PROF. ALICIA DEL CARMEN
Características clínicas e
epidemiológicas
 A poliomielite é uma doença infecto-contagiosa viral
aguda, caracterizada por quadro de paralisia flácida,
de início súbito.
 O déficit motor instala-se subitamente e a evolução
desta manifestação, freqüentemente, não ultrapassa
três dias.
 Acomete os membros inferiores, de forma
assimétrica, tendo como principais características a
flacidez muscular, com sensibilidade conservada e
arreflexia no segmento atingido.
 Esta doença encontra-se erradicada no país desde o
início dos anos 90, em virtude do êxito da política de
saúde.
Agente etiológico
 Os poliovírus pertencem ao gênero
enterovírus, da família
Picornaviridae, e apresentam
 três sorotipos: I, II e III.
Reservatório
 O homem.
Modo de transmissão
 A transmissão ocorre principalmente por
contato direto pessoa a pessoa, fazendo-se
 a transmissão pelas vias fecal-oral ou oraloral, esta última através de gotículas de
muco da orofaringe (ao falar, tossir ou
espirrar).
 As más condições habitacionais, a higiene
pessoal precária e o elevado número de
crianças numa mesma habitação constituem
fatores que favorecem a transmissão do
poliovírus.
Período de transmissibilidade
 O período de transmissibilidade pode iniciar-se
antes do surgimento das manifestações clínicas.
 Em indivíduos susceptíveis, a eliminação do
vírus se faz pela orofaringe, por um período de
cerca de uma semana, e pelas fezes, por cerca
de seis semanas,
 enquanto nos indivíduos reinfectados a
eliminação do vírus se faz por períodos mais
reduzidos.
Período de susceptibilidade e
imunidade
 Todas as pessoas não imunizadas são susceptíveis de
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contrair a doença.
A infecção natural ou a vacinação conferem imunidade
duradoura, tipo-específica (ou seja, de acordo com o
poliovírus responsável pelo estímulo antigênico).
Contudo, embora não desenvolvendo a doença, as
pessoas imunes podem reinfectar-se e eliminar o
poliovírus, ainda que em menor quantidade e por um
período menor de tempo.
Esta reinfecção é mais comum pelos tipos 1 e 3.
O recém-nascido é provido de anticorpos séricos
maternos da classe IgG transferidos, da mãe
sensibilizada, para o feto por via placentária, que
conferem proteção transitória à criança nos primeiros
meses de vida extra-uterina.
Manifestações clínicas
 As manifestações clínicas devidas à infecção pelo poliovírus são, em
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sua maioria, infecções inaparentes (90% a 95%).
No entanto, em 1%-1,6% dos casos a doença pode manifestar-se
clinicamente por quadros de paralisia grave, levando à morte.
Apenas as formas paralíticas possuem características clínicas típicas
que permitem sugerir o diagnóstico de
poliomielite, quais sejam:
instalação súbita da deficiência motora, acompanhada de febre;
assimetria, acometendo sobretudo a musculatura dos membros, com
mais freqüência os inferiores;
flacidez muscular, com diminuição ou abolição de reflexos profundos
na área paralisada;
sensibilidade conservada;
persistência de alguma paralisia residual (seqüela), após 60 dias do
início da doença.
Diagnóstico diferencial
 O diagnóstico diferencial da poliomielite deve ser
feito com polineurite pós-infecciosa
e outras infecções que causam paralisia flácida
aguda.
 As principais doenças a serem consideradas
no diagnóstico diferencial são:
síndrome de Guillain-Barré (SGB), meningite viral,
meningoencefalite e outras enteroviroses.
 Para o adequado esclarecimento diagnóstico, a
investigação epidemiológica e a análise dos exames
complementares são essenciais.
Exames específicos
 Isolamento do vírus – é feito a partir de
amostras de fezes do caso ou de seus
contatos.
 O isolamento de poliovírus selvagem nessas
amostras permite a confirmação diagnóstica.
 Tratamento
 Não há tratamento específico. Todos os
casos devem ser hospitalizados,
 fazendo-se o tratamento de suporte de
acordo com o quadro clínico do paciente.
 Assistência médica ao paciente
 O repouso completo no leito e o tratamento
sintomático são fundamentais.
 A internação em unidade de terapia intensiva
é indicada nas formas graves da doença.
 Qualidade da assistência
 O atendimento dos casos de PFA deve ser
realizado em unidade com adequado suporte,
visando o monitoramento do paciente.
 Proteção individual para evitar circulação
viral
 A proteção se dá através da vacina oral contra
a poliomielite. Caso haja a suspeita de
infecção por poliovírus selvagem em pacientes
internados, orienta-se a adoção de precauções
entéricas.
 Proteção da população
 A principal proteção ocorre pela manutenção de elevadas
coberturas vacinais na rotina
 e nas campanhas de vacinação em massa, com a vacina VOP.
Quando houver casos notificados de PFA com hipótese
diagnóstica de poliomielite, recomenda-se a vacinação com
VOP indiscriminada para menores de 5 anos na área de
abrangência do caso.
 Investigação epidemiológica
 Todo caso de paralisia flácida aguda deve ser investigado nas
primeiras 48 horas após o conhecimento. Esta medida visa
subsidiar o processo de tomada de decisão quanto ao
desencadeamento, em tempo hábil, das medidas de controle
indicadas em cada situação. A ficha de investigação epidemiológica
de PFA é o instrumento de coleta de dados.
 OBRIGADA
 BOA NOITE.
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Características clínicas e epidemiológicas A poliomielite é uma