ISBN 978-85-68808-03-0
ANAIS
16 a 18 de agosto de 2018, Campos do Jordão, SP
ASSOCIA BRASILEIRA DE RADIOLOGIA ODONTOLÓGICA – ABRO
ANAIS DA 22ª JABRO: DIAGNÓSTICOS, DESAFIOS E DIRETRIZES, 16 A
18 DE AGOSTO DE 2018, CAMPOS DO JORDÃO, SP
1ª edição – Cascavel/PR
Associação Brasileira de Radiologia Odontológica – ABRO
2019
ANAIS
16 a 18 de agosto de 2018, Campos do Jordão, SP
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Anais da 22ª JABRO [livro eletrônico] : diagnósticos, desafios e diretrizes, 16 a 18 de
agosto de 2018, Campos do Jordão, SP / organização Associação Brasileira de
Radiologia Odontológica. – 1. ed. Cascavel, PR : Associação Brasileira de
Radiologia Odontológica - ABRO, 2019.
2,21 Mb ; PDF
Vários autores
Bibliografia.
ISBN 978-85-68808-03-0
1. Odontologia 2. Radiologia 3. Radiodiagnóstico 4. Diagnóstico por imagem I.
Associação Brasileira de Radiologia Odontológica.
CDD-617.6
NLM-WU 100
19-26343
Índices para catálogo sistemático:
1. Odontologia : Ciências médicas : 617.6
Iolanda Rodrigues Biode - Bibliotecária - CRB-8 / 10014
ANAIS
16 a 18 de agosto de 2018, Campos do Jordão, SP
PROMOÇÃO E REALIZAÇÃO
Associação Brasileira de Radiologia Odontológica – ABRO
Mychelle Schmitt Gurgacz – Presidente
Paulo Sérgio Flores Campos – Vice-presidente
Juliano Martins Bueno – 1º Tesoureiro
Paula de Moura – 2ª Tesoureira
Marco Frazão – 1º Secretário
Mike Bueno – 2º Secretário
Maria Lúcia Paes Barbosa Freire – Conselheira fiscal
Israel Chilvarquer – Conselheiro fiscal
Manuel Perboyre Gomes Castelo – Conselheiro fiscal
Jornada da Associação Brasileira de Radiologia Odontológica (2019: Campos do Jordão).
Anais da 22ª JABRO: diagnósticos, desafios e diretrizes, 16 a 18 de agosto de 2018,
Campos do Jordão, SP. Cascavel: ABRO, 2019. 185 f.
Formato: Adobe PDF.
Requisitos do sistema: Adobe Acrobat Reader.
Capa: Roberto Monticelli Wydra.
Revisão e editoração: Diego Domingos Ferro.
ISBN: 978-85-68808-03-0.
ANAIS
16 a 18 de agosto de 2018, Campos do Jordão, SP
COMISSÃO ORGANIZADORA DA 22ª JABRO
Presidente
Elza Maria Carneiro Mendes Ferreira dos Santos
Coordenador de Comissão Científica
Marcio Yara Buscatti
Coordenador do Fórum Scanner Intraoral
Michel Lipiec
Coordenador de Casos Clínicos
Luiz Roberto Coutinho Manhães Junior
Coordenadora dos Trabalhos Científicos
Milena Bortolotto Felippe Silva
Coordenadora Social
Luiza Warmling
ANAIS
16 a 18 de agosto de 2018, Campos do Jordão, SP
COMISSÃO CIENTÍFICA DA 22ª JABRO
Milena Bortolotto Felippe Silva
Luiz Roberto Coutinho Manhães Junior
Michel Lipiec
Paulo Sérgio Flores Campos
Sérgio Lúcio Pereira Castro Lopes
Marlene Fenyo Ferreira
Plauto Christopher Aranha Watanabe
MODERADORES DE CURSO
Israel Chilvarquer
Michel Lipiec
Luiz Roberto Coutinho Manhães Junior
Anne Caroline Oenning
AVALIADORES DE PAINEL
Mariana Tlach Tiepo
Amaro Vespasiano
Afonso Celso Souza de Assis
Deborah Queiroz de Freitas
Ana Lucia Tolazzi
Bernardo Barbosa Freire
Evandro José Borgo
Vanio Santos Costa
Andrea Gross
Danielle Lago Bruno de Faria
Claudio Costa
Jefferson Xavier de Oliveira
Ricardo Raitz
Ângela Fernandes
ANAIS
16 a 18 de agosto de 2018, Campos do Jordão, SP
APOIO
ANAIS
16 a 18 de agosto de 2018, Campos do Jordão, SP
PALAVRA DA PRESIDENTE
Presidir a 22ª JABRO, elaborar nos mínimos detalhes com uma equipe de
profissionalismo ímpar, só poderia ter o resultado que teve.
Os trabalhos científicos que aqui são apresentados mostram que a nossa ABRO
está no caminho certo.
A todos vocês que apresentaram seus trabalhos, meus parabéns!
Espero ver mais trabalhos no XI CONABRO, pois somente com muita pesquisa
elevaremos cada vez mais a nossa especialidade.
Minha eterna gratidão!
Elza Maria Carneiro Mendes Ferreira dos Santos
Presidente da 22ª JABRO
ANAIS
16 a 18 de agosto de 2018, Campos do Jordão, SP
PALAVRA DO COORDENADOR DE COMISSÃO CIENTÍFICA
Coordenar a parte científica da 22ª JABRO foi um enorme desafio e uma imensa
honra para mim. Tivemos mais de vinte ministradores nacionais e internacionais, e
apresentação de mais de 160 trabalhos científicos da mais alta qualidade técnica e
científica, tornando nosso evento referência na área de Diagnóstico por Imagem.
Parabenizo a todos os apresentadores e orientadores desses trabalhos, e
agradeço e parabenizo também a todos os ministradores que dispuseram de seus
conhecimentos e tempo para engrandecer nosso evento.
Agradeço imensamente às presidentes da 22ª JABRO e da ABRO, além de toda a
Comissão Organizadora e Diretoria da Associação, pois, sem a confiança e o apoio de
todos isso não seria possível.
Que venha o XI CONABRO com muita ciência, gestão e confraternização.
Meus sinceros agradecimentos!
Marcio Yara Buscatti
Coordenador de Comissão Científica da 22ª JABRO
ANAIS
16 a 18 de agosto de 2018, Campos do Jordão, SP
APRESENTAÇÃO DOS ANAIS
A 22ª JABRO foi composta, de forma muito especial, pelos numerosos trabalhos
apresentados, os quais são fruto de diferentes vias de pesquisa, seja de iniciação
científica ou trabalhos de conclusão de cursos, assim como de relatos de casos. O que
mais chamou a atenção nesses trabalhos consistiu em suas pluralidades, envolvendo
diferentes especialidades da Odontologia, realizados em diferentes regiões do Brasil, mas
todos com um enfoque comum: a Radiologia e Imaginologia Odontológica.
Em síntese, são trabalhos cujos autores e coautores viram na 22ª JABRO a
oportunidade de divulgarem seus achados em um ambiente propício ao desenvolvimento
profissional e acadêmico. Acredita-se ser por este motivo que a cada ano aumenta
consideravelmente o número de trabalhos inscritos e apresentados em nossa Jornada,
garantindo o sucesso da mesma.
Nesse contexto, visando possibilitar que um maior número de profissionais e
acadêmicos tenham acesso aos trabalhos apresentados na 22ª JABRO, a ABRO vem
disponibilizar este livro de Anais, no qual os trabalhos foram divididos nas categorias
“pesquisas” e “relatos de casos”.
Ao lhes apresentar estes anais da 22ª JABRO, esperamos poder contribuir para o
enriquecimento de suas informações e conhecimentos científicos, acadêmicos e
profissionais.
Comissão Organizadora da 22ª JABRO
ANAIS
16 a 18 de agosto de 2018, Campos do Jordão, SP
SUMÁRIO
Correlação entre a microarquitetura óssea e a periodontite em pacientes HIV+: estudo por
meio da análise fractal ....................................................................................................... 18
Influência dos parâmetros de reconstrução da microtomografia computadorizada na
análise da densidade mineral óssea .................................................................................. 19
Análise de alterações nos seios maxilares por estudantes de Odontologia: comparação
entre radiografia panorâmica e TCFC ............................................................................... 20
Avaliação imaginológica do grafeno por meio de tomografia computadorizada de feixe
cônico ................................................................................................................................ 21
Utilização de sistemas panorâmicos digitais para análise das variações anatômicas do
ângulo mandibular ............................................................................................................. 22
Análise quantitativa de artefatos provocados pela presença de titânio em diferentes
posições no arco dentário .................................................................................................. 23
Tomografia computadorizada de feixe cônico na detecção e avaliação do canal
gubernacular ...................................................................................................................... 24
Análise da degradação, longevidade e qualidade de imagem de placas fósforo
fotoestimuláveis ................................................................................................................. 25
O uso de recentes ferramentas pré-operatórias para avaliação da qualidade óssea em
planejamento de implantes ................................................................................................ 26
Avaliação volumétrica dos terceiros molares inferiores – resultados a partir de diferentes
examinadores .................................................................................................................... 27
Optimization of image quality using a narrow vertical detector dental cone-beam computed
tomography ........................................................................................................................ 28
Avaliação das unidades de hounsfield derivadas dos níveis de cinza da tomografia
computadorizada de feixe cônico ...................................................................................... 29
Análise da observação da crista óssea alveolar em tomografias computadorizadas de
feixe cônico com artefatos de streak ................................................................................. 30
Índices radiométricos mandibulares na avaliação da densidade mineral óssea de
mulheres pós-menopausa ................................................................................................. 31
Variações anatômicas do canal incisivo em tomografia computadorizada e imagens
intrabucais ......................................................................................................................... 32
Prevalência do posicionamento de terceiros molares inferiores em TCFC, utilizando a
classificação de Pell & Gregory ......................................................................................... 33
Avaliação da prevalência de terceiro molar inferior em íntima relação com o canal
mandibular por meio da TCFC ........................................................................................... 34
ANAIS
16 a 18 de agosto de 2018, Campos do Jordão, SP
Mudanças ósseas no processo alveolar mandibular após correção ortodôntica do
apinhamento dentário anterior com exodontia ................................................................... 35
Relação entre a altura do óstio sinusal com as alterações do seio maxilar por meio da
TCFC ................................................................................................................................. 36
Comparação entre radiografia panorâmica e TCFC na detecção e mensuração de
corticalização de lesões ósseas dos maxilares ................................................................. 37
Influência do tamanho do voxel na precisão das medidas lineares em imagens de
tomografia computadorizada de feixe cônico..................................................................... 38
Avaliação da cortical da mandíbula em homens e mulheres por meio de índices
radiomorfométricos obtidos em TCFC ............................................................................... 39
Avaliação da espessura do canal mandibular em pacientes dentados e desdentados
parciais por meio da TCFC ................................................................................................ 40
Prevalência de imagem sugestiva de ateroma na artéria carótida em panorâmicas e sua
relação com fatores de risco .............................................................................................. 41
Avaliação de um aplicativo móvel como auxiliar no diagnóstico radiográfico de condições
endodônticas ..................................................................................................................... 42
Avaliação da magnitude de artefatos oriundos da exomassa em tomografia
computadorizada de feixe cônico ...................................................................................... 43
Influência da orientação do dente na detecção de fratura radicular vertical por meio da
TCFC ................................................................................................................................. 44
Estudo comparativo da discrepância de bolton: modelos fotografados versus modelos
físicos................................................................................................................................. 45
Aspectos radiográficos de glândulas salivares maiores em sialografia ............................. 46
Avaliação da qualidade da imagem e dos parâmetros de exposição de um aparelho de
raios-X intraoral portátil ...................................................................................................... 47
Radiografia panorâmica: importante ferramenta no tratamento dos pacientes infantis ..... 48
A radiografia panorâmica como um alerta quanto a possibilidade de acidente vascular
encefálico........................................................................................................................... 49
Caninos inclusos: importância da tomografia computadorizada ........................................ 50
Relação do terceiro molar inferior com canal mandibular em tomografia computadorizada
por feixe cônico .................................................................................................................. 51
Ajuste de brilho e contraste: preferência dos observadores versus desempenho no
diagnóstico de fratura radicular vertical ............................................................................. 52
Diagnóstico de fratura radicular vertical em dentes próximos e distantes a implantes:
influência dos artefatos na TCFC ...................................................................................... 53
ANAIS
16 a 18 de agosto de 2018, Campos do Jordão, SP
Correlação da pneumatização e morfologia do componente temporal da atm: análise em
tomografia computadorizada de feixe cônico..................................................................... 54
Influência dos parâmetros de aquisição e artefatos produzidos em TCFC no diagnóstico
de reabsorção radicular externa ........................................................................................ 55
Influência dos parâmetros de aquisição na magnitude de artefatos produzidos por
implante de zircônia em imagens de TCFC ....................................................................... 56
Detecção de defeitos ósseos periapicais simulados em radiografia digital com diferentes
variações de brilho e contraste .......................................................................................... 57
Alterações de células aéreas etmoidais posteriores em indivíduos com fissura
labiopalatina....................................................................................................................... 58
Diagnóstico de reabsorção radicular externa simulada em radiografias digitais: influência
da resolução espacial ........................................................................................................ 59
Avaliação da alteração do plano de tratamento da extração dos terceiros molares
inferiores por meio de panorâmica e tomografia................................................................ 60
Influência de condições de interpretação radiográfica no diagnóstico de lesões de cárie
proximal ............................................................................................................................. 61
Importância da TCFC para avaliação da relação espacial entre implante dentário e dente
adjacente – relato de caso ................................................................................................. 62
Insucessos de implantes dentários evidenciados em tomografia computadorizada de feixe
cônico ................................................................................................................................ 63
Estudo da prevalência das classificações da fossa olfatória por meios da tomografia
computadorizada de feixe cônico ...................................................................................... 64
Estudo dos índices radiomorfométricos em mandíbulas de mulheres, dentro do grupo de
risco de possuírem osteoporose ........................................................................................ 65
Avaliação comparativa de fraturas radiculares em imagens radiográficas intrabucais
digitais e intrabucais analógicas ........................................................................................ 66
Utilização de índices de tomografia computadorizada para classificação de alterações
ósseas em mulheres .......................................................................................................... 67
Influência dos artefatos metálicos nos valores de cinza da imagem por TCFC em relação
ao arco antagonista ........................................................................................................... 68
Pneumatização do teto da fossa mandibular e eminência articular: um estudo por imagens
panorâmicas e tomográficas .............................................................................................. 69
Desempenho de diferentes métodos no diagnóstico de cárie ........................................... 70
Avaliação do filtro endo do tomógrafo OP300 na formação de artefatos provenientes de
materiais endodônticos ...................................................................................................... 71
Análise da morfologia superficial de resinas bulk fill após irradiação gama....................... 72
ANAIS
16 a 18 de agosto de 2018, Campos do Jordão, SP
Prevalência de achados incidentais em vias aéreas em exames de tomografia
computadorizada de feixe cônico ...................................................................................... 73
Associação entre lesões periapicais e alterações no seio maxilar por meio de tomografia
computadorizada de feixe cônico ...................................................................................... 74
Avanços tecnológicos na radiologia odontológica ............................................................. 75
O uso da fotografia digital no processo de reconhecimento facial ..................................... 76
CTdBEM: protocolo tomográfico para avaliação odontológica em hospitais utilizando baixa
dose de radiação ............................................................................................................... 77
Comparação entre radiografia panorâmica e bitewing extraoral: avaliação dos terceiros
molares e dose de exposição ............................................................................................ 78
Avaliação do fenômeno de retenção de muco em tomografia computadorizada e sua
correlação com extensões do seio maxilar ........................................................................ 79
Variação do canal sinuoso em indivíduos com fissura de lábio e palato unilateral
esquerda. ........................................................................................................................... 80
Relação entre a morfologia do arco dentário e a inclusão de caninos superiores: uma
análise por meio da TCFC ................................................................................................. 81
Avaliação de terceiros molares inferiores inclusos por meio de tomografia
computadorizada de feixe cônico ...................................................................................... 82
A influência do tempo de exposição na qualidade radiográfica por meio de técnicas
analógica e digitais ............................................................................................................ 83
Avaliação da presença do segundo canal na raiz mésio-bucal dos molares superiores por
meio de tomografia computadorizada de feixe cônico ....................................................... 84
Utilização de smartphone no diagnóstico radiográfico: acurácia para detecção de
desadaptação proximal de restaurações ........................................................................... 85
Efeito da compensação automática de exposição sobre o diagnóstico radiográfico de
cáries proximais ................................................................................................................. 86
O canal gubernacular pode sinalizar um processo anormal de erupção ........................... 87
Influência da aplicação de filtros digitais na quantificação de artefatos metálicos
associados a implantes dentários ...................................................................................... 88
A influência da TCFC no diagnóstico e tomada de decisão terapêutica em terceiros
molares inferiores .............................................................................................................. 89
Avaliação de critérios para a solicitação de exames radiográficos em odontopediatria .... 90
Avaliação da ocorrência de calcificação da artéria carótida em radiografias panorâmicas
digitais................................................................................................................................ 91
Recurso da mesa digital anatômica no processo de ensino-aprendizagem de conteúdos
relativos à anatomia da ATM ............................................................................................. 92
