3) Estruturas de mercado: critérios
de diferenciação segundo a
Microeconomia Tradicional
Características dos Mercados
• Número de Empresas Existentes => Implicação:
poder de mercado e interdependência
estratégica
• Homogeneidade ou Diferenciação dos produtos
=> Implicação: segmentação de mercados e
relações de clientela.
• Grau de Facilidade de Entrada e saída no
mercado (Barreiras à entrada e à saída) =>
Implicação: condições de rentabilidade,
estratégias de “hit and run”, “sunk costs”.
Tipos dos Mercados (tradicionais)
• Concorrência Perfeita - muitas pequenas
empresas vendem um produto homogéneo;
• Monopólio - existência de uma única empresa
vendedora;
• Concorrência Monopolística - muitas
pequenas empresas vendem um produto
diferenciado;
• Concorrência Imperfeita - existência de
poucos vendedores no mercado;
ESTRUTURAS DE MERCADO BÁSICAS
• CONCORRÊNCIA PERFEITA
• CONCORRÊNCIA IMPERFEITA
• MONOPÓLIO
• OLIGOPÓLIO
• MONOPSÔNIO
• OLIGOPSÔNIO
• MONOPÓLIO BILATERAL
• CONCORRÊNCIA MONOPOLISTA
Maximização de lucros
• Será que as empresas maximizam lucros?
– Outros objetivos possíveis:
• Maximização da receita
• Maximização de dividendos
• Maximização de lucros no curto prazo
Maximização de lucros
Será que as empresas maximizam lucros?
• Implicações de objetivos que não sejam a
maximização dos lucros
• No longo prazo,os investidores deixariam de
investir na empresa
• Sem lucros, a sobrevivência seria improvável
Maximização de lucros
Será que as empresas maximizam lucros?
• A hipótese de maximização de lucros no
longo prazo é válida e não exclui a
possibilidade de comportamento altruísta.
Receita marginal, custo marginal,
e maximização de lucros
• Determinação do nível de produção que
maximiza os lucros
–
–
–
–
Lucro ( ) = Receita total - Custo total

Receita total (R) = Pq
Custo total (C) = Cq
Logo:
 (q)  R(q)  C (q)
Receita marginal, custo marginal,
e maximização de lucros
Maximização de lucros no curto prazo
Receita total
Custo,
receita e
lucro
(dólares por ano)
R(q)
Inclinação de R(q) = RMg
0
Produção (unidades por ano)
Receita marginal, custo marginal,
e maximização de lucros
Maximização de lucros no curto prazo
Custo,
receita e
lucro
(dólares por ano)
C(q)
Custo total
Inclinação de C(q) = CMg
Por que o custo é positivo quando q é zero?
0
Produção (unidades por ano)
Receita marginal, custo marginal,
e maximização de lucros
• Receita marginal é a receita adicional
proveniente da produção de uma unidade
a mais de produto.
• Custo marginal é o custo adicional
associado à produção de uma unidade a
mais de produto.
Receita marginal, custo marginal,
e maximização de lucros
• Comparando R(q) e C(q)
– Nível de produção: 0- q0:
• C(q)> R(q)
Custo,
receita
e lucro
(dólares por ano)
– Lucro negativo
C(q)
A
R(q)
• CF + CV > R(q)
• RMg > CMg
–
B
Indica que o lucro deve
aumentar com a
expansão da produção
0
q0
q*
 (q)
Produção (unidades por ano)
Receita marginal, custo marginal,
e maximização de lucros
• Comparando R(q) e C(q)
– Pergunta: por que o
negativo quando a
produção é zero?
Custo,
lucro é receita e
lucro
(dólares por ano)
C(q)
R(q)
A
B
0
q0
q*
 (q)
Produção (unidades por ano)
Receita marginal, custo marginal,
e maximização de lucros
• Comparando R(q) e C(q)
– Nível de produção: q0- q*
• R(q)> C(q)
Custo,
receita
e lucro
(dólares por ano)
• RMg > CMg
–
–
C(q)
R(q)
A
Indica que o lucro deve
aumentar com a
expansão da produção
Lucro é crescente
B
0
q0
q*
 (q)
Produção (unidades por ano)
Receita marginal, custo marginal,
e maximização de lucros
• Comparando R(q) e C(q)
– Nível de produção: q*
• R(q)= C(q)
Custo,
receita e
lucro
(dólares por ano)
• RMg = CMg
C(q)
R(q)
A
• Nível máximo de lucro
B
0
q0
q*
 (q)
Produção (unidades por ano)
Receita marginal, custo marginal,
e maximização de lucros
• Pergunta
Custo,
receita e
lucro
(dólares por ano)
– Por que o lucro
diminui quando a
produção se torna
maior ou menor que
q*?
C(q)
R(q)
A
B
0
q0
q*
 (q)
Produção (unidades por ano)
Receita marginal, custo marginal,
e maximização de lucros
• Comparando R(q) e C(q)
Custo,
– Nível de produção maior receita e
lucro
*
que q :
(dólares por ano)
• R(q)> C(q)
C(q)
R(q)
A
• CMg > RMg
• Lucro é decrescente
B
0
q0
q*
 (q)
Produção (unidades por ano)
Receita marginal, custo marginal,
e maximização de lucros
• Logo, podemos dizer
que:
Custo,
receita e
lucro
(dólares por ano)
– Os lucros são
maximizados quando
CMg = RMg.
C(q)
R(q)
A
B
0
q0
q*
 (q)
Produção (unidades por ano)
Receita marginal, custo marginal,
e maximização de lucros
  R-C
R
RMg 
q
C
CMg 
q
Receita marginal, custo marginal,
e maximização de lucros
Os lucros são maximizados quando
 R C


 0 ou
q q q
RMg  CMg  0 ou
RMg(q)  CMg(q)
Receita marginal, custo marginal,
e maximização de lucros
• Demanda e receita marginal para
empresas competitivas
– Aceitação de preços
– Produção de mercado (Q) e produção da
empresa (q)
– Demanda de mercado (D) e demanda da
empresa (d)
– R(q) é uma linha reta
Receita marginal, custo marginal,
e maximização de lucros
Curva da demanda com a qual se defronta uma empresa competitiva
Preço
(dólares
por
Bushel)
Preço
(dólares
por
Bushel)
Empresa
$4
d
Setor
$4
D
100
200
Produção
(bushels)
100
Produção
(milhões
de bushels)
Receita marginal, custo marginal,
e maximização de lucros
Demanda e receita marginal para empresas competitivas
• A empresa competitiva
– A demanda da empresa competitiva
• O produtor individual vende todas as suas
unidades de produto por $4, independente do
seu nível de produção.
• Se o produtor cobrar um preço mais elevado,
suas vendas cairão para zero.
Receita marginal, custo marginal,
e maximização de lucros
Demanda e receita marginal para empresas competitivas
• A empresa competitiva
– A demanda da empresa competitiva
• Se o produtor cobrar um preço mais baixo, ele
não conseguirá aumentar suas vendas
• P = D = RMg = RMe
Receita marginal, custo marginal,
e maximização de lucros
• Maximização de lucros por uma empresa
competitiva
– Maximização de lucros
• CMg(q) = RMg = P
Escolha do nível da produção
no curto prazo
• Veremos agora de que forma a análise da
produção e dos custos, combinada à
análise da demanda, nos permite
determinar os níveis de produção e
rentabilidade.
