Avaliação em Serviços de Saúde e Vigilância Sanitária Flávia Freitas de Paula Lopes Gerência-Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde Vigilância Sanitária após 1988 LEI 8.080/ 90 “Um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir, ou prevenir risco à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes (...) da prestação de serviços de interesse da saúde.” Risco em Serviços de Saúde RISCO ATRIBUÍVEL À ESTRUTURA, PROCESSOS DE AÇÕES DE REGULAÇÃO TRABALHO E PRODUTOS DE SAÚDE RISCO INERENTE À ESCOLHA DA TECNOLOGIA EM SAÚDE MEDICINA BASEADA EM EVIDÊNCIAS Construção do Modelo Qualidade Risco “ Em serviços de Saúde qualidade e risco são indissociáveis” Construção do Modelo Teoria de Sistemas: Donabedian Processos de Estrutura Trabalho Área Física Equipamentos Insumos Recursos Humanos Procedimentos e tecnologia aplicados corretamente RESULTADOS Análise de Riscos GERENCIAMENTO DO RISCO AVALIAÇÃO DO RISCO Desenvolvimento de ações regulatórias Identificação do dano (o agente causa o efeito adverso?) Avaliação de dose-resposta (qual é a relação entre a exposição e a incidência em humanos?) Avaliação da exposição Caracterização do risco (qual é a incidência estimada do efeito adverso numa dada população?) Avaliação das conseqüências econômicas, sociais, políticas e de saúde das opções regulatórias (Quais exposições são experimentadas ou antecipadas sob diferentes condições?) Fonte: adaptado de Lucchese, Geraldo. Rio de Janeiro,2001 Decisões e ações das Agências Gerenciamento do Risco Os riscos aumentaram/diminuíram? O perfil de risco do serviço mudou no tempo? Quais são os fatores de risco são importantes para a prevenção de eventos adversos? Onde devemos concentrar esforços? Como devemos priorizar ações? Avaliação X Vigilância Sanitária Objetivo Geral: Instrumentalizar a vigilância sanitária e os serviços de saúde para a tomada de decisão e redução de riscos e eventos adversos associados a assistência à saúde Objetivos Específicos: Desenvolver instrumentos que permitissem o monitoramento e a avaliação de riscos Harmonizar os critérios de avaliação de serviços de saúde Estimular o desenvolvimento de uma cultura de avaliação de Serviços de Saúde Estimular a utilização de indicadores para avaliação de serviços Monitoramento e Avaliação DEFINIÇÃO DAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA Informação para Tomada de Decisão CNES SINAVISA SINAIS SINEPS AIH/ APAC Estudos e Pesquisas Avaliação de Serviços de Saúde Avaliação Olhar interno auto-avaliação / PNASS eventos sentinelas busca ativa e notificação indicadores Olhar externo - direto: • governamental: • Inspeção e PNASS • Auditoria/DENASUS • não-governamental: Acreditação Serviço de Saúde - indireto: indicadores Modelo de Avaliação Hospitais Roteiro e (Auto)-avaliação Indicadores Acreditação Diálises Radiações Laboratórios Avaliação e Auto-avaliação PROGRAMA NACIONAL DE AVALIAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE - PNASS Eixos Avaliativos 1. Roteiro de padrões de conformidade 2. Pesquisa das condições e relações de trabalho 3. Pesquisa de satisfação dos usuários Sistema de Informação - SiPNASS 4. Indicadores REPRESENTAÇÃO AMOSTRAL-PNASS 66.361 serviços de saúde SUS Meta: 9.768 (14,7%) serviços de saúde avaliados pelo PNASS Critério: Pacto do TAM e que correspondem a 98,11% dos procedimentos hospitalares do país PROGRAMA NACIONAL DE AVALIAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE Roteiro de Padrões de Conformidade •Auto-avaliação •Avaliação pelo Gestor •Hospitais Gerais •Maternidades •Ambulatórios Especializados •CACON •TRS Roteiro de Padrões de Conformidade 03 Blocos 22 Critérios Critério: 02 Imprescindíveis, 02 Necessários e 02 Recomendados 132 Padrões a serem avaliados Sim, Não, Não se Aplica Roteiro de Padrões de Conformidade BLOCOS CRITÉRIOS 1. Liderança e Organização 2. Demanda, Usuários e Sociedade I – GESTÃO ORGANIZACIONAL 3. Gestão da Informação 4. Gestão de Pessoas Roteiro de Padrões de Conformidade BLOCOS CRITÉRIOS 5. Gerenciamento de Risco 6. Gestão da Infra-estrutura Física 7. Gestão de Equipamentos II – APOIO TÉCNICO E LOGÍSTICO 8. Gestão de Materiais 9. Higiene do Ambiente e Proc. Roupas 10. Alimentação e Nutrição 11. SADT 12. Serviços de Hemoterapia Roteiro de Padrões de Conformidade BLOCOS CRITÉRIOS 