UNIVERSIDAD NACIONAL AUTÓNOMA DE MÉXICO
FACULTAD DE ESTUDIOS SUPERIORES ACATLÁN
“A MIMÉTICA E O ‘EU’ QUE CREMOS SER,
NA OBRA DE SUSAN BLACKMORE”
Dr. Augusto Sánchez Sandoval
Livro. “Epistemologías y
Sociología Jurídica del Poder”
Publicado pela FES Acatlán, UNAM
“A MIMÉTICA E O ‘EU’ QUE CREMOS SER”
A produção de linguagens, de pensamentos
e de ideologias são cargas energéticas que
permanecem no espaço e podem ser
copiados, replicados ou imitados pelas
pessoas inconscientemente.
Os mimes seriam os conceitos com os quais
podemos nomear as cargas energéticas com
informação desejada, que invadem nossa
consciência e nosso Eu, para identificá-las e
liberar-nos delas.
Os genes, os mimes e a linguagem
como imitação.
Para
ter
consciência
de
algo,
precisamos
da
linguagem e esta se constitui e se transmite tanto
pelos genes que residem nos cromossomas, como
pelos mimes.
MEMES: São elementos de uma cultura que
podem
considerar-se
transmitidos
por
médios não genéticos, especialmente pela
imitação.
Os genes, os mimes e a linguagem
como imitação.
A imitação: é uma modalidade de réplica ou de
cópia e isto é o que constitui ao meme como
replicador.
Assim que dispomos da linguagem, tudo
o que se experimenta está colorido por
nossos memes.
Os genes, os mimes e a linguagem
como imitação
A linguagem em quaisquer de suas formas leva
uma carga de mimese que previamente tem-se
colocado no cérebro, de maneira que sua expressão,
por qualquer médio, constitui uma cópia ou réplica
da mensagem contida nos mimes.
Analogia de transmissão dos mimes
Longitudinalmente por via genética e
Horizontalmente por via de contagio como
se fossem vírus.
Um vírus: é uma mensagem química que
requer de una célula viva anfitriã para produzir
novas partículas virais, segundo as instruções
codificadas no seu ADN ou ARN.
Essas novas partículas não se constroem no
interior do vírus, mas fora dele, na célula
anfitriã.
Analogia de transmissão dos mimes
Um mime é como um vírus, ele não pode existir
só e requer de um meio biológico para poder
sobreviver e multiplicar-se por meio da linguagem
oral, imitado, representado ou escrito.
O cérebro humano torna-se o meio no qual
se incubam e conseguem propagar-se os
mimes, residentes no vasto campo da
memória, tanto individual como coletiva,
contida na consciência.
Analogia de transmissão dos mimes
Quando imitamos estamos transmitindo algo, que
pode por sua vez copiar-se varias vezes até
criar
vida própria. Esse algo que pode ser uma ideia, uma
ordem, uma conduta, uma informação, é suscetível
de ser copiada, chama-se meme
Analogia de transmissão dos mimes
O inconsciente coletivo histórico e o inconsciente
individual:
Manifestam uma carga de mimes que participam tanto
do mundo concreto, como do mundo biológico de cada
sujeito, que permitem ou não, o desenvolvimento de
ideias libertarias ou preconceituosas, segundo a
predisposição biológico-cultural de cada pessoa.
Analogia de transmissão dos mimes
O inconsciente coletivo histórico e o inconsciente
individual :
Manifestam uma carga de mímes que participam tanto
do mundo concreto, como do mundo biológico de cada
sujeito, que permitem ou não, o desenvolvimento de
ideias libertarias ou preconceituosas, segundo a
predisposição biológico-cultural de cada pessoa.
Analogia de transmissão dos mimes
Conclusão:
As emoções, comportamentos e expressões
das pessoas são motivados pelos mimes
que
encontraram
em
seus
cérebros
a
possibilidade de seu desenvolvimento, mas
também pelos processos de experiência
adquiridos
através
do
ensino-
aprendizagem, ou na experiência individual
do conhecer.
Analogia de transmissão dos mimes
Conclusão:
Os mimes são ao parecer, entidades de
energia com informação, que estão no espaço,
cujo desenvolvimento e proliferação estão no
cérebro de alguém ou alguns que tenham a
predisposição para aceitá-los e reproduzi-los
por meio de condutas, pela linguagem ou
qualquer outro meio de imitação. Se não for
assim,
mesmo
que
se
sobreviveriam nesse cérebro.
colocarem,
não
Os grupos de
mimeplexos
mimes
constituem
Os mimes copiam-se, replicam-se e multiplicam-se
formando um mimeplexo que constitui um mime
complexo coadaptado.
Assim,
os
mimes,
como
os
genes,
selecionam-se dentro de um grupo de outros
mimes dentro de um mesmo complexo.