4) Mercados competitivos
(Concorrência Perfeita):
características; maximização do
lucro da firma e análise do
equilíbrio de mercado.
•
•
•
•
CONCORRÊNCIA PERFEITA CARACTERÍSTICAS
O modelo de concorrência perfeita descreve um
mercado no qual nenhum agente tem
capacidade para influenciar os preços (poder de
mercado nulo).
Assim, cada empresa age individualmente, sem
precisar ter em conta as decisões das outras.
Observando o preço de mercado, decide que
quantidade pretende vender a esse preço.
É um bom ponto de partida para o estudo de
estruturas de mercado mais complexas.
•
•
•
•
•
CONCORRÊNCIA PERFEITA CARACTERÍSTICAS
Existem muitos produtores e muitos
vendedores, negligenciáveis em termos
individuais.
Os produtos das diferentes empresas são
substitutos perfeitos, ou seja, o produto é
homogêneo.
Os agentes têm toda a informação relevante.
Tanto as empresas na indústria como os
potenciais novos entrantes têm igual acesso à
tecnologia e aos fatores de produção.
Não existem barreiras à entrada ou saída do
mercado
CONCORRÊNCIA PERFEITA CARACTERÍSTICAS
• Estas hipóteses justificam os pressupostos, que, na
prática, definem a concorrência perfeita.
• 1) Ao preço de mercado, p, a empresa vende a
quantidade de produto que quiser. A um preço superior,
a empresa não consegue vender qualquer quantidade.
• 2) A procura da empresa (qS) é horizontal, ou seja,
infinitamente elástica. A procura da indústria (QS) tem a
configuração típica.
Formação de preços na conc perfeita
Equilíbrio
da Firma
Lucro como área entre Preço e Custo Médio Total
(b) Firma com perdas
(a) Firma com Lucros
Preço
Preço
CMg
CMg
Lucro
P
CMT
CMT
P = RMe = RMg
P
Perda
0
Q
0
Quantidade
P = RMe = RMg
Q
Quantidade
Custo Marginal e Oferta da Firma
Preço
Trecho da curva de CMg
que também equivale à
Oferta da Firma
CMg
P2
CMe
P1
CVMe
0
Q1
Q2
Quantidade
Curva de Oferta da Firma no Curto Prazo
Peço
Oferta de curto
prazo da firma
MC
Se CMT< P
Firma
produzirá com
lucros
Se CVM < P
< CMT, firma
produzirá no
curto prazo,
porém com
perda.
ATC
AVC
Firma fechará
se P < CVM
0
Quantidade
Curva de Oferta e Longo Prazo de firma competitiva
Preço
Oferta de longo
prazo da firma
MC
ATC
AVC
Firma fechará
se P < CMT
0
Quantidade
Oferta de Mercado com número fixo de firmas
(b) Oferta do Mercado
(a) Oferta individual da firma
Preço
Preço
MC
MC
$2.00
$2.00
$1.00
$1.00
0
100
200
Quantidade (firm)
0
100 000
200 000
Quantidade (mercado)
Noção de Lucro Econômico Zero
• Lucro se iguala à receita Total menos o Custo
Total.
• Custo total inclui todo o custo oportunidade da
firma
• Em equilíbrio com lucro econômico zero, a
receita da firma compensa seus proprietários
pelo tempo e dinheiro dependido na viabilização
da produção.
• Noção de “rentabilidade normal” associada ao
lucro econômico zero.
• Diferenciação: lucro econômico x lucro contábil.
5) Mercados não competitivos
(Monopólio): características;
maximização do lucro da firma e
análise do equilíbrio de mercado;
o índice de Lerner .
Monopólio – Definição geral
• 1. Existe apenas uma empresa produtora;
• 2. A empresa produtora é “price-maker”, ou seja, é o
monopolista que fixa o preço do produto;
• 3. Curva de demanda da firma é negativamente
inclinada
• 4. Existem muitos compradores de pequena dimensão,
que são “price-takers”;
• 5. A entrada no mercado está impossibilitada por
barreiras estruturais e/ou estratégicas;
• 6. Não existem substitutos próximos.
• 7. Não existe mecanismo de eliminação do lucro
econômico via concorrência
Monopólio – Origem
• As barreiras à entrada na indústria, que tornam
o mercado monopolista, podem ser de natureza
estrutural ou estratégica.
• As barreiras estruturais decorrem das
características tecnológicas, econômicas ou
legais dos mercados.
• As barreiras estratégicas são devidas à ação
deliberada dos monopolistas, que procuram
evitar a entrada de concorrentes e manter a sua
posição dominante.
Monopólio – Exemplos de barreiras
estruturais
•
•
•
•
•
1. Economias de escala (monopólios naturais);
2. Economias de aprendizagem;
3. Economias de relacionamento/confiança;
4. Diferenciação (clubes de futebol);
5. Efeitos de rede (Windows, redes de telefona
celular)
• 6. Patentes (incentivo à inovação);
• 7. Concessões (incentivo ao investimento);
• 8. Tarifas e quotas (restrições ao comércio
internacional).
Monopólio – Exemplos de barreiras
estratégicas
• 1. Preço limite: preço fixado não com o objetivo de
maximizar o lucro, mas com o objetivo de fazer com que
a entrada no mercado não seja rentável;
• 2. Excesso de diferenciação: a proliferação de marcas
domina o mercado de forma a não deixar espaço a
potenciais concorrentes (cereais para café da manha,
imprensa);
• 3. Controle de inputs e franchise: a integração vertical e
os contratos de exclusividade garantem vantagens
competitivas à empresa instalada em termos de custos
de transação;
• 4. Publicidade: a fidelização e a imagem de marca
podem tornar a entrada demasiado dispendiosa.
Demanda e Receita Marginal do Monopolista
Receita Marginal, Elasticidade preço e receita Total do
Monopolista
Formação de preços sob monopólio
Maximização de Lucro fixação de
preços em Monopólio
Custos e
Receitas
2. … curva de demanda
indica o preço qué
consistente com essa
quantidade.
1. Interseção de CMg e
Rmg define a quantidade a
ser produzida pelo
monopolista…
B
Preço de
Monopólio
Custo Médio Total
A
Demanda
Custo Marginal
Receita marginal
0
Q1
QMAX
Q2
Quantidade
Monopólio Natural – Custos fixos (indiretos)
elevados
Monopólio Natural – Escala Mínima Eficiente Elevada
Precificação e Poder de Mercado em Monopólio
•
Podemos relacionar o rendimento marginal com a elasticidade da procura da
empresa:
•
O rendimento marginal é sempre inferior ao preço de mercado, sendo a diferença
tanto maior quanto menos elástica for a procura da empresa. Em concorrência
perfeita:
•
Se a elasticidade-preço da procura for inferior à unidade, então o rendimento
marginal é negativo. A empresa nunca escolherá um ponto na zona inelástica da
curva da procura, porque em qualquer ponto nessa zona, diminuindo a quantidade a
produzir e vender, a empresa aumenta as receitas e diminui os custos.
