LABORATÓRIO DE NEUROCIÊNCIAS EFEITO DA EPILEPSIA INDUZIDA POR CRIOLESÃO NEONATAL NA MORFOMETRIA DO CÉREBRO DE RATOS HELENA MENDES ABELAIRA JUCÉLIA JEREMIAS FORTUNATO INTRODUÇÃO A epilepsia é um distúrbio recorrente da bioeletrogênese cerebral cuja prevalência está entre 0,4 a 2% da população mundial. A epilepsia é a segunda causa de incapacidade mental e a mais predominante desordem neurológica crônica. Vários procedimentos são utilizados para se induzir epilepsia, dentre eles a técnica da criolesão (freeze lesion), a qual induz malformações corticais por ferimentos na placa cortical dos roedores durante a migração dos neurônios, provocando a formação de microgiros e sulcos corticais pouco profundos, constituindo a polimicrogiria. Os objetivos deste trabalho foram: (i) utilizar a criolesão como mecanismo epileptogênico; (ii) Avaliar alterações de peso do tecido encefálico dos ratos que foram induzidos à epilepsia e (iii) Comparar a morfometria do tecido encefálico em ratos com diferentes idades. METODOLOGIA A técnica da criolesão foi aplicada em 18 ratos com 1 dia de vida (P1), e outros 18 serviram de controle, todos provindos do Biotério da Unisul. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados mostraram que existiu uma diferença no peso do encéfalo dos animais com 60 dias, mas não se pode afimar que a criolesão tenha alterado este valor, pois estes animais são mais desenvolvidos que os de 25 dias. 2,5 * Peso (g) 2 1,5 1 0,5 0 Controle P25 P60 Figura 1- Peso do encéfalo dos animais com vinte dias, sessenta dias e controle submetidos a criolesão neonatal. CONCLUSÃO Com os resultados obtidos observou-se diferença significativa nos animais com sessenta dias, mas não se pode afirmar que a criolesão neonatal aumentou o peso do encéfalo destes animais, por estes já serem mais desenvolvidos. Portanto, precisa-se realizar mais estudos sobre esse assunto para elucidar se realmente a criolesão induz a formação de microgiros no cérebro, alterando assim seu peso e tamanho.