ANAIS
16 a 18 de agosto de 2018, Campos do Jordão, SP
Análise da radiopacidade de resinas compostas por meio de sistema radiográfico digital 93
Avaliação da impactação de terceiros molares inferiores: uma comparação entre
radiografia panorâmica ...................................................................................................... 94
Prevalência de calcificações de tecidos moles em exames de tomografia computadorizada
de feixe cônico ................................................................................................................... 95
Artefatos em tomografias de dentes birradiculares com diferentes materiais intracanais e
parâmetros de exposição................................................................................................... 96
Avaliação volumétrica de técnicas de obturação por microtomografia .............................. 97
Avaliação de nódulos pulpares em dentes decíduos de tomografia computadorizada de
feixe cônico ........................................................................................................................ 98
Efeito de ajustes de brilho e contraste na detecção de reabsorções radiculares em
radiografia digital ............................................................................................................... 99
Estudo da correlação do canal mandibular e o tipo facial por meio de TCFC ................. 100
Quantificação de artefatos metálicos produzidos por implantes em TCFC obtidas com
diferentes protocolos de aquisição .................................................................................. 101
Influência dos sistemas radiográficos digitais na avaliação do tratamento endodôntico de
dentes decíduos .............................................................................................................. 102
Validação de novo índice periapical e de qualidade do tratamento endodôntico e sua
correlação com alterações sinusais ................................................................................. 103
Avaliação quantitativa dos artefatos formados por núcleos metálicos: um estudo por
TCFC. .............................................................................................................................. 104
Avaliação de medidas lineares na tomografia computadorizada de feixe cônico importante
para o diagnóstico e o planejamento ortodôntico ............................................................ 105
Avaliação da eminência articular e fossa mandibular em pacientes com diferentes tipos
faciais em exames de TCFC............................................................................................ 106
Avaliação tomográfica de ramificações dos canais mandibulares em regiões com
inflamação ....................................................................................................................... 107
Avaliação do trabeculado ósseo e cortical mandibular de mulheres pós-menopausa por
meio da análise fractal ..................................................................................................... 108
Importância da TCFC no planejamento cirúrgico de terceiros molares mandibulares
retidos em posição ectópica ............................................................................................ 109
Confecção de prótese total inferior utilizando planejamento digital e impressão 3D – relato
de caso clínico ................................................................................................................. 110
Síndrome Depeutz-Jeghers: relato de caso follow-up de seis anos ................................ 111
Utilização da tomografia computadorizada de feixe cônico no diagnóstico e planejamento
cirúrgico de cisto radicular ............................................................................................... 112
ANAIS
16 a 18 de agosto de 2018, Campos do Jordão, SP
Tomografia computadorizada de feixe cônico como método auxiliar na localização de
fragmento de agulha ........................................................................................................ 113
Diagnóstico por imagem no auxílio de diferentes condições endodônticas ..................... 114
Tomografia computadorizada de feixe cônico como exame complementar no diagnóstico
de reabsorções radiculares.............................................................................................. 115
Tomografia computadorizada de feixe cônico como meio de diagnóstico e planejamento
para remoção de corpo estranho ..................................................................................... 116
Cordoma de clivus – relato de caso ................................................................................. 117
Deslocamento posterior bilateral do disco da atm com redução unilateral: um relato de
caso ................................................................................................................................. 118
Sulco palatogengival – relato de caso clínico .................................................................. 119
Avaliação de dentes retidos por meio da tomografia computadorizada de feixe cônico .. 120
Avaliação de lesão osteolítica periapical associada à pérola de esmalte em tomografia
computadorizada de feixe cônico .................................................................................... 121
Aspectos radiográficos da síndrome de gorlin goltz: um relato de caso clínico ............... 122
Diagnóstico de condromatose sinovial na articulação temporomandibular por tomografia
computadorizada de feixe cônico .................................................................................... 123
Osteoma benigno: séries de casos.................................................................................. 124
Intrusão de dente decíduo com aparecimento da raiz na fossa nasal: relato de caso
clínico............................................................................................................................... 125
Osteoma do processo coronoide da mandíbula .............................................................. 126
Alterações atípicas de displasia fibrosa diagnosticadas em tomografia computadorizada
de feixe cônico – relato de caso ...................................................................................... 127
Aspectos imaginológicos de alterações ósseas mandibulares por uso contínuo de
bisfosfonatos – relato de caso ......................................................................................... 128
Tomografia computadorizada de feixe cônico como método auxiliar na detecção de dentes
supranumerários fusionados............................................................................................ 129
Aspectos imaginológicos das alterações ósseas nos maxilares por meio da tomografia
computadorizada de feixe cônico .................................................................................... 130
A importância da tomografia computadorizada de feixe cônico na avaliação dos seios
paranasais ....................................................................................................................... 131
A TCFC no diagnóstico das calcificações idiopáticas na região de cabeça e pescoço: um
relato de caso clínico ....................................................................................................... 132
A osteorradionecrose por meio da tomografia computadorizada de feixe cônico: um relato
de caso ............................................................................................................................ 133
ANAIS
16 a 18 de agosto de 2018, Campos do Jordão, SP
A tomografia computadorizada de feixe cônico no diagnóstico das displasias cementoósseas ............................................................................................................................. 134
Diagnóstico da displasia fibrosa através da tomografia computadorizada de feixe cônico:
relato de caso clínico ....................................................................................................... 135
Importância do exame por imagem no planejamento cirúrgico das complicações de
exodontia de terceiros molares superiores ...................................................................... 136
Avaliação de odontoma composto por tomografia computadorizada de feixe cônico: série
de casos .......................................................................................................................... 137
Desenvolvimento de um dispositivo para proteção de placas de fósforo intraorais ......... 138
Utilização da tomografia computadorizada cone beam no diagnóstico de um caso clínico
de dor difusa de origem endodôntica ............................................................................... 139
Avaliação pré-cirúrgica para exodontia de terceiros molares por meio de tomografia
computadorizada de feixe cônico .................................................................................... 140
Amelobastoma: relato de caso-recidiva ........................................................................... 141
Diagnóstico por imagem de osteossarcoma em côndilo mandibular: relato de caso....... 142
Exostose maxilar incomum: estudo radiográfico .............................................................. 143
Aspecto ósseo pós tratamento endodôntico de lesão cística na região anterior de
mandíbula ........................................................................................................................ 144
Aspectos imaginológicos e clínicos apresentados por um queratocisto em maxila ......... 145
Aspecto imaginológico de queratocisto de mandíbula por descompressão..................... 146
Diagnóstico por imagem de osteopetrose........................................................................ 147
Relato de casos de alterações nos ossos temporais de indivíduos com fissuras
labiopalatinas em exames de TCFC ................................................................................ 148
Aspectos raros imaginológicos de neuroma intraósseo ................................................... 149
Características clínicas e imaginológicas de lesão fibro-óssea benigna em paciente
pediátrico ......................................................................................................................... 150
Associação de cisto dentígero a molares inclusos: aspectos imaginológicos.................. 151
Diagnóstico por imagem de calcificação de linfonodo com ressecção cirúrgica .............. 152
Anquilose alveolodentária: aspectos clínicos e radiográficos de três casos de membros de
uma mesma família ......................................................................................................... 153
Alteração morfológica unilateral em articulação temporomandibular de paciente com
deformidade dentofacial................................................................................................... 154
Exacerbação aguda de um granuloma periapical: relato de caso ................................... 155
ANAIS
16 a 18 de agosto de 2018, Campos do Jordão, SP
Cisto ósseo simples extenso em mandíbula: a importância dos exames clínico e
imaginológicos para a correta terapêutica ....................................................................... 156
Características tomográficas do cisto odontogênico calcificante: relato de caso clínico . 157
Influência dos modos de imagem e de rotação na avaliação do osso alveolar vestibular
através de TCFC ............................................................................................................. 158
Avaliação de lesões nos ossos maxilares por meio da tomografia computadorizada de
feixe cônico: uma série de casos ..................................................................................... 159
Avaliação de odontomas por meio da tomografia computadorizada de feixe cônico....... 160
Displasia cemento óssea periapical diagnosticada por tomografia computadorizada de
feixe cônico: relato de caso ............................................................................................. 161
CT cone beam para pacientes com necessidades especiais .......................................... 162
CT cone beam, ressonância magnética e multislice para pacientes com necessidades
especiais e sistemicamente comprometidos.................................................................... 163
Endo Guide: uma alternativa conservadora na terapia endodôntica ............................... 164
Ceratocisto odontogênico: revisão de literatura e relato de caso .................................... 165
Lesão gigantocelular com rompimento de cortical em lesão menor: relato de caso ........ 166
Importância da identificação de características imaginológicas das sinusopatias por meio
das imagens de TCFC ..................................................................................................... 167
Celulite flegmonosa perimaxilar de origem odontogênica: aspectos imaginológicos....... 168
Diagnóstico de fraturas e perfurações radiculares com auxílio de imagens de tomografia
computadorizada de feixe cônico .................................................................................... 169
Fibroma
cemento-ossificante
central:
diagnóstico
clínico-imaginológico
e
histopatológico.... ............................................................................................................. 170
Estudo da alterações dos seios maxilares por tomografia computadorizada de feixe
cônico.. ............................................................................................................................ 171
Politrauma facial em adolescentes: planejamento com ctdbem e impressão 3D – relato de
caso clínico ...................................................................................................................... 172
Osteoma do côndilo mandibular: aspectos clínicos e imaginológicos ............................. 173
Mucopolissacaridose tipo I/síndrome de Hurler: relato de caso clínico ........................... 174
Planejamento reverso de prótese unitária utilizando sistema cad/cam associado a
tomografia computadorizada cone beam ......................................................................... 175
Cisto do ducto tireoglosso: achado por imagem em ressonância magnética .................. 176
Aspectos imaginológicos de defeito osteoporótico do adulto em mandíbula ................... 177
ANAIS
16 a 18 de agosto de 2018, Campos do Jordão, SP
Utilização da ressonância magnética na diferenciação entre ameloblastoma unicístico e
tumor odontogênico queratocístico .................................................................................. 178
Avaliação de defeitos ósseos periodontais utilizando tomografia computadorizada de feixe
cônico: série de casos ..................................................................................................... 179
Utilização da tomografia computadorizada de feixe cônico em complicação pós-operatória
de terceiro molar inferior .................................................................................................. 180
Displasia cemento-óssea florida associada com cistos ósseos simples: série de casos . 181
Sialolito gigante da glândula submandibular: relato de dois casos .................................. 182
Alterações na articulação temporomandibular: relato de caso de anquilose e côndilo
bífido. ............................................................................................................................... 183
Osteossarcoma em região anterior de mandíbula: relato de caso................................... 184
Oalavra da presidente da ABRO ..................................................................................... 185
PESQUISAS
CORRELAÇÃO ENTRE A MICROARQUITETURA ÓSSEA E A PERIODONTITE EM
PACIENTES HIV+: ESTUDO POR MEIO DA ANÁLISE FRACTAL
Luciana Loyola Dantas, Daniele Veiga da Silva Siqueira, Luanderson Lopes Pereira,
Andreia Cristina Leal Figueiredo, Frederico Sampaio Neves
O objetivo deste trabalho foi avaliar a relação entre a microarquitetura óssea obtida por
meio da análise fractal em radiografias panorâmicas e tempo de uso de diferentes
medicações antirretrovirais em pacientes portadores de HIV+/AIDS sob HAART. Foram
coletados dados através do exame clínico anamnésico e periodontograma completo. A
análise fractal óssea foi realizada através da utilização do software ImageJ. Os dados
obtidos foram analisados no software SPSS versão 22.0. Foram examinadas 66 pessoas,
sendo encontrada periodontite moderada em 47,0% dos pacientes. Pode-se constatar que
os valores da análise fractal óssea aferida através de radiografias panorâmicas
apresentaram-se maiores nos indivíduos sem periodontite e diminuíram gradativamente
ao comparar os grupos com periodontite moderada e severa, respectivamente. A
dimensão fractal do osso trabecular mandibular também foi correlacionada aos diferentes
níveis de perda de inserção, sendo que as perdas de inserção maiores que 7 mm
demonstraram correlação negativa com a análise fractal. A análise fractal de radiografias
panorâmicas mostrou-se eficiente em diferir pacientes com os diferentes níveis de doença
periodontal. Quanto maior a severidade da periodontite, menor a dimensão fractal do osso
mandibular.
Esses
achados
sustentam
a
hipótese
de
que
modificações
na
microarquitetura óssea mandibular poderiam propiciar o agravamento ou instalação da
periodontite.
18
PESQUISAS
INFLUÊNCIA DOS PARÂMETROS DE RECONSTRUÇÃO DA MICROTOMOGRAFIA
COMPUTADORIZADA NA ANÁLISE DA DENSIDADE MINERAL ÓSSEA
Daniela Verardi Madlum, Hugo Gaêta-Araujo, Eduarda Helena Leandro do Nascimento,
Danieli Moura Brasil, Francisco Haiter-Neto
O objetivo no presente estudo foi avaliar a influência dos parâmetros de reconstrução de
imagens de microtomografia computadorizada (µCT) na análise da densidade mineral
óssea (DMO). A amostra foi composta por imagens de µCT de cinco maxilas de ratos
Wistar, as quais foram adquiridas por meio do microtomógrafo SkyScan 1174 (Bruker,
Kontich, Bélgica). Cada uma das aquisições foi reconstruída seguindo as recomendações
do fabricante (protocolo padrão – PP) para o grau de aplicação das ferramentas de
correção de artefato (suavização – 2, correção de artefato em anel – 5 e correção de
artefato de endurecimento do feixe – 45%). Adicionalmente, as imagens foram
reconstruídas com outros 36 protocolos combinando diferentes graus de aplicação dessas
ferramentas (P0 ao P35). As imagens foram submetidas à análise de DMO no software
CTAn (Bruker, Kontich, Bélgica). Os valores obtidos para cada protocolo foram
comparados ao protocolo padrão pelo teste-t pareado (α = 0,05). A DMO dos protocolos
que utilizaram 45% de correção de artefato de endurecimento de feixe não diferiu do PP
(p > 0,05), exceto pelos P13 e P25, que utilizaram 30% de correção desta ferramenta.
Para os outros protocolos, o valor da DMO foi diretamente proporcional ao grau de
aplicação desta ferramenta, apresentando
diferença estatisticamente significante
(p < 0,05). Em conclusão, o grau de aplicação da ferramenta de correção de artefato de
endurecimento de feixe para a reconstrução de imagens de µCT influencia na análise da
DMO.
19
PESQUISAS
ANÁLISE DE ALTERAÇÕES NOS SEIOS MAXILARES POR ESTUDANTES DE
ODONTOLOGIA: COMPARAÇÃO ENTRE RADIOGRAFIA PANORÂMICA E TCFC
Thalita Lucas Brum Moreira da Silva, Lucas de Paula Lopes Rosado, Izabele Sales
Barbosa, Rafael Binato Junqueira, Francielle Silvestre Verner
O objetivo no estudo foi comparar a habilidade de diagnóstico de estudantes de
Odontologia em detectar anormalidades do seio maxilar (SM) em radiografias
panorâmicas (RP) e tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). Este estudo
baseou-se em uma avaliação de imagens de pacientes submetidos a RP e TCFC ao
mesmo tempo. Dois estudantes avaliaram 280 SM considerando: 0 – seios maxilares
normais; 1 – espessamento da mucosa do seio; 2 – pólipo sinusal; 3 – pseudocisto de
retenção mucoso; 4 – opacificação inespecífica; 5 – periostite; 6 – antrólito; 7 – antrólito
associado a espessamento da mucosa. O padrão de referência foi estabelecido em
consenso por dois especialistas em Radiologia Odontológica nas imagens da TCFC.
Utilizou-se o teste Kappa ponderado, Curvas ROC (Receiver Operating Characteristic) e
ANOVA one-way, com teste pós-Hoc de Tukey-Kramer. A confiabilidade intra e
interobservador mostrou concordância variando de substancial (0,809) a quase perfeita
(0,922). O acordo entre as avaliações dos estudantes e o padrão de referência foi
razoável (0,258) para RP e substancial (0,692) para TCFC. A comparação entre os
valores de sensibilidade, especificidade e acurácia mostrou que a TCFC foi
significativamente melhor (p < 0,001). A TCFC foi melhor do que RP em detectar
alterações no SM por estudantes de Odontologia. No entanto, a TCFC só deve ser
solicitada após uma análise cuidadosa da RP pelos estudantes juntamente com
profissionais mais experientes.