Os grupos de
mimeplexos
Por
analogia
com
mimes
os
constituem
complexos
de
genes
coadaptados, os memes selecionados nos seus
respectivos ambientes “colaboram” em memeplexos
onde se apoiam mutuamente (apoiam-se dentro do
memeplexo, mas são hostis aos memeplexos rivais).
É possível que as religiões constituam o exemplo
memepléxico mais convincente, mas sem dúvida
alguma, há muitos mais.
Os grupos de
mimeplexos
mimes
constituem
R. Dawkins:
Criou o conceito vírus da mente para explicar os
memeplexos ideológicos e das religiões que se copiam,
espalham e têm amplos efeitos virais egoístas nas
populações humanas infectadas.
Os grupos de
mimeplexos
mimes
constituem
Por conseguinte:
A linguagem e discursos
 A comunicação
A cultura e tradições
As historias e livros
Os inventos e as ideias
Transmitem-se pela imitação de um
cérebro a outro sendo assim a expressão
da mimese.
Os genes, os mimes, os mimeplexos, o euplexo
e a desfiguração do Eu e da consciência.
O poder se exerce pela força e também pela
persuasão mediante mensagens da linguagem, mas
também por mimes, que por sua vez são copiados,
replicados
e
disseminados
no
grupo
social,
introduzindo nas consciências predispostas, que por
sua vez os espalham.
Os genes, os mimes, os mimeplexos, o euplexo e
a desfiguração do Eu e da consciência.
Para Susan Blackmore os humanos somos
duas coisas simultaneamente:
 Uma: Somos máquinas de mimes
a) Cada um de nós é um ser único, nossos
genes provêm de outras criaturas que tem
existido antes de nós, e caso continuarmos a
reprodução, seguirão transmitindo-se.
Os genes, os mimes, os mimeplexos, o euplexo
e a desfiguração do Eu e da consciência.
b) Dispomos de habilidades linguísticas e de um
entorno mimético, somos depositários de uma
enorme quantia de mimes, entre os quais alguns
são
simples
fragmentos
de
informação
armazenada, e outros, mimeplexos organizados
que se protegem entre si.
Os genes, os mimes, os mimeplexos, o euplexo e
a desfiguração do Eu e da consciência.
c) Os mimes também provêm de outros indivíduos
já que ao falarem, escreverem e
comunicarem
entre si, transmiti-los-ão a um número maior de
indivíduos. Somos aglutinantes temporais de todos
estes replicadores e de seus produtos num entorno
determinado.
Os genes, os mimes, os mimeplexos, o euplexo
e a desfiguração do Eu e da consciência.
 Duas: Somos nós mesmos:
a) O eu que cremos ser. Dentre todos estes
mimeplexos encontra-se um deles que é
especialmente potente e que se fundamenta na
noção do eu interior.
b) Cada euplexo tem sido conformado pelo
processo de evolução mimética que age durante
o relativamente curto período que caracteriza
uma vida humana.
Os genes, os mimes, os mimeplexos, o euplexo e
a desfiguração do Eu e da consciência.
c) Cada eu ilusório é produto do entorno mimético no
qual concorrem e progridem alguns mimes. Cada
euplexo dá lugar a uma consciência humana comum
que se sustenta na falsa noção de que alguém no
nosso interior leva as rédeas.
Os genes, os mimes, os mimeplexos, o euplexo e
a desfiguração do Eu e da consciência.
d) A noção de um “eu” interior no meu corpo que o
controla
e
também
a
sua
consciência
sustenta, e dada sua falsidade
não
se
tampouco pode
alimentar-se a crença de que meu eu consciente
disponha do livre arbítrio … O eu não inicia ações
nem tem consciência nem “efetua” deliberações .
Os genes, os mimes, os mimeplexos, o euplexo e
a desfiguração do Eu e da consciência.
e) Num estado de consciência normal é o
euplexo
quem controla por completo a experiência global e
que faz uso das palavras y de outros elementos
miméticos muito úteis para entrelaçar uma historia
muito cuidada.
Os genes, os mimes, os mimeplexos, o euplexo e
a desfiguração do Eu e da consciência
Conclusão:
O eu e o euplexo encontram-se numa interação
recursiva que os faz interdependentes.
O euplexo pode ser neutralizado, se conseguirmos
alcançar níveis de consciência superiores, mediante
a atenção e a concentração em atividades de busca
e prazer de nós mesmos.
O Eu genético a quem lhe atribuímos erradamente
consciência e capacidade criativa e o Euplexo com
poder de cópia e réplica em concorrência recíproca,
que constituem a força motriz da criatividade.
Os genes, os mimes, os mimeplexos, o euplexo e
a desfiguração do Eu e da consciência.
Conclusão:
Em consequência, a consciência da nossa realidade
está invadida por todos os mimes que nela tenham-se
infiltrado e isto tem a ver com o pânico de saber:
 Que não somos o que cremos.
Que não somos livres em nossa consciência.
Que não decidimos sobre nada.
Que não só possuímos um “EU” interior genético
inconsciente, mas também um euplexo.
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