Quando falamos em regência verbal, estamos nos referindo ao fato de o verbo vir ou não seguido de preposição. Alguns verbos causam dificuldades, sobretudo por assumirem significados diferentes de acordo com a regência. Outros, por serem utilizados com regências diferentes na linguagem coloquial e na linguagem culta. Entre esses verbos que geralmente apresentam dúvidas quanto à regência, apresentaremos alguns dos mais utilizados. A) Quando significa almejar, desejar, é transitivo indireto: Ex.: Aspiro ao sossego dos campos. B) Quando significa sorver, tragar, é transitivo direto: Ex.: Nada como aspirar esse ar das montanhas! A) Quando significa estar presente, ver, é transitivo indireto, embora o uso corrente contrarie a regra: Ex.: Você assistiu ao jogo de ontem? B) Quando significa ajudar, socorrer, é transitivo direto: Ex.: As entidades oficiais na verdade não assistem o povo. C) Quando significa caber, competir, é transitivo indireto: Ex.: Partir para a luta é direito que lhe assiste. Atualmente há duas regências a considerar sobre esses verbos: A) Se aparecerem sem pronome, são transitivos diretos. Ex.: Esqueci meus documentos em casa. Lembrei seu telefone por acaso. B) Se aparecerem na forma pronominal, são transitivos indiretos. Ex.: Esqueci-me dos documentos em casa. Lembrei-me de seu telefone por acaso. Esses verbos são transitivos diretos e indiretos. Com esses verbos, duas regências são possíveis. (Atenção ao fato de que, em ambos os casos, o verbo é transitivo direto e indireto) A) Os jornais informaram ao público os incidentes políticos. B) O reitor comunicou os alunos do recesso > Embora não seja usual na língua falada, esses verbos são transitivos indiretos, pedem preposição a: a) b) Nem sempre podemos obedecer à nossa vontade. Podendo, não desobedeça aos seus desejos. Esses verbos são transitivos diretos e indiretos, e o objeto indireto desses verbos deve ser sempre uma pessoa (paga-se ou perdoa-se alguma coisa a alguém): Ex.: O empregador pagou sua dívida (objeto direto) ao funcionário (objeto indireto) É um verbo transitivo direto e indireto (preferir uma coisa a outra) Ex.: Prefiro a vida no campo à vida na cidade. A) No sentido de pretender, ter por objetivo, é regido de preposição (transitivo indireto) , embora a tendência atual seja o emprego do transitivo direto: Ex.: O homem visava à confiança do chefe. B) No sentido de dar o visto, ou mirar é transitivo direto: Ex.: O gerente do banco visou o cheque. O atirador visou o alvo.