Da condição de primeira ordem da maximização do lucro tem-se : RMg(Q*) =
CMg(Q*). Portanto, o preço fixado pelo monopolista é tal que:
•
Precificação e Poder de Mercado em Monopólio
• Muitas empresas definem os preços dos seus produtos fixando uma
margem (markup) sobre os custos de produção. Vimos
anteriormente que :
• De forma equivalente:
• Tal como tínhamos visto, o markup é tanto maior quanto menor for a
elasticidade preço da procura.
Precificação e Poder de Mercado em Monopólio
•
•
•
•
•
•
•
Poder de mercado é a habilidade de uma firma de aumentar o preço
sem perder a totalidade de suas vendas
Qualquer firma que se defronta com uma curva de procura
descendente tem poder de mercado
O poder de mercado confere à firma a capacidade de fixar um preço
maior do que o seu custo médio e auferir lucro econômico – lucro maior
do que o lucro normal – se as condições da demanda e dos custos o
permitirem
No longo prazo uma firma com poder de mercado pode manter lucro
econômico porque a entrada de novas firmas é difícil
Monopólio – uma única firma produzindo e vendendo um produto para
o qual não existem substitutos próximos num mercado em que não
existe a possibilidade de entrada de concorrentes no longo prazo – é
uma situação extrema de poder de mercado
Embora o monopólio seja raro no mundo real, em muitas situações
firmas possuem poder de mercado e tomam decisões de preço e
produção maximizadoras do lucro de uma maneira semelhante à de
um monopolista. Essas firmas podem utilizar a teoria do monopólio
como guia para seu processo de tomada de decisões.
Poder de mercado não existe de maneira absoluta mas em graus
variados
Precificação e Poder de Mercado em Monopólio
•
•
•
•
A intensidade do poder de mercado de uma empresa está relacionado
inversamente com a existência de bens substitutos para o seu produto e,
conseqüentemente, pode ser medido de forma aproximada pela
elasticidade-preço da demanda pelo produto e pelas elasticidadescruzadas da demanda
O ìndice de Lerner - (Preço menos custo marginal)/Preço) mede a
proporção pela qual o preço excede o custo marginal. Quanto maior o
índice de Lerner, maior o poder de mercado
O índice de Lerner baseia-se no markup definido pela empresa. O índice de
Lerner varia entre 0 e 1, sendo zero em concorrência perfeita. Em
concorrência perfeita, a elasticidade da procura da empresa é infinita,
portanto, em equilíbrio, o preço é igual ao custo marginal
Quanto menos elástica for a procura com que a empresa se depara (bens
essenciais ou sem substitutos próximos), maior é o poder da empresa
sobre o consumidor e, portanto, maior será a diferença entre o preço
praticado e o custo marginal.
Discriminação de preços e Monopólio
•
•
•
•
•
•
•
A prática de cobrar preços diferentes pelo mesmo produto designa-se por
discriminação de preços.
Prática comum, das tarifas aéreas aos preços das entradas de cinema.
Outros exemplos: vales de desconto, cartões de pontos, cartão família no
hipermercado, promoções, saldos, descontos de quantidade, cartão jovem.
Para que a discriminação de preços seja eficaz, é necessário que:
(1) a empresa seja capaz de identificar os diferentes consumidores, e de
lhes cobrar preços diferentes;
(2) os consumidores não tenham a possibilidade de fazer arbitragem (os
consumidores aos quais o produto é vendido a um preço mais baixo não o
podem vender aos outros).
Discriminação de preços de 1º grau (ou perfeita) consiste na venda de cada
unidade de produto ao preço máximo que o consumidor está disposto a
pagar por essa unidade (o seu preço de reserva).
Com este tipo de discriminação é transacionada a mesma quantidade que
em concorrência perfeita (correspondente à igualdade entre preço e custo
marginal), mas o excedente do consumidor passa a ser zero.Venda de um
bem ou serviço a preços diferentes
Discriminação de preços e Monopólio
•
•
•
•
•
•
•
•
•
A prática de cobrar preços diferentes pelo mesmo produto designa-se por
discriminação de preços.
Prática comum, das tarifas aéreas aos preços das entradas de cinema.
Outros exemplos: vales de desconto, cartões de pontos, cartão família no
hipermercado, promoções, saldos, descontos de quantidade, cartão jovem.
Para que a discriminação de preços seja eficaz, é necessário que:
(1) a empresa seja capaz de identificar os diferentes consumidores, e de
lhes cobrar preços diferentes;
(2) os consumidores não tenham a possibilidade de fazer arbitragem (os
consumidores aos quais o produto é vendido a um preço mais baixo não o
podem vender aos outros).
A idéia central em que se baseia a discriminação de preços é converter o
excedente do consumidor em lucro econômico.
Três tipos de discriminação descritos na literatura
Alguns consumidores podem beneficiar com a discriminação, dado que o
preço cobrado a alguns grupos pode ser inferior ao preço que vigoraria
sem discriminação.
Mesmo os segmentos que pagam mais podem beneficiar (relativamente
ao monopólio sem discriminação), caso o output aumente
substancialmente. Isto é mais plausível no caso da discriminação de 1º
grau, em que o output aumenta para o nível de concorrência perfeita.
A discriminação de preços de 1º grau e o
excedente do consumidor
•
•
Discriminação de preços de 1º grau (ou perfeita) consiste na venda de cada
unidade de produto ao preço máximo que o consumidor está disposto a
pagar por essa unidade (o seu preço de reserva).
Com este tipo de discriminação é transacionada a mesma quantidade que
em concorrência perfeita (correspondente à igualdade entre preço e custo
marginal), mas o excedente do consumidor passa a ser zero.Venda de um
bem ou serviço a preços diferentes
• As firmas tentam extrair o máximo possível do excedente do
consumidor através de duas maneiras
• Discriminação entre grupos de compradores: preços diferentes com
base em coisas como idade, tipo de ocupação, localização.
Elasticidade da demanda diferente para os diversos grupos
• Discriminação entre unidades do bem: o mesmo preço para os
diferentes compradores mas preços mais baixos por unidade para
quantidades maiores. Exemplo: R$ 20,00 por uma piza e R$ 30,00
por duas
•
Para “extrair” todo o excedente de todos os consumidores o monopolista
teria que oferecer a cada consumidor uma tabela separada de preços
baseada na disposição de pagar de cada cliente.
A discriminação de preços de 1º grau e o
excedente do consumidor
•
•
Num monopólio com discriminação de preços de 1º grau: (1) – a curva da
procura coincide com a curva da receita marginal; (2) o monopolista
apropria todo o excedente do consumidor; (3) o lucro do monopolista é
igual ao excedente econômico total; (4) o volume de produção maximiza o
excedente econômico total; (5) a eficiência é máxima, mas a equidade é
questionável
Este tipo de discriminação de preços é impossível na prática porque a
firma não dispõe de suficiente informação sobre a curva de demanda de
cada consumidor
A discriminação de preços de 2º grau
•
•
A discriminação de preços de 2º grau consiste na venda de cada conjunto
(ou lote) de unidades a um preço específico. Assim, o preço depende do
número de unidades adquiridas.
