ISBN 978-85-68808-03-0 ANAIS 16 a 18 de agosto de 2018, Campos do Jordão, SP ASSOCIA BRASILEIRA DE RADIOLOGIA ODONTOLÓGICA – ABRO ANAIS DA 22ª JABRO: DIAGNÓSTICOS, DESAFIOS E DIRETRIZES, 16 A 18 DE AGOSTO DE 2018, CAMPOS DO JORDÃO, SP 1ª edição – Cascavel/PR Associação Brasileira de Radiologia Odontológica – ABRO 2019 ANAIS 16 a 18 de agosto de 2018, Campos do Jordão, SP Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Anais da 22ª JABRO [livro eletrônico] : diagnósticos, desafios e diretrizes, 16 a 18 de agosto de 2018, Campos do Jordão, SP / organização Associação Brasileira de Radiologia Odontológica. – 1. ed. Cascavel, PR : Associação Brasileira de Radiologia Odontológica - ABRO, 2019. 2,21 Mb ; PDF Vários autores Bibliografia. ISBN 978-85-68808-03-0 1. Odontologia 2. Radiologia 3. Radiodiagnóstico 4. Diagnóstico por imagem I. Associação Brasileira de Radiologia Odontológica. CDD-617.6 NLM-WU 100 19-26343 Índices para catálogo sistemático: 1. Odontologia : Ciências médicas : 617.6 Iolanda Rodrigues Biode - Bibliotecária - CRB-8 / 10014 ANAIS 16 a 18 de agosto de 2018, Campos do Jordão, SP PROMOÇÃO E REALIZAÇÃO Associação Brasileira de Radiologia Odontológica – ABRO Mychelle Schmitt Gurgacz – Presidente Paulo Sérgio Flores Campos – Vice-presidente Juliano Martins Bueno – 1º Tesoureiro Paula de Moura – 2ª Tesoureira Marco Frazão – 1º Secretário Mike Bueno – 2º Secretário Maria Lúcia Paes Barbosa Freire – Conselheira fiscal Israel Chilvarquer – Conselheiro fiscal Manuel Perboyre Gomes Castelo – Conselheiro fiscal Jornada da Associação Brasileira de Radiologia Odontológica (2019: Campos do Jordão). Anais da 22ª JABRO: diagnósticos, desafios e diretrizes, 16 a 18 de agosto de 2018, Campos do Jordão, SP. Cascavel: ABRO, 2019. 185 f. Formato: Adobe PDF. Requisitos do sistema: Adobe Acrobat Reader. Capa: Roberto Monticelli Wydra. Revisão e editoração: Diego Domingos Ferro. ISBN: 978-85-68808-03-0. ANAIS 16 a 18 de agosto de 2018, Campos do Jordão, SP COMISSÃO ORGANIZADORA DA 22ª JABRO Presidente Elza Maria Carneiro Mendes Ferreira dos Santos Coordenador de Comissão Científica Marcio Yara Buscatti Coordenador do Fórum Scanner Intraoral Michel Lipiec Coordenador de Casos Clínicos Luiz Roberto Coutinho Manhães Junior Coordenadora dos Trabalhos Científicos Milena Bortolotto Felippe Silva Coordenadora Social Luiza Warmling ANAIS 16 a 18 de agosto de 2018, Campos do Jordão, SP COMISSÃO CIENTÍFICA DA 22ª JABRO Milena Bortolotto Felippe Silva Luiz Roberto Coutinho Manhães Junior Michel Lipiec Paulo Sérgio Flores Campos Sérgio Lúcio Pereira Castro Lopes Marlene Fenyo Ferreira Plauto Christopher Aranha Watanabe MODERADORES DE CURSO Israel Chilvarquer Michel Lipiec Luiz Roberto Coutinho Manhães Junior Anne Caroline Oenning AVALIADORES DE PAINEL Mariana Tlach Tiepo Amaro Vespasiano Afonso Celso Souza de Assis Deborah Queiroz de Freitas Ana Lucia Tolazzi Bernardo Barbosa Freire Evandro José Borgo Vanio Santos Costa Andrea Gross Danielle Lago Bruno de Faria Claudio Costa Jefferson Xavier de Oliveira Ricardo Raitz Ângela Fernandes ANAIS 16 a 18 de agosto de 2018, Campos do Jordão, SP APOIO ANAIS 16 a 18 de agosto de 2018, Campos do Jordão, SP PALAVRA DA PRESIDENTE Presidir a 22ª JABRO, elaborar nos mínimos detalhes com uma equipe de profissionalismo ímpar, só poderia ter o resultado que teve. Os trabalhos científicos que aqui são apresentados mostram que a nossa ABRO está no caminho certo. A todos vocês que apresentaram seus trabalhos, meus parabéns! Espero ver mais trabalhos no XI CONABRO, pois somente com muita pesquisa elevaremos cada vez mais a nossa especialidade. Minha eterna gratidão! Elza Maria Carneiro Mendes Ferreira dos Santos Presidente da 22ª JABRO ANAIS 16 a 18 de agosto de 2018, Campos do Jordão, SP PALAVRA DO COORDENADOR DE COMISSÃO CIENTÍFICA Coordenar a parte científica da 22ª JABRO foi um enorme desafio e uma imensa honra para mim. Tivemos mais de vinte ministradores nacionais e internacionais, e apresentação de mais de 160 trabalhos científicos da mais alta qualidade técnica e científica, tornando nosso evento referência na área de Diagnóstico por Imagem. Parabenizo a todos os apresentadores e orientadores desses trabalhos, e agradeço e parabenizo também a todos os ministradores que dispuseram de seus conhecimentos e tempo para engrandecer nosso evento. Agradeço imensamente às presidentes da 22ª JABRO e da ABRO, além de toda a Comissão Organizadora e Diretoria da Associação, pois, sem a confiança e o apoio de todos isso não seria possível. Que venha o XI CONABRO com muita ciência, gestão e confraternização. Meus sinceros agradecimentos! Marcio Yara Buscatti Coordenador de Comissão Científica da 22ª JABRO ANAIS 16 a 18 de agosto de 2018, Campos do Jordão, SP APRESENTAÇÃO DOS ANAIS A 22ª JABRO foi composta, de forma muito especial, pelos numerosos trabalhos apresentados, os quais são fruto de diferentes vias de pesquisa, seja de iniciação científica ou trabalhos de conclusão de cursos, assim como de relatos de casos. O que mais chamou a atenção nesses trabalhos consistiu em suas pluralidades, envolvendo diferentes especialidades da Odontologia, realizados em diferentes regiões do Brasil, mas todos com um enfoque comum: a Radiologia e Imaginologia Odontológica. Em síntese, são trabalhos cujos autores e coautores viram na 22ª JABRO a oportunidade de divulgarem seus achados em um ambiente propício ao desenvolvimento profissional e acadêmico. Acredita-se ser por este motivo que a cada ano aumenta consideravelmente o número de trabalhos inscritos e apresentados em nossa Jornada, garantindo o sucesso da mesma. Nesse contexto, visando possibilitar que um maior número de profissionais e acadêmicos tenham acesso aos trabalhos apresentados na 22ª JABRO, a ABRO vem disponibilizar este livro de Anais, no qual os trabalhos foram divididos nas categorias “pesquisas” e “relatos de casos”. Ao lhes apresentar estes anais da 22ª JABRO, esperamos poder contribuir para o enriquecimento de suas informações e conhecimentos científicos, acadêmicos e profissionais. Comissão Organizadora da 22ª JABRO ANAIS 16 a 18 de agosto de 2018, Campos do Jordão, SP SUMÁRIO Correlação entre a microarquitetura óssea e a periodontite em pacientes HIV+: estudo por meio da análise fractal ....................................................................................................... 18 Influência dos parâmetros de reconstrução da microtomografia computadorizada na análise da densidade mineral óssea .................................................................................. 19 Análise de alterações nos seios maxilares por estudantes de Odontologia: comparação entre radiografia panorâmica e TCFC ............................................................................... 20 Avaliação imaginológica do grafeno por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico ................................................................................................................................ 21 Utilização de sistemas panorâmicos digitais para análise das variações anatômicas do ângulo mandibular ............................................................................................................. 22 Análise quantitativa de artefatos provocados pela presença de titânio em diferentes posições no arco dentário .................................................................................................. 23 Tomografia computadorizada de feixe cônico na detecção e avaliação do canal gubernacular ...................................................................................................................... 24 Análise da degradação, longevidade e qualidade de imagem de placas fósforo fotoestimuláveis ................................................................................................................. 25 O uso de recentes ferramentas pré-operatórias para avaliação da qualidade óssea em planejamento de implantes ................................................................................................ 26 Avaliação volumétrica dos terceiros molares inferiores – resultados a partir de diferentes examinadores .................................................................................................................... 27 Optimization of image quality using a narrow vertical detector dental cone-beam computed tomography ........................................................................................................................ 28 Avaliação das unidades de hounsfield derivadas dos níveis de cinza da tomografia computadorizada de feixe cônico ...................................................................................... 29 Análise da observação da crista óssea alveolar em tomografias computadorizadas de feixe cônico com artefatos de streak ................................................................................. 30 Índices radiométricos mandibulares na avaliação da densidade mineral óssea de mulheres pós-menopausa ................................................................................................. 31 Variações anatômicas do canal incisivo em tomografia computadorizada e imagens intrabucais ......................................................................................................................... 32 Prevalência do posicionamento de terceiros molares inferiores em TCFC, utilizando a classificação de Pell & Gregory ......................................................................................... 33 Avaliação da prevalência de terceiro molar inferior em íntima relação com o canal mandibular por meio da TCFC ........................................................................................... 34 ANAIS 16 a 18 de agosto de 2018, Campos do Jordão, SP Mudanças ósseas no processo alveolar mandibular após correção ortodôntica do apinhamento dentário anterior com exodontia ................................................................... 35 Relação entre a altura do óstio sinusal com as alterações do seio maxilar por meio da TCFC ................................................................................................................................. 36 Comparação entre radiografia panorâmica e TCFC na detecção e mensuração de corticalização de lesões ósseas dos maxilares ................................................................. 37 Influência do tamanho do voxel na precisão das medidas lineares em imagens de tomografia computadorizada de feixe cônico..................................................................... 38 Avaliação da cortical da mandíbula em homens e mulheres por meio de índices radiomorfométricos obtidos em TCFC ............................................................................... 39 Avaliação da espessura do canal mandibular em pacientes dentados e desdentados parciais por meio da TCFC ................................................................................................ 40 Prevalência de imagem sugestiva de ateroma na artéria carótida em panorâmicas e sua relação com fatores de risco .............................................................................................. 41 Avaliação de um aplicativo móvel como auxiliar no diagnóstico radiográfico de condições endodônticas ..................................................................................................................... 42 Avaliação da magnitude de artefatos oriundos da exomassa em tomografia computadorizada de feixe cônico ...................................................................................... 43 Influência da orientação do dente na detecção de fratura radicular vertical por meio da TCFC ................................................................................................................................. 44 Estudo comparativo da discrepância de bolton: modelos fotografados versus modelos físicos................................................................................................................................. 45 Aspectos radiográficos de glândulas salivares maiores em sialografia ............................. 46 Avaliação da qualidade da imagem e dos parâmetros de exposição de um aparelho de raios-X intraoral portátil ...................................................................................................... 47 Radiografia panorâmica: importante ferramenta no tratamento dos pacientes infantis ..... 48 A radiografia panorâmica como um alerta quanto a possibilidade de acidente vascular encefálico........................................................................................................................... 49 Caninos inclusos: importância da tomografia computadorizada ........................................ 50 Relação do terceiro molar inferior com canal mandibular em tomografia computadorizada por feixe cônico .................................................................................................................. 51 Ajuste de brilho e contraste: preferência dos observadores versus desempenho no diagnóstico de fratura radicular vertical ............................................................................. 52 Diagnóstico de fratura radicular vertical em dentes próximos e distantes a implantes: influência dos artefatos na TCFC ...................................................................................... 53 ANAIS 16 a 18 de agosto de 2018, Campos do Jordão, SP Correlação da pneumatização e morfologia do componente temporal da atm: análise em tomografia computadorizada de feixe cônico..................................................................... 54 Influência dos parâmetros de aquisição e artefatos produzidos em TCFC no diagnóstico de reabsorção radicular externa ........................................................................................ 55 Influência dos parâmetros de aquisição na magnitude de artefatos produzidos por implante de zircônia em imagens de TCFC ....................................................................... 56 Detecção de defeitos ósseos periapicais simulados em radiografia digital com diferentes variações de brilho e contraste .......................................................................................... 57 Alterações de células aéreas etmoidais posteriores em indivíduos com fissura labiopalatina....................................................................................................................... 58 Diagnóstico de reabsorção radicular externa simulada em radiografias digitais: influência da resolução espacial ........................................................................................................ 59 Avaliação da alteração do plano de tratamento da extração dos terceiros molares inferiores por meio de panorâmica e tomografia................................................................ 60 Influência de condições de interpretação radiográfica no diagnóstico de lesões de cárie proximal ............................................................................................................................. 61 Importância da TCFC para avaliação da relação espacial entre implante dentário e dente adjacente – relato de caso ................................................................................................. 62 Insucessos de implantes dentários evidenciados em tomografia computadorizada de feixe cônico ................................................................................................................................ 63 Estudo da prevalência das classificações da fossa olfatória por meios da tomografia computadorizada de feixe cônico ...................................................................................... 64 Estudo dos índices radiomorfométricos em mandíbulas de mulheres, dentro do grupo de risco de possuírem osteoporose ........................................................................................ 65 Avaliação comparativa de fraturas radiculares em imagens radiográficas intrabucais digitais e intrabucais analógicas ........................................................................................ 66 Utilização de índices de tomografia computadorizada para classificação de alterações ósseas em mulheres .......................................................................................................... 67 Influência dos artefatos metálicos nos valores de cinza da imagem por TCFC em relação ao arco antagonista ........................................................................................................... 68 Pneumatização do teto da fossa mandibular e eminência articular: um estudo por imagens panorâmicas e tomográficas .............................................................................................. 69 Desempenho de diferentes métodos no diagnóstico de cárie ........................................... 70 Avaliação do filtro endo do tomógrafo OP300 na formação de artefatos provenientes de materiais endodônticos ...................................................................................................... 71 Análise da morfologia superficial de resinas bulk fill após irradiação gama....................... 72 ANAIS 16 a 18 de agosto de 2018, Campos do Jordão, SP Prevalência de achados incidentais em vias aéreas em exames de tomografia computadorizada de feixe cônico ...................................................................................... 73 Associação entre lesões periapicais e alterações no seio maxilar por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico ...................................................................................... 74 Avanços tecnológicos na radiologia odontológica ............................................................. 75 O uso da fotografia digital no processo de reconhecimento facial ..................................... 76 CTdBEM: protocolo tomográfico para avaliação odontológica em hospitais utilizando baixa dose de radiação ............................................................................................................... 77 Comparação entre radiografia panorâmica e bitewing extraoral: avaliação dos terceiros molares e dose de exposição ............................................................................................ 78 Avaliação do fenômeno de retenção de muco em tomografia computadorizada e sua correlação com extensões do seio maxilar ........................................................................ 79 Variação do canal sinuoso em indivíduos com fissura de lábio e palato unilateral esquerda. ........................................................................................................................... 80 Relação entre a morfologia do arco dentário e a inclusão de caninos superiores: uma análise por meio da TCFC ................................................................................................. 81 Avaliação de terceiros molares inferiores inclusos por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico ...................................................................................... 82 A influência do tempo de exposição na qualidade radiográfica por meio de técnicas analógica e digitais ............................................................................................................ 83 Avaliação da presença do segundo canal na raiz mésio-bucal dos molares superiores por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico ....................................................... 84 Utilização de smartphone no diagnóstico radiográfico: acurácia para detecção de desadaptação proximal de restaurações ........................................................................... 85 Efeito da compensação automática de exposição sobre o diagnóstico radiográfico de cáries proximais ................................................................................................................. 86 O canal gubernacular pode sinalizar um processo anormal de erupção ........................... 87 Influência da aplicação de filtros digitais na quantificação de artefatos metálicos associados a implantes dentários ...................................................................................... 88 A influência da TCFC no diagnóstico e tomada de decisão terapêutica em terceiros molares inferiores .............................................................................................................. 89 Avaliação de critérios para a solicitação de exames radiográficos em odontopediatria .... 90 Avaliação da ocorrência de calcificação da artéria carótida em radiografias panorâmicas digitais................................................................................................................................ 91 Recurso da mesa digital anatômica no processo de ensino-aprendizagem de conteúdos relativos à anatomia da ATM ............................................................................................. 92 ANAIS 16 a 18 de agosto de 2018, Campos do Jordão, SP Análise da radiopacidade de resinas compostas por meio de sistema radiográfico digital 93 Avaliação da impactação de terceiros molares inferiores: uma comparação entre radiografia panorâmica ...................................................................................................... 94 Prevalência de calcificações de tecidos moles em exames de tomografia computadorizada de feixe cônico ................................................................................................................... 95 Artefatos em tomografias de dentes birradiculares com diferentes materiais intracanais e parâmetros de exposição................................................................................................... 96 Avaliação volumétrica de técnicas de obturação por microtomografia .............................. 97 Avaliação de nódulos pulpares em dentes decíduos de tomografia computadorizada de feixe cônico ........................................................................................................................ 98 Efeito de ajustes de brilho e contraste na detecção de reabsorções radiculares em radiografia digital ............................................................................................................... 99 Estudo da correlação do canal mandibular e o tipo facial por meio de TCFC ................. 100 Quantificação de artefatos metálicos produzidos por implantes em TCFC obtidas com diferentes protocolos de aquisição .................................................................................. 101 Influência dos sistemas radiográficos digitais na avaliação do tratamento endodôntico de dentes decíduos .............................................................................................................. 102 Validação de novo índice periapical e de qualidade do tratamento endodôntico e sua correlação com alterações sinusais ................................................................................. 103 Avaliação quantitativa dos artefatos formados por núcleos metálicos: um estudo por TCFC. .............................................................................................................................. 104 Avaliação de medidas lineares na tomografia computadorizada de feixe cônico importante para o diagnóstico e o planejamento ortodôntico ............................................................ 105 Avaliação da eminência articular e fossa mandibular em pacientes com diferentes tipos faciais em exames de TCFC............................................................................................ 106 Avaliação tomográfica de ramificações dos canais mandibulares em regiões com inflamação ....................................................................................................................... 107 Avaliação do trabeculado ósseo e cortical mandibular de mulheres pós-menopausa por meio da análise fractal ..................................................................................................... 108 Importância da TCFC no planejamento cirúrgico de terceiros molares mandibulares retidos em posição ectópica ............................................................................................ 109 Confecção de prótese total inferior utilizando planejamento digital e impressão 3D – relato de caso clínico ................................................................................................................. 110 Síndrome Depeutz-Jeghers: relato de caso follow-up de seis anos ................................ 111 Utilização da tomografia computadorizada de feixe cônico no diagnóstico e planejamento cirúrgico de cisto radicular ............................................................................................... 112 ANAIS 16 a 18 de agosto de 2018, Campos do Jordão, SP Tomografia computadorizada de feixe cônico como método auxiliar na localização de fragmento de agulha ........................................................................................................ 113 Diagnóstico por imagem no auxílio de diferentes condições endodônticas ..................... 114 Tomografia computadorizada de feixe cônico como exame complementar no diagnóstico de reabsorções radiculares.............................................................................................. 115 Tomografia computadorizada de feixe cônico como meio de diagnóstico e planejamento para remoção de corpo estranho ..................................................................................... 116 Cordoma de clivus – relato de caso ................................................................................. 117 Deslocamento posterior bilateral do disco da atm com redução unilateral: um relato de caso ................................................................................................................................. 118 Sulco palatogengival – relato de caso clínico .................................................................. 119 Avaliação de dentes retidos por meio da tomografia computadorizada de feixe cônico .. 120 Avaliação de lesão osteolítica periapical associada à pérola de esmalte em tomografia computadorizada de feixe cônico .................................................................................... 121 Aspectos radiográficos da síndrome de gorlin goltz: um relato de caso clínico ............... 122 Diagnóstico de condromatose sinovial na articulação temporomandibular por tomografia computadorizada de feixe cônico .................................................................................... 123 Osteoma benigno: séries de casos.................................................................................. 124 Intrusão de dente decíduo com aparecimento da raiz na fossa nasal: relato de caso clínico............................................................................................................................... 125 Osteoma do processo coronoide da mandíbula .............................................................. 126 Alterações atípicas de displasia fibrosa diagnosticadas em tomografia computadorizada de feixe cônico – relato de caso ...................................................................................... 127 Aspectos imaginológicos de alterações ósseas mandibulares por uso contínuo de bisfosfonatos – relato de caso ......................................................................................... 128 Tomografia computadorizada de feixe cônico como método auxiliar na detecção de dentes supranumerários fusionados............................................................................................ 129 Aspectos imaginológicos das alterações ósseas nos maxilares por meio da tomografia computadorizada de feixe cônico .................................................................................... 130 A importância da tomografia computadorizada de feixe cônico na avaliação dos seios paranasais ....................................................................................................................... 131 A TCFC no diagnóstico das calcificações idiopáticas na região de cabeça e pescoço: um relato de caso clínico ....................................................................................................... 132 A osteorradionecrose por meio da tomografia computadorizada de feixe cônico: um relato de caso ............................................................................................................................ 133 ANAIS 16 a 18 de agosto de 2018, Campos do Jordão, SP A tomografia computadorizada de feixe cônico no diagnóstico das displasias cementoósseas ............................................................................................................................. 134 Diagnóstico da displasia fibrosa através da tomografia computadorizada de feixe cônico: relato de caso clínico ....................................................................................................... 135 Importância do exame por imagem no planejamento cirúrgico das complicações de exodontia de terceiros molares superiores ...................................................................... 136 Avaliação de odontoma composto por tomografia computadorizada de feixe cônico: série de casos .......................................................................................................................... 137 Desenvolvimento de um dispositivo para proteção de placas de fósforo intraorais ......... 138 Utilização da tomografia computadorizada cone beam no diagnóstico de um caso clínico de dor difusa de origem endodôntica ............................................................................... 139 Avaliação pré-cirúrgica para exodontia de terceiros molares por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico .................................................................................... 140 Amelobastoma: relato de caso-recidiva ........................................................................... 141 Diagnóstico por imagem de osteossarcoma em côndilo mandibular: relato de caso....... 142 Exostose maxilar incomum: estudo radiográfico .............................................................. 143 Aspecto ósseo pós tratamento endodôntico de lesão cística na região anterior de mandíbula ........................................................................................................................ 144 Aspectos imaginológicos e clínicos apresentados por um queratocisto em maxila ......... 145 Aspecto imaginológico de queratocisto de mandíbula por descompressão..................... 146 Diagnóstico por imagem de osteopetrose........................................................................ 147 Relato de casos de alterações nos ossos temporais de indivíduos com fissuras labiopalatinas em exames de TCFC ................................................................................ 148 Aspectos raros imaginológicos de neuroma intraósseo ................................................... 149 Características clínicas e imaginológicas de lesão fibro-óssea benigna em paciente pediátrico ......................................................................................................................... 150 Associação de cisto dentígero a molares inclusos: aspectos imaginológicos.................. 151 Diagnóstico por imagem de calcificação de linfonodo com ressecção cirúrgica .............. 152 Anquilose alveolodentária: aspectos clínicos e radiográficos de três casos de membros de uma mesma família ......................................................................................................... 153 Alteração morfológica unilateral em articulação temporomandibular de paciente com deformidade dentofacial................................................................................................... 154 Exacerbação aguda de um granuloma periapical: relato de caso ................................... 155 ANAIS 16 a 18 de agosto de 2018, Campos do Jordão, SP Cisto ósseo simples extenso em mandíbula: a importância dos exames clínico e imaginológicos para a correta terapêutica ....................................................................... 156 Características tomográficas do cisto odontogênico calcificante: relato de caso clínico . 157 Influência dos modos de imagem e de rotação na avaliação do osso alveolar vestibular através de TCFC ............................................................................................................. 158 Avaliação de lesões nos ossos maxilares por meio da tomografia computadorizada de feixe cônico: uma série de casos ..................................................................................... 159 Avaliação de odontomas por meio da tomografia computadorizada de feixe cônico....... 160 Displasia cemento óssea periapical diagnosticada por tomografia computadorizada de feixe cônico: relato de caso ............................................................................................. 161 CT cone beam para pacientes com necessidades especiais .......................................... 162 CT cone beam, ressonância magnética e multislice para pacientes com necessidades especiais e sistemicamente comprometidos.................................................................... 163 Endo Guide: uma alternativa conservadora na terapia endodôntica ............................... 164 Ceratocisto odontogênico: revisão de literatura e relato de caso .................................... 165 Lesão gigantocelular com rompimento de cortical em lesão menor: relato de caso ........ 166 Importância da identificação de características imaginológicas das sinusopatias por meio das imagens de TCFC ..................................................................................................... 167 Celulite flegmonosa perimaxilar de origem odontogênica: aspectos imaginológicos....... 168 Diagnóstico de fraturas e perfurações radiculares com auxílio de imagens de tomografia computadorizada de feixe cônico .................................................................................... 169 Fibroma cemento-ossificante central: diagnóstico clínico-imaginológico e histopatológico.... ............................................................................................................. 170 Estudo da alterações dos seios maxilares por tomografia computadorizada de feixe cônico.. ............................................................................................................................ 171 Politrauma facial em adolescentes: planejamento com ctdbem e impressão 3D – relato de caso clínico ...................................................................................................................... 172 Osteoma do côndilo mandibular: aspectos clínicos e imaginológicos ............................. 173 Mucopolissacaridose tipo I/síndrome de Hurler: relato de caso clínico ........................... 174 Planejamento reverso de prótese unitária utilizando sistema cad/cam associado a tomografia computadorizada cone beam ......................................................................... 175 Cisto do ducto tireoglosso: achado por imagem em ressonância magnética .................. 176 Aspectos imaginológicos de defeito osteoporótico do adulto em mandíbula ................... 177 ANAIS 16 a 18 de agosto de 2018, Campos do Jordão, SP Utilização da ressonância magnética na diferenciação entre ameloblastoma unicístico e tumor odontogênico queratocístico .................................................................................. 178 Avaliação de defeitos ósseos periodontais utilizando tomografia computadorizada de feixe cônico: série de casos ..................................................................................................... 179 Utilização da tomografia computadorizada de feixe cônico em complicação pós-operatória de terceiro molar inferior .................................................................................................. 180 Displasia cemento-óssea florida associada com cistos ósseos simples: série de casos . 181 Sialolito gigante da glândula submandibular: relato de dois casos .................................. 182 Alterações na articulação temporomandibular: relato de caso de anquilose e côndilo bífido. ............................................................................................................................... 183 Osteossarcoma em região anterior de mandíbula: relato de caso................................... 184 Oalavra da presidente da ABRO ..................................................................................... 185 PESQUISAS CORRELAÇÃO ENTRE A MICROARQUITETURA ÓSSEA E A PERIODONTITE EM PACIENTES HIV+: ESTUDO POR MEIO DA ANÁLISE FRACTAL Luciana Loyola Dantas, Daniele Veiga da Silva Siqueira, Luanderson Lopes Pereira, Andreia Cristina Leal Figueiredo, Frederico Sampaio Neves O objetivo deste trabalho foi avaliar a relação entre a microarquitetura óssea obtida por meio da análise fractal em radiografias panorâmicas e tempo de uso de diferentes medicações antirretrovirais em pacientes portadores de HIV+/AIDS sob HAART. Foram coletados dados através do exame clínico anamnésico e periodontograma completo. A análise fractal óssea foi realizada através da utilização do software ImageJ. Os dados obtidos foram analisados no software SPSS versão 22.0. Foram examinadas 66 pessoas, sendo encontrada periodontite moderada em 47,0% dos pacientes. Pode-se constatar que os valores da análise fractal óssea aferida através de radiografias panorâmicas apresentaram-se maiores nos indivíduos sem periodontite e diminuíram gradativamente ao comparar os grupos com periodontite moderada e severa, respectivamente. A dimensão fractal do osso trabecular mandibular também foi correlacionada aos diferentes níveis de perda de inserção, sendo que as perdas de inserção maiores que 7 mm demonstraram correlação negativa com a análise fractal. A análise fractal de radiografias panorâmicas mostrou-se eficiente em diferir pacientes com os diferentes níveis de doença periodontal. Quanto maior a severidade da periodontite, menor a dimensão fractal do osso mandibular. Esses achados sustentam a hipótese de que modificações na microarquitetura óssea mandibular poderiam propiciar o agravamento ou instalação da periodontite. 