20
PESQUISAS
AVALIAÇÃO IMAGINOLÓGICA DO GRAFENO POR MEIO DE TOMOGRAFIA
COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO
Yuri Nejaim, Amanda Farias Gomes, Amanda Pelegrin Candemil, Polyane Mazucato
Queiroz, Francisco Haiter Neto
A maioria dos materiais odontológicos existentes possui um elevado número atômico, o
que causa artefatos em exames por imagem, podendo dificultar o diagnóstico. Dessa
forma, vêm sendo realizadas diversas pesquisas na área, com o intuito de se desenvolver
materiais com melhores propriedades. O grafeno se destaca, principalmente, por
características como alta resistência, flexibilidade, altas condutividades térmica e elétrica,
impermeabilidade e baixo número atômico. O objetivo desta pesquisa foi conhecer as
propriedades imaginológicas do grafeno, assim como sua possível influência na imagem
em tomografias computadorizadas de feixe cônico. Para isso, foram confeccionadas
amostras de cinco diferentes materiais: titânio, amálgama de prata, guta-percha, liga
metálica de metal fundido em cobre-alumínio, e grafeno. Após a confecção das amostras,
as mesmas foram posicionadas em um phantom e foram realizadas imagens tomográficas
de
cada
material. Posteriormente, as imagens foram analisadas no software
OnDemand3D quanto à média de tons de cinza e ao desvio-padrão em cada ROI. A
análise de variância (ANOVA) seguida do teste t Student, com nível de significância de
5% foi realizada. O grafeno apresentou o menor desvio-padrão e os menores níveis de
artefato, sendo estatisticamente diferente em relação aos outros materiais. Dessa forma,
devido às propriedades do grafeno e às características imaginológicas encontradas,
recomenda-se o uso deste material na prática odontológica.
21
PESQUISAS
UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS PANORÂMICOS DIGITAIS PARA ANÁLISE DAS
VARIAÇÕES ANATÔMICAS DO ÂNGULO MANDIBULAR
Henrique Tuzzolo Neto, Daniela Miranda Richarte de Andrade Salgado, Rodrigo Alves
Ribeiro, Ana Luiza Esteves Carneiro, Claudio Costa
Os sistemas digitais panorâmicos permitem a mensuração de dados antropométricos. O
objetivo deste trabalho foi verificar a diferença das medidas do ângulo mandibular direito e
esquerdo (AMD e AME) reais com as obtidas em radiografias panorâmicas digitais. Foram
utilizados dois aparelhos diferentes e o software Image J® versão 1.47 (National Institutes
of Health, EUA). Em uma mandíbula humana seca, cedida pelo Laboratório de Anatomia
do ICB-USP foram estabelecidos os valores reais (padrão-ouro) para AMD e AME. As
radiografias panorâmicas digitais foram obtidas nos aparelhos Kodak 9000 (Carestream,
EUA) e Cranex D (Soredex, Finlândia). Após a aquisição das imagens, dois
examinadores, separadamente, realizaram as medidas AMD e AME na peça anatômica
com a utilização de um goniômetro, em dois intervalos de tempo (t1 e t2). Os dados foram
analisados estatisticamente pelo teste t com nível de significância de 1%. Os resultados
mostraram
que
não
houve
diferenças
estatisticamente
significantes
entre
os
observadores. No aparelho Cranex D®, as medidas do AMD apresentaram diferenças
estatisticamente significantes (p < 0,001) nos dois intervalos de tempo. Concluiu-se que
as medidas feitas no aparelho Kodak 9000® são mais próximas das medidas reais
(p > 0,001). O software Image J® demonstrou alto grau de reprodutibilidade. O aparelho
Cranex D® apresentou diferenças mais pronunciadas do que as medidas reais nas duas
leituras feitas no AMD (p < 0,001). Ao contrário do afirmado pelos fabricantes de
equipamentos digitais, constatou-se diferenças entre as medidas AMD e AME nas
imagens panorâmicas com relação às medidas anatômicas, porém, estas não foram
estatisticamente significantes.
22
PESQUISAS
ANÁLISE QUANTITATIVA DE ARTEFATOS PROVOCADOS PELA PRESENÇA DE
TITÂNIO EM DIFERENTES POSIÇÕES NO ARCO DENTÁRIO
Luciano Augusto Cano Martins, Polyane Mazucatto Queiroz, Yuri Nejaim, Francisco
Haiter-Neto
A presença de artefato metálico nas imagens de Tomografia Computadorizada de Feixe
Cônico pode dificultar e até inviabilizar o processo de diagnóstico. É possível que sua
formação esteja associada à quantidade e disposição dos objetos metálicos em relação à
região de interesse. O objetivo do presente trabalho foi avaliar quantitativamente a
interferência dos artefatos metálicos nas estruturas dentárias em imagens adquiridas no
aparelho OP300 Maxio. Foram obtidas imagens de um fantoma de acrílico contendo em
seu interior um dente. Cilindros de titânio foram adicionados em diferentes quantidades e
posições em relação ao dente (área de interesse). A quantidade de artefato na região de
interesse foi obtida nos nove diferentes protocolos: Controle (sem metal); A) um metal
posterior, lado oposto à área controle; B) dois metais lado oposto; C) dois metais
posteriores e um metal anterior; D) um metal posterior e adjacente; E) dois metais
posteriores adjacentes; F) dois metais posteriores e um na região anterior adjacente; G)
um metal na região anterior do lado oposto, e; H) um metal na região anterior e um metal
na posterior ambos do lado oposto. Os resultados mostraram que o grupo controle
apresentou menor quantidade de artefato em relação aos demais. O grupo F apresentou
uma quantidade de artefato significativamente maior que os outros grupos (p < 0,005).
Podemos assim concluir que, independentemente da posição dos implantes em relação
ao dente, quanto maior a quantidade de objetos metálicos, maior a quantidade de artefato
formada.
23
PESQUISAS
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO NA DETECÇÃO E
AVALIAÇÃO DO CANAL GUBERNACULAR
Luciana Loyola Dantas, Gabriela Dias Prado, Vanessa Guimarães, Ieda Crusoé RochaRebello, Luciana Soares de Andrade Freitas Oliveira
A tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) permite uma avaliação
tridimensional (3D) da região da maxila e mandíbula, sendo cada vez mais indicada para
os diversos diagnósticos odontológicos, inclusive nas pesquisas de localização de
estruturas anatômicas e de dentes não-irrompidos. O canal gubernacular (CG) é uma
estrutura óssea cuja função está relacionada com o direcionamento do dente permanente
quando a sua coroa estiver completa, em direção ao processo alveolar, por isso, possui
um papel importante na erupção normal desses dentes. Assim, o objetivo deste trabalho
foi detectar e avaliar as características do CG em TCFC. Neste estudo retrospectivo,
foram avaliadas nove imagens de TCFC para investigação de dente incluso e que
possuíam CG em um ou mais dentes. Essas imagens foram interpretadas e descritas por
um único avaliador através do software CS Dental Imaging 3D module versão v3.5.7
(Carestream Health, Atlanta, USA), onde realizou-se mensurações do comprimento e
diâmetro do CG, encontrando-se uma média de 2,51 mm para o diâmetro e 6,9 mm para
o comprimento. Pode-se inferir que o CG deve ser reconhecido pelos cirurgiões-dentistas
como um achado normal nas imagens de TCFC, principalmente no que diz respeito ao
diagnóstico diferencial com outras lesões.
24
PESQUISAS
ANÁLISE DA DEGRADAÇÃO, LONGEVIDADE E QUALIDADE DE IMAGEM DE
PLACAS FÓSFORO FOTOESTIMULÁVEIS
Gustavo Nascimento de Souza Pinto, Anne Caroline Costa Oenning, Francisco HaiterNeto
Com os avanços em relação aos exames de imagem, a radiografia digital surgiu como
uma ferramenta de escolha para o diagnóstico. Frequentemente a placa de fósforo
fotoestimulável (PSPs) tem sido utilizada na prática odontológica. Entretanto, a
longevidade das PSPs ainda não foi bem estabelecida. O objetivo desse estudo foi
determinar a vida útil e a quantidade de degradação da PSPs. Duas PSPs novas foram
expostas aos raios-X e processadas no sistema Express (Instrumentarium Dental Inc.
Milwaukee, WI, USA). Para a aquisição das imagens foi utilizada uma escala de alumínio
com 12 degraus (cada degrau com 1,3 mm de espessura). Para a padronização na
aquisição das imagens utilizou-se um dispositivo de acrílico e tempo de exposição fixado
em 0,08 segundos. Um ROI (Region of interest) de 10 X 10 mm foi utilizado para
mensurar a média dos tons de cinza de cada degrau e de uma área controle fora dos
degraus. Os dados foram analisados usando o teste t-Student, com um nível de
significância de 99%. Um total de 1800 imagens foram adquiridas e analisadas pelo
mesmo radiologista. As diferenças encontradas na média de tons de cinza em cada
degrau ao longo do tempo foram estatisticamente significantes. A partir da aquisição
número 400 foi detectada uma diminuição na média dos tons de cinza. Os resultados
desse estudo revelam uma deterioração das PSPs em relação a quantidade de
exposição.
25
PESQUISAS
O USO DE RECENTES FERRAMENTAS PRÉ-OPERATÓRIAS PARA AVALIAÇÃO DA
QUALIDADE ÓSSEA EM PLANEJAMENTO DE IMPLANTES
Jéssica Rabelo Mina Zambrana, Jorge de Sá Barbosa, Nataly Rabelo Mina Zambrana,
Daniela Miranda Richarte Andrade Salgado, Claudio Costa
A extensa reabsorção da crista óssea mandibular ou atrofia mandibular é vista como o
desafio para o tratamento de implantes. Para o melhor planejamento do tratamento os
exames pré-operatórios são imprescindíveis, contudo apenas informações sobre a
estrutura residual, como altura e espessura local é insuficiente para a sobrevida do
tratamento. A imagem tomográfica depende do grau de atenuação dos feixes de raios-X
e, portanto, depende da estrutura interna anatômica e, é representada por valores de
escala de cinza (VEC). A dimensão fractal é um método matemático usado para
descrever a arquitetura interna como o osso trabecular, por isso pode ser uma ferramenta
pré-operatória para avaliação da qualidade óssea. Foram avaliadas imagens tomográficas
de dez mandíbulas atróficas com oito demarcações correspondentes para regiões de
molares, pré-molares, caninos e região anterior. O osso trabecular foi individualizado para
as aferições de valores de escala de cinza e análise da dimensão fractal. A partir da
correlação de Pearson observou-se a correlação linear entre VEC entre as regiões de
molares e caninos, e regiões anteriores e caninos; contudo, houve correlação somente
entre DF e VEC nas regiões de pré-molares. Os resultados sugerem que o osso
trabecular de mandíbulas atróficas podem apresentar VEC semelhantes devido à alta
reabsorção óssea e, portanto, apresenta-se baixa densidade óssea óptica; a DF pode
predizer a qualidade óssea em regiões que não apresentam extensas reabsorções
ósseas no trabeculado ósseo. Portanto, são ferramentas pré-operatórias promissoras
para a qualidade óssea.
26
PESQUISAS
AVALIAÇÃO VOLUMÉTRICA DOS TERCEIROS MOLARES INFERIORES –
RESULTADOS A PARTIR DE DIFERENTES EXAMINADORES
Thuany Targa de Oliveira, Juliane Freitas Machado, Fabio Ribeiro Guedes, Jônatas
Caldeira Esteves, Maria Augusta Portella Guedes Visconti
Os terceiros molares inferiores comumente apresentam-se retidos na arcada e a
avaliação influencia no diagnóstico e no plano de tratamento. Objetivou-se avaliar o
posicionamento dos terceiros molares inferiores em relação às classificações descritas na
literatura e à conduta de diferentes examinadores, utilizando exames de tomografia
computadorizada de feixe cônico (TCFC). Sessenta e oito dentes foram avaliados por
quatro examinadores distintos. A avaliação foi realizada de acordo com as classificações
descritas na literatura como: Winter, Pell & Gregory e Nortjé. A avaliação subjetiva
determinou o nível de dificuldade para exodontia sugerida. O posicionamento mais
encontrado foi o mesioangulado (77,9%). Em relação à profundidade de intrusão e
relação com o ramo da mandíbula a Posição B (97%) e Classe I (50%) foram as mais
prevalentes. Na avaliação da proximidade das raízes com o canal da mandíbula, a
variável Tipo I foi a mais encontrada (41,2%), e outras variações como duplicações,
divisões e ausência de visualização do canal representaram 5,9% da amostra. Os
avaliadores classificaram o nível de dificuldade para exodontia como “fácil” e “moderada”
em sua maioria (35,3%). Os examinadores com maior índice de acertos foram o
graduando e o clínico geral. Conclui-se que foi possível realizar a avaliação utilizando
imagens de TCFC, sendo a Classificação de Nortjé considerada a mais difícil. Além disso,
o nível de conhecimento dos examinadores interferiu na avaliação proposta.
27
PESQUISAS
OPTIMIZATION OF IMAGE QUALITY USING A NARROW VERTICAL DETECTOR
DENTAL CONE-BEAM COMPUTED TOMOGRAPHY
Danieli Moura Brasil, Ruben Pauwels, Wim Coucke, Francisco Haiter-Neto, Reinhilde
Jacobs
To determine the optimised kVp setting for a narrow detector CBCT unit. Clinical (CL) and
quantitative (QUANT) image quality evaluations were done using an anthropomorphic
phantom. Technical (TECH) image quality evaluation was performed with a polymethyl
methacrylate (SEDENTEXCT-IQ) phantom. Images were obtained using the PaX-i3D
Green CBCT device, combining a large (L) 21 X 19 cm and a medium (M) 12 X 9 cm field
of view and high-dose (HiDo - 85 to 110 kVp) and low-dose (LoDo - 75 to 95 kVp)
protocols, totalling four groups (LHiDo, LLoDo, MHiDo, MLoDo). The radiation dose within
each group was fixed by adapting the mA for each protocol according to a predetermined
dose-area product value. For CL eval uation, observers assessed images based on overall
quality, sharpness, contrast, artefacts, and noise. For QUANT evaluation, mean grey value
shift, % of increase of standard deviation (SD), % of beam-hardening and contrast-to-noise
ratio (CNR) were calculated. For TECH evaluation, segmentation accuracy, CNR, metal
artefacts and sharpness were measured. Based on biplot graphics, representative
parameters were chosen for CL, QUANT and TECH evaluations to determine the optimal
kVp. Overall, kVp values within the same group showed similar quality (p>0.05), except for
110 kVp in LHiDo and 85 kVp in MHiDo of CL score; also 85, 90 kVp in LHiDo and 75, 80
kVp in LLoDo of QUANT score which were worse (p < 0.05). Higher voltages showed
better quality for all groups in the QUANT evaluation, while in other evaluations the effect
of kVp was slight.
28
PESQUISAS
AVALIAÇÃO DAS UNIDADES DE HOUNSFIELD DERIVADAS DOS NÍVEIS DE CINZA
DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO
Matheus Barros Costa, Lia Pontes Arruda Porto, Amaro Lafayette N. Formiga Filho, Flávia
Maria de M. Ramos-Perez, Maria Luiza dos Anjos Pontual
As medições da densidade óssea constituem importante avaliação da qualidade e
quantidade do tecido ósseo. O objetivo no presente estudo foi derivar e avaliar as HUs por
meio dos níveis de cinza do tomógrafo iCAT Next Generation® no protocolo de implante
(0,25 mm de voxel, 120 kVp e 5 mA). Foi escaneado um phantom contendo quatro
materiais e os níveis de cinza foram mensurados para obtenção do coeficiente de
atenuação por meio do método de interpolação NIST XCOM. Com os dados, uma
equação de regressão foi obtida para converter níveis de cinza da tomografia
computadorizada de feixe cônico (TCFC) em coeficiente de atenuação. Foram distribuídos
igualmente 80 exames de TCFC em regiões anterior e posterior de maxila e anterior e
posterior de mandíbula. Os níveis de cinza foram mensurados em três cortes
parassagitais sequenciais das regiões edêntulas, com o iCat Vision®. Os níveis de cinza
foram convertidos em HU utilizando a correlação linear entre os níveis de cinza e o
coeficiente de atenuação linear, e a fórmula padrão para cálculo das HU (HU = 1000 x (µ
material - µ água)/(µ água). Houve maior média de HU para a região anterior da
mandíbula (617,19), seguido da região anterior de maxila (386,96), posterior de
mandíbula (343,11) e posterior de maxila (294,47). Conclui-se que as HUs podem ser
derivadas a partir dos níveis de cinza da TCFC do aparelho e protocolo estudado, e que
as densidades médias encontradas neste estudo são similares aos da literatura em TC
multislice.
