Aula 7
Conjuntura Econômica e
Estratégia Corporativa
Estruturas de mercado
Prof. João Carlos Bragança
2. Concorrência pura ou perfeita
 A firma deverá escolher o nível de produção para qual a
diferença positiva entre RT e CT seja a maior possível
(máxima).
 Como vimos:
• Receita Marginal (RMg):
 trata-se do acréscimo da receita total pela venda de uma
unidade adicional do produto.
• Custo Marginal (CMg):
 é o acréscimo do custo total pela produção de uma
unidade adicional do produto.
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2. Concorrência pura ou perfeita
 A maximização do lucro ocorre, em um nível de produção
tal que a receita marginal da última unidade produzida
seja igual ao custo marginal desta última unidade
produzida.
• Caso:
a. RMg > CMg  há interesse de aumentar a produção, pois
cada unidade adicional fabricada aumenta o lucro;
b. RMg < CMg  há interesse de diminuir a produção, pois
cada unidade adicional que deixa de ser fabricada
aumenta o lucro;
c. RMg = CMg  há a maximização do lucro, sendo CMg
crescente.
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2. Concorrência pura ou perfeita
 A análise empreendida anteriormente serviu para
identificar a quantidade que maximiza o lucro da firma.
Agora será analisado em que condições uma firma,
produzindo no curto prazo, incorrerá em lucro ou prejuízo.
 Para tanto deveremos incluir a função de custo médio da
firma (CMe). Lembre-se de que o lucro (π):
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2. Concorrência pura ou perfeita
 Podemos concluir da relação, Lucro = q.(RMe – CMe),
que:
1. π > 0, se e somente se, RMe > CMe (Lucro econômico
puro ou positivo ou lucro extraordinário), ou seja, nesse
caso estará havendo um retorno do investimento maior do
que seria obtido em outro lugar; e
2. π < 0, se e somente se, RMe < CMe (Prejuízo econômico
ou lucro econômico negativo).
3. Como visto anteriormente, RMe = P. Desta forma,
podemos também concluir que:
 Uma firma estará obtendo lucro, no curto prazo, sempre
que o preço de mercado do produto for maior que o custo
médio de curto prazo (P > CMe).
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2. Concorrência pura ou perfeita
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2. Concorrência pura ou perfeita
 Esboço gráfico, situação onde a firma obtém lucro
extraordinário (econômico puro) no curto prazo.:
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2. Concorrência pura ou perfeita
 Esboço gráfico, situação onde a firma obtém lucro normal
(lucro econômico zero) no curto prazo.:
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2. Concorrência pura ou perfeita
 Quando uma firma deve encerrar suas atividades
produtivas?
 Por que em uma situação de prejuízo uma firma continua
produzindo?
• A análise sobre a viabilidade de uma firma operar com
prejuízo, no curto prazo, é feita através da comparação
do custo fixo que a firma terá que arcar, em decorrência
encerramento da atividade produtiva, com o prejuízo de
permanecer operando.
• Desta forma, devemos incluir no gráfico analisado
anteriormente o custo variável médio (CVMe).
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2. Concorrência pura ou perfeita
• Nota:
 ponto de equilíbrio (Break-even point)
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2. Concorrência pura ou perfeita
 Agora iremos analisar as situações de uma empresa que
operando em concorrência perfeita apresenta prejuízos
de curto prazo (p* < CMe).
 Quando que a firma abandona a produção?
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2. Concorrência pura ou perfeita
• Situação 1:
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2. Concorrência pura ou perfeita
• Situação 2:
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2. Concorrência pura ou perfeita
• Situação 3:
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3. Monopólio
 Características básicas:
a. uma única empresa produtora do bem ou serviço;
b. não há produtos substitutos próximos; e
c. existem barreiras à entrada de firmas concorrentes.
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3. Monopólio
 As barreiras de acesso podem ocorrer de várias formas:
a. Monopólio puro ou natural: devido à alta escala de
produção requerida, exigindo um elevado montante
de investimento. A empresa monopolística já está
estabelecida em grandes dimensões e tem
condições de operar com baixos custos. Torna-se
muito difícil alguma empresa conseguir oferecer a
um preço equivalente ao da firma monopolista;
b. Patentes: direito único de produzir o bem;
c. Controle de matérias-primas chaves: p. ex.: o
controle das minas de bauxita pelas empresas
produtoras de alumínio; e
d. Monopólio estatal ou institucional: protegido pela
legislação, normalmente em setores estratégicos ou
de infra-estrutura.
