EPILEPSIA Prof. Mauricio Borja Dep. Pediatria – UFRN - 2009 EPILEPSIA EPILAMBANEIN (GREGO) -TOMADO -INVADIDO -DOMINADO O verbo sugere assalto de força externa EPILEPSIA BABILÔNIA (2500-600 Ac) Interferência de deuses e demônios no organismo humano. EPILEPSIA ROMA: mal comicial GRÉCIA: doença sagrada Hipócrates: relação com alteração na atividade cerebral (400 aC) 2000 anos dominados pelo conceito sobrenatural BÍBLIA: Exorcismo por Cristo do menino “lunático” (Marcos 9:14-29) EPILEPSIA INFLUÊNCIA DA LUA INFLUÊNCIA DA ATIVIDADE SEXUAL Cura após a primeira relação sexual EPILEPSIA: DOENÇA CONTAGIOSA OS SANTOS: São João, São Vito, São Valentin, São Paulo OS ILUSTRES: Maomé, Joana d´Arc Dostoievisky, Machado de Assis EPILEPSIA-CONCEITO ATUAL 1933 – BERGER EEG – Comprovação da etiologia cerebral através de método científico neurofisiológico 1937 – GIBBS/LENNOX “Disritmia paroxística cerebral” EPILEPSIA-CONCEITOS CRISE EPILÉPTICA: Manifestação clínica da atividade excessiva e hipersincrônica dos neurônios cerebrais (ILAE) EPILEPSIA: Condição neurológica crônica caracterizada por crises epilépticas recorrentes (ILAE) SÍNDROME EPILÉPTICA Enfermidade epiléptica com critérios definidos em relação à clínica, substrato anatomopatológico, eletrofisiologia, base genética, epidemiologia e prognóstico. EPILEPSIA DUAS GRANDES DIVISÕES: 1 - IDIOPÁTICAS SINTOMÁTICAS CRIPTOGÊNICAS 2 - GENERALIZADAS PARCIAIS EPILEPSIA IDIOPÁTICA Sem relação com doença estrutural do SNC Caráter genético Desequilíbrio neuroquímico – nível molecular Elevado percentual de remissão(“cura”) Prognóstico favorável DPM normal Boa resposta terapêutica EPILEPSIA SINTOMÁTICA Relacionadas com doença estrutural do SNC Caráter genético ou adquirido Reflexo das alterações patológicas da doença de base Prognóstico variável DPM variável Resposta terapêutica variável EPILEPSIA SINTOMÁTICA – ESPASMOS INFANTIS (West) EPILEPSIA CRIPTOGÊNICA Etiologia estrutural presumida porem não definida (etiologia “oculta”) “Compartimento” de transição entre as formas idiopáticas e sintomáticas, constantemente modificado pelos avanços das técnicas de investigação diagnóstica EPILEPSIA GENERALIZADA CLÍNICA: Epilepsia Ausência Infantil Crises TCG Crises Tônicas Crises Clônicas Crises Hipotônicas (≠ pseudocrise) EEG: atividade paroxística generalizada crises secundariamente generalizadas Podem ser idiopáticas ou sintomáticas CRISE TONICO-CLONICA GENERALIZADA CRISE TÔNICA GENERALIZADA EPILEPSIA AUSÊNCIA INFANTIL AUSÊNCIA MIOCLÔNICA EPILEPSIA AUSÊNCIA INFANTIL CRISES ATÔNICAS EPILEPSIA PARCIAL (FOCAL) CLÍNICA: Depende da localização do foco Crises parciais simples (sem alteração da reatividade-consciência) Crises parciais complexas (com alteração da reatividade-consciência) Conceito de “Aura” Podem evoluir para crise generalizada. EEG: atividade paroxística focal CRISE PARCIAL C/ GENERALIZAÇÃO CRISE PARCIAL COMPLEXA CRISE TÔNICA ASSIMÉTRICA CRISE MIOCLÔNICA NEGATIVA FOCAL CRISE FOCAL LOBO OCCIPITAL ESQUERDO CRISE PARCIAL SIMPLES EPILEPSIA-TRATAMENTO CLASSIFICAR A CRISE ESCOLHA CORRETA DA DROGA MONOTERAPIA SE POSSÍVEL USO CORRETO DA DROGA Dose Intervalo DURAÇÃO DO TRATAMENTO RETIRADA GRADUAL QUALIDADE DE VIDA NORMAL OBJETIVO