Administração Estratégica 2007 Bruno H. Rocha Fernandes O que é administração estratégica? • • • • Estratégia: definição e características. Estratégia organizacional. Importância da estratégia. Processo estratégico. O que é estratégia? • Definição de um curso de ação para atingir um objetivo • Meios para atingir um fim Características da estratégia • • • • Conhecimento do ambiente Conhecimento de si mesmo Criatividade / elemento surpresa Persistência Características da estratégia • • • • Alinhamento de esforços Motivação Aprendizagem e confiança Liderança Estratégia nas organizações • Conjunto dos grandes propósitos, dos objetivos, metas, políticas e planos para concretizar uma situação futura desejada, considerando as oportunidades do ambiente e os recursos da organização. Estratégia nas organizações Nas empresas (ou organizações), a estratégia: Refere-se às decisões de mais alto nível: Mobiliza a empresa como um todo Podem trazer grande sucesso ou grande fracasso Tem impacto no longo prazo Podem ser competitivas ou colaborativas Podem ser concebidas para início de um negócio Importância da estratégia Para que definir estratégias? Assumir controle sobre destino Enxergar oportunidades Transformar ameaças em oportunidades Definir novos rumos para organização Introduzir a disciplina de pensar a longo prazo Desenvolver um processo educacional Incentivar a interação e negociação Mobilizar recursos para objetivo comum Promover a mudança Vender idéias. Processo Estratégico Objetivos/ Estratégias Funcionais MKT Ameaças e oportunidades Negócio Ambiente x organização Pontos fortes Pontos Fracos Missão Missão Visão Visão OBJETIVOS GERAIS ESTRATÉGIAS GERAIS Crescimento Desinvestimento Diversificação RH FIN Análise Análiseda daOrganização Organização -Cadeia de valor -Estratégia genéricas -Competências -Pontos Fortes -Pontos Fracos Cultura Liderança Balanced Scorecard Formulação Análise PROD Aprendizagem Controle e Monitoramento Setorial Porter Atratividade Ciclo de Vida Concorrência Implementação Macro Econômico Social Político Tecnológico Projeções Financeiras Integraçao /Orçamento Análise do ambiente Implantação Módulo: Administração Estratégica Bruno H. Rocha Fernandes, PhD Estrutura do Módulo 1º Encontro 2º Encontro 3º Encontro 4º Encontro Visão geral: Estratégia Processo estratégico Análise do negócio Análise setorial: 5 forças Ciclo de vida do setor Diagnóstico organização Competên-cias Perfil e áreas funcionais Formulação: Missão Análise do ambiente macro Tamanho de mercado Fatores chave de sucesso Análise SWOT Indicadores Implantação da estratégia Objetivos e estratégias gerais e funcionais Módulo: Administração Estratégica • Objetivo geral do módulo conhecer conceitos e ferramentas para elaborar um plano de negócios para a organização. Módulo: Administração Estratégica Objetivos específicos identificar o negócio analisar ambiente macro e setorial • diagnosticar competências da organização e da área • formular objetivos e estratégias gerais e funcionais • definir indicadores de controle Módulo: Administração Estratégica • • • • • • Metodologia Exposições dialogadas Análise e discussão de casos Exibição de vídeos Aplicação de testes Exercícios de reflexão sobre a própria realidade empresarial Módulo: Administração Estratégica • Avaliação • Trabalho do módulo: – Elaborar um plano de negócio com as etapas: • • • identificação do negócio análise do ambiente macro e setorial diagnóstico das competências da organização e das áreas formulação de objetivos e estratégias gerais e funcionais definição de indicadores de controle Módulo: Administração Estratégica • Bibliografia • FERNANDES, Bruno H. R.; BERTON, Luiz H.. Administração Estratégica: da competência empreendedora à avaliação do desempenho. S. Paulo: Ed. Saraiva, 2005. • WRIGHT, Peter; KROLL, Mark; PARNELL, John. Administração Estratégica. São Paulo: Ed. Atlas, 1999 (básica). • CERTO, Samuel C.; PETER, J. Paul: Administração Estratégica Planejamento e Implantação da Estratégia. São Paulo: Makron Books, 1993. 469p. • FAHEY, Liam; RANDALL, Robert.. MBA: curso prático de Estratégia. São Paulo: Ed. Campus, 1999. • HAX, Arnoldo; MAJLUF, Nicolas. The Strategy Concept & process: a pragmatic approach. New Jersey: Prentice Hall, 1991. • KOTLER, Philip. Administração de Marketing. São Paulo: Ed. Atlas, 1998 • PORTER, Michael: Estratégia Competitiva: Técnicas para Análise de Indústrias e da Concorrência. Rio de Janeiro: Campus, 1986 • TAVARES, Mauro C. Gestão Estratégica. São Paulo: Ed. Atlas, 2000 Qual é o negócio da organização Atividade principal da empresa (“core business”) Unidade Estratégica de Negócios (“SBU Strategic Business Unit”) Deve ser claramente definido É parte do grupo de decisões superiores da organização, aquelas de maior importância e duração Qual é o negócio da organização • Postos de gasolina: utilidade, não gasolina • Concessionária: serviços associados à venda de automóveis, não venda de carros • Indústria petrolífera: energia, não petróleo • Operadores telecom: tráfego de dados Qual é o negócio da organização Fabricante de lápis . Instrumentos de escrita (lápis, caneta, ...) . Equipamentos de redação (processadores de texto) . Empresa de comunicação (muito abrangente) Holiday Inns De “negócio de hotéis” para “indústria de viagens” aquisição de uma empresa de ônibus Venda da empresa de ônibus hoje - “indústria de hospitalidade”. Qual é o negócio da organização • Recomendações para a sua definição: – Enumere os diversos produtos de sua empresa. – O que eles têm em comum? Qual é o negócio da minha empresa? Análise do ambiente Análise do ambiente Ambiente geral ou Macroambiente Análise “PEST” • Ambiente econômico • Ambiente social • Ambiente tecnológico • Ambiente político AMBIENTE ECONÔMICO REAL X GLOBALIZAÇÃO •MERCADOS GLOBAIS •ABERTURA DA ECONOMIA •AUMENTO DO COMÉRCIO ENTRE PAÍSES •QUEDA DE BARREIRAS COMERCIAS •ESTABILIZAÇÃO ECONÔMICA •AUMENTO DO PODER DE COMPRA DAS CLASSES MAIS POBRES •(DES)VALORIZAÇÃO DA MOEDA NACIONAL •PLANEJAMENTO FINANCEIRO •LIBERALIZAÇÃO DO CRÉDITO •TAXA DE JUROS •CRESCIMENTO DOS SERVIÇOS •FUSÕES E AQUISIÇÕES ENTRE EMPRESAS MUNDIAIS Brazil France Italy Japan United States United Kingdom 1996 1995 1994 1993 1992 1991 1990 1989 1988 1987 1986 1985 1984 1983 1982 1981 1980 1979 1978 1977 1976 1975 1974 1973 1972 1971 1970 1969 1968 1967 1966 1965 1964 1963 1962 1961 1960 AMBIENTE ECONÔMICO PARTICIPAÇÃO % DOS SERVIÇOS NO PIB - 1996-1997 80 70 60 50 40 30 20 AMBIENTE ECONÔMICO GRANDES AQUISIÇÕES COMPRADOR ALTRIA (PHILIP MORRIS) NESTLÉ REFINAÇÕES DE MILHO BRASIL BESTFOODS UNILEVER CARLOS TILKIAN ELECTROLUX MAHLE/COFAP SUL AMÉRICA SEGUROS ITAÚ BANCO EXCEL BANCO SANTANDER BCN BRADESCO UBS SONAE WAL MART COLGATE-PALMOLIVE DIXIE-TOGA CVRD InBEV PETROBRÁS, BRASKEM, ULTRA EMPRESA ADQUIRIDA LACTA GAROTO ARISCO REFINAÇÕES DE MILHO BRASIL BESTFOODS BRINQUEDOS ESTRELA REFRIPAR-PROSDÓCIMO METAL LEVE ITATIAIA E SANTA CRUZ BFB, BANESTADO, BEMGE, BANK BOSTON BANCO ECONÔMICO BANCO EXCEL, BANESPA BANCO ITAMARATI BCN, BBV, MERCANTIL PACTUAL CANDIA, MERCADORAMA, COLETÃO SONAE KOLYNOS IMPRESSORA PARANAENSE INCO BRAHMA-ANTARTICA + INTERBREW IPIRANGA AMBIENTE ECONÔMICO IMPACTOS DA GLOBALIZAÇÃO SOBRE AS EMPRESAS FORÇAS PRÓ •Melhores comunicações e transporte •Menores restrições ao comércio •Convergência nas necessidades do consumidor FORÇAS CONTRA Custo de coordenação Restrições geográficas Diferenças nacionais Protencionismo AMBIENTE TECNOLÓGICO •INTERNET •TELECOMUNICAÇÕES •TV DIGITAL •INFORMÁTICA •CONVERGÊNCIA TECNOLÓGICA •NOVOS MATERIAIS •NANOTECNOLOGIA •AUTOMAÇÃO •BIOTECNOLOGIA E ENGENHARIA GENÉTICA •REDUÇÃO DO CICLO DE VIDA DOS PRODUTOS Oportunidades Tecnológicas Cambiantes Fases (Paradigma Predominante) Grau Maturidade Fase I Difusão Inicial Fase II Rápido Crescimento (Inicial) Fase III Rápido Crescimento (Tardio) AMBIENTE TECNOLÓGICO Fase IV Maturidade Conhecimentos e experiência técnicas acessíveis Paradigma Prévio (fase III) Conhecimentos livremente disponíveis Crescente Privatização Conhecimento Conhecimentos livremente (novas tecnologias) Novo Paradigma (fase II) Dupla Oportunidade Tecnológica Tempo Variáveis sociais (demografia, valores e estilo de vida) envelhecimento da população preocupação com saúde, estética, ecologia fim do emprego maior tempo livre mais atividades centradas no lar incorporação da mulher ao mercado de trabalho crescimento no nível educacional valores democráticos transformação da família aumento das taxas de violência convergência/ divergência cultural Variáveis sociais PIRÂMIDE ETÁRIA DO BRASIL - PROJEÇÃO - 1995 70+ 65-69 HOMENS MULHERES 60-64 55-59 50-54 45-49 40-44 35-39 30-34 25-29 20-24 15-19 10-14 5-9 0-4 -0.08 -0.06 -0.04 -0.02 0 0.02 0.04 0.06 0.08 Variáveis sociais PIRÂMIDE ETÁRIA DO BRASIL - PROJEÇÃO - 2020 70+ 65-69 60-64 55-59 50-54 45-49 40-44 35-39 30-34 25-29 20-24 15-19 10-14 5-9 0-4 -0.06 -0.04 -0.02 0 0.02 0.04 0.06 Variáveis políticas Fatores que podem influenciar as atividades de uma empresa em decorrência do processo ou clima político Incentivos fiscais Mudança de legislação Monopólios e concessões Política internacional Legislação anti-truste Variáveis políticas PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS PADRÕES DE PLANEJAMENTO Padrão Centralizado/ Planejamento Tradicional DAS TRANSFORMAÇÕES Verticalidade: políticas ditadas “de cima para baixo” EM CURSO NOS Padrão Descentralizado/ Gestão do Planejamento Horizontalidade: políticas articuladas entre os distintos agentes/atores sociais envolvidos e orientadas estrategicamente de forma a criar oportunidades para a criação de empreendimentos Generalidade: políticas supostamente válidas para Seletividade: políticas desenhadas segundo os qualquer região ou espaço geográfico; dispersão de diferentes perfis produtivos de cada segmento, fontes de financiamento. região ou território; integração e foco de fontes de financiamento. Funcional/Setorial: políticas que têm, em geral, uma perspectiva setorial ou funcional: políticas agrícolas, industriais, da soja, do álcool, da pequena e média empresa, etc. Territorialidade: políticas que tomam por referência a economia regional como um conjunto econômico, social e político, com especificidades espacialmente localizadas; políticas de clustering. Como isso afeta a sua empresa? • Variáveis econômicas e seu efeito sobre a organização • Variáveis sociais e seu efeito sobre a organização • Variáveis tecnológicas e seu efeito sobre a organização • Variáveis políticas e seu efeito sobre a organização Ambiente setorial Ambiente de interação imediata com a organização Técnicas: •Modelo de Porter •Ciclo de vida do setor •Tamanho e crescimento do mercado •Análise da concorrência com base nos fatores chave de sucesso Modelo de Porter Ameaça de entrada Poder de Barganha dos Fornecedores Rivalidade Poder de Barganha dos Compradores Ameaça dos Substitutos Modelo de Porter - exercício 1) Atribua um valor de 1 a 5 segundo o seu grau de discordância ou concordância com as questões que seguem: 1 – discordo totalmente 2 – discordo 3 – a questão é parte falsa e parte verdadeira 4 – concordo 5 – concordo totalmente Se não souber ou não se aplicar, deixe em branco. 