13. Humanização da Atenção 14. Atenção Imediata 15. At. Ambulatorial de Especialidades 16. At. em Regime de Internação III – GESTÃO 17. At. em Regime de Terapia Intensiva DA ATENÇÃO À 18. At. Cirúrgica e Anestésica SAÚDE 19. Atenção Materno-infantil 20. Atenção Quimioterápica 21. Atenção Radioterápica 22. Atenção ao Renal Crônico Resultados DESEMPENHO NACIONAL DA AVALIAÇÃO DO ROTEIRO DE PADRÕES DE CONFORMIDADE - GESTOR n = 9.768 44% 56% Avaliados Não Avaliados Resultados DESEMPENHO NACIONAL DA AVALIAÇÃO DO ROTEIRO DE PADRÕES DE CONFORMIDADE AUTO-AVALIAÇÃO 23% n = 9.768 77% AVALIADOS NÃO-AVALIADOS Análise do Banco de Dados Classificação dos Serviços de Saúde (modelo matemático) Avaliação por Bloco, Critério e por Item Agregação Nacional, Estadual, Municipal ou por tipologia de serviço Ordenamento dos serviços de saúde por percentual de atendimento Direcionamento de Ações QualiSUS – SE/MS Pandemia de Influenza – SVS e SAS/MS Planos Operativos de Hospitais –SAS/MS Financiamento Hospitais de Ensino – SAS/MS Priorização de ação sanitária - SNVS INDICADORES Indicadores Pesquisas Bancos de dados existentes Índice de Risco Hospitalar Datawarehause MonitorAIH Centros Colaboradores SiPNASS Criação de Novos Bancos de Dados SINAIS Resoluções Pesquisa FSP/USP TAXAS DE INFECÇÃO HOSPITALAR REPORTADAS Hospitais com UTI adulto* 636 Hospitais que informaram* 182 (29%) Casos de IH: Saídas: Óbitos por IH: Taxa de IH global: Letalidade: 9.197 97.946 1.320 9% 14,35% * Exclui SP Avaliação por Indicadores Hospitais Diálises Radiações Laboratórios Indicadores Bases de dados AIH APAC APAC TRS ONCO AEQ Sinais AIH - Autorização de Internação Hospitalar APAC - Autorização de Procedimentos de Alta Complexidade/Alto Custo AEQ - Avaliação Externa da Qualidade IRH –Índice de Risco Hospitalar Convênio Anvisa-Ipea Geral: Produzir informações capazes de melhorar as decisões sobre as ações adotar para diminuir os riscos e os danos à saúde. Especificos: Estimar o Risco Hospitalar para o universo dos hospitais brasileiros que promovem assistência médica custeada pelo setor público, considerando todas as especialidades existentes e causas de internação Medir três aspectos do Risco Hospitalar: a mortalidade, a reinternação e a infecção hospitalar, estimando as probabilidades de óbito, reinternação ou infecção hospitalar devida exclusivamente a fatores hospitalares IRH –Índice de Risco Hospitalar Convênio Anvisa-Ipea Risco em saúde: descreve o potencial de danos (resultados indesejáveis) que uma fonte (ação ou material) de risco pode causar à saúde dos indivíduos expostos a essa fonte. Não é diretamente observável, mas pode ser estimado. Quanto maior o risco, maior a probabilidade de que os danos aconteçam. IRH –Índice de Risco Hospitalar Convênio Anvisa-Ipea O Risco Hospitalar apresenta dois componentes: Risco não-redutível: Risco Hospitalar determinado por fatores extrínsecos ao hospital Risco redutível: Risco Hospitalar determinado por fatores intrínsecos ao hospital Esta dualidade do Risco Hospitalar é bem definida pelo estudo de Martins (1992), que já apontava para a necessidade de separar os fatores que explicam a gravidade da demanda assistida e a qualidade hospitalar propriamente dita. IRH –Índice de Risco Hospitalar Convênio Anvisa-Ipea O Risco Hospitalar não redutível pode ser explicado por fatores que afetam diretamente a assistência prestada por cada unidade hospitalar em particular, por exemplo: A pirâmide populacional e o perfil epidemiológico dos pacientes internados O perfil da oferta de serviços do hospital O nível de complexidade do hospital O papel desempenhado pelo hospital dentro da dinâmica assistencial do sistema de saúde IRH –Índice de Risco Hospitalar Convênio Anvisa-Ipea Para a Vigilância Sanitária interessa estimar o Risco Hospitalar redutível, ou seja, a probabilidade de desfechos negativos associados a fatores intrínsecos ao hospital, controlado o efeito do perfil do hospital e das condições gerais de vida e saúde da população a ele adscrita. Estas probabilidades serão denominadas Índice de Risco Hospitalar (IRH) IRH –Índice de Risco Hospitalar Convênio Anvisa-Ipea O IRH será estimado para os seguintes níveis de agregação: pacientes, agregados em “clínicas”, e estas agregadas em hospitais. O IRH será estimado em separado para três desfechos: Índice de Risco Hospitalar para Óbito (IRH-O) Índice de Risco Hospitalar para Infecção Hospitalar (IRH-I) Índice de Risco Hospitalar para Reinternação (IRH-R) Avaliação por Indicadores HU (MG) HU(SP) HR (SE) HU(RJ) HU(RS) Avaliação por Indicadores: MonitorAIH Monitoramento das Infecções em Serviços de Saúde SINAIS –MÓDULO HOSPITAL AVALIAÇÃO POR INDICADORES Uniformizar e padronizar indicadores de infecção hospitalar/qualidade, possibilitando seu acompanhamento Monitorar a qualidade da assistência hospitalar e riscos Favorecer a implantação das ações que visam diminuir a incidência e gravidade de infecções em serviços de saúde SINAIS: OBJETIVOS Analisar os dados para reconhecer as tendências das IHs, sítios envolvidos, fatores riscos, patógenos hospitalares, resistência antimicrobiana e ocorrência de surtos Realizar vigilância focalizando grupos específicos de pacientes Analisar dos indicadores de infecção nacionais, discriminados por hospital, município e estado Avaliar o Impacto das medidas de Prevenção e Controle e Direcionar Ações Nacionais SINAIS: Acesso às Informações ANÁLISE ON LINE ENVIO DE DADOS VIA INTERNET MUNICÍPIO VIA DISQUETE Hospitais BANCO DE DADOS M. DA SAÚDE ANÁLISE INFORMAÇÃO ESTADO CONHECIMENTO AÇÃO!! Monitoramento : INFECÇÕES /SINAIS Indicadores Nacionais Indicadores para os Serviços de Saúde (workshop, 2005): o Infecção de Sítio Cirúrgico - Limpa o BSI relacionada a cateter o “Assistência Materno Infantil” Regulamentação Portaria MS nº 2616 de 12 de maio de 1998 Taxa de Infecção Hospitalar e Comunitária Taxa de Pacientes com Infecção Taxas de IH por topografia, localização do paciente, especialidade etc. Distribuição percentual por localização topográfica das IHs Taxa de IH por Procedimentos de Risco taxa de infecção urinária após cateterismo vesical taxa de pneumonia após uso de respirador Freqüência de IH por microrganismos Coeficiente de sensibilidade de microrganismos aos antimicrobianos Taxa de letalidade associada a IH Regulamentação RDC nº 283, de 26 de setembro de 2005 - Aprova o Regulamento Técnico que define normas de funcionamento para as Instituições de Longa Permanência para Idosos: Taxa Taxa Taxa Taxa Taxa Taxa de mortalidade incidência de doença diarréica aguda de incidência de escabiose de incidência de desidratação de prevalência de úlcera de decúbito de prevalência de desnutrição Regulamentação RDC Nº11, DE 26/01/2006 - Dispõe sobre o Regulamento Técnico de Funcionamento Serviços que prestam Atenção Domiciliar de Taxa de mortalidade para a modalidade internação domiciliar Taxa de internação após atenção domiciliar Taxa de infecção para a modalidade internação domiciliar Taxa de alta da modalidade assistência domiciliar Taxa de alta da modalidade internação domiciliar Regulamentação RDC Nº 20, 02/02/2006 - Estabelece o Regulamento Técnico para o funcionamento de serviços de RADIOTERAPIA, visando a defesa da saúde dos pacientes, dos profissionais envolvidos e do público em geral. Todo serviço de radioterapia deve passar, a cada quatro anos, por um processo de avaliação externa da qualidade, considerando os seguintes indicadores: tempo médio do tratamento radioterápico; taxa de abandono do tratamento radioterápico; taxa de simulação no total de pacientes tratados; taxa de interrupção do tratamento radioterápico; taxa de adesão da equipe médica aos protocolos de tratamento estabelecidos no serviço; desvio da dose absoluta no ponto de referência. Regulamentação RDC Nº 154 15/06/2004 -Estabelece o Regulamento Técnico para o funcionamento dos Serviços de Diálise (Republicada – 31/05/2006) Resolução RE nº 1671, de 30 de maio de 2006 Taxa de hospitalização (por modalidade) Proporção de pacientes em uso de Cateter Venoso Central por mais de três meses (Hemo) Incidência de Peritonite (DPI, DPA e DPAC) Taxa de soroconversão para Hepatite C positiva em pacientes em Hemodiálise Taxa de mortalidade de pacientes em diálise Desafios 2006/ 2007 Fortalecimento dos Sistemas de Informação para tomada de decisão Estímulo à Melhoria Contínua da Qualidade dos serviços de saúde por meio da disseminação de conhecimento e experiências exitosas Fortalecimento do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária pela estruturação de redes e projetos conjuntos Regulação com base na avaliação de custo-efetividade