18 PESQUISAS INFLUÊNCIA DOS PARÂMETROS DE RECONSTRUÇÃO DA MICROTOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA NA ANÁLISE DA DENSIDADE MINERAL ÓSSEA Daniela Verardi Madlum, Hugo Gaêta-Araujo, Eduarda Helena Leandro do Nascimento, Danieli Moura Brasil, Francisco Haiter-Neto O objetivo no presente estudo foi avaliar a influência dos parâmetros de reconstrução de imagens de microtomografia computadorizada (µCT) na análise da densidade mineral óssea (DMO). A amostra foi composta por imagens de µCT de cinco maxilas de ratos Wistar, as quais foram adquiridas por meio do microtomógrafo SkyScan 1174 (Bruker, Kontich, Bélgica). Cada uma das aquisições foi reconstruída seguindo as recomendações do fabricante (protocolo padrão – PP) para o grau de aplicação das ferramentas de correção de artefato (suavização – 2, correção de artefato em anel – 5 e correção de artefato de endurecimento do feixe – 45%). Adicionalmente, as imagens foram reconstruídas com outros 36 protocolos combinando diferentes graus de aplicação dessas ferramentas (P0 ao P35). As imagens foram submetidas à análise de DMO no software CTAn (Bruker, Kontich, Bélgica). Os valores obtidos para cada protocolo foram comparados ao protocolo padrão pelo teste-t pareado (α = 0,05). A DMO dos protocolos que utilizaram 45% de correção de artefato de endurecimento de feixe não diferiu do PP (p > 0,05), exceto pelos P13 e P25, que utilizaram 30% de correção desta ferramenta. Para os outros protocolos, o valor da DMO foi diretamente proporcional ao grau de aplicação desta ferramenta, apresentando diferença estatisticamente significante (p < 0,05). Em conclusão, o grau de aplicação da ferramenta de correção de artefato de endurecimento de feixe para a reconstrução de imagens de µCT influencia na análise da DMO. 19 PESQUISAS ANÁLISE DE ALTERAÇÕES NOS SEIOS MAXILARES POR ESTUDANTES DE ODONTOLOGIA: COMPARAÇÃO ENTRE RADIOGRAFIA PANORÂMICA E TCFC Thalita Lucas Brum Moreira da Silva, Lucas de Paula Lopes Rosado, Izabele Sales Barbosa, Rafael Binato Junqueira, Francielle Silvestre Verner O objetivo no estudo foi comparar a habilidade de diagnóstico de estudantes de Odontologia em detectar anormalidades do seio maxilar (SM) em radiografias panorâmicas (RP) e tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). Este estudo baseou-se em uma avaliação de imagens de pacientes submetidos a RP e TCFC ao mesmo tempo. Dois estudantes avaliaram 280 SM considerando: 0 – seios maxilares normais; 1 – espessamento da mucosa do seio; 2 – pólipo sinusal; 3 – pseudocisto de retenção mucoso; 4 – opacificação inespecífica; 5 – periostite; 6 – antrólito; 7 – antrólito associado a espessamento da mucosa. O padrão de referência foi estabelecido em consenso por dois especialistas em Radiologia Odontológica nas imagens da TCFC. Utilizou-se o teste Kappa ponderado, Curvas ROC (Receiver Operating Characteristic) e ANOVA one-way, com teste pós-Hoc de Tukey-Kramer. A confiabilidade intra e interobservador mostrou concordância variando de substancial (0,809) a quase perfeita (0,922). O acordo entre as avaliações dos estudantes e o padrão de referência foi razoável (0,258) para RP e substancial (0,692) para TCFC. A comparação entre os valores de sensibilidade, especificidade e acurácia mostrou que a TCFC foi significativamente melhor (p < 0,001). A TCFC foi melhor do que RP em detectar alterações no SM por estudantes de Odontologia. No entanto, a TCFC só deve ser solicitada após uma análise cuidadosa da RP pelos estudantes juntamente com profissionais mais experientes. 20 PESQUISAS AVALIAÇÃO IMAGINOLÓGICA DO GRAFENO POR MEIO DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO Yuri Nejaim, Amanda Farias Gomes, Amanda Pelegrin Candemil, Polyane Mazucato Queiroz, Francisco Haiter Neto A maioria dos materiais odontológicos existentes possui um elevado número atômico, o que causa artefatos em exames por imagem, podendo dificultar o diagnóstico. Dessa forma, vêm sendo realizadas diversas pesquisas na área, com o intuito de se desenvolver materiais com melhores propriedades. O grafeno se destaca, principalmente, por características como alta resistência, flexibilidade, altas condutividades térmica e elétrica, impermeabilidade e baixo número atômico. O objetivo desta pesquisa foi conhecer as propriedades imaginológicas do grafeno, assim como sua possível influência na imagem em tomografias computadorizadas de feixe cônico. Para isso, foram confeccionadas amostras de cinco diferentes materiais: titânio, amálgama de prata, guta-percha, liga metálica de metal fundido em cobre-alumínio, e grafeno. Após a confecção das amostras, as mesmas foram posicionadas em um phantom e foram realizadas imagens tomográficas de cada material. Posteriormente, as imagens foram analisadas no software OnDemand3D quanto à média de tons de cinza e ao desvio-padrão em cada ROI. A análise de variância (ANOVA) seguida do teste t Student, com nível de significância de 5% foi realizada. O grafeno apresentou o menor desvio-padrão e os menores níveis de artefato, sendo estatisticamente diferente em relação aos outros materiais. Dessa forma, devido às propriedades do grafeno e às características imaginológicas encontradas, recomenda-se o uso deste material na prática odontológica. 21 PESQUISAS UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS PANORÂMICOS DIGITAIS PARA ANÁLISE DAS VARIAÇÕES ANATÔMICAS DO ÂNGULO MANDIBULAR Henrique Tuzzolo Neto, Daniela Miranda Richarte de Andrade Salgado, Rodrigo Alves Ribeiro, Ana Luiza Esteves Carneiro, Claudio Costa Os sistemas digitais panorâmicos permitem a mensuração de dados antropométricos. O objetivo deste trabalho foi verificar a diferença das medidas do ângulo mandibular direito e esquerdo (AMD e AME) reais com as obtidas em radiografias panorâmicas digitais. Foram utilizados dois aparelhos diferentes e o software Image J® versão 1.47 (National Institutes of Health, EUA). Em uma mandíbula humana seca, cedida pelo Laboratório de Anatomia do ICB-USP foram estabelecidos os valores reais (padrão-ouro) para AMD e AME. As radiografias panorâmicas digitais foram obtidas nos aparelhos Kodak 9000 (Carestream, EUA) e Cranex D (Soredex, Finlândia). Após a aquisição das imagens, dois examinadores, separadamente, realizaram as medidas AMD e AME na peça anatômica com a utilização de um goniômetro, em dois intervalos de tempo (t1 e t2). Os dados foram analisados estatisticamente pelo teste t com nível de significância de 1%. Os resultados mostraram que não houve diferenças estatisticamente significantes entre os observadores. No aparelho Cranex D®, as medidas do AMD apresentaram diferenças estatisticamente significantes (p < 0,001) nos dois intervalos de tempo. Concluiu-se que as medidas feitas no aparelho Kodak 9000® são mais próximas das medidas reais (p > 0,001). O software Image J® demonstrou alto grau de reprodutibilidade. O aparelho Cranex D® apresentou diferenças mais pronunciadas do que as medidas reais nas duas leituras feitas no AMD (p < 0,001). Ao contrário do afirmado pelos fabricantes de equipamentos digitais, constatou-se diferenças entre as medidas AMD e AME nas imagens panorâmicas com relação às medidas anatômicas, porém, estas não foram estatisticamente significantes. 22 PESQUISAS ANÁLISE QUANTITATIVA DE ARTEFATOS PROVOCADOS PELA PRESENÇA DE TITÂNIO EM DIFERENTES POSIÇÕES NO ARCO DENTÁRIO Luciano Augusto Cano Martins, Polyane Mazucatto Queiroz, Yuri Nejaim, Francisco Haiter-Neto A presença de artefato metálico nas imagens de Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico pode dificultar e até inviabilizar o processo de diagnóstico. É possível que sua formação esteja associada à quantidade e disposição dos objetos metálicos em relação à região de interesse. O objetivo do presente trabalho foi avaliar quantitativamente a interferência dos artefatos metálicos nas estruturas dentárias em imagens adquiridas no aparelho OP300 Maxio. Foram obtidas imagens de um fantoma de acrílico contendo em seu interior um dente. Cilindros de titânio foram adicionados em diferentes quantidades e posições em relação ao dente (área de interesse). A quantidade de artefato na região de interesse foi obtida nos nove diferentes protocolos: Controle (sem metal); A) um metal posterior, lado oposto à área controle; B) dois metais lado oposto; C) dois metais posteriores e um metal anterior; D) um metal posterior e adjacente; E) dois metais posteriores adjacentes; F) dois metais posteriores e um na região anterior adjacente; G) um metal na região anterior do lado oposto, e; H) um metal na região anterior e um metal na posterior ambos do lado oposto. Os resultados mostraram que o grupo controle apresentou menor quantidade de artefato em relação aos demais. O grupo F apresentou uma quantidade de artefato significativamente maior que os outros grupos (p < 0,005). Podemos assim concluir que, independentemente da posição dos implantes em relação ao dente, quanto maior a quantidade de objetos metálicos, maior a quantidade de artefato formada. 23 PESQUISAS TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO NA DETECÇÃO E AVALIAÇÃO DO CANAL GUBERNACULAR Luciana Loyola Dantas, Gabriela Dias Prado, Vanessa Guimarães, Ieda Crusoé RochaRebello, Luciana Soares de Andrade Freitas Oliveira A tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) permite uma avaliação tridimensional (3D) da região da maxila e mandíbula, sendo cada vez mais indicada para os diversos diagnósticos odontológicos, inclusive nas pesquisas de localização de estruturas anatômicas e de dentes não-irrompidos. O canal gubernacular (CG) é uma estrutura óssea cuja função está relacionada com o direcionamento do dente permanente quando a sua coroa estiver completa, em direção ao processo alveolar, por isso, possui um papel importante na erupção normal desses dentes. Assim, o objetivo deste trabalho foi detectar e avaliar as características do CG em TCFC. Neste estudo retrospectivo, foram avaliadas nove imagens de TCFC para investigação de dente incluso e que possuíam CG em um ou mais dentes. Essas imagens foram interpretadas e descritas por um único avaliador através do software CS Dental Imaging 3D module versão v3.5.7 (Carestream Health, Atlanta, USA), onde realizou-se mensurações do comprimento e diâmetro do CG, encontrando-se uma média de 2,51 mm para o diâmetro e 6,9 mm para o comprimento. Pode-se inferir que o CG deve ser reconhecido pelos cirurgiões-dentistas como um achado normal nas imagens de TCFC, principalmente no que diz respeito ao diagnóstico diferencial com outras lesões. 24 PESQUISAS ANÁLISE DA DEGRADAÇÃO, LONGEVIDADE E QUALIDADE DE IMAGEM DE PLACAS FÓSFORO FOTOESTIMULÁVEIS Gustavo Nascimento de Souza Pinto, Anne Caroline Costa Oenning, Francisco HaiterNeto Com os avanços em relação aos exames de imagem, a radiografia digital surgiu como uma ferramenta de escolha para o diagnóstico. Frequentemente a placa de fósforo fotoestimulável (PSPs) tem sido utilizada na prática odontológica. Entretanto, a longevidade das PSPs ainda não foi bem estabelecida. O objetivo desse estudo foi determinar a vida útil e a quantidade de degradação da PSPs. Duas PSPs novas foram expostas aos raios-X e processadas no sistema Express (Instrumentarium Dental Inc. Milwaukee, WI, USA). Para a aquisição das imagens foi utilizada uma escala de alumínio com 12 degraus (cada degrau com 1,3 mm de espessura). Para a padronização na aquisição das imagens utilizou-se um dispositivo de acrílico e tempo de exposição fixado em 0,08 segundos. Um ROI (Region of interest) de 10 X 10 mm foi utilizado para mensurar a média dos tons de cinza de cada degrau e de uma área controle fora dos degraus. Os dados foram analisados usando o teste t-Student, com um nível de significância de 99%. Um total de 1800 imagens foram adquiridas e analisadas pelo mesmo radiologista. As diferenças encontradas na média de tons de cinza em cada degrau ao longo do tempo foram estatisticamente significantes. A partir da aquisição número 400 foi detectada uma diminuição na média dos tons de cinza. Os resultados desse estudo revelam uma deterioração das PSPs em relação a quantidade de exposição. 25 PESQUISAS O USO DE RECENTES FERRAMENTAS PRÉ-OPERATÓRIAS PARA AVALIAÇÃO DA QUALIDADE ÓSSEA EM PLANEJAMENTO DE IMPLANTES Jéssica Rabelo Mina Zambrana, Jorge de Sá Barbosa, Nataly Rabelo Mina Zambrana, Daniela Miranda Richarte Andrade Salgado, Claudio Costa A extensa reabsorção da crista óssea mandibular ou atrofia mandibular é vista como o desafio para o tratamento de implantes. Para o melhor planejamento do tratamento os exames pré-operatórios são imprescindíveis, contudo apenas informações sobre a estrutura residual, como altura e espessura local é insuficiente para a sobrevida do tratamento. A imagem tomográfica depende do grau de atenuação dos feixes de raios-X e, portanto, depende da estrutura interna anatômica e, é representada por valores de escala de cinza (VEC). A dimensão fractal é um método matemático usado para descrever a arquitetura interna como o osso trabecular, por isso pode ser uma ferramenta pré-operatória para avaliação da qualidade óssea. Foram avaliadas imagens tomográficas de dez mandíbulas atróficas com oito demarcações correspondentes para regiões de molares, pré-molares, caninos e região anterior. O osso trabecular foi individualizado para as aferições de valores de escala de cinza e análise da dimensão fractal. A partir da correlação de Pearson observou-se a correlação linear entre VEC entre as regiões de molares e caninos, e regiões anteriores e caninos; contudo, houve correlação somente entre DF e VEC nas regiões de pré-molares. Os resultados sugerem que o osso trabecular de mandíbulas atróficas podem apresentar VEC semelhantes devido à alta reabsorção óssea e, portanto, apresenta-se baixa densidade óssea óptica; a DF pode predizer a qualidade óssea em regiões que não apresentam extensas reabsorções ósseas no trabeculado ósseo. Portanto, são ferramentas pré-operatórias promissoras para a qualidade óssea. 26 PESQUISAS AVALIAÇÃO VOLUMÉTRICA DOS TERCEIROS MOLARES INFERIORES – RESULTADOS A PARTIR DE DIFERENTES EXAMINADORES Thuany Targa de Oliveira, Juliane Freitas Machado, Fabio Ribeiro Guedes, Jônatas Caldeira Esteves, Maria Augusta Portella Guedes Visconti Os terceiros molares inferiores comumente apresentam-se retidos na arcada e a avaliação influencia no diagnóstico e no plano de tratamento. Objetivou-se avaliar o posicionamento dos terceiros molares inferiores em relação às classificações descritas na literatura e à conduta de diferentes examinadores, utilizando exames de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). Sessenta e oito dentes foram avaliados por quatro examinadores distintos. A avaliação foi realizada de acordo com as classificações descritas na literatura como: Winter, Pell & Gregory e Nortjé. A avaliação subjetiva determinou o nível de dificuldade para exodontia sugerida. O posicionamento mais encontrado foi o mesioangulado (77,9%). Em relação à profundidade de intrusão e relação com o ramo da mandíbula a Posição B (97%) e Classe I (50%) foram as mais prevalentes. Na avaliação da proximidade das raízes com o canal da mandíbula, a variável Tipo I foi a mais encontrada (41,2%), e outras variações como duplicações, divisões e ausência de visualização do canal representaram 5,9% da amostra. Os avaliadores classificaram o nível de dificuldade para exodontia como “fácil” e “moderada” em sua maioria (35,3%). Os examinadores com maior índice de acertos foram o graduando e o clínico geral. Conclui-se que foi possível realizar a avaliação utilizando imagens de TCFC, sendo a Classificação de Nortjé considerada a mais difícil. Além disso, o nível de conhecimento dos examinadores interferiu na avaliação proposta. 27 PESQUISAS OPTIMIZATION OF IMAGE QUALITY USING A NARROW VERTICAL DETECTOR DENTAL CONE-BEAM COMPUTED TOMOGRAPHY Danieli Moura Brasil, Ruben Pauwels, Wim Coucke, Francisco Haiter-Neto, Reinhilde Jacobs To determine the optimised kVp setting for a narrow detector CBCT unit. Clinical (CL) and quantitative (QUANT) image quality evaluations were done using an anthropomorphic phantom. Technical (TECH) image quality evaluation was performed with a polymethyl methacrylate (SEDENTEXCT-IQ) phantom. Images were obtained using the PaX-i3D Green CBCT device, combining a large (L) 21 X 19 cm and a medium (M) 12 X 9 cm field of view and high-dose (HiDo - 85 to 110 kVp) and low-dose (LoDo - 75 to 95 kVp) protocols, totalling four groups (LHiDo, LLoDo, MHiDo, MLoDo). The radiation dose within each group was fixed by adapting the mA for each protocol according to a predetermined dose-area product value. For CL eval uation, observers assessed images based on overall quality, sharpness, contrast, artefacts, and noise. For QUANT evaluation, mean grey value shift, % of increase of standard deviation (SD), % of beam-hardening and contrast-to-noise ratio (CNR) were calculated. For TECH evaluation, segmentation accuracy, CNR, metal artefacts and sharpness were measured. Based on biplot graphics, representative parameters were chosen for CL, QUANT and TECH evaluations to determine the optimal kVp. Overall, kVp values within the same group showed similar quality (p>0.05), except for 110 kVp in LHiDo and 85 kVp in MHiDo of CL score; also 85, 90 kVp in LHiDo and 75, 80 kVp in LLoDo of QUANT score which were worse (p < 0.05). Higher voltages showed better quality for all groups in the QUANT evaluation, while in other evaluations the effect of kVp was slight. 28 PESQUISAS AVALIAÇÃO DAS UNIDADES DE HOUNSFIELD DERIVADAS DOS NÍVEIS DE CINZA DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO Matheus Barros Costa, Lia Pontes Arruda Porto, Amaro Lafayette N. Formiga Filho, Flávia Maria de M. Ramos-Perez, Maria Luiza dos Anjos Pontual As medições da densidade óssea constituem importante avaliação da qualidade e quantidade do tecido ósseo. O objetivo no presente estudo foi derivar e avaliar as HUs por meio dos níveis de cinza do tomógrafo iCAT Next Generation® no protocolo de implante (0,25 mm de voxel, 120 kVp e 5 mA). Foi escaneado um phantom contendo quatro materiais e os níveis de cinza foram mensurados para obtenção do coeficiente de atenuação por meio do método de interpolação NIST XCOM. Com os dados, uma equação de regressão foi obtida para converter níveis de cinza da tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) em coeficiente de atenuação. Foram distribuídos igualmente 80 exames de TCFC em regiões anterior e posterior de maxila e anterior e posterior de mandíbula. Os níveis de cinza foram mensurados em três cortes parassagitais sequenciais das regiões edêntulas, com o iCat Vision®. Os níveis de cinza foram convertidos em HU utilizando a correlação linear entre os níveis de cinza e o coeficiente de atenuação linear, e a fórmula padrão para cálculo das HU (HU = 1000 x (µ material - µ água)/(µ água). Houve maior média de HU para a região anterior da mandíbula (617,19), seguido da região anterior de maxila (386,96), posterior de mandíbula (343,11) e posterior de maxila (294,47). Conclui-se que as HUs podem ser derivadas a partir dos níveis de cinza da TCFC do aparelho e protocolo estudado, e que as densidades médias encontradas neste estudo são similares aos da literatura em TC multislice. 29 PESQUISAS ANÁLISE DA OBSERVAÇÃO DA CRISTA ÓSSEA ALVEOLAR EM TOMOGRAFIAS COMPUTADORIZADAS DE FEIXE CÔNICO COM ARTEFATOS DE STREAK Catharina Simioni De Rosa, Ana Luiza Esteves Carneiro, Daniela Miranda Richarte de Andrade Salgado, Jessica Rabelo Mina Zambrana, Claudio Costa Artefatos de streak são linhas de projeção com sombras, formadas durante a aquisição das imagens de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). Resultantes de estruturas muito densas, como restaurações e coroas metálicas, essas podem prejudicar a qualidade de detalhes importantes da imagem, aparecendo nas reconstruções multiplanares e 3D. O objetivo deste estudo é avaliar, em imagens panorâmicas e parassagitais (transaxiais) de TCFC, se a presença de artefatos de streak, em dentes posteriores, prejudica a observação da crista óssea alveolar, nas faces mesial, distal, vestibular e lingual. 30 regiões com dentes e presença de artefatos foram acessadas do banco de dados do LAPI-FOUSP e analisadas pelo software Xelis Dental (INFINITT Healthcare, South Korea). As imagens foram avaliadas por 3 radiologistas com diferentes tempos de experiência. A partir dos resultados obtidos encontramos o erro inter observadores com kappa variando de 0,778 a 0,966 e erro intra observadores com kappa = 1,00 para todos os avaliadores. Os artefatos de streak não alteraram a percepção de diagnóstico para as faces mesial, distal, lingual e vestibular nas regiões estudadas. O teste de kappa demonstrou alta correlação entre os avaliadores com alta reprodutibilidade intra/inter observadores. 30 PESQUISAS ÍNDICES RADIOMÉTRICOS MANDIBULARES NA AVALIAÇÃO DA DENSIDADE MINERAL ÓSSEA DE MULHERES PÓS-MENOPAUSA Isadora Pereira Gomes, Sâmila Gonçalves Barra, Cláudia Borges Brasileiro, Lucas Guimarães Abreu, Ricardo Alves de Mesquita Investigar a associação entre quatro índices radiométricos, em tomografia computadorizada de feixe cônico (TFCF), e a densidade mineral óssea (DMO) obtida em exame de absorciometria de energia dupla de raios X (DXA) em mulheres pósmenopausa. Foram avaliadas TCFC e o DXA de 48 mulheres pós-menopausa. Nas TCFC foram avaliados índices em 4 cortes: o corte A0 (corte definido pela média dos cortes do forame mentoniano – FM), corte A (10 mm anterior ao corte do FM), corte P (10 mm posterior ao corte do FM) e corte MP (25 mm posterior ao corte do FM). As medidas foram avaliadas bilateralmente e em seguida foram obtidas as médias para cada uma. O coeficiente de correlação intraclasses (ICC) foi realizado para estabelecimento da concordância intra e interclasse, também foi calculado o erro sistemático pelo teste t e o erro aleatório pela fórmula de Dahlberg. Nos índices MP, P e A obteve-se diferença estatística entre os grupos normal versus osteopenia (p = 0,031; p = 0,000; p = 0,037; respectivamente), e entre os grupos normal versus osteoporose (p = 0,008; p = 0,001; p = 0,019; respectivamente). No índice A0 obteve-se diferença estatística entre os grupos normal versus osteoporose (p = 0,019) e osteopenia versus osteoporose (p = 0,005). Os resultados demostram que os índices quantitativos da TCFC podem ser uteis na identificação de mulher pós-menopausa com baixa DMO e como ferramenta de triagem para osteoporose. 31 PESQUISAS VARIAÇÕES ANATÔMICAS DO CANAL INCISIVO EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA E IMAGENS INTRABUCAIS Êmilly Oliveira Faria, Beatriz D’aquino Marinho, Claudia Borges Brasileiro, Roselaine Moreira Coelho Milagres, Tania Mara Pimenta Amaral O canal incisivo é um reparo anatômico localizado na região anterior de maxila, área considerada nobre à odontologia. O objetivo deste estudo é avaliar a confiabilidade das radiografias periapicais (RP) quando comparados às tomografias computadorizadas de feixe cônico (TCFC), visando um bom diagnóstico de imagem. Foi feita então uma análise para definir a acurácia da RP e suas indicações. Uma análise e mensuração do Forame Incisivo (FI) no sentido mesiodistal e ocluso-apical foi realizada em cem RP e cem TCFC. O forame incisivo foi avaliado em relação ao seu formato e tipo de canal no corte axial, tipo de canal no corte coronal, e número de aberturas quando o canal é em Y no corte coronal. Os dados foram coletados por apenas um examinador previamente calibrado. Após análises estatísticas, observou-se que a ausência de um ou mais elementos (11 ou 21) dificulta a visualização do FI em RP, assim como a idade avançada (p = 0,011). Todas as medidas realizadas foram maiores nos planos de cortes da TCFC em relação a radiografia periapical, exceto quando a medida ocluso-apical foi comparada em RP e com o corte coronal (p < 0,001). Sabendo-se que o tratamento reabilitador com implantes dentários é frequente em região anterior de maxila e que para tal, para a ausência dentária, o padrão-ouro para a área se confirma ser a TCFC. 32 PESQUISAS PREVALÊNCIA DO POSICIONAMENTO DE TERCEIROS MOLARES INFERIORES EM TCFC, UTILIZANDO A CLASSIFICAÇÃO DE PELL & GREGORY Andressa Ledermann Pomeroy, Louize Oliveira de Sá, Luciano Teles Gomes, Eduardo Murad Villoria, Alexandre Perez Marques O objetivo do estudo foi verificar a prevalência do posicionamento dos terceiros molares inferiores pela classificação de Pell & Gregory (1933), por meio da tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) em 93 exames obtidos. As tomadas radiográficas foram adquiridas com os seguintes parâmetros: 120 Kv, 8 mA, 40s de tempo de exposição e voxel de 0,3 mm no aparelho i-CAT Classic® (Imaging Sciences International, Hatfiel, Pa). Dos 98 exames selecionados do arquivo, foram incluídos na amostra os exames que apresentassem os terceiros molares inferiores inclusos, semiinclusos ou irrompidos e com o ápice radicular totalmente formado. A amostra final constou de 160 terceiros molares inferiores presentes nos exames de TCFC (n = 160). Estes foram avaliados utilizando a classificação de Pell & Gregory em Classe I, II, III e posição A, B, C, manuseando a TCFC no RadiAnt DICOM Viewer® nos cortes axial, coronal e sagital. Os resultados obtidos foram apresentados segundo o percentual total da amostra e divididos em: gênero, quadrante e faixa etária. O presente estudo concluiu que nos terceiros molares inferiores, a classificação de maior prevalência foi a de IA nos parâmetros de idade, gênero e quadrante, sendo apenas diferente em paciente do gênero masculino, que apresentaram a maior prevalência de classificação IB. Observou-se que o exame de TCFC permitiu, com riqueza de detalhes, a avaliação dos terceiros molares inferiores e sua classificação de acordo com Pell & Gregory. 33 PESQUISAS AVALIAÇÃO DA PREVALÊNCIA DE TERCEIRO MOLAR INFERIOR EM ÍNTIMA RELAÇÃO COM O CANAL MANDIBULAR POR MEIO DA TCFC Andressa Ledermann Pomeroy, Louize Oliveira de Sá, Eduardo Murad Villoria, Kyria Spyro Spyrides, Alexandre Perez Marques O objetivo do estudo foi avaliar por meio de TCFC, a prevalência de terceiros molares inferiores inclusos, ou semi-inclusos, em íntima relação com o canal mandibular. Foram selecionadas imagens tomográficas de arquivo, obtidas de 98 indivíduos, 45 do gênero masculino e 53 do gênero feminino, de diferentes faixas etárias (19-70 anos), com indicação de exodontia de terceiros molares inferiores inclusos ou semi-inclusos. As aquisições tomográficas foram realizadas com 120 Kv, 8 mA, 40 s de tempo de exposição e voxel isotrópico de 0,3 mm. As imagens tomográficas foram selecionadas aleatoriamente seguindo os critérios de inclusão (terceiros molares inferiores inclusos, semi-inclusos e com indicação de exodontia) e exclusão (terceiros molares erupcionados, com rizogênese incompleta e sem indicação de exodontia). Os arquivos DICOM (Digital Imaging and Comunication in Medicine) foram importados no software Radiant DICOM Viewer para a avaliação da relação entre terceiros molares inferiores e canais mandibulares através dos cortes coronal, axial e sagital. Dos 154 terceiros molares inferiores avaliados, 71% apresentaram íntima relação com o canal mandibular, com maior incidência para o gênero feminino (56%), enquanto 29% não apresentaram esta relação. Considerando a elevada prevalência de terceiros molares inferiores inclusos, ou semi-inclusos, em íntima relação com o canal mandibular, por meio da TCFC, devemos considerar a utilização desse exame de diagnóstico por imagem para a avaliação préoperatória de terceiros molares inferiores. 34 PESQUISAS MUDANÇAS ÓSSEAS NO PROCESSO ALVEOLAR MANDIBULAR APÓS CORREÇÃO ORTODÔNTICA DO APINHAMENTO DENTÁRIO ANTERIOR COM EXODONTIA Claudia Assunção e Alves Cardoso, Claudia Scigliano Valerio, Flavio Ricardo Manzi O objetivo desta pesquisa foi avaliar a alteração da espessura e da altura do osso alveolar e do septo interdentário na região dos incisivos inferiores, após tratamento ortodôntico do apinhamento dentário com exodontia, por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). A amostra consistiu em 28 incisivos inferiores provenientes de pacientes adultos. Foram obtidas as imagens de TCFC antes do tratamento (T1) e três meses após o fim do tratamento (T2). As seguintes medidas foram obtidas: espessura do osso alveolar e do septo interdentário, altura do septo interdentário e das tábuas ósseas vestibular e lingual, distância entre a junção cemento-esmalte (JCE) e as cristas ósseas marginais (MBC) vestibular e lingual, posicionamento vertical (MIH) e inclinação do incisivo inferior (IMPLA), utilizando como referência o Plano Lingual. O teste t pareado de Student, o Teste de Wilcoxon e a correlação de Pearson, foram utilizados com nível de significância de 5%. Houve aumento na medida JCE-MBC no lado vestibular e lingual, que foi significativo estatisticamente somente no lado lingual, indicando perda óssea e formação de deiscência nesta região. A alteração na medida JCE-MBC não mostrou correlação com o índice de Little, ou seja, o grau de apinhamento dentário não foi fator de risco para desenvolver deiscência óssea. Já a alteração no IMPLA, na altura do septo dentário e no MIH se correlacionaram fortemente com a formação de deiscência óssea no lado lingual dos incisivos. 35 PESQUISAS RELAÇÃO ENTRE A ALTURA DO ÓSTIO SINUSAL COM AS ALTERAÇÕES DO SEIO MAXILAR POR MEIO DA TCFC Marcos Paulo Motta Silveira, Evandro José Borgo, Milena Bortolotto Felippe Silva, Sérgio Lúcio Pereira de Castro Lopes, Jeriel Silva Santos Júnior, Luiz Roberto C. Manhães Junior O estudo teve como objetivo relacionar a presença de quatro alterações nos maxilares (espessamento mucoso, fenômeno de retenção de muco, velamento parcial e velamento total) em relação à altura entre o óstio sinusal até o assoalho da fossa nasal por meio da tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). Utilizou-se 503 tomografias de pacientes maiores de 21 anos de idade, de ambos os gêneros. Por meio de reconstruções coronais corrigidas em posicionamento, foi feita a varredura no sentido ântero-posterior da região do seio maxilar para identificação e localização do óstio sinusal e assoalho da fossa nasal. As medidas da altura do óstio e visualização das alterações sinusais foram realizadas em ambos os lados. As alterações sinusais avaliadas foram espessamento da membrana sinusal (EMS) a partir de 5 mm, Fenômeno de retenção de muco (FRM), Velamento parcial (VP) e Velamento total (VT). Utilizou-se o teste do qui-quadrado ou Exato de Fisher, estimando-se os Odds ratio brutos com os respectivos intervalos de confiança de 95%. Verificou-se que existe uma associação significativa da altura do óstio com gênero (p < 0,0001), com a medida do lado esquerdo (p < 0,0001) e com a presença de FRM (p < 0,0162). Pode-se concluir que não existe uma relação entre a altura do óstio sinusal do seio maxilar com estas alterações sinusais, apesar da maior altura apresentar relação direta com o fenômeno de retenção de muco. 36 PESQUISAS COMPARAÇÃO ENTRE RADIOGRAFIA PANORÂMICA E TCFC NA DETECÇÃO E MENSURAÇÃO DE CORTICALIZAÇÃO DE LESÕES ÓSSEAS DOS MAXILARES Wilson Gustavo Cral, Hugo Gaêta-Araujo, Larissa Moreira de Souza, Dagmar de Paula Queluz, Christiano de Oliveira-Santos O objetivo do estudo foi comparar radiografias panorâmicas (PAN) e tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) em relação à presença, continuidade e espessura da corticalização periférica em lesões ósseas benignas (císticas e tumorais) dos maxilares. A amostra foi composta por 40 lesões, cujas PAN e TCFC foram realizadas em intervalo máximo de 1 mês entre os exames. Três avaliadores realizaram a análise das imagens e a comparação entre os exames foi realizada por meio do teste de McNemar. A presença de corticalização observada em PAN foi confirmada na TCFC em 53,65% dos casos. Em 21,95% dos casos em que a corticalização era considerada presente em PAN, esta não foi detectada na TCFC. Apenas 52,4% dos casos onde a corticalização era contínua na PAN foram confirmados pela TCFC. Considerando a TCFC como padrão ouro, a sensibilidade e especificidade da PAN para a detecção da cortical foi de 0,733 e 0,824, respectivamente. Já para a continuidade da cortical, estes valores foram de 0,524 e 0,933, respectivamente. As medidas de espessura em PAN e TCFC não apresentaram diferenças significativas. Conclui-se que a PAN tem baixa sensibilidade para detectar continuidade de corticalização de lesões ósseas, e alta especificidade para a observação da presença e continuidade de corticalização adjacente a lesões ósseas dos maxilares. 37 PESQUISAS INFLUÊNCIA DO TAMANHO DO VOXEL NA PRECISÃO DAS MEDIDAS LINEARES EM IMAGENS DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO Bruna Lima Pellicciotti, Bruna V. Barbosa, Afonso C. S. de Assis, Luiz R. C. Manhães Junior, Andée Luiz F. Costa, Sérgio L. P. C. Lopes A tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) é um exame radiográfico que transforma a radiação emitida pelo tubo de raios-X em sinais elétricos, por meio de qualificação e gravação em computador, dessa forma a imagem resultante é derivada de diversos elementos cúbicos de volume, denominados de voxel, os quais são unidos via software, possibilitam uma reconstrução tridimensional do objeto radiografado. O objetivo deste trabalho é analisar a influência do tamanho do voxel e do tempo de exposição na precisão das medidas lineares do côndilo. Este estudo consiste na utilização de quatro hemi-mandíbulas maceradas de porcos, as quais foram escaneadas em nove diferentes protocolos de tamanho de voxel. Os modelos tridimensionais do côndilo foram gerados para estabelecer uma comparação entre medidas lineares obtidas com cada protocolo de voxel e aquelas obtidas com um paquímetro. A comparação entre os protocolos foi realizada considerando a média das duas medidas do côndilo nos eixos latero-medial (LM) e anteroposterior (PA) e também através da ANOVA de medidas repetidas com transformação de classificação. No final concluímos que foi encontrada uma diferença significativa entre os protocolos em relação às variáveis LM e AP. No eixo LM, o protocolo P6 não apresentou diferença estatística em relação ao padrão-ouro. Os protocolos P4 e P5 foram estatisticamente semelhantes em comparação com o paquímetro, embora tenham apresentado um tempo de varredura mais longo. No eixo do AP, o protocolo P8 foi estatisticamente semelhante ao padrão-ouro. 38 PESQUISAS AVALIAÇÃO DA CORTICAL DA MANDÍBULA EM HOMENS E MULHERES POR MEIO DE ÍNDICES RADIOMORFOMÉTRICOS OBTIDOS EM TCFC Ana Luiza Esteves Carneiro, Daniela Miranda Richarte de Andrade Salgado, Jéssica Rabelo Mina Zambrana, Nataly Rabelo Mina Zambrana, Claudio Costa Os índices radiomorfométricos (IR) variam de acordo com o gênero e idade dos indivíduos. Este estudo teve como objetivo avaliar a qualidade óssea em mulheres e homens, por meio de IR obtidos de imagens tomográficas. Foram analisados 78 exames de tomografia computadorizada de feixe cônico, de pacientes do sexo feminino e masculino. As imagens foram obtidas do banco de dados do LAPI-FOUSP, São Paulo, Brasil. Foram avaliados: Índice Cortical Mandibular (ICM), qualitativo, que classifica em C1, C2 e C3 a cortical da mandíbula e Índice Mentual (IM), quantitativo. Para as realizações das medidas utilizamos os softwares XoranCAT® (Xoran Technologies, EUA) e Xelis® (Infinitt, Coréia do Sul). As imagens foram divididas em dois grupos: Grupo H – Homens e Grupo M – Mulheres e avaliadas por um examinador em dois tempos diferentes (T1 e T2). Os dados foram submetidos a análise estatística com nível de significância de 95% (p < 0,05). Os testes Kappa e de ICC mostraram uma concordância intraexaminador média a boa. As médias de idade foram: 48,46 ± 15,3 para o grupo M e 53,87 ± 13,09 para o grupo H. A avaliação do ICM mostrou que nos dois softwares e em ambos os grupos, a maioria das imagens foi classificada em C1. Na avaliação do IM, foram observadas diferenças estatisticamente significantes entre os dois grupos e nos dois softwares, com p = 0,0001 no XoranCat® e p = 0,0020 no Xelis®. Concluímos que a espessura da cortical da mandíbula nas mulheres foi menor que a espessura encontrada nos homens. 39 PESQUISAS AVALIAÇÃO DA ESPESSURA DO CANAL MANDIBULAR EM PACIENTES DENTADOS E DESDENTADOS PARCIAIS POR MEIO DA TCFC Patrícia de Sousa Filgueiras, Ricardo Raitz, Milena Bortolotto Felippe Silva Esta pesquisa teve como objetivo comparar a espessura do canal mandibular de pacientes dentados e desdentados através da TCFC. A amostra foi composta por 800 tomografias obtidas no banco de dados do departamento de Radiologia e Imaginologia da Faculdade São Leopoldo Mandic, Campinas - SP, sendo todos os exames realizados no aparelho Classic I-Cat® (Imaging Sciences Internation, EUA), com voxel padronizado em 0,25 mm, FOV (field of view) ou campo de visão de 13 cm. De posse do corte axial, foi traçado um plano de corte que acompanhou o rebordo ósseo de cada paciente para obtenção dos cortes transversais. Foi medida a espessura do canal mandibular em três pontos: A – a 1 mm do forame mandibular, B – no ponto médio do canal mandibular e C – a 1 mm do forame mentual. Dos 800 pacientes pesquisados, 379 (47,4%) eram do sexo masculino e 421 (52,6%) eram do sexo feminino. A faixa etária ficou compreendida entre 18 e 86 anos de idade. A espessura no ponto A de pacientes dentados foi, estatisticamente, maior que dos desdentados; para a região do ponto B não houve diferença estatística entre os grupos; já a espessura na região do ponto C foi, significativamente, menor nos pacientes dentados. De acordo com os resultados obtidos nesse estudo, observou-se que a perda dentária não influencia na espessura do canal mandibular. 40 PESQUISAS PREVALÊNCIA DE IMAGEM SUGESTIVA DE ATEROMA NA ARTÉRIA CARÓTIDA EM PANORÂMICAS E SUA RELAÇÃO COM FATORES DE RISCO Matheus Barros Costa, Heloísa Cunha Pacheco, Lia Pontes Arruda Porto, Caio Belém Rodrigues Barros Soares, Andrea dos Anjos Pontual A aterosclerose é uma doença inflamatória que culmina na formação de placas ateromatosas na vasculatura, que podem resultar em acidente vascular cerebral. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a prevalência de imagens sugestivas de ateroma em artérias carótidas (AAC) em imagens de radiografias panorâmicas, e sua relação com fatores de risco para doenças cardiovasculares. A amostra foi composta por 148 pacientes da Clínica de Radiologia da UFPE, atendidos no período entre setembro de 2015 e maio de 2018, que concordaram em participar da pesquisa e em responder o questionário de saúde. Após a realização do exame radiográfico, os pacientes passaram por uma avaliação física (verificação de peso, altura, pressão arterial e circunferência abdominal) e aplicação do questionário. Dentre os 148 pacientes, 61 eram do sexo masculino e 87 do sexo feminino. Vinte e duas radiografias apresentaram imagem sugestiva de AAC, totalizando uma prevalência de 14,8%. Foi verificada uma maior prevalência de AAC nos grupos de pacientes com idade acima de 53 anos e do sexo feminino. Não houve associação significativa entre a presença de AAC e fatores de risco para doença cardiovascular. Conclui-se que a prevalência de AAC mostrou-se alta na população estudada e que, diante da identificação dessa alteração nas radiografias panorâmicas, cabe ao cirurgião-dentista o encaminhamento desses pacientes a especialistas para confirmação do diagnóstico. 