No caso da figura, o monopolista vende Q1 unidades ao preço p1 e Q2
unidades ao preço p2. O excedente do consumidor é reduzido em A
(despesa adicional), que reverte a favor do monopolista.
A discriminação de preços de 3º grau
•
•
•
•
•
•
A discriminação de preços de 3º grau consiste em cobrar preços diferentes
a grupos diferentes de consumidores.
Identificando grupos de consumidores com elasticidades preço da procura
diferentes, a empresa procurará cobrar-lhes preços diferentes (preços mais
elevados aos consumidores com procura menos elástica).
O caso mais freqüente é o de um monopolista que vende em dois
mercados separados. O seu objetivo, como sempre, é o de maximizar o
seu lucro.
As condições de primeira ordem implicam que as quantidades ótimas a
vender em cada mercado sejam tais que igualam os rendimentos marginais
da venda em cada mercado e o custo marginal de produção.
A igualdade entre os rendimentos marginais pode ser escrita em termos
das elasticidades-preço da procura.
Conclui-se que, em mercados nos quais a procura é mais rígida (o bem é
de primeira necessidade, ou não tem substitutos), a empresa fixa preços
mais elevados do que em mercados nos quais a procura é mais elástica (o
bem tem substitutos próximos, ou é um bem de luxo).
Comparação Concorrência Perfeita x Monopólio
Comparação Concorrência Perfeita x Monopólio
Concorrência monopolística características
• Grande número de compradores e muitos
vendedores, com diferenciação do produto.
• Características:
- Produtos semelhantes, mas diferenciados;
- O acesso ao mercado é livre;
- Características do monopólio e da concorrência
perfeita;
- Há intensa publicidade.
• Exemplos:
- Material de limpeza, bebidas, cigarros, lâminas de
barbear, lâmpadas elétricas.
Formação de preços sob concorrência
monopolística
• Há intensa concorrência e diferenciação do produto;
• Forma intermediária entre monopólio e concorrência
pura;
• Se consumidor aceita produto diferenciado o monopólio acaba;
• Se consumidor aceita pagar mais por produto
diferenciado, surge a concorrência monopolística;
• Exemplos: a) ind fumageira onde há grande diferenciação dos tipos de cigarros e teores de fumo;
b) diferentes marcas de sabão em pó, refrigerantes,
cerveja, ceras para assoalho ...
• Ausência de barreiras à entrada e saída de firmas
Formação de preços sob concorrência
monopolística
• A única diferença entre concorrência monopolística e
concorrência perfeita é a diferenciação no produto;
• A maior diferença entre a concorrência monopolística e o
monopólio é facilidade de entrada e saída de empresas no
mercado
• Como o nome sugere, a concorrência monopolística tem
características tanto da concorrência perfeita como do
monopólio
• O poder de mercado de uma firma num mercado de
concorrência monopolística é muito pequeno
• Cada firma é sensível ao preço médio do mercado mas não
presta atenção a qualquer dos competidores individualmente.
• Como todas as firmas são relativamente pequenas, nenhuma
pode ditar condições no mercado e conseqüentemente as
ações de uma firma não afetam as ações das demais
• O conluio é impossível nesses mercados
Formação de preços sob concorrência
monopolística
• Qualidade : design, confiabilidade, serviços ao
consumidor, facilidade de aquisição. O espectro da
qualidade varia de alta até baixa qualidade
• Preço – como o produto é diferenciado a firma
defronta-se com uma curva de demanda
descendente. Como no monopólio a firma determina
preço e quantidade, mas há um trade-off entre
qualidade e preço.
• Marketing – como o produto é diferenciado a
empresa precisa de “marketing”, em duas formas:
propaganda e embalagem.
Concorrência Monopolística – Equilíbrio de Curto Prazo
Concorrência Monopolística – Equilíbrio de Longo Prazo
6) Modelos de Oligopólio
Características de Oligopólios
• Poucas firmas produzem a maior parte ou toda a produção da
indústria
• Política de preços de qualquer uma das poucas empresas tem
efeito significativo nas vendas das demais
• Qualquer decisão que afeta o lucro de uma firma – decisões sobre
preços, produção, propaganda, expansão da capacidade de
produção, aumento nos gastos com pesquisa e desenvolvimento –
afeta também os lucros das demais
• O lucro de cada firma depende de decisões feitas por cada uma das
demais competidoras, ou seja, os lucros de todas as firmas são
interdependentes
• Os processos de decisão refletem a interdependência estratégica:
empresas devem avaliar impactos de suas decisões sobre os rivais
=> concorrência personalizada.
• Interdependência, portanto, requer comportamento estratégico, que
consiste nas ações praticadas por empresas e quaisquer ameaças
convincentes de ações com o objetivo de planejar e reagir às ações
dos competidores
• Interdependência estratégica gera solução de equilíbrio: hipótese
de equilíbrio de Nash
A variedade de oligopólios
• Os oligopólios diferem em suas características e exibem muitos
tipos diferentes de padrões de comportamento
• Alguns mercados oligopolistas apresentam concorrência intensa,
outros não
• Em alguns mercados as firmas cooperam, em outros não
cooperam
• Alguns oligopólios caracterizam-se por intensa competição de
preços, em outros há concorrência acirrada na propaganda e no
desenvolvimento de produtos.
• Alguns oligopólios tem produtos homogêneos, como nas indústrias
do aço, alumínio, borracha e as vendas são feitas a outras
empresas; em outros, como no mercado dos automóveis, o produto
é diferenciado e as vendas são feitas a consumidores finais
• Não existe uma teoria geral válida para todos os oligopólios
• Em indústrias nascentes, caracterizadas por oligopólios, são
freqüentes as guerras de preços, que muitas vezes levam ao
monopólio ou a uma trégua
• Em indústrias maduras as empresas já se conscientizaram da
interdependência. Isto pode levar ao conluio tácito ou a cartéis
formais, ilegais na maioria dos países
Estruturas de Mercado: Oligopólios Não
Cooperativos
• Poucas firmas (duopólio como padrão)
• Firmas consideram o comportamento de suas
rivais para determinar a sua própria política
• Firmas têm poder de mercado coletivamente
• Firmas estabelecem preço ou produção como
decisão básica
• Lucros interdependentes e funções de reação
• Solução de equilíbrio de Nash
Oligopólios Não Cooperativos : O Modelo de Cournot
Estrutura
• Número de firmas: 2 ou mais
• Barreiras: sim
• Produto: homogêneo
Conduta
• As firmas maximizam os seus lucros escolhendo primeiro as quantidades
• As quantidades são definidas em função:
• da demanda do mercado
• do que acredita ser a quantidade do concorrente
• no ponto onde RMg=CMg
Desempenho
• Lucros Menores do que Cartel ( Monopólio)
• Consumidores : Preço de equilíbrio entre concorrência e monopólio
Resultado do Modelo
• Quanto mais Firmas, menor a quantidade produzida por firma e maior a
quantidade produzida total no setor, gerando um resultado mais
socialmente ótimo
• Críticas ao modelo: é considerado irrealista porque considera apenas um
período de ajuste
Oligopólios Não Cooperativos : O Modelo de Bertrand
Estrutura (a mesma de Cournot)
• Número de firmas: 2 ou mais
• Barreiras: sim
• Produto: homogêneo
• Hipótese: pode-se produzir qualquer quantidade a Cmg:
constante
Conduta:
• Firmas maximizam os seus lucros escolhendo primeiro
os preços
• Ambas as firmas definem o mesmo preço e dividem o
mercado
• P = CMg , ninguém quer baixar o preço , senão perde
Desempenho
• Equilíbrio social ótimo
Oligopólios Cooperativos (Cartéis)
Principal Característica
• Coordenação da Produção e dos Preços para aumentar
os Lucros Individuais e Coletivos => repartição de lucro
de Monopólio ou maximização do lucro conjunto
Incentivos para a formação do cartel
• Habilidade de se elevar preços sem induzir muito a
competição das não-membro
• Poucas punições
• Baixos custos de organização do cartel
• Custo marginal inelástico
• Habilidade de se elevar preços sem induzir muito a
competição das não membros.