2) Para cada força, calcule a média das células preenchidas Ameaça de entrada É possível ser pequeno para entrar no negócio. Empresas concorrentes têm marcas desconhecidas ou os clientes não são fiéis. Baixo investimento em infraestrutura, crédito a clientes e produtos. Os clientes terão baixos custos para trocarem seus atuais fornecedores. Tecnologia dos concorrentes não é patenteada. Não é necessário investimento em pesquisa. O local, compatível com a concorrência, exigirá baixo investimento. Não há exigências do governo que beneficiam empresas existentes ou limitam a entrada de novas empresas. Empresas estabelecidas têm pouca experiência no negócio ou custos altos É improvável uma guerra com os novos concorrentes. O mercado não está saturado Rivalidade entre empresas Existe grande número de concorrentes, com relativo equilíbrio em termos de tamanho e recursos. O setor onde se situa o negócio mostra lento crescimento. Uns prosperam em detrimento de outros. Custos fixos altos e pressão no sentido do vender o máximo para cobrir estes custos Acirrada disputa de preços entre os concorrentes. Não há diferenciação entre os produtos/ serviços comercializados pelos concorrentes. É muito dispendioso para as empresas já estabelecidas saírem do negócio. Ameaça de produto/ serviços substitutos Verifica-se uma enorme quantidade de produtos/serviços substitutos. Produtos/serviços substitutos têm custos mais baixos que os das empresas existentes no negócio. Empresas existentes não costumam utilizar publicidade para promover sua imagem e dos produtos/serviços. Setores de atuação dos produtos/serviços subtitutos estão em expansão, aumentando a concorrência. Poder dos compradores Clientes compram em grandes quantidades e sempre fazem forte pressão por preços menores. Produto/serviço vendido pela empresa representa muito nos custos dos clientes ou de suas compras. Produtos/serviços que os clientes compram são padronizados. Clientes não têm custos adicionais significativos se mudarem de fornecedores. Há sempre uma ameaça dos clientes virem a produzir os produtos/serviços adquiridos no setor. Produto/serviço vendido pela empresa existente não é essencial para melhorar os produtos do comprador. Clientes são muito bem informados sobre preços, e custos do setor. Clientes trabalham com margens de lucro achatadas. Poder dos fornecedores O fornecimento de produtos, insumos e serviços necessários é concentrado em poucas empresas fornecedoras. Produtos/serviços adquiridos pelas empresas existentes não são facilmente substituídos por outros. Empresas existentes no negócio não são clientes importantes para os fornecedores. Materiais/ serviços adquiridos dos fornecedores são importantes para o sucesso dos negócios no setor. Os produtos comprados dos fornecedores são diferenciados. Existem custos significativos para se mudar de fornecedor. Ameaça permanente de os fornecedores entrarem no negócio do setor Modelo de Porter- Dicas As melhores oportunidades de sucesso e lucro estão em setores ou segmentos que têm: •baixa concorrência •baixa probabilidade de entrarem novos concorrentes •pequeno poder de negociação dos fornecedores •pequeno poder de negociação dos clientes •baixa probabilidade de serem criados e comercializados produtos/serviços substitutos dos da empresa. Modelo de Porter- Dicas Ameaça de entrada Procure setores com poucas barreiras de entrada para seu negócio (ou em que seja possível levantar barreiras uma vez dentro) Barreiras de entrada versus barreiras de saída Modelo de Porter- Dicas Rivalidade Procure nichos específicos dentro de um mercado de massa maior Procure formar parcerias com concorrentes Modelo de Porter- Dicas Ameaça de produtos substitutos Realize promoções conjuntas para a indústria Esteja atento a qualquer novidade relacionada ao produto/ serviço Forme parceria com empresas de produtos/ serviços substitutos Modelo de Porter- Dicas Poder de barganha dos compradores Forme parcerias com seus compradores Estude possibilidade verticalmente para frente de integrar-se Associe-se a outros participantes para fazer vendas Busque nichos de mercado específicos Modelo de Porter- Dicas Poder de barganha dos fornecedores Forme parcerias com seus fornecedores Estude possibilidade de integrar-se verticalmente para trás Associe-se a outros participantes para fazer compras Estude possibilidade de importação de insumos Ciclo de vida dos setores/ estágios organizacionais ESTÁGIOS DO CICLO DE VIDA DOS SETORES DE ATIVIDADE ECONÔMICA Fonte: Porter, 1986. Introdução Crescimento Maturidade Declínio Compra- Comprador de alta Ampliação do grupo Mercado de massa Clientes são dores e renda de compradores Saturação compradores Compor- Inércia do Consumidor irá Repetição de compra sofisticados do tamento comprador aceitar qualidade A regra é escolher produto Compradores devem irregular entre as marcas ser convencidos a testar o produto Produtos Qualidade inferior Produtos têm Qualidade superior Pequena e Projeto do produto é diferenciação técnica Menor diferenciação diferenciação do Mudanças chave para o e de desempenho do produto produto nos desenvolvimento Confiabilidade é Padronização Qualidade Produtos Muitas variações básica para produtos Mudanças mais lentas irregular do produto diferentes no complexos no produto produto; sem Aperfeiçoamento Trocas tornam-se padronização competitivos do significativas produto Boa qualidade Ciclo de vida dos setores/ estágios organizacionais Introdução Marketing Publicidade/ vendas (P/V) muito altas Melhor estratégia de preços Altos custos de marketing Fabricação e Distribuição Supercapacidade Lotes de produção pequenos Alto conteúdo de mão-de-obra especializada Altos custos de produção Canais especializados Crescimento Muita publicidade, mas percentagem de vendas mais baixa do que da introdução Maior promoção de medicamentos Publicidade e distribuição são básicas para produtos nãotécnicos Subcapacidade Mudança para a produção em massa Luta para a distribuição Canais de massa Maturidade Segmentação do mercado Esforços para ampliar o ciclo de vida Linha ampla Predominam os serviços e os negócios Embalagem importante Concorrência de publicidade P/V mais baixas Declínio P/V e outro tipo de marketing mais