41 PESQUISAS AVALIAÇÃO DE UM APLICATIVO MÓVEL COMO AUXILIAR NO DIAGNÓSTICO RADIOGRÁFICO DE CONDIÇÕES ENDODÔNTICAS Francielle Silvestre Verner, Manuela Lima Barros de Oliveira, Jesca Neftali Nogueira Silva, Rafael Binato Junqueira O objetivo foi avaliar a viabilidade e eficácia de um aplicativo móvel (APP) como ferramenta auxiliar no diagnóstico radiográfico de condições endodônticas por estudantes de Odontologia. Foram selecionadas radiografias de dentes com as seguintes condições endodônticas: 1 – ausência de tratamento endodôntico (TE) sem lesão periapical (LP); 2 – ausência de TE com LP; 3 – TE satisfatório sem LP; 4 – TE satisfatório com LP; 5 – TE insatisfatório sem LP; 6 – TE insatisfatório com LP; 7 – instrumento fraturado; 8 – núcleo metálico fundido desviado; 9 – fratura radicular; 10 – reabsorção radicular. As imagens foram avaliadas por vinte estudantes, divididos em grupos com e sem utilização do APP Kahoot! contendo imagens de referência para serem consultadas durante as avaliações. O padrão de referência foi estabelecido em consenso por dois endodontistas e três radiologistas. Testes Kappa e McNemar, Curvas ROC e Anova one-way foram utilizados. Em ambos os grupos o índice Kappa variou de moderado a substancial. No grupo com APP houve diferença significante em relação ao padrão dos especialistas para as condições 4 e 10 (p = 0,000). No grupo sem APP houve diferença para as condições 1, 4, 6, 7, 8 e 10 (p < 0,05). Não houve diferença entre acurácia, sensibilidade e especificidade, com e sem APP, para nenhuma das condições. O uso do APP Kahoot! com imagens de referência melhorou a habilidade dos estudantes em diagnosticar condições endodônticas, sendo uma ferramenta auxiliar viável e eficaz de ensino. 42 PESQUISAS AVALIAÇÃO DA MAGNITUDE DE ARTEFATOS ORIUNDOS DA EXOMASSA EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO Amanda Pelegrin Candemil, Deborah Queiroz de Freitas, Benjamin Salmon, Francisco Haiter-Neto, Matheus Lima de Oliveira O objetivo foi avaliar a magnitude de artefatos oriundos de materiais metálicos presentes na exomassa em Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC). Um fantoma de imagem composto por 16 tubos de polipropileno preenchidos por uma solução radiopaca homogênea foi confeccionado. Aquisições foram obtidas pelos aparelhos de TCFC: Newtom Giano, CS9300 e Picasso Trio. O fantoma foi centralizado em um campo de visão (FOV) de 5X5 cm, sob protocolos que variaram na composição (ti ou co-cr) e quantidade (1, 2 ou 3) do material metálico. Por meio do software OsiriX, valores médios de voxel foram obtidos dos 16 tubos do fantoma. Como forma de mensurar a variabilidade dos valores de voxel de cada aquisição, o desvio padrão foi calculado. Os dados foram divididos em 6 grupos conforme região do fantoma (área total-controle, círculo externo, círculo interno, lado direito, lado esquerdo e zona central). Foram comparados separadamente os valores médios e de variabilidade de voxel entre as diferentes regiões do fantoma e os protocolos por meio de análise de variância e teste de Tukey (α=0,05). Em todas as condições, a média do valor de voxel foi significativamente menor na região do círculo interno. A variabilidade do valor de voxel foi significativamente maior nas regiões de círculo interno e zona central na maioria dos protocolos. Concluiu-se que os artefatos oriundos de materiais metálicos na exomassa estão em maior presença na região mais central/interna do FOV. 43 PESQUISAS INFLUÊNCIA DA ORIENTAÇÃO DO DENTE NA DETECÇÃO DE FRATURA RADICULAR VERTICAL POR MEIO DA TCFC Victor Aquino Wanderley, Deborah Queiroz Freitas, Francisco Haiter-Neto, Matheus Lima Oliveira O objetivo neste estudo foi avaliar a influência da orientação do longo eixo do dente em relação ao plano de projeção dos raios-X na detecção de fratura radicular vertical (FRV) em imagens de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) na presença de diferentes materiais intracanal. Trinta dentes unirradiculares foram instrumentados endodonticamente e FRV foi induzida em metade da amostra. As imagens de TCFC foram adquiridas sob duas diferentes orientações do longo eixo da raiz: perpendicular e paralela ao plano de projeção dos raios X. As imagens de cada raiz foram adquiridas sem material obturador, seguido de cone de guta-percha e pino metálico. A dose de radiação em regiões anatômicas específicas foi obtida para as duas orientações. Cinco especialistas em radiologia odontológica avaliaram as imagens indicando a presença ou ausência de fratura. A área sob a curva ROC e os dados da dosimetria para cada orientação da raiz e materiais intracanal foram comparados, respectivamente, com a análise de variância two-way e one-way (α = 0,05). Observou-se que não houve diferença estatisticamente significante na detecção de FRV entre as orientações do longo eixo da raiz, independentemente do material intracanal utilizado. A dose de radiação variou em algumas regiões anatômicas em função da orientação da raiz. Em conclusão, a orientação do longo eixo do dente em relação ao plano de projeção dos raios-X não influencia na detecção de fratura radicular vertical em TCFC. 44 PESQUISAS ESTUDO COMPARATIVO DA DISCREPÂNCIA DE BOLTON: MODELOS FOTOGRAFADOS VERSUS MODELOS FÍSICOS Ana Lúcia Inoue Kim Michaloski, Ana Cláudia Galvão de Aguiar Koubik, Luciano Andrei Francio O objetivo foi comparar mensurações dentárias entre modelos físicos e modelos virtuais fotografados utilizando o software Cfaz para checar a confiabilidade do método. Foi realizada a discrepância em 20 pares de modelos pelo método manual e as medidas foram comparadas com os modelos fotografados. As fotografias foram importadas no software Cfaz e cada imagem calibrada de forma que o software realizasse as devidas proporções durante as mensurações. Foi aplicado o teste estatístico t de Student com nível de significância de p ≤ 0.05 para avaliar a confiabilidade do método. Foram comparadas as medidas mesiodistais de cada dente obtidas manualmente nos modelos físicos de gesso e digitalmente nos modelos virtuais fotografados. Na maioria das regiões dentárias avaliadas não houve diferença significativa entre os métodos. Verificou-se diferença estatística apenas nas regiões dos caninos superiores e incisivos centrais superiores, porém clinicamente foram inferiores a 1 mm. Os resultados encontrados confirmaram que é clinicamente aceitável a utilização de modelos fotografados para realizar a discrepância de Bolton por meio do software Cfaz. A diferença estatística encontrada nas regiões de caninos superiores e incisivos centrais superiores é insignificante clinicamente (< 1 mm) e o ganho de tempo e facilidade para as clínicas de radiologia odontológica é inegável 45 PESQUISAS ASPECTOS RADIOGRÁFICOS DE GLÂNDULAS SALIVARES MAIORES EM SIALOGRAFIA Vagner Braga da Silva, Lucas Morita, Letícia Mayumi Takeda, Isabela Goulart Gil Choi, Emiko Saito Arita O objetivo deste estudo foi avaliar o grau de inflamação de cada parte das glândulas salivares maiores (ducto principal, ducto secundário/terciário, parênquima) em sialografia com as características individuais dos pacientes. Um total de trinta imagens radiográficas, tanto de glândulas parótidas como de glândulas submandibulares, de 25 pacientes submetidos a exames de sialografia foram analisadas retrospectivamente. O grau de inflamação de cada área da glândula salivar foi avaliado em relação às seguintes variáveis categóricas: sexo, lado do paciente com a glândula acometida (direito/esquerdo), tipo de glândula (submandibular/parótida). O teste estatístico quiquadrado foi feito para correlacionar o grau de inflamação de cada área da glândula salivar com as variáveis categóricas e o teste de correlação de Pearson foi feito para correlacionar o grau de inflamação presente entre as diferentes partes das glândulas salivares. Cinco das trinta imagens foram excluídas devido à presença de tumores. O teste estatístico qui-quadrado mostrou ausência de correlação estatisticamente significante entre o grau de inflamação das diferentes partes das glândulas com as variáveis estudadas (p < 0,05). O teste de correlação de Pearson mostrou uma correlação fraca existente entre o grau de inflamação do ducto principal com o ducto intraglandular. Concluiu-se que a inflamação presente nas glândulas salivares não tem relação estatisticamente significante com o sexo do paciente, tipo ou lado da glândula acometida. A sialografia permitiu a visualização da delicada anatomia do sistema ductal e permitiu a visualização precisa dos sialolitos e estenoses, que são as duas causas principais de obstrução. 46 PESQUISAS AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA IMAGEM E DOS PARÂMETROS DE EXPOSIÇÃO DE UM APARELHO DE RAIOS-X INTRAORAL PORTÁTIL Madelon A F Zenobio, Carolina D B Azevedo, Maria do Socorro Nogueira, Cláudio D Almeida, Elton G Zenóbio, Flávio O objetivo deste estudo foi avaliar e discutir os parâmetros de exposição e proteção radiológica, dose absorvida e qualidade da imagem radiográfica do aparelho de radiografia intraoral portátil DIOX. Os parâmetros de exposição foram mensurados por meio do detector Xi UNFORS. A radiação secundária para o operador foi mensurada com a câmara de ionização 1800cc acoplada ao mesmo eletrômetro. A dose absorvida (D) no paciente foi calculada utilizando TLD-100H posicionados no simulador antropomórfico Alderson RANDO. A qualidade da imagem digital radiográfica foi determinada comparando imagens radiográficas obtidas com o simulador radiográfico odontológico da região de molares superiores. O aparelho radiográfico intraoral portátil DIOX demonstrou confiabilidade em relação ao padrão de desempenho dos parâmetros avaliados, exceto com relação ao diâmetro do campo de radiação (5,8 mm). Não foi detectado nenhum indício de radiação de fuga do cabeçote. A proteção plumbífera do aparelho atenua a radiação secundária protegendo o operador, entretanto, foi observado que a região das gônadas foi a mais exposta durante a mensuração. O maior valor de D foi na região correspondente as glândulas submandibulares e linguais do lado esquerdo (0,568 mGy). A qualidade de imagem do aparelho radiográfico portátil DIOX apresentou padrões de qualidade equivalentes aquelas produzidas por equipamentos radiográficos padrões. Concluiu-se que o aparelho de radiografia intraoral portátil DIOX demonstrou confiabilidade em relação aos critérios de controle de qualidade e de radioproteção estabelecidos pelas normas nacionais e internacionais. Os resultados obtidos mostraram o uso seguro do aparelho radiográfico odontológico portátil. 47 PESQUISAS RADIOGRAFIA PANORÂMICA: IMPORTANTE FERRAMENTA NO TRATAMENTO DOS PACIENTES INFANTIS Roberta Mansur Caetano, Jairo Conde Jogaib, Alcemar Gasparini Netto, Carla Cristina Santos de Paula O objetivo desse estudo foi apresentar a utilização do exame radiográfico panorâmico em crianças na dentição mista e avaliar a prevalência de anormalidades, ou seja, achados radiográficos. Foram avaliadas cem radiografias panorâmicas digitais provenientes do arquivo da disciplina de Imaginologia, referentes a pacientes de 4 a 10 anos de idade, 50 crianças de cada gênero. Foi detectada alguma anormalidade em 46% das crianças e desse total, 46% eram do gênero masculino e 54% do gênero feminino. As anormalidades mais prevalentes foram: 33,9% de crianças com direção de erupção desfavorável dos elementos permanentes, 30,3% apresentavam alguma anomalia de desenvolvimento, 16% perda precoce de dente decíduo e menores valores de cárie, lesão periapical, aumento do folículo coronário, infraoclusão, pseudocisto antral e destruição coronária. As anomalias de desenvolvimento detectadas foram, 38,2% de agenesias, 23,5% de supranumerários, 11,7% de taurodontia e menores valores de transposição, pérola de esmalte, microdontia, anomalia de forma, geminação, fusão, aplasia condilar e hipertrofia do processo coronoide. Conclui-se que na criança, essa técnica radiográfica extraoral pode ser utilizada principalmente para avaliação do desenvolvimento dentário e ósseo, permitindo identificar anomalias de desenvolvimento, que provavelmente não seriam detectadas clinicamente. 48 PESQUISAS A RADIOGRAFIA PANORÂMICA COMO UM ALERTA QUANTO A POSSIBILIDADE DE ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO Roberta Mansur Caetano, Jairo Conde Jogaib, Alcemar Gasparini Netto, Alessandro Rodrigues da Silva, Viviane Rocha Monteiro da Fonseca A radiografia panorâmica é um exame de rotina na clínica odontológica, cuja avaliação não deve ficar restrita a dentes e maxilares, pois possibilita o diagnóstico precoce dos ateromas calcificados na artéria carótida de pacientes, apesar de não ser um exame de excelência para a investigação desse tipo de calcificação, entretanto, contribui na detecção dessas lesões em pacientes assintomáticos. O objetivo desse estudo foi avaliar a prevalência de ateromas calcificados da artéria carótida, detectados em radiografias panorâmicas e elucidar como podem ser visualizados pelo cirurgião dentista. Foram utilizadas cem radiografias panorâmicas do arquivo digital da disciplina de Imaginologia do Curso de Odontologia do Centro Universitário de Volta Redonda. Foram selecionados pacientes com idade mínima de quarenta anos, cinquenta do gênero feminino e cinquenta do gênero masculino. Concluiu-se que o ateroma calcificado na artéria carótida pode ser visualizado como uma massa radiopaca na lateral das radiografias, abaixo do ângulo da mandíbula, próximo ao osso hioide e das vértebras C3 e C4, que corresponde a área de bifurcação da artéria carótida comum. Foi detectado em 32 pacientes, portanto, a prevalência foi de 32%, sendo 22% no gênero feminino e 10% no masculino. 49 PESQUISAS CANINOS INCLUSOS: IMPORTÂNCIA DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA Roberta Mansur Caetano, Jairo Conde Jogaib, Alcemar Gasparini Netto, Ana Carolina Torres Reis, Pamela dos Santos Almeida Para esse estudo foi realizada revisão bibliográfica e foram apresentadas imagens tomográficas de caninos superiores inclusos, com o objetivo de ressaltar a importância da tomografia computadorizada por feixe cônico, no diagnóstico e planejamento do tratamento ortodôntico. Os seis caninos avaliados estavam mesioangulados e com coroa em íntimo contato com as raízes dos elementos adjacentes, quatro apresentavam a cúspide posicionada mesialmente ao incisivo lateral e um deles estava associado à reabsorção do incisivo central e reabsorção severa do incisivo lateral. Cinco do lado esquerdo e um do lado direito, quatro localizavam-se por palatina dos dentes adjacentes, um por vestibular e um no centro do rebordo. Foi observado um caso de transposição dentária, dos elementos 22 e 23, havia presença de elementos decíduos na região da inclusão dentária em quatro casos, em um caso havia total falta de espaço para o canino incluso e em dois casos os caninos apresentavam aumento do folículo coronário. Concluiu-se que a TCFC permite a exata localização do elemento incluso, além de sua relação com estruturas e dentes adjacentes. O diagnóstico das reabsorções radiculares de dentes adjacentes ao canino incluso, antes do tratamento ortodôntico pode alterar totalmente o planejamento do caso, além de definir a melhor trajetória de tracionamento dentário. 50 PESQUISAS RELAÇÃO DO TERCEIRO MOLAR INFERIOR COM CANAL MANDIBULAR EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA POR FEIXE CÔNICO Roberta Mansur Caetano, Jairo Conde Jogaib, Alcemar Gasparini Netto, Júlio César Régnier Leite O objetivo desse trabalho foi avaliar a relação do canal mandibular com os terceiros molares inferiores inclusos, por meio da tomografia computadorizada por feixe cônico. Foi avaliada a relação entre 36 terceiros molares inferiores e o canal mandibular. Foram utilizadas as seguintes classificações e os respectivos resultados foram encontrados: Winter: mesioangular (55,56%), horizontal (22,22%), vertical (19,44%), distoangular (2,78%); Pell e Gregory, relação do terceiro molar com o plano oclusal: posição A (19,44%), Posição B (36,11%), Posição C (44,44%); em relação a borda anterior do ramo mandibular: Classe I (75%), Classe II (25%), Classe III (0%); Nortjé: Tipo I (8,33%), Tipo II (72,22%), Tipo III (19,44%); Felez Gutierrez et al. (1997) modificada por Gomes (2001): os tipos mais prevalentes foram, obscurecimento dos ápices (27,78%), reflexão dos ápices (16,67%) e a localização do canal mandibular em relação ao terceiro molar em tomografia computadorizada por feixe cônico: inferior (50%), lingual (22,22%), vestibular (13,89%), inferior e vestibular (5,56%), inferior e lingual (8,33%), com contato com o canal mandibular (77,78%), sem contato com o canal mandibular (22,22%). Concluiu-se que ao detectar um sinal radiográfico de íntima relação da raiz do terceiro molar com o canal mandibular, torna-se necessário o emprego da tomografia computadorizada por feixe cônico, que permitirá um correto planejamento cirúrgico. 51 PESQUISAS AJUSTE DE BRILHO E CONTRASTE: PREFERÊNCIA DOS OBSERVADORES VERSUS DESEMPENHO NO DIAGNÓSTICO DE FRATURA RADICULAR VERTICAL Nicolly Oliveira Santos, Hugo Gaêta-Araujo, Eduarda Helena Leandro do Nascimento, Matheus Lima de Oliveira, Deborah Queiroz de Freitas O presente estudo objetivou avaliar o efeito do brilho e do contraste das radiografias digitais intraorais para o diagnóstico de fraturas radiculares verticais (FRV), bem como analisar a preferência dos observadores para a qualidade subjetiva da imagem. Para isso, trinta radiografias periapicais de dentes humanos unirradiculares foram adquiridas. As condições intracanal testadas foram: sem preenchimento, guta-percha, pino metálico e pino de fibra de vidro. As imagens originais foram ajustadas em quatro combinações, resultando em cinco variações de brilho e contraste (V1 a V5) para cada radiografia adquirida. Cinco radiologistas orais analisaram as imagens. Posteriormente, os observadores classificaram as radiografias de acordo com a sua preferência para a qualidade da imagem. A área sob a curva ROC, sensibilidade, especificidade e concordância do observador foram calculadas. Os resultados obtidos mostraram que não houve diferença estatisticamente significante entre os valores diagnósticos das imagens originais e ajustadas e mesmo entre as condições intracanal testadas. Na maioria dos casos, as radiografias com +15% de contraste e -15% de brilho (V2) foram classificadas como melhores, enquanto que as imagens com +30% de brilho e -30% (V5) foram consideradas piores. Com isso, concluímos que com o intervalo testado, o ajuste de brilho e contraste não influenciaram o diagnóstico de FRV. Além disso, os observadores preferiram imagens com menor brilho e maior contraste. 52 PESQUISAS DIAGNÓSTICO DE FRATURA RADICULAR VERTICAL EM DENTES PRÓXIMOS E DISTANTES A IMPLANTES: INFLUÊNCIA DOS ARTEFATOS NA TCFC Deborah Queiroz Freitas, Taruska Ventorini Vasconcelos, Marcel Noujeim O objetivo nesse trabalho foi avaliar a influência de artefatos produzidos por implantes de zircônia no diagnóstico de fratura da raiz vertical (FVR) em dentes próximos e distantes do implante em imagens de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC), bem como da quilovoltagem (kVp) e da ferramenta de redução de artefatos metálicos (MAR). Vinte raízes foram divididas em grupo controle e fraturado (n = 10). Os dentes foram posicionados nos alvéolos do primeiro e segundo pré-molares direito e esquerdo de uma mandíbula humana. Os exames de TCFC foram adquiridos no aparelho ProMax 3D com kVp de 70, 80 ou 90 kVp; com ou sem MAR; e com ou sem o implante de zircônia posicionado no alvéolo do primeiro molar direito. As imagens foram avaliadas por 5 examinadores. A área sob a curva ROC, sensibilidade e especificidade foram calculadas e comparadas pela análise de variância. No geral, a curva ROC e a sensibilidade não foram afetadas pelos fatores estudados (p > 0,05). Os principais efeitos ocorreram na especificidade; quando o implante foi usado sem MAR, os valores foram menores para o dente 45 para todas as kVps (p = 0,0001). Artefatos produzidos nas proximidades de dentes com suspeita de VRF prejudicam o diagnóstico diminuindo a especificidade, pois podem mimetizar a linha de VRF, gerando falsos positivos. A MAR melhora a especificidade, sendo recomendada quando objetos metálicos estão presentes próximos a dentes com suspeita de FVR. 53 PESQUISAS CORRELAÇÃO DA PNEUMATIZAÇÃO E MORFOLOGIA DO COMPONENTE TEMPORAL DA ATM: ANÁLISE EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO Mariana Rocha Nadaes, Larissa Pereira Lagos de Melo, Francisco Haiter-Neto, Deborah Queiroz Freitas O objetivo desse estudo foi correlacionar a pneumatização do osso temporal e a morfologia da eminência articular e da fossa mandibular. Além disso, foi proposta uma classificação para a pneumatização do componente temporal da articulação temporomandibular (ATM). Foi utilizada uma amostra de cem exames de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC), totalizando duzentas ATMs. As imagens foram avaliadas subjetivamente e objetivamente através das reconstruções paracoronal e parassagital da ATM por dois examinadores. Todas as ATMs foram classificadas quanto à pneumatização no sentido médio-lateral em escores entre 0-1, e no sentido anteroposterior em escores entre 0-3. A inclinação e a altura da eminência articular e a espessura do teto da fossa mandibular foram obtidas. As medidas lineares e angulares encontradas para as diferentes classificações de pneumatização foram comparadas pela Análise de Variância (ANOVA dois fatores – pneumatização x lado). A pneumatização esteve presente em 83,5% dos casos no sentido médio-lateral e em 88% no sentido anteroposterior. ANOVA indicou que o lado ou a presença da pneumatização não afetaram significativamente a morfologia da eminência articular e da fossa mandibular (p > 0,05). Foi possível concluir que a presença da pneumatização no componente temporal da ATM não afeta a sua morfologia. No entanto, os profissionais devem ter em mente a alta prevalência da pneumatização e levar isso em consideração ao realizar a avaliação da ATM. 54 PESQUISAS INFLUÊNCIA DOS PARÂMETROS DE AQUISIÇÃO E ARTEFATOS PRODUZIDOS EM TCFC NO DIAGNÓSTICO DE REABSORÇÃO RADICULAR EXTERNA Rocharles Cavalcante Fontenele, Eduarda Helena Leandro do Nascimento, Taruska Ventorini Vasconcelos, Marcel Noujeim, Deborah Queiroz de Freitas O objetivo do presente estudo foi avaliar a influência dos artefatos produzidos pelo implante de zircônia e dos parâmetros de aquisição da tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) no diagnóstico de reabsorção radicular externa (RRE) em dentes próximos e distantes ao local de instalação do implante. Cavidades (0,62 mm de diâmetro e 0,19 mm de profundidade) foram criadas em 12 raízes, em seus terços apicais, na face vestibular, lingual, distal ou mesial; dez raízes serviram de controle. As raízes foram posicionadas aleatoriamente nos alvéolos de primeiros e segundos pré-molares direitos e esquerdos de uma mandíbula humana seca; um implante de zircônia foi colocado no alvéolo do primeiro molar direito. Para a aquisição das imagens, foi utilizado o tomógrafo ProMax 3D variando kVp (70, 80 ou 90 kVp) e a ativação ou não da ferramenta de redução de artefato (FRA). Cinco examinadores avaliaram todas as imagens para obter área sob a curva ROC, sensibilidade e especificidade. A curva ROC e a sensibilidade não foram afetadas pela produção dos artefatos e pela FRA (p > 0,05). No entanto, o aumento da kVp ocasionou no aumento significativo em seus valores (p = 0,0202 e 0,0199, respectivamente). A especificidade não foi afetada pelos fatores estudados (p > 0,05). Entre os fatores estudados, apenas a kVp influenciou o diagnóstico de RRE nas imagens de TCFC, uma vez que o aumento da kVp melhorou sua acurácia. 55 PESQUISAS INFLUÊNCIA DOS PARÂMETROS DE AQUISIÇÃO NA MAGNITUDE DE ARTEFATOS PRODUZIDOS POR IMPLANTE DE ZIRCÔNIA EM IMAGENS DE TCFC Rocharles Cavalcante Fontenele, Eduarda Helena Leandro do Nascimento, Taruska Ventorini Vasconcelos, Marcel Noujeim, Deborah Queiroz de Freitas O objetivo do presente estudo foi avaliar a influência da quilovoltagem (kVp) e da ferramenta de redução de artefatos metálicos (FRA) na magnitude dos artefatos produzidos em imagens de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). Um implante de zircônia foi inserido, em uma mandíbula humana no alvéolo do dente 46. As imagens foram adquiridas nos aparelhos ProMax 3D e Picasso Trio, variando os valores de kVp (70, 80 e 90 kVp) e com ou sem ativação da FRA. Os escaneamentos foram realizados antes e depois da inserção do implante. Regiões de interesse foram determinadas a diferentes distâncias da região formadora de artefatos (15, 25 e 35 mm) nas imagens axiais, sendo calculados os valores de desvio padrão (DP) dos tons de cinza e a relação contraste-ruído (CNR). Análise de variância foi realizada para comparação dos valores obtidos nos diferentes protocolos. Em geral, para ambos os aparelhos, nos casos em que os artefatos foram mais pronunciados, a FRA foi eficiente para reduzir os valores de DP. No entanto, a FRA não afetou a CNR das imagens do aparelho Picasso Trio, enquanto causou aumento no valor da CNR nas imagens do ProMax 3D. Sendo assim, para ambos equipamentos, o aumento da kVp e a FRA foram efetivos em diminuir os artefatos em imagens de TCFC em toda a sua magnitude quando eles foram mais expressivos. Cabe ao profissional escolher uma dessas duas opções, ou até as duas, considerando o objetivo da TCFC e a dose de radiação exposta ao paciente. 56 PESQUISAS DETECÇÃO DE DEFEITOS ÓSSEOS PERIAPICAIS SIMULADOS EM RADIOGRAFIA DIGITAL COM DIFERENTES VARIAÇÕES DE BRILHO E CONTRASTE Danieli Moura Brasil, Hugo Gaêta-Araujo, Eduarda Helena Leandro Nascimento, Deborah Queiroz Freitas, Cristiano Oliveira-Santos O objetivo no presente estudo foi determinar se o uso de diferentes níveis de ajuste de brilho e contraste em imagens de radiografias digitais interferem na detecção de defeitos ósseos periapicais simulados, bem como investigar a preferência dos avaliadores em relação a qualidade subjetiva da imagem para essa tarefa diagnóstica. A amostra foi composta por 14 alvéolos dentários e seus respectivos dentes. As imagens radiográficas foram adquiridas antes e depois de cada alargamento do defeito ósseo apical. As imagens originais foram ajustadas em 4 combinações de brilho e contraste. Cinco avaliadores avaliaram a presença de defeito ósseo apical usando uma escala de 5-pontos e classificaram subjetivamente as imagens da melhor a pior para diagnóstico do defeito ósseo. Não foi encontrada diferença entre os valores de diagnóstico das cinco variações de brilho e contraste (p > 0,05). Menores valores de área sob a curva ROC e sensibilidade foram encontrados na detecção de defeitos ósseos entre os tamanhos 1 a 3, os quais aumentaram substancialmente no tamanho 4. Para a qualidade subjetiva, a variação V2 (15% brilho/+15% contraste) foi escolhida como a melhor em 85% dos casos, seguida pela variação V1 (-30% brilho/+30% contraste) em 32,9% dos casos. Concluiu-se que o ajuste de brilho/contraste não interferiu no diagnóstico de defeitos ósseos periapicais simulados em radiografias digitais intraorais. Imagens com menor brilho e maior contraste foram preferidas para essa tarefa diagnóstica. 57 PESQUISAS ALTERAÇÕES DE CÉLULAS AÉREAS ETMOIDAIS POSTERIORES EM INDIVÍDUOS COM FISSURA LABIOPALATINA Maria Clara Rodrigues Pinheiro, Cristina Salazar Berrocal, Izabel Maria Marchi de Carvalho As células de Onodi (CO) são uma variação anatômica nas células etmoidais mais posteriores e sua presença tem sido associada a esfenoidite. A prevalência destas células nos indivíduos com fissura labiopalatina (FLP) ainda é desconhecida. O objetivo deste trabalho foi conhecer a prevalência destas células em indivíduos com FLP observadas em tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). Foram avaliadas 192 TCFC de pacientes com FLP para comparar a incidência das CO entre os tipos de fissuras. Foram utilizados os testes qui-quadrado e o teste de Fischer para relação das variáveis: sexo, idade, lado, tipo de fissura e a prevalência das CO. Um valor de p ≤ 0, 05 para rejeição da hipótese nula foi adotado. Foi observado que há uma maior incidência das CO no sexo masculino e um maior acometimento no lado direito do seio etmoidal. Os pacientes com fissura transforame incisivo foram os que mais apresentaram esta variação e, foi também observada a presença de espessamento da mucosa no seio esfenoidal em alguns indivíduos. Tendo em vista que a prevalência de achados incidentais na TCFC de pacientes com FLP é três vezes maior, deve-se conhecer as características anatômicas de estruturas associadas à célula de Onodi com intuito de guiar o cirurgião a identificá-la, evitando possíveis complicações associadas a essa variante anatômica. 58 PESQUISAS DIAGNÓSTICO DE REABSORÇÃO RADICULAR EXTERNA SIMULADA EM RADIOGRAFIAS DIGITAIS: INFLUÊNCIA DA RESOLUÇÃO ESPACIAL Rafael Binato Junqueira, Mariane Floriano Lopes Santos Lacerda, Jesca Neftali Nogueira Silva, Thaísa Mendes Gomes Lima, Francielle Silvestre Verner O objetivo foi avaliar a influência do número de pares de linhas em radiografia periapical digital na acurácia da detecção de reabsorções radiculares externas (RRE) simuladas. Quarenta molares inferiores tiveram as coroas seccionadas. Metade da amostra foi instrumentada, obturada e aleatoriamente dividida para confecção de RRE simuladas com brocas esféricas de diferentes diâmetros. Radiografias digitais utilizando placas de fósforo fotoestimuláveis (PSP) foram obtidas em três incidências e repetidas quatro vezes para serem scaneadas com resoluções de 10, 20, 25 e 40 pl/mm. A análise das imagens revelou que dentes obturados apresentaram menores valores de sensibilidade com 10, 20 e 25 pl/mm (p < 0,001) e maiores valores de especificidade e acurácia para as mesmas resoluções (p < 0,001). Dentes sem obturação apresentaram maiores valores de sensibilidade para resolução 20 (0,91) e menor para 40 pl/mm (0,61); especificidade maior em 40 (1,00) e menor em 10 pl/mm (0,71) e acurácia maior em 40 (0,87) e menor em 10 pl/mm (0,82). Em RRE pequena, resolução 10 e 25 pl/mm foram respectivamente menos e mais acuradas; RRE média a acurácia foi maior com 40 pl/mm e RRE grandes foram melhores identificadas com 25, enquanto 40 pl/mm apresentaram menor acurácia. Verificou-se que nos terços cervical e médio os acertos foram respectivamente menos e mais facilmente detectados. Conclui-se que a resolução espacial influenciou a detecção de RRE simuladas em radiografias periapicais digitais. 59 PESQUISAS AVALIAÇÃO DA ALTERAÇÃO DO PLANO DE TRATAMENTO DA EXTRAÇÃO DOS TERCEIROS MOLARES INFERIORES POR MEIO DE PANORÂMICA E TOMOGRAFIA Ralph Azevedo, Milena Bortolotto Felippe Silva, Ricardo Raitz, Luiz Roberto Coutinho Manhães Junior As cirurgias que envolvem os terceiros molares inferiores são um dos procedimentos cirúrgicos orais mais comuns na rotina diária odontológica e podem causar injúrias do canal mandibular inferior. Esta pesquisa teve como objetivo em seus resultados avaliar as vantagens da alteração do plano de tratamento da extração dos terceiros molares inferiores por meio de radiografia panorâmica digital e da tomografia computadorizada de feixe cônico. Propondo critérios de avaliação das radiografias panorâmicas para uma melhor indicação de tomografia computadorizada de feixe cônico. Como metodologia foram utilizados vinte casos de pacientes, através de vinte radiografias panorâmicas digitais e vinte tomografias computadorizadas de feixe cônico, ambos os exames dos mesmos pacientes; para tal utilizou-se o banco de dados disponibilizado pela Clínica de Radiologia Odontológica DIGITAL-X, de Vacaria – RS. Como critérios de inclusão definiuse os pacientes com indicação de exodontia dos terceiros molares inferiores por meio de radiografias panorâmicas digitais e tomografias computadorizadas de feixe cônico e os exames radiográficos que tinham máxima nitidez, mínima distorção e grau médio de densidade e contraste. Os critérios de exclusão fixados foram os pacientes com rizogênese incompleta dos terceiros molares inferiores, pacientes que continham artefatos metálicos na região adjacente, pacientes que apresentavam lesões patológicas e histórico cirúrgico na região de terceiros molares inferiores, bem como, casos com exames com intervalos maiores que seis meses. Para avaliação das imagens participaram, como convidados e observadores, 16 cirurgiões-dentistas com rotina clínica e com diferentes especialidades, como radiologia, patologia e cirurgia bucomaxilofacial. 60 PESQUISAS INFLUÊNCIA DE CONDIÇÕES DE INTERPRETAÇÃO RADIOGRÁFICA NO DIAGNÓSTICO DE LESÕES DE CÁRIE PROXIMAL Carlos Augusto de Souza Lima, Eduarda Helena Leandro Nascimento, Hugo GaêtaAraujo, Deborah Queiroz de Freitas, Matheus Lima de Oliveira O objetivo neste estudo foi avaliar a acurácia de detecção radiográfica de lesões de cárie proximais sob a influência de diferentes condições de interpretação: iluminação ambiente, ângulo horizontal de visão e tipo de monitor. Quarenta dentes posteriores (20 molares e 20 pré-molares) foram agrupados para simular uma situação clínica e radiografados com um sensor digital Digora Toto, seguindo a técnica interproximal. As imagens radiográficas foram aleatorizadas em arquivos de slide show e avaliadas sob três condições de iluminação ambiente (baixa, média e alta), três ângulos horizontais de visão (90º, 68,5º e 45º) e três tipos de monitores (Dell P2314H, Barco MDRC-2124, iMac 5k 27?). Três examinadores avaliaram a presença d as lesões de cárie proximais utilizando uma escala de cinco pontos. Imagens de microtomografia computadorizada foram usadas como padrão-ouro para as lesões de cárie. Os valores de acurácia, sensibilidade e especificidade foram obtidos e comparados pelo teste ANOVA para verificar possíveis diferenças entre as condições de interpretação (p = 0,05). A iluminação ambiente e o ângulo de visão não influenciaram significativamente os valores de diagnóstico para nenhum monitor estudado (p > 0,05). Não foram observadas diferenças estatisticamente significantes entre o desempenho dos três monitores (p > 0,05). Em conclusão, o diagnóstico de cárie não é influenciado pelas condições de iluminância, ângulo horizontal de visão e tipos de monitores avaliados. 61 PESQUISAS IMPORTÂNCIA DA TCFC PARA AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO ESPACIAL ENTRE IMPLANTE DENTÁRIO E DENTE ADJACENTE – RELATO DE CASO Beatriz Ribeiro Ribas, Priscila Dias Peyneau, Francielle Silvestre Verner, Márcia Gabriella Lino de Barros, Helena Aguiar Ribeiro do Nascimento A radiografia panorâmica é bastante utilizada no planejamento e acompanhamento de implantes dentários, entretanto, devido à magnificação e às características bidimensionais da imagem, além da distorção e do reduzido detalhe, vem sendo substituída pela tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). A TFCF é importante tanto no planejamento, quanto como exame auxiliar nos casos de complicação de implantes dentários, pois permite uma avaliação tridimensional dos sítios ósseos, fornecendo dados precisos sobre a qualidade e quantidade de osso remanescente, além de possibilitar a identificação de estruturas anatômicas nobres e suas variações. Diante disso, objetiva-se relatar o caso do paciente A. G. F., sexo masculino, 47 anos, que realizou uma radiografia panorâmica para o acompanhamento de implantes dentários. Observou-se roscas expostas dos implantes da região dos dentes 45, 46 e 47 e sobreposição do implante da região do dente 45 na raiz do dente 44, desta forma, foi sugerida a complementação com TCFC para melhor avaliação. Nas imagens de TCFC verificou-se ausência do implante da região do dente 46 e relação de íntimo contato do implante da região do dente 45 com os terços médio/apical da raiz do dente 44, causando reabsorção radicular externa. A radiografia panorâmica foi importante para avaliar os implantes, porém, não forneceu todas as informações necessárias para o correto diagnóstico, sendo assim, a utilização da TCFC foi imprescindível para o diagnóstico final. 62 PESQUISAS INSUCESSOS DE IMPLANTES DENTÁRIOS EVIDENCIADOS EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO Beatriz Ribeiro Ribas, Maria Luiza dos Anjos Pontual, Andréa dos Anjos Pontual, Danyel Elias da Cruz Perez, Flávia Maria Moraes Ramos-Perez No presente trabalho, é objetivo apresentar casos de insucesso de implantes dentários por meio de exames de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). O implante dentário é uma alternativa para pacientes edêntulos que necessitam realizar uma reabilitação oral para manutenção de sua qualidade de vida. Entretanto, muitos insucessos e iatrogenias podem ocorrer quando não há um devido planejamento da cirurgia e do tratamento. Os exames pré-operatórios necessitam de informações sobre as características morfológicas e topográficas do rebordo alveolar residual, além da avaliação da relação com as estruturas anatômicas e de patologias ósseas. A TCFC é o exame pré-operatório indicado para avaliação dessas regiões, uma vez que fornece informações tridimensionais de qualidade. Devido à sobreposição de estruturas nos exames radiográficos convencionais, exposição do implante na cortical vestibular ou palatina/língua, penetração do implante no seio maxilar e fossa nasal e distância inadequada entre os implantes e dentes, são insucessos apenas evidenciados por exames tomográficos. Desta forma, é necessário que o profissional avalie criteriosamente o paciente e siga o protocolo correto de exames imaginológicos, para o planejamento cirúrgico e do tratamento para atenuação do índice de insucesso. Em suspeitas clínicas de insucessos, sobretudo quando o implante está além das corticais vestibulares, linguais ou palatinas, o exame de TCFC é uma ferramenta de grande auxílio. 63 PESQUISAS ESTUDO DA PREVALÊNCIA DAS CLASSIFICAÇÕES DA FOSSA OLFATÓRIA POR MEIOS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO Elisângela Lemes, Aline Kataki Paixão, Bianca Costa Gonçalves, Gabriel Oblack, Sergio Lucio Pereira de Castro Lopes Este estudo teve como objetivo analisar, por meio da tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC), a prevalência das variações da fossa olfatória e lâmina crivosa do osso etmoide (LCO). Foram analisados 210 exames de tomografia computadorizada de feixes cônicos, pertencentes ao arquivo da Clínica de Radiologia da Universidade onde foi realizado. Todos os exames foram obtidos previamente em aparelho de tomografia de feixes cônicos da marca i-CAT Next Generation (Imaging Sciences International, Hatfield, PA, EUA), com campo de visão (FOV) que abranja a região média e superior da face, possibilitando a visibilização da Crista Galli do osso etmoide e fossas nasais. Todas as análises foram realizadas em software XORAN (Xoran Technologies), utilizando-se a ferramenta régua para execução das medidas, e correspondente classificação de Keros (1962) em três categorias (Classe I, II e III). Tabulados os dados, foi realizada a estatística descritiva da prevalência dos tipos e a relação entre as mesmas. O estudo foi dividido em variáveis: idade, gênero e raça, obtida a classificação dos pacientes analisados, foi observando a prevalência da classe II de Keros em todas as situações. Pode-se concluir pela metodologia adotada neste estudo que a Classe II de Keros foi a mais encontrada, independente das variáveis: gênero, idade e raça. Seguidas da Classe I e Classe III. Ressalta-se que o presente trabalho é pioneiro, uma vez que nenhum outro estudo na literatura valeu-se da TCFC para este objetivo. 