• Curva de Demanda Inelástica : Dificuldade de entrada
de novas firmas ou de surgirem substitutos próximo
Oligopólios Cooperativos (Cartéis)
Cartel precisa verificar se há violação, o que é mais fácil
quando :
• Poucas firmas no mercado
• Preços não flutuam independentemente
• Preços conhecidos por todos
• Todos os membros do cartel vendem no mesmo ponto
de distribuição
Métodos para se prevenir a violação, além de fixar preço :
• Divisão do Mercado por áreas geográficas ou Clientes
• Fixação de participações de mercado
• Contratos com Clientes
Colusão – Cartel
• 1. firmas se articulam para maximizar os lucros
conjuntos
• 2.Objetivo: max p(y1 + y2)[y1 + y2] - c(y1) - c(y2)
• 3. P(y1 + y2) + P’(y1 + y2)[y1 + y2] = c’(y1) = c’(y2)
• 4. tendência à instabilidade — se firma 1 acredita que a
firma 2 irá manter o nível de produto fixado, ela tenderá
sempre a elevar o seu nível de produção além do fixado.
• 5. conflito entre maximização do lucro individual e
maximização do lucro conjunto
• 6. se firma 1 não acredita que a firma 2 manterá o nível
fixado, tenderá a antecipar a tentativa de burlar o cartel!
Modelos estilizados de estruturas
de mercado
Produto\ No
Uma única
Firmas
Prod.
Monopólio Puro
Homogêneo (Monopólio Natural)
Prod.
Diferenciado
Monopólio
Multiproduto
Poucas Firmas
Muitas Firmas
Oligopólio
Homogêneo
(Concentrado)
Oligopólio
Diferenciado
Ind. Competitiva
Homogênea (Conc.
Perfeita)
Ind. Competitiva
Diferenciada (Conc.
Monopolista)
Tipologia de Estruturas Industriais - Elementos de Estrutura
Tipo de indústria
1) Indústria
No de firmas
Tipo de
Produto
Escala de
Produção
Tecnologias
Críticas
Importância e natureza de
barreiras à entrada
. elevado
.homogêneo
.baixa
. inexistentes
. inexistentes
2) Ind. Competitiva
Diferenciada
. elevado com
diferenciais
de porte
. diferenciado
via marketing
.baixa com
diferenciais
entre firmas
. pequenas, podendo se elevar nos
segmentos mais rentáveis do
mercado devido à diferenciação
de produto.
3) Oligopólio
. limitado
. homogêneo
(ênfase em
qualidade)
. elevada ao
nível das
plantas
. tecnologia de
produto c/
diferenciais
tecnológicos
entre firmas
. tecnologia de
processo
. limitado, com
diferenciais de
porte
. diferenciado
via maketing e
nível
tecnológico
. elevada ao
nível da
cadeia
produtiva
. tecnologia de
produto e
processo (linhas
de montagem)
. elevadas devido à combinação de
economia de escala e
diferenciação de produto.
Barreiras podem se reduzir no
caso dos segmentos menos
din6amicos do mercado.
Competitiva
Homogêneo
4) Oligopólio
Diferenciado
. elevadas: existência de barreiras
absolutas decorrentes da
presença de economias de escala
Tipologia de Estruturas Industriais – Padrões de Conduta
Tipo de indústria
Competição via
Preços
. alta
Diferenciação de
Produto
. inexistente
2) Ind. Competitiva
Diferenciada
. potencialmente alta,
variando em função do
segmento.
. alta com reflexos em
termos da
segmentação dos
mercados e da criação
de diferenciais entre
produtores.
3) Oligopólio
Homogêneo
. potencialmente alta;
amortecida pela
presença de acordos
formais e informais
entre empresas
. baixa, associada à
garantia de qualidade
e à montagem de
canais de distribuição
eficazes.
. intenso, associado a
aperfeiçoamentos e
automatização dos
processo industriais
4) Oligopólio
Diferenciado
.baixa. Possibilidade de
competição mais
intensa em segmentos
específicos do
mercado.
. alta, fortemente
baseada em esforços
de marketing
combinados a
atividade de P&D.
Criação de
solidariedade produtorconsumidor.
. intenso, envolvendo
P&D de produto,
combinado à
modularidade dos
processos industriais
1) Indústria Competitiva
Orientação do esforço
tecnológico
. irrelevante.
Possibilidade de
progressiva criação de
assimetria entre firmas
. marginal, estando
associado a melhorias
pontuais no design do
produto que reforçam
diferenciação
Modelos de Colusão
. inexistentes
. possibilidade de
sistema de “liderança
de preços” comandada
por empresas atuantes
em segmentos mais
din6amicos do
mercado.
. possibilidade de
acordos formais ou
informais entre
empresas para
coordenação de
decisões (modelos de
cartel).
. intensa rivalidade interoligopolística nos
diversos segmentos,
baseada no
monitoramento das
ações de concorrentes.
Tipologia de Estruturas Industriais – Elementos de Desempenho
Tipo de
indústria
1) Indústria
Competitiva
Rentabilidade (potencial de acumulação)
Ajustes a variações cíclicas da demanda
. baixo. Operação com “rentabilidade
normal” no longo prazo. Variações
sazonais de demanda
. associados a mecanismos de entrada e saída de firmas, de
acordo com flutuações da demanda.
2) Ind.
Competitiva
Diferenciada
. rentabilidade bastante variável nos
diversos segmentos da indústria.
crises cíclicas de demanda podem resultar num avanço de
empresas mais eficientes sobre mercados de empresas
marginais. Expansões de demanda podem estimular
entrada de novos produtores
3) Oligopólio
Homogêneo
. elevada devido a “massa” de lucros,
apesar das margens poderem ser
pequenas.
. associados a variações do grau de utilização de
capacidade. Tentativa de antecipar expansões da demanda
via aumento da oferta p/ evitar perda de fatias de mercado.
Entrada de novas formas no auge do ciclo.
4) Oligopólio
Diferenciado
elevada devido à alta margem de lucro
associada a rendas de inovação. Evolução
particular ao longo do “ciclo de vida” dos
produtos lançados.
