A LOGÍSTICA NO CEARÁ
Um encontro realizado pelo Corin
LOGÍSTICA NO CEARÁ
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Falar sobre logística é simples e ao mesmo tempo
complicado, podemos falar sobre tudo o que se está
fazendo para ampliar e melhorar a logística no estado.
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Mas a questão é estamos preparados para o seu
desenvolvimento?
LOGÍSTICA NO MUNDO
Se soubermos que a logística (no seu conceito) começou no sec. XIII na
França para atender uma demanda na guerra e no Brasil teve seu começo
nos anos 80, então podemos verificar algum tempo de diferença que precisa
ser trabalhado rapidamente.
Buscar soluções rápidas significa muito mais que investimento, significa
aprimorar a logística.
Isso nos remete ao significado da palavra na sua essência:
“Trata-se do processo de planejamento, implementação e controle do fluxo
e armazenagem de matérias prima, inventário em processo, produtos
acabados e informações correlatas do ponto de origem ao ponto de
consumo em conformidade com os requisitos do cliente. “
LOGÍSTICA NO BRASIL
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No Brasil, a demanda por serviços de logística cresce
exponencialmente, cerca de três vezes superior ao Produto Interno
Bruto (PIB). O mercado, que hoje se estima em US$ 300 bilhões, deve
dobrar em 5 anos.
É evidente que o setor passa por uma fase de consolidação.
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Entretanto, este é um cenário recente. O marco zero da logística
brasileira foi a estabilização econômica produzida pelo Real e a
expansão do comércio internacional. Com a inflação, que incentivava a
prática especulativa no processo de compras e impossibilitava a
integração na cadeia de suprimentos, sob controle, a ordem foi buscar
eficiência logística. Esse, certamente, foi um vetor de grande mudança.
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Também a tecnologia foi imprescindível neste processo. A expansão de
conceitos como Supply Chain Management e o uso de sistemas de
gestão foram fundamentais para subsidiar o desenvolvimento logístico
dentro de parâmetros mundiais.
LOGÍSTICA NO BRASIL
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E, ao passo que a operação logística se desenvolvia, nos últimos anos a
economia do país registrou índices históricos de crescimento, resultando na
fórmula ideal para aquecer o mercado interno e colocar o Brasil no rol de um
dos maiores exportadores mundiais. Essa nova realidade competitiva tornou
vital para os negócios investir em logística. No entanto, esta é uma área para
a qual o país nunca havia se preparado adequadamente, tanto em relação à
infraestrutura como em relação às práticas empresariais.
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No que tange aos aspetos estruturais, o Brasil tem grandes desafios pela
frente. Os principais entraves para a logística brasileira estão hoje na matriz
de transporte, que é excessivamente concentrada no modal rodoviário,
correspondendo por 60% do total de cargas movimentadas no país. A malha
de rodovias nacional tem uma extensão total de 1,6 milhões de quilômetros.
aproximadamente (12%) são estradas pavimentadas. A Confederação
Nacional do Transporte (CNT), constatou que 73,9% apresentam alguma
deficiência no pavimento, na sinalização ou geometria da via, o que
compromete a qualidade e a segurança do fluxo de cargas e pessoas,
restringe a interação com os demais modais e gera elevados custos em
razão de problemas mecânicos nos veículos de carga.
LOGISTICA NO CEARÁ
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É evidente que o país precisa de um plano emergencial logístico
para vencer os gargalos da infraestrutura. E, embora os recursos
públicos tenham se intensificado, serão insuficientes para evitar
um estrangulamento nos próximos anos, sendo vital a ampliação
do capital privado.
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E não há dúvida do interesse dos investidores. O setor será um
bom negócio nos próximos anos e continuará rendendo lucros
enquanto a economia continuar aquecida. A participação de
entidades financeiras, entre elas a indústria está evoluindo a
passos largos no segmento.
No Brasil, ainda existe um enorme potencial a ser explorado.
Apenas cerca de 5% das empresas tratam a logística com a
importância devida, seja por meio de um departamento interno
ou da contratação de um operador. No Japão e na Europa este
índice é de 30%, e, nos EUA, de 25% e na Europa mais 70%.
LOGÍSTICA NO CEARÁ
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Nesse sentido, já no que diz respeito às práticas empresariais, as
fusões e aquisições serão fundamentais para conquistar e manter
mercado. A logística exige alto grau de especialização e grande
poder de investimento para aguardar retornos financeiros que
podem levar até 20 anos. Uma conta em que tamanho é diferencial.
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Será necessário também investir em recursos humanos. Isso
porque, em um mercado cada vez mais competitivo e exigente, a
qualificação será o grande vetor para a eficiência. A rápida expansão
do setor revela uma grande carência de especialização. Por isso,
nos próximos 10 anos, o requisito básico para a logística do país é a
profissionalização.
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É importante ressaltar que diversos esforços de diferentes esferas,
sejam estatais ou privadas, convergem para solucionar os entraves
do setor. Mas há um longo caminho a ser percorrido.
LOGISTICA NO CEARÁ
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No Ceará, vimos crescendo nesses últimos anos e divergindo nossos
produtos, hoje além do cereal, castanha e frutas exportamos minério,
calçado, etc. Durante a ultima decada vimos mudar as “commodities” que