64 PESQUISAS ESTUDO DOS ÍNDICES RADIOMORFOMÉTRICOS EM MANDÍBULAS DE MULHERES, DENTRO DO GRUPO DE RISCO DE POSSUÍREM OSTEOPOROSE Selma dos Santos Pereira Meirelles Reis, Angela Jordão Camargo, André Luiz Ferreira Costa, Claudio Fróes de Freitas, Maria Beatriz C. Cal Alonso O presente estudo analisa e compara os índices quantitativos e qualitativos do tecido ósseo mandibular, nas regiões dos forames mentuais, em TCFC, de mulheres saudáveis, acima de 45 anos, dentro de um grupo de risco de possuir osteoporose. Foram calculados os índices mandibulares tomográficos, superior e inferior, foram aplicados os índices de risco de osteoporose (Osteoporosis - self-assessement tool) e foram feitas avaliações subjetivas da morfologia da cortical mandibular (índice de Klemetti). Entre 63 pacientes, três grupos foram formados de acordo com OST: G1 - com risco elevado para osteoporose, G2 - com risco moderado à osteoporose e G3 - sem risco para osteoporose. Análises estatísticas verificaram-se as diferenças entre os grupos: 39 pacientes com baixo risco à osteoporose, 21 pacientes com risco moderado à osteoporose e 3 com alto risco à osteoporose. Foram agrupadas as mulheres com risco moderado e alto, devido ao baixo n no alto grupo de risco. Entre as mulheres com baixo risco de osteoporose, 10,26% tiveram Klemetti C3 e entre as mulheres com risco moderado e alto de osteoporose, 41,67% tiveram Klemetti C3 mostrando uma diferença estatisticamente significativa (p = 0,0039; teste qui-quadrado). Não foram encontradas diferenças significativas entre os dois grupos para C/A (p = 0,6153) e para C/B (p = 0,3149), teste de Mann-Whitney. As avaliações subjetivas das corticais ósseas da mandíbula, na região de forame mentual do lado direito e esquerdo, classificadas como C2 e C3, apresentam-se correlacionadas com as mulheres de alto risco de possuírem osteoporose, de acordo com o índice de OST. Não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos baixo, modera do e alto de risco de osteoporose com as medidas D, C/A e C/B. 65 PESQUISAS AVALIAÇÃO COMPARATIVA DE FRATURAS RADICULARES EM IMAGENS RADIOGRÁFICAS INTRABUCAIS DIGITAIS E INTRABUCAIS ANALÓGICAS Chrystiane Capelli, Tamires de Paula Rodrigues Juliatte O exame radiográfico intrabucal analógico ainda é o método mais utilizado na Odontologia, com boa qualidade de imagem a baixo custo. Porém, os requisitos para obtenção e preservação das imagens, tornam essa prática obsoleta. Entretanto, o sistema digital tem melhorado a precisão da interpretação e a redução de radiação ionizante. O objetivo foi comparar as técnicas periapicais convencional e digital, visando qual método é mais indicado para detectar fraturas radiculares. Foram utilizadas radiografias analógicas e digitais de vinte dentes, oriundos do banco de dentes da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC/MG), com trincas e fraturas induzidas. As imagens digitais foram analisadas com programa de imagens do Windows, utilizando as ferramentas de imagem disponíveis (densidade, contraste, ampliação), e para análise das radiografias analógicas, foi utilizado negatoscópio. Quando diagnosticadas linhas radiolúcidas, estas eram classificadas de acordo com legenda predeterminada, e submetidos à análise estatística. A comparação das amostras feita pela curva ROC através da Linha de Referência (LR), indicou como resultado o grau de significância das radiográficas digitais, porém as analógicas obtiveram resultado ruim por estarem próximos à (LR). Contudo, conclui-se que o método digital mostrou eficiência na detecção de fraturas, maior taxa de resultados positivos e confiabilidade para possíveis diagnósticos clínicos na presença de fraturas radiculares, quando comprado ao método analógico convencional 66 PESQUISAS UTILIZAÇÃO DE ÍNDICES DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA PARA CLASSIFICAÇÃO DE ALTERAÇÕES ÓSSEAS EM MULHERES Daniela Miranda Richarte de Andrade Salgado, Jéssica Rabelo Mina Zambrana, Catharina Simioni de Rosa, Henrique Tuzzolo-Neto, Claudio Costa Os índices de tomografia computadorizada superior e inferior (ITCS e ITCI) foram propostos como uma forma de avaliar alterações na densidade óssea, comparadas com o exame padrão-ouro, densitometria óssea. O objetivo desse estudo foi aplicar os ITCs em imagens de TCFC na avaliação da cortical da Mandíbula de pacientes do sexo feminino, em diferentes faixas etárias, classificando-as em saudáveis ou com alterações ósseas. 75 exames do TCFC foram selecionados de acordo com a prevalência de osteoporose em diferentes faixas etárias: 40 a 49 anos, 50 a 59 anos e acima de 60 anos. As imagens foram obtidas do tomógrafo iCat Classic® e avaliadas no software OnDemand®, em cortes transaxiais, obtidos após a realização da curva de reconstrução panorâmica, por dois observadores calibrados, e em dois tempos diferentes. Os índices ITCS e ITCI foram aplicados nas imagens com os seguintes valores de corte ITCS ≥ a 0,2 e ITCI ≥ a 0,25, baseados no estudo de Koh e Kim (2011) e ITCS ≥ a 0,23 e ITCI ≥ a 0,27, baseados no presente estudo. Os resultados mostraram que a reprodutibilidade apresentou uma concordância quase perfeita na análise intra e interobservador. E não houve diferenças estatísticas na classificação dos pacientes (p > 0,05). Embora seja um índice altamente reprodutível, deve-se levar em consideração a possibilidade de resultados falso-positivos ou verdadeiro-negativos, classificando erroneamente a presença ou ausência de alterações ósseas. 67 PESQUISAS INFLUÊNCIA DOS ARTEFATOS METÁLICOS NOS VALORES DE CINZA DA IMAGEM POR TCFC EM RELAÇÃO AO ARCO ANTAGONISTA Amanda J. Boldrim, Andrea de C. Domingos Vieira, Nathália Ribeiro Cruz, Maria Augusta P. G. Visconti, Fabio R. Guedes O objetivo do estudo foi avaliar a influência dos artefatos nos valores de cinza da imagem do arco antagonista em dois tomógrafos de feixe cônico. Foram utilizados dois phantoms de acrílico para simular a arcada. Cada um apresentava 6 orifícios, onde foram inseridos corpos de prova simulando dentes sem restaurações. Foram obtidas imagens para determinação do padrão ouro. Para obtenção dos modelos da maxila e mandíbula, corpos de prova, sem metal foram colocados no arco superior e quantidades variadas de corpos de prova com metal foram inseridos na mandíbula e em seguida obtidas as imagens de TCFC. O mesmo foi realizado para mandíbula, porém os corpos de prova sem metal no inferior, enquanto no superior foram posicionados os corpos de prova com metal. Foi observado que ao comparar os valores de cinza com padrão-ouro, no tomógrafo da Carestream, a aquisição da maxila com a mandíbula completa por metal diferiu do padrão ouro, já para o tomógrafo da Vatech todas as aquisições da maxila e da mandíbula com metal na região posterior e no hemiarco da maxila diferiram do padrão ouro. Em relação aos valores de cinza nas 6 posições dos corpos de prova, apenas os valores obtidos no Vatech apresentaram diferenças entre as regiões. Conclui-se que os valores de cinza na Vatech, mostraram que a quantidade e posição de metal na maxila, influencia parcialmente os valores de cinza na mandíbula, enquanto que qualquer quantidade, independente de sua posição na mandíbula influência na maxila. 68 PESQUISAS PNEUMATIZAÇÃO DO TETO DA FOSSA MANDIBULAR E EMINÊNCIA ARTICULAR: UM ESTUDO POR IMAGENS PANORÂMICAS E TOMOGRÁFICAS Alice Souza Villar Cassimiro Fonseca, Tânia Mara Pimenta Amaral, Loliza Chalub Luiz Figueiredo Houri, Vinícius de Carvalho Machado, Cláudia Borges Brasileiro A pneumatização do osso temporal é uma variação anatômica assintomática que radiograficamente apresenta-se como um defeito radiolúcido, corticalizado, múltiplo (multilocular) ou único (unilocular). O objetivo do estudo é avaliar a pneumatização na eminência articular e teto da fossa mandibular por meio de radiografia panorâmica e tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). Um total de 705 exames tomográficos da articulação temporomandibular (ATM) foram analisados e em parte da amostra (60 exames) foi possível comparar as imagens tomográficas com as panorâmicas A análise descritiva revelou um perfil de amostra de maioria feminina (75,9%) e com idade média de 42,6 anos (± 17,4). A presença de pneumatização no teto e na eminência articular foi identificada em 330 (46,8%) e 154 (21,8%) exames tomográficos, respectivamente. O padrão de pneumatização mais frequente foi do tipo multilocular nas duas localizações. Considerando a amostra de 60 pares de exames, nas radiografias panorâmicas, a pneumatização foi identificada no teto e na eminência articular em 22 (36,7%) e 12 (20%) exames, respectivamente. Já nas imagens tomográficas, a presença de pneumatização foi observada em 24 (40%) e 14 (23,3%) exames, respectivamente. Não houve diferença com significância estatística entre a proporção identificada pela radiografia panorâmica e pela TCFC (p > 0,05). Assim, a radiografia panorâmica pode ser empregada para avaliação das pneumatizações. 69 PESQUISAS DESEMPENHO DE DIFERENTES MÉTODOS NO DIAGNÓSTICO DE CÁRIE Matheus Diniz Ferreira, Thaiza Gonçalves Rocha, Aline de Almeida Neves, Paula Maciel Pires, Maria Augusta Portella Guedes Visconti O diagnóstico de cárie é um desafio na prática clínica odontológica. O objetivo nesse estudo foi comparar o desempenho de diferentes métodos para detecção de cáries. Os métodos testados foram visual e imaginológicos, sendo eles: radiográfico convencional e digital, tomográfico e microtomográfico. As imagens foram avaliadas subjetiva e objetivamente. Vinte dentes humanos foram selecionados e todas as imagens foram obtidas para cada um dos métodos imaginológicos testados. Dois examinadores fizeram a avaliação destas imagens quanto à presença ou ausência de cárie. Em seguida foram estabelecidos os padrões-ouro pelos métodos histológico e microtomográfico. Levando em conta a análise objetiva, 30% apresentou cárie em dentina (n = 6), enquanto 70% em esmalte (n = 14). O coeficiente Kappa relacionado à concordância entre examinadores foi de 0,53, 0,47, 0,50, 0,67 e 0,67 para visual, radiografia convencional, radiografia digital, TCFC e micro-TC, respectivamente, variando de 60 a 75%. Quando estabelecido um limiar de respostas a concordância variou de 60 a 75% para todos os métodos. Os valores de sensibilidade, especificidade, preditivo positivo, preditivo negativo e acurácia foram avaliados, sendo o micro-TC o que apresentou melhor desempenho. Concluiu-se que as radiografias digitais devem ser indicadas como exames complementares no diagnóstico de cáries. Em relação à análise dos dois padrões-ouro, as imagens de micro-TC possuem maior precisão quando comparados ao histológico. 70 PESQUISAS AVALIAÇÃO DO FILTRO ENDO DO TOMÓGRAFO OP300 NA FORMAÇÃO DE ARTEFATOS PROVENIENTES DE MATERIAIS ENDODÔNTICOS Matheus Barros Costa, Isabella da Rocha Rodrigues, Lia Pontes Arruda Porto, Rafaella Maria Silva de Souza, Maria Luiza dos Anjos Pontual O objetivo no presente trabalho foi avaliar o filtro Endo do tomógrafo Orthopanthomograph OP300® na formação de artefatos de imagem provenientes de materiais endodônticos. Foram utilizados 48 pré-molares divididos em seis grupos, dos quais dois eram grupos controle (um grupo de dentes hígidos e outro grupo de dentes instrumentados). Os demais grupos foram constituídos por dentes instrumentados e obturados com gutapercha, guta-percha + Sealer 26, guta-percha + AH Plus e guta-percha + FillCanal. As imagens foram avaliadas quanto à presença e tipo de artefato. Foi selecionada uma região de interesse nas imagens axiais dos terços radiculares para obter os valores médios dos tons de cinza, sendo também mensurada uma área controle para cálculo da taxa contraste-ruído (TCR). Nos grupos controle, não foi detectado artefato, sendo diferente dos demais grupos. Houve diferenças entre os seis grupos quanto ao tipo de artefato em cada um dos terços (p < 0,05), com semelhança entre os grupos GutaPercha, Sealer 26, AH Plus e FillCanal. Nos terços médio e apical, estrias claras foram mais elevadas no protocolo com filtro quando comparado ao sem filtro (p < 0,05). A TCR foi maior nas imagens sem filtro para os grupos Guta-percha, Ah Plus e FillCanal e maiores na ausência de artefatos nos dois protocolos avaliados (p < 0,05). O protocolo com filtro não diminui a produção de artefato, além de apresentar maior quantidade de estrias claras nos terços médio e apical e TCR inferior em dentes tratados. 71 PESQUISAS ANÁLISE DA MORFOLOGIA SUPERFICIAL DE RESINAS BULK FILL APÓS IRRADIAÇÃO GAMA Lia Pontes Arruda Porto, Laís César de Vasconcelos, Danyel Elias da Cruz Perez, Andrea dos Anjos Pontual, Maria Luiza dos Anjos Pontual O tratamento odontológico de pacientes oncológicos submetidos à radioterapia representa um desafio para o cirurgião-dentista. Estes pacientes são propensos às complicações dentárias, bem como possíveis alterações do tempo de vida útil das restaurações, sendo a morfologia superficial um dos fatores que influenciam na longevidade clínica das restaurações. Desta forma, o objetivo no presente trabalho foi avaliar in vitro, através de microscopia eletrônica de varredura, o efeito da irradiação gama na morfologia superficial de restaurações de resinas compostas bulk fill. Foram confeccionados 12 corpos de prova de 10 mm de diâmetro e 2 mm de espessura das resinas bulk fill (Tetric EvoCeram Bulk Fill, X-tra Fil e FiltekTM Bulk Fill) e do compósito controle (FiltekTM Z350). Em seguida, os corpos de prova de cada grupo foram divididos (n = 3) de acordo com as doses de radiação a que foram submetidos por uma fonte de Co60 de radiação gama (0 Gy, 30 Gy, 60 Gy). As imagens foram avaliadas por 2 pesquisadores de forma concomitante sem conhecimento sobre o grupo da resina. As doses de 30 e 60 Gy afetaram a morfologia superficial do compósito controle, não sendo demonstrada, entretanto, influência no padrão de morfologia de superfície dos compósitos do tipo bulk fill. Foi concluído que as resinas bulk fill estudadas não sofrem alteração na morfologia superficial após radioterapia, podendo ser uma alternativa para o tratamento restaurador desses pacientes. 72 PESQUISAS PREVALÊNCIA DE ACHADOS INCIDENTAIS EM VIAS AÉREAS EM EXAMES DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO Lia Pontes Arruda Porto, Juliana Camilo C. Vilela, Andrea dos Anjos Pontual, Helena Aguiar R. do Nascimento, Flávia Maria de Moraes Ramos-Perez Achados incidentais são aqueles que não estão relacionados à indicação clínica do exame e são descobertos acidentalmente em qualquer exame por imagem. O objetivo deste trabalho foi avaliar a prevalência de achados incidentais nas vias aéreas em exames de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). A amostra foi composta por 405 exames de TCFC de pacientes que procuraram atendimento em uma clínica particular de Radiologia da cidade de João Pessoa, entre janeiro e dezembro de 2015. O critério de inclusão adotado foi filmes que incluíssem no campo de visão a maxila. As imagens foram avaliadas, simultaneamente, por dois examinadores calibrados. A média de idade dos pacientes foi de cinquenta anos, com idades variando entre nove e 86 anos, sendo 59,5% dos exames de pacientes do sexo feminino e 40,5% do sexo masculino. Foi possível observar 320 exames com achados incidentais nas vias aéreas, totalizando uma prevalência de 79%. Os achados consistiram em hipertrofia da concha nasal (44,7%), aumento da espessura da mucosa (44,2%), alteração sinusal unilateral (21,5%), alteração sinusal bilateral (14,6%), desvio de septo (3%), cisto de retenção (2,7%) e sinusite (1,2%). Conclui-se que houve uma alta prevalência de achados incidentais nas vias aéreas, sendo de fundamental importância a análise completa do exame para um correto diagnóstico. 73 PESQUISAS ASSOCIAÇÃO ENTRE LESÕES PERIAPICAIS E ALTERAÇÕES NO SEIO MAXILAR POR MEIO DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO Nathália Rodrigues Gomes, Priscila Quintino Chabot, Loliza Luiz Figueiredo Houri Chalub, Tânia Mara Pimenta Amaral, Cláudia Borges Brasileiro O objetivo deste estudo foi avaliar a associação entre lesão periapical (LP) e alterações no seio maxilar (ASM) por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). As imagens de TCFC de um serviço de radiologia odontológica foram selecionadas de janeiro de 2013 a dezembro de 2017 e avaliadas por um único examinador previamente calibrado. A LP foi registrada quando pelo menos um dente posterior apresentava radiolucência ao redor do ápice radicular, indicando destruição óssea. As ASM observadas foram: presença de cisto de retenção mucoso, pólipo sinusal, antrólito e espessamento da mucosa acima de 3 mm. Um total de 865 seios maxilares de 560 pacientes (63% mulheres, com média de idade de 48,9 ± 16,8 anos) foi incluído no estudo. Foi encontrado pelo menos um tipo de alteração em 62% dos seios maxilares e a alteração mais comum foi o espessamento da mucosa acima de 3 mm (55,4%). LP foi observada em 52% do total de seios maxilares avaliados. A proporção de seios maxilares com algum tipo de alteração em regiões com LP foi maior do que a proporção de seios maxilares com algum tipo de alteração em regiões sem LP. A associação entre LP e ASM foi estatisticamente significativa (p < 0,01) Considerando as ASM separadamente, apenas a relação entre LP e antrólito apresentou significância estatística (p < 0,01). A presença de LP mostrou associação com ASM. 74 PESQUISAS AVANÇOS TECNOLÓGICOS NA RADIOLOGIA ODONTOLÓGICA Alile Fixina do Carmo, Roberto Luiz Souza Monteiro A tecnologia evolui de acordo com as necessidades e dificuldades em que o homem se depara, ao longo de sua vida. Na Odontologia, a tecnologia se faz presente no dia a dia dos consultórios ou ambulatórios clínicos. Como exemplo, na radiologia temos as radiografias intraorais e extraorais. O surgimento cada vez mais rápido de inovações em Odontologia exige do cirurgião-dentista manter-se sempre atualizado e capacitado. Novas tecnologias e materiais são constantemente desenvolvidos e disponibilizados para o clínico, a fim de otimizar o atendimento e as técnicas, ao mesmo tempo em que se oferece o melhor tratamento ao paciente. Este trabalho tem como objetivo apresentar os avanços tecnológicos na Radiologia Odontológica. 75 PESQUISAS O USO DA FOTOGRAFIA DIGITAL NO PROCESSO DE RECONHECIMENTO FACIAL Alile Fixina do Carmo, Roberto Luiz Souza Monteiro O processo de identificação humana ou identificação biométrica consiste em diferenciar, uma pessoa da outra, através de suas características únicas (físicas, psíquicas, funcionais e civis). As técnicas de biometria mais citadas são: a impressão digital, retina, pulso e reconhecimento facial. Normalmente, as áreas da face detectadas no processo de reconhecimento são olho, nariz, boca e queixo. O projeto visa implementar o processo de identificação forense, por meio de fotografias digitais, utilizando a visão computacional, a fim de ser capaz de detectar e reconhecer estruturas da face. Para isso serão utilizadas ferramentas gratuitas, como a OpenCV, linguagem de programação C, imagem retiradas de sites como Google e redes sociais. O banco de dados será composto de 50 imagens de 10 indivíduos. O rosto, nas fotografias, conterá as seguintes informações: os olhos e os dentes caninos. Os algoritmos Viola-Jones e Eigenfaces servirão de base nas etapas de detecção e reconhecimento facial. 76 PESQUISAS CTdBEM: PROTOCOLO TOMOGRÁFICO PARA AVALIAÇÃO ODONTOLÓGICA EM HOSPITAIS UTILIZANDO BAIXA DOSE DE RADIAÇÃO Giuliano Omizzolo Giacomini, Gabriela Salatino Liedke, Gustavo Nogara Dotto, Carlos Jesus Pereira Haygert Este estudo objetivou comparar as doses de radiação do novo protocolo de tomografia computadorizada multislice de baixa dose de radiação (CTdBem) com a tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) de FOV amplo. Foram utilizados dados de vinte exames de TCFC (iCAT Classic; 120kVp, 3-7 mAs) e outros vinte exames de CTdBem (Aquilion 64; 120kVp, 10 mAs), de pacientes selecionados aleatoriamente dos bancos de dado. A média da DLP de cada exame (CTdBem e TCFC) foi comparada utilizando o teste t. Foi observada diferença estatisticamente significativa (p < 0,05) entre a DLP dos protocolos estudados (CTdBem = 28,5 mGy; TCFC = 569 mGy.cm). Concluiu-se que a dose de radiação a que o paciente está exposto durante a realização do exame tomográfico utilizando o protocolo CTdBem é inferior à do exame de TCFC com FOV amplo. A utilização deste protocolo poderia beneficiar a avaliação odontológica dos pacientes em um ambiente hospitalar. 77 PESQUISAS COMPARAÇÃO ENTRE RADIOGRAFIA PANORÂMICA E BITEWING EXTRAORAL: AVALIAÇÃO DOS TERCEIROS MOLARES E DOSE DE EXPOSIÇÃO Bernardo Barbosa Freire, Eduarda Helena Leandro Nascimento, Karla Faria Vasconcelos, Deborah Queiroz Freitas, Francisco Haiter-Neto O objetivo neste estudo foi comparar a performance da radiografia panorâmica (PAN) e da bitewing extraoral (BWE) no diagnóstico dos terceiros molares inferiores, bem como avaliar a dose de exposição relacionada a esses exames. Imagens de PAN e BWE de um crânio e 20 mandíbulas foram adquiridas com o aparelho Cranex 3D, totalizando 34 terceiros molares inferiores. Os dentes foram avaliados de acordo com seu posicionamento, relação mesiodistal com o segundo molar e relação vertical com o canal mandibular. Imagens de tomografia cone beam foram obtidas para agir como padrão de referência na avaliação da relação vertical. A dose de exposição da PAN e da BWE foi medida usando dosímetros termoluminescentes e um fantoma antropomórfico. Os testes de McNemar Bowker, ANOVA e ICC foram realizados. O posicionamento dentário não diferiu entre os exames por imagem (p = 1,000). Embora a BWE tenha demonstrado menor sobreposição entre as faces proximais do segundo e terceiro molares e uma tendência de aproximação do ápice radicular com o canal mandibular, não houve diferenças entre a BWE e a PAN na avaliação dos terceiros molares (p > 0,05). A BWE apresentou dose de exposição maior que a PAN (p < 0,05). Em conclusão, BWE deve ser usada com cautela na avaliação dos terceiros molares, devido à sua tendência de aproximar os dentes e o canal mandibular. A maior dose de exposição da BWE destaca a relevância de seguir o princípio ALADA para escolher o exame mais apropriado para cada tarefa de diagnóstico. 78 PESQUISAS AVALIAÇÃO DO FENÔMENO DE RETENÇÃO DE MUCO EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA E SUA CORRELAÇÃO COM EXTENSÕES DO SEIO MAXILAR Barbara Cristina Anrain, Milena Bortolotto Felippe Silva O objetivo do estudo foi avaliar imagens sugestivas de fenômeno de retenção de muco e correlacioná-las com extensões dos seios maxilares para região anterior, alveolar e posterior da maxila. A amostra compôs-se de 600 imagens de tomografia computadorizada de feixe cônico, cedidas pelo Departamento de Radiologia da Faculdade São Leopoldo Mandic – Campinas/SP. Após a coleta de dados, o odds ratio foi utilizado para observar a relação entre a retenção de muco e as condições de seio maxilar. A regressão logística (stepwise forward) foi usada para observar a dependência da retenção de muco com as demais variáveis. Como resultado observou-se que 16% dos avaliados apresentaram fenômeno de retenção de muco (1% bilateralmente; 6,8% lado direito; 8,2% lado esquerdo). Encontrou-se extensão do seio maxilar para a região anterior em 3%, alveolar em 14% e posterior em 64,3% dos casos. Constatou-se que a condição de retenção de muco independe da presença ou direção de extensão do seio maxilar (anterior, alveolar ou posterior), e não houve relação entre a patologia de fenômeno de retenção de muco e gênero ou idade. 79 PESQUISAS VARIAÇÃO DO CANAL SINUOSO EM INDIVÍDUOS COM FISSURA DE LÁBIO E PALATO UNILATERAL ESQUERDA Rafaela Ferlin, Bruna Stuchi Centurion Pagin, Renato Yassutaka Faria Yaedú O canal sinuoso (CS) emerge pela porção posterior do forame infra orbital realizando um trajeto tortuoso lateralizado à cavidade nasal, abrangendo feixes neurovasculares, podendo sofrer variação ao final de sua trajetória em direção ao rebordo alveolar, região afetada nas fissuras labiopalatinas. Portanto, o objetivo deste estudo foi verificar em exames de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) de indivíduos com fissura de lábio e palato unilateral esquerda, tipo de fissura mais incidente, a presença de variação na porção final do canal sinuoso. Foram analisados cinquenta exames de TCFC do arquivo de imagens da Seção de Diagnóstico Bucal do Hospital de Reabilitação em Anomalias Craniofaciais (HRAC-USP) para análise descritiva quanto à presença ou não da variação. Aplicou-se previamente a análise, teste kappa para o índice de concordância intraexaminador com intervalo de 15 dias. O resultado deste foi de 0.94. Dos 50 exames avaliados, 90% (45/50) apresentou variação do CS para região anterior do rebordo alveolar em pelo menos um dos lados, sendo o lado direito com 72% (36/50) e o lado da fissura com 82% (41/50). Conclui-se que a maioria dos indivíduos da amostra apresentou variação do CS para rebordo alveolar (região anterior palatina), devendo o profissional se atentar para tal resultado, pois, o processo de reabilitação da fissura labiopalatina envolve diversas cirurgias nesta região, podendo o CS ser um potencial de risco devido ao seu feixe neurovascular. 80 PESQUISAS RELAÇÃO ENTRE A MORFOLOGIA DO ARCO DENTÁRIO E A INCLUSÃO DE CANINOS SUPERIORES: UMA ANÁLISE POR MEIO DA TCFC Larissa Pereira Lagos de Melo, Carolina Vieira Valadares, Joanna Martins Barbosa Immisch, Deborah Queiroz de Freitas, Maria Luiza dos Anjos Pontual O objetivo neste estudo foi verificar a relação entre a morfologia do arco dentário e a inclusão de caninos superiores por meio da tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). Foram avaliadas imagens de TCFC de 91 pacientes com caninos superiores inclusos por dois examinadores simultaneamente. Foram investigados o tipo de inclusão, a localização, a presença de reabsorção nos dentes adjacentes e o tamanho do folículo dentário. Os formatos dos arcos foram classificados em parabólico, hiperbólico, triangular, ovoide, redondo e quadrado. Após trinta dias, 20% da amostra foi reavaliada. Os resultados foram analisados por meio da análise de variância (ANOVA) com teste pós-hoc de Tukey e do teste qui-quadrado. Para a maioria d as variáveis avaliadas, não foram encontradas diferenças estatísticas. Houve leve predominância de pacientes com arco hiperbólico (33,3%). A inclusão mesioangular foi a mais prevalente para todos os formatos de arco. A maioria dos caninos inclusos estavam localizados na palatina nos arcos parabólicos e hiperbólicos. Pacientes com arcos triangulares apresentaram o maior número de reabsorção de dentes adjacentes, além disso, foi observada correlação entre as reabsorções e o formato do arco (p < 0,005). O tamanho do folículo também apresentou correlação com o formato do arco (p = 0,038). Concluiu-se que a morfologia do arco dentário pode influenciar no comportamento do canino incluso e deve ser considerada na avaliação e tratamento de pacientes nestas condições. 81 PESQUISAS AVALIAÇÃO DE TERCEIROS MOLARES INFERIORES INCLUSOS POR MEIO DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO Ernesto Domingues Bruno de Faria Júnior, Glauco Pires Alves, André Arraes Parente, Maurício Alves de Andrade, Alessandra Maria Machado Daniel, Luíz Roberto Coutinho Manhães Júnior O presente estudo teve como objetivo relatar a prevalência das alterações radiculares de terceiros molares inferiores inclusos, a partir da classificação de Félez-Gutierrez (1997) modificado por Gomes et al. (2001), por meio da tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). Foram avaliados 162 terceiros molares inferiores inclusos, distribuídos em 102 tomografias escolhidas aleatoriamente e obtidas através de aparelho de TCFC da marca comercial I-Cat TM (Hatfield, Pennsylvania, Estados Unidos). Cada tomografia preparada no software foi inicialmente posicionada com a base da mandíbula paralelamente ao plano horizontal, e avaliadas nos cortes axial, panorâmico, transversal e na janela de reconstrução 3D. Para classificação do dente em relação ao canal mandibular o método classificatório de Félez-Gutiérrez et al. (1997), modificado por Gomes et al. (2001), notificando a presença de deflexão e estreitamento dos ápices radiculares, ápices em ilha e ápices bífidos sobre o canal mandibular, além de desvio e estreitamento do canal mandibular. Dos 162 dentes analisados, 11 (6,8%) apresentaram deflexão dos ápices radiculares, igualmente à prevalência de ápices bífidos; 26 (16%) apresentaram estreitamento dos ápices radiculares e 22 (13,6%), em ilha. O desvio do canal mandibular ocorreu em 62 (38,3%), enquanto o estreitamento deste, em 30 (18,5%) das situações avaliadas. Sugere-se portanto, o uso da TCFC para alcançar um preciso diagnóstico sobre a posição dos terceiros molares inferiores inclusos, sempre que o exame bidimensional sugerir íntima relação com o canal e feixe neurovascular alveolar inferior, previamente à realização do procedimento cirúrgico de extração destes dentes. Após a análise dos resultados encontrados, pôde-se concluir que das alterações analisadas, a mais frequente foi o desvio do canal mandibular, enquanto as menos frequentes foram, igualmente, a deflexão dos ápices e ápices bífidos. 82 PESQUISAS A INFLUÊNCIA DO TEMPO DE EXPOSIÇÃO NA QUALIDADE RADIOGRÁFICA POR MEIO DE TÉCNICAS ANALÓGICA E DIGITAIS Glauco Pires Alves, Maurício Alves de Andrade, André Arraes Parente, Ernesto Domingues Bruno de Faria Júnior, Alessandra Maria Machado Daniel, Luíz Roberto Coutinho Manhães Júnior Esta pesquisa teve por objetivo avaliar a influência do tempo de exposição na qualidade das radiografias periapicais analógica digitalizada e digitais, e verificar qual apresentou melhor resultado. Para isso foram realizadas radiografias em um crânio seco articulado que apresentava dentes pré-molares e molares em sequência. As radiografias foram realizadas e divididas em: GA – grupo das radiografias analógicas digitalizadas (filme radiográfico, Insight® Speed F E - Carestream Health), GD – grupo das radiografias digitais diretas (CCD - SnapshotTM - Instrumentarium Dental) e GI – grupo das radiografias digitais indiretas (PSP - ExpressTM - Instrumentarium Dental), e obtidas em quatro tempos de exposição pré-programados: 0,063s; 0,08s; 0,10s e 0,125s. Com um total de 24 radiografias, 12 para maxila e 12 para mandíbula, as imagens foram agrupadas e impressas em duas películas radiográficas de tamanho 10 x 12 polegadas, uma para cada arcada. Foram analisadas por 54 cirurgiões dentistas de diversas especialidades, pós-graduandos e clínicos, por meio de um questionário em que julgaram individualmente cada radiografia em relação à qualidade de acordo com os escores: Ruim, Regular, Bom e Excelente. Os dados foram tabulados e aplicados os testes estatísticos não-paramétricos de Friedman e Dunn (post hoc), kappa, Kruskal-Wallis e Dunn (post hoc). Os resultados mostraram que não houve influência do tempo de exposição nas classificações atribuídas para a maxila considerando o CCD (p = 0,12) e o PSP (p = 0,25), e mandíbula CCD (p = 0,19) e PSP (p = 0,44), mas houve tendência de maiores escores (p < 0,0001) para os tempos de exposição mais longos para a técnica analógica em ambas arcadas. A comparação entre os sistemas utilizados mostrou que o CCD apresentou maiores escores do que o PSP e as analógicas. Concluiu-se que o tempo de exposição não influenciou na qualidade das imagens radiográficas obtidas para os sistemas digitais, mas afetou nas analógicas digitalizadas, sendo a radiografia digital direta a que apresentou o melhor resultado. 83 PESQUISAS AVALIAÇÃO DA PRESENÇA DO SEGUNDO CANAL NA RAIZ MÉSIO-BUCAL DOS MOLARES SUPERIORES POR MEIO DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO Maurício Alves de Andrade, Glauco Pires Alves, André Arraes Parente, Ernesto Domingues Bruno de Faria Júnior, Alessandra Maria Machado Daniel, Luíz Roberto Coutinho Manhães Júnior Este estudo teve por objetivo avaliar a prevalência de segundos canais mesiobucais (MB2) em molares superiores, exceto terceiros, quanto a sua localização na raiz mesiovestibular, em pacientes que se submeteram a tomografia computadorizada de feixe cônico para procedimento de diagnóstico por motivos diversos. Foram analisadas 814 imagens tomográficas obtidas por meio do tomógrafo i-Cat (Imaging Sciences International, Hatfield, PA, USA), sob mesmo protocolo e parâmetros de FOV e Voxel, associando idade, gênero e lado. Observou-se os cortes tomográficos em MPR, realizando inclinações e mudanças de orientação de acordo com o posicionamento da raiz mesiovestibular. Ademais, foram analisados e identificados todos os MB2 que apresentassem segundo ponto hipodenso nas raízes mesiovestibulares dos cortes axiais examinados. As imagens foram avaliadas pelo próprio pesquisador com experiência em tomografia, que analisou de forma padronizada a presença do canal MB2. Os resultados foram tabulados e analisados estatisticamente, descritos em forma de porcentagens. A maioria dos exames avaliados foram de pacientes do sexo feminino 500 (61,4%) com idade (média ± desvio padrão) foi de 48 ± 13,8 anos e para os homens 44,9 ± 16,2 anos. De acordo com as variáveis analisadas (gênero, idade e lado) observou-se uma maior prevalência do canal MB2 nos primeiros molares superiores 432 (53,1%) do que nos segundos molares 341 (41,9), não havendo diferenças estatisticamente significantes entre os dois lados para os primeiros (p=0,99) quanto para os segundos molares (p=1,0). A idade dos pacientes que apresentavam o canal MB2 foi significativamente menor (p < 0,0001) do que aqueles que não apresentavam. Os primeiros molares, esquerdos e direitos, não apresentaram diferenças estatisticamente significantes (p > 0,05) entre os sexos, porém os homens manifestaram duas vezes mais segundos canais MB2 nos segundo molares do que as mulheres. Concluiu-se que a prevalência do canal MB2 pode sofrer influência quanto a idade do indivíduo e para o sexo e lado em algumas situações. 84 PESQUISAS UTILIZAÇÃO DE SMARTPHONE NO DIAGNÓSTICO RADIOGRÁFICO: ACURÁCIA PARA DETECÇÃO DE DESADAPTAÇÃO PROXIMAL DE RESTAURAÇÕES Giuliano Omizzolo Giacomini, Carolina Antonioli, Camila Tiburcio Machado, Mathias Pante Fontana, Gabriela Salatino Liedke Este estudo objetivou comparar a acurácia diagnóstica de imagens radiográficas convencionais na detecção de desadaptação proximal avaliadas por três ferramentas: negatoscópio padrão, aplicativo para smartphone (Negatoscope®) e digitalizadas no smartphone. Quarenta dentes com restaurações metálicas MOD (uma perfeitamente adaptada ao preparo e outra com gap proximal de 0,4 mm) foram radiografados com o filme Kodak Insight. Os filmes radiográficos (n = 80) foram randomizados e armazenados em cartelas plásticas e também digitalizados por meio da câmera de smartphone e compartilhadas via WhatsApp. As imagens foram analisadas em três momentos distintos: negatoscópio padrão, aplicativo para smartphone (Negatoscope®) e t ela do smartphone. Três examinadores avaliaram todas as radiografias (n = 180), nas três ferramentas, para diagnóstico de desadaptação proximal, utilizando escala dicotômica (sim/não). Foram calculados valores de sensibilidade, especificidade e acurácia para cada examinador e cada meio de visualização; as concordâncias inter- e intraexaminadores foram avaliadas utilizando teste Kappa. A reprodutibilidade foi > 0,8 para todos os métodos. A acurácia do diagnóstico foi semelhante para as três ferramentas de avaliação: negatoscópio padrão (0,886 ± 0,911), Negatoscope® (0,759 ± 0,899) e Smartphone (0,823 ± 0,873). Concluiuse que a utilização de smartphones se apresenta como uma alternativa para avaliação radiográfica e compartilhamento de informações. 85 PESQUISAS EFEITO DA COMPENSAÇÃO AUTOMÁTICA DE EXPOSIÇÃO SOBRE O DIAGNÓSTICO RADIOGRÁFICO DE CÁRIES PROXIMAIS Eduarda Helena Leandro Nascimento; Neiandro dos Santos Galvão; Hugo Gaêta-Araujo; Deborah Queiroz Freitas; Francisco Haiter-Neto; Matheus Lima Oliveira Este estudo objetivou investigar a influência da compensação automática de exposição no diagnóstico radiográfico de lesões de cárie proximal na presença de materiais de alta densidade na região radiografada. Além disso, objetivou-se avaliar o efeito do pósprocessamento adicional das imagens nesta tarefa de diagnóstico. Quarenta dentes posteriores foram radiografados aos pares com os sistemas Digora Toto® e Digora Optime® utilizando um fantoma para simular clinicamente a técnica interproximal. Posteriormente, um implante de titânio com uma coroa protética foi inserido no fantoma e as aquisições foram repetidas, gerando um total de 80 radiografias Cinco radiologistas avaliaram as imagens e indicaram a presença das lesões de cárie proximal utilizando uma escala de 5 pontos. Essa avaliação foi repetida com o uso de pós-processamento de imagem (ajuste de brilho e contraste). As lesões de cárie foram confirmadas por meio de micro-CT. Acurácia, sensibilidade, especificidade e valores preditivos foram calculados e comparados para cada sistema radiográfico utilizando o teste ANOVA (α = 0,05). A presença de material de alta densidade e o uso de pós-processamento de imagens não influenciaram significativamente (p > 0,05) o diagnóstico das lesões de cárie proximal para o sistema Digora Toto®. Para o Digora Optime®, o pós-processamento de imagens aumentou significativamente (p < 0,05) a acurácia de diagnóstico na presença de material de alta densidade. Concluiu-se que a presença de materiais de alta densidade não influencia a acurácia de diagnóstico das lesões de cárie proximal. No entanto, quando materiais de alta densidade estão presentes na região radiografada, o ajuste do brilho e contraste das imagens é recomendado para o sistema Digora Optime®. 