baixos Capacidade entre ótima/ saturada Crescente estabilidade do processo de fabricação Mão-de-obra menos especializada Grandes lotes de produção com técnicas estáveis Canais de distribuição reduzem suas linhas para melhorar suas margens Supercapacidade substancial Produção em massa Canais de produtos especiais Ciclo de vida dos setores e as cinco forças 3 2 1 1. POSSIBILIDADE DE ENTRADA DE CONCORRENTES 2. RIVALIDADE ENTRE AS EMPRESAS DO RAMO 3. AMEAÇA DE PRODUTOS SUBSTITUTOS 4. PODER DE NEGOCIAÇÃO DOS COMPRADORES 5. PODER DE NEGOCIAÇÃO DOS FORNECEDORES 4 5 3 4 2 3 2 1 5 1 5 3 2 1 4 5 introdução 4 crescimento maturidade declínio Ciclo de vida dos setores e as cinco forças -dicas Introdução Diferenciar a marca (propaganda; qualidade) Buscar investimentos associados com outros participantes Crescimento Ganhar participação de mercado (acima do crescimento da indústria) Criar barreiras de entrada Aumentar escala Maturidade Reduzir custos Incrementar serviços Declínio Buscar clientes/ canais de distribuição específicos Ciclo de vida dos setores e as cinco forças -dicas Exercício: ciclo de vida do negócio Considerando quadro “ESTÁGIOS DO CICLO DE VIDA DOS SETORES DE ATIVIDADE ECONÔMICA”: •Avalie o estágio em que se encontra seu negócio •Defina estratégias para seu negócio a partir da análise. Ambiente setorial Tamanho do mercado Estimativa do tamanho do mercado ($ e/ou produtos) •Nosso faturamento Dicas: A participação de mercado é indicador do quanto podemos crescer no mercado Outro indicador: estimativade mercado participação média n o . de empresas •Nossa participação é maior ou menor? •Taxa de crescimento do mercado X nossa taxa de crescimento Fontes de informação para quantificação do público - alvo Dados demográficos sobre população em geral Nível de detalhe Municipal Dados encontrados Lista de municípios por Estado Habitantes por faixa etária e sexo Nº de casamentos Nº de separações Nº de leitores Nº de domicílios Nº de migrantes www.seade.gov.br Municipal Nº de empresas Arrecadação Investimentos em São Paulo www.dieese.org.br Estadual Pesquisa de emprego e desemprego Estatística de preço de cesta básica e análises Estatísticas de ICV ( Índice Custo de Vida) e análises (restrito a São Paulo) www.bnds.gov.br Geral Estudos sobre responsabilidade social Relatórios setoriais Estudos sobre a economia brasileira www.sebraesp.com.br Geral Estudos e estatísticas diversas sobre pequenas e médias empresas de São Paulo Fonte: www.ibge.gov.br Dados sobre empresas Dados específicos sobre educação www.ibge.gov.br www.inep.gov.br Geral Nº de estabelecimentos de ensino por categoria ( pré – escola, fundamental e médio). Nº de matrículas em estabelecimentos de ensino por categoria Nº de alunos no ensino fundamental e no ensino médio. Municipal Censo educacional Centro de informações e biblioteca da educação Perfil municipal da educação básica Cadastro das instituições de ensino superior Dados específicos sobre saúde www.ibge.gov.br Geral Nº de hospitais Nº d eleitos Nº de unidades ambulatoriais Nº de internações Nº de nascimentos Nº de óbitos por sexo www.sebraesp.com.br Geral Movimento mensal de internação hospitalar e atendimento ambulatorial e cadastro de hospitais Tabelas de procedimentos médicos Arquivos com os códigos e descrições da classificação estatística internacional de doenças Arquivos com municípios e unidades territoriais brasileiras Informações sobre mortalidade com dados de 1997 e 1998 Arquivos do Sistema de Informações Hospitalares de SUS Arquivos do sistema de Informações Ambulatoriais do SUS Fontes de informação para quantificação de potencial de consumo – pessoas físicas e de empresas Fonte Nível de detalhe Dados encontrados www.infoinvest.com.br e www.cvm.com.br Geral Consulta a balanços de empresas, análises de empresas www.ibge.gov.br Estadual e Municipal Nº de estabelecimentos comerciais pro número de empregados. (por Estado e por município) Estadual Nº de empresas por grupos e subgrupos de atividade Nº de pessoal ocupado Gastos das empresas com salários Dados sobre receita Margem de comercialização Estoques Quebra por regiões metropolitanas INPC – Consumo das regiões metropolitanas por grupo de consumo (alimentação, bebidas) Censo agropecuário POF (Pesquisa de Orçamentos familiares) –Rendimento Familiar PME (Pesquisa mensal de Empregos) – População economicamente ativa Consumo Familiar Domicílios Distribuição de renda Famílias Famílias que possuem bens duráveis Tamanho médio da família Despesa mensal familiar Geral Análise da concorrência com base nos fatores chave de sucesso • Identificar fatores chave de sucesso • Escolher concorrentes • Comparar com concorrentes com base nos FCS Fatores chave de sucesso Fatores essenciais para o sucesso do negócio. Exemplos: •preço/ custo •consciência de marca •confiabilidade •força de vendas •atendimento •liderança tecnológica •durabilidade •rapidez •especialização •tradição •escala •integração vertical Para identificar os fatores chave de sucesso •Descobrir preferências do mercado •Tendências do macro-ambiente •Deficiências dos produtos e serviços oferecidos •Demandas latentes •Etc Fatores chave de sucesso Exemplo de fatores chave de sucesso no setor: – – – – – – – – Siderurgia: escala, custo, logística Indústria cinematográfica: elenco, marketing Escola: tradição, marca, concepção pedagógica Confecção: design, distribuição, marca Hospital: tradição, especialização Indústria de cervejas? Companhia de transporte aéreo? No meu negócio? Análise da concorrência com base nos FCS Exemplo Custo Qualidade Logística Assistência Técnica Vendas/ aplicação Marca/ tradição Liderança tecnológica Bosch CWB 4 3 4 5 5 5 5 Bosch Turkey 5 4 4 4 5 5 5 Bosch China 3 2 4 4 4 5 5 Delphi 4 3 4 3 3 4 3 Denso 4 5 3 3 3 3 3 Siemens 4 3 3 3 3 4 3 Nota: 5=excelente; 