. problemas cíclicos de demanda podem ser resolvidos pela
intensificação da diferenciação de produto. Pressões de
demanda podem favorecer entrada de novas firmas e/ou
expansões de capacidade.
Poder dos Fornecedores
5 Forças
Competitivas
Ameaças novos
Entrantes
- Necessidade de Capital
- Economias de Escala
- Vantagem de custo absoluto
(Curva de Experiência)
- Diferenciação de produtos
- Acesso à canais de
distribuição
- Barreiras Legais/ regulatórias
- Retaliação
- Externalidades de Rede
- Expectativas sobre
competição futura
- Alta valorização da marca
pelos consumidores
São os mesmos fatores que determinam o poder dos compradores
Também é importante analisar os seguintes pontos:
- Quem são? Quantos são? Onde estão localizados?
- Qual a oferta total? Seus preços de venda?
- Prazos de venda e entrega?
- Qualidade dos produtos.
Análise
competitiva
(M. Porter)
Competição na Industria
Concentração
Muitos concorrentes
Diversidade dos concorrentes
Diferenciação do produto
Excesso de capacidade & barreiras à saída
Condições de custo
Estagnação ou Declínio da Industria
Produtos não diferenciáveis
Grandes/raras ordens de vendas
Preço cooperativo
Preços em termos de vendas não observáveis
Poder dos Compradores (Clientes)
• Sensibilidade do comprador ao preço
• Poder de barganha
• Concentração da industria
• Disponibilidades de suprimentos substitutos
• Integração entre fornecedores
• Capacidade dos fornecedores de determinar o preço
• Relação – investimentos específicos
Concorrência dos
substitutos
- Propensão dos
compradores de substituir
- Preços e Desempenhos dos
substitutos
- Disponibilidade de
substitutos próximos
Estratégias Competitivas Genéricas
Vantagem Estratégica
Unicidade
Totalidade da
Indústria
Estratégia de
Diferenciação
Eficiência
Estratégia de Liderança
no Custo Total
Alvo Estratégico
Segmento
Particular
Estratégias de Enfoque (segmentação)
1) Liderança de Custo
Recursos Requeridos
• Investimento de capital elevado
• Capacidade de Engenharia de Processo
• Supervisão da mão de obra
• Produtos projetados para facilitar fabricação
• Sistema de distribuição com baixo custo
• Acesso a matérias primas a baixo custo
• Eficiência operacional
Requisitos organizacionais
• Controle de custo rígido
• Relatórios de controle freqüentes e detalhados
• Organização de responsabilidades estruturada
• Incentivos baseados em metas quantitativas
Risco
• Mudança tecnológica que anula investimento e aprendizado anteriores
• Aprendizado a baixo custo para entrantes, via imitação ou modernização
• Incapacidade de adaptar produto ou marketing devido a ênfase no baixo custo
• Inflação de custos que pressiona margem de lucro
• Atraso na realização de investimentos
2) Diferenciação de produto
Recursos Requeridos
• Habilidade de marketing
• Engenharia de produto
• Criatividade/ inovatividade
• Capacidade em pesquisa básica
• Liderança reconhecida em qualidade e tecnologia
• Longa tradição na indústria
• Cooperação com canais de distribuição
Requisitos organizacionais
• Cooperação entre funções de P&D, desenvolvimento do produto e
marketing
• Avaliação e incentivos subjetivos
• Horizontalização da estrutura organizacional e dos fluxos internos
• Definição de funções pouco rígida
• Ambiente de trabalho ameno para atrair mão de obra qualificada e
estimular criatividade
Risco
• Diferenciação de custos impede manutenção de lealdade à marca
• Necessidade de compradores em relação ao fator de diferenciação diminui
• Sofisticação e mudança de padrões de consumidores
• Imitação reduz diferenciação percebida, com amadurecimento da indústria
3) Enfoque ou nicho
Recursos Requeridos
• Combinação de políticas acima dirigidas para uma meta estratégica
em particular
Requisitos organizacionais
• Combinação de políticas acima dirigidas para uma meta estratégica
em particular
Risco
• Eliminação de vantagens de custo para atender mercado estreito
devido a ampliação do diferencial de custos
• Anulação da vantagem de diferenciação proporcionada pelo
enfoque
• Diferenças entre produtos e serviços pretendidos pelo alvo
estratégico e o mercado se reduzem
• Concorrentes encontram sub-mercados dentro do alvo estratégico e
desfocalizam empresa
Características de Diferentes Etapas do Ciclo de Vida
de Determinada Tecnologia
Fases
Introdução
Características do
Processo Inovativo
Características da
Estrutura da Indústria
- introdução de inovação
radical que dá origem a
fluxo de inovações de
produto
- inovações provenientes
da esfera científica
- ênfase em inovações de
produto
- grande número de
pequenas firmas
tecnoilogicamente
dinâmicas
- barreiras à entrada
limitadas
- requisitos em termos de
gastos em P&D e capital
necessários para
vaiabilizar entrada
limitados são limitados
Desenvolvimento/ - consolidação de “design
Consolidação
dominante”
- crescente focalização do
esforço tecnológico
- geração de processo de
“lock in” tecnológico com
ênfase em inovações de
processo
Maturidade/
Estagnação
Intensidade da
Competição
-competição intensa, mas - equipamentos não
sem que empresas
especializados
particulares de
- plantas pequenas, com
destaquem
produção não eficiente
- estrutura da indústria
- produtos não
instável
standardizados
- vantagens para “first
movers”
- incerteza sobre evolução
de tecnologias e
mercados
- aumento da
- mudança de enfoque na
concentração industrial
competição: de
performance funcional do
- ênfase em mecanismos
de seleção, baseados em produto na direção do
preço e da diferenciação
“design dominante”
estabilização da
- fortalecimento de
estrutura
da industria e
barreiras à entrada na
da
dinâmica
competitiva
indústria, devido a
crescentes
- dificuldade para entrada
requerimentos de capital
de novas firmas
- redução do ritmo de
- alto nível de
inovação, centradas em
concentração industrial
aperfeiçoamentos
- manutenção de fortes
incrementais do processo barreiras à entrada,
- consolidação de efeito
vinculadas também à
“lock in”
comercialização
- estabilização da
estrutura indústria
Características do
Processo Produtivo
- crescente especialização
de equipamentos
- exploração de
economias de escala
- standardização de
produtos
- crescente importância de
ativos complementares
- ameaça de redução das - plantas altamente
margens de lucro
especializadas
- formação de acordos
- ênfase em racionalização
colusivos entre empresas produtiva (via
outsourcing, p.ex.)
- possibilidade de
desinvestimentos, se não
houver revitalização
tecnológica
COMPETITIVIDADE E PADRÕES DE
CONCORRÊNCIA
(Made in Brazil: Desafios competitivos para a indústria,
1995)
Conceito de competitividade
A MAIOR PARTE DOS ESTUDOS RECENTES COSTUMA TRATAR A
COMPATITIVIDADE COMO UM FENÔMENO DIRETAMENTE
RELACIONADO ÀS CARACTERÍSTICAS DE DESEMPENHO OU DE
EFICIÊNCIA TÉCNICA E ALOCATIVA APRESENTADA POR EMPRESAS E
PRODUTOS.