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3. Monopólio
 Diferentemente da concorrência perfeita, como existem
barreiras à entrada de novas empresas, os lucros
extraordinários devem persistir também a longo prazo em
mercados monopolizados. Porém, como em concorrência
perfeita, o ponto de equilíbrio do monopolista (ponto de
maximização do lucro), ocorre onde a RMg = CMg.
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3. Monopólio
P
CMg
CMe
Pm
CMe(Qm)
Lucro
D
RMg
Qm
Q
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4. Concorrência monopolística
 Características básicas:
a. muitas empresas, produzindo um dado bem ou
serviço;
b. cada empresa produz um produto diferenciado, mas
com substitutos próximos; e
c. cada empresa tem um certo poder sobre os preços,
dado que os produtos são diferenciados, e o
consumidor tem opções de escolha, de acordo com
sua preferência.
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4. Concorrência monopolística
• Observação:
 Como não existem barreiras para a entrada de firmas, a
longo prazo há tendência apenas para lucros normais
(RT=CT), como em concorrência perfeita, ou seja, os
lucros extraordinários a curto prazo atraem novas firmas
para o mercado, aumentando a oferta do produto, até
chegar-se a um ponto em que persistirão lucros normais,
quando então cessa a entrada de concorrentes.
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5. Oligopólio
 Definido de duas formas:
 oligopólio concentrado: pequeno nº de empresas no
setor. Ex. Indústria automobilística ou;
 oligopólio competitivo: um pequeno nº de empresas
domina um setor com muitas empresas. Ex.: Brahma
e Antártica.
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5. Oligopólio
 Características básicas:
a. devido à existência de empresas dominantes, elas
têm o poder de fixar os preços de venda em seus
termos,
defrontando-se
normalmente
com
demandas relativamente inelásticas, em que os
consumidores têm baixo poder de reação a
alterações de preços; e
b. no oligopólio, assim como no monopólio, há
barreiras à entrada de novas empresas no setor.
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5. Oligopólio
 Tipos de oligopólio
 com produto homogêneo (p. ex.: alumínio e cimento);
 com produto diferenciado (p. ex.: automóveis).
 Observação
• A longo prazo os lucros extraordinários permanecem, pois
as barreiras à entrada de novas firmas persistirão.
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5. Oligopólio
 Formas de atuação das empresas:
 concorrem entre si: via guerra de preços ou de
promoções (forma de atuação pouco freqüente); ou
 formam cartéis (conluios, trustes):
cartel é uma organização (formal ou informal) de
produtores dentro de um setor, que determina a
política para todas as empresas do cartel. O cartel
fixa preços e a repartição (cota) do mercado entre as
empresas.
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5. Oligopólio
 Não existe um modelo geral de oligopólio, pois eles são
muito diferentes entre si. O modelo mais tradicional parte
da maximização dos lucros pelo empresário, e neste caso
a RMg = CMg.
 Modelo de mark-up:
Mark-up = Receitas de Vendas – Custos Diretos de Produção
e neste caso o preço é calculado: p = c.(1 + m)
onde:
p = preço do produto a ser fixado
c = custo unitário direto ou variável (CVMe)
m = taxa (%) de mark-up
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Estruturas de mercado - Resumo
Objetivo da Empresa
Número de Firmas
Tipo de
Produto
Concorrência Perfeita
Maximização de Lucros
(RMg=CMg )
Infinitas
Homogêneo
Monopólio
Maximização de Lucros
(RMg=CMg )
Uma
Único
Concorrência Monopolística
Maximização de Lucros
(RMg=CMg )
Muitas
Diferenciado
Maximização de Lucros
(RMg=CMg )
Oligopólio Concentrado:
poucas empresas
Maximização Mark -up =
Rec. Vendas - Custos Dir.
Oligopólio Competitivo:
poucas dominam o
setor
Estrutura
Entrada de
Novas
Empresas
Lucros a LP
Não existem
Lucros Normais
barreiras
Barreiras
Lucros
Extraordinários
Não existem
Lucros Normais
barreiras
Oligopópilo
Modelo Clássico
Modelo de Mark-up
Homogêneo
ou
diferenciado
Barreiras
Lucros
Extraordinários
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6. Estrutura de mercado de fatores de produção
• Concorrência perfeita
 existe uma oferta abundante do fator de produção (ex.:
mão-de-obra não especializada), o que torna o preço
desse fator constante.
• Monopsônio
 há somente um comprador para muitos vendedores dos
serviços dos insumos.
• Oligopsônio
 existem poucos compradores que dominam o mercado
para muitos vendedores. Ex.: Indústria de laticínios.
• Monopólio bilateral
 ocorre quando um monopsonista, na compra do fator de
produção, defronta-se com um monopolista na venda
desse fator.
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2. Concorrência pura ou perfeita - Universidade Castelo Branco