29
PESQUISAS
ANÁLISE DA OBSERVAÇÃO DA CRISTA ÓSSEA ALVEOLAR EM TOMOGRAFIAS
COMPUTADORIZADAS DE FEIXE CÔNICO COM ARTEFATOS DE STREAK
Catharina Simioni De Rosa, Ana Luiza Esteves Carneiro, Daniela Miranda Richarte de
Andrade Salgado, Jessica Rabelo Mina Zambrana, Claudio Costa
Artefatos de streak são linhas de projeção com sombras, formadas durante a aquisição
das imagens de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). Resultantes de
estruturas muito densas, como restaurações e coroas metálicas, essas podem prejudicar
a qualidade de detalhes importantes da imagem, aparecendo nas reconstruções
multiplanares e 3D. O objetivo deste estudo é avaliar, em imagens panorâmicas e
parassagitais (transaxiais) de TCFC, se a presença de artefatos de streak, em dentes
posteriores, prejudica a observação da crista óssea alveolar, nas faces mesial, distal,
vestibular e lingual. 30 regiões com dentes e presença de artefatos foram acessadas do
banco de dados do LAPI-FOUSP e analisadas pelo software Xelis Dental (INFINITT
Healthcare, South Korea). As imagens foram avaliadas por 3 radiologistas com diferentes
tempos de experiência. A partir dos resultados obtidos encontramos o erro inter
observadores com kappa variando de 0,778 a 0,966 e erro intra observadores com kappa
= 1,00 para todos os avaliadores. Os artefatos de streak não alteraram a percepção de
diagnóstico para as faces mesial, distal, lingual e vestibular nas regiões estudadas. O
teste de kappa demonstrou alta correlação entre os avaliadores com alta reprodutibilidade
intra/inter observadores.
30
PESQUISAS
ÍNDICES RADIOMÉTRICOS MANDIBULARES NA AVALIAÇÃO DA DENSIDADE
MINERAL ÓSSEA DE MULHERES PÓS-MENOPAUSA
Isadora Pereira Gomes, Sâmila Gonçalves Barra, Cláudia Borges Brasileiro, Lucas
Guimarães Abreu, Ricardo Alves de Mesquita
Investigar
a
associação
entre
quatro
índices
radiométricos,
em
tomografia
computadorizada de feixe cônico (TFCF), e a densidade mineral óssea (DMO) obtida em
exame de absorciometria de energia dupla de raios X (DXA) em mulheres pósmenopausa. Foram avaliadas TCFC e o DXA de 48 mulheres pós-menopausa. Nas TCFC
foram avaliados índices em 4 cortes: o corte A0 (corte definido pela média dos cortes do
forame mentoniano – FM), corte A (10 mm anterior ao corte do FM), corte P (10 mm
posterior ao corte do FM) e corte MP (25 mm posterior ao corte do FM). As medidas foram
avaliadas bilateralmente e em seguida foram obtidas as médias para cada uma. O
coeficiente de correlação intraclasses (ICC) foi realizado para estabelecimento da
concordância intra e interclasse, também foi calculado o erro sistemático pelo teste t e o
erro aleatório pela fórmula de Dahlberg. Nos índices MP, P e A obteve-se diferença
estatística entre os grupos normal versus osteopenia (p = 0,031; p = 0,000; p = 0,037;
respectivamente), e entre os grupos normal versus osteoporose (p = 0,008; p = 0,001;
p = 0,019; respectivamente). No índice A0 obteve-se diferença estatística entre os grupos
normal versus osteoporose (p = 0,019) e osteopenia versus osteoporose (p = 0,005). Os
resultados demostram que os índices quantitativos da TCFC podem ser uteis na
identificação de mulher pós-menopausa com baixa DMO e como ferramenta de triagem
para osteoporose.
31
PESQUISAS
VARIAÇÕES ANATÔMICAS DO CANAL INCISIVO EM TOMOGRAFIA
COMPUTADORIZADA E IMAGENS INTRABUCAIS
Êmilly Oliveira Faria, Beatriz D’aquino Marinho, Claudia Borges Brasileiro, Roselaine
Moreira Coelho Milagres, Tania Mara Pimenta Amaral
O canal incisivo é um reparo anatômico localizado na região anterior de maxila, área
considerada nobre à odontologia. O objetivo deste estudo é avaliar a confiabilidade das
radiografias periapicais (RP) quando comparados às tomografias computadorizadas de
feixe cônico (TCFC), visando um bom diagnóstico de imagem. Foi feita então uma análise
para definir a acurácia da RP e suas indicações. Uma análise e mensuração do Forame
Incisivo (FI) no sentido mesiodistal e ocluso-apical foi realizada em cem RP e cem TCFC.
O forame incisivo foi avaliado em relação ao seu formato e tipo de canal no corte axial,
tipo de canal no corte coronal, e número de aberturas quando o canal é em Y no corte
coronal. Os dados foram coletados por apenas um examinador previamente calibrado.
Após análises estatísticas, observou-se que a ausência de um ou mais elementos (11 ou
21) dificulta a visualização do FI em RP, assim como a idade avançada (p = 0,011). Todas
as medidas realizadas foram maiores nos planos de cortes da TCFC em relação a
radiografia periapical, exceto quando a medida ocluso-apical foi comparada em RP e com
o corte coronal (p < 0,001). Sabendo-se que o tratamento reabilitador com implantes
dentários é frequente em região anterior de maxila e que para tal, para a ausência
dentária, o padrão-ouro para a área se confirma ser a TCFC.
32
PESQUISAS
PREVALÊNCIA DO POSICIONAMENTO DE TERCEIROS MOLARES INFERIORES EM
TCFC, UTILIZANDO A CLASSIFICAÇÃO DE PELL & GREGORY
Andressa Ledermann Pomeroy, Louize Oliveira de Sá, Luciano Teles Gomes, Eduardo
Murad Villoria, Alexandre Perez Marques
O objetivo do estudo foi verificar a prevalência do posicionamento dos terceiros molares
inferiores pela classificação de Pell & Gregory (1933), por meio da tomografia
computadorizada de feixe cônico (TCFC) em 93 exames obtidos. As tomadas
radiográficas foram adquiridas com os seguintes parâmetros: 120 Kv, 8 mA, 40s de tempo
de exposição e voxel de 0,3 mm no aparelho i-CAT Classic® (Imaging Sciences
International, Hatfiel, Pa). Dos 98 exames selecionados do arquivo, foram incluídos na
amostra os exames que apresentassem os terceiros molares inferiores inclusos, semiinclusos ou irrompidos e com o ápice radicular totalmente formado. A amostra final
constou de 160 terceiros molares inferiores presentes nos exames de TCFC (n = 160).
Estes foram avaliados utilizando a classificação de Pell & Gregory em Classe I, II, III e
posição A, B, C, manuseando a TCFC no RadiAnt DICOM Viewer® nos cortes axial,
coronal e sagital. Os resultados obtidos foram apresentados segundo o percentual total da
amostra e divididos em: gênero, quadrante e faixa etária. O presente estudo concluiu que
nos terceiros molares inferiores, a classificação de maior prevalência foi a de IA nos
parâmetros de idade, gênero e quadrante, sendo apenas diferente em paciente do gênero
masculino, que apresentaram a maior prevalência de classificação IB. Observou-se que o
exame de TCFC permitiu, com riqueza de detalhes, a avaliação dos terceiros molares
inferiores e sua classificação de acordo com Pell & Gregory.
33
PESQUISAS
AVALIAÇÃO DA PREVALÊNCIA DE TERCEIRO MOLAR INFERIOR EM ÍNTIMA
RELAÇÃO COM O CANAL MANDIBULAR POR MEIO DA TCFC
Andressa Ledermann Pomeroy, Louize Oliveira de Sá, Eduardo Murad Villoria, Kyria
Spyro Spyrides, Alexandre Perez Marques
O objetivo do estudo foi avaliar por meio de TCFC, a prevalência de terceiros molares
inferiores inclusos, ou semi-inclusos, em íntima relação com o canal mandibular. Foram
selecionadas imagens tomográficas de arquivo, obtidas de 98 indivíduos, 45 do gênero
masculino e 53 do gênero feminino, de diferentes faixas etárias (19-70 anos), com
indicação de exodontia de terceiros molares inferiores inclusos ou semi-inclusos. As
aquisições tomográficas foram realizadas com 120 Kv, 8 mA, 40 s de tempo de exposição
e voxel isotrópico de 0,3 mm. As imagens tomográficas foram selecionadas
aleatoriamente seguindo os critérios de inclusão (terceiros molares inferiores inclusos,
semi-inclusos e com indicação de exodontia) e exclusão (terceiros molares erupcionados,
com rizogênese incompleta e sem indicação de exodontia). Os arquivos DICOM (Digital
Imaging and Comunication in Medicine) foram importados no software Radiant DICOM
Viewer para a avaliação da relação entre terceiros molares inferiores e canais
mandibulares através dos cortes coronal, axial e sagital. Dos 154 terceiros molares
inferiores avaliados, 71% apresentaram íntima relação com o canal mandibular, com
maior incidência para o gênero feminino (56%), enquanto 29% não apresentaram esta
relação. Considerando a elevada prevalência de terceiros molares inferiores inclusos, ou
semi-inclusos, em íntima relação com o canal mandibular, por meio da TCFC, devemos
considerar a utilização desse exame de diagnóstico por imagem para a avaliação préoperatória de terceiros molares inferiores.
34
PESQUISAS
MUDANÇAS ÓSSEAS NO PROCESSO ALVEOLAR MANDIBULAR APÓS CORREÇÃO
ORTODÔNTICA DO APINHAMENTO DENTÁRIO ANTERIOR COM EXODONTIA
Claudia Assunção e Alves Cardoso, Claudia Scigliano Valerio, Flavio Ricardo Manzi
O objetivo desta pesquisa foi avaliar a alteração da espessura e da altura do osso alveolar
e do septo interdentário na região dos incisivos inferiores, após tratamento ortodôntico do
apinhamento dentário com exodontia, por meio de tomografia computadorizada de feixe
cônico (TCFC). A amostra consistiu em 28 incisivos inferiores provenientes de pacientes
adultos. Foram obtidas as imagens de TCFC antes do tratamento (T1) e três meses após
o fim do tratamento (T2). As seguintes medidas foram obtidas: espessura do osso alveolar
e do septo interdentário, altura do septo interdentário e das tábuas ósseas vestibular e
lingual, distância entre a junção cemento-esmalte (JCE) e as cristas ósseas marginais
(MBC) vestibular e lingual, posicionamento vertical (MIH) e inclinação do incisivo inferior
(IMPLA), utilizando como referência o Plano Lingual. O teste t pareado de Student, o
Teste de Wilcoxon e a correlação de Pearson, foram utilizados com nível de significância
de 5%. Houve aumento na medida JCE-MBC no lado vestibular e lingual, que foi
significativo estatisticamente somente no lado lingual, indicando perda óssea e formação
de deiscência nesta região. A alteração na medida JCE-MBC não mostrou correlação com
o índice de Little, ou seja, o grau de apinhamento dentário não foi fator de risco para
desenvolver deiscência óssea. Já a alteração no IMPLA, na altura do septo dentário e no
MIH se correlacionaram fortemente com a formação de deiscência óssea no lado lingual
dos incisivos.
35
PESQUISAS
RELAÇÃO ENTRE A ALTURA DO ÓSTIO SINUSAL COM AS ALTERAÇÕES DO SEIO
MAXILAR POR MEIO DA TCFC
Marcos Paulo Motta Silveira, Evandro José Borgo, Milena Bortolotto Felippe Silva, Sérgio
Lúcio Pereira de Castro Lopes, Jeriel Silva Santos Júnior, Luiz Roberto C. Manhães
Junior
O estudo teve como objetivo relacionar a presença de quatro alterações nos maxilares
(espessamento mucoso, fenômeno de retenção de muco, velamento parcial e velamento
total) em relação à altura entre o óstio sinusal até o assoalho da fossa nasal por meio da
tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). Utilizou-se 503 tomografias de
pacientes maiores de 21 anos de idade, de ambos os gêneros. Por meio de reconstruções
coronais corrigidas em posicionamento, foi feita a varredura no sentido ântero-posterior da
região do seio maxilar para identificação e localização do óstio sinusal e assoalho da
fossa nasal. As medidas da altura do óstio e visualização das alterações sinusais foram
realizadas em ambos os lados. As alterações sinusais avaliadas foram espessamento da
membrana sinusal (EMS) a partir de 5 mm, Fenômeno de retenção de muco (FRM),
Velamento parcial (VP) e Velamento total (VT). Utilizou-se o teste do qui-quadrado ou
Exato de Fisher, estimando-se os Odds ratio brutos com os respectivos intervalos de
confiança de 95%. Verificou-se que existe uma associação significativa da altura do óstio
com gênero (p < 0,0001), com a medida do lado esquerdo (p < 0,0001) e com a presença
de FRM (p < 0,0162). Pode-se concluir que não existe uma relação entre a altura do óstio
sinusal do seio maxilar com estas alterações sinusais, apesar da maior altura apresentar
relação direta com o fenômeno de retenção de muco.
36
PESQUISAS
COMPARAÇÃO ENTRE RADIOGRAFIA PANORÂMICA E TCFC NA DETECÇÃO E
MENSURAÇÃO DE CORTICALIZAÇÃO DE LESÕES ÓSSEAS DOS MAXILARES
Wilson Gustavo Cral, Hugo Gaêta-Araujo, Larissa Moreira de Souza, Dagmar de Paula
Queluz, Christiano de Oliveira-Santos
O objetivo do estudo foi comparar radiografias panorâmicas (PAN) e tomografia
computadorizada de feixe cônico (TCFC) em relação à presença, continuidade e
espessura da corticalização periférica em lesões ósseas benignas (císticas e tumorais)
dos maxilares. A amostra foi composta por 40 lesões, cujas PAN e TCFC foram
realizadas em intervalo máximo de 1 mês entre os exames. Três avaliadores realizaram a
análise das imagens e a comparação entre os exames foi realizada por meio do teste de
McNemar. A presença de corticalização observada em PAN foi confirmada na TCFC em
53,65% dos casos. Em 21,95% dos casos em que a corticalização era considerada
presente em PAN, esta não foi detectada na TCFC. Apenas 52,4% dos casos onde a
corticalização era contínua na PAN foram confirmados pela TCFC. Considerando a TCFC
como padrão ouro, a sensibilidade e especificidade da PAN para a detecção da cortical foi
de 0,733 e 0,824, respectivamente. Já para a continuidade da cortical, estes valores
foram de 0,524 e 0,933, respectivamente. As medidas de espessura em PAN e TCFC não
apresentaram diferenças significativas. Conclui-se que a PAN tem baixa sensibilidade
para detectar continuidade de corticalização de lesões ósseas, e alta especificidade para
a observação da presença e continuidade de corticalização adjacente a lesões ósseas
dos maxilares.
37
PESQUISAS
INFLUÊNCIA DO TAMANHO DO VOXEL NA PRECISÃO DAS MEDIDAS LINEARES
EM IMAGENS DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO
Bruna Lima Pellicciotti, Bruna V. Barbosa, Afonso C. S. de Assis, Luiz R. C. Manhães
Junior, Andée Luiz F. Costa, Sérgio L. P. C. Lopes
A tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) é um exame radiográfico que
transforma a radiação emitida pelo tubo de raios-X em sinais elétricos, por meio de
qualificação e gravação em computador, dessa forma a imagem resultante é derivada de
diversos elementos cúbicos de volume, denominados de voxel, os quais são unidos via
software, possibilitam uma reconstrução tridimensional do objeto radiografado. O objetivo
deste trabalho é analisar a influência do tamanho do voxel e do tempo de exposição na
precisão das medidas lineares do côndilo. Este estudo consiste na utilização de quatro
hemi-mandíbulas maceradas de porcos, as quais foram escaneadas em nove diferentes
protocolos de tamanho de voxel. Os modelos tridimensionais do côndilo foram gerados
para estabelecer uma comparação entre medidas lineares obtidas com cada protocolo de
voxel e aquelas obtidas com um paquímetro. A comparação entre os protocolos foi
realizada considerando a média das duas medidas do côndilo nos eixos latero-medial
(LM) e anteroposterior (PA) e também através da ANOVA de medidas repetidas com
transformação de classificação. No final concluímos que foi encontrada uma diferença
significativa entre os protocolos em relação às variáveis LM e AP. No eixo LM, o protocolo
P6 não apresentou diferença estatística em relação ao padrão-ouro. Os protocolos P4 e
P5 foram estatisticamente semelhantes em comparação com o paquímetro, embora
tenham apresentado um tempo de varredura mais longo. No eixo do AP, o protocolo P8
foi estatisticamente semelhante ao padrão-ouro.