86 PESQUISAS O CANAL GUBERNACULAR PODE SINALIZAR UM PROCESSO ANORMAL DE ERUPÇÃO Hugo Gaêta-Araujo, Matheus Bronetti da Silva, Camila Tirapelli, Deborah Queiroz de Freitas, Christiano de Oliveira-Santos Foi objetivo deste estudo avaliar e comparar a taxa de detecção do canal gubernacular (CG) e características imaginológicas do CG em dentes em processos normal e anormal de erupção, em exames de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). A amostra foi composta por exames de TCFC de 159 pacientes que continham dentes intraósseos (n = 598), classificados de acordo com sexo e idade (idade média de 17,2 anos). Cada dente foi classificado de acordo com grupo dentário e avaliado quanto ao status de erupção (normal, atrasado ou impactado) e detecção do CG. Quando detectado, o CG foi classificado de acordo com sua abertura no rebordo ósseo, altura, localização vestíbulo-lingual e mesiodistal em relação ao folículo dentário, e sua forma. A amostra final consistiu em 423 dentes em processo normal de erupção, 140 dentes impactados e 35 dentes com atraso de erupção, com taxa de detecção do CG em 90,6% da amostra, significativamente maior entre pré-molares e molares superiores e pré-molares inferiores, em relação aos demais grupos. As taxas de detecção do CG para os dentes em processo normal de erupção, impactados e com atraso foram 94,1%, 87,1% e 62,9%, respectivamente. A ligação do CG em região cervical e central do folículo dentário foi associada com o status de erupção anormal. Os resultados do presente estudo sugerem que características do CG podem sinalizar um processo eruptivo anormal. 87 PESQUISAS INFLUÊNCIA DA APLICAÇÃO DE FILTROS DIGITAIS NA QUANTIFICAÇÃO DE ARTEFATOS METÁLICOS ASSOCIADOS A IMPLANTES DENTÁRIOS Alessiana Helena Machado, Vanessa Maia Zaidan, Karolina Aparecida Castilho Fardim, Karina Lopes Devito O objetivo do presente trabalho foi avaliar em imagens de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) a influência da aplicação de filtros digitais na quantificação de artefatos metálicos associados a implantes dentários. Foram selecionadas 64 imagens de implantes dentários e mensuradas as quantidades de artefatos em três cortes axiais (apical, médio e sagital) de cada implante. Posteriormente, filtros digitais foram aplicados com a finalidade de melhoramento das imagens (Smooth e Sharpen). Após a aplicação dos filtros, os artefatos metálicos presentes nas imagens foram novamente quantificados. Para comparar as imagens com e sem filtros foram aplicados os testes de Kruskal-Wallis e Student-Newman-Keuls. Os resultados mostraram que o filtro Sharpen sempre produziu mais artefatos. Já os menores valores de artefatos foram associados às imagens tratadas com filtro Smooth, no entanto, em apenas metade das regiões avaliadas esses valores foram estatisticamente menores quando comparados com os artefatos gerados pelas imagens originais (sem filtro). O uso da imagem tomográfica original continua sendo a melhor opção no acompanhamento de implantes, uma vez que o tempo de processamento da imagem não será aumentado e a quantidade de artefatos não é tão significativamente maior do que a gerada pelo filtro Smooth. 88 PESQUISAS A INFLUÊNCIA DA TCFC NO DIAGNÓSTICO E TOMADA DE DECISÃO TERAPÊUTICA EM TERCEIROS MOLARES INFERIORES Ana Márcia Viana Wanzeler, Adriana Corsetti, Henrique Timm Vieira, Heraldo Luis Dias da Silveira, Mariana Boessio Vizzotto Este estudo objetivou avaliar a influência da tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) entre especialistas de Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial no diagnóstico por imagem de terceiros molares inferiores, decisão terapêutica, assim como o grau de confiabilidade do profissional. A amostra foi composta por 12 profissionais especialistas, com diferentes tempos de prática clínica. Foram selecionados trinta casos contendo radiografias panorâmicas e imagens de TCFC do mesmo paciente, seguindo os critérios de inclusão: terceiros molares com formação radicular completa, proximidade com o canal mandibular e ausência de patologia relacionada ao dente. Foram elaborados dois questionários separados, um para cada fase de avaliação, no Google Docs. No primeiro questionário a descrição clínica do caso e a radiografia panorâmica, seguida das questões. Após trinta dias, o segundo questionário foi disponibilizado com as reconstruções multiplanar tomográfica. A TCFC influenciou de forma significativa a mudança de diagnóstico e a confiabilidade dos profissionais (p < 0,01). A decisão terapêutica para tratamento cirúrgico do terceiro molar inferior não foi influenciada pelo exame de imagem, porém, o nível de dificuldade da cirurgia antes da TCFC era complexa, passou a ser moderada (p < 0,01). Concluiu-se que a TCFC influencia a mudança de diagnóstico e a confiabilidade dos profissionais, mas não na tomada de decisão terapêutica. Foi observado a mudança do grau de dificuldade da cirurgia quando usado o exame de TCFC. 89 PESQUISAS AVALIAÇÃO DE CRITÉRIOS PARA A SOLICITAÇÃO DE EXAMES RADIOGRÁFICOS EM ODONTOPEDIATRIA Beatriz Ribeiro Ribas, Andréa dos Anjos Pontual, Caio Belém Rodrigues Barros Soares, Danyel Elias Cruz Perez, Flávia Maria Moraes Ramos-Perez O exame radiográfico é um exame complementar importante que guia o cirurgião-dentista no correto diagnóstico, planejamento do tratamento e proservação de distúrbios e lesões que acometem o complexo bucomaxilofacial. Apesar de as radiografias odontológicas estarem associadas a uma baixa dose de radiação é imprescindível a observação da relação risco-benefício do exame, além do seguimento das normas de radioproteção. Este trabalho teve como objetivo analisar os critérios utilizados pelos odontopediatras nas solicitações de exames por imagens. Para isso foi aplicado um questionário, contendo treze questões objetivas e realizado com 78 cirurgiões-dentistas especialistas em Odontopediatria, do município de Recife-PE. Posteriormente, os dados foram tabulados e submetidos à análise estatística descritiva. Foi possível observar que 51,3% dos profissionais não realizam exames radiográficos antes do exame clínico. As radiografias panorâmicas são solicitadas em crianças a partir de sete anos por 76,5% dos odontopediatras. E a radiografia panorâmica é utilizada por 71% dos profissionais para o diagnóstico de dentes supranumerários. É possível concluir que a maioria dos odontopediatras segue algum critério para a realização de exames radiográficos em crianças, os quais estão de acordo com a literatura atual, entretanto muitos aspectos ainda precisam ser alcançados para que haja uma maior radioproteção e justificativa para realização do exame. 90 PESQUISAS AVALIAÇÃO DA OCORRÊNCIA DE CALCIFICAÇÃO DA ARTÉRIA CARÓTIDA EM RADIOGRAFIAS PANORÂMICAS DIGITAIS Chrystiani Souza Paiva Capelli, Isabela Melo Martins, Breno Cherfên Peixoto A calcificação em tecidos moles é um fenômeno que ocorre no organismo e faz parte da bioquímica do ser. Esse fenômeno pode ser observado em radiografias panorâmicas que é um exame complementar da Odontologia. O objetivo deste trabalho foi avaliar a ocorrência de ateromas em radiografias panorâmicas digitais e confirmar a importância do diagnóstico radiográfico na prevenção de alterações vasculares como acidente vascular encefálico. A metodologia empregada utilizou uma amostra composta por 300 radiografias panorâmicas digitais escolhidas de acordo com a faixa etária, acima de quarenta anos. Para avaliar a ocorrência de calcificação da artéria carótida foram empregadas estatísticas descritivas com a construção de tabelas e gráfico s de frequência, e para relacionar a ocorrência de acordo com o sexo, idade e lateralidade foi empregado o teste de qui-quadrado ao nível de significância de 5%. O presente estudo revelou que em relação ao gênero a predominância foi do gênero feminino sobre o masculino. Em relação à faixa etária houve maior prevalência de calcificação na faixa etária entre 61 e 70 anos. A análise também demonstrou maior incidência do lado direito quando comparado ao lado esquerdo. Além disso, os resultados demonstraram que a incidência de calcificação bilateral da artéria carótida é menor, em relação à incidência unilateral. Pode-se concluir com este trabalho que a técnica radiográfica panorâmica digital mostrou-se eficaz na avaliação da calcificação da artéria carótida. 91 PESQUISAS RECURSO DA MESA DIGITAL ANATÔMICA NO PROCESSO DE ENSINOAPRENDIZAGEM DE CONTEÚDOS RELATIVOS À ANATOMIA DA ATM Cintia Rejane da Silveira de Mello, Chelin Auswaldt Steclan, Leandro Henrique Grecco, Paulo Eduardo Miamoto Dias, Luciana Butini Oliveira O objetivo deste trabalho foi avaliar o impacto e aceitação de estudantes sobre a mesa digital anatômica no processo de ensino-aprendizagem de conteúdos da ATM. A pesquisa foi realizada nas atividades da disciplina de Anatomia no curso de Medicina da UNC. Dos 32 estudantes iniciais, 24 tiveram aula teórica expositiva sobre os constituintes da ATM, aspectos anatômicos e funcionais. A seguir, foi ministrada a parte prática com aula com peças anatômicas de suíno e instruções na mesa digital anatômica de dissecção virtual (CSANMEK Tecnologia, Modelo PL-01), destacando estruturas anatômicas e vídeos da ATM. Avaliações de conteúdo (pré e pós-teste) e pós-teste de satisfação foram aplicadas para avaliar o desempenho e aceitação dos participantes. Os dados (T0, T1, T2 e T3) foram analisados descritivamente e submetidos ao teste t de Student. Quando os resultados do pré-teste (T0) e pós-testes (T1, T2, T3) foram comparados, ambos os grupos tiveram desempenho superior e houve diferença estatisticamente significante apenas no T3 (p = 0,03). Quanto à aceitação do recurso, a maioria dos estudantes (96,8%) relatou que a mesa digital anatômica ajudou no entendimento dos conteúdos da aula teórica. Além disso, 77,4% afirmaram que o uso da mesa digital motivou o interesse pelo estudo. Pode-se concluir que a mesa anatômica digital auxiliou a sanar dúvidas e motivou os estudantes para o estudo da ATM, sendo um recurso eficiente para o processo de ensino aprendizagem de imagens anatômicas. 92 PESQUISAS ANÁLISE DA RADIOPACIDADE DE RESINAS COMPOSTAS POR MEIO DE SISTEMA RADIOGRÁFICO DIGITAL Daphne Azambuja H de Aquino, Luiz Roberto C. Manhães, Angela Fernandes O objetivo deste estudo foi avaliar a radiopacidade de quatro resinas compostas por meio do sistema digital radiográfico indireto (PSP). Foram confeccionadas quatro placas de acrílico com quatro orifícios padronizados. As quatro resinas (Z100, Z250, Z350, Tetric N Ceram) foram inseridas e compactadas individualmente nos orifícios das placas. Para comparação dos valores de densidade optica das imagens digitais e leitura da escala dinâmica, foi usada uma escala de alumínio com 9 degraus de 1 mm cada e obtidas 2 radiografias de cada grupo para que a radiopacidade pudesse ser comparada. Foi utilizado aparelho radiográfico intraoral de alta frequência sob o mesmo protocolo de aquisição. Após a exposição das placas ao Raio-x, a PSP levada a um escâner de processamento, para leitura. Obtidos histogramas dos níveis de cinza e suas representações numéricas, as imagens obtidas foram exportadas no formato JPG ao programa Image J. As 384 leituras foram realizadas em 3 datas diferentes com intervalos de 15 dias. Resultado indicou ICC = 0.9972 e p < 0,0001. A resina Tetric N Ceram registrou a maior radiopacidade, mas as demais apresentaram radiopacidade dentro dos parâmetros da ISO 4049. Pode-se concluir que existe diferença de radiopacidade entre as resinas estudadas, mas que todas estavam dentro dos parâmetros aceitáveis. 93 PESQUISAS AVALIAÇÃO DA IMPACTAÇÃO DE TERCEIROS MOLARES INFERIORES: UMA COMPARAÇÃO ENTRE RADIOGRAFIA PANORÂMICA Eduarda Helena Leandro Nascimento, Danieli Moura Brasil, Hugo Gaêta-Araujo, Christiano Oliveira-Santos, Solange Maria de Almeida O objetivo neste estudo foi comparar os achados da radiografia panorâmica (RP) e tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) relacionados à avaliação da impactação de terceiros molares inferiores, seguindo a classificação de Pell e Gregory. Imagens de RP e TCFC de 313 terceiros molares inferiores foram avaliadas por dois radiologistas quanto à impactação dentária usando a classificação de Pell e Gregory. Além de considerar a posição dentária em relação ao plano oclusal e ao ramo ascendente da mandíbula, a linha oblíqua externa foi investigada como um possível marco anatômico mais confiável para predizer a impactação na RP. O teste de McNemar-Bowker foi utilizado para análise estatística (p = 0,05). A classificação da impactação em relação ao plano oclusal não diferiu entre a RP e a TCFC (p = 0,116). Em relação ao ramo mandibular, porém, a TCFC mostrou um número significativamente maior de casos em que há espaço suficiente para acomodação dentária em relação à RP (p < 0,001). A concordância entre as duas modalidades foi 87,26% em relação ao plano oclusal, e variou de 66,8% a 76,4% para a classificação relacionada ao ramo mandibular, considerando, respectivamente, o ramo ascendente e a linha oblíqua externa como referência na RP. Em conclusão, a classificação da impactação dentária em relação ao plano oclusal na RP foi semelhante àquela baseada nas imagens de TCFC. No entanto, a RP tende a subestimar o espaço para a acomodação dos terceiros molares em relação à TCFC. 94 PESQUISAS PREVALÊNCIA DE CALCIFICAÇÕES DE TECIDOS MOLES EM EXAMES DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO Elaine Cristina de Carvalho Beda Corrêa de Araújo, Vandeberg Diniz, Sérgio Lúcio Lopes, Luiz Roberto Coutinho Manhães Junior, Estela Kaminagakura Tango Este trabalho objetivou estudar por meio de imagens de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) a prevalência de calcificações em tecidos moles da região cérvicofacial. Material e método: foram avaliados 210 exames de TCFC pertencentes ao arquivo da disciplina de Radiologia do Instituto de Ciência e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista (ICT – UNESP) com campo de visão (FOV) de 16x13 cm e voxel de 0,25 mm. Os exames foram avaliados por um examinador previamente treinado, no software ICAT Vision (Imaging Science International, Hatfield, PA, Estados Unidos da América) na tela correspondente as vistas em MPR (reconstruções multiplanares), em cortes coronais, axiais e sagitais. Foram avaliadas as seguintes calcificações e ossificações: tonsilolitos, sialolitos, calcificação do complexo estiloide, ateromas da carótida calcificados, calcificações nas cartilagens laríngeas e nódulos linfáticos calcificados. Os achados foram tabulados, juntamente como os dados relativos ao gênero e faixa etária dos indivíduos. A calcificação do complexo estiloide foi a mais frequente na amostra estudada em ambos os sexos, seguida da presença de tonsilolitos, não foram encontrados casos de osteoma cútis e nódulos linfáticos calcificados. 95 PESQUISAS ARTEFATOS EM TOMOGRAFIAS DE DENTES BIRRADICULARES COM DIFERENTES MATERIAIS INTRACANAIS E PARÂMETROS DE EXPOSIÇÃO Elisa Diniz de Lima, Ana Priscila Lira de Farias Freitas, Fernanda Clotilde Mariz Suassuna, Patrícia Meira Bento, Daniela Pita de Melo Este estudo avaliou objetivamente os artefatos formados por diferentes materiais intracanais em dentes birradiculares, utilizando diferentes parâmetros de exposição em tomografias computadorizadas de feixe cônico. Estudo ex vivo, realizado em 15 prémolares birradiculares, escaneados sem material intracanal e com seis combinações de materiais intracanais na raiz vestibular e palatina (Guta-percha, Whitepost®, Reforpost®, núcleos metálicos fundidos) e cinco parâmetros de exposição (2,5 mA, 4 mA, 6,3 mA, 8 mA e 12 mA). Os volumes foram analisados e dois cortes axiais foram exportados para o Image J®. As áreas de artefatos hipodensos, hiperdensos e imagem dental preservada foram quantificadas com a ferramenta Treshold®. Os dados foram analisados no software Statistica® (v. 13.3), realizando o teste honesto de Tukey, análise de correlação e análise por componentes principais. Na análise inferencial, o metal e o whitepost em ambas as raízes apresentaram as maiores e menores médias de artefatos hipodensos e hiperdensos, respectivamente. Pinos metálicos, escaneados a 12 mA, apresentaram mais artefatos hiperdensos e hipodensos. Whitepost® e Reforpost® em ambas as raízes, escaneados a 2,5 mA, apresentaram menos artefato hipodenso. Imagens de 2,5 mA diferiram estatisticamente das imagens de 12 mA para as variáveis do estudo avaliadas. Parâmetros de exposição mais baixos apresentam menos artefatos. Pinos de fibra de vidro são uma alternativa aos pinos metálicos com menor formação de artefatos. 96 PESQUISAS AVALIAÇÃO VOLUMÉTRICA DE TÉCNICAS DE OBTURAÇÃO POR MICROTOMOGRAFIA Fernanda Clotilde Mariz Suassuna, Antonio Celso Dantas Antonino, Daniela Pita de Melo, Ana Marly Araújo Maia, Patrícia Meira Bento Objetivou-se quantificar o volume dos materiais obturadores e espaços vazios decorrente de diferentes técnicas de obturação. Foram utilizados 45 dentes unirradiculares com condutos redondos, instrumentados com sistema Reciproc® e obturados por três técnicas obturadoras: condensação lateral (CL), compactação termomecânica (TM) e cone único (CU). Após obturação, as amostras foram escaneadas no microtomógrafo NIKON®, XTEK XT-H 225 ST, com fonte de 225 kV, utilizando os parâmetros de 80 kV de tensão, 222. A de corrente, sem filtro e com resolução 11 µm. A reconstrução volumétrica foi processada por segmentação de volumes com base na densidade da guta-percha, cimento e espaços vazios, por meio de ferramentas do software Image J®. A técnica de obturação por TM apresentou o maior volume de guta-percha (p = 0,011) com média de 67,27 ± 25,61 mm3, e consequentemente o menor volume de cimento (p < 0,001) com média 12,11 ± 4,76 mm3, com a maior concentração no terço apical (59,62% ± 17,82%). Com relação ao volume de vazios a técnica CL obteve maior média (29,91±15,37 mm3) tendo o terço apical resultado estaticamente significante em volume de vazios (p = 0,012) com média de 6,89 ± 2,83 mm3 correspondendo a 24,41% ± 8,25% do total de espaços vazios. Concluiu-se que um maior volume de espaços vazios foi encontrado na técnica de condensação lateral. A técnica de condensação termomecânica levou a uma massa obturadora com maior volume de guta-percha e menor volume de cimento em comparação as outras técnicas. 97 PESQUISAS AVALIAÇÃO DE NÓDULOS PULPARES EM DENTES DECÍDUOS DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO Genielle Luiza Pereira, Tais de Souza Barbosa, Fabíola Galbiatti de Carvalho Carlo, Francielle Silvestre Verner, Maurício Augusto Aquino de Castro Nódulos pulpares podem afetar a fisiologia pulpar e levar ao desenvolvimento de patologias periapicais. Quando na dentição decídua, podem afetar o desenvolvimento da dentição permanente. De etiologia pouco esclarecida, são normalmente identificados como achados em radiografias intrabucais, com prevalência variável. Há relatos de sua associação com algumas alterações sistêmicas, o que ressalta a importância de sua detecção precoce, como marcadores preditivos dessas alterações. Com este propósito, a avaliação tridimensional proporcionada pela tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) surge como alternativa promissora. Baseado na classificação de Satheeshkumar et al. (2013), foi realizado estudo transversal retrospectivo em TCFC de nove pacientes, entre 7 e 10 anos de idade, totalizando 43 dentes decíduos que atendiam aos critérios de inclusão. Foi encontrada prevalência de 46,5% de nódulos pulpares nos dentes avaliados. Os molares decíduos foram os dentes mais afetados (51,85%). Os nódulos situados nas câmaras pulpares foram os mais frequentes (Tipo I = 45% e Tipo IA = 20%). A alta resolução e a avaliação tridimensional da TCFC possibilitaram a detecção de nódulos pulpares na dentição decídua, com maior prevalência em comparação com outros estudos. 98 PESQUISAS EFEITO DE AJUSTES DE BRILHO E CONTRASTE NA DETECÇÃO DE REABSORÇÕES RADICULARES EM RADIOGRAFIA DIGITAL Hugo Gaêta-Araujo, Eduarda Helena Leandro do Nascimento, Larissa Moreira de Souza, Christiano de Oliveira-Santos, Deborah Queiroz de Freitas O objetivo deste estudo foi avaliar a performance de radiografias digitais periapicais com diferentes ajustes de brilho e contraste na detecção de reabsorções radiculares interna (RRI) e externa (RRE) e avaliar a preferência dos avaliadores com relação a qualidade subjetiva da imagem. Trinta dentes unirradiculares foram divididos em dois grupos (n=15): RRI, no qual foram simuladas lesões por método mecânico-químico; e RRE, no qual cavidades padronizadas com diferentes tamanhos foram realizadas nas superfícies dos dentes. Após a aquisição das imagens radiográficas digitais, quatro ajustes de brilho e contraste foram realizados, resultando em cinco diferentes imagens (V1 a V5). As imagens foram analisadas por cinco avaliadores. A preferência dos avaliadores para qualidade da imagem também foi avaliada. Não houve diferenças estatisticamente significantes para a acurácia e especificidade nas cinco variações propostas, (p > 0,05) para ambas condições. A sensibilidade para RRE foi significantemente menor para a V4 (+15% brilho, -15% contraste) nas maiores lesões (p < 0,05). Os avaliadores classificaram V2 (-15% brilho, +15% contraste) como a melhor imagem para avaliação de RRI e RRE. Para ambas RRI e RRE, os ajustes de brilho e contraste não afetaram o diagnóstico. A preferência subjetiva dos avaliadores foi para imagens com uma diminuição do brilho e aumento do contraste. 99 PESQUISAS ESTUDO DA CORRELAÇÃO DO CANAL MANDIBULAR E O TIPO FACIAL POR MEIO DE TCFC Isaura Cristina Senna de Oliveira, José Luiz Cintra Junqueira, Milena Bortolotto Felippe Silva, Ricardo Raitz O objetivo desta pesquisa foi avaliar a correlação entre a morfologia do canal mandibular e o tipo facial, usando a TCFC. O conhecimento da anatomia do canal mandibular e suas variações é de suma importância, evitando possíveis lesões do nervo alveolar inferior, durante procedimentos odontológicos. O reconhecimento dos diferentes padrões faciais é relevante, para o planejamento do tratamento, em diversas áreas clínicas, pois a simetria, tamanho e forma das estruturas craniofaciais variam de acordo com o biótipo facial. Foram examinados 90 pacientes que realizaram TCFC com FOV estendido, obtidos no banco de dados do departamento de Radiologia e Imaginologia da Faculdade São Leopoldo Mandic, Campinas-SP. A amostra foi composta por trinta pacientes dolicofacial, trinta braquifacial e trinta mesofacial. As tomografias foram adquiridas em tomógrafo ICat® (Imaging Science, Hatfield, PA). Foi utilizado o programa Dolphin® Imaging 11.0 para obtenção do traçado cefalométrico tridimensional e classificação dos tipos faciais. Os resultados demonstraram que a amostra obtida foi homogênea em relação ao sexo. A proporção de pacientes com canal mandibular bífido na amostra foi pequena (14,4%). Quando o canal bífido estava presente, não houve predominância de um lado mais afetado que outro, nem influência pelo sexo do paciente. De uma forma geral, o tipo facial não afeta a presença ou o tipo de canal bífido. 100 PESQUISAS QUANTIFICAÇÃO DE ARTEFATOS METÁLICOS PRODUZIDOS POR IMPLANTES EM TCFC OBTIDAS COM DIFERENTES PROTOCOLOS DE AQUISIÇÃO Karolina Aparecida Castilho Fardim, Alessiana Helena Machado, Vanessa Maia Zaidan, Neuza Maria Souza Picorelli Assis, Karina Lopes Devito O objetivo do trabalho foi quantificar, em imagens tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) obtidas com diferentes protocolos, os artefatos metálicos produzidos por implantes de titânio instalados em diferentes regiões da mandíbula. Implantes foram instalados em quatro diferentes regiões (incisivo, canino, pré-molar e molar) de um phamtom e submetidos a exames de TCFC com variação da posição do objeto no interior do FOV (central, anterior, posterior, direita e esquerda), variação do FOV (6x13 e 12x13 cm) e do voxel (0,25 e 0,30 mm). Um corte axial da região cervical de cada implante foi selecionado para quantificação. Os testes de Kruskal-Wallis e StudentNewman-Keuls foram utilizados para comparação das regiões d os dentes e as diferentes posições do phantom dentro do FOV. O teste de Wilcoxom foi utilizado para comparar a variação de tamanho do FOV e voxel. O teste ANOVA fatorial para avaliar a interação entre as variáveis do estudo. A região de incisivo apresentou maior quantidade de artefatos, comparado a outras regiões (p = 0,0315). Não houve diferença significativa ao variar a posição do phantom dentro do FOV (p = 0,7418). O FOV menor produziu mais artefatos (p < 0,0001). Ao comparar as imagens produzidas com diferentes resoluções, o menor voxel produziu mais artefatos (p < 0,0001). Os artefatos metálicos sofrem influência do tamanho do FOV e do voxel, além da região anatômica. A variação da posição do phantom no interior do FOV não alterou a quantidade de artefatos. 101 PESQUISAS INFLUÊNCIA DOS SISTEMAS RADIOGRÁFICOS DIGITAIS NA AVALIAÇÃO DO TRATAMENTO ENDODÔNTICO DE DENTES DECÍDUOS Larissa Pereira Lagos de Melo, Guilherme Fantini Ferreira, Mariana Rocha Nadaes, Fernanda Miori Pascon, Deborah Queiroz de Freitas O objetivo neste estudo foi comparar a qualidade das imagens de três sistemas radiográficos periapicais digitais quando utilizadas na avaliação da obturação de dentes decíduos. Para isso, 25 dentes bovinos foram tratados e obturados com cinco materiais utilizados em dentes decíduos e radiografados em três sistemas digitais: VistaScan®, Express® e SnapShot®. A avaliação da qualidade das imagens foi realizada de maneira subjetiva por dois examinadores em consenso, considerando a homogeneidade e selamento apical dos condutos radiculares. Como padrão de referência, os dentes foram escaneados em um aparelho de microtomografia computadorizada (micro-CT). Os resultados foram comparados por meio do teste de Friedman e a concordância intraexaminador por meio do teste Kappa. Os sistemas radiográficos não diferiram entre si quanto à avaliação da homogeneidade das obturações (p = 0,573). No entanto, considerando o selamento apical, os sistemas também não diferiram entre si, mas o Vistascan® e Express® diferiram do padrão de referência (p = 0,0127), sendo o Snapshot o único que não diferiu do padrão de referência adotado. Concluiu-se que os sistemas radiográficos digitais podem influenciar na avaliação da qualidade do tratamento endodôntico de dentes decíduos e, dentre os sistemas avaliados, o SnapShot® é o mais indicado para essa avaliação. 102 PESQUISAS VALIDAÇÃO DE NOVO ÍNDICE PERIAPICAL E DE QUALIDADE DO TRATAMENTO ENDODÔNTICO E SUA CORRELAÇÃO COM ALTERAÇÕES SINUSAIS Lílian Azevedo de Souza Nunes, Lucas de Paula Lopes Rosado, Rafael Binato Junqueira, Antônio Carlos Pires Carvalho, Francielle Silvestre Verner O objetivo foi validar uma nova escala de condição periapical e qualidade do tratamento endodôntico para dentes posteriores tratados endodonticamente, bem como correlacionar a classificação com a presença de alterações sinusais (AS). Foram analisados 631 dentes posteriores em exames de tomografia computadorizada de feixe cônico. A qualidade do tratamento endodôntico foi analisada de acordo com o comprimento da obturação, homogeneidade, selamento coronário e a presença de complicações. As alterações periapicais foram classificadas de acordo com seu tamanho, relação com as raízes e localização da destruição óssea. Os seios maxilares foram avaliados em normal; com espessamento mucoso; pólipo sinusal; pseudocisto antral; opacificação inespecífica; periostite; e antrólito. Um modelo de regressão misto foi aplicado. Correlações entre AS com fraturas e dentes com lesão periapical foram significativas, com Odds Ratio (OR) de 2.63 e 1.92, respectivamente. O efeito da lesão periapical na AS foi significativo para os primeiros molares (OR: 15.62) e segundos molares (OR: 17.20). Quanto maior a lesão, mais raízes envolvidas e maior a destruição óssea mais significativamente estavam relacionadas com às AS. Dentre as AS, a periostite mostrou resultado significativo quando as condições periapicais estavam alteradas. A nova classificação proposta foi validada e sua utilização possibilita a identificação mais acurada de quais fatores endodônticos estão comumente relacionados à presença de AS. 103 PESQUISAS AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DOS ARTEFATOS FORMADOS POR NÚCLEOS METÁLICOS: UM ESTUDO POR TCFC Martina Gerlane de Oliveira Pinto, Ana Priscila Lira Farias Freitas, Patrícia Meira Bento, Ana Marly Araújo Maia, Daniela Pita de Melo Estudo objetivou-se avaliar quantitativamente os artefatos formados por dois tipos de núcleos metálicos fundidos por meio da Tomografia Computadorizada de feixe cônico (TCFC). Para isto, foi elaborado um estudo experimental in vitro, com 20 pré-molares inferiores humanos, divididos em dois grupos: Grupo Ni-Cr – 10 dentes que receberam os núcleos de Níquel-Cromo; Grupo Ag-Pd – 10 dentes com núcleos de Prata-Paládio; e por dois dentes extras (um de cada liga). As amostras foram posicionadas em um crânio seco dentado encerado e imerso em água para simular a condição clínica. Todos os dentes foram escaneados vazios, com os núcleos metálicos (condição intracanal) e em duas condições orais: 1) Simples - um dente da amostra e 2) Dupla - o dente da amostra e um dente extra. As amostras foram escaneadas usando o tomógrafo CS 9000 3D com dois parâmetros de exposição: 85 kV 6,3 mA e 85 kV 10 mA. A análise quantitativa foi realizada por um observador treinado, utilizando o software ImageJ. Para a análise quantitativa, utilizou-se ANOVA bidirecional, teste de Tukey e teste T pareado, com nível significativo de 5% (p < 0,05). Na análise quantitativa das imagens foi observado maior percentual de área acometida por artefatos no grupo AgPd (p = 0,002) e na condição oral dupla (p < 0,001). Os parâmetros de exposição não interferiram na quantidade de formação de artefatos. Observou-se que a presença de outro metal nos maxilares, condição dupla, acentuou a intensidade dos artefatos. 104 PESQUISAS AVALIAÇÃO DE MEDIDAS LINEARES NA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO IMPORTANTE PARA O DIAGNÓSTICO E O PLANEJAMENTO ORTODÔNTICO Milena Bortolloto Felippe Silva, Márcia de Souza Morais de Araújo, Juliana Oliveira Fonseca Barreto, Juliana de Sá Mota Esse trabalho teve como objetivo avaliar algumas medidas ortodônticas no modelo de gesso tradicional e na tomografia computadorizada de feixe cônico através de um estudo observacional, quantitativo e analítico. Após a aprovação do projeto desta pesquisa pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina e Odontologia São Leopoldo Mandic, foram selecionados, sessenta modelos de gessos e sessenta tomografias computadorizadas de feixe cônico, fornecidos pelo banco de dados da Faculdade de Odontologia São Leopoldo Mandic. Apresentou como resultados os seguintes dados: Tanto no modelo de gesso quanto na tomografia houve um alto grau de replicabilidade (> 80%). As medidas de concordância foram altas independentes se foram no modelo de gesso ou tomografia. O tipo de má oclusão com maior percentual de concordância foi a Classe III, seguida pela Classe I e por último pela Classe II. Por isso, é recomendado o diagnóstico da relação através do exame clínico (padrão-ouro). Independentemente do método, as medidas lineares intercaninos e intermolares foram similares, indicando que os dois métodos podem ser utilizados com segurança para este tipo de aferição. Entretanto, para a discrepância de Bolton, a aferição pela tomografia tende a elevar as medidas, no entanto, não apresentam diferenças estatisticamente significativas. 105 PESQUISAS AVALIAÇÃO DA EMINÊNCIA ARTICULAR E FOSSA MANDIBULAR EM PACIENTES COM DIFERENTES TIPOS FACIAIS EM EXAMES DE TCFC Natalia Fernandes Cardoso Lima, Eliana Dantas da Costa, Gina Délia Roque-Torres, Priscila Dias Peyneau, Francielle Silvestre Verner O objetivo neste estudo foi avaliar a correlação entre a inclinação da eminência articular e da fossa mandibular em relação ao sexo e tipo facial por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). Realizou-se medidas da altura e inclinação e da eminência articular (ângulos , ) e inclinação da fossa mandibular (ângulo ) dos lados esquerdo e direito, em 76 imagens de TCFC de pacientes de ambos os sexos divididos em meso, braqui e dolicofacial. Os dados foram analisados por meio do teste t de Student e analise de variância two-way (ANOVA) com post-hoc de Tukey. Os resultados mostraram que os indivíduos braquifaciais do sexo masculino apresentaram maiores valores para os ângulos em relação aos dolico (p = 0,010) e para o ângulo em relação aos meso (p = 0,032) e dolico (p = 0,001). Já o ângulo foi menor nos pacientes dolicos (p = 0,001) para sexo masculino, e nos pacientes mesos (p = 0,022) e dolicos (p = 0,001) no sexo feminino. A altura da eminência articular mostrou maiores valores para os braquifaciais em comparação aos dolico (p = 0,005) para o sexo masculino, e em comparação com os meso (p = 0,007) edolicofaciais (p = 0,002) para o sexo feminino. Concluiu-se que a morfologia da eminência articular e da fossa mandibular é afetada pelo tipo facial, sendo as principais diferenças encontradas nos indivíduos braquifaciais do sexo masculino. 106 PESQUISAS AVALIAÇÃO TOMOGRÁFICA DE RAMIFICAÇÕES DOS CANAIS MANDIBULARES EM REGIÕES COM INFLAMAÇÃO Ranam Moreira Reis, Francielle Silvestre Verner, Mauro Henrique N. G. de Abreu, Maurício Augusto Aquino de Castro, Ricardo Alves Mesquita O presente estudo visou investigar a ocorrência de ramificações dos canais mandibulares (RCM) em mandíbulas com inflamação dentária, por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). Uma base de dados de 2.484 TCFC foi revisada para a identificação de exames que apresentassem imagens de lesões inflamatórias dentárias. A amostra final consistiu de 150 TCFC (91 mulheres e 59 homens entre 13 e 89 anos, com média de 47,06 anos ± DP=18,722). Foram registrados gênero, idade, localização de lesões inflamatórias dentárias e RCM. A relação estatística dos dados foi verificada pelos testes de Kolmogorov-Smirnov, Qui-quadrado e Teste-T. Houve 178 imagens de inflamação dentária nas 150 TCFC, principalmente na região de molares (75%). Lesões apicais foram o tipo mais comum de inflamação detectada (79 ou 44,4%), seguida por pericoronarite (32; 18,0%). Foram identificadas 135 RCM, principalmente na região de molares (74,07%). As RCM foram em sua maioria únicas (86 ou 63,7% do total). Não houve diferença estatística em relação à ocorrência de RCM com o gênero dos pacientes (p = 0,308) ou com regiões com inflamação dentária (p = 0,370). O teste T indicou homogeneidade de variância das RCM quando comparados os grupos dicotômicos de idade (indivíduos maiores ou menores que a mediana = 50 anos de idade) (p = 0,728). Foi detectada alta prevalência de ramificações dos canais mandibulares em regiões acometidas por lesões inflamatórias em mandíbula. 107 PESQUISAS AVALIAÇÃO DO TRABECULADO ÓSSEO E CORTICAL MANDIBULAR DE MULHERES PÓS-MENOPAUSA POR MEIO DA ANÁLISE FRACTAL Sâmila Gonçalves Barra, Jonathas Henriques, Tania Mara Pimenta Amaral, Ricardo Alves Mesquita, Cláudia Borges Brasileiro A osteoporose é caracterizada pela redução de massa óssea e desorganização estrutural do tecido ósseo. A análise fractal é um método que descreve estruturas geométricas complexas, expressa numericamente como dimensão fractal (DF). O objetivo deste estudo é avaliar a associação entre a DF do trabeculado ósseo e da cortical mandibular de mulheres no período pós-menopausa e a densidade mineral óssea (DMO) em tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). A amostra foi composta por 66 mulheres no período pós-menopausa com tomografias realizadas para planejamento cirúrgico com implantes e com indicação para realização da absorciometria de energia dupla de raios-X (DXA). De acordo com os resultados do DXA e com os critérios da Organização Mundial de Saúde, as pacientes foram divididas em normal, osteopenia e osteoporose. Cortes parassagitais foram selecionados, salvos no formato JPG e regiões de interesse na cortical e no trabeculado ósseo na região do forame mentual, bilateralmente, foram determinadas. O cálculo da DF foi realizado pela técnica algorítmica de contagem de células pelo programa ImageJ®. A média da DF nos lados direito e esquerdo foi calculada e a análise estatística realizada pelo método ANOVA (p < 0,05). Não houve diferença com significância estatística nos valores de DF dos diferentes grupos para a cortical (p = 0,587) e para o trabeculado ósseo (p = 0,284). Assim, a DF não se mostrou um método efetivo para identificação de mulheres com baixa DMO. 108 RELATOS DE CASO IMPORTÂNCIA DA TCFC NO PLANEJAMENTO CIRÚRGICO DE TERCEIROS MOLARES MANDIBULARES RETIDOS EM POSIÇÃO ECTÓPICA Aline Lisboa Vieira, Lilian Azevedo de Souza, Jesca Neftali Nogueira Silva, Rafael Binato Junqueira, Francielle Silvestre Verner A impactação do terceiro molar é uma anormalidade de desenvolvimento comum. O terceiro molar mandibular é o dente mais frequentemente impactado. Os terceiros molares mandibulares ectópicos, no entanto, são raros. Suas posições heterotópicas foram relatadas na área condilar, no ramo ascendente da mandíbula, ou no processo coronoide. Para obter a correta localização desses dentes e consequentemente, realizar a avaliação correta os exames imaginológicos, como a tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC), são fundamentais. A imagem tridimensional da TCFC em casos de terceiros molares mandibulares ectópicos pode ser benéfica na identificação posição do dente, para verificar se há alguma alteração patológica associada e na identificação da posição das estruturas neurovasculares em relação ao dente ectópico. Este estudo tem como objetivo relatar caso de um paciente com edentulismo total em mandíbula, apresentando os dois terceiros molares retidos em posição ectópica nos ramos da mandíbula direito e esquerdo, no qual a utilização da TCFC foi fundamental para correta avaliação e diagnóstico. A correta avaliação das imagens de TCFC para identificar alguns fatores de risco, como a ausência de corticação entre o terceiro molar mandibular e o canal alveolar inferior, antes da cirurgia para reduzir o risco de danos nos nervos é de suma importância. Portanto, ressalta-se a importância da realização da TCFC previamente a qualquer intervenção cirúrgica de terceiros molares ectópicos. 109 RELATOS DE CASO CONFECÇÃO DE PRÓTESE TOTAL INFERIOR UTILIZANDO PLANEJAMENTO DIGITAL E IMPRESSÃO 3D – RELATO DE CASO CLÍNICO Giuliano Omizzolo Giacomini, Gabriela Salatino Liedke, Gustavo Nogara Dotto O objetivo deste trabalho foi apresentar os recursos de reconstrução e impressão 3D para o planejamento e confecção de prótese total em paciente com reabsorção óssea avançada e dificuldade de moldagem. Paciente IMVG, sexo feminino, 91 anos. Utilização de prótese total superior e inferior desde os 18 anos e reabsorção óssea avançada em mandíbula. Realização de tomografia computadorizada multislice com protocolo de baixa dose de radiação (CTdBem; 120 kVp, 10 mAs) para avaliação óssea. O arquivo DICOM foi avaliado e reconstruído no software Horos e exportado em formato STL. Os modelos 3D foram confeccionados utilizando o software Meshmixer e NetFabb. Os protótipos foram impressos em PLA na Impressora Cliever CL2 Pro Plus. O modelo impresso mandibular foi utilizado para planejamento protético (Laboratório Vitasul, Santa Maria, RS), sendo confeccionada a prótese total diretamente sobre este modelo. A oclusão foi registrada a partir da moldagem da prótese total superior da paciente e do encaixe dos modelos em articulador. Constatou-se adaptação protética extremamente satisfatória no rebordo ósseo quando comparada com a antiga prótese. Concluiu-se que o planejamento digital para confecção de próteses totais em pacientes com dificuldades de moldagem e/ou reabsorção óssea avançada mostra-se como uma alternativa interessante para a resolução clínica. 