4=bom; 3=médio; 2=fraco; 1=muito fraco Diagnóstico da Organização Competência organizacional ESTRATÉGIA ANÁLISE INTERNA Forças e fraquezas ou Competências e recursos Fonte: adaptado de Mills (2004) ANÁLISE EXTERNA Ameaças e oportunidades Diagnóstico da Organização Competências organizacionais • Conjunto de recursos coordenados que geram valor à organização, são difíceis de imitar, podem ser transferidos a outras áreas, produtos ou serviços da organização, e impactam o desempenho organizacional em um fator chave a seu sucesso. • Recurso: algo que a organização possui, ou “tem acesso a”. Diagnóstico da Organização Competências organizacionais Fator chave de sucesso no qual a organização é forte. A competência é mais alta à medida que for valiosa, sustentável (difícil de ser imitada) e versátil (pode ser usada em outras áreas/ produtos ou serviços). A competência é composta de recursos articulados. COMPETÊNCIAS ORGANIZACIONAIS ORGANIZAÇÕES COM FORTES COMPETÊNCIAS Durabilidade e garantia de carros Custos baixos na aviação Distribuição e relacionamento com stakeholders Excelência operacional em indústrias intensivas em capital e fluxo contínuo Competências organizacionais • Competências são fontes de vantagem competitiva para a organização. • Três medidas devem ser usadas para avaliar sua importância: • Valor: o desempenho viabilizado pelo recurso oferece uma vantagem competitiva que é valiosa para o cliente • Sustentabilidade: esta vantagem deve ser sustentável ou durável • Versatilidade: este recurso deve ser versátil e portanto útil para várias áreas de produtos e mesmo mercados Competências organizacionais • É valioso? • Exemplos: • Processo fabril de custo mais baixo que o dos concorrentes • Marca forte que permite vender produtos a um preço prêmio • Contatos duráveis com fornecedores, governo, clientes • Recursos escassos tendem a ser valiosos: localização para o varejo, reservas minerais etc. Competências organizacionais • É sustentável? – Concorrentes devem ter dificuldade de copiar o recurso – Concorrentes devem ter dificuldade em encontrar substitutos para o recurso – A empresa não deve ela mesma destruir ou permitir que o recurso perca valor • Três razões que dificultam a cópia de um recurso: – Concorrentes não o enxergam – Recurso gerado por peculiaridades da história da empresa – Falta de entendimento sobre como funciona o recurso Competências organizacionais • É versátil? – Um recurso não é versátil se: – só for valioso quando acompanhado de outros recursos – estiver atrelado às suas circunstâncias geográficas – demorar muito tempo ou ser mesmo impossível de copiá-lo Exercício 1) Quais são as competências da sua empresa? Utilize os fatores chave de sucesso para o exercício. 2) Identificar o valor, sustentabilidade e versatilidade dos recursos e competências de sua organização. Para cada competência, utilize os quadros seguintes (não preencha células com fundo cinza): Valioso? 1. Qual o seu efeito sobre os custos e vendas da organização? 2. Qual seu efeito sobre a habilidade organizacional de: Afastar ameaças? Capitalizar oportunidades? 3. Quantos concorrentes já têm este recurso? 4. Qual o nível de desempenho deste recurso quando comparado ao dos concorrentes? Que expressão melhor resume o valor da competência/ recurso Resumo do valor Altamente negativo Negativo Sem efeito Positivo Altamente positivo Todos A maioria Metade Alguns Nenhum Muito abaixo da Abaixo da média Na média do média do setor do setor setor Equiparado ao melhor Liderança inquestionável Negativo Alto Desconhecido Baixo Médio Exercício (continuação) Sustentável? 1. Quão facilmente os concorrentes podem reconhecer o recurso? 2. Quanto tempo demoraria para um concorrente imitar este recurso? 3. Qual o percentual de seu faturamento custaria para imitar? 4. Sem investimentos de tempo e dinheiro, em quanto tempo seu valor deprecia? 5. Sua vantagem pode ser substituída por outro recurso/ competência? Que expressão melhor resume a sustentabilidade da competência/ recurso Resumo da sustentabilidade Facilmente < 1 mês 1 – 6 meses Só se estiverem investigando 6 – 24 meses 2 – 5 anos < 0,5% 0,5 – 1% 1 – 5% 5 – 20% > 20% > 50% por ano 30 – 50% 15 – 30% 5 – 15% < 5% Em grande parte Parcialmente Baixa Média É invisível > 5 anos De forma alguma Alta Desconhecida Exercício (continuação) • Versatilidade • É possível aplicar / transferir estas(es) competências / recursos para outras áreas / departamentos / produtos dentro da organização? Versátil? Impossível Com esforço Facilmente 2. Esta competência está restrito à circunstâncias geográficas? Só se aplica na região onde se encontra Parcialmente Independe de região 3. Esta competência depende de outros recursos/ competências para ser transferida? Depende de outros recursos de que a organização não dispõem Depende de outros recursos que a organização pode dispor Depende de outros recursos que a organização já dispõem 1.É possível transferir esta competência para: outros produtos da organização? outros serviços da organização? outras áreas da organização? Que expressão melhor resume a sustentabilidade da competência/ recurso Baixa Média Alta Desconhecida COMPETÊNCIAS ORGANIZACIONAIS E RECURSOS Competências resultam de recursos articulados A elipse representa os limites da competência; Recurso B os círculos, os recursos que a compõem; as setas, a coordenação dos recursos. Recurso A Recurso C COMPETÊNCIAS ORGANIZACIONAIS E RECURSOS Exemplo Toyota : competência durabilidade e garantia de carros Lean production Sistemas de mensuração desempenho Valor de foco na qualidade Parceira fornecedores Insumos de qualidade Investimento inovação Design de produtos Sistemas de controle da qualidade Gestão de projetos Comprometimento Práticas de Gestão de pessoas COMPETÊNCIAS E RECURSOS Categoria de