Duas linhas de análise:
•
•
Competitividade como desempenho (competitividade revelada):
expressa pela participação no mercado (market share) alcançada por uma
firma em um mercado num certo momento do tempo. A competitividade é
assim considerada uma variável ex-post que sintetiza fatores preço e nãopreço.
Competitividade como eficiência (competitividade potencial): expressa
pela capacidade das empresas de converter insumos em produtos com o
máximo de rendimento. Os indicadores são buscados em comparativos de
custos e preços, coeficientes técnicos (de insumo-produto, entre outros) ou
produtividade dos fatores. A competitividade, nesta segunda linha de
análise, é considerada como um fenômeno ex-ante que reflete o grau de
capacitação detido pelas firmas.
• Entretanto, ambos os conceitos de competitividade –
desempenho ou eficiência – apresentam limitações por
serem estáticos, analisando apenas o comportamento
passado dos indicadores, sem elucidar as relações
causais que mantêm com a evolução da
competitividade.
• Assim, o conceito de competitividade pode ser
apresentado como:
• “CAPACIDADE DA EMPRESA DE FORMULAR E
IMPLEMENTAR ESTRATÉGIAS CONCORRÊNCIAIS,
QUE LHE PERMITAM AMPLIAR OU CONSERVAR, DE
FORMA DURADOURA, UMA POSIÇÃO
SUSTENTÁVEL NO MERCADO”
• Se diferencia dos conceitos anteriores na medida em que busca na
dinâmica do processo de concorrência o referencial para avaliação
da competitividade
• Desse modo, ao invés de entendida como
uma característica intrínseca de um
produto ou de uma firma , a
competitividade surge como uma
característica extrínseca, relacionada ao
padrão de concorrência vigente em cada
mercado.
PADRÃO DE CONCORRÊNCIA: Conjunto
de fatores críticos de sucesso em um
mercado específico.
Padrões de concorrência,
•
São influenciados pelas características estruturais e comportamentais do
ambiente competitivo da empresa, sejam as referentes ao seu
setor/mercado de atuação, sejam as relacionadas ao próprio sistema
econômico.
•
Apresentam duas características decisivas para a avaliação da
competitividade das empresas:
– SÃO IDIOSSINCRÁTICOS DE CADA SETOR DA ESTRUTURA PRODUTIVA;
– SÃO MUTÁVEIS NO TEMPO.
•
A COMPETITIVIDADE É PORTANTO, FUNÇÃO DA ADEQUAÇÃO DAS
ESTRATÉGIAS DAS EMPRESAS INDIVIDUAIS AO PADRÃO DE
CONCORRÊNCIA VIGENTE NO MERCADO ESPECÍFICO.
•
As empresas mais competitivas são aquelas que, a cada instante, são
capazes de adotar estratégias mais adequadas ao seu padrão de
concorrência setorial
• Tais capacitações encontram-se em constante
processo de transformação. As novas capacitações
que vão sendo incorporadas pelas empresas resultam
de esforços deliberados que também expressam
escolhas ou decisões de investimento das empresas
(concepção evolucionária de busca e seleção). Por
um lado, a empresa escolhe estratégias que lhe
permitem ampliar suas qualificações em determinadas
direções desejadas.Por outro lado, as capacitações
acumuladas atuam também como fatores de restrição à
escolha de um leque alternativo de estratégias.
ESTRATÉGIAS COMPETITIVAS NO NÍVEL DA
FIRMA
•
A ESTRATÉGIA DEVE SER FACTÍVEL: o que depende da própria
capacitação acumulada, do potencial financeiro, do tempo de preparação e
maturação exigido por cada estratégia e das economias e deseconomias
dinâmicas existentes (como as relativas ao aprendizado).
•
A ESTRATÉGIA DEVE SER ECONOMICAMENTE ATRATIVA: o que é
determinado pelo balanço dos gastos requeridos no seu financiamento
frente aos riscos esperados e retornos proporcionados.
Em outras palavras, as empresas buscam adotar, em cada instante,
estratégias (gastos em aumento da eficiência produtiva, inovação, etc.)
voltadas para capacita-las a concorrer em preço, esforço de venda ou
diferenciação de produtos em consonância com o padrão de concorrência
vigente no mercado.
FATORES DETERMINANTES DA
COMPETITIVIDADE
• FATORES EMPRESARIAIS (internos às
empresas)
• FATORES ESTRUTURAIS (referentes à
indústria/complexo industrial)
• FATORES SISTÊMICOS (externalidades
sócio-econômicas)
FATORES DETERMINANTES DA
COMPETITIVIDADE
•
Fatores empresariais são aqueles sobre os quais as empresas detém
poder de decisão e podem ser controlados ou modificados através de
condutas ativas assumidas.
•
Fatores estruturais são aqueles sobre os quais a capacidade de
intervenção das empresas é limitada pela mediação do processo de
concorrência estando por isso apenas parcialmente na sua área de
influência.
•
Fatores sistêmicos são aqueles que constituem externalidades strictu
sensu para as empresas produtivas, sobre os quais as empresas detém
escassa ou nenhuma possibilidade de intervir. Podem ser:
–
–
–
–
–
–
Macroeconômicos
Político-institucionais
Legais regulatórios
Infra-estruturais
Sociais
Internacionais
EMPRESA COMO ELEMENTO BÁSICO DE ANÁLISE DA
COMPETITIVIDADE
EMPRESA: Considerada como um espaço de planejamento e organização da produção
que se estrutura em torno às diversas áreas de competência
Quatro áreas de competência empresarial:
• Atividades de gestão: incluem tarefas administrativas típicas de empreendimentos
industriais, planejamento estratégico e suporte à tomada de decisão, finanças e
marketing.
• Atividades de inovação: compreendem os esforços de pesquisa e desenvolvimento
de processos e produtos, realizados intra ou extra muros, além de atividades de
transferência de tecnologia através de licenciamento ou outras formas de
intercâmbio tecnológico.
• Atividades de produção: referem-se ao arsenal de recursos manejados na tarefa
manufatureira, que abrangem tanto os equipamentos e instalações como os métodos
de organização da produção e controle de qualidade
• Recursos Humanos: contemplam o conjunto de condições que caracterizam as
relações de trabalho, envolvendo os diversos aspectos que influenciam a
produtividade, qualificação e flexibilização da mão-de-obra.
O conceito de Competitividade
Fatores Estruturais
Elementos da Configuração da indústria:
• escalas típicas de operação;
• níveis de concentração técnica e econômica;
• grau de verticalização e diversificação setorial;
• distribuição espacial da produção;
• relações com fornecedores, clientes e com a infra-estrutura científico-tecnológica;
• relação capital-trabalho,
• tendências do progresso técnico;
• ciclos de vida de produtos e processos;
• regimes de P&D (Pesquisa & Desenvolvimento) e oportunidades tecnológicas;
Fatores Relacionados ao mercado
• taxa de crescimento do mercado;
• distribuição e estratificação da renda;
• padrões de consumo;
• sofisticação tecnológica, normatização e normalização de produtos e processos;
• conexão com mercados externos e sistema de comercialização,
Condições da Concorrência
• grau de exposição à concorrência externa;
• níveis das barreiras tarifárias e não tarifárias;
• estrutura de incentivos e tributos na produção e comércio exterior
• condições da regulação da concorrência.
