TRATAMENTO ANTI-HIPERTENSIVO Mariana Bruinje Cosentino TRATAMENTO ANTI-HIPERTENSIVO Metas de tratamento Características Mecanismos de ação Classes de medicamentos Casos clínicos CLASSIFICAÇÃO METAS DE TRATAMENTO METAS DE TRATAMENTO METAS DE TRATAMENTO CARACTERISTICAS DO TRATAMENTO Ser eficaz por via oral Seguro e bem tolerado Menor número de tomadas diárias Não deve ser manipulado Iniciar em pequenas doses Se necessário associação TRATAMENTO ANTI-HIPERTENSIVO PA = DC x RVP Atividade cardíaca FC Contratilidade 1. Beta Bloq. 2. BCC 3. IECA 4. Ativ Adrenérgica C Volume circulante Sal Aldosterona IECA Diureticos TRATAMENTO ANTI-HIPERTENSIVO PA = DC x RVP Simp. periférico Hormônios Receptores 1. vasodilatores 2. prostaglandinas 3. IECA 4. BCC alfa 1. alfa bloq. beta 2. beta bloq. SNC Local de ação Atividade Adrenérgica central Atividade Adrenérgica periférica CLASSES DE ANTI-HIPERTENSIVOS DIURÉTICOS Efeito diurético e natriurético, com diminuição do volume extracelular após 4 semanas há redução da resistência vascular periférica. Preferência para tiazídicos, em doses baixas. Reações adversas: hipopotassemia, hipomagnesemia, arritmias, hiperuricemia, intolerância a glicose e hipertrigliceridemia. INIBIDOR ADRENÉRGICO – AÇÃO CENTRAL Reduz o tônus simpático Mais eficazes em associação e quando há hiperatividade simpática Não interferem com o perfil lipídico Medicamento de escolha para gestantes Reações adversas: sonolência, boca seca, fadiga, hipotensão postural, disfunção sexual Contra-indicada na insuficiência hepática. INIBIDOR ADRENÉRGICO – AÇÃO CENTRAL BETA BLOQUEADORES Reduz débito cardíaco e secreção de renina, diminuição das catecolaminas, readaptação dos barorreceptores. Reduz morbimortalidade cardiovascular Reações adversas: broncoespasmo, bradicardia, distúrbio de condução AV, vasoconstrição periférica, insônia, pesadelos, depressão, disfunção sexual, dislipidemia, intolerância a glicose. VASODILATADORES DIRETOS Atuam na musculatura da parede vascular, com vasodilatação e redução da RVP Associados a diuréticos ou betabloqueadores Reações adversas: retenção hídrica e taquicardia BLOQUEADOR DO CANAL DE CÁLCIO Reduz RVP por diminuição da concentração de cálcio nas células musculares lisas vasculares. Reações adversas: cefaléia, tontura, rubor facial, edema de extremidades, obstipação, depressão miocárdica e BAV. BLOQUEADOR DO CANAL DE CÁLCIO INIBIDOR DA ECA Inibe a enzima conversora da angiotensina(AT), bloqueando a transformação de AT I em AT II. Reduz morbimortalidade. Reações adversas: tosse seca, alteração do paladar, erupção cutânea, edema. Contra-indicado na gravidez. BLOQUEADOR DE RECEPTOR ANGIOTENSINA II Antagonizam a ação da angiotensina II Reduz morbimortalidade cardiovascular Nefroprotetores em pacientes DM2 Reações adversas: pouco frequentes Tontura e rash cutâneo INIBIDOR DA RENINA Inibição direta da ação da renina Reduz morbidade cardiovascular e renal, hipertrofia do VE e proteinúria. Reações adversas: boa tolerabilidade. Tontura e rash cutâneo CASOS CLÍNICOS CASO 1 Homem, 52 anos, HAS estágio 1, DM, obesidade central, sem lesão de órgão alvo. META? SUGESTÃO DE TRATAMENTO? CASO 2 Mulher, 47 anos, HAS em uso de captopril 25mg 1 vez ao dia. Sem atingir meta terapêutica. SUGESTÃO DE TRATAMENTO? CASO 3 Homem, 45 anos, HAS, DM. Em uso de: Hidroclorotiazida 50mg 1x/dia Propranolol 40mg 2x/dia Metformina 850mg 2x/dia PA 140/90 mmHg, glicose 117mg/dl, HbA1c 7,4% SUGESTÃO DE TRATAMENTO? CASO 4 Homem, 51 anos, HAS, IC. Em uso de: Hidroclorotiazida 25mg 1x/dia Anlodipino 5mg 2x/dia Enalapril 20mg 1x/dia PA controlada Queixa de dispnéia aos pequenos esforços e edema de MMII +/4 e noctúria. O QUE FAZER? CASO 5 Mulher, 37 anos, HAS, baixa adesão ao tratamento. Queixa de tosse seca. Faz uso de: Captopril 50mg 3x/dia QUAL A MELHOR CONDUTA? CASO 6 Mulher, 19 anos, HAS, em uso de: Losartana 100mg + HCTZ 25mg 1x/dia Anlodipino 10mg 1x/dia Atenolol 50mg 1x/dia PA na consulta 180/90 mmHg. Assintomática. O QUE FAZER? CASO 7 Homem, 51 anos, HAS, DM, IAM recente, dislipidemia, tabagista, obesidade central. PA 150/100. QUAL A MELHOR CONDUTA? CASO 8 Homem, 71 anos, hipertenso sem tratamento, sequela de AVC, incontinência urinária, quedas frequentes, hipotensão postural, tosse e disfagia. PA 160/90. SUGESTÃO DE TRATAMENTO? CASO 9 Homem, 32 anos, hipertenso sem tratamento, IMC 36, sedentário, tabagista, dislipidemia. PA 150/90. SUGESTÃO DE TRATAMENTO? CASO 10 Mulher, 37 anos, hipertensão controlada, em uso de enalapril 20mg e hidroclorotiazida 25mg/dia. B-HGC positivo. SUGESTÃO DE TRATAMENTO? CASO 11 Homem, 49 anos, HAS, dislipidemia, tabagista, queixa de claudicação intermitente. PA 120/80. Faz uso de: HCTZ 25mg 1x/dia Nifedipina 20mg 3x/dia Propranolol 40mg 2x/dia Sinvastatina 20mg 1x/noite QUAL A MELHOR CONDUTA? TRATAMENTO ANTI-HIPERTENSIVO O tratamento anti-hipertensivo deve ser individualizado para cada paciente. É importante conhecer os mecanismos de ação, para indicar ou contra-indicar cada medicamento. As metas orientam o tratamento conforme o risco do paciente, para prevenção de eventos cardiovasculares.