recursos Tangíveis Competências individuais Procedimentos e sistemas Valores e cultura Network Descrição Construções, plantas, equipamentos, licenças exclusivas, posição geográfica, patentes, empregados Aplicação de conhecimentos, habilidades e experiências das pessoas (frequentemente conhecimentos não escritos, tácitos, cujos possuidores muitas vezes não sabem que têm) Conjunto de documentos tangíveis, desde sistemas de recrutamento e seleção, avaliação de desempenho e recompensa, processo de compras etc. Embora tangíveis, exigem recursos intangíveis para funcionar eficientemente Recurso intangível e desenvolvido ao longo do tempo, quase sempre dependente das atitudes dos fundadores e eventos passados. Inclui memória de incidentes críticos, valores, crenças Grupos de interesse dentro da empresa, networks envolvendo pessoas da empresa com fornecedores, clientes, governo, consultores. Inclui marca e reputação Recursos importantes para mudança Fonte: adaptado de Mills et alii, 2002 Exercício Identificar recursos para competências da sua empresa, utilizando o quadro abaixo: Competência 1:______________ Recursos tangíveis Conhecimentos, Procedimentos habilidades e e sistemas experiências (competências individuais) Valores e cultura Network Perfis Estratégicos EXCELÊNCIA OPERACIONAL: caracteriza empresas que buscam competir com base no custo, procurando oferecer a seus clientes um produto médio com o melhor preço e bom atendimento; INOVAÇÃO NO PRODUTO: caracteriza empresas que procuram oferecer a seus clientes produtos de ponta, inovando sempre; ORIENTADA PARA SERVIÇO: caracteriza empresas voltadas a atender o que clientes específicos desejam; elas especializam-se em satisfazer e até antecipar as necessidades dos clientes, em função de sua proximidade com eles. Perfis Estratégicos Qual o perfil estratégico da minha empresa? Análise SWOT OPORTUNIDADES Oportunidades de mercado que a organização pode aproveitar. AMEAÇAS •Ameaças são os obstáculos externos a serem enfrentados pela organização; • impedem ou dificultam o desenvolvimento da organização. Análise SWOT PONTOS FORTES DA ORGANIZAÇÃO Competências da organização. Avaliar áreas funcionais da empresa: marketing, pessoas, operações, finanças Importante a organização ter consciência do que sabe fazer bem. PONTOS FRACOS DA ORGANIZAÇÃO •Obstáculos internos a serem enfrentados pela organização impedem ou dificultam o aumento do seu desenvolvimento ou competitividade. Análise SWOT na Renault Fatores ambientais Fatores Internos Saturação de mercados desenvolvidos Crescimento das pressões ambientais e fiscais na Europa Potencial de crescimento em mercados em desenvolvimento (Ásia e América Latina) Crescimento na demanda por veículos de passeio + Maiores forças Linha de produtos Capacidade de inovação Imagem na Fórmula 1 + ++ +++ 6 ++ + + 4 + + + 3 – Maiores fraquezas Vendas concentradas na Europa Pequeno porte se comparada a competidores Mau desempenho no segmento de carros de luxo ––– –– –– –– 7 – 3 – – + 4 0 4 5 – 6 2 3 1 Fonte: Adaptado de Johnson e Scholes, 2002. 2 Exercício análise SWOT Considerando as análises anteriores feitas para a sua empresa, sintetize as principais: Oportunidades •Ameaças Pontos fortes •Pontos fracos Formulação da Estratégia Missão O que é missão: •Responde as perguntas: para que existe a organização? O que produz? Que públicos devem ser beneficiados pela sua existência? É sinônimo de finalidade, propósito É parte das decisões superiores da organização, aquelas de maior importância e duração Missão • Dá sentido à vida das pessoas e seu trabalho dentro da organização • É referência básica para as ações das pessoas na empresa • Representa um compromisso mútuo entre as pessoas da organização • Orienta esforços em uma direção comum • Serve de base para alocar recursos • Evita perseguir propósitos conflitantes • É base para determinar objetivos e estratégias • Sinaliza o início de mudanças na empresa Missão Exemplos: •Merck: Preservar e melhorar a vida do ser humano. •Jonhson & Jonhson Aliviar a dor e a doença •3M Resolver de modo inovador problemas pendentes •Disney Tornar as pessoas felizes GE Melhorar a qualidade de vida através da tecnologia e da inovação •Irmãs da Caridade Levar alegria e ternura ao próximo Missão e Mudança Exemplos: Volvo do Brasil: •A nossa missão é ser líder no mercado brasileiro de caminhões e ônibus pesados, aumentando, continuamente, nossa participação de mercado e nossa qualidade em produtos e serviços •Nós usamos nosso conhecimento para desenvolver soluções de transporte para clientes exigentes em setores selecionados, com níveis superiores de qualidade, segurança e respeito ao meio ambiente (2002) VISÃO DA EMPRESA É A EXPLICITAÇÃO DO QUE SE IDEALIZA PARA A ORGANIZAÇÃO. ENVOLVE OS DESEJOS DE ONDE SE QUER CHEGAR, COMPREENDENDO TEMAS COMO: •VALORES •SONHOS •DESEJOS •AMBIÇÃO •VONTADES DIFERENÇA ENTRE VISÃO E MISSÃO CARACTERÍSTICAS DA MISSÃO CARACTERÍSTICAS DA VISÃO . Identifica o Negócio . É o que se “sonha” para o Negócio . É a partida . É “aonde vamos” . É a “Carteira de Identidade da empresa”. É o “Passaporte” para o futuro . Identifica “quem somos” . Projeta “quem desejamos ser” . Dá rumo a empresa . Energiza a empresa . É motivadora . É inspiradora . Foco do presente para o futuro . Focalizada no futuro . Vocação para a eternidade . É mutável conforme os desafios Fonte: Eduardo Camargo DIFERENÇA ENTRE VISÃO E MISSÃO Exemplo: O Boticário MISSÃO “Criar produtos e serviços que enalteçam a beleza e promovam o bem-estar das pessoas, traduzindo essa intenção em valores percebidos pelos clientes, para conquistar a sua fidelidade e assegurar o crescimento e a rentabilidade do negócio”. VISÃO “Ser reconhecido por colaboradores, parceiros, clientes e segmento onde atua como uma das mais importantes referências