110 RELATOS DE CASO SÍNDROME DEPEUTZ-JEGHERS: RELATO DE CASO FOLLOW-UP DE SEIS ANOS André Arraes Parente, Alessandra Maria Machado Daniel, Ernesto Domingues Bruno de Faria Júnior, Glauco Pires Alves, Maurício Alves de Andrade, Milena Bortolotto Fellipe Silva, Luíz Roberto Coutinho Manhães Júnior A correlação entre pigmentações melânicas mucocutâneas e pólipos gastrointestinais define a Síndrome de Peutz-Jeghers ou síndrome da polipose intestinal hereditária. De acordo com a literatura, os portadores da síndrome apresentam risco dezoito vezes maior de desenvolverem neoplasias malignas. O diagnóstico, na grande maioria dos casos relatados na literatura, ocorre devido dores abdominais ou quando o paciente apresenta intussuscepção intestinal, demonstrando uma demora no diagnóstico da síndrome. O objetivo deste estudo foi relatar um caso clínico da Síndrome de Peutz-Jeghers com follow-up de seis anos, em paciente jovem, a fim de correlacionar diagnóstico, evolução e impacto desta síndrome sobre a vida do indivíduo acometido. Paciente JFTS, vinte e cinco anos de idade, diagnosticado por meio das características orais e periorais, por profissional cirurgião-dentista e confirmado através de exames de endoscopia e colonoscopia. O diagnóstico precoce da Síndrome de Peutz Jeghers, por meio das manchas periorais, é fator preponderante e a negligência deste pode ter consequências que interferem diretamente no prognóstico da doença e morbidade dos indivíduos acometidos. 111 RELATOS DE CASO UTILIZAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO NO DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO CIRÚRGICO DE CISTO RADICULAR Thays Correa de Moraes, Francielle Silvestre Verner, Rafael Binato Junqueira O objetivo será relatar um caso clínico mostrando a importância da utilização da tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) como exame complementar no diagnóstico e planejamento cirúrgico de cisto radicular. A paciente, de 51 anos, foi submetida à cirurgia para enucleação de uma lesão periapical, radiolúcida, unilocular, em região apical dos dentes 31, 32 e 41. Apesar de as radiografias mais utilizadas no planejamento cirúrgico serem periapicais e panorâmicas, os detalhes obtidos através delas são limitados. Sendo assim, para o planejamento do caso foi solicitada uma TCFC, exame que possibilita a visualização da imagem em profundidade, obtendo cortes nos planos axial, sagital e coronal, o que permitiu detalhar minuciosamente a lesão e os ápices radiculares envolvidos. Após os procedimentos cirúrgicos envolvendo enucleação e apicoplastia, fez-se o preenchimento da cavidade com enxerto bovino e membrana reabsorvível. O resultado do exame histopatológico da lesão foi de cisto radicular. Não houve recidiva da lesão em oito meses de acompanhamento do caso. Concluiu-se que a TCFC é um instrumento complementar de relevância para o diagnóstico e planejamento cirúrgico de enucleação de cisto radicular, uma vez que permite a visualização tridimensional da lesão e detalha as estruturas anatômicas envolvidas, evitando possíveis complicações e aumentando as chances de sucesso. 112 RELATOS DE CASO TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO COMO MÉTODO AUXILIAR NA LOCALIZAÇÃO DE FRAGMENTO DE AGULHA Brenda Neves Barreto, Francielle Silvestre Verner, Maurício Augusto Aquino de Castro, Fabiano Araújo Cunha O tratamento odontológico não está isento de riscos. Acidentes e complicações podem ocorrer durante a execução de procedimentos, como nos casos de fratura da agulha anestésica. Mesmo com o desenvolvimento de agulhas feitas em aço inoxidável flexível, fatores como a movimentação súbita do paciente durante o procedimento, erro na fabricação da agulha ou imperícia profissional ainda podem levar a esse tipo de acidente. Apesar de exames radiográficos convencionais poderem constatar a presença e orientação da agulha, a mensuração e localização exatas do fragmento fraturado em relação às estruturas anexas são limitadas pela sobreposição de estruturas e pela dificuldade de interpretação da realidade tridimensional, baseada em exames bidimensionais. O presente trabalho apresenta um caso de avaliação de fratura de agulha realizada em tomografia computadorizada de feixe cônico, com base na avaliação de cortes ortogonais multiplanares e reconstrução panorâmica. Foi possível realizar a identificação do fragmento, mensurá-lo e localizá-lo em relação às estruturas adjacentes. A TCFC foi um importante instrumento diagnóstico, permitindo a avaliação tridimensional dos tecidos mineralizados e contribuiu para a localização da agulha e para o planejamento terapêutico do caso. 113 RELATOS DE CASO DIAGNÓSTICO POR IMAGEM NO AUXÍLIO DE DIFERENTES CONDIÇÕES ENDODÔNTICAS Bruna Aysha Alves e Silva, Francielle Silvestre Verner, Rafael Binato Junqueira A Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC) permite a representação tridimensional das estruturas, eliminando sobreposições e reproduzindo-as em seu tamanho real. O objetivo será descrever quatro casos clínicos em que a TCFC foi fundamental para o diagnóstico e auxiliou nas possibilidades de plano de tratamento. Primeiro caso: paciente com suspeita de fratura radicular no dente 11, não visível na radiografia periapical. A TCFC, através do corte axial, revelou fratura coronorradicular com separação de fragmentos na altura do limite da inserção óssea. Segundo caso: paciente com suspeita de reabsorção externa do dente 21 visível parcialmente na radiografia periapical. A TCFC evidenciou a localização da reabsorção (face palatina) e sua extensão, demonstrando rompimento da cortical óssea. Terceiro caso: paciente apresentava dens in dente com lesão periapical no dente 13. A TCFC permitiu a visualização da complexidade do sistema de canais, evidenciando a extensão da lesão e presença de rompimento da cortical vestibular. Quarto caso: paciente com fratura coronorradicular do dente 26 visível apenas clinicamente e espessamento do LP. A TCFC permitiu visualizar a extensão da fratura, o canal mesiopalatino não obturado e a presença de lesão periapical associada. Concluiu-se que a TCFC é um importante recurso auxiliar para a prática endodôntica. 114 RELATOS DE CASO TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO COMO EXAME COMPLEMENTAR NO DIAGNÓSTICO DE REABSORÇÕES RADICULARES Lídia de Almeida, Priscila Dias Peyneau, Márcia Gabriella Lino de Barros, Francielle Silvestre Verner, Rafael Binato Junqueira A reabsorção radicular é uma condição associada a um processo fisiológico ou patológico, que tem como resultado a perda de dentina, cemento e/ou osso. Na Endodontia, a tomografia computorizada de feixe cônico (TCFC) é útil para o diagnóstico e plano de tratamento das reabsorções internas e externas, bem como no diagnóstico de anatomias complexas, identificação de lesões periapicais, identificação de canais acessórios e fraturas radiculares. Este estudo tem como objetivo relatar a aplicabilidade clínica da TCFC como método complementar de diagnóstico, por meio da descrição de casos clínicos que apresentaram reabsorções externa, interna e cervical invasiva, associadas a lesões periapicais, rompimento de faces vestibular, palatina, mesial e/ou distal. Concluiu-se que a TCFC permitiu uma visualização precisa das reabsorções, e a reprodução de estruturas em três dimensões é essencial para a tomada de decisão no planejamento clínico e tratamento dos casos. 115 RELATOS DE CASO TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO COMO MEIO DE DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO PARA REMOÇÃO DE CORPO ESTRANHO Guilherme Vanzo, Otacílio Luiz Chagas Junior, Alisson André Robe Fonseca, Tayná M. Inácio de Carvalho, Sergio Lucio Pereira de Castro Lopes A utilização da radiografia panorâmica e da tomografia computadorizada de feixe cônico são comumente utilizados para planejamento de casos cirúrgicos como a extração de terceiros molares. Este trabalho tem como objetivo discutir a importância do exame de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) no processo de localização e remoção cirúrgica de um corpo estranho acidentalmente localizado em região de tecido mole adjacente ao ângulo mandibular. Paciente do sexo feminino, 29 anos de idade, apresentou-se ao programa de pós-graduação de uma instituição de ensino relatando dor, edema e inchaço na região de tecido mole adjacente ao ângulo mandibular direito uma semana após a realização de uma cirurgia de exodontia do dente 48, onde foi utilizada ponta diamantada para a odontosecção deste. Inicialmente, foi solicitada uma radiografia panorâmica, a qual revelou imagem radiopaca e oblonga de aspecto metálico, localizada nas adjacências da região da exodontia prévia. Foi solicitada TCFC, a qual identificou a posição do corpo metálico em tecido mole em região vestibular paramandibular, o qual se tratava de uma ponta diamantada. Com o auxílio dos exames de imagens foi feito o planejamento cirúrgico e posteriormente a remoção cirúrgica da ponta. A paciente relata parestesia que regride progressivamente. Pode-se concluir que a TCFC é um exame de extrema importância para auxiliar no diagnóstico, no planejamento, na localização de corpos estranho e na futura remoção dos mesmos. 116 RELATOS DE CASO CORDOMA DE CLIVUS – RELATO DE CASO AJC Mansmith, JPP Gomes, PH Braz-Silva, ALF Costa Cordoma de clivus é uma lesão consideravelmente rara. Trata-se de um tumor maligno originário de remanescentes embrionários da notocorda, ao redor da qual a coluna vertebral e base do crânio se desenvolvem. Cordomas representam aproximadamente 0,2% de todos os tumores intracranianos, são localmente agressivos e são associados à um diagnóstico pobre devido à tendência à recidiva. No decorrer das décadas, diversas estratégias têm sido discutidas com a finalidade de melhorar a eficácia do tratamento desta lesão. Imagens de ressonância magnética (RM) e tomografia computadorizada (TC) são considerados os métodos de imagem padrão ouro para acessar o grau de destruição óssea e a relação entre o tumor e estruturas adjacentes, como os tecidos moles. O propósito deste relato de caso foi evidenciar a importância da reconstrução e análise volumétrica tridimensional como tentativa de elevar as chances de sucesso no tratamento. Embora haja ainda controvérsia no que diz respeito às melhores abordagens de tratamento, é um consenso na literatura que a ressecção cirúrgica deve ser tão precisa quanto possível. O respeito à margem de segurança cirúrgica é crucial para evitar a recidiva da doença. Este relato de caso demonstra um cordoma de clivus recidivado em seio maxilar, causando dor, inchaço dos tecidos moles incluindo o espaço mastigador e deslocamento do olho direito. A reconstrução 3D foi obtida por meio da segmentação manual, onde o tumor é delineado nos cortes da TC e RM. 117 RELATOS DE CASO DESLOCAMENTO POSTERIOR BILATERAL DO DISCO DA ATM COM REDUÇÃO UNILATERAL: UM RELATO DE CASO Gabriela Dias Prado, Luciana Loyola Dantas, Vanessa Souza Nazaré Guimarães, Marianna Guanaes Torres de Carvalho, Paulo Sérgio Flores Campos Este trabalho consiste num relato de caso de deslocamento posterior bilateral do disco da ATM, com redução apenas para um dos lados. O deslocamento posterior do disco articular, dentre os oito tipos de deslocamento de disco relatados na literatura, é o mais raro e o menos conhecido quanto às características imaginológicas, como a utilização do conceito de redução ou não redução para este tipo de deslocamento. O paciente, cujo caso foi apresentado neste artigo, é do sexo masculino, 25 anos, relata dor e estalido em ambas as articulações e não apresenta, ao exame de ressonância magnética de ATM, alterações degenerativas dos componentes articulares. Visto que para um dos lados, em posição de boca aberta, o disco retoma o posicionamento considerado normal e, para o outro, isto não acontece, faz-se necessário o uso do conceito de redução e não redução também para os deslocamentos posteriores. Sendo assim, este artigo tem como objetivo, além de relatar o presente caso, estabelecer a classificação de presença ou ausência de redução para os deslocamentos posteriores, utilizando a ressonância magnética de ATM como método de diagnóstico. 118 RELATOS DE CASO SULCO PALATOGENGIVAL – RELATO DE CASO CLÍNICO Carolina Cintra Gomes, Helder Fernandes de Oliveira, Rogério Ribeiro de Paiva, Satiro Watanabe, Mayara Barbosa Viandelli Mundim-Picoli Paciente J.M.S, 17 anos, gênero feminino, compareceu à Clínica Odontológica com queixa de mobilidade no elemento 22. Ao exame físico intraoral observou-se dente com coroa hígida, discreto aumento de volume na região periapical e resposta negativa ao estímulo frio. A radiografia periapical mostrou uma ampla área de rarefação óssea periapical envolvendo a região dos dentes 21 e 22 e a porção mesial do dente 23. A tomografia computadorizada de feixe cônico revelou rompimento da cortical vestibular e presença de sulco palatogengival comunicando a polpa com o ligamento periodontal. Realizou-se o tratamento endodôntico prévio para o controle da infecção. Diante da ampla lesão associada, optou-se pela realização de punção aspirativa, com coleta de líquido amarelo-citrino, biópsia excisional da lesão cística, apicectomia e retrobturação. O exame histopatológico revelou a presença de revestimento epitelial e cápsula formada por tecido conjuntivo fibroso, compatível com cisto periapical. Os acompanhamentos sugerem reparo da área afetada. 119 RELATOS DE CASO AVALIAÇÃO DE DENTES RETIDOS POR MEIO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO Beatriz Salomão Porto Alegre Rosa, Beatriz de Carvalho Rocha, George Patrick Sotero Sturzinger, Fábio Ribeiro Guedes, Maria Augusta Portella Guedes Visconti Dentes retidos na arcada dentária são comumente encontrados na rotina da clínica odontológica, principalmente os terceiros molares seguidos dos caninos. Isso pode ocorrer devido à falta de espaço ósseo ou por uma barreira na trajetória de erupção. Com isso, a extração dentária e o tratamento ortodôntico são frequentemente indicados. Para avaliar corretamente os dentes que possuem retenção prolongada ou impactação, utilizase a tomografia computadorizada de feixe cônico como principal exame de escolha. Esse método de imagem permite a avaliação volumétrica das estruturas do complexo maxilofacial, sem sobreposição de imagens, garantindo a avaliação precisa da morfologia e relação dos dentes com as estruturas adjacentes. Diante do exposto, o objetivo nesse estudo foi apresentar uma série de casos clínicos para demonstrar a importância da tomografia computadorizada de feixe cônico na correta avaliação da morfologia e localização de dentes retidos, e como os mesmos se relacionam com as estruturas adjacentes. Conclui-se que, em determinadas situações, a escolha pelo exame mais acurado propicia maior segurança e previsibilidade de sucesso no tratamento proposto. 120 RELATOS DE CASO AVALIAÇÃO DE LESÃO OSTEOLÍTICA PERIAPICAL ASSOCIADA À PÉROLA DE ESMALTE EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO Matheus Barros Costa, Francielle Silvestre Verner, Liana Matos Ferreira, Flávia Maria de M. Ramos-Perez, Helena Aguiar Ribeiro do Nascimento A pérola de esmalte é uma anomalia dentária caracterizada como um pequeno glóbulo de esmalte, contendo um núcleo de dentina, na região de furca ou porção radicular principalmente dos molares. O diagnóstico e acompanhamento dessa anomalia é extremamente importante, visto que é um fator predisponente para a incidência de processos inflamatórios. O objetivo no presente trabalho é relatar o caso do paciente E. T. S., sexo masculino, 46 anos, que realizou radiografias periapicais dos dentes 26 e 27, devido à sintomatologia dolorosa, nas quais foi possível observar imagem radiopaca, com densidade de esmalte e dentina, na região de furca do dente 27, sugestiva de pérola de esmalte, e imagem radiolúcida periapical no dente 27. No entanto, para elaboração do plano de tratamento esse exame mostrou-se limitado. Para melhor avaliação, foi sugerida tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC), na qual verificou-se bifurcação da raiz mesial do dente 27 em mesiovestibular e mesiopalatina, sendo aquela com acentuada dilaceração radicular; presença de pérola de esmalte na região de furca entre as raízes palatina e mesiopalatina; e extensa lesão osteolítica inflamatória periapical, envolvendo as raízes do dente 27, provocando deslocamento superior do assoalho do seio maxilar. Ainda observou-se descontinuidade da tábua óssea palatina na região do dente 27. A TCFC além de permitir a localização exata da pérola de esmalte, possibilitou a avaliação da extensão e limites da lesão adjacente. 121 RELATOS DE CASO ASPECTOS RADIOGRÁFICOS DA SÍNDROME DE GORLIN GOLTZ: UM RELATO DE CASO CLÍNICO Amanda de Oliveira Pacheco, Pollyanna M. Rodrigues Carneiro A Síndrome de Gorlin Goltz (SGG), também conhecida como a Síndrome do Carcinoma Basocelular Nevóide, acontece por uma transmissão autossômica dominante. Tem com uma de suas características principais a manifestação de múltiplos ceratocistos odontogênicos nos ossos maxilares. O diagnóstico precoce e o tratamento imediato, assim como o aconselhamento genético, são primordiais para o portador da síndrome. O paciente P. A. R. M, 13 anos, leucoderma, gênero masculino, compareceu em 2015, para consulta odontológica de manutenção preventiva. Após exame clinico e radiográfico contatou-se a presença de várias imagens radiolúcidas sugestivas de ceratocistos em ambos os maxilares. Diante da hipótese diagnóstica, o paciente foi encaminhado para o CBMF que solicitou o exame de tomografia computadorizada cone beam para melhor avaliação. O paciente foi submetido aos procedimentos cirúrgicos confirmando a hipótese diagnóstica de ceratocistos odontogênicos múltiplos em maxila e mandíbula. Atualmente, o paciente apresenta-se em acompanhamento clínico e imaginológico. Destaca-se a importância de pesquisar junto aos membros da família se há ocorrência de algum caso semelhante para que seja confirmada a referida síndrome. 122 RELATOS DE CASO DIAGNÓSTICO DE CONDROMATOSE SINOVIAL NA ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR POR TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO Ranele Luiza Ferreira Cardoso, Priscila Dias Peyneau, Márcia Gabriella Lino de Barros, Helena Aguiar Ribeiro Nascimento, Francielle Silvestre Verner O objetivo neste trabalho é relatar um caso clínico em que foi sugerido a presença de condromatose sinovial (CS) na articulação temporomandibular (ATM) direita, por tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). A CS é uma metaplasia cartilaginosa, benigna, predominantemente monoarticular, mais comum em grandes articulações e rara na ATM, acomete mais mulheres do que homens, entre a quarta e quinta década de vida e é mais presente na ATM direita. É caracterizada pela formação de corpos livres dentro da cápsula articular, que podem migrar para fora da cápsula para a região da glândula parótida e/ou fossa temporal. A CS pode ter origem primária ou secundária: etiologia desconhecida ou embrionária (1); oriunda de trauma, infecções ou doenças articulares (2). A TCFC é uma das melhores ferramentas para uma avaliação acertada, visto que o diagnóstico de CS é difícil por ser muito confundido com algum desarranjo interno da ATM. No caso em questão pôde-se visualizar corpos livres, calcificados, circunscritos anterior ao processo condilar da ATM direita. Portanto, pode-se concluir que a TCFC possui elevado valor de diagnóstico para diferenciação acurada entre metaplasias e desordens articulares na ATM. 123 RELATOS DE CASO OSTEOMA BENIGNO: SÉRIES DE CASOS Katiusci Pereira Vidal, Francielle Silvestre Verner, Sibele Nascimento de Aquino, Rose Mara Ortega, Maurício Augusto Aquino de Castro Osteoma é um tumor benigno de crescimento lento que se desenvolve a partir do osso compacto maduro ou esponjoso. Nos ossos do crânio é normalmente encontrado na região bucomaxilofacial, principalmente no corpo da mandíbula, apresentando-se como um tumor solitário, unilateral e radiopaco radiograficamente. Tais lesões são geralmente assintomáticas, embora seja passível haver dor, quando com volume aumentado. Sem predileção por gênero, apresenta alta prevalência em indivíduos adultos jovens. O presente estudo descreve uma série de casos de osteoma em mandíbula, detectados por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico. Foram detectados osteomas com diferentes aspectos, volumes e localizações. Em alguns casos houve dificuldade para o diagnóstico diferencial com outras alterações, principalmente quando em osso esponjoso. A variabilidade das lesões apresentadas ressalta a importância do diagnóstico diferencial destas lesões, para a determinação da conduta terapêutica adequada, conservadora ou invasiva. A tomografia computadorizada de feixe cônico contribuiu decisivamente para o estabelecimento do diagnóstico diferencial e para o planejamento de procedimentos terapêuticos, principalmente para a localização tridimensional dos osteomas e das estruturas vitais adjacentes. Palavras chaves: osteoma, terapêutica, mandíbula, neoplasias ósseas. 124 RELATOS DE CASO INTRUSÃO DE DENTE DECÍDUO COM APARECIMENTO DA RAIZ NA FOSSA NASAL: RELATO DE CASO CLÍNICO Maristela Junqueira Maciel Dias, Isabella Pereira Marques, Monikelly Nascimento, Anne Caroline Costa Oenning, Jandilaine Graciolli Este trabalho tem por objetivo o relato de um caso clínico de um paciente de 8 anos, sexo feminino, feoderma, com a ocorrência de um traumatismo dentoalveolar. De acordo com o relato da mãe, o trauma ocorreu quando a paciente tinha, aproximadamente, 3 anos e 8 meses, devido à uma queda. Ao exame clínico extrabucal, observou-se que o ápice radicular do dente 61 encontrava-se na fossa nasal esquerda, à inspeção intraoral não havia nenhum sinal clínico. O dente 21 erupcionou levemente girovertido apresentando hipoplasia de esmalte. Realizou-se exame radiográfico utilizando a técnica da bissetriz para a confecção da radiografia periapical. Foi realizado também tomografia computadorizada de Feixe Cônico o que nortearia a posição correta do elemento dentário e a escolha da melhor técnica cirúrgica para a remoção do mesmo. A técnica anestésica foi a terminal infiltrativa na região vestibular do dente 21 e bloqueio regional do nervo nasopalatino, utilizando o anestésico local cloridrato de lidocaína a 2% associado a epinefrina 1:100.000. Foi realizada uma incisão semilunar na região vestibular próximo ao freio labial. Após sete dias foi retirada a sutura e não foi detectado nenhuma anormalidade quanto à cicatrização. Baseado na Escala de Avaliação do Comportamento da Criança durante o Tratamento Dentário, o comportamento da paciente foi classificado como definitivamente positivo, o que contribui para o sucesso da cirurgia. 125 RELATOS DE CASO OSTEOMA DO PROCESSO CORONOIDE DA MANDÍBULA Juliana de L. Fernandes, Bartolomeu Santos Sobral, Luciana Cardoso Fonseca, Paulo Sérgio Flores Campos O osteoma é uma lesão composta de osso compacto ou trabecular, considerada ora neoplasia benigna, ora hamartoma. Em sua predominância, envolvem o esqueleto craniofacial e é raramente diagnosticado em outros ossos. É uma condição de crescimento lento, geralmente assintomática, pode ser solitária ou múltipla, e pode ocorrer em um único ou em vários ossos. Este é um relato de caso de osteoma unilateral, localizado no processo coronoide do lado esquerdo da mandíbula de uma paciente do sexo feminino, quarta década de vida, assintomática. 126 RELATOS DE CASO ALTERAÇÕES ATÍPICAS DE DISPLASIA FIBROSA DIAGNOSTICADAS EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO – RELATO DE CASO Maryana Saraiva Ferreira, Fabiano Araújo Cunha, Francielle Silvestre Verner, Maurício Augusto Aquino de Castro Displasia fibrosa é uma condição congênita, benigna, recidivante, de etiologia desconhecida. É caracterizada por substituição de osso normal por tecido conjuntivo fibroso, entremeado por trabéculas ósseas irregulares. Nos maxilares, podem causar aumento de volume indolor e deformidade do processo alveolar, deslocamento do assoalho do seio maxilar e retenção ou deslocamento dentário. Pode afetar apenas um osso (monostótica - 80 a 85% dos casos), ou envolver múltiplos ossos (poliostótica). Homens e mulheres são afetados com igual frequência, mormente na segunda década de vida. Sua detecção se dá primordialmente em exames por imagem. Sua localização, a determinação de seus limites e a avaliação dos efeitos secundários são otimizadas quando realizadas em exames tomográficos, tendo em vista as limitações impostas pela bidimensionalidade dos exames radiográficos convencionais. O presente trabalho apresenta um caso de paciente do gênero masculino, dez anos, leucoderma, com Displasia Fibrosa estendendo-se da face distal do germe do dente 23 à região perirradicular do dente 27, preservando corticais. Foram detectados aumento de volume do processo alveolar, agenesia dos dentes 24 e 25 e anomalia de forma dos dentes 64, 65 e 26 (taurodontia). As alterações secundárias detectadas não são comumente descritas em casos de displasia fibrosa. Seu diagnóstico foi aprimorado pela avaliação tridimensional em tomografia computadorizada de feixe cônico. 127 RELATOS DE CASO ASPECTOS IMAGINOLÓGICOS DE ALTERAÇÕES ÓSSEAS MANDIBULARES POR USO CONTÍNUO DE BISFOSFONATOS – RELATO DE CASO Karla Machado de Andrade, Lilian Azevedo de Souza, Jesca Neftali Nogueira Silva, Rafael Binato Junqueira, Francielle Silvestre Verner O presente trabalho terá como objetivo descrever um caso clínico acerca da alteração da densidade óssea na mandíbula, em função da paciente ser usuário de bisfosfonatos. Paciente O. P. J., sexo feminino, melanoderma, 84 anos, procurou atendimento na clínica de Estomatologia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF-GV), e durante a anamnese, queixou-se de dor em região gnática e reportou ser usuária de ácido zolendrônico. Após exame físico, optou-se pela realização de radiografias periapical e panorâmica, as quais apontaram uma alteração da densidade óssea inespecífica, e, posteriormente, para melhor avaliação e diagnóstico, solicitou-se tomografia computadorizada de feixe cônico, em que, por meio da análise criteriosa da s reconstruções multiplanares, panorâmica e parassagitais, constatou-se uma degeneração óssea generalizada. A partir da história clínica pregressa e exame imaginológico chegouse a conclusão que a paciente apresentava alterações ósseas associadas ao uso prolongado de bisfosfonatos. Com base nos achados do presente caso ressalta-se a importância de alertar os cirurgiões-dentistas sobre os aspectos imaginológicos das alterações ósseas causadas por bisfosfonatos na região bucomaxilofacial, uma vez que estas podem influenciar no prognóstico de diversas intervenções odontológicas e/ou estar associadas a outras manifestações sistêmicas. 128 RELATOS DE CASO TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO COMO MÉTODO AUXILIAR NA DETECÇÃO DE DENTES SUPRANUMERÁRIOS FUSIONADOS Marina Figueiredo Mendes Silva, Priscila Dias Peyneau, Rafael Binato Junqueira, Maurício Augusto Aquino de Castro, Francielle Silvestre Verner As anomalias dentárias de número e de morfologia, como dentes supranumerários e fusão, resultam de problemas no estágio de iniciação ou de maturação da lâmina dentária durante a odontogênese. Mesmo sendo rara a erupção de elementos supranumerários, sua identificação e diagnóstico são de suma importância a fim de prevenir complicações como infecções, desenvolvimento de cistos, reabsorções radiculares de dentes adjacentes e auxiliar em exodontias. Em decorrência de um grande percentual de dentes supranumerários não irrompidos serem assintomáticos, exames complementares por imagem são indicados para detectar tais anomalias, com destaque para a tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). O presente estudo tem como objetivo descrever o caso de paciente E. M. J. do sexo feminino, 29 anos, assintomático, que realizou exame de TCFC para avaliação de dente supranumerário na região dos dentes 35/34. A partir das imagens de TCFC observou-se fusão de dois elementos supranumerários de localização inclinada no rebordo alveolar, na região dos dentes 34 e 35, com ápice radicular localizado próximo à base da mandíbula inclinado para a lingual, com a porção mesial da coroa localizada na face lingual, a porção média localizada no centro do rebordo alveolar e porção distal localizada na face vestibular. Verificou-se também íntimo contato do elemento supranumerário fusionado com os dentes 34 e 35, causando reabsorção externa no dente 35. A partir do relato de caso, concluiu-se que a TCFC é um excelente método por imagem para detectar e detalhar o diagnóstico de elementos supranumerários, devido à sua característica tridimensional, possibilitando a localização exata e relação com estruturas anatômicas adjacentes. 129 RELATOS DE CASO ASPECTOS IMAGINOLÓGICOS DAS ALTERAÇÕES ÓSSEAS NOS MAXILARES POR MEIO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO Hugo Angelo Gomes de Oliveira, Lia Pontes Arruda Porto, Maria Luiza dos Anjos Pontual, Flávia Maria de Moraes Ramos Perez, Andrea dos Anjos Pontual As infecções odontogênicas representam um problema clínico comum em pacientes de todas as idades, resultando em alterações restritas ao periápice ou que podem se estender para áreas maiores do osso. Portanto, o objetivo deste trabalho é apresentar casos de aspectos tomográficos dessas alterações. O abscesso periapical crônico é comumente visualizado como uma imagem hipodensa e mal delimitada localizada no periápice de um dente com suspeita de necrose pulpar. O granuloma periapical e o cisto radicular são sugeridos em imagens hipodensas, uniloculares, bem delimitadas, com ou sem halo hiperdenso, envolvendo o ápice dentário onde a lâmina dura foi perdida. Já a osteomielite é um processo inflamatório agudo ou crônico que se disseminou através do osso, longe do sítio de envolvimento inicial. Envolve mais comumente a mandíbula, onde se observam imagens hipodensas e mal delimitadas na osteomielite supurativa aguda, sequestros ósseos na osteomielite supurativa crônica, hiperdensas e com espessamento de cortical na osteomielite esclerosante crônica difusa, hiperdensas e bem delimitadas na osteomielite esclerosante crônica focal e com periostite proliferativa na osteomielite de Garré. Desta forma, a tomografia computadorizada de feixe cônico possui importante papel na identificação da origem da infecção e na extensão da disseminação da doença, contribuindo para o correto planejamento do tratamento, sobretudo nos casos de osteomielite 130 RELATOS DE CASO A IMPORTÂNCIA DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO NA AVALIAÇÃO DOS SEIOS PARANASAIS Hugo Angelo Gomes de Oliveira, Murilo Miranda V. Viana, Maria Luiza dos Anjos Pontual, Flávia Maria de Moraes Ramos Perez, Andrea dos Anjos Pontual Os seios paranasais são cavidades preenchidas por ar que compõem o complexo craniofacial, compreendendo os seios frontal, esfenoidal, etmoidal e maxilares. Destes, os seios maxilares são de grande importância para o cirurgião-dentista devido à íntima relação com as estruturas dentárias. Consequentemente, é comum a ocorrência de alterações causadas por processos inflamatórios e tratamentos odontológicos. A tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC), por ser um exame bastante solicitado na Odontologia, é capaz de mostrar a presença de achados incidentais nesta região frequentemente. São comuns os espessamentos de mucosa, decorrentes de alterações odontogênicas e com menor frequência, a presença de fragmentos radicular es, implantes dentários e materiais endodônticos. Dessa forma, o objetivo neste trabalho é apresentar uma série de achados incidentais nos seios maxilares em TCFC, decorrentes de alterações de origem odontogênica e de tratamentos odontológicos. Conclui-se que a TCFC provê informações adicionais da maxila, especialmente dos seios maxilares, os quais são estruturas de relevância clínica para o cirurgião-dentista, de modo a contribuir para um planejamento do tratamento e terapêutica adequados. 131 RELATOS DE CASO A TCFC NO DIAGNÓSTICO DAS CALCIFICAÇÕES IDIOPÁTICAS NA REGIÃO DE CABEÇA E PESCOÇO: UM RELATO DE CASO CLÍNICO Hugo Angelo Gomes de Oliveira, Maria Luiza dos Anjos Pontual, Flávia Maria de Moraes Ramos Perez, Andrea dos Anjos Pontual As calcificações idiopáticas ocorrem por deposição de cálcio em tecidos moles normais. Flebólitos são calcificações idiopáticas nos trombos venosos, resultados de lesão da parede de veias e são comuns em regiões pélvicas, na região de cabeça e pescoço, são raras e acometem pacientes que possuam problemas vasculares e estão normalmente associados a hemangiomas. O objetivo neste trabalho é apresentar os aspectos tomográficos de um caso de flebólito. Paciente A. L. N., masculino, 68 anos, compareceu à clínica de Radiologia da UFPE para a execução de radiografia panorâmica para avaliação de perdas dentárias. Foi possível observar a presença de uma imagem radiopaca de limites bem definidos, localizada na região de tecido mole cervical, entre ângulo mandibular do lado direito e o osso hioide. Sugeriu-se uma tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) para melhor precisão de diagnóstico. Observouse a presença de três hiperdensidades ovaladas, com a porção central hipodensa, conferindo aspecto de “alvo”, localizadas no tecido mole, por vestibular em relação à região de ângulo do lado direito da mandíbula, com o de maior dimensão apresentando 20,44 mm em seu maior de diâmetro. Conclui-se que as radiopacidades em tecidos moles da região de cabeça e pescoço são achados comuns nas radiografias odontológicas, sendo assintomáticas na maioria dos casos. Em alguns casos, a dificuldade na identificação das calcificações exige a execução de técnicas radiográficas apropriadas como a TCFC. 132 RELATOS DE CASO A OSTEORRADIONECROSE POR MEIO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO: UM RELATO DE CASO Hugo Angelo Gomes de Oliveira, Maria Luiza dos Anjos Pontual, Flávia Maria de Moraes Ramos Perez, Andrea dos Anjos Pontual A osteorradionecrose (ORN) é caracterizada como um dos efeitos adversos tardios da radioterapia e uma das mais temidas complicações orais da radioterapia para neoplasias da cabeça e pescoço. A mandíbula é a estrutura mais afetada, não somente pela sua densa configuração óssea como pelo seu tipo de suprimento sanguíneo. Dependendo da localização e extensão da lesão, pode ter consequências graves que variam desde dor severa a fístulas e fraturas patológica. O objetivo do trabalho é apresentar os aspectos imaginológicos da ORN por meio de um relato de caso clínico. Paciente G. R. S., sexo masculino, 49 anos, com história de tratamento de carcinoma epidermoide na margem lateral direita da língua em 2007 e com complicação para ORN após exodontia em 2014, foi encaminhado à clínica de Radiologia Odontológica da UFPE para exame de TCFC. Nas reconstruções panorâmica, parassagitais, axiais, coronais e tridimensionais, foi observada uma irregularidade e hipodensidade do rebordo mandibular de ambos os lados, com solução de continuidade e reação periosteal na margem inferior da região posterior de corpo do lado direito da mandíbula. Adicionalmente, foram detectadas calcificações da artéria carótida e da cartilagem tritícea do lado direito. Concluiu-se que a ORN apresenta características imaginológicas de necrose do tecido ósseo em exames de TCFC, sendo a fratura patológica um dos achados. 133 RELATOS DE CASO A TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO NO DIAGNÓSTICO DAS DISPLASIAS CEMENTO-ÓSSEAS Hugo Angelo Gomes de Oliveira, Jackeline Mayara I. Magalhães, Maria Luiza dos Anjos Pontual, Flávia Maria de Moraes Ramos Perez, Andrea dos Anjos Pontual As displasias cemento-ósseas (DCO) são lesões idiopáticas, não-neoplásicas, assintomáticas, localizadas nas áreas de suporte dos dentes ou no processo alveolar edêntulo dos maxilares, sendo frequentemente vista em mulheres de raça negra e de meia idade. Esse estudo tem objetivo de apresentar uma série de casos de DCO, visualizado em imagens de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). As DCO podem ser classificadas nas formas focal, periapical e florida, as quais são diferenciadas por meio de imagens e na extensão das regiões afetadas. A DCO periapical ocorre na região periapical anterior, envolvendo apenas a porção apical de dois ou mais dentes vitais e inicialmente apresenta-se como múltiplas lesões radiolúcidas circunscritas, que com o tempo, podem coalescer e tornarem-se radiopacas. A DCO focal é uma lesão solitária que ocorre nas áreas de suporte dos dentes ou em áreas edêntulas em quadrante posterior. A DCO florida apresenta-se como múltiplas massas escleróticas, localizadas em dois ou mais quadrantes. A TCFC, devido a sua habilidade de fornecer imagens multiplanares, torna-se útil na avaliação e diagnóstico diferencial destes tipos de lesões. Ademais, com o seu uso no diagnóstico dessas patologias, foram evidenciados novos achados imaginológicos, como abaulamento, adelgaçamento e até destruição de corticais. A avaliação através da TCFC é fundamental para o diagnóstico com o intuito de não gerar falsos diagnósticos e, consequentemente, tratamentos inadequados. 134 RELATOS DE CASO DIAGNÓSTICO DA DISPLASIA FIBROSA ATRAVÉS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO: RELATO DE CASO CLÍNICO Hugo Angelo Gomes de Oliveira, Ana Sofia Vieira dos Santos, Maria Luiza dos Anjos Pontual, Flávia Maria de Moraes Ramos Perez, Andrea dos Anjos Pontual A displasia fibrosa é considerada uma anomalia benigna do desenvolvimento na qual a cavidade medular é substituída por tecido fibroso. Pode ser dividida em dois grupos: monostótica – quando acomete apenas um osso ou em ossos contíguos – ou poliostótica – ao envolver mais de um osso. Ambas formas, ocorrem mais frequentemente em crianças e adultos jovens, sendo a região a região craniofacial, maxila e mandíbula, um importante sítio de acometimento. Dentre os métodos de imagem, a tomografia computadorizada tem sido o mais utilizado para demonstrar a extensão e a densidade sendo de fundamental importância no planejamento cirúrgico. O objetivo no presente estudo é apresentar os aspectos imaginológicos da displasia fibrosa monostótica por meio de um relato de caso. Paciente do sexo feminino, 26 anos e assintomática, apresentava aumento de volume do terço inferior do lado direito da face. A tomografia computadorizada de feixe cônico mostrou alteração do padrão do trabeculado ósseo, com hiperdensidade da região de sínfise, corpo, ângulo e ramo ascendente do lado direito da mandíbula. Verificou-se ainda, aumento do volume da região de corpo diminuição do diâmetro e deslocamento superior do canal mandibular. A hipótese de diagnóstico de displasia fibrosa foi confirmada por meio de exame histopatológico. 