Processos para Desenvolvimento Distribuído de Software Alex Nery Borges Júnior [email protected] 1 Centro de Informática – CIn/UFPE Setembro / 2010 Estrutura da Apresentação • Introdução; • Conceitos de DDS; • Motivações para o DDS; • Níveis de Dispersão; • Modelos de Negócios; • Desafios do DDS; • Processos para o DDS; • Oportunidades de Pesquisas; 2 • Considerações Finais; Introdução 3 DDS - Introdução • Globalização de negócios; • Avanços das tecnologias de informação e comunicação; • Aumento da importância dos softwares para as empresas; • Processos de terceirização de serviços; • Distribuição dos processos de software e surgimento do DDS; 4 Conceitos 5 DDS - Conceitos 6 Desenvolvimento Distribuído de Software: “é um modelo de desenvolvimento de software onde os envolvidos em um determinado projeto estão dispersos” (Carmel, 1999). Características: – Distância Física; – Diferença de fuso-horário; – Diferenças culturais; DDS - Conceitos 7 Equipe global: é um conjunto de desenvolvedores localizados em cidades ou países diferentes que trabalham em conjunto em um projeto comum. Organizações virtuais: são empresas caracterizadas por realizar partes de um projeto em departamentos localizados em cidades ou países diferentes, comportando-se como se estivesse em um mesmo local. Desenvolvimento Global de Software (GSD): é uma forma de desenvolvimento distribuído de software que ocorre quando a distância física entre os envolvidos no projeto envolve mais de uma país (Karolak, 1998). DDS - Terminologias 8 GSD – Global Software Development DSD – Distributed Software Development GDD – Geographically Distributed Development DDS – Desenvolvimento Distribuído de Software Motivações 9 DDS - Motivações 10 Disponibilidade de recursos globais equivalentes com custo mais baixo e a qualquer hora; Possibilidade de rápida formação de equipes virtuais para explorar as oportunidades de mercado; Disponibilidade de recursos especializados em determinadas áreas; DDS - Motivações 11 Possibilidade de desenvolvimento follow-the-sun (24 horas contínuas de trabalho), que permite o aumento de produtividade e a redução dos prazos de entrega dos produtos; Escalabilidade, que permite o crescimento de empresas para outras regiões; Vantagem de presença no mercado local, que permite o conhecimento dos clientes, das condições locais e o desenvolvimento do produto perto do cliente; Níveis de Dispersão 12 DDS - Níveis de Dispersão 13 Distância Física Inter-Atores; DDS - Níveis de Dispersão Mesma localização física: todos os atores estão em um mesmo lugar. Não existem dificuldades de reuniões e há comunicação constantes entre os membros. Distância Nacional: as equipes distribuídas estão localizadas em um mesmo país. As reuniões acontecem com menos freqüência. Distância Continental: as equipes distribuídas estão localizadas em países diferentes, mas nomes continente. As reuniões face a face ficam mais difíceis de acontecer e o fuso-horário pode dificultar a interação entre as equipes. Distância Global: as equipes estão em países e continentes diferentes. As reuniões face a face geralmente acontecem no início do projeto e as dificuldades de comunicação e diferenças culturais podem ser barreiras para o projeto. 14 Modelos de Negócio 15 DDS – Modelos de Negócio (Prikladiniki) 16 Onshore Insourcing: departamento dentro da empresa ou uma subsidiária da empresa no mesmo país. Offshore Insourcing: subsidiária da empresa para prover serviços de desenvolvimento de software em um país diferente da empresa contratante. Onshore Outsourcing: contratação de um empresa terceirizada localizada no mesmo país da empresa contratante. Offshore Outsourcing: contratação de uma empresa terceirizada localizada em um país diferente da contratante Desafios 17 DDS - Desafios 18 O DDS envolve fatores como a distância física, diferenças de fuso-horário e diferenças culturais; Antigos desafios são agravados e novos desafios são acrescentados na área de desenvolvimento de software; DDS - Desafios CATEGORIAS Pessoas Tecnologia DESAFIOS Confiança; Conflitos; Diferenças Culturais Arquitetura do software;Engenharia de Requisitos; Gerencia de