mundiais em beleza e fazer que suas ações para a preservação da vida estabeleçam uma forte identificação com a sociedade”. OBJETIVOS O que são objetivos: Respondem à pergunta: quais resultados a organização pretende alcançar? Especificam a missão Servem de base para definir estratégias Ajuda a concentrar: os esforços de todos nos resultados; a energia nos fins e não nos meios OBJETIVOS São definidos em diversos níveis: Objetivos gerais: grandes metas para a organização Objetivos específicos: desdobramento dos objetivos gerais para as diversas áreas da organização Geralmente os objetivos são detalhados por áreas funcionais: •recursos humanos marketing •finanças operações mas também podem ser “quebrados” por outro critério: inovação, qualidade, exportação; filiais ou unidades de negócio; linhas de produtos etc OBJETIVOS Aos objetivos (o que fazer) seguem as estratégias (como Planos de fazer), que também podem ser gerais e específicas ação (planos de ação) gerais específicas Objetivos gerais Estratégias gerais Objetivos marketing Estratégias marketing Objetivos operações Estratégias operações Objetivos RH Estratégias RH Objetivos finanças Estratégias finanças Recomendações para elaboração de objetivos Parta da situação atual e defina a situação futura desejada ao redigir os objetivos Qualifique e quantifique os objetivos, definindo-os no tempo Escreva objetivos de modo a facilitar a comunicação para todos •Defina objetivos de curto, médio e longo prazos Faça objetivos viáveis, mensuráveis e coerentes para as pessoas da organização Elabore objetivos flexíveis Exemplos de objetivos Objetivos gerais: Aumentar o faturamento de 35 milhões em 2004 para R$ 40 milhões em 2005 Aumentar a participação de mercado de 20 para 28% até dezembro de 2006 Entrar no segmento pessoa física, obtendo faturamento de R$ 22 milhões no 1º ano Ter o custo 20% mais baixo que nosso concorrente mais próximo até final de 2005 Trazer para nossa planta a produção do produto X, produzindo e vendendo 7 mil unidades no 1º ano. O que são estratégias Respondem à pergunta: como a organização se propõe a alcançar os objetivos? Portanto, estratégias são os caminhos para atingir os objetivos, para chegar aos resultados Fazem a ponte entre a missão-objetivos e os planos de ação da organização Tradicionalmente estratégias eram vistas só como competitivas. Em anos recentes, estratégias de alianças tornam-se importantes Tipos de Estratégia • Estabilidade • Crescimento (lucro, vendas, participação no mercado); – crescimento interno – integração vertical – integração horizontal – diversificação – fusões – alianças estratégicas • Redução de despesas – reviravolta (turnaround), – desinvestimento – liquidação • Concentração • Comunicação abrangente Estratégia de estabilidade Manutenção das mesmas operações sem buscar um crescimento significativo nas receitas ou no tamanho da empresa. Utilizada por organizações de grande porte que dominam seu mercado. Expansão dispêndio sem resultados consideráveis A empresa poderá abandonar a estratégia de estabilidade e, em circunstâncias favoráveis, voltar a adotar uma das estratégias de crescimento ou, em condições menos favoráveis, uma das estratégias de redução. Estratégia de crescimento Crescimento refere-se a três principais fatores: •lucro •vendas •participação no mercado. Estratégia de crescimento: •crescimento interno •integração vertical •integração horizontal •diversificação •fusões e alianças estratégicas Estratégia de crescimento Crescimento interno Aumento das vendas, da capacidade de produção e da força de trabalho •Atender mercado não abrangidos (gerar necessidades) •Atacar mercado de concorrentes •Fazer clientes substituir produtos Vantagens Preserva cultura organizacional, eficiência, qualidade e imagem Riscos Aumenta custos burocráticos e de coordenação Estratégia de crescimento Integração vertical Crescimento por meio da criação/ aquisição de empresas compradoras/ distribuidoras (integração vertical para frente ou para trás). Usada para obter maior controle sobre a cadeia de valor de uma determinada linha de negócios, possibilitando o aumento do lucro e do volume de vendas. Integração horizontal Crescimento por meio da criação/ aquisição de empresas concorrentes numa mesma linha de negócios. Proporciona o aumento no porte da empresa no mercado Estratégia de crescimento Diversificação Crescimento em outras linhas de negócios por meio da criação/ aquisição de outras empresas Diversificação em setores correlatos: aumento da eficiência no mercado através de recursos compartilhados Diversificação em negócios não-relacionados: •busca de proteção no mercado, através de uma diluição de riscos em mais de um negócio •excesso de caixa - investir em setores de crescimento rápido, buscando aumentar o lucro num curto prazo. Estratégia de crescimento Fusões e alianças estratégicas Parcerias externas para melhorar sua posição no mercado. Fusão: duas ou mais empresas, em geral de porte praticamente igual, combinam-se em uma empresa por uma permuta de ações. Fusões visam a partilha ou transferência de recursos e ganho em força competitiva. Estratégia de crescimento Alianças estratégicas Parcerias em que duas ou mais empresas realizam um projeto específico ou cooperam em determinada área do negócio, podendo ser temporárias. Partilham os custos, os riscos e os benefícios de explorar e arriscar novas oportunidades de negócios. Podem ser: •joint-ventures, •acordos de franquia/licenciamento •P&D conjuntos •operações conjuntas •acordos conjuntos para fornecimento a longo prazo •acordos de marketing conjuntos •consórcios. Estratégia de redução de despesas Em geral, usada quando a sobrevivência está ameaçada Três tipos básicos de redução de despesas: •reviravolta (turnaround), •desinvestimento •liquidação. Estratégia