,829 800 1,579 1,361 600 400 505 699 200 339 0 Médico Enfermagem TDT Assistente Técnico Assistente Operacional Outros Recursos Humanos | 31 Dezembro 2013 Distribuição por Categoria Médica 900 800 700 600 500 400 825 300 419 200 100 107 0 Especialistas Internos Específicos Internos do Ano Comum Indicadores Económico-Financeiros – Custos | Janeiro a Dezembro 2013 Millions Distribuição de Custos 200.00€ 180.00€ 160.00€ 140.00€ 120.00€ 180.17€ 100.00€ 80.00€ 60.00€ 117.16€ 40.00€ 58.73€ 33.74€ 20.00€ 21.91 € 0.00€ Medicamentos Material de Consumo Clinico Fornecimentos e Serviços Externos Pessoal Outros Custos Indicadores Económico-Financeiros – Proveitos | Janeiro a Dezembro 2013 Millions Distribuição de Proveitos 300€ 250€ 297.43 200€ 150€ 100€ 50€ 14.52 36.56 0€ Produção SNS Produção subsistemas Outros proveitos Indicadores Económico-Financeiros – Demonstração de Resultados | Janeiro a Dezembro 2013 Millions Proveitos e Custos 500€ 450€ 400€ 350€ 300€ 250€ 200€ 150€ 100€ 50€ 0€ 349€ 419€ Proveitos Custos 2013 A nossa Política de Medicamento Consumo de Medicamentos por Grupo Fármaco Terapêutico | Janeiro a Dezembro 2013 MEDICAMENTOS ANTINEOPLÁSICOS E IMUNOMODULADORES MEDICAMENTOS ANTI-INFECCIOSOS SANGUE Milhões de Euros APARELHO CARDIOVASCULAR 45.00 SISTEMA NERVOSO CENTRAL CORRECTIVOS DA VOLÉMIA E DAS ALTERAÇÕES ELECTROLÍTICAS 40.00 NUTRIÇÃO 35.00 VACINAS E IMUNOGLOBULINAS 30.00 HORMONAS E MEDICAMENTOS USADOS NO TRATAMENTO DAS DOEN MATERIAL DE PENSO, HEMOSTÁTICOS LOCAIS, GASES MEDICINAI 25.00 20.00 APARELHO RESPIRATÓRIO OUTROS GRUPOS TERAPÊUTICOS 15.00 10.00 5.00 0.00 Inovação Milhões de Euros Ensaios Clínicos 115 N.º Ensaios 2.46 Valor Total Facturado O nosso Futuro Marcas Que Marcam 2013 Obrigado pela vossa atenção