eram produto de destaque de produção cearense como castanha e
camarão que tiveram seu desempenho diminuido, por isso alguns pontos
devem ser levados em consideração.
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Como era a logística feita no passado? Ela foi fator preponderante nesse
sentido?
A maioria acredito, continua alegando que outros fatores contribuíram para
a diminuição de seu produto, alegam fatores como natureza, a
concorrência, mas na minha visão a Logística foi sim impactante e marco
decisivo para essa diminuição.
OS PORTOS CEARENSES
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Apesar de ampliações estarem sendo feitas nos nossos dois portos e com
crescimento considerável nos últimos anos dos portos , crescemos mais
que a maioria no Brasil, mas nosso crescimento era um dos mais
desfasados dos grandes portos do nordeste como Salvador e Suape.
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Esse crescimento é ainda muito modesto e os responsáveis pelo
crescimento são sem duvida na exportação a fruta, o minério de ferro , sal,
alumínio, farinha de trigo, agua de coco e calçados, já a importação essa
sim foi responsável pelo crescimento de todos os estados. Só no porto de
Pecem houve um crescimento de mais de 38%. A liderança nas importações
ficou com os combustíveis minerais, gás natural, carvão mineral, tendo sido
transportadas no período mais de um milhão de toneladas. A segunda
colocação ficou com cimento não pulverizado (clinker), seguido dos
produtos siderúrgicos , plásticos e suas obras com 102 mil tons e escórias
de altos fornos com cem mil toneladas.
LOGISTICA NO CEARÁ
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Esse crescimento se deve ao momento que vivenciamos na
construção do Brazil e seu desenvolvimento em tecnologia.
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Surge então a pergunta sobre esses produtos de destaque, será que
devido a esse crescimento rápido estão verificando a logística ou
estão tão envolvidos no seu crescimento que buscam o menor
custo ao contratar profissionais, que preferem negociar um C&F com
os fornecedores na sua logística para não assumir essa
responsabilidade? Será que logistica é só reduzir transportes ?
Reduzir com os fornecedores?
CRESCIMENTO DOS PRODUTOS IMPORTADOS
CRESCIMENTO DOS PRODUTOS EXPORTADOS
LOGISTICA NO CEARÁ
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Temos já licitações vencidas de ampliações no porto do Pecem, como
construção de uma nova ponte, etc, no Mucuripe e aeroporto e é verdade
também que esse governo tem se comprometido com o crescimento do
estado, mas a morosidade quer seja por licenças ambientais, por greves ,
por outros fatores burocráticos, nos coloca sempre com um passo atrás no
desenvolvimento do estado.
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Nossa ZPE saiu do papel e temos nossa primeira área alfandegada do
estado, fizemos as primeiras entregas na área, levando maquinário para a
CSP – companhia siderúrgica do Pecem, mas apesar de toda a boa vontade
ainda esta muito aquém das necessidades de seu primeiro cliente.
LOGISTICA NO CEARÁ
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O objetivo do estado é ter outras empresas no mesmo espaço tal
como já foi comunicado na midia, mas para tal a cadeia logística
precisa funcionar, sabemos que todos os elementos estão se
empenhando para colocar para funcionar, mas só a CSP tem
previsto nos proximos mais de 2 navios por mês até ao final do
ano com mais de 25 mil tons cada e peças entre 45 tons a 300
tons cada. Mas como poderá ser feita essa logistica neste meio
tempo sem que o funcionamento da ZPE esteja sua totalidade e
trabalhando 24 horas por dia.
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Ao estado coube atrair esse projeto, mas ao receber esse
projeto não se vislumbrou que nossos portos não estavam
preparados para o receber, então se espera pela frente
congestionamento e falta de espaço futuro, mas isso só é
novidade no porto do Pecém porque já temos essa dificuldade
de espaço no Mucuripe há muito tempo que esperamos que com
essa nova ampliação deverá abrir espaço.
LOGISTICA NO CEARÁ
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Os portos/aeroportos serão ampliados, mas mesmo assim não
estarão a altura do futuro, mas esperamos para todos nós e para as
futuras gerações e que os próximos governos continuem focados na
ampliação e melhoramento da cadeia logística, quer seja a nível
interno quer seja a nível externo.
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Com o comprometimento dos governantes, quem sabe os elementos
geradores como os importadores e exportadores, operadores
logísticos, armadores, agentes de cargas e despachantes, bem
como órgãos públicos como Receita Federal, Anvisa, Agricultura etc
acreditem e compreendam que o Brasil só tem um caminho e que
esse caminho é o desenvolvimento, por isso seus intervenientes
devem estar preparados e capacitados para mesmo fiscalizando
fazer a Logística ser o diferencial e não o entrave.
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Temos ouro, petróleo, natureza e acima de tudo terra para dar certo
só precisamos acreditar e investir nesse futuro, se todos
continuarmos focando no presente esse futuro será como nosso
passado incerto e sem crescimento significativo!
BIBLIOGRAFIA

NOGUEIRA, Amarildo. A importância da logística. Disponível em:
<http:/www.ogerente.com.br>.Acesso em 23 maio.2010.

CHRISTOPHER, Martin. Logística e Gerenciamento da Cadeia de
Supriementos.1.ed.São Paulo: Pioneira, 1997.

LARRANAGA, Félix Alfredo. A Gestão Logística Global. 3.ed. São
Paulo: Aduaneiras , 2003.

FILHO, Armando Oscar Cavanha. Logística: Novos Modelos. 2.ed.
Rio de Janeiro: Qualitymark, 2001.
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