Arte românica é o nome dado ao estilo artístico vigente na Europa entre os séculos XI e XIII, conhecido como "românico" O estilo é visto principalmente nas igrejas católicas construídas após a expansão do cristianismo pela Europa e foi o primeiro depois da queda do Império Romano a apresentar características comuns em várias regiões. Até então a arte tinha se fragmentado em vários estilos e o românico é o primeiro a trazer uma unidade nesse panorama. Castelo Medieval. O sistema construtivo que caracteriza a arquitetura românica começa a ser definido pouco antes dos meados do século XI. A fundação do Mosteiro de Cluny, na Borgonha, em 910, marca um ponto de viragem na história do monaquismo ocidental. Felgueiras é um extraordinário refúgio de arte românica. Durante os séculos XI e XII, foram erguidas por todo o concelho uma série de belos templos românicos. Visivelmente semelhantes, têm cada um deles caraterísticas únicas que os diferenciam e os singularizam. O que mais impressiona nestes monumentos, independentemente da dimensão, é a sua estrutura maciça. Muros sólidos em granito, paredes cheias, com pequenas aberturas. Além destas características bem definidas, vários outros elementos são habituais na arquitetura românica: entradas bem ornamentadas (a principal e as laterais), nave transversal raras vezes saliente, alpendres coberto ou adro extenso em frente à Igreja. A Igreja de Santa Maria de Airães, a Igreja do Salvador do Unhão, a Igreja de São Vicente de Sousa, a Igreja de São Mamede de Vila Verde, e a Igreja do Mosteiro de Pombeiro fazem parte da Rota do Românico do Vale do Sousa O atual edifício não corresponde à data de fundação da Igreja, a qual está documentada desde 1091. No entanto, o aspeto tardio de alguns dos elementos da sua construção aponta para um edifício do final do século XIII ou mesmo do início do século XIV. Este monumento é um belo exemplar da arquitetura religiosa românica, gótica, seiscentista e rococó. Santa Maria de Airães é uma Igreja de estrutura românica, orientada, de planta longitudinal, de três naves, cabeceira quadrangular simples e torre sineira adossada à fachada lateral da capela-mor. Da construção românica inicial, de uma única nave, apenas permanece a cabeceira, de planta retangular coberta por abóbada de berço quebrado, e a parte central da fachada principal, voltada a ocidente. Correspondendo a uma antiga fundação, esta Igreja demonstra a aceitação, durante largo tempo, dos modelos construtivos e as soluções decorativas próprios do românico, uma das mais impressionantes características da arquitetura românica do Tâmega e Sousa. Duas inscrições na Igreja de S. Vicente de Sousa, da época românica, permitem conhecer a sua história. A inscrição comemorativa da Dedicação da Igreja encontra-se gravada na face externa da parede da nave, à direita do portal lateral norte do templo, revelando que a Igreja foi sagrada em 14 de agosto de 1214. Como garante a inscrição, a cerimónia de Dedicação foi presidida pelo Arcebispo de Braga, D. Estêvão Soares da Silva, que ocupou o cargo entre 1212 e 1228. A dedicação foi promovida pelo prelado da Igreja, D. Fernando Raimundo. O dia 31 de agosto de 1214 coincidiu com um domingo, como era canonicamente recomendado para a realização deste tipo de cerimónia. Já a segunda inscrição é mais antiga, de 1162, correspondendo a uma inscrição fúnebre ou comemorativa da construção de um arcossólio. A ser, de facto, uma inscrição funerária, trata-se do exemplar mais antigo registado. O Salvador de Unhão é um importante templo religioso, refletindo a importância e o alcance do processo de povoamento da região ao longo do século XIII. Apesar das transformações que foi recebendo ao longo do tempo, e que alteraram a construção românica, conserva-se a epígrafe que regista a Dedicação da Igreja, em 28 de janeiro de 1165. Esta inscrição constitui o mais antigo testemunho da sua história, já que as referências documentais conhecidas não são anteriores a 1220. A inscrição comemorativa da Dedicação da Igreja é gravada depois de a parede sul estar erguida, o que permite datar essa fase da construção ou a conclusão do templo. Exemplar de arquitetura religiosa, esta Igreja românica possui planta longitudinal e nave única, datada da primeira metade do séc. XIII, remodelada planimétrica e decorativamente nos séculos XVIII e XIX. Esta Igreja constitui um magnífico testemunho da arquitetura românica portuguesa. Alguns dos melhores capitéis vegetalistas esculpidos em todo o românico do Norte de Portugal podem ser aqui encontrados no portal principal. De planta longitudinal, conserva a nave de construção românica, pois a capela-mor já corresponde a reformas efetuadas na Época Moderna Apesar de todas as transformações a que este monumento esteve sujeito ao longo da história, conseguiu-se preservar a epígrafe que regista a Dedicação da Igreja, em 28 de janeiro de 1165. Este é o mais antigo testemunho da sua existência, uma vez que os primeiros documentos conhecidos datam de 1220. Os documentos mais antigos referem a existência da Igreja de São Mamede já em 1220, na altura integrando o padroado do Mosteiro de Santa Maria de Pombeiro. No entanto, o atual edifício corresponde a uma reforma mais tardia, já em plena época de influência gótica, apesar de recorrer ainda à construção românica. As Inquirições de 1258 indicam que D. Mendo de Sousa instala-se no lugar de Vila Verde em 1258. A capela terá, muito provavelmente, sido erigida no século XIII. Martim Anes e a irmã Maria Anes efetuam a doação da Quintã de Vila Verde ao Mosteiro