Configuração; Processo de Desenvolvimento Tecnologias de Colaboração;Telecomunicações Gestão Coordenação e Controle; Gerenciamento de Projetos; Gerenciamento de Risco Comunicação Estilo de Comunicação; Formas de Comunicação Processos 19 DDS - Desafios Arquitetura do Software: – – 20 A definição de uma arquitetura apropriada reduz a complexidade do projeto; A arquitetura apropriada para um projeto com equipes distribuídas deve se basear no princípio da modularidade (Karolak, 1998); Reduz a complexidade; Permite alocar tarefas de forma distribuída; Permite um desenvolvimento em paralelo simplificado; DDS - Desafios Engenharia de Requisitos: – – – 21 A Engenharia de Requisitos contém diversas tarefas que necessitam de boa comunicação e coordenação; Com isso, essas tarefas se tornam mais complexas em um ambiente de DDS; É importante uma boa infra-estrutura de comunicação para as equipes; DDS - Desafios Gerência de Configurações: – – – 22 O controle de modificações simultâneas nos artefatos a partir de locais diferentes pode ser uma tarefa bastante complexa e gerar riscos para o projeto; O gerenciamento de configuração é uma atividade fundamental para controlar as varias partes desenvolvidas em um projeto distribuído; É importante utilizar ferramentas de gerência de configuração no controle da documentação e do software; DDS - Desafios Processo de Desenvolvimento: – – 23 O uso de metodologias de desenvolvimento para auxiliar o processo de desenvolvimento distribuído é importante, pois permite o alinhamento e a padronização das atividades realizadas pelas equipes distribuídas; O processo de desenvolvimento deve padrão em um ambiente distribuído; Processos 24 DDS - Processos O DDS causa impacto não só no mercado em si, mas também nas etapas do processo de desenvolvimento de software; É necessário a utilização de processos de desenvolvimento específicos para o ambiente distribuído; A seguir serão apresentados 2 processos específicos para o DDS, criados a partir da adaptação de processos voltados para o desenvolvimento co-localizado: – – 25 Modelo de Karolak; DXP (Distributed Extreme Programming); DDS - Processos (Modelo de Karolak) 26 Modelo de Karolak O autor aborda o DDS seguindo o ciclo de vida tradicional de um projeto de desenvolvimento de software (visão e escopo, requisitos, modelagem, implementação, teste, entrega e manutenção); Modelo para desenvolver projetos de DDS que define um conjunto de atividades que devem ocorrer ao longo do ciclo de vida do projeto e as características de cada atividade; DDS - Processos (Modelo de Karolak) 27 Modelo de Karolak DDS - Processos (DXP) O DXP é um processo para o DDS que aplica princípios do XP em equipes distribuídas; O DXP aborda: – – – – – 28 Conectividade entre os membros (uso da internet); Uso de ferramentas de gerenciamento de configuração; Compartilhamento de aplicação; Uso de videoconferência; Familiaridade entre os membros; DDS - Processos (DXP) A tabela abaixo mostra alguns aspectos de XP que são relevantes para o DXP e se esses aspectos são ou não impactados devido a distribuição das equipes: Práticas do XP 29 É necessário a equipe ser colocalizada? Jogo do Planejamento Programação em Par Integração Contínua Cliente local Sim. Estes fatores dependem de uma aproximação entre o negócio, cliente e pessoal técnico. Releases Pequenos Metáforas Design Simples Testes Refatoramento Propriedade Coletiva 40 horas semanais Padrão de codificação Não. Independem de a equipe ser colocalizada ou não. DDS - Processos (DXP) Desafios e Práticas: – – – – – 30 Comunicação: em algumas situações deve ser analisada qual forma de comunicação deve ser adotada; Coordenação: é necessário planejamento das atividades e uma comunicação eficaz; Infra-estrutura: é importante a escolha correta do Hardware e Software; Disponibilidade: deve ser divulgado um calendário diário ou semanal com a disponibilidade de cada membro da equipe; Gestão: relatórios diários ou semanais com o andamento das atividades; Oportunidades de Pesquisa 31 DDS - Oportunidades de Pesquisa 32 Ferramentas de Colaboração e Suporte ao desenvolvimento – Escassez de ferramentas de Awareness de atividades (quem está fazendo o que); – Escassez de ferramentas de disponibilidade (quem está disponível quando); – Escassez de ferramentas de Processo (quem deve fazer o que). Processo de Desenvolvimento em um Ambiente Distribuído – Análise e definição de quais práticas são efetivas em quais circunstâncias /cenários; DDS - Oportunidades de Pesquisa 33 Testes de Software em Ambientes Distribuídos – Criação de Técnicas para lidar com a privacidade dos dados; – Processos específicos para minimizar a falta de precisão dos documentos de testes que são trocados entre Equipes Distribuídas. Arquitetura de Software – Como projetar a arquitetura do software de forma a minimizar problemas de coordenação entre as equipes. DDS - Oportunidades de Pesquisa 34 Especificação e Gerência de Requisitos – Prever de forma proativa e através de métodos específicos, quais requisitos, em um determinado cenário distribuído pode riam ser considerado instáveis. Desenvolvimento de Modelos de Maturidade para Ambientes Distribuídos – Modelos de qualidade de software (CMMI, ISO 9001, MR MPS) não suportam DDS; – Necessidade de abordagens de maturidade e capacidade. Considerações Finais 35 DDS - Considerações finais 36 No contexto da globalização, a distribuição dos processos de desenvolvimento de software em locais estrategicamente distribuídos tem se tornado uma prática cada vez mais comum; Com o desenvolvimento distribuído de software, os problemas tradicionais da ES aumentaram e foram gerados novos desafios para a área; A existência de um processo de desenvolvimento de software único e bem definido responde por grande parte dos resultados obtidos em um projeto de desenvolvimento distribuído; DDS - Considerações finais 37 Os requisitos são vistos como um grande desafio, envolvendo atividades desde a realização de reuniões até a formalização (documentação) dos requisitos definidos, a rastreabilidade e controle dos mesmos; Um processo único e bem definido de acordo com o ambiente em que o projeto está sendo desenvolvido pode ser a solução para muitas dificuldades do desenvolvimento distribuído; Ferramentas de apoio atuam como facilitador na interação distribuída; Referências 38 Herbsleb, J. D., Moitra, D. “Global Software Development”, IEEE Software, March/April, EUA, 2001, p. 16-20. Karolak, D. W. “Global Software Development – Managing Virtual Teams and Environments”. Los Alamitos, IEEE Computer Society, EUA, 1998, 159p. Global Software Development at ICSE, Oregon, EUA, 2003, 4p. Herbsleb, J.D., Mockus, A., Finholt, T.A. e Grinter, R. E. “An empirical study of global software development: distance and speed”, In: ICSE 2001, Toronto, Canada. Carmel, E. “Global Software Teams – Collaborating Across Borders and Time-Zones” Prentice Hall, EUA, 1999, 269p. Referências 39 Marquardt, M. J., Horvath, L. “Global Teams: how top multinationals span boundariesand cultures with high-speed teamwork”. DaviesBlack. Palo Alto, EUA, 2001. Prikladnicki, R., Audy, J. L. N., Evaristo, R. “Global Software Development in Practice: Lessons Learned”, Journal of Software Process: Practice and Improvement – Special Issue on Global Software Development, 2004. Prikladnicki, R. “MuNDDoS: Um Modelo de Referência para Desenvolvimento Distribuído de Software”. Dissertação de Mestrado, PPGCC – PUCRS, Brasil, 2003. SOMMERVILLE, Ian. Software Enginnering. 8.ed. [S.l] ADDISON WESLEY, 2007. J. L. N. PRIKLADINICKI, R.; AUDY. Desenvolvimento Distribuído de Software. 2007. Referências 40 [KRUCHTEN, 2001] KRUCHTEN, Philippe. What Is the Rational Unified Process?. Rational Software. Disponível em: http://www.ibm.com/developerworks/rational/library/content/RationalEdge/jan01 /WhatIstheRationalUnifiedProcessJan01.pdf. Acessado em: 20 Maio 2009. [PERRELLI, 2009] Perrelli, Hermano. Visão Geral do RUP. Centro de Informática, Universidade Federal de Pernambuco. Disponível em: http://www.cin.ufpe.br/~if717/slides/3-visao-geral-do-rup.pdf. Acessado em 20 Maio 2009. [TELES, 2004] TELES, Vinícius Manhães. Extreme Programming: Aprenda como encantar seus usuários desenvolvendo software com agilidade e alta qualidade. 1. ed. São paulo: Novatec, 2004. 320 p. Dúvidas ?? 41