135 RELATOS DE CASO IMPORTÂNCIA DO EXAME POR IMAGEM NO PLANEJAMENTO CIRÚRGICO DAS COMPLICAÇÕES DE EXODONTIA DE TERCEIROS MOLARES SUPERIORES Roberta Candido Gaiao Lino, Fernando Freire, Michelle Benicio Araujo Independente do nível de habilidade profissional, exigido em um procedimento, cabe ao cirurgião dentista estar devidamente preparado para lidar frente as possíveis intercorrências. neste caso, manobras clinicas mal planejadas podem produzir lesões maiores ao paciente e o devido diagnostico, associado ao diagnóstico de imagem se faz imprescindível para um planejamento cirúrgico de precisão e eficácia. Este trabalho tem como objetivo o relato de um caso clínico de uma complicação de uma exodontia de terceiro molar superior direito deslocado para fossa infratemporal ipsilateral. Paciente de sexo masculino, exodontia de terceiro molar superior (18). Houve por imperícia do profissional executante, o deslocamento do terceiro molar para fossa infratemporal ipsilateral. o mesmo encaminhou o paciente ao departamento de cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial do hospital cidade jardim em caráter de urgência com hipótese diagnostica de deslocamento dentário para o seio maxilar, em exame pela equipe de CTBMF por meio de exames por imagem, observou-se que o mesmo apresentava deslocado para a fossa infratemporal ipsilateral. foi solicitado uma TC de face para localização e planejamento cirúrgico para a remoção do dente 18, paciente com follow-up de cinco anos com boa evolução. conclusão; independente do procedimento a ser realizado intercorrências podem acontecer, mas o adequado diagnostico por imagens se faz imprescindível para um planejamento efetivo no tratamento de complicações. 136 RELATOS DE CASO AVALIAÇÃO DE ODONTOMA COMPOSTO POR TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO: SÉRIE DE CASOS Rúbia Rogel Martins, Priscila Dias Peyneau, Márcia Gabriella Lino de Barros, Rafael Binato Junqueira, Francielle Silvestre Verner Os odontomas compostos (OC) se originam de uma proliferação exagerada da lâmina dentária formando estruturas semelhantes a dentículos. São diagnosticados mais comumente em exame radiográfico de rotina ou quando se investiga o atraso na esfoliação de dentes decíduos ou posição ectópica dos dentes permanentes. O objetivo deste estudo é apresentar uma série de casos de OC, nos quais a tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) foi realizada para melhor avaliação e planejamento de tratamento. Caso 1: Paciente G. G. P. S., 16 anos, sexo masculino, apresentando retenção prologada do dente 62, OC acima do dente 62 causando a impacção do dente 22, que encontra-se retido em posição ectópica, horizontal e em íntimo contato com a cavidade nasal e seio maxilar. Caso 2: Paciente L. P. F, 14 anos, sexo feminino apresentando OC adjacente à coroa do dente 44, que encontra-se retido, distoinclinado e com dilaceração radicular apical. Caso 3: Paciente V. G. C. L., 24 anos, sexo masculino, apresentando retenção prolongada do dente 83, OC abaixo do dente 83, causando deslocamento da raiz da do dente 42 e dente 43 retido em posição ectópica, horizontal, adjacente à base da mandíbula. Caso 4: Paciente T. F. A. G., 15 anos, com retenção prolongada do dente 73 e com OC adjacente à coroa do dente 33 retido. A TCFC permitiu avaliação acurada de todos os casos, aumentando a previsibilidade do planejamento de tratamento. 137 RELATOS DE CASO DESENVOLVIMENTO DE UM DISPOSITIVO PARA PROTEÇÃO DE PLACAS DE FÓSFORO INTRAORAIS Graziela de Moura, Priscila Fernanda da Silveira Tiecher, Nadia Assein Arús, Mariana Boessio Vizzotto, Heraldo Luis Dias da Silveira O serviço de radiologia da faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) iniciou no primeiro semestre de 2018 a implantação do sistema digital indireto intraoral de placas de fósforo. A possibilidade de redução da dose de radiação para o paciente, sem redução na qualidade de diagnóstico, a ausência do processo de revelação química, a durabilidade da placa e sua reutilização sem perda de qualidade são fatores que indicam seu uso em instituições de ensino. No entanto, ao longo do semestre, foi constatado a facilidade da ocorrência de danos físicos às placas durante o atendimento aos pacientes, principalmente quando utilizada a técnica da bissetriz. Mordidas, dobras e arranhões nas placas podem gerar artefatos na imagem e muitas vezes inutilizam o dispositivo permanentemente. Embora a técnica preconizada seja a do paralelismo com uso de posicionadores, a técnica da bissetriz apresenta indicação clínica e, em determinadas situações se torna a última ou a única possibilidade de obtenção da radiografia, sendo de fundamental importância o seu ensino. Com o objetivo de reduzir a perda do receptor de imagem, foram confeccionados dispositivos protetores bilaterais com placas de PVC (Polyvinyl chloride) cristal para plastificadora a vácuo, na espessura de 0,75 mm a fim de proteger a placa de fósforo, sem alterar a imagem, a dose de exposição e no menor volume possível. Após a utilização em pacientes verificou-se que o protetor proporciona conforto e, ao mesmo tempo, proteção das placas de fósforo contra danos físicos, contribuindo, assim, para sua maior vida útil. 138 RELATOS DE CASO UTILIZAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA CONE BEAM NO DIAGNÓSTICO DE UM CASO CLÍNICO DE DOR DIFUSA DE ORIGEM ENDODÔNTICA André Luiz da Costa Michelotto, Maria Carolina Lucato Budziak, Angela Toshie Araki, Antônio Batista O objetivo do presente trabalho foi apresentar um caso clínico onde o paciente procurou atendimento no período da manhã se queixando de dor espontânea, latejante, exacerbada ao frio e calor, na região inferior direita. A suspeita estava entre os dentes 46 e 47. Ao teste de sensibilidade pulpar ambos os dentes responderam positivamente e a dor cessou assim que o estímulo foi removido. Ao exame clínico-radiográfico observou-se que os dentes apresentavam restaurações profundas, porém sem infiltração. O diagnóstico foi de pulpite irreversível sem zonas de necrose. Na impossibilidade de se localizar o dente causador do quadro álgico o paciente foi encaminhado para a realização de uma tomografia computadorizada cone beam. O resultado mostrou a presença de uma rarefação óssea na região apical do dente 47, em função da reação inflamatória pulpar. No período da tarde foi realizada a cavidade de acesso, preparo e medicação dos canais com pasta de hidróxido de cálcio. À noite o paciente relatou que a dor cessou, não precisando tomar nenhuma medicação analgésica. O presente caso mostrou que a tomografia computadorizada cone beam foi um importante método de diagnóstico em caso de pulpite onde não se localiza o dente causador do quadro álgico. 139 RELATOS DE CASO AVALIAÇÃO PRÉ-CIRÚRGICA PARA EXODONTIA DE TERCEIROS MOLARES POR MEIO DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO Roberta Nascimento Furbino, Carlos Eduardo Pinto de Alcântara, Francielle Silvestre Verner, Valdir Cabral Andrade, Maurício Augusto Aquino de Castro A tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) é um valioso recurso imaginológico para o diagnóstico e planejamento de casos. Suas principais vantagens estão relacionadas com a menor dose de radiação em relação à tomografia computadorizada médica, simplicidade técnica e fornecimento de cortes multiplanares e imagem tridimensional detalhada. No planejamento cirúrgico para exodontia de terceiros molares, caso a radiografia panorâmica não seja eficaz para a tomada de decisão, a TCFC é indicada para avaliação tridimensional da anatomia dos dentes em questão, sua localização e relação com as estruturas adjacentes. O presente trabalho teve como objetivo apresentar uma série de casos em que se utilizou a TCFC no planejamento préoperatório de exodontias de terceiros molares. Os casos ilustram variadas situações que ofereciam risco de injúrias ao paciente durante os atos cirúrgicos, relacionados com a variabilidade anatômica dos dentes, com a localização em sítios de difícil acesso cirúrgico ou com íntima relação de proximidade com estruturas nobres adjacentes, notadamente os canais mandibulares e seios maxilares. A maior acurácia diagnóstica da TCFC contribuiu para aumentar a previsibilidade dos riscos durante os procedimentos para exodontia dos terceiros molares, aprimorando o planejamento cirúrgico. Observou-se a relevância da TCFC como recurso diagnóstico, ressaltando-se a importância de sua correta indicação. 140 RELATOS DE CASO AMELOBASTOMA: RELATO DE CASO-RECIDIVA CA Lobo, JR Mikami, RG Dorta, VAN Ferreira, VAM Montalli O ameloblastoma classifica-se como um tumor de origem epitelial apresentando um crescimento lento, infiltrativo e expansivo, possuindo padrões histológicos que tendem a se infiltrar por entre os trabeculares ósseos adjacentes a lesão, tornando-se um tumor de alto potencial de recidiva. Relata-se um caso clinico, que recidivou pela terceira vez, em um período de 19 anos. Paciente do sexo masculino, compareceu ao serviço, relatando como queixa principal “o tumor já apareceu novamente”, observou-se aumento de volume lado direito com assimetria facial, indolor. Ao exame histopatológico foi observado fragmento de mucosa revestida por tecido epitelial pavimentoso estratificado paraqueratinizado exibindo na lâmina própria, subjacente ao epitélio de revestimento e que se estende a profundidade, neoplasia epitelial de origem odontogênica apresentando padrões ora folicular, ora plexiforme, bem como, com áreas acantomatosas. Ao exame tomográfico observou-se a presença de extensa área hipodensa multilocular em região de corpo de mandíbula, com expansão e reabsorção das corticais vestibular e lingual, que se estende da UD. 47 a UD. 41, além de discreta reabsorção óssea na região de processo alveolar em corpo de mandíbula. O objetivo deste trabalho e demostrar o potencial de recidiva do ameloblastoma, independente da abordagem, frente a diferentes tipos de tratamento, ressaltando a importância e imprescindível controle pós-operatório, após o diagnóstico e plano de tratamento realizado. 141 RELATOS DE CASO DIAGNÓSTICO POR IMAGEM DE OSTEOSSARCOMA EM CÔNDILO MANDIBULAR: RELATO DE CASO Camilla Siqueira de Aguiar, Rodrigo H. M. V. A. de Melo, Victor L. M. V. A. de Melo, Marcela C. R. Fernandes, Ricardo E. V. A. de Melo Conhecido também como sarcoma osteogênico, o osteossarcoma é o tumor ósseo maligno primário mais comum em crianças e adolescentes, com pico de incidência entre a 2ª e 3ª décadas de vida. Os locais mais frequentes em que esse tipo de câncer afeta são o fêmur e o joelho, 5 % destes ocorrem nos maxilares. Meninos e meninas têm uma incidência similar desse tumor até o final da adolescência, época em que o sexo masculino começa a predominar no diagnóstico da doença. A causa específica do osteossarcoma ainda não é conhecida. Este presente trabalho tem como objetivo o relatar os achados radiográficos da hipótese diagnóstica de osteossarcoma em côndilo mandibular. Paciente gênero masculino, 26 anos, procurou o Ambulatório de CTBMF da UFPE queixando-se de um aumento de volume na região mandibular direita. Ao exame clínico observou-se uma assimetria facial pela expansão da área, com crescimento rápido. Ao exame de tomografia volumétrica de feixes cônicos, apresentou uma imagem compatível com destruição óssea e formação de osso anormal na região, cortical externa com evidente radiopacidade semelhante a raios de sol, sugestiva de osteossarcoma. Foi solicitado um exame de cintilografia óssea com contraste ao paciente para observar as dimensões da lesão. Encaminhado ao bloco cirúrgico, o paciente foi submetido a hemimandibulectomia. Definições mais precisas dos osteossarcomas que atingem os maxilares são importantes para realização do diagnóstico prévio e maior sobrevida do indivíduo. 142 RELATOS DE CASO EXOSTOSE MAXILAR INCOMUM: ESTUDO RADIOGRÁFICO Ana Luísa Machado Batista, Felipe Paiva Fonseca, Cláudia Borges Brasileiro, Roselaine Moreira Coelho Milagres, Tânia Mara Pimenta Amaral Exostoses são protuberâncias ósseas localizadas que se originam da cortical óssea e, em raras ocasiões, uma exostose pode tornar-se tão grande que é difícil diferenciá-la de um tumor, como um osteoma. A paciente M. C. G. B., sexo feminino, 68 anos, compareceu à clínica de Patologia, Estomatologia, e Radiologia II da FO-UFMG queixando-se de uma tumefação na região de molares bilateral em maxila, que se iniciou há dois anos, assintomático. Ao exame clínico intraoral foi constatado um aumento de volume na região posterior de maxila, endurecido, e com a região de túber da maxila coloração semelhante a mucosa bilateralmente. A paciente foi encaminhada para realização de radiografia panorâmica, periapical e tomografia computadoriza da de feixes cônicos. Na radiografia panorâmica observa-se áreas discretamente radiopacas com limites indefinidos na região de molares superiores. Nas radiografias periapicais visualiza-se imagens radiopacas, homogêneas, de bordas definidas, ovaladas, entremeadas ao trabeculado ósseo, na região posterior de maxila bilateralmente, sugestivas de esclerose óssea idiopática. No exame tomográfico visualiza-se aumento de volume na região posterior de maxila direita e esquerda e projeção óssea com contornos curvilíneos. As corticais ósseas apresentam-se espessadas, principalmente por palatina e nota-se um trabeculado ósseo dentro dos padrões de normalidade, sugestivo de exostose. O diagnóstico final foi de exostose, e a paciente se encontra em acompanhamento. 143 RELATOS DE CASO ASPECTO ÓSSEO PÓS TRATAMENTO ENDODÔNTICO DE LESÃO CÍSTICA NA REGIÃO ANTERIOR DE MANDÍBULA Camilla Siqueira de Aguiar, Rodrigo H. M. V. A. de Melo, Victor L. M. V. A. de Melo, Marcela C. R. Fernandes, Ricardo E. V. A. de Melo Os cistos inflamatórios periapicais representam uma considerável parcela na distribuição epidemiológica daqueles categorizados como odontogênicos. Estudos mostram que no mundo inteiro cerca de 84% dos cistos que acometem a região maxilo facial são inflamatórios periapicais. Seu diagnóstico é realizado pela associação entre o exame clínico, imaginológico e histopatológico. a terapêutica dessas lesões compreende desde o tratamento endodôntico dos dentes envolvidos até a sua enucleação cirúrgica. O presente trabalho enfatiza o processo de cicatrização de uma lesão osteolítica localizada na região anterior de mandíbula sugestiva de cisto inflamatório, que se estendia do elemento 33 ao 43, e que houve uma resposta favorável ao tratamento endodôntico convencional, não necessitando de intervenção cirúrgica. Pôde-se obter um diagnóstico clínico de cisto periapical infamatório, devido à realização de uma punção no local. A regressão dos cistos radiculares indica o desencadeamento de reações teciduais de natureza imunopatológica e inflamatória. A cura da lesão é um processo dinâmico que exige um tempo considerável, e irá definir se a escolha da terapêutica foi adequada. 144 RELATOS DE CASO ASPECTOS IMAGINOLÓGICOS E CLÍNICOS APRESENTADOS POR UM QUERATOCISTO EM MAXILA Camilla Siqueira de Aguiar, Milena M. V. A. de M. Pinheiro, Victor L. M. V. A. de Melo, Marcela C. R. Fernandes, Ricardo E. V. A. de Melo Os ceratocistos odontogênicos são mais comuns entre 10 e 40 anos, mais prevalente em homens. Essas lesões são normalmente assintomáticas, raramente há expansão óssea, mesmo nas lesões de grandes extensões. Radiograficamente a lesão é caracterizada por uma imagem radiolúcida, com margens regulares e limites bem definidos. O objetivo é relatar os aspectos radiográficos de um ceratocisto em região posterior de maxila com invasão sinusal. Paciente gênero feminino, 52 anos, compareceu ao Ambulatório de CTBMF relatando presença de secreção purulenta adjacente ao dente 27, além de cefaleia constante e dor intensa a aproximadamente cinco anos. Ao exame clínico apresentou aumento de volume na região de tuberosidade esquerda, comunicação bucossinusal, dor a palpação e hálito fétido. Radiografia panorâmica dos maxilares revelou uma imagem radiolúcida, unilocular, de limites bem definidos, localizada na região posterior de maxila do lado esquerdo a qual se difundia para dentro do seio maxilar. Dentro do seio, a lesão apresentou uma imagem de baixa densidade, corticalizada, aspecto nodular e que ocupava quase toda extensão do assoalho. Imagens adicionais de tomografia computadorizada confirmaram os aspectos imaginológicos encontrados na radiografia panorâmica além de melhor delimitar a lesão para fins cirúrgicos. É necessária uma boa anamnese, dispor dos exames complementares e um correto manejo do Cirurgião Dentista para melhor diagnóstico e tratamento da patologia. 145 RELATOS DE CASO ASPECTO IMAGINOLÓGICO DE QUERATOCISTO DE MANDÍBULA POR DESCOMPRESSÃO Camilla Siqueira de Aguiar, Milena M. V. A. de M. Pinheiro, Victor L. M. V. A. de Melo, Marcela C. R. Fernandes, Ricardo E. V. A. de Melo O queratocisto odontogênico é uma lesão que apresenta comportamento clínico e aspectos microscópicos específicos. Tem maior predileção na segunda e terceira décadas de vida, sendo mais prevalente na região mandibular posterior e mais frequente no gênero masculino. O tratamento pode ser constituído de descompressão, marsupialização e enucleação, a escarificação procedimentos auxiliares algumas vezes adotados, já que esta lesão possui altas taxas de recidiva. O objetivo do trabalho é relatar os aspectos clínicos e radiográficos de um queratocisto em região de ângulo e ramo mandibular direito. Paciente do gênero masculino, 26 anos, procurou o Ambulatório de CTBMF da UFPE queixando-se de um aumento de volume na região de ângulo e ramo mandibular direito sem sintomatologia dolorosa. Ao exame imaginológico apresentou uma imagem radiolúcida unilocular de aproximadamente 2,5 cm X 4 cm, de limites bem definidos, localizada na região retromolar direita. Ao exame cintilográfico de face e esqueleto, observou-se uma imagem de hipercaptação limitada a região posterior de mandíbula. Diante da extensão da lesão o tratamento de escolha foi o cirúrgico por descompressão onde foi instalado um dreno intraósseo no local da lesão por 45 dias com o intuito de regredir a lesão, evitando a realização de hemimandibulectomia. Observa-se então a necessidade de uma boa anamnese, dispor dos exames complementares e um correto manejo para melhor diagnóstico e tratamento da patologia. 146 RELATOS DE CASO DIAGNÓSTICO POR IMAGEM DE OSTEOPETROSE Camilla Siqueira de Aguiar, Milena M. V. A. de M. Pinheiro, Victor L. M. V. A. de Melo, Marcela C. R. Fernandes, Ricardo E. V. A. de Melo Osteopetrose é uma rara desordem óssea metabólica, de caráter hereditário, com diagnóstico firmado por vários achados clínicos e principalmente radiográficos. Caracteriza-se por uma disfunção osteoclástica, que gera um aumento da densidade óssea esqueletal. O presente estudo tem como objetivo o relato dos achados clínicos e imaginológicos da osteopetrose por meio de um relato de caso. Paciente gênero masculino, 43 anos, apresentou-se ao Ambulatório de CTBMF da UFPE para realização de um procedimento cirúrgico e confecção de prótese obturadora palatina. Durante a anamnese relatou fortes dores na face e edema que não o permitia fazer uso de prótese. Adicionalmente, relatou tomar medicações por conta própria (corticoides e antibióticos). Ciente da sua condição patológica de osteopetrose, relatou ter passado por procedimentos de exodontia apresentando complicação pós-cirúrgica sob a forma de osteomielite mandibular, posteriormente tratada. Exames radiográficos e tomográficos demonstraram aumento generalizado da densidade esquelética craniofacial, com perda do limite entre osso esponjoso e osso cortical. Paciente veio a óbito decorrido algum tempo de seu exame clínico inicial, vítima de um abscesso cerebral. Nenhum tratamento planejado para o mesmo teve êxito visto que o paciente demonstrava dificuldade em seguir as orientações médicas. Portanto, nota-se a importância de avaliação radiográfica eficaz e precisa para melhor diagnóstico e tratamento do paciente. 147 RELATOS DE CASO RELATO DE CASOS DE ALTERAÇÕES NOS OSSOS TEMPORAIS DE INDIVÍDUOS COM FISSURAS LABIOPALATINAS EM EXAMES DE TCFC Maria Clara Rodrigues Pinheiro, Cristina Salazar Berrocal, Emilio Gabriel Ferro Schneider, Otavio Pagin, Bruna Stuchi Centurion Pagin Indivíduos com fissura labiopalatina (FLP) frequentemente apresentam alterações auditivas em decorrência de malformações anatômicas e/ou funcionais da tuba auditiva. O presente trabalho mostra três casos avaliados para timpano-mastoidectomia, de indivíduos portadores de FLP, atendidos no Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico. No primeiro caso, um indivíduo do gênero masculino, 32 anos, com fissura de palato completa que apresentava conteúdo de partes moles em orelha média do lado esquerdo, alterações na cadeia ossicular, erosão do tegmen timpânico e hipopneumatização das células mastoideas bilateralmente. No segundo caso, uma mulher de 21 anos, portadora de FLP incompleta do lado direito, apresentou esclerose das células mastoideas. O terceiro caso é um indivíduo do gênero masculino, 8 anos, com FLP completa do lado direito, apresentava conteúdo de partes moles na orelha média, hipopneumatização das células mastoideas bilateralmente, bem como velamento parcial dos seios paranasais bilateralmente. O manejo ideal de pacientes com FLP consiste além da correção dos defeitos da FLP, avaliação otorrinolaringológica continuada para proporcionar uma audição adequada: mantendo a integridade ossicular e permitindo a aeração adequada da orelha média que apresenta defeitos pela falta de ventilação da tuba auditiva, em indivíduos com anomalias no palato. 148 RELATOS DE CASO ASPECTOS RAROS IMAGINOLÓGICOS DE NEUROMA INTRAÓSSEO Camilla Siqueira de Aguiar, Milena M. V. A. de M. Pinheiro, Victor L. M. V. A. de Melo, Marcela C. R. Fernandes, Ricardo E. V. A. de Melo Sabe-se que neuroma traumático é causado devido à proliferação de um nervo, consequente a uma ruptura de seus ligamentos após uma cirurgia e/ou lesão na região da cabeça e pescoço. É diagnosticado, sobretudo, na meia-idade e mostram uma predileção ao sexo feminino. Clinicamente apresenta-se como um nódulo firme tão doloroso que é, geralmente, visto na área do forame mentoniano, língua e lábio inferior. O presente trabalho tem objetivo relatar os aspectos clínicos e radiográficos de um caso de neuroma traumático na região mandibular direita após exodontia do terceiro molar. Paciente, gênero feminino, 26 anos, procurou o Serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial da UFPE, relatando perda de sensibilidade do lábio inferior direito. Durante anamnese a paciente relatou que ter realizado uma cirurgia de exérese de dentes inclusos há três anos. Ao exame imaginológico (panorâmica), apresentou ruptura do nervo alveolar inferior direito associado a uma massa radiolúcida. A paciente foi submetida a uma biópsia incisional onde se confirmou o diagnóstico de neuroma traumático. Portanto, nota-se a importância de avaliação radiográfica eficaz e precisa antes de exodontias dos terceiros molares, afim de evitar complicações durante a cirurgia. 149 RELATOS DE CASO CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E IMAGINOLÓGICAS DE LESÃO FIBRO-ÓSSEA BENIGNA EM PACIENTE PEDIÁTRICO Camilla Siqueira de Aguiar, Rodrigo H. M. V. A. de Melo, Victor L. M. V. A. de Melo, Marcela C. R. Fernandes, Ricardo E. V. A. de Melo O termo lesão fibro-óssea benigna não representa um diagnóstico, mas um processo biológico semelhante em diversas lesões. É um processo de substituição do osso normal por tecido fibroso contendo material mineralizado. Podem ser dos tipos: displasia fibrosa que radiograficamente aparece como opacificação fina e mal delimitada, denominada de “vidro despolido”, displasias cemento-ósseas que aparecem radiolúcidas, passando pelos estágios misto e radiopaco, apresentando uma borda periférica fina radiolúcida ou fibroma ossificante que aparece com uma radiolucidez geralmente unilocular bem definida, podendo demonstrar graus variáveis de radiopacidade dependendo da quantidade de material calcificado produzido pelo tumor. Paciente, gênero masculino, 14 anos, procurou o Ambulatório de CTBMF da UFPE, queixando-se de um aumento de volume na região de maxila direita. Ao exame clínico apresentou uma tumefação na região posterior de maxila direita, indolor a palpação com aproximadamente cinco anos de evolução. Ao exame imaginológico foi encontrado uma massa lobular, de forma irregular e radiopaca envolvendo a maxila direita, que se estende do alvéolo maxilar para ao rebordo orbital inferior e tuberosidade da maxila direita. O laudo histopatológico da peça cirúrgica confirmou que era lesão sugestiva de fibroma ossificante. Tanto a localização quanto outras características clínicas, tais como gênero do paciente, faixa etária e características radiográficas, são incomuns a este tipo de lesão. 150 RELATOS DE CASO ASSOCIAÇÃO DE CISTO DENTÍGERO A MOLARES INCLUSOS: ASPECTOS IMAGINOLÓGICOS Camilla Siqueira de Aguiar, Rodrigo H. M. V. A. de Melo, Victor L. M. V. A. de Melo, Marcela C. R. Fernandes, Ricardo E. V. A. de Melo O cisto dentígero corresponde aos cistos odontogênicos do desenvolvimento mais comum dentre os cistos envolvidos nessa classificação. Acredita-se que sua origem está na separação do fluido que fica ao redor da coroa de um dente incluso. Este cisto caracteriza-se por envolver a coroa de um dente incluso e se conecta ao dente pela junção amelocementária. Este cisto acomete com maior frequência os terceiros molares inferiores. A faixa etária mais acometida vai dos onze aos trinta anos, apresentando leve predileção pelo sexo masculino e maior prevalência à raça branca. Os cistos dentígeros são geralmente de tamanho pequeno e assintomáticos, podendo, em alguns casos, atingir tamanho considerável. Radiograficamente, verifica-se uma imagem radiolúcida, unilocular, associada à coroa de um dente incluso, com margens bem definidas e frequentemente escleróticas. Este trabalho é um relato de caso de cisto dentígero associado aos molares inclusos, em paciente do sexo feminino com vinte anos de idade. A paciente procurou o serviço após realização de exame radiográfico para tratamento ortodôntico. Ao avaliar a radiografia, observou-se a presença de imagem radiolúcida sugestiva de cisto no segundo e terceiro molar superior esquerdo e no terceiro molar inferior direito, todos inclusos. O diagnóstico de cisto dentígero foi confirmado após exame histopatológico. Neste relato discutiremos sobre as características clínicas, radiográficas, histopatológicas e terapêuticas do caso. 151 RELATOS DE CASO DIAGNÓSTICO POR IMAGEM DE CALCIFICAÇÃO DE LINFONODO COM RESSECÇÃO CIRÚRGICA Camilla Siqueira de Aguiar, Milena M. V. A. de M. Pinheiro, Victor L. M. V. A. de Melo, Marcela C. R. Fernandes, Ricardo E. V. A. de Melo Linfonodos são numerosos, interpostos no trajeto dos vasos linfáticos. São órgãos pequenos, ovoides. Calcificação patológica é a deposição anormal de sais de cálcio, juntamente com pequenas quantidades de ferro, magnésio e outros sais minerais nos tecidos. Calcificações de nódulos linfáticos são calcificações distróficas, presentes em nódulos em processo de inflamação crônica devido a doenças, é assintomática e encontrada ao acaso em radiografias panorâmicas podendo ser confundido com sialolitos ou flebólitos. O objetivo é relatar um caso dos aspectos clínicos e imaginológicos de um linfonodo calcificado em região submandibular. Paciente sexo masculino, melanoderma, 67 anos, buscou o serviço do Ambulatório de CTBMF da UFP E relatando um aumento de volume na região submandibular direita, com aproximadamente 5 anos de evolução. Ao exame clínico foi realizado uma palpação na região a qual apresentou características de consistência dura, bem delimitada, móvel e indolor. Solicitou-se raio-X de face do tipo panorâmica, o qual apresentou-se como uma imagem radiopaca na região submandibular. Posteriormente solicitou-se uma tomografia de face, apresentando imagem compatível com calcificação de tecido mole. O paciente por fim foi submetido a ressecção sob anestesia geral. Por isso o cirurgião-dentista deve saber realizar o diagnóstico diferencial para melhor tratamento do paciente, evitando abordagens invasivas em casos desnecessários. 152 RELATOS DE CASO ANQUILOSE ALVEOLODENTÁRIA: ASPECTOS CLÍNICOS E RADIOGRÁFICOS DE TRÊS CASOS DE MEMBROS DE UMA MESMA FAMÍLIA Ana Maria Lucas Guimarães, Letícia Lima Magalhães, Rose Mara Ortega, Maurício Augusto Aquino de Castro, Carlos Eduardo Pinto de Alcântara A anquilose alveolodentária é uma anomalia de erupção em que ocorre a fusão anatômica do osso alveolar com a dentina/cemento em razão da ausência do ligamento periodontal. O objetivo do presente trabalho é apresentar uma série de casos clínicos de anquilose alveolodentária na dentição em membros de uma mesma família. A partir de prontuários odontológicos, exames fotográficos e imaginológicos (radiografias periapicais e tomografia computadorizada do feixe cônico), foram coletadas informações sobre idade, gênero e características clínicas e radiográficas da anquilose como sua localização, número de dentes envolvidos, bem como classificação da posição do dente em infraoclusão, consequente da anquilose, dimensionada em três graus diferentes: leve, moderada e severa. Nos três casos clínicos as pacientes eram do sexo feminino, primas, com idades de 12, 22 e 20. A anquilose ocorreu tanto na mandíbula quanto na maxila, na dentição permanente e decídua, apresentou graus de severidade variada e os tratamentos foram orto e/ou ortocirúrgicos com desfechos variados. Ressalta-se que a utilização de métodos imaginológicos de qualidade auxiliam o diagnóstico da anquilose alveolodentária, que quando precoce apresenta melhores prognósticos para o tratamento. A literatura não elucida com precisão a etiologia, porém, sendo os pacientes relatados membros de uma mesma família, sugere-se etiologia genética. 153 RELATOS DE CASO ALTERAÇÃO MORFOLÓGICA UNILATERAL EM ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR DE PACIENTE COM DEFORMIDADE DENTOFACIAL Ana Maria Lucas Guimarães, Priscila Dias Peyneau, Márcia Gabriella Lino de Barros, Helena Aguiar Ribeiro Nascimento, Francielle Silvestre Verner A oclusão tem sido historicamente relacionada com fatores desencadeantes, predisponentes e/ou perpetuantes das disfunções temporomandibulares. O objetivo do presente trabalho foi relatar um caso de um paciente que apresentava deformidade dentofacial (Classe III de Angle e acentuado prognatismo mandibular). Ao buscar o serviço especializado queixou-se de dor e desconforto na região temporomandibular do lado esquerdo. Para complementar o exame clínico foi solicitada uma tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC), e com o auxílio das imagens obtidas foi possível visualizar com maior acurácia as estruturas da região, bem como notar uma alteração morfológica unilateral na articulação temporomandibular do lado esquerdo do paciente. Além de alterações de forma e alterações osteoartríticas na cabeça da mandíbula esquerda (aplainamento, osteófito, erosões e esclerose), pôde-se observar um deslocamento anterior do processo condilar, o qual se encontrava posicionado topo a topo com o vértice da eminência articular, na posição de máxima intercuspidação habitual. Após a avaliação das imagens foi possível instituir o correto plano de tratamento. Dessa forma, pode-se concluir que o exame complementar imaginológico foi essencial para o diagnóstico final e instituição do tratamento, sendo a TCFC o exame de escolha para avaliação de pacientes com deformidades dentofaciais. 154 RELATOS DE CASO EXACERBAÇÃO AGUDA DE UM GRANULOMA PERIAPICAL: RELATO DE CASO Neumara Marcon Lucktemberg, Sydia Maria Donato da Cunha, Monikelly do Carmo Chagas do Nascimento, Francine Kühl Panzarella O granuloma apical (granuloma periapical ou periodontite apical crônica) é uma massa de tecido de granulação crônica (tecido conjuntivo neoformado com inflamação crônica), aderida ao redor de um ápice radicular de um dente geralmente desvitalizado. Histologicamente esse tecido de granulação é composto por linfócitos, plasmócitos, macrófagos, fibras colágenas e vasos neoformados. Radiograficamente ele aparece como uma rarefação óssea periapical, que pode ser circunscrita por osteogênese reacional, normalmente limitada, com forma oval ou circular, com perda da lâmina dura apical. O objetivo deste trabalho é expor um caso de exacerbação aguda de um granuloma periapical inflamatório em primeiro molar inferior direito, tratado através de uma cirurgia perirradicular. 155 RELATOS DE CASO CISTO ÓSSEO SIMPLES EXTENSO EM MANDÍBULA: A IMPORTÂNCIA DOS EXAMES CLÍNICO E IMAGINOLÓGICOS PARA A CORRETA TERAPÊUTICA Ana Maria Lucas Guimarães, Andreones Roberto Felix, Onescy Silveira Dias, Maurício Augusto Aquino Castro, Carlos Eduardo Pinto de Alcântara O cisto ósseo simples (COS) também denominado cisto ósseo traumático ou hemorrágico é classificado como um pseudocisto intraósseo destituído de revestimento epitelial. O objetivo deste trabalho foi descrever um caso clínico de COS extenso na mandíbula de um jovem de 14 anos com queixa principal de crescimento exagerado da mandíbula e histórico de trauma. Exames imaginológicos (radiografias e tomografia computadorizada de feixe cônico- TCFC) evidenciaram, respectivamente, extensa lesão radiolúcida/ hipodensa envolvendo região de sínfise, corpo e ramo mandibular direito. Foram sugeridas algumas hipóteses diagnósticas como ameloblastoma, ceratocisto odontogênico, COS e mal formação vascular. Uma punção aspirativa da lesão revelou conteúdo líquido de coloração vermelha semelhante a sangue. Foi solicitado então exame de ressonância magnética (RM) que descartou a possibilidade de a lesão ser de caráter vascular. Uma radiografia panorâmica um ano após a punção aspirativa sugeriu neoformação óssea, fortalecendo a hipótese de COS. Aos 18 anos, a nova TCFC revelou redução significativa do volume da lesão, mas ainda uma área hipodensa na região do ramo, em que foi feita nova punção (conteúdo líquido semelhante a sangue), acesso cirúrgico e coleta de fragmento ósseo (tecido sadio) e curetagem (ausência de revestimento). A partir dos dados clínicos, histórico de trauma, características radiográficas e análise histopatológica dos materiais coletados o diagnóstico final foi de COS. 156 RELATOS DE CASO CARACTERÍSTICAS TOMOGRÁFICAS DO CISTO ODONTOGÊNICO CALCIFICANTE: RELATO DE CASO CLÍNICO Beatriz de Carvalho Rocha, Beatriz Salomão Porto Alegre Rosa, Bruno A. Benevenuto de Andrade, Renato Visconti Filho, Maria Augusta Visconti O cisto de Gorlin, também denominado cisto odontogênico calcificante (COC), é uma lesão incomum, que soma apenas 0,3% das biópsias da cavidade oral e 2% de todos os cistos e tumores odontogênicos. É uma lesão benigna de comportamento clínico variável e de grande interesse para o cirurgião-dentista, pois afeta os ossos maxilares causando alterações nas estruturas adjacentes. Apresenta igual distribuição entre a maxila e mandíbula e a maioria das lesões está relacionada aos incisivos e caninos, podendo estar associada a outra lesão odontogênica. As características imaginológicas variam de um padrão completamente hipodenso até um padrão misto, com focos hiperdensos. Paciente WFS, 55 anos, gênero masculino, procurou atendimento devido ao aumento de volume na face, causando assimetria e elevação da asa do nariz com apagamento do sulco nasolabial. O mesmo foi encaminhado ao Serviço de Radiologia da UFRJ para realização de uma tomografia computadorizada de feixe cônico. Observou-se imagem mista, unilocular, bem delimitada, envolvendo a maxila do lado esquerdo, com retenção do dente 23, associado a odontoma. Foi verificado a expansão e rompimento das corticais ósseas e íntima relação com o assoalho do seio maxilar. Os dentes associados à lesão apresentavam reabsorções radiculares. Sugeriu-se como hipóteses de diagnóstico: ceratocisto odontogênico; cisto odontogênico calcificante e ameloblastoma. O exame histopatológico confirmou o diagnóstico de COC. 157 RELATOS DE CASO INFLUÊNCIA DOS MODOS DE IMAGEM E DE ROTAÇÃO NA AVALIAÇÃO DO OSSO ALVEOLAR VESTIBULAR ATRAVÉS DE TCFC Vanessa Sousa Nazaré Guimarães, Paula Paes Ferreira, Milena de Arruda Cabral Sampaio, Luciana Loyola Dantas, Iêda Margarida Crusóe Rocha Rebello A diversidade de protocolos de aquisição de imagem por tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) tem impulsionado a realização de pesquisas com fins conhecer a influência dos fatores de exposição na qualidade da imagem para o diagnóstico em diversas áreas da odontologia. Diante disso, o presente estudo teve como objetivo comparar os diferentes protocolos de aquisição de imagens por TCFC: HIFI-180°; HIFI360°; HIRES-180°; HIRES- 360°; HISPD-180°; HIFI-360°; STD-180°; STD-360° no diagnóstico da ausência do osso alveolar vestibular (OAV). Para tanto, foram adquiridas imagens de TCFC de um crânio completo (maxila e mandíbula), com oito modos de aquisição distintos, em um mesmo aparelho, o Accuitomo (J. Morita, Kyoto, Japão). As imagens foram avaliadas por dois examinadores e os resultados comparados com os achados do crânio seco (padrão ouro). Os resultados mostraram, através da análise de variância, que os protocolos HIFI-360°; HIRES-180° e HIRES-360° demonstraram desempenho superior, e estatisticamente significante, na avaliação da OAV. Diante dos resultados encontrados pôde-se concluir que para a avaliação da OAV é indicado o protocolo HIRES-180° com vistas a expor o paciente a uma menor dose de radiação sem comprometer o diagnóstico por imagem. 158 RELATOS DE CASO AVALIAÇÃO DE LESÕES NOS OSSOS MAXILARES POR MEIO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO: UMA SÉRIE DE CASOS George Patrick Sotero Sturzinger, Matheus Ferreira Diniz, Pedro Fernandes Passos, Beatriz Salomão Porto Alegre Rosa, Maria Augusta Portella Guedes Visconti As lesões intraósseas são processos patológicos comumente encontrados nas regiões de maxila e mandíbula. Os cistos e tumores odontogênicos são as lesões mais encontradas no complexo maxilomandibular. Podemos destacar como lesões comuns: cisto dentígero, queratocisto odontogênico, ameloblastoma, mixoma odontogênico, tumor odontogênico adenomatoide, dentre outras. O diagnóstico dessas condições se dá por meio de exames por imagem e a avaliação precoce pode minimizar os danos causados às estruturas adjacentes e ainda contribuir para o correto planejamento do tratamento. Inicialmente essa avaliação pode ser feita utilizando exames radiográficos bidimensionais, como as radiografias panorâmica e/ou periapicais com dissociação de imagens. No entanto, estes apresentam diversas desvantagens, como distorção e sobreposição de estruturas. Para sanar os problemas inerentes às técnicas bidimensionais a opção mais indicada é o exame tomográfico, sendo a tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) mais eficaz. Dessa forma, esse estudo consiste na análise de diversos casos de lesões em mandíbula e maxila, por meio da TCFC, demonstrando assim, a relevância desse exame, sua acurácia e importância, na correta avaliação e elaboração das hipóteses de diagnóstico, para um bom planejamento do tratamento e um melhor prognóstico para os pacientes. 