de Pombeiro, em 20 de fevereiro de 1301. Alguns apontamentos de frescos que ainda hoje são passíveis de serem admirados na capela-mor foram pintados, pelo Mestre Arnaus, no século XVI. Na nave é ainda visível o revestimento a reboco decorado com pinturas. O santo padroeiro era S. Mamede. Durante muito tempo em estado de ruína, sem possuir cobertura, a Igreja sofreu as vicissitudes do abandono e das condições climatéricas. Este desleixo terá principiado após 1866, altura em que é construída uma nova igreja paroquial em Vila Verde. Em 1959 já não possuía telhado. Vila Verde é um edifício de arquitetura religiosa, sendo uma Igreja românica tardia, de planta longitudinal, composta por nave única e capela-mor retangular. Existem vestígios de revestimento a fresco na capela-mor. Uma das principais características do românico do Tâmega e Sousa prende-se com o perdurar dos modelos construtivos por muito tempo. Este monumento segue esta regra, pois as técnicas construtivas, a planta e os alçados são próprios da arquitetura românica, mas na época da sua construção já há muito que dominava o estilo gótico. Elementos particulares, como a forma de arranjar os portais e a utilização de cachorros lisos, servem para identificar o período em que as igrejas românicas foram edificadas. Na capela-mor encontram-se frescos, rematados por moldura decorativa, em tons cinza, ocre vermelho e branco. As paredes colaterais da nave evidenciam reboco de cor ocre, pintado com desenho linear orgânico de cor vermelha. Os sarcófagos trapezoidais, em granito e sem tampa, que ladeiam exteriormente o portal principal pertencem aos fundadores Martim Anes e sua irmã Maria Anes./ O Mosteiro de Pombeiro é fundado, segundo a tradição, em 1059, apesar da mais antiga referência documental conhecida apontar para o ano de 1099. No entanto, mais relevante ainda é a doação que se verifica em 1102 pelos Sousões, família abastada e muito poderosa ligada à Corte, a favor do Mosteiro. Em 1112 é concedida Carta de Couto ao Mosteiro, significando que aquelas terras são dotadas de particulares privilégios e de justiça própria. . Os Beneditinos, com o forte apoio dos Sousões de Ribavizela, impulsionam o arranque da construção românica, cuja datação deverá residir ao longo da segunda metade do século XII, ou nas primeiras décadas do século XIII. O Mosteiro de Pombeiro, exemplar de arquitetura religiosa, românica e setecentista, é constituído por uma igreja românica de planta longitudinal de três naves com arcos diafragma, falso transepto e cabeceira tripla, reformada na época de Setecentos. Segundo Sereno, Santos e Avellar, da época românica subsistem os absidíolos e duas arquetas sepulcrais com estátua jacente (século XIII). O portal e o grande óculo, da mesma época, denotam a influência do tipo bolonhês. Os toros das arquivoltas devem datar da segunda metade do século XII, mas a rosácea, emoldurada de colunas e arcos românicos e similar à de Roriz e de Paço de Sousa, sugere o princípio do século XIII. O início da sua construção data da primeira metade do século XII, e prolongou-se até ao princípio do século XIII. Esse primeiro edifício, em estilo românico, sofreu muitas alterações ao longo dos séculos. Da época românica datam o carácter geral da fachada com as torres e a bela rosácea, além do corpo da igreja de três naves coberto por abóbada de canhão. A abóbada da nave central é sustentada por arcobotantes, sendo a Sé do Porto um dos primeiros edifícios portugueses em que se utilizou esse elemento arquitetónico. A Igreja de São Martinho de Mouros ergue-se num espigão que se alça sobre o curso terminal do ribeiro da Bestança, no seu caminho rumo ao Douro. Embora sejam parcos os dados históricos relativos à Igreja de São Martinho de Mouros, será a partir do século XIII que encontraremos as primeiras referências documentais que a ela se referem. A existência de uma inscrição, relativa ao ano de 1217, gravada na face exterior da capela-mor (lado norte, primeira fiada acima da sapata e quinto silhar a contar da direita) remete-nos para o início da construção desta Igreja ou vem memorar a conclusão de uma primeira fase construtiva, possivelmente, da cabeceira. O seu projeto inicial era arrojado, estando previstas três naves abobadadas, mas que não chegaram a ser erguidas. A Catedral de Santiago de Compostela é um templo católico situada na cidade de Santiago de Compostela, capital da Galiza, Espanha. É a sé da arquidiocese homónima e foi construída entre 1075 e 1128, em estilo românico, na época das cruzadas e durante a Reconquista Cristã, tendo sofrido depois várias reformas que lhe adicionaram elementos góticos, renascentistas e barrocos. A catedral foi declarada Bem de Interesse Cultural em 1896 e a chamada cidade velha de Santiago de Compostela, que se concentra em torno da catedral, foi incluída na lista do Património Mundial da UNESCO em 1985. A Abadia de Cluny, localizada na Borgonha, foi construída no em 11 de setembro de 910 por Guilherme I da Aquitânia e exerceu profunda influência na cristandade dos séculos posteriores com a Reformas cluníacas, inclusive além de suas fronteiras. Nela estava estabelecida a sede ou casa-mãe da célebre beneditina Ordem de Cluny. A influência cluniacense manifestou-se na arte românica de muitas igrejas do Norte, especialmente na Sé de Braga; nota-se na decoração, já que a humildade das igrejas monásticas impedia a adoção de estruturas grandiosas. Trabalho Realizado por: Daniel Sampaio Nogueira Leonel António Vale Magalhães Rodrigo Fonseca Pires Vasco André Marinho Sampaio Turma - 5º F