• Influência de instituições extra-mercado públicas e não-públicas que definem os regimes
de incentivo e regulação da concorrência.
Fatores Sistêmicos (externalidades)
• Macroeconômicos: taxas de câmbio, salário, lucro, juros, impostos, tarifas;
• Político-institucionais: política tributária, política tarifária, apoio fiscal ao risco
tecnológico, poder de compra do governo, entre outros;
• Legais-regulatórios: proteção à propriedade industrial, preservação ambiental, defesa
da concorrência, proteção ao consumidor, regulação do capital estrangeiro;
• Infra-estruturais: qualidade e custo de energia, transportes, telecomunicações,
insumos básicos, serviços tecnológicos;
• Sociais: sistema de qualificação de mão-de-obra, política, educação e formação de
recursos humanos, proteção social e do trabalho;
• Internacionais: tendências do mercado mundial, fluxos de capital, investimentos de
risco em tecnologia, organismos multilaterais, acordos internacionais.
Os três níveis da competitividade
Sistêmica
Global / Regional / Local
Estrutural
Ambientação
Posicionamento
Articulação
Cooperação
Ação
Fortalecimento
Diferenciação
Região/Setor/Cadeia
Empresarial
Teoria do Negócio / Gestão
Empreendedorismo
Diante da diversidade dos padrões de concorrência,
quatro grupos de indústrias podem ser considerados
para efeito de análise:
• Grupo de indústrias produtoras de
commodities
• Grupo de indústrias produtoras de bens
duráveis e seus fornecedores
• Grupo de indústrias tradicionais
• Grupo de indústrias produtoras de bens
difusores de progresso técnico.
Competitividade Estrutural - Hipóteses
-
Quanto mais integrada e completa for a cadeia produtiva de uma
região, mais competitivas as empresas desta cadeia serão.
O nível estrutural traz o conceito da cooperação durante a
competição. Muitos problemas, considerados fora do controle das
empresas, podem ser resolvidos no âmbito estrutural, através da
cooperação.
Cadeia Produtiva (Definições)
Conjunto de atividades que se articulam progressivamente, desde os
insumos básicos até o produto final, incluindo distribuição e
comercialização, constituindo-se em elos de uma corrente
Conjunto de todos os processos produtivos que estão envolvidos no
desenvolvimento de um determinado serviço ou produto final,
incluindo o setor de conhecimento, o sistema de regulação do
setor público, a distribuição e a comercialização desse serviço ou
produto
DIAGRAMA ESQUEMÁTICO DE UMA CADEIA PRODUTIVA
Ambiente Institucional (leis, regulamentos, políticas governamentais etc)
Fluxos financeiros e de Informações
Insumos
Produção
Processamento
Atacado
Varejo
Fluxos Físicos
- Logística (Transporte, armazenagem etc)
- Serviços de Apoio (Informações de Produtos e Serviços e de Mercado, ensino e
pesquisa, Financiamento e Capitalização, fomento ao desenvolvimento dentre outros)
Exemplo: Visualização da cadeia produtiva
da indústria de confecções
Escolas e Universidades
Mercados
Unidades de Formação
Profissional
Moda íntima
Moda Praia
Máquinas e
Equipamentos
Centros de Pesquisa e
Serviços Tecnológicos
Surfwear
Sindicatos / Associações
Moda feminina
Instituições Financeiras
Indústria
Têxtil
Indústria de
Polímeros
Tecidos
Instituições de
apoio
Aviamentos
Indústria de
Confecções
Moda
masculina
Moda infantil
• “Sacoleiras”
Componentes
Sintéticos
• Consumidores locais
Agências
Governamentais
Componentes
Metálicos
Design
Tendências de Moda
/ Estilo
• Mercado externo
• Feiras de moda
US$ 939.7 million
Figure 1:
Tobacco cluster subsector
map
US$ 619.1 million
CHANNEL 2
CIGARETTE
EXPORTS
CHANNEL 1
EXTERNAL MARKETS FOR
PROCESSED AND
UNMANUFACTURED
TOBACCO
CHANNEL 3
DOMESTIC
CIGARETTE
MARKET
EXPORT AGENTS
N=10
EXPORTS
CIGARETTES
PRODUCERS
(SECONDARY
PROCESSING)
WHOLESALE
US$ 518,4 million
N=1
STORAGE
FULLY INTEGRATED
TOBACCO
PROCESSING
PLANTS
PRIMARY PROCESSING
N= 3
TOBACCO PROCESSING
PLANTS SOURCED BY TOBACCO
LEAF DISTRIBUTORS
PACKAGING
N= 3
DRYING
CUTING
SMEs TOBACCO LEAF
DISTRIBUTORS
STORAGE
N=10
GROWING
SMALL HOLDER FARMERS
INTEGRATED TOBACCO GROWERS
N= 70,000 (RS)
Legend:
Sale of goods in spot markets:
Contract sale or subcontract:
Enterprises boundaries:
OBS: the values in the top of the figure –
provided by ABIFUMO – for the Brazilian
tobacco market are associated with the
different market channels in the cluster and
may be overestimated.
COMPETITIVIDADE DA CADEIA
PRODUTIVA
A competitividade de uma cadeia
depende do grau de cooperação na Rede
de Atores da Cadeia:
• entre os elos da cadeia
• entre instituições de apoio
• entre os elos e instituições de apoio
Poder dos Fornecedores
5 Forças
Competitivas
Ameaças novos
Entrantes
- Necessidade de Capital
- Economias de Escala
- Vantagem de custo absoluto
(Curva de Experiência)
- Diferenciação de produtos
- Acesso à canais de
distribuição
- Barreiras Legais/ regulatórias
- Retaliação
- Externalidades de Rede
- Expectativas sobre
competição futura
- Alta valorização da marca
pelos consumidores
São os mesmos fatores que determinam o poder dos compradores
Também é importante analisar os seguintes pontos:
- Quem são? Quantos são? Onde estão localizados?
- Qual a oferta total? Seus preços de venda?
- Prazos de venda e entrega?
- Qualidade dos produtos.
Análise
competitiva
(M. Porter)
Competição na Industria
Concentração
Muitos concorrentes
Diversidade dos concorrentes
Diferenciação do produto
Excesso de capacidade & barreiras à saída
Condições de custo
Estagnação ou Declínio da Industria
Produtos não diferenciáveis
Grandes/raras ordens de vendas
Preço cooperativo
Preços em termos de vendas não observáveis
Poder dos Compradores (Clientes)
• Sensibilidade do comprador ao preço
• Poder de barganha
• Concentração da industria
• Disponibilidades de suprimentos substitutos
• Integração entre fornecedores
• Capacidade dos fornecedores de determinar o preço
• Relação – investimentos específicos
Concorrência dos
substitutos
- Propensão dos
compradores de substituir
- Preços e Desempenhos dos
substitutos
- Disponibilidade de
substitutos próximos
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