159 RELATOS DE CASO AVALIAÇÃO DE ODONTOMAS POR MEIO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO Kananda Galdino de Araújo, Beatriz Salomão Porto Alegre Rosa, George Patrick Sotero Sturzinger, Matheus Ferreira Diniz, Maria Augusta Portella Guedes Os odontomas são os tipos mais comuns de tumores odontogênicos. Quando desenvolvidos, consiste principalmente em esmalte e dentina. Esses tumores ainda são subdivididos em odontoma composto e em odontoma complexo. Acomete pacientes jovens, de dez a vinte anos em média, a maioria das lesões são assintomáticas, sendo descobertos em exames de rotina ou quando são realizadas radiografias para determinar o motivo pelo qual um dente ainda não erupcionou. São tipicamente lesões pequenas, ocorrem com mais frequência em maxila do que na mandíbula. Radiograficamente o odontoma composto se mostra como uma lesão radiolúcida, bem delimitada, com múltiplos dentículos em seu interior. O odontoma complexo é visto como uma lesão radiopaca, bem delimitada, cercada por uma delgada margem radiolúcida. Para um melhor diagnóstico radiográfico, são feitos exames de imagem de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). A TCFC é um excelente exame radiográfico, já que com esse recurso é possível analisar toda a lesão, tridimensionalmente e sua associação com as estruturas adjacentes. No relato de caso, paciente feminino, 12 anos, apresenta uma lesão bem delimitada, com estruturas no interior hiperdensas, localizada em região anterior de mandíbula, associada a um canino impactado. A partir da TCFC é possível identificar a lesão, criando então melhores chances de tratamento e melhor prognóstico para o paciente. 160 RELATOS DE CASO DISPLASIA CEMENTO ÓSSEA PERIAPICAL DIAGNOSTICADA POR TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO: RELATO DE CASO Patricia Fernandes Avila Ribeiro, Heraldo Luis Dias da Silveira, Leonardo Bez, Karoline Rossi, Gladson Peruchi Ribeiro As displasias cemento-ósseas são lesões fibro-ósseas, não neoplásicas que substituem o osso normal por tecido conjuntivo denso, osteoide e cementoide. O diagnóstico definitivo é atingido a partir da associação entre exames clínico, imaginológico e histológico. O objetivo do relato de caso é destacar a importância do exame radiográfico no seu diagnóstico. Paciente, 58 anos, gênero feminino, totalmente edêntula, compareceu à clínica de radiologia odontológica com solicitação de tomografia computadorizada de feixe cônico para planejamento de implantes na região anterior da mandíbula. Contudo, durante a análise das imagens observou-se múltiplas áreas hiperdensas arredondadas, circundadas por linhas hipodensas na região correspondente à área apical dos dentes anteriores. A hipótese diagnóstica sugerida foi displasia cemento óssea periapical. Frente a essa situação, o cirurgião dentista responsável pela paciente, executou biópsia excisional e encaminhou para o exame histológico que comprovou o diagnóstico. O tratamento prosseguiu com a reabilitação dentária da paciente, instalação de implantes e confecção de prótese. Este caso ilustra a relevância dos exames por imagem no diagnóstico de displasias cemento-ósseas, uma vez que a definição do tipo, depende da presença de única ou múltiplas lesões e da localização radiográfica. Palavras chave: displasia cemento óssea, tomografia computadorizada de feixe cônico, displasia cemento óssea periapical. 161 RELATOS DE CASO CT CONE BEAM PARA PACIENTES COM NECESSIDADES ESPECIAIS Marcelo Faria, Luciana Freitas Bastos, Beatriz Lamas de Melo, Vanessa Pinto, Débora Teixeira Somos o Núcleo Odontológico de Radiologia e atendimento a pacientes com necessidades especiais. O Serviço é custeado pela FAPERJ e FINEP. O objetivo geral é um atendimento de excelência a comunidade através do SUS, na área de Radiologia Odontológica com exames intra e extraorais e tomografia computadorizada de feixe cônico e também atendimento clínico e cirúrgico para pacientes especiais e bucomaxilo. O presente trabalho tem por objetivo específico apresentar casos clínicos de pacientes especiais cujo planejamento foi realizado por tomografia computadorizada de feixe cônico e demais sistemas de imagem digital. 162 RELATOS DE CASO CT CONE BEAM, RESSONÂNCIA MAGNÉTICA E MULTISLICE PARA PACIENTES COM NECESSIDADES ESPECIAIS E SISTEMICAMENTE COMPROMETIDOS Marcelo Faria, Luciana Freitas Bastos, Beatriz Lamas de Melo, Vanessa Pinto, Debora Teixeira No presente trabalho serão vistos casos especiais por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico, ressonância magnética e multislice do Núcleo de Radiologia Odontológica e Hospital Universitário Pedro Ernesto da UERJ (HUPE). 163 RELATOS DE CASO ENDO GUIDE: UMA ALTERNATIVA CONSERVADORA NA TERAPIA ENDODÔNTICA Bernardo Freire, Stephane Vianna, Marcus Vinicius Freire, Israel Chilvarquer O acesso endodôntico em dentes com calcificação radicular é um grande desafio na prática clínica. Nesses casos, a ocorrência de desvios e perfurações radiculares são comumente observados e podem dificultar e impossibilitar a terapia endodôntica, levando até a exodontia do elemento dentário. Neste relato de caso, um paciente do sexo feminino, 25 anos, leucoderma, apresentou-se à clínica odontológica queixando-se de escurecimento do dente 21. Após exame físico e radiográfico, constatou-se ausência de sensibilidade no dente em questão, assim como calcificação do canal radicular e a presença de rarefação óssea periapical circunscrita. Foram adquiridas imagens no Tomógrafo PreXion®, aonde verificou-se a presença de luz de pequena dimensão no canal radicular do dente 21 a partir do terço médio radicular. Para a realização do planejamento digital e confecção do guia de acesso endodôntico, foi realizado o escaneamento intraoral da arcada superior. O software utilizado para integração dos volumes obtidos foi o ImplantViewer®, aonde realizou-se o planejamento do acesso e a geração do arquivo digital do guia endodôntico, ao qual foi encaminhado para impressora 3D Formlabs2®. A checagem da adaptação do guia foi realizada previamente o procedimento e o acesso guiado endodôntico realizado com broca do kit de cirurgia guiada da Neodent® com 1,3 mm de diâmetro. Após encontrar o canal radicular, a terapia endodôntica seguiu normalmente apresentando resultados satisfatórios. 164 RELATOS DE CASO CERATOCISTO ODONTOGÊNICO: REVISÃO DE LITERATURA E RELATO DE CASO Ângela Catarina Maragno, Érica Anacleto Brunelli, Marta Iza Marazzini, Luciana Neves Machado Rezende, Sérgio Vitorino Cardoso O ceratocisto odontogênico é uma patologia de origem odontogênica que acomete a cavidade bucal, considerado benigno, porém com características agressivas e alto índice de recidiva. O objetivo do estudo foi relatar um caso clínico de um paciente de 13 anos de idade que apresentava um ceratocisto odontogênico em região anterior da mandíbula, lado direito e assintomático. O mesmo foi submetido a marsupialização. Além disso, foi realizado uma revisão de literatura, tendo como base de dados estudos publicados entre os anos de 2003 a 2017 em Scielo, Pubmed, Home e Lilacs. Foram revisados 15 estudos, sendo 16 casos relatados, nos quais encontrou-se 68,75% em pacientes do gênero feminino e a idade de maior prevalência foi a terceira década de vida, com 37,5%. Além disso, 62,5% estavam localizados na região posterior da mandíbula e 63% dos casos possuíam dentes associados a lesão. Concluiu-se que o ceratocisto odontogênico é uma patologia que compromete a mandíbula e de maior prevalência entre a segunda e terceira década de vida. Radiograficamente apresenta-se como uma lesão radiolúcida uni ou multilocular, podendo estar relacionado a dentes inclusos. Histologicamente mostra uma delgada parede de tecido conjuntivo e epitélio escamoso estratificado com células basais hipercromáticas e em paliçadas. O tratamento do ceratocisto odontogênico ainda hoje não é consensual, o que exige do cirurgião dentista conhecimento da patologia. 165 RELATOS DE CASO LESÃO GIGANTOCELULAR COM ROMPIMENTO DE CORTICAL EM LESÃO MENOR: RELATO DE CASO Antonio Francisco Costa, Paulo de Tarso Silva de Macedo, Francine K. Panzarella, José Luiz Cintra Junqueira, Monikelly do Carmo Chagas Nascimento A lesão gigantocelular (LGC) é uma lesão dos maxilares que acomete principalmente crianças e adultos jovens com menos de 30 anos. Em sua maioria, são assintomáticas e não apresentam perfuração de cortical óssea ou reabsorção radicular. Apesar de, nas lesões mais agressivas, poderem apresentar dor, crescimento rápido e com tendência a recidiva. Radiograficamente, apresentam-se radiolúcidas uniloculares (em lesões menores) ou multiloculares (em lesões maiores), bordas regulares, em região anterior de mandíbula. Este relato visa apresentar um caso de LGC em um paciente do gênero feminino, 12 anos, assintomática. As imagens de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) mostraram uma área hipodensa unilocular bem definida, se estendendo desde a região distal do dente 32 até a região mesial da raiz mesial do 36, e acima do canal mandibular até a região de rebordo ósseo alveolar. A lesão apresentava adelgaçamento da cortical lingual e rompimento da cortical óssea vestibular. As hipóteses de diagnóstico diante das imagens tomográficas foram: Queratocisto odontogênico, LGC, e fibroma ameloblástico, confirmada histologicamente como LGC. Diante do caso, podemos concluir que as imagens de TCFC é um método de exame por imagem que possibilita uma minuciosa avaliação da lesão acerca de sua extensão e relação com estruturas adjacentes. Informações estas, que associadas ao exame histopatológico, são essenciais para a obtenção de um diagnóstico assertivo. 166 RELATOS DE CASO IMPORTÂNCIA DA IDENTIFICAÇÃO DE CARACTERÍSTICAS IMAGINOLÓGICAS DAS SINUSOPATIAS POR MEIO DAS IMAGENS DE TCFC Camila de Oliveira Natividade, Gisele Castor Pereira, Célio Cézar W. de Almeida Júnior, Anne Caroline C. Oenning, Monikelly do Carmo C. Nascimento Os seios paranasais (SPNs) são cavidades presentes na região craniofacial. A identificação de condições patológicas associadas é crucial, já que os SPNs estão próximos a estruturas importantes como dentes, vasos, nervos, órbita e cérebro. As infecções e processos alérgicos são os principais fatores relacionados à doença sinusal. A tomografia de feixe cônico (TCFC) aparece como um dos principais exames que auxiliam o profissional no diagnóstico das sinusites, por meio da avaliação do tamanho dos SPNs e integridade das paredes. Este trabalho tem como objetivo relatar um caso clínico de uma paciente, 43 anos, que se queixava de sensação de “pressão na região da face”. A paciente foi encaminhada para realização de exame de TCF C dos SPNs. As imagens mostraram velamento dos seios maxilar e etmoidal esquerdo e do seio frontal. Foi observado rompimento da parede medial do seio maxilar esquerdo, da parede superior das células etmoidais anteriores do mesmo lado, do soalho do seio frontal e base de crânio. A imagem sugere sinusite crônica de origem intrínseca com comunicação com a cavidade craniana. No seio maxilar direito, observa-se espessamento e invaginação do assoalho, sugerindo uma condição patológica de origem odontogênica. A TCFC foi imprescindível para identificação do comprometimento dos SPNs e envolvimento com estruturas adjacentes importantes, que vão além do diagnóstico bucomaxilofacial. Destaca-se a importância de se avaliar a saúde do paciente com uma abordagem ampla. 167 RELATOS DE CASO CELULITE FLEGMONOSA PERIMAXILAR DE ORIGEM ODONTOGÊNICA: ASPECTOS IMAGINOLÓGICOS Camilla Siqueira de Aguiar, Rodrigo H. M. V. A. de Melo, Milena M. V. A. de M. Pinheiro, Marcela C. R. Fernandes, Ricardo E. V. A. de Melo As infecções de origem odontogênica originam-se a partir de um necrose pulpar com invasão bacteriana no tecido periapical e periodontal, que pode levar à formação de abscesso capaz de se estender através dos planos fasciais dos tecidos moles quando não consegue ser drenada através de superfície cutânea ou mucosa bucal, denominandose celulite. Paciente, gênero masculino, 13 anos, encaminhado ao Ambulatório de Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial da UFPE, devido à presença de uma celulite flegmonosa perimaxilar de origem dentária. Ao exame clínico apresentou um aumento de volume em hemiface esquerda, macio a palpação e indolor. A sua genitora que relatou a realização de uma sinusectomia maxilar esquerda, pela equipe de Otorrinolaringologia, há aproximadamente 20 dias e instalação de um dreno na região de pálpebra superior para eliminação de secreção purulenta. Ao exame panorâmico, observa-se presença de resto radicular dos elementos 26 e 46 e radiopacidade dos seios maxilares. Na tomografia volumétrica de feixes cônicos, observa-se uma imagem hiperdensa no seio maxilar esquerdo e após a realização do procedimento cirúrgico de sinusectomia sem a remoção do fragmento dentário, nota-se a permanência da mesma imagem confirmando o diagnóstico de celulite flegmonosa perimaxilar de origem odontogênica. O fator dental pode estar envolvido em até 12% dos casos de sinusite maxilar e a eliminação do fator causal se faz imprescindível para o sucesso do tratamento. 168 RELATOS DE CASO DIAGNÓSTICO DE FRATURAS E PERFURAÇÕES RADICULARES COM AUXÍLIO DE IMAGENS DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO Christian Andersen Cerqueira Oliveira Freitas, Francielle Silvestre Verner, Márcia Gabriella Lino de Barros, Priscila Dias Peyneau, Rafael Binato Junqueira O diagnóstico clínico de fraturas e perfurações radiculares pode representar um desafio para o profissional, que recorre com frequência à realização de exames complementares por imagem, como as radiografias periapicais. Entretanto, as sobreposições inerentes às radiografias periapicais podem acarretar em diagnósticos inconclusivos. Neste contexto, a tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) assume importante função, ao auxiliar no correto diagnóstico de tais alterações. O presente trabalho visa demonstrar uma sequência de casos em que os exames radiográficos bidimensionais não demonstraram eficácia para a detecção de fraturas e perfurações. As reconstruções tridimensionais da TCFC permitiram visualizar a localização precisa das alterações, as faces envolvidas, o terço radicular, bem como a presença de material obturador extravasado e retentor intrarradicular desviado. Desta forma, concluiu-se que a TCFC é um exame complementar essencial para o diagnóstico de fraturas e perfurações radiculares. 169 RELATOS DE CASO FIBROMA CEMENTO-OSSIFICANTE CENTRAL: DIAGNÓSTICO CLÍNICOIMAGINOLÓGICO E HISTOPATOLÓGICO Daiane Rohden, Nádia Assein Arús, Heraldo Luis Dias da Silveira, Laura Campos Hildebrand, Ana Márcia Viana Wanzeler O fibroma cemento-ossificante central é uma lesão cujo diagnóstico tem-se mostrado intrigante e confuso uma vez que apresenta semelhanças clínicas, radiográficas e até histopatológicas com outras lesões como a displasia fibrosa e a displasia cemento-óssea. É uma neoplasia benigna de etiologia incerta e crescimento lento, sendo a mandíbula acometida mais frequentemente que a maxila. O presente trabalho tem como objetivo a descrição de um caso de fibroma cemento-ossificante central diagnosticado em uma paciente do sexo feminino, 35 anos. Ao exame físico extrabucal, observou-se discreta assimetria facial e pele com cor e textura normais. Intraoralmente, verificou-se um aumento de volume no rebordo alveolar, duro à palpação, com expansão das corticais vestibular e lingual, recoberto com mucosa íntegra de coloração normal e ausência do dente 46. Após o exame radiográfico, o tratamento realizado foi conservador a partir da curetagem da lesão. O material coletado foi enviado para análise histopatológica. As características clínicas, radiográficas e histológicas apresentadas apontaram para o diagnóstico conclusivo de fibroma cemento-ossificante central envolvendo a mandíbula direita. 170 RELATOS DE CASO ESTUDO DA ALTERAÇÕES DOS SEIOS MAXILARES POR TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO Filipe Costa Almeida, Carlos Eduardo Pinto de Alcântara, Valdir Cabral Andrade, Francielle Silvestre Verner, Maurício Augusto Aquino de Castro A rotina clínica requer preparo aprimorado do cirurgião-dentista para diagnósticos e condutas. As estruturas de interesse devem ser claramente visualizadas para que os procedimentos sejam bem-sucedidos. Os seios maxilares são exemplos da importância da identificação das estruturas anatômicas para a Odontologia. Avaliar o seio maxilar, suas variações anatômicas, presença de alterações em seu interior ou relacionadas com a ação de patologias adjacentes são procedimentos que contribuem para o diagnóstico diferencial e determinação da conduta terapêutica. A avaliação dos seios maxilares e suas alterações requer o uso de exames radiográficos que forneçam imagens de qualidade. Embora grande número de casos possa ser elucidado com o uso de exames bidimensionais, a tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) apresenta notórias vantagens. O presente trabalho visa apresentar uma série de casos de alterações dos seios maxilares diagnosticadas por meio da TCFC, com intuito de exemplificar situações em que as imagens tomográficas contribuíram decisivamente para o diagnóstico. Os casos representam situações em que há indicação para uso de exames tridimensionais com vistas ao diagnóstico. A eliminação de sobreposições, a alta resolução e a agilidade na obtenção das imagens da TCFC em comparação com as técnicas convencionais confirmam as vantagens de sua indicação para a avaliação dos seios maxilares. 171 RELATOS DE CASO POLITRAUMA FACIAL EM ADOLESCENTES: PLANEJAMENTO COM CTdBEM E IMPRESSÃO 3D – RELATO DE CASO CLÍNICO Giuliano Omizzolo Giacomini, Pietra Rodrigues Antonello, Edilson Luis Mandicaju Martins, Waneza Dias Borges Hirsch, Gustavo Nogara Dotto Este estudo objetivou relatar caso clínico de politrauma facial em adolescente utilizando para o planejar o tratamento TCMS com protocolo de baixa dose de radiação (CTdBem) e impressão 3D de biomodelo. Paciente L.K., 14 anos, sexo masculino. Chegou ao hospital de uma instituição pública vítima de politrauma com fratura nos ossos do crânio e da face, traumatismo do olho e da órbita ocular, enucleação do olho esquerdo e traumatismo de médio facial, lado esquerdo. Realizou-se TCMS com protocolo CTdBem e por meio dessas imagens a impressão de protótipos em 3D (PLA), os quais possibilitaram o planejamento cirúrgico pré-operatório, o tamanho de parafusos e a morfologia das placas de osteossíntese, seu comprimento e direção, minimizando as possibilidades de erro no procedimento cirúrgico. Foi realizada osteossíntese com placas para reconstrução de fratura do complexo órbito-zigomático-maxilar e cirurgia de fratura intercondileana. Resultados: Atualmente está assintomático e foi encaminhado para a confecção de uma prótese ocular. Conclusão: O tratamento de politrauma usando biomodelos tridimensionais após TCMS/CtdBem possibilita simular a fase cirúrgica e facilita a préconformação e configuração das placas de titânio com perfeita adaptação à anatomia do paciente, gerando redução do tempo cirúrgico, do risco de infecção e do custo hospitalar e previsibilidade de resultados a longo prazo. 172 RELATOS DE CASO OSTEOMA DO CÔNDILO MANDIBULAR: ASPECTOS CLÍNICOS E IMAGINOLÓGICOS Janaina Araújo Dantas, José Augusto Tuy de Britto Oliveira Junior, Eurico Candido de Oliveira, Yasmin Rodarte Carvalho, Sérgio Lúcio P C Lopes O osteoma é um tumor benigno, de crescimento lento, composto de osso esponjoso ou compacto, originado no periósteo dos ossos craniofaciais. Ocorre, predominantemente, em pacientes do sexo masculino, entre a terceira e quinta década de vida, sendo normalmente assintomático. Quase que exclusivamente encontrado na região craniofacial, localiza-se preferencialmente nos seios paranasais. Porém, quando há o envolvimento da maxila e mandíbula, o côndilo mandibular é considerado um sitio comum. É classicamente caracterizado, na radiografia convencional ou na tomografia computadorizada, por uma massa densamente calcificada, de limites bem demarcados e padrão trabecular interno normal. Apresentamos um caso clínico de osteoma, descoberto em exame radiográfico de rotina, em paciente do sexo feminino, melanoderma, na sexta década de vida, com tempo de evolução desconhecido, sem sintomatologia dolorosa, disfonia, disfagia, limitação de abertura de boca ou desvio de movimento, travamento e estalido articular. O exame de tomografia computadorizada de ATM, demonstrou uma lesão óssea expansiva, densamente calcificada, localizada medialmente ao côndilo e chanfradura mandibular direita. O exame histopatológico, realizado após biópsia, confirmou a suspeita clínica e imaginológica de osteoma. 173 RELATOS DE CASO MUCOPOLISSACARIDOSE TIPO I/SÍNDROME DE HURLER: RELATO DE CASO CLÍNICO Leana Ferreira Crispim, Juliana de Morais Jacob, Júlio Bisinotto Gomes, Antônio Francisco Durighetto Júnior, Mirna Scalon Cordeiro Mucopolissacaridose tipo I (MPS I)/Síndrome de Hurler é uma doença metabólica rara de origem genética, caracterizada pela falta da enzima -L-iduronidase. O presente caso refere-se a um paciente do sexo masculino, 16 anos, portador da síndrome de Hurler, que compareceu à Clínica Odontológica do Centro Universitário do Triângulo para tratamento ortodôntico. Ao exame físico, notou-se baixa estatura, dificuldade motora e opacificação da córnea. Ao extraoral, foram observadas características da síndrome: face plana, ponto nasal achatado, proeminência frontal e ausência de vedamento labial. Ao intraoral, observou-se macroglossia, alterações gengivais e permanência do dente 83. A radiografia panorâmica revelou alterações morfológicas bilaterais das cabeças mandibulares. Evidenciou-se que os dentes 18, 28, 38, 43 e 48 estavam retidos e com espessamento do capuz pericoronário. Solicitou-se tomografia computadorizada helicoidal e ressonância magnética para melhor planejamento terapêutico. Procedeu-se remoção dos dentes 18 e 28 e, após análise histopatológica dos fragmentos de tecido mole, confirmou-se espessamento de capuz pericoronário. Então, realizou-se a instalação do arco lingual e cirurgia para colagem do botão ortodôntico para tracionamento do dente 43. Após análise histopatológica do fragmento de cápsula folicular obteve achados sugestivos de folículo pericoronário hiperplásico. O paciente está em proservação e, recentemente, o tratamento ortodôntico foi suspenso por solicitação médica. 174 RELATOS DE CASO PLANEJAMENTO REVERSO DE PRÓTESE UNITÁRIA UTILIZANDO SISTEMA CAD/CAM ASSOCIADO A TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA CONE BEAM Mauri Stefanini Cardoso, Renata Nobile, Carlos Eduardo Franscichone, Milena Bortolotto Felippe Silva, José Luiz Cintra Junqueira Atualmente existe um aumento na procura por sistemas CAD/CAM para planejamento de próteses sobre implante. O planejamento prévio à reabilitação protética, com a utilização simultânea de /sistemas CAD/CAM e tomografias computadorizadas, permite ao cirurgiãodentista um planejamento exato da localização ideal do implante e a visualização do resultado final da prótese. O intuito do presente trabalho é apresentar um caso de planejamento reverso utilizando simultaneamente o sistema CAD/CAM para escaneamento da boca e planejamento protético associado à obtenção dos dados de um exame tomográfico para o planejamento cirúrgico utilizando a integração dos sistemas CEREC (Sirona Dental Systems®) com o equipamento de raios-X Orthophos XG3D (Sirona Dental Systems®). O resultado foi um planejamento adequado e uma instalação de implantes eficiente, oferecendo uma nova maneira de executar a implantodontia com a possibilidade de o cirurgião-dentista trabalhar autonomamente, otimizando o seu fluxo de trabalho e aumentando sua rentabilidade. Como preconizado para relatos de caso, o termo de consentimento livre e esclarecido foi aplicado previamente ao paciente. 175 RELATOS DE CASO CISTO DO DUCTO TIREOGLOSSO: ACHADO POR IMAGEM EM RESSONÂNCIA MAGNÉTICA Nádia Assein Arús, Roberta Almeida Mendes, Heraldo Luis Dias da Silveira, Mariana Boessio Vizzotto, Priscila Fernanda da Silveira Tiecher Cisto do ducto tireoglosso é uma anomalia congênita, com origem da permanência do epitélio do trato tireoglosso, após a descida da tireoide até sua posição normal, que ocorre na sétima semana embrionária. O objetivo deste trabalho é relatar um caso clínico no qual o cisto do ducto tireoglosso foi um achado por imagem. Paciente do sexo feminino, 23 anos, diagnosticada com enxaqueca com aura há oito anos, apresentou dor de cabeça por oito dias após episódio de estresse. Foi solicitado um exame de imagem por ressonância magnética de crânio, no qual foi constatado normalidade para a região encefálica. No entanto, um achado por imagem foi identificado na região sublingual mediana, com 2,1 cm, predominantemente cística, com pequeno componente sólido interno, de etiologia indeterminada. Preocupada, a paciente se dirigiu ao Serviço de Radiologia da FO-UFRGS. Após a avaliação do volume, foi sugerida a hipótese diagnóstica de cisto do ducto tireoglosso. Clinicamente, a paciente apresentava discreto aumento de volume junto ao osso hioide, indolor e móvel à deglutição. A investigação continuou com ecografia da região cervical com doppler que confirmou a hipótese prévia. Atualmente, a paciente faz acompanhamento e, em 6 meses, uma nova ecografia será realizada para avaliar o tamanho da lesão e determinar o tratamento. Neste relato observa-se a importância da varredura de todo volume de um exame por imagem, já que achados por imagem, mesmo sem relação com sinais e sintomas, devem ser investigados. 176 RELATOS DE CASO ASPECTOS IMAGINOLÓGICOS DE DEFEITO OSTEOPORÓTICO DO ADULTO EM MANDÍBULA Patrícia Lopes Alcantara, Mariela Peralta-Mamani, Alberto Consolaro, Renato Yassutaka Faria Yaedú, Izabel Regina Fischer Rubira-Bullen O defeito osteoporótico do adulto (DOA) é uma condição rara e apresenta-se geralmente como lesões radiolúcidas assintomáticas nos maxilares. Este trabalho tem como objetivo relatar um caso de DOA em um paciente de 35 anos, gênero masculino. Uma lesão radiolúcida, assintomática abaixo da região periapical dos dentes 35, 36 e 37, foi um achado radiográfico na radiografia panorâmica feita para tratamento odontológico. As características clínica e radiográfica eram muito semelhantes as áreas de desenvolvimento e involução de cisto ósseo simples, assim foi feito um controle, de 20, 60 e 180 dias com radiografias panorâmicas; não houve alterações nas características. Controles clínicos e radiográficos foram feitos por nove anos. No último controle foi realizada uma tomografia computadorizada de feixe cônico que evidenciou pontos hiperdensos no interior da lesão hipodensa (4,5 x 2 cm). Devido a esses achados, somado ao fato de a lesão não desaparecer e se manter inalterada, uma biópsia por curetagem foi realizada. O material enviado ao exame histopatológico mostrou medula óssea hematopoiética com esparsos adipócitos revelando-se de forma organizacional madura e normal. O resultado histopatológico, achados clínicos e imaginológicos confirmaram o diagnóstico de DOA. Paciente continua em proservação com panorâmica anualmente. Concluiu-se que o DOA deve constar na lista de diagnósticos diferenciais de lesões radiolúcidas uni e multiloculares, especialmente em mandíbula. 177 RELATOS DE CASO UTILIZAÇÃO DA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NA DIFERENCIAÇÃO ENTRE AMELOBLASTOMA UNICÍSTICO E TUMOR ODONTOGÊNICO QUERATOCÍSTICO Paulo de Tarso Silva de Macedo, Antônio Francisco Costa, Antonione Santos Bezerra Pinto, Luiz Roberto Coutinho Manhães Júnior Os ameloblastomas (AML) e os tumores odontogênicos queratocísticos (TOQ) são os tumores odontogênicos mais agressivos que acometem a região maxilomandibular. Ambos os tumores podem apresentar aspectos radiográficos semelhantes. Os AML unicísticos são responsáveis por cerca de 10 a 46% de todos os casos de AML intraósseos e apresentam aspecto unilocular, já os TOQ apresentam-se como lesões uni ou multiloculares, assemelhando-se algumas vezes aos AML. Além disso, a localização mais frequente de ambos os tumores é a região posterior de mandíbula. O diagnóstico diferencial entre esses dois tumores auxilia o cirurgião no planejamento cirúrgico, uma vez que as modalidades de tratamento podem ser distintas. As imagens por ressonância magnética (IRM) apresentam contraste superior para análise de tecidos moles, o que torna este método útil para avaliar a estrutura interna dos tumores ósseos. O presente trabalho teve por objetivo relatar dois casos clínicos (um de AML unicístico e o outro de TOQ) nos quais as IRM foram utilizadas para o diagnóstico diferencial das lesões. As IRM do AML unicístico mostraram baixa intensidade de sinal homogêneo nas imagens ponderadas em T1 e alta intensidade de sinal homogênea em T2. Por outro lado, as IRM do TOQ demonstraram intensidade de sinal heterogênea intermediária em T1 e intensidade intermediária/alta em T2. As IRM demonstraram diferenças importantes no conteúdo intralesional dos tumores, permitindo assim o diagnóstico diferencial. 178 RELATOS DE CASO AVALIAÇÃO DE DEFEITOS ÓSSEOS PERIODONTAIS UTILIZANDO TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO: SÉRIE DE CASOS Paulo de Tarso Silva de Macedo, Antônio Francisco Costa, Luiz Roberto Coutinho Manhães Júnior Os defeitos ósseos periodontais são alterações destrutivas que acometem o osso alveolar de suporte, decorrentes da progressão da doença periodontal. A avaliação da morfologia do defeito é de extrema importância para a determinação do plano de tratamento e prognóstico, uma vez que dependendo da arquitetura óssea do defeito a terapia periodontal regenerativa pode ou não estar indicada. Nesse sentido, a avaliação clínica e radiográfica do defeito ósseo deve ser detalhada. A Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC) tem se mostrado uma ferramenta útil para detecção de defeitos ósseos periodontais por permitir a visualização do defeito nos três planos anatômicos e possibilitar mensurações reais, fornecendo informações importantes para o diagnóstico, prognóstico e plano de tratamento periodontal. O presente trabalho tem por objetivo relatar uma série de casos clínicos nos quais a TCFC de FOV pequeno foi utilizada para avaliação e mensuração de defeitos ósseos periodontais de 2 e 3 paredes. Os cortes oblíquos de TCFC foram utilizados para avaliação detalhada dos defeitos e determinação do plano de tratamento dos casos periodontais complexos. As imagens de TCFC de pequeno FOV permitiram uma visualização tridimensional dos defeitos ósseos, com alta resolução de imagem e baixa dose de radiação, possibilitando a determinação do número de paredes remanescentes e estabelecimento de um plano de tratamento adequado. 179 RELATOS DE CASO UTILIZAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO EM COMPLICAÇÃO PÓS-OPERATÓRIA DE TERCEIRO MOLAR INFERIOR Renata Cristina de Carvalho Barreto Oliveira Apolinário Figueira, Priscila Dias Peyneau, Francielle Silvestre Verner, Márcia Gabriella Lino de Barros, Helena Aguiar Ribeiro do Nascimento A exodontia de terceiros molares é uma das cirurgias mais realizadas pelo cirurgiãodentista. A inserção do terceiro molar inferior no processo alveolar, sua localização e proximidade com o canal e base da mandíbula influenciam na técnica cirúrgica, contribuindo para a ocorrência de complicação trans e pós-operatória, como a introdução acidental do dente para o interior do seio maxilar ou para a região submandibular. A fim de minimizar possíveis complicações, torna-se necessária a obtenção de exames por imagem para a elaboração do plano de tratamento e proservação do paciente. A tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) tem sido indicada tanto para avaliação da relação espacial de terceiros molares inferiores com a s estruturas adjacentes, quanto nos casos de complicação pós-operatória, pois permite melhor visualização da área de interesse, com imagens tridimensionais, de alta resolução. O objetivo no presente trabalho é relatar o caso do paciente A.B.B., sexo masculino, 35 anos, que realizou exame de TCFC para localização do dente 38 “desaparecido” durante a tentativa de exodontia. Observou-se imagem hipodensa, sugestiva de osso em cicatrização, na região do dente 38 e rompimento da cortical lingual na mesma região. Verificou-se ainda o dente 38 localizado na região submandibular, com a coroa para lingual e o ápice para vestibular, abaixo da base mandibular. A TCFC foi imprescindível na localização do terceiro molar e avaliação dos efeitos nas estruturas adjacentes. 180 RELATOS DE CASO DISPLASIA CEMENTO-ÓSSEA FLORIDA ASSOCIADA COM CISTOS ÓSSEOS SIMPLES: SÉRIE DE CASOS Sâmila Gonçalves Barra, Camila Nazaré Alves de Oliveira Kato, Wagner Henriques de Castro, Claudia Borges Brasileiro, Ricardo Alves Mesquita As displasias cemento-ósseas (DCO) são lesões fibro-ósseas caracterizadas pela substituição de osso normal por tecido fibroso e material mineralizado. É uma condição que afeta preferencialmente a região de mandíbula de mulheres negras de meia-idade, geralmente são assintomáticas, confinadas ao osso trabecular e existem três formas clínicas distintas: focal, periapical e florida. A associação entre cisto ósseo simples (COS) e a DCO tem sido relatada na literatura. Este estudo tem o objetivo de descrever quatro casos clínicos de DCO florida associada à COS. Todos os pacientes eram do gênero feminino, negras e com média de idade de 43,25 anos. As lesões eram assintomáticas, mas três pacientes tinham queixa de expansão na região da mandíbula. Foram realizadas radiografias panorâmicas e tomografia computadorizada de feixe cônico das áreas acometidas. As pacientes foram submetidas à biopsia e a curetagem do COS e seguem em acompanhamento. Os cirurgiões-dentistas devem estar atentos a essa possível relação para garantir um correto diagnóstico e tratamento adequado aos pacientes. 181 RELATOS DE CASO SIALOLITO GIGANTE DA GLÂNDULA SUBMANDIBULAR: RELATO DE DOIS CASOS Sâmila Gonçalves Barra, Tania Mara Pimenta Amaral, Felipe Paiva Fonseca, Tarcília Aparecida Silva, Ricardo Alves Mesquita A sialolitíase é a doença mais comum das glândulas salivares acometendo principalmente a glândula submandibular. A maioria dos sialolitos são de tamanhos pequenos, porém, podem atingir grandes proporções, os quais são considerados sialolitos gigantes e são poucos os relatos na literatura. São comuns em pacientes do gênero masculino e na maioria das vezes, são assintomáticos, mas podem evoluir com inchaço, dor e ausência de salivação da glândula afetada. O seu diagnóstico e tratamento estão relacionados principalmente com a sua localização. Os exames de imagem são úteis para a avaliação dimensional e localização do sialolito gigante. O objetivo deste estudo foi investigar por meio de exames de imagem, dois casos de paciente s do sexo masculino com sialolitos gigante localizado na glândula submandibular, apresentando aumento de volume extra oral e sintomatologia dolorosa. Os recentes avanços na tecnologia de imagem e diagnóstico são ferramentas úteis na avaliação da sialolitíase submandibular, porém o conhecimento das características clínicas e imaginológicas desta condição é fundamental para o diagnóstico e tratamento adequado, a fim de minimizar o desconforto do paciente. 182 RELATOS DE CASO ALTERAÇÕES NA ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR: RELATO DE CASO DE ANQUILOSE E CÔNDILO BÍFIDO Mariana C. Limongi, Flávio Ricardo Manzi A etiologia das alterações da articulação temporomandibular, como anquilose e bifurcação condilar, são diversas, sendo o trauma o principal fator. Contudo, não se devem descartar as infecções otológicas como provável causa. O presente trabalho tem como objetivo apresentar um caso de anquilose da ATM em uma criança de 12 anos de idade que teve histórico de trauma e um caso de côndilo bífido sem histórico de trauma, porém com otites recorrentes durante a infância. 183 RELATOS DE CASO OSTEOSSARCOMA EM REGIÃO ANTERIOR DE MANDÍBULA: RELATO DE CASO Silvio Roberto Gomes de Oliveira, Rudyard dos Santos Oliveira, Francine Kuhl Panzarella, Wladimir Cortezzi Osteossarcoma é um tumor altamente maligno e potencialmente destrutivo. É também a lesão maligna primária mais comum dos ossos longos. Mesmo assim, é um tumor raro. Paciente, sexo masculino, 18 anos, se apresentou em um consultório odontológico particular com queixa de aumento de volume na região anterior da mandíbula. Foi solicitado levantamento radiográfico periapical e indicado após avaliação a endodontia dos elementos envolvidos. Após tentativa frustrada de tratamento endodôntico foi realizado teste de vitalidade pulpar nos elementos envolvidos e solicitação de tomografia computadorizada de feixe cônico. Este exame permitiu à hipótese diagnóstica de lesão maligna. Diante desta hipótese foi realizada biópsia incisional com diagnóstico histopatológico de osteossarcoma de baixo grau de malignidade. O tratamento cirúrgico proposto foi a ressecção parcial da região anterior da mandíbula com margens de segurança da lesão para posterior reconstrução. Devido ao baixo grau de malignidade, não houve previsão de tratamento complementar com radioterapia ou quimioterapia. A proservação deverá ser longa com Imaginologia anual nos primeiros cinco anos e por toda a vida do paciente a cada dois anos. O diagnóstico precoce permitido pela interpretação adequada da Imaginologia contribui para a intervenção rápida e muito mais competente garantindo bons resultados e reabilitação dos pacientes. 184 ANAIS 16 a 18 de agosto de 2018, Campos do Jordão, SP PALAVRA DA PRESIDENTE DA ABRO Concluída a 22ª JABRO, não há dúvidas de que nossa Jornada foi um sucesso! Este feito só se tornou possível devido ao empenho, disponibilidade e dedicação de cada um dos envolvidos. Portanto, gostaria, em nome de toda a Associação Brasileira de Radiologia Odontológica, de agradecer a cada uma das pessoas que colaboraram para a realização da JABRO no ano 2018. Em especial, é preciso agradecer aos autores e coautores que inscreveram seus trabalhos para serem apresentados na 22ª JABRO, possibilitando uma troca de informações, dados e conhecimentos que, sem dúvida, auxiliaram de forma considerável no desenvolvimento da Radiologia e Imaginologia Odontológica no Brasil. Como forma de ampliar o âmbito de divulgação das apresentações realizadas, a ABRO disponibiliza este livro contendo os anais da 22ª JABRO, com a certeza de que o mesmo irá aumentar o interesse dos profissionais da Radiologia e Imaginologia Odontológica a participarem de nossos futuros eventos. Portanto, que venha o XI CONABRO, e que possamos nos encontrar por lá. Até breve! Mychelle Schmitt Gurgacz Presidente da ABRO 185