38
PESQUISAS
AVALIAÇÃO DA CORTICAL DA MANDÍBULA EM HOMENS E MULHERES POR MEIO
DE ÍNDICES RADIOMORFOMÉTRICOS OBTIDOS EM TCFC
Ana Luiza Esteves Carneiro, Daniela Miranda Richarte de Andrade Salgado, Jéssica
Rabelo Mina Zambrana, Nataly Rabelo Mina Zambrana, Claudio Costa
Os índices radiomorfométricos (IR) variam de acordo com o gênero e idade dos
indivíduos. Este estudo teve como objetivo avaliar a qualidade óssea em mulheres e
homens, por meio de IR obtidos de imagens tomográficas. Foram analisados 78 exames
de tomografia computadorizada de feixe cônico, de pacientes do sexo feminino e
masculino. As imagens foram obtidas do banco de dados do LAPI-FOUSP, São Paulo,
Brasil. Foram avaliados: Índice Cortical Mandibular (ICM), qualitativo, que classifica em
C1, C2 e C3 a cortical da mandíbula e Índice Mentual (IM), quantitativo. Para as
realizações das medidas utilizamos os softwares XoranCAT® (Xoran Technologies, EUA)
e Xelis® (Infinitt, Coréia do Sul). As imagens foram divididas em dois grupos: Grupo H –
Homens e Grupo M – Mulheres e avaliadas por um examinador em dois tempos
diferentes (T1 e T2). Os dados foram submetidos a análise estatística com nível de
significância de 95% (p < 0,05). Os testes Kappa e de ICC mostraram uma concordância
intraexaminador média a boa. As médias de idade foram: 48,46 ± 15,3 para o grupo M e
53,87 ± 13,09 para o grupo H. A avaliação do ICM mostrou que nos dois softwares e em
ambos os grupos, a maioria das imagens foi classificada em C1. Na avaliação do IM,
foram observadas diferenças estatisticamente significantes entre os dois grupos e nos
dois softwares, com p = 0,0001 no XoranCat® e p = 0,0020 no Xelis®. Concluímos que a
espessura da cortical da mandíbula nas mulheres foi menor que a espessura encontrada
nos homens.
39
PESQUISAS
AVALIAÇÃO DA ESPESSURA DO CANAL MANDIBULAR EM PACIENTES
DENTADOS E DESDENTADOS PARCIAIS POR MEIO DA TCFC
Patrícia de Sousa Filgueiras, Ricardo Raitz, Milena Bortolotto Felippe Silva
Esta pesquisa teve como objetivo comparar a espessura do canal mandibular de
pacientes dentados e desdentados através da TCFC. A amostra foi composta por 800
tomografias obtidas no banco de dados do departamento de Radiologia e Imaginologia da
Faculdade São Leopoldo Mandic, Campinas - SP, sendo todos os exames realizados no
aparelho Classic I-Cat® (Imaging Sciences Internation, EUA), com voxel padronizado em
0,25 mm, FOV (field of view) ou campo de visão de 13 cm. De posse do corte axial, foi
traçado um plano de corte que acompanhou o rebordo ósseo de cada paciente para
obtenção dos cortes transversais. Foi medida a espessura do canal mandibular em três
pontos: A – a 1 mm do forame mandibular, B – no ponto médio do canal mandibular e C –
a 1 mm do forame mentual. Dos 800 pacientes pesquisados, 379 (47,4%) eram do sexo
masculino e 421 (52,6%) eram do sexo feminino. A faixa etária ficou compreendida entre
18 e 86 anos de idade. A espessura no ponto A de pacientes dentados foi,
estatisticamente, maior que dos desdentados; para a região do ponto B não houve
diferença estatística entre os grupos; já a espessura na região do ponto C foi,
significativamente, menor nos pacientes dentados. De acordo com os resultados obtidos
nesse estudo, observou-se que a perda dentária não influencia na espessura do canal
mandibular.
40
PESQUISAS
PREVALÊNCIA DE IMAGEM SUGESTIVA DE ATEROMA NA ARTÉRIA CARÓTIDA EM
PANORÂMICAS E SUA RELAÇÃO COM FATORES DE RISCO
Matheus Barros Costa, Heloísa Cunha Pacheco, Lia Pontes Arruda Porto, Caio Belém
Rodrigues Barros Soares, Andrea dos Anjos Pontual
A aterosclerose é uma doença inflamatória que culmina na formação de placas
ateromatosas na vasculatura, que podem resultar em acidente vascular cerebral. O
objetivo do presente trabalho foi avaliar a prevalência de imagens sugestivas de ateroma
em artérias carótidas (AAC) em imagens de radiografias panorâmicas, e sua relação com
fatores de risco para doenças cardiovasculares. A amostra foi composta por 148
pacientes da Clínica de Radiologia da UFPE, atendidos no período entre setembro de
2015 e maio de 2018, que concordaram em participar da pesquisa e em responder o
questionário de saúde. Após a realização do exame radiográfico, os pacientes passaram
por uma avaliação física (verificação de peso, altura, pressão arterial e circunferência
abdominal) e aplicação do questionário. Dentre os 148 pacientes, 61 eram do sexo
masculino e 87 do sexo feminino. Vinte e duas radiografias apresentaram imagem
sugestiva de AAC, totalizando uma prevalência de 14,8%. Foi verificada uma maior
prevalência de AAC nos grupos de pacientes com idade acima de 53 anos e do sexo
feminino. Não houve associação significativa entre a presença de AAC e fatores de risco
para doença cardiovascular. Conclui-se que a prevalência de AAC mostrou-se alta na
população estudada e que, diante da identificação dessa alteração nas radiografias
panorâmicas, cabe ao cirurgião-dentista o encaminhamento desses pacientes a
especialistas para confirmação do diagnóstico.
41
PESQUISAS
AVALIAÇÃO DE UM APLICATIVO MÓVEL COMO AUXILIAR NO DIAGNÓSTICO
RADIOGRÁFICO DE CONDIÇÕES ENDODÔNTICAS
Francielle Silvestre Verner, Manuela Lima Barros de Oliveira, Jesca Neftali Nogueira
Silva, Rafael Binato Junqueira
O objetivo foi avaliar a viabilidade e eficácia de um aplicativo móvel (APP) como
ferramenta auxiliar no diagnóstico radiográfico de condições endodônticas por estudantes
de Odontologia. Foram selecionadas radiografias de dentes com as seguintes condições
endodônticas: 1 – ausência de tratamento endodôntico (TE) sem lesão periapical (LP); 2 –
ausência de TE com LP; 3 – TE satisfatório sem LP; 4 – TE satisfatório com LP; 5 – TE
insatisfatório sem LP; 6 – TE insatisfatório com LP; 7 – instrumento fraturado; 8 – núcleo
metálico fundido desviado; 9 – fratura radicular; 10 – reabsorção radicular. As imagens
foram avaliadas por vinte estudantes, divididos em grupos com e sem utilização do APP
Kahoot! contendo imagens de referência para serem consultadas durante as avaliações.
O padrão de referência foi estabelecido em consenso por dois endodontistas e três
radiologistas. Testes Kappa e McNemar, Curvas ROC e Anova one-way foram utilizados.
Em ambos os grupos o índice Kappa variou de moderado a substancial. No grupo com
APP houve diferença significante em relação ao padrão dos especialistas para as
condições 4 e 10 (p = 0,000). No grupo sem APP houve diferença para as condições 1, 4,
6, 7, 8 e 10 (p < 0,05). Não houve diferença entre acurácia, sensibilidade e especificidade,
com e sem APP, para nenhuma das condições. O uso do APP Kahoot! com imagens de
referência
melhorou
a
habilidade
dos
estudantes
em
diagnosticar
condições
endodônticas, sendo uma ferramenta auxiliar viável e eficaz de ensino.
42
PESQUISAS
AVALIAÇÃO DA MAGNITUDE DE ARTEFATOS ORIUNDOS DA EXOMASSA EM
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO
Amanda Pelegrin Candemil, Deborah Queiroz de Freitas, Benjamin Salmon, Francisco
Haiter-Neto, Matheus Lima de Oliveira
O objetivo foi avaliar a magnitude de artefatos oriundos de materiais metálicos presentes
na exomassa em Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC). Um fantoma de
imagem composto por 16 tubos de polipropileno preenchidos por uma solução radiopaca
homogênea foi confeccionado. Aquisições foram obtidas pelos aparelhos de TCFC:
Newtom Giano, CS9300 e Picasso Trio. O fantoma foi centralizado em um campo de
visão (FOV) de 5X5 cm, sob protocolos que variaram na composição (ti ou co-cr) e
quantidade (1, 2 ou 3) do material metálico. Por meio do software OsiriX, valores médios
de voxel foram obtidos dos 16 tubos do fantoma. Como forma de mensurar a variabilidade
dos valores de voxel de cada aquisição, o desvio padrão foi calculado. Os dados foram
divididos em 6 grupos conforme região do fantoma (área total-controle, círculo externo,
círculo interno, lado direito, lado esquerdo e zona central). Foram comparados
separadamente os valores médios e de variabilidade de voxel entre as diferentes regiões
do fantoma e os protocolos por meio de análise de variância e teste de Tukey (α=0,05).
Em todas as condições, a média do valor de voxel foi significativamente menor na região
do círculo interno. A variabilidade do valor de voxel foi significativamente maior nas
regiões de círculo interno e zona central na maioria dos protocolos. Concluiu-se que os
artefatos oriundos de materiais metálicos na exomassa estão em maior presença na
região mais central/interna do FOV.
43
PESQUISAS
INFLUÊNCIA DA ORIENTAÇÃO DO DENTE NA DETECÇÃO DE FRATURA
RADICULAR VERTICAL POR MEIO DA TCFC
Victor Aquino Wanderley, Deborah Queiroz Freitas, Francisco Haiter-Neto, Matheus Lima
Oliveira
O objetivo neste estudo foi avaliar a influência da orientação do longo eixo do dente em
relação ao plano de projeção dos raios-X na detecção de fratura radicular vertical (FRV)
em imagens de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) na presença de
diferentes materiais intracanal. Trinta dentes unirradiculares foram instrumentados
endodonticamente e FRV foi induzida em metade da amostra. As imagens de TCFC
foram adquiridas sob duas diferentes orientações do longo eixo da raiz: perpendicular e
paralela ao plano de projeção dos raios X. As imagens de cada raiz foram adquiridas sem
material obturador, seguido de cone de guta-percha e pino metálico. A dose de radiação
em regiões anatômicas específicas foi obtida para as duas orientações. Cinco
especialistas em radiologia odontológica avaliaram as imagens indicando a presença ou
ausência de fratura. A área sob a curva ROC e os dados da dosimetria para cada
orientação da raiz e materiais intracanal foram comparados, respectivamente, com a
análise de variância two-way e one-way (α = 0,05). Observou-se que não houve diferença
estatisticamente significante na detecção de FRV entre as orientações do longo eixo da
raiz, independentemente do material intracanal utilizado. A dose de radiação variou em
algumas regiões anatômicas em função da orientação da raiz. Em conclusão, a
orientação do longo eixo do dente em relação ao plano de projeção dos raios-X não
influencia na detecção de fratura radicular vertical em TCFC.
44
PESQUISAS
ESTUDO COMPARATIVO DA DISCREPÂNCIA DE BOLTON: MODELOS
FOTOGRAFADOS VERSUS MODELOS FÍSICOS
Ana Lúcia Inoue Kim Michaloski, Ana Cláudia Galvão de Aguiar Koubik, Luciano Andrei
Francio
O objetivo foi comparar mensurações dentárias entre modelos físicos e modelos virtuais
fotografados utilizando o software Cfaz para checar a confiabilidade do método. Foi
realizada a discrepância em 20 pares de modelos pelo método manual e as medidas
foram comparadas com os modelos fotografados. As fotografias foram importadas no
software Cfaz e cada imagem calibrada de forma que o software realizasse as devidas
proporções durante as mensurações. Foi aplicado o teste estatístico t de Student com
nível de significância de p ≤ 0.05 para avaliar a confiabilidade do método. Foram
comparadas as medidas mesiodistais de cada dente obtidas manualmente nos modelos
físicos de gesso e digitalmente nos modelos virtuais fotografados. Na maioria das regiões
dentárias avaliadas não houve diferença significativa entre os métodos. Verificou-se
diferença estatística apenas nas regiões dos caninos superiores e incisivos centrais
superiores, porém clinicamente foram inferiores a 1 mm. Os resultados encontrados
confirmaram que é clinicamente aceitável a utilização de modelos fotografados para
realizar a discrepância de Bolton por meio do software Cfaz. A diferença estatística
encontrada nas regiões de caninos superiores e incisivos centrais superiores é
insignificante clinicamente (< 1 mm) e o ganho de tempo e facilidade para as clínicas de
radiologia odontológica é inegável
45
PESQUISAS
ASPECTOS RADIOGRÁFICOS DE GLÂNDULAS SALIVARES MAIORES EM
SIALOGRAFIA
Vagner Braga da Silva, Lucas Morita, Letícia Mayumi Takeda, Isabela Goulart Gil Choi,
Emiko Saito Arita
O objetivo deste estudo foi avaliar o grau de inflamação de cada parte das glândulas
salivares maiores (ducto principal, ducto secundário/terciário, parênquima) em sialografia
com as características individuais dos pacientes. Um total de trinta imagens radiográficas,
tanto de glândulas parótidas como de glândulas submandibulares, de 25 pacientes
submetidos a exames de sialografia foram analisadas retrospectivamente. O grau de
inflamação de cada área da glândula salivar foi avaliado em relação às seguintes
variáveis
categóricas:
sexo,
lado
do
paciente
com
a
glândula
acometida
(direito/esquerdo), tipo de glândula (submandibular/parótida). O teste estatístico quiquadrado foi feito para correlacionar o grau de inflamação de cada área da glândula
salivar com as variáveis categóricas e o teste de correlação de Pearson foi feito para
correlacionar o grau de inflamação presente entre as diferentes partes das glândulas
salivares. Cinco das trinta imagens foram excluídas devido à presença de tumores. O
teste estatístico
qui-quadrado
mostrou ausência
de
correlação
estatisticamente
significante entre o grau de inflamação das diferentes partes das glândulas com as
variáveis estudadas (p < 0,05). O teste de correlação de Pearson mostrou uma correlação
fraca existente entre o grau de inflamação do ducto principal com o ducto intraglandular.
Concluiu-se que a inflamação presente nas glândulas salivares não tem relação
estatisticamente significante com o sexo do paciente, tipo ou lado da glândula acometida.
A sialografia permitiu a visualização da delicada anatomia do sistema ductal e permitiu a
visualização precisa dos sialolitos e estenoses, que são as duas causas principais de
obstrução.
46
PESQUISAS
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA IMAGEM E DOS PARÂMETROS DE EXPOSIÇÃO
DE UM APARELHO DE RAIOS-X INTRAORAL PORTÁTIL
Madelon A F Zenobio, Carolina D B Azevedo, Maria do Socorro Nogueira, Cláudio D
Almeida, Elton G Zenóbio, Flávio
O objetivo deste estudo foi avaliar e discutir os parâmetros de exposição e proteção
radiológica, dose absorvida e qualidade da imagem radiográfica do aparelho de
radiografia intraoral portátil DIOX. Os parâmetros de exposição foram mensurados por
meio do detector Xi UNFORS. A radiação secundária para o operador foi mensurada com
a câmara de ionização 1800cc acoplada ao mesmo eletrômetro. A dose absorvida (D) no
paciente foi calculada utilizando TLD-100H posicionados no simulador antropomórfico
Alderson RANDO. A qualidade da imagem digital radiográfica foi determinada
comparando imagens radiográficas obtidas com o simulador radiográfico odontológico da
região de molares superiores. O aparelho radiográfico intraoral portátil DIOX demonstrou
confiabilidade em relação ao padrão de desempenho dos parâmetros avaliados, exceto
com relação ao diâmetro do campo de radiação (5,8 mm). Não foi detectado nenhum
indício de radiação de fuga do cabeçote. A proteção plumbífera do aparelho atenua a
radiação secundária protegendo o operador, entretanto, foi observado que a região das
gônadas foi a mais exposta durante a mensuração. O maior valor de D foi na região
correspondente as glândulas submandibulares e linguais do lado esquerdo (0,568 mGy).
A qualidade de imagem do aparelho radiográfico portátil DIOX apresentou padrões de
qualidade equivalentes aquelas produzidas por equipamentos radiográficos padrões.