de redução de despesas Reviravolta Tornar a empresa mais enxuta e eficaz, livrando-se de produtos não-lucrativos, diminuindo ativos, reduzindo a força de trabalho e os canais de distribuição. Desinvestimento Vender unidades de negócios ou defini-las como organização separada, melhorando a posição financeira da organização. Ocorre quando a unidade de negócio tem desempenho ruim ou deixa de se adequar ao perfil estratégico da empresa. Liquidação Encerrar um negócio e vender seus ativos. Estratégia de concentração •Aquela em que uma empresa se concentra numa única linha de negócios.” (CERTO,1993, p.114). •Usada por empresas para obterem vantagem competitiva através do conhecimento especializado e eficiente em um determinado setor. Vantagem: Conhecimento especializado proporciona vantagem competitiva recursos da empresa concentrados em único foco ganho de produtividade e eficiência economia de custos Risco: Mudanças no setor. Exemplos: McDonald’s e Hollyday Inns. Estratégia de comunicação abrangente •Visa gerar uma imagem favorável da organização junto a stakeholders com vistas a alavancar negócios •Não tem um fim imediato Escolha uma das estratégias abaixo e desenvolva para a minha empresa. • Estabilidade Justifique a escolha. • Crescimento (lucro, vendas, participação no mercado); – crescimento interno – integração vertical – integração horizontal – diversificação Lembre: crie estratégias – fusões •Sintonizadas com sua – alianças estratégicas análise • Redução de despesas •Que explore competências – reviravolta (turnaround), únicas da sua empresa – desinvestimento •Que aproveite oportunidades •Que envolva a empresa toda – liquidação •De grande impacto • Concentração •Criativas • Comunicação abrangente Planos de Ação Constituem a operacionalização/ desdobramento dos objetivos e estratégias gerais São detalhamento dos objetivos/ estratégias gerais para as áreas funcionais (marketing, operações, RH e finanças) Também possuem a estrutura objetivos (o que fazer)/ estratégia (como fazer) Ao pensar planos de ação: Cuide da coerência entre os objetivos e estratégias Mantenha alinhados os planos de ação e aos objetivos e estratégias gerais Planos de ação - exemplo Geral Objetivos Ter o custo 20% mais baixo que nosso concorrente mais próximo até final de 2005 Estratégia Implantar o Sistema de Produção Integrado em toda a fábrica Planos de ação Áreas funcionais MKT Objetivos Comunicar 100% clientes novo sistema produção OPE Atingir qualidade 6 Capacitar 100% Sigma pessoas no novo Reduzir 30% tempo sistema ciclo operacional Estratégia Produzir folder Renovar Visitar 100% clientes (GC) RH equipamentos Mudar layout Mudar método CQ Treinar equipe Mudar PLR Avaliar desempenho FIN Reduzir 15% despesas Aumentar 25% ROI Diminuir prazo recebimento Controlar melhor despesas Recomendações para elaboração de objetivos Quem e como envolver? Depende da cultura da organização Dica: envolver segundo potencial de compreensão e contribuição Objetivos e estratégias gerais – direção Planos de ação - gerências Implantação •Mensuração – indicadores •Mudança – estrutura, pessoas e processos Indicadores •Quantificação de uma qualidade, ação – de uma realidade mais complexa – para simplificar, compreender e agir. •“Relógios” que permitem à organização (e às áreas da organização) controlarem o andamento e nível de alcance dos objetivos traçados. Indicadores • O que escolhemos como indicadores: – é o que sinalizamos como sendo importante – é o que comunicamos – é o comportamento que obtemos • Derivam dos objetivos Indicadores -Balanced scorecard PERSPECTIVA FINANCEIRA Retorno s/ Investimentos Estratégia de Receitas Estratégia de Produtividade PERSPECTIVA DO CLIENTE preço qualidade tempo função imagem relação PERSPECTIVA DOS PROCESSOS INTERNOS CONSTRUIR A MARCA EFETUAR A VENDA ENTREGAR ATENDER C/ O PRODUTO EXCELÊNCIA PERSPECTIVA APRENDIZADO E CRESCIMENTO Competência do Pessoal Infra_Estrutura Tecnológica Clima p/ Mudanças Administração Estratégica Metodologia de medição de Retorno s/ Investimento e criar Valor para o Acionista Proposição de valor para o Cliente A Cadeia de Valor (perspectiva centrada no processo) Infra-Estrutura da Organização (Pessoas, aprendizado, tecnologia e administração) Planos de ação - exemplo Geral Objetivos Ter o custo 20% mais baixo que nosso concorrente mais próximo até final de 2005 Estratégia Implantar o Sistema de Produção Integrado em toda a fábrica Planos de ação Áreas funcionais MKT Objetivos Comunicar 100% clientes novo sistema produção OPE RH FIN Atingir qualidade 6 Sigma (S) Reduzir 30% tempo ciclo operacional Capacitar 100% pessoas no novo sistema Reduzir 15% despesas Aumentar 25% ROI Diminuir prazo recebimento Controlar melhor despesas Despesas R$ ROI Estratégia Produzir folder Renovar Indicadores Visitar 100% clientes (GC) equipamentos Mudar layout Mudar método CQ Treinar equipe Mudar PLR Avaliar desempenho % clientes visitados % processos com 6S implantado Tempo ciclo (horas) % pessoas treinadas H. trein/funcion Mudança organizacional • Indique no filme quais foram os fatores que propiciaram o sucesso da estratégia. • Comente o caso com seus colegas. Mudança organizacional Missão e objetivos Estratégias Estrutura Pessoas Processos Autoridade Liderança Alocação de recursos Linha de comando Motivação Comunicação Tomada de decisão Cultura Recompensa Poder Controle Grupos informais Tecnologia Resumindo • Necessidade de alinhar o comportamento à estratégia • Conceito de estratégia • Planejamento e processo estratégico: – Análise (negócio, ambiente, empresa) – Formulação (missão, objetivos, estratégias e PA’s) – Implantação (mensuração e mudança) Para refletir • “No final, é importante lembrar que não podemos nos tornar o que devemos ser se continuarmos sendo o que somos”. Max De Pree