Concluiu-se que o aparelho de radiografia intraoral portátil DIOX demonstrou
confiabilidade em relação aos critérios de controle de qualidade e de radioproteção
estabelecidos pelas normas nacionais e internacionais. Os resultados obtidos mostraram
o uso seguro do aparelho radiográfico odontológico portátil.
47
PESQUISAS
RADIOGRAFIA PANORÂMICA: IMPORTANTE FERRAMENTA NO TRATAMENTO
DOS PACIENTES INFANTIS
Roberta Mansur Caetano, Jairo Conde Jogaib, Alcemar Gasparini Netto, Carla Cristina
Santos de Paula
O objetivo desse estudo foi apresentar a utilização do exame radiográfico panorâmico em
crianças na dentição mista e avaliar a prevalência de anormalidades, ou seja, achados
radiográficos. Foram avaliadas cem radiografias panorâmicas digitais provenientes do
arquivo da disciplina de Imaginologia, referentes a pacientes de 4 a 10 anos de idade, 50
crianças de cada gênero. Foi detectada alguma anormalidade em 46% das crianças e
desse total, 46% eram do gênero masculino e 54% do gênero feminino. As anormalidades
mais prevalentes foram: 33,9% de crianças com direção de erupção desfavorável dos
elementos permanentes, 30,3% apresentavam alguma anomalia de desenvolvimento,
16% perda precoce de dente decíduo e menores valores de cárie, lesão periapical,
aumento do folículo coronário, infraoclusão, pseudocisto antral e destruição coronária. As
anomalias de desenvolvimento detectadas foram, 38,2% de agenesias, 23,5% de
supranumerários, 11,7% de taurodontia e menores valores de transposição, pérola de
esmalte, microdontia, anomalia de forma, geminação, fusão, aplasia condilar e hipertrofia
do processo coronoide. Conclui-se que na criança, essa técnica radiográfica extraoral
pode ser utilizada principalmente para avaliação do desenvolvimento dentário e ósseo,
permitindo identificar anomalias de desenvolvimento, que provavelmente não seriam
detectadas clinicamente.
48
PESQUISAS
A RADIOGRAFIA PANORÂMICA COMO UM ALERTA QUANTO A POSSIBILIDADE DE
ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO
Roberta Mansur Caetano, Jairo Conde Jogaib, Alcemar Gasparini Netto, Alessandro
Rodrigues da Silva, Viviane Rocha Monteiro da Fonseca
A radiografia panorâmica é um exame de rotina na clínica odontológica, cuja avaliação
não deve ficar restrita a dentes e maxilares, pois possibilita o diagnóstico precoce dos
ateromas calcificados na artéria carótida de pacientes, apesar de não ser um exame de
excelência para a investigação desse tipo de calcificação, entretanto, contribui na
detecção dessas lesões em pacientes assintomáticos. O objetivo desse estudo foi avaliar
a prevalência de ateromas calcificados da artéria carótida, detectados em radiografias
panorâmicas e elucidar como podem ser visualizados pelo cirurgião dentista. Foram
utilizadas cem radiografias panorâmicas do arquivo digital da disciplina de Imaginologia
do Curso de Odontologia do Centro Universitário de Volta Redonda. Foram selecionados
pacientes com idade mínima de quarenta anos, cinquenta do gênero feminino e cinquenta
do gênero masculino. Concluiu-se que o ateroma calcificado na artéria carótida pode ser
visualizado como uma massa radiopaca na lateral das radiografias, abaixo do ângulo da
mandíbula, próximo ao osso hioide e das vértebras C3 e C4, que corresponde a área de
bifurcação da artéria carótida comum. Foi detectado em 32 pacientes, portanto, a
prevalência foi de 32%, sendo 22% no gênero feminino e 10% no masculino.
49
PESQUISAS
CANINOS INCLUSOS: IMPORTÂNCIA DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
Roberta Mansur Caetano, Jairo Conde Jogaib, Alcemar Gasparini Netto, Ana Carolina
Torres Reis, Pamela dos Santos Almeida
Para esse estudo foi realizada revisão bibliográfica e foram apresentadas imagens
tomográficas de caninos superiores inclusos, com o objetivo de ressaltar a importância da
tomografia computadorizada por feixe cônico, no diagnóstico e planejamento do
tratamento ortodôntico. Os seis caninos avaliados estavam mesioangulados e com coroa
em íntimo contato com as raízes dos elementos adjacentes, quatro apresentavam a
cúspide posicionada mesialmente ao incisivo lateral e um deles estava associado à
reabsorção do incisivo central e reabsorção severa do incisivo lateral. Cinco do lado
esquerdo e um do lado direito, quatro localizavam-se por palatina dos dentes adjacentes,
um por vestibular e um no centro do rebordo. Foi observado um caso de transposição
dentária, dos elementos 22 e 23, havia presença de elementos decíduos na região da
inclusão dentária em quatro casos, em um caso havia total falta de espaço para o canino
incluso e em dois casos os caninos apresentavam aumento do folículo coronário.
Concluiu-se que a TCFC permite a exata localização do elemento incluso, além de sua
relação com estruturas e dentes adjacentes. O diagnóstico das reabsorções radiculares
de dentes adjacentes ao canino incluso, antes do tratamento ortodôntico pode alterar
totalmente o planejamento do caso, além de definir a melhor trajetória de tracionamento
dentário.
50
PESQUISAS
RELAÇÃO DO TERCEIRO MOLAR INFERIOR COM CANAL MANDIBULAR EM
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA POR FEIXE CÔNICO
Roberta Mansur Caetano, Jairo Conde Jogaib, Alcemar Gasparini Netto, Júlio César
Régnier Leite
O objetivo desse trabalho foi avaliar a relação do canal mandibular com os terceiros
molares inferiores inclusos, por meio da tomografia computadorizada por feixe cônico. Foi
avaliada a relação entre 36 terceiros molares inferiores e o canal mandibular. Foram
utilizadas as seguintes classificações e os respectivos resultados foram encontrados:
Winter: mesioangular (55,56%), horizontal (22,22%), vertical (19,44%), distoangular
(2,78%); Pell e Gregory, relação do terceiro molar com o plano oclusal: posição A
(19,44%), Posição B (36,11%), Posição C (44,44%); em relação a borda anterior do ramo
mandibular: Classe I (75%), Classe II (25%), Classe III (0%); Nortjé: Tipo I (8,33%), Tipo II
(72,22%), Tipo III (19,44%); Felez Gutierrez et al. (1997) modificada por Gomes (2001): os
tipos mais prevalentes foram, obscurecimento dos ápices (27,78%), reflexão dos ápices
(16,67%) e a localização do canal mandibular em relação ao terceiro molar em tomografia
computadorizada por feixe cônico: inferior (50%), lingual (22,22%), vestibular (13,89%),
inferior e vestibular (5,56%), inferior e lingual (8,33%), com contato com o canal
mandibular (77,78%), sem contato com o canal mandibular (22,22%). Concluiu-se que ao
detectar um sinal radiográfico de íntima relação da raiz do terceiro molar com o canal
mandibular, torna-se necessário o emprego da tomografia computadorizada por feixe
cônico, que permitirá um correto planejamento cirúrgico.
51
PESQUISAS
AJUSTE DE BRILHO E CONTRASTE: PREFERÊNCIA DOS OBSERVADORES
VERSUS DESEMPENHO NO DIAGNÓSTICO DE FRATURA RADICULAR VERTICAL
Nicolly Oliveira Santos, Hugo Gaêta-Araujo, Eduarda Helena Leandro do Nascimento,
Matheus Lima de Oliveira, Deborah Queiroz de Freitas
O presente estudo objetivou avaliar o efeito do brilho e do contraste das radiografias
digitais intraorais para o diagnóstico de fraturas radiculares verticais (FRV), bem como
analisar a preferência dos observadores para a qualidade subjetiva da imagem. Para isso,
trinta radiografias periapicais de dentes humanos unirradiculares foram adquiridas. As
condições intracanal testadas foram: sem preenchimento, guta-percha, pino metálico e
pino de fibra de vidro. As imagens originais foram ajustadas em quatro combinações,
resultando em cinco variações de brilho e contraste (V1 a V5) para cada radiografia
adquirida. Cinco radiologistas orais analisaram as imagens. Posteriormente, os
observadores classificaram as radiografias de acordo com a sua preferência para a
qualidade da imagem. A área sob a curva ROC, sensibilidade, especificidade e
concordância do observador foram calculadas. Os resultados obtidos mostraram que não
houve diferença estatisticamente significante entre os valores diagnósticos das imagens
originais e ajustadas e mesmo entre as condições intracanal testadas. Na maioria dos
casos, as radiografias com +15% de contraste e -15% de brilho (V2) foram classificadas
como melhores, enquanto que as imagens com +30% de brilho e -30% (V5) foram
consideradas piores. Com isso, concluímos que com o intervalo testado, o ajuste de brilho
e contraste não influenciaram o diagnóstico de FRV. Além disso, os observadores
preferiram imagens com menor brilho e maior contraste.
52
PESQUISAS
DIAGNÓSTICO DE FRATURA RADICULAR VERTICAL EM DENTES PRÓXIMOS E
DISTANTES A IMPLANTES: INFLUÊNCIA DOS ARTEFATOS NA TCFC
Deborah Queiroz Freitas, Taruska Ventorini Vasconcelos, Marcel Noujeim
O objetivo nesse trabalho foi avaliar a influência de artefatos produzidos por implantes de
zircônia no diagnóstico de fratura da raiz vertical (FVR) em dentes próximos e distantes
do implante em imagens de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC), bem
como da quilovoltagem (kVp) e da ferramenta de redução de artefatos metálicos (MAR).
Vinte raízes foram divididas em grupo controle e fraturado (n = 10). Os dentes foram
posicionados nos alvéolos do primeiro e segundo pré-molares direito e esquerdo de uma
mandíbula humana. Os exames de TCFC foram adquiridos no aparelho ProMax 3D com
kVp de 70, 80 ou 90 kVp; com ou sem MAR; e com ou sem o implante de zircônia
posicionado no alvéolo do primeiro molar direito. As imagens foram avaliadas por 5
examinadores. A área sob a curva ROC, sensibilidade e especificidade foram calculadas
e comparadas pela análise de variância. No geral, a curva ROC e a sensibilidade não
foram afetadas pelos fatores estudados (p > 0,05). Os principais efeitos ocorreram na
especificidade; quando o implante foi usado sem MAR, os valores foram menores para o
dente 45 para todas as kVps (p = 0,0001). Artefatos produzidos nas proximidades de
dentes com suspeita de VRF prejudicam o diagnóstico diminuindo a especificidade, pois
podem mimetizar a linha de VRF, gerando falsos positivos. A MAR melhora a
especificidade, sendo recomendada quando objetos metálicos estão presentes próximos
a dentes com suspeita de FVR.
53
PESQUISAS
CORRELAÇÃO DA PNEUMATIZAÇÃO E MORFOLOGIA DO COMPONENTE
TEMPORAL DA ATM: ANÁLISE EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE
CÔNICO
Mariana Rocha Nadaes, Larissa Pereira Lagos de Melo, Francisco Haiter-Neto, Deborah
Queiroz Freitas
O objetivo desse estudo foi correlacionar a pneumatização do osso temporal e a
morfologia da eminência articular e da fossa mandibular. Além disso, foi proposta uma
classificação
para
a
pneumatização
do
componente
temporal
da
articulação
temporomandibular (ATM). Foi utilizada uma amostra de cem exames de tomografia
computadorizada de feixe cônico (TCFC), totalizando duzentas ATMs. As imagens foram
avaliadas subjetivamente e objetivamente através das reconstruções paracoronal e
parassagital da ATM por dois examinadores. Todas as ATMs foram classificadas quanto à
pneumatização no sentido médio-lateral em escores entre 0-1, e no sentido
anteroposterior em escores entre 0-3. A inclinação e a altura da eminência articular e a
espessura do teto da fossa mandibular foram obtidas. As medidas lineares e angulares
encontradas para as diferentes classificações de pneumatização foram comparadas pela
Análise de Variância (ANOVA dois fatores – pneumatização x lado). A pneumatização
esteve presente em 83,5% dos casos no sentido médio-lateral e em 88% no sentido
anteroposterior. ANOVA indicou que o lado ou a presença da pneumatização não
afetaram significativamente a morfologia da eminência articular e da fossa mandibular
(p > 0,05). Foi possível concluir que a presença da pneumatização no componente
temporal da ATM não afeta a sua morfologia. No entanto, os profissionais devem ter em
mente a alta prevalência da pneumatização e levar isso em consideração ao realizar a
avaliação da ATM.
54
PESQUISAS
INFLUÊNCIA DOS PARÂMETROS DE AQUISIÇÃO E ARTEFATOS PRODUZIDOS EM
TCFC NO DIAGNÓSTICO DE REABSORÇÃO RADICULAR EXTERNA
Rocharles Cavalcante Fontenele, Eduarda Helena Leandro do Nascimento, Taruska
Ventorini Vasconcelos, Marcel Noujeim, Deborah Queiroz de Freitas
O objetivo do presente estudo foi avaliar a influência dos artefatos produzidos pelo
implante de zircônia e dos parâmetros de aquisição da tomografia computadorizada de
feixe cônico (TCFC) no diagnóstico de reabsorção radicular externa (RRE) em dentes
próximos e distantes ao local de instalação do implante. Cavidades (0,62 mm de diâmetro
e 0,19 mm de profundidade) foram criadas em 12 raízes, em seus terços apicais, na face
vestibular, lingual, distal ou mesial; dez raízes serviram de controle. As raízes foram
posicionadas aleatoriamente nos alvéolos de primeiros e segundos pré-molares direitos e
esquerdos de uma mandíbula humana seca; um implante de zircônia foi colocado no
alvéolo do primeiro molar direito. Para a aquisição das imagens, foi utilizado o tomógrafo
ProMax 3D variando kVp (70, 80 ou 90 kVp) e a ativação ou não da ferramenta de
redução de artefato (FRA). Cinco examinadores avaliaram todas as imagens para obter
área sob a curva ROC, sensibilidade e especificidade. A curva ROC e a sensibilidade não
foram afetadas pela produção dos artefatos e pela FRA (p > 0,05). No entanto, o aumento
da kVp ocasionou no aumento significativo em seus valores (p = 0,0202 e 0,0199,
respectivamente). A especificidade não foi afetada pelos fatores estudados (p > 0,05).
Entre os fatores estudados, apenas a kVp influenciou o diagnóstico de RRE nas imagens
de TCFC, uma vez que o aumento da kVp melhorou sua acurácia.
55
PESQUISAS
INFLUÊNCIA DOS PARÂMETROS DE AQUISIÇÃO NA MAGNITUDE DE ARTEFATOS
PRODUZIDOS POR IMPLANTE DE ZIRCÔNIA EM IMAGENS DE TCFC
Rocharles Cavalcante Fontenele, Eduarda Helena Leandro do Nascimento, Taruska
Ventorini Vasconcelos, Marcel Noujeim, Deborah Queiroz de Freitas
O objetivo do presente estudo foi avaliar a influência da quilovoltagem (kVp) e da
ferramenta de redução de artefatos metálicos (FRA) na magnitude dos artefatos
produzidos em imagens de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). Um
implante de zircônia foi inserido, em uma mandíbula humana no alvéolo do dente 46. As
imagens foram adquiridas nos aparelhos ProMax 3D e Picasso Trio, variando os valores
de kVp (70, 80 e 90 kVp) e com ou sem ativação da FRA. Os escaneamentos foram
realizados antes e depois da inserção do implante. Regiões de interesse foram
determinadas a diferentes distâncias da região formadora de artefatos (15, 25 e 35 mm)
nas imagens axiais, sendo calculados os valores de desvio padrão (DP) dos tons de cinza
e a relação contraste-ruído (CNR). Análise de variância foi realizada para comparação
dos valores obtidos nos diferentes protocolos. Em geral, para ambos os aparelhos, nos
casos em que os artefatos foram mais pronunciados, a FRA foi eficiente para reduzir os
valores de DP. No entanto, a FRA não afetou a CNR das imagens do aparelho Picasso
Trio, enquanto causou aumento no valor da CNR nas imagens do ProMax 3D. Sendo
assim, para ambos equipamentos, o aumento da kVp e a FRA foram efetivos em diminuir
os artefatos em imagens de TCFC em toda a sua magnitude quando eles foram mais
expressivos. Cabe ao profissional escolher uma dessas duas opções, ou até as duas,
considerando o objetivo da TCFC e a dose de radiação exposta ao paciente.
56
PESQUISAS
DETECÇÃO DE DEFEITOS ÓSSEOS PERIAPICAIS SIMULADOS EM RADIOGRAFIA
DIGITAL COM DIFERENTES VARIAÇÕES DE BRILHO E CONTRASTE
Danieli Moura Brasil, Hugo Gaêta-Araujo, Eduarda Helena Leandro Nascimento, Deborah
Queiroz Freitas, Cristiano Oliveira-Santos
O objetivo no presente estudo foi determinar se o uso de diferentes níveis de ajuste de
brilho e contraste em imagens de radiografias digitais interferem na detecção de defeitos
ósseos periapicais simulados, bem como investigar a preferência dos avaliadores em
relação a qualidade subjetiva da imagem para essa tarefa diagnóstica. A amostra foi
composta por 14 alvéolos dentários e seus respectivos dentes. As imagens radiográficas
foram adquiridas antes e depois de cada alargamento do defeito ósseo apical. As
imagens originais foram ajustadas em 4 combinações de brilho e contraste. Cinco
avaliadores avaliaram a presença de defeito ósseo apical usando uma escala de 5-pontos
e classificaram subjetivamente as imagens da melhor a pior para diagnóstico do defeito
ósseo. Não foi encontrada diferença entre os valores de diagnóstico das cinco variações
de brilho e contraste (p > 0,05). Menores valores de área sob a curva ROC e sensibilidade
foram encontrados na detecção de defeitos ósseos entre os tamanhos 1 a 3, os quais
aumentaram substancialmente no tamanho 4. Para a qualidade subjetiva, a variação V2 (15% brilho/+15% contraste) foi escolhida como a melhor em 85% dos casos, seguida pela
variação V1 (-30% brilho/+30% contraste) em 32,9% dos casos. Concluiu-se que o ajuste
de brilho/contraste não interferiu no diagnóstico de defeitos ósseos periapicais simulados
em radiografias digitais intraorais. Imagens com menor brilho e maior contraste foram
preferidas para essa tarefa diagnóstica.
57
PESQUISAS
ALTERAÇÕES DE CÉLULAS AÉREAS ETMOIDAIS POSTERIORES EM INDIVÍDUOS
COM FISSURA LABIOPALATINA
Maria Clara Rodrigues Pinheiro, Cristina Salazar Berrocal, Izabel Maria Marchi de
Carvalho
As células de Onodi (CO) são uma variação anatômica nas células etmoidais mais
posteriores e sua presença tem sido associada a esfenoidite. A prevalência destas células
nos indivíduos com fissura labiopalatina (FLP) ainda é desconhecida. O objetivo deste
trabalho foi conhecer a prevalência destas células em indivíduos com FLP observadas em
tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). Foram avaliadas 192 TCFC de
pacientes com FLP para comparar a incidência das CO entre os tipos de fissuras. Foram
utilizados os testes qui-quadrado e o teste de Fischer para relação das variáveis: sexo,
idade, lado, tipo de fissura e a prevalência das CO. Um valor de p ≤ 0, 05 para rejeição da
hipótese nula foi adotado. Foi observado que há uma maior incidência das CO no sexo
masculino e um maior acometimento no lado direito do seio etmoidal. Os pacientes com
fissura transforame incisivo foram os que mais apresentaram esta variação e, foi também
observada a presença de espessamento da mucosa no seio esfenoidal em alguns
indivíduos. Tendo em vista que a prevalência de achados incidentais na TCFC de
pacientes com FLP é três vezes maior, deve-se conhecer as características anatômicas
de estruturas associadas à célula de Onodi com intuito de guiar o cirurgião a identificá-la,
evitando possíveis complicações associadas a essa variante anatômica.
58
PESQUISAS
DIAGNÓSTICO DE REABSORÇÃO RADICULAR EXTERNA SIMULADA EM
RADIOGRAFIAS DIGITAIS: INFLUÊNCIA DA RESOLUÇÃO ESPACIAL
Rafael Binato Junqueira, Mariane Floriano Lopes Santos Lacerda, Jesca Neftali Nogueira
Silva, Thaísa Mendes Gomes Lima, Francielle Silvestre Verner
O objetivo foi avaliar a influência do número de pares de linhas em radiografia periapical
digital na acurácia da detecção de reabsorções radiculares externas (RRE) simuladas.
Quarenta molares inferiores tiveram as coroas seccionadas. Metade da amostra foi
instrumentada, obturada e aleatoriamente dividida para confecção de RRE simuladas com
brocas esféricas de diferentes diâmetros. Radiografias digitais utilizando placas de fósforo
fotoestimuláveis (PSP) foram obtidas em três incidências e repetidas quatro vezes para
serem scaneadas com resoluções de 10, 20, 25 e 40 pl/mm. A análise das imagens
revelou que dentes obturados apresentaram menores valores de sensibilidade com 10, 20
e 25 pl/mm (p < 0,001) e maiores valores de especificidade e acurácia para as mesmas
resoluções (p < 0,001). Dentes sem obturação apresentaram maiores valores de
sensibilidade para resolução 20 (0,91) e menor para 40 pl/mm (0,61); especificidade maior
em 40 (1,00) e menor em 10 pl/mm (0,71) e acurácia maior em 40 (0,87) e menor em
10 pl/mm (0,82). Em RRE pequena, resolução 10 e 25 pl/mm foram respectivamente
menos e mais acuradas; RRE média a acurácia foi maior com 40 pl/mm e RRE grandes
foram melhores identificadas com 25, enquanto 40 pl/mm apresentaram menor acurácia.
Verificou-se que nos terços cervical e médio os acertos foram respectivamente menos e
mais facilmente detectados. Conclui-se que a resolução espacial influenciou a detecção
de RRE simuladas em radiografias periapicais digitais.
59
PESQUISAS
AVALIAÇÃO DA ALTERAÇÃO DO PLANO DE TRATAMENTO DA EXTRAÇÃO DOS
TERCEIROS MOLARES INFERIORES POR MEIO DE PANORÂMICA E TOMOGRAFIA
Ralph Azevedo, Milena Bortolotto Felippe Silva, Ricardo Raitz, Luiz Roberto Coutinho
Manhães Junior
As cirurgias que envolvem os terceiros molares inferiores são um dos procedimentos
cirúrgicos orais mais comuns na rotina diária odontológica e podem causar injúrias do
canal mandibular inferior. Esta pesquisa teve como objetivo em seus resultados avaliar as
vantagens da alteração do plano de tratamento da extração dos terceiros molares
inferiores por meio de radiografia panorâmica digital e da tomografia computadorizada de
feixe cônico. Propondo critérios de avaliação das radiografias panorâmicas para uma
melhor indicação de tomografia computadorizada de feixe cônico. Como metodologia
foram utilizados vinte casos de pacientes, através de vinte radiografias panorâmicas
digitais e vinte tomografias computadorizadas de feixe cônico, ambos os exames dos
mesmos pacientes; para tal utilizou-se o banco de dados disponibilizado pela Clínica de
Radiologia Odontológica DIGITAL-X, de Vacaria – RS. Como critérios de inclusão definiuse os pacientes com indicação de exodontia dos terceiros molares inferiores por meio de
radiografias panorâmicas digitais e tomografias computadorizadas de feixe cônico e os
exames radiográficos que tinham máxima nitidez, mínima distorção e grau médio de
densidade e contraste. Os critérios de exclusão fixados foram os pacientes com
rizogênese incompleta dos terceiros molares inferiores, pacientes que continham artefatos
metálicos na região adjacente, pacientes que apresentavam lesões patológicas e histórico
cirúrgico na região de terceiros molares inferiores, bem como, casos com exames com
intervalos maiores que seis meses. Para avaliação das imagens participaram, como
convidados e observadores, 16 cirurgiões-dentistas com rotina clínica e com diferentes
especialidades, como radiologia, patologia e cirurgia bucomaxilofacial.
60
PESQUISAS
INFLUÊNCIA DE CONDIÇÕES DE INTERPRETAÇÃO RADIOGRÁFICA NO
DIAGNÓSTICO DE LESÕES DE CÁRIE PROXIMAL
Carlos Augusto de Souza Lima, Eduarda Helena Leandro Nascimento, Hugo GaêtaAraujo, Deborah Queiroz de Freitas, Matheus Lima de Oliveira
O objetivo neste estudo foi avaliar a acurácia de detecção radiográfica de lesões de cárie
proximais sob a influência de diferentes condições de interpretação: iluminação ambiente,
ângulo horizontal de visão e tipo de monitor. Quarenta dentes posteriores (20 molares e
20 pré-molares) foram agrupados para simular uma situação clínica e radiografados com
um sensor digital Digora Toto, seguindo a técnica interproximal. As imagens radiográficas
foram aleatorizadas em arquivos de slide show e avaliadas sob três condições de
iluminação ambiente (baixa, média e alta), três ângulos horizontais de visão (90º, 68,5º e
45º) e três tipos de monitores (Dell P2314H, Barco MDRC-2124, iMac 5k 27?). Três
examinadores avaliaram a presença d as lesões de cárie proximais utilizando uma escala
de cinco pontos. Imagens de microtomografia computadorizada foram usadas como
padrão-ouro para as lesões de cárie. Os valores de acurácia, sensibilidade e
especificidade foram obtidos e comparados pelo teste ANOVA para verificar possíveis
diferenças entre as condições de interpretação (p = 0,05). A iluminação ambiente e o
ângulo de visão não influenciaram significativamente os valores de diagnóstico para
nenhum monitor estudado (p > 0,05). Não foram observadas diferenças estatisticamente
significantes entre o desempenho dos três monitores (p > 0,05). Em conclusão, o
diagnóstico de cárie não é influenciado pelas condições de iluminância, ângulo horizontal
de visão e tipos de monitores avaliados.
61
PESQUISAS
IMPORTÂNCIA DA TCFC PARA AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO ESPACIAL ENTRE
IMPLANTE DENTÁRIO E DENTE ADJACENTE – RELATO DE CASO
Beatriz Ribeiro Ribas, Priscila Dias Peyneau, Francielle Silvestre Verner, Márcia Gabriella
Lino de Barros, Helena Aguiar Ribeiro do Nascimento
A radiografia panorâmica é bastante utilizada no planejamento e acompanhamento de
implantes dentários, entretanto, devido à magnificação e às características bidimensionais
da imagem, além da distorção e do reduzido detalhe, vem sendo substituída pela
tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). A TFCF é importante tanto no
planejamento, quanto como exame auxiliar nos casos de complicação de implantes
dentários, pois permite uma avaliação tridimensional dos sítios ósseos, fornecendo dados
precisos sobre a qualidade e quantidade de osso remanescente, além de possibilitar a
identificação de estruturas anatômicas nobres e suas variações. Diante disso, objetiva-se
relatar o caso do paciente A. G. F., sexo masculino, 47 anos, que realizou uma radiografia
panorâmica para o acompanhamento de implantes dentários. Observou-se roscas
expostas dos implantes da região dos dentes 45, 46 e 47 e sobreposição do implante da
região do dente 45 na raiz do dente 44, desta forma, foi sugerida a complementação com
TCFC para melhor avaliação. Nas imagens de TCFC verificou-se ausência do implante da
região do dente 46 e relação de íntimo contato do implante da região do dente 45 com os
terços médio/apical da raiz do dente 44, causando reabsorção radicular externa. A
radiografia panorâmica foi importante para avaliar os implantes, porém, não forneceu
todas as informações necessárias para o correto diagnóstico, sendo assim, a utilização da
TCFC foi imprescindível para o diagnóstico final.
62
PESQUISAS
INSUCESSOS DE IMPLANTES DENTÁRIOS EVIDENCIADOS EM TOMOGRAFIA
COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO
Beatriz Ribeiro Ribas, Maria Luiza dos Anjos Pontual, Andréa dos Anjos Pontual, Danyel
Elias da Cruz Perez, Flávia Maria Moraes Ramos-Perez
No presente trabalho, é objetivo apresentar casos de insucesso de implantes dentários
por meio de exames de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). O implante
dentário é uma alternativa para pacientes edêntulos que necessitam realizar uma
reabilitação oral para manutenção de sua qualidade de vida. Entretanto, muitos
insucessos e iatrogenias podem ocorrer quando não há um devido planejamento da
cirurgia e do tratamento. Os exames pré-operatórios necessitam de informações sobre as
características morfológicas e topográficas do rebordo alveolar residual, além da
avaliação da relação com as estruturas anatômicas e de patologias ósseas. A TCFC é o
exame pré-operatório indicado para avaliação dessas regiões, uma vez que fornece
informações tridimensionais de qualidade. Devido à sobreposição de estruturas nos
exames radiográficos convencionais, exposição do implante na cortical vestibular ou
palatina/língua, penetração do implante no seio maxilar e fossa nasal e distância
inadequada entre os implantes e dentes, são insucessos apenas evidenciados por
exames tomográficos. Desta forma, é necessário que o profissional avalie criteriosamente
o paciente e siga o protocolo correto de exames imaginológicos, para o planejamento
cirúrgico e do tratamento para atenuação do índice de insucesso. Em suspeitas clínicas
de insucessos, sobretudo quando o implante está além das corticais vestibulares, linguais
ou palatinas, o exame de TCFC é uma ferramenta de grande auxílio.
63
PESQUISAS
ESTUDO DA PREVALÊNCIA DAS CLASSIFICAÇÕES DA FOSSA OLFATÓRIA POR
MEIOS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO
Elisângela Lemes, Aline Kataki Paixão, Bianca Costa Gonçalves, Gabriel Oblack, Sergio
Lucio Pereira de Castro Lopes
Este estudo teve como objetivo analisar, por meio da tomografia computadorizada de
feixe cônico (TCFC), a prevalência das variações da fossa olfatória e lâmina crivosa do
osso etmoide (LCO). Foram analisados 210 exames de tomografia computadorizada de
feixes cônicos, pertencentes ao arquivo da Clínica de Radiologia da Universidade onde foi
realizado. Todos os exames foram obtidos previamente em aparelho de tomografia de
feixes cônicos da marca i-CAT Next Generation (Imaging Sciences International, Hatfield,
PA, EUA), com campo de visão (FOV) que abranja a região média e superior da face,
possibilitando a visibilização da Crista Galli do osso etmoide e fossas nasais. Todas as
análises foram realizadas em software XORAN (Xoran Technologies), utilizando-se a
ferramenta régua para execução das medidas, e correspondente classificação de Keros
(1962) em três categorias (Classe I, II e III). Tabulados os dados, foi realizada a estatística
descritiva da prevalência dos tipos e a relação entre as mesmas. O estudo foi dividido em
variáveis: idade, gênero e raça, obtida a classificação dos pacientes analisados, foi
observando a prevalência da classe II de Keros em todas as situações. Pode-se concluir
pela metodologia adotada neste estudo que a Classe II de Keros foi a mais encontrada,
independente das variáveis: gênero, idade e raça. Seguidas da Classe I e Classe III.
Ressalta-se que o presente trabalho é pioneiro, uma vez que nenhum outro estudo na
literatura valeu-se da TCFC para este objetivo.
64
PESQUISAS
ESTUDO DOS ÍNDICES RADIOMORFOMÉTRICOS EM MANDÍBULAS DE MULHERES,
DENTRO DO GRUPO DE RISCO DE POSSUÍREM OSTEOPOROSE
Selma dos Santos Pereira Meirelles Reis, Angela Jordão Camargo, André Luiz Ferreira
Costa, Claudio Fróes de Freitas, Maria Beatriz C. Cal Alonso
O presente estudo analisa e compara os índices quantitativos e qualitativos do tecido
ósseo mandibular, nas regiões dos forames mentuais, em TCFC, de mulheres saudáveis,
acima de 45 anos, dentro de um grupo de risco de possuir osteoporose. Foram calculados
os índices mandibulares tomográficos, superior e inferior, foram aplicados os índices de
risco de osteoporose (Osteoporosis - self-assessement tool) e foram feitas avaliações
subjetivas da morfologia da cortical mandibular (índice de Klemetti). Entre 63 pacientes,
três grupos foram formados de acordo com OST: G1 - com risco elevado para
osteoporose, G2 - com risco moderado à osteoporose e G3 - sem risco para osteoporose.
Análises estatísticas verificaram-se as diferenças entre os grupos: 39 pacientes com baixo
risco à osteoporose, 21 pacientes com risco moderado à osteoporose e 3 com alto risco à
osteoporose. Foram agrupadas as mulheres com risco moderado e alto, devido ao baixo n
no alto grupo de risco. Entre as mulheres com baixo risco de osteoporose, 10,26%
tiveram Klemetti C3 e entre as mulheres com risco moderado e alto de osteoporose,
41,67% tiveram Klemetti C3 mostrando uma diferença estatisticamente significativa
(p = 0,0039; teste qui-quadrado). Não foram encontradas diferenças significativas entre os
dois grupos para C/A (p = 0,6153) e para C/B (p = 0,3149), teste de Mann-Whitney. As
avaliações subjetivas das corticais ósseas da mandíbula, na região de forame mentual do
lado direito e esquerdo, classificadas como C2 e C3, apresentam-se correlacionadas com
as mulheres de alto risco de possuírem osteoporose, de acordo com o índice de OST.
Não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos baixo, modera do e alto
de risco de osteoporose com as medidas D, C/A e C/B.
65
PESQUISAS
AVALIAÇÃO COMPARATIVA DE FRATURAS RADICULARES EM IMAGENS
RADIOGRÁFICAS INTRABUCAIS DIGITAIS E INTRABUCAIS ANALÓGICAS
Chrystiane Capelli, Tamires de Paula Rodrigues Juliatte
O exame radiográfico intrabucal analógico ainda é o método mais utilizado na
Odontologia, com boa qualidade de imagem a baixo custo. Porém, os requisitos para
obtenção e preservação das imagens, tornam essa prática obsoleta. Entretanto, o sistema
digital tem melhorado a precisão da interpretação e a redução de radiação ionizante. O
objetivo foi comparar as técnicas periapicais convencional e digital, visando qual método é
mais indicado para detectar fraturas radiculares. Foram utilizadas radiografias analógicas
e digitais de vinte dentes, oriundos do banco de dentes da Pontifícia Universidade
Católica de Minas Gerais (PUC/MG), com trincas e fraturas induzidas. As imagens digitais
foram analisadas com programa de imagens do Windows, utilizando as ferramentas de
imagem disponíveis (densidade, contraste, ampliação), e para análise das radiografias
analógicas, foi utilizado negatoscópio. Quando diagnosticadas linhas radiolúcidas, estas
eram classificadas de acordo com legenda predeterminada, e submetidos à análise
estatística. A comparação das amostras feita pela curva ROC através da Linha de
Referência (LR), indicou como resultado o grau de significância das radiográficas digitais,
porém as analógicas obtiveram resultado ruim por estarem próximos à (LR). Contudo,
conclui-se que o método digital mostrou eficiência na detecção de fraturas, maior taxa de
resultados positivos e confiabilidade para possíveis diagnósticos clínicos na presença de
fraturas radiculares, quando comprado ao método analógico convencional
66
PESQUISAS
UTILIZAÇÃO DE ÍNDICES DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA PARA
CLASSIFICAÇÃO DE ALTERAÇÕES ÓSSEAS EM MULHERES
Daniela Miranda Richarte de Andrade Salgado, Jéssica Rabelo Mina Zambrana,
Catharina Simioni de Rosa, Henrique Tuzzolo-Neto, Claudio Costa
Os índices de tomografia computadorizada superior e inferior (ITCS e ITCI) foram
propostos como uma forma de avaliar alterações na densidade óssea, comparadas com o
exame padrão-ouro, densitometria óssea. O objetivo desse estudo foi aplicar os ITCs em
imagens de TCFC na avaliação da cortical da Mandíbula de pacientes do sexo feminino,
em diferentes faixas etárias, classificando-as em saudáveis ou com alterações ósseas. 75
exames do TCFC foram selecionados de acordo com a prevalência de osteoporose em
diferentes faixas etárias: 40 a 49 anos, 50 a 59 anos e acima de 60 anos. As imagens
foram obtidas do tomógrafo iCat Classic® e avaliadas no software OnDemand®, em cortes
transaxiais, obtidos após a realização da curva de reconstrução panorâmica, por dois
observadores calibrados, e em dois tempos diferentes. Os índices ITCS e ITCI foram
aplicados nas imagens com os seguintes valores de corte ITCS ≥ a 0,2 e ITCI ≥ a 0,25,
baseados no estudo de Koh e Kim (2011) e ITCS ≥ a 0,23 e ITCI ≥ a 0,27, baseados no
presente estudo. Os resultados mostraram que a reprodutibilidade apresentou uma
concordância quase perfeita na análise intra e interobservador. E não houve diferenças
estatísticas na classificação dos pacientes (p > 0,05). Embora seja um índice altamente
reprodutível, deve-se levar em consideração a possibilidade de resultados falso-positivos
ou verdadeiro-negativos, classificando erroneamente a presença ou ausência de
alterações ósseas.
67
PESQUISAS
INFLUÊNCIA DOS ARTEFATOS METÁLICOS NOS VALORES DE CINZA DA IMAGEM
POR TCFC EM RELAÇÃO AO ARCO ANTAGONISTA
Amanda J. Boldrim, Andrea de C. Domingos Vieira, Nathália Ribeiro Cruz, Maria Augusta
P. G. Visconti, Fabio R. Guedes
O objetivo do estudo foi avaliar a influência dos artefatos nos valores de cinza da imagem
do arco antagonista em dois tomógrafos de feixe cônico. Foram utilizados dois phantoms
de acrílico para simular a arcada. Cada um apresentava 6 orifícios, onde foram inseridos
corpos de prova simulando dentes sem restaurações. Foram obtidas imagens para
determinação do padrão ouro. Para obtenção dos modelos da maxila e mandíbula, corpos
de prova, sem metal foram colocados no arco superior e quantidades variadas de corpos
de prova com metal foram inseridos na mandíbula e em seguida obtidas as imagens de
TCFC. O mesmo foi realizado para mandíbula, porém os corpos de prova sem metal no
inferior, enquanto no superior foram posicionados os corpos de prova com metal. Foi
observado que ao comparar os valores de cinza com padrão-ouro, no tomógrafo da
Carestream, a aquisição da maxila com a mandíbula completa por metal diferiu do padrão
ouro, já para o tomógrafo da Vatech todas as aquisições da maxila e da mandíbula com
metal na região posterior e no hemiarco da maxila diferiram do padrão ouro. Em relação
aos valores de cinza nas 6 posições dos corpos de prova, apenas os valores obtidos no
Vatech apresentaram diferenças entre as regiões. Conclui-se que os valores de cinza na
Vatech, mostraram que a quantidade e posição de metal na maxila, influencia
parcialmente os valores de cinza na mandíbula, enquanto que qualquer quantidade,
independente de sua posição na mandíbula influência na maxila.
68
PESQUISAS
PNEUMATIZAÇÃO DO TETO DA FOSSA MANDIBULAR E EMINÊNCIA ARTICULAR:
UM ESTUDO POR IMAGENS PANORÂMICAS E TOMOGRÁFICAS
Alice Souza Villar Cassimiro Fonseca, Tânia Mara Pimenta Amaral, Loliza Chalub Luiz
Figueiredo Houri, Vinícius de Carvalho Machado, Cláudia Borges Brasileiro
A pneumatização do osso temporal é uma variação anatômica assintomática que
radiograficamente apresenta-se como um defeito radiolúcido, corticalizado, múltiplo
(multilocular) ou único (unilocular). O objetivo do estudo é avaliar a pneumatização na
eminência articular e teto da fossa mandibular por meio de radiografia panorâmica e
tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). Um total de 705 exames
tomográficos da articulação temporomandibular (ATM) foram analisados e em parte da
amostra (60 exames) foi possível comparar as imagens tomográficas com as panorâmicas
A análise descritiva revelou um perfil de amostra de maioria feminina (75,9%) e com idade
média de 42,6 anos (± 17,4). A presença de pneumatização no teto e na eminência
articular foi identificada em 330 (46,8%) e 154 (21,8%) exames tomográficos,
respectivamente. O padrão de pneumatização mais frequente foi do tipo multilocular nas
duas localizações. Considerando a amostra de 60 pares de exames, nas radiografias
panorâmicas, a pneumatização foi identificada no teto e na eminência articular em 22
(36,7%) e 12 (20%) exames, respectivamente. Já nas imagens tomográficas, a presença
de pneumatização foi observada em 24 (40%) e 14 (23,3%) exames, respectivamente.
Não houve diferença com significância estatística entre a proporção identificada pela
radiografia panorâmica e pela TCFC (p > 0,05). Assim, a radiografia panorâmica pode ser
empregada para avaliação das pneumatizações.
69
PESQUISAS
DESEMPENHO DE DIFERENTES MÉTODOS NO DIAGNÓSTICO DE CÁRIE
Matheus Diniz Ferreira, Thaiza Gonçalves Rocha, Aline de Almeida Neves, Paula Maciel
Pires, Maria Augusta Portella Guedes Visconti
O diagnóstico de cárie é um desafio na prática clínica odontológica. O objetivo nesse
estudo foi comparar o desempenho de diferentes métodos para detecção de cáries. Os
métodos testados foram visual e imaginológicos, sendo eles: radiográfico convencional e
digital, tomográfico e microtomográfico. As imagens foram avaliadas subjetiva e
objetivamente. Vinte dentes humanos foram selecionados e todas as imagens foram
obtidas para cada um dos métodos imaginológicos testados. Dois examinadores fizeram a
avaliação destas imagens quanto à presença ou ausência de cárie. Em seguida foram
estabelecidos os padrões-ouro pelos métodos histológico e microtomográfico. Levando
em conta a análise objetiva, 30% apresentou cárie em dentina (n = 6), enquanto 70% em
esmalte (n = 14). O coeficiente Kappa relacionado à concordância entre examinadores foi
de 0,53, 0,47, 0,50, 0,67 e 0,67 para visual, radiografia convencional, radiografia digital,
TCFC e micro-TC, respectivamente, variando de 60 a 75%. Quando estabelecido um
limiar de respostas a concordância variou de 60 a 75% para todos os métodos. Os valores
de sensibilidade, especificidade, preditivo positivo, preditivo negativo e acurácia foram
avaliados, sendo o micro-TC o que apresentou melhor desempenho. Concluiu-se que as
radiografias digitais devem ser indicadas como exames complementares no diagnóstico
de cáries. Em relação à análise dos dois padrões-ouro, as imagens de micro-TC possuem
maior precisão quando comparados ao histológico.
70
PESQUISAS
AVALIAÇÃO DO FILTRO ENDO DO TOMÓGRAFO OP300 NA FORMAÇÃO DE
ARTEFATOS PROVENIENTES DE MATERIAIS ENDODÔNTICOS
Matheus Barros Costa, Isabella da Rocha Rodrigues, Lia Pontes Arruda Porto, Rafaella
Maria Silva de Souza, Maria Luiza dos Anjos Pontual
O objetivo no presente trabalho foi avaliar o filtro Endo do tomógrafo Orthopanthomograph
OP300® na formação de artefatos de imagem provenientes de materiais endodônticos.
Foram utilizados 48 pré-molares divididos em seis grupos, dos quais dois eram grupos
controle (um grupo de dentes hígidos e outro grupo de dentes instrumentados). Os
demais grupos foram constituídos por dentes instrumentados e obturados com gutapercha, guta-percha + Sealer 26, guta-percha + AH Plus e guta-percha + FillCanal. As
imagens foram avaliadas quanto à presença e tipo de artefato. Foi selecionada uma
região de interesse nas imagens axiais dos terços radiculares para obter os valores
médios dos tons de cinza, sendo também mensurada uma área controle para cálculo da
taxa contraste-ruído (TCR). Nos grupos controle, não foi detectado artefato, sendo
diferente dos demais grupos. Houve diferenças entre os seis grupos quanto ao tipo de
artefato em cada um dos terços (p < 0,05), com semelhança entre os grupos GutaPercha, Sealer 26, AH Plus e FillCanal. Nos terços médio e apical, estrias claras foram
mais elevadas no protocolo com filtro quando comparado ao sem filtro (p < 0,05). A TCR
foi maior nas imagens sem filtro para os grupos Guta-percha, Ah Plus e FillCanal e
maiores na ausência de artefatos nos dois protocolos avaliados (p < 0,05). O protocolo
com filtro não diminui a produção de artefato, além de apresentar maior quantidade de
estrias claras nos terços médio e apical e TCR inferior em dentes tratados.
71
PESQUISAS
ANÁLISE DA MORFOLOGIA SUPERFICIAL DE RESINAS BULK FILL APÓS
IRRADIAÇÃO GAMA
Lia Pontes Arruda Porto, Laís César de Vasconcelos, Danyel Elias da Cruz Perez, Andrea
dos Anjos Pontual, Maria Luiza dos Anjos Pontual
O tratamento odontológico de pacientes oncológicos submetidos à radioterapia representa
um desafio para o cirurgião-dentista. Estes pacientes são propensos às complicações
dentárias, bem como possíveis alterações do tempo de vida útil das restaurações, sendo
a morfologia superficial um dos fatores que influenciam na longevidade clínica das
restaurações. Desta forma, o objetivo no presente trabalho foi avaliar in vitro, através de
microscopia eletrônica de varredura, o efeito da irradiação gama na morfologia superficial
de restaurações de resinas compostas bulk fill. Foram confeccionados 12 corpos de prova
de 10 mm de diâmetro e 2 mm de espessura das resinas bulk fill (Tetric EvoCeram Bulk
Fill, X-tra Fil e FiltekTM Bulk Fill) e do compósito controle (FiltekTM Z350). Em seguida, os
corpos de prova de cada grupo foram divididos (n = 3) de acordo com as doses de
radiação a que foram submetidos por uma fonte de Co60 de radiação gama (0 Gy, 30 Gy,
60 Gy). As imagens foram avaliadas por 2 pesquisadores de forma concomitante sem
conhecimento sobre o grupo da resina. As doses de 30 e 60 Gy afetaram a morfologia
superficial do compósito controle, não sendo demonstrada, entretanto, influência no
padrão de morfologia de superfície dos compósitos do tipo bulk fill. Foi concluído que as
resinas bulk fill estudadas não sofrem alteração na morfologia superficial após
radioterapia, podendo ser uma alternativa para o tratamento restaurador desses
pacientes.
72
PESQUISAS
PREVALÊNCIA DE ACHADOS INCIDENTAIS EM VIAS AÉREAS EM EXAMES DE
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO
Lia Pontes Arruda Porto, Juliana Camilo C. Vilela, Andrea dos Anjos Pontual, Helena
Aguiar R. do Nascimento, Flávia Maria de Moraes Ramos-Perez
Achados incidentais são aqueles que não estão relacionados à indicação clínica do
exame e são descobertos acidentalmente em qualquer exame por imagem. O objetivo
deste trabalho foi avaliar a prevalência de achados incidentais nas vias aéreas em
exames de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). A amostra foi composta
por 405 exames de TCFC de pacientes que procuraram atendimento em uma clínica
particular de Radiologia da cidade de João Pessoa, entre janeiro e dezembro de 2015. O
critério de inclusão adotado foi filmes que incluíssem no campo de visão a maxila. As
imagens foram avaliadas, simultaneamente, por dois examinadores calibrados. A média
de idade dos pacientes foi de cinquenta anos, com idades variando entre nove e 86 anos,
sendo 59,5% dos exames de pacientes do sexo feminino e 40,5% do sexo masculino. Foi
possível observar 320 exames com achados incidentais nas vias aéreas, totalizando uma
prevalência de 79%. Os achados consistiram em hipertrofia da concha nasal (44,7%),
aumento da espessura da mucosa (44,2%), alteração sinusal unilateral (21,5%), alteração
sinusal bilateral (14,6%), desvio de septo (3%), cisto de retenção (2,7%) e sinusite (1,2%).
Conclui-se que houve uma alta prevalência de achados incidentais nas vias aéreas,
sendo de fundamental importância a análise completa do exame para um correto
diagnóstico.
73
PESQUISAS
ASSOCIAÇÃO ENTRE LESÕES PERIAPICAIS E ALTERAÇÕES NO SEIO MAXILAR
POR MEIO DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO
Nathália Rodrigues Gomes, Priscila Quintino Chabot, Loliza Luiz Figueiredo Houri Chalub,
Tânia Mara Pimenta Amaral, Cláudia Borges Brasileiro
O objetivo deste estudo foi avaliar a associação entre lesão periapical (LP) e alterações
no seio maxilar (ASM) por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC).
As imagens de TCFC de um serviço de radiologia odontológica foram selecionadas de
janeiro de 2013 a dezembro de 2017 e avaliadas por um único examinador previamente
calibrado. A LP foi registrada quando pelo menos um dente posterior apresentava
radiolucência ao redor do ápice radicular, indicando destruição óssea. As ASM
observadas foram: presença de cisto de retenção mucoso, pólipo sinusal, antrólito e
espessamento da mucosa acima de 3 mm. Um total de 865 seios maxilares de 560
pacientes (63% mulheres, com média de idade de 48,9 ± 16,8 anos) foi incluído no
estudo. Foi encontrado pelo menos um tipo de alteração em 62% dos seios maxilares e a
alteração mais comum foi o espessamento da mucosa acima de 3 mm (55,4%). LP foi
observada em 52% do total de seios maxilares avaliados. A proporção de seios maxilares
com algum tipo de alteração em regiões com LP foi maior do que a proporção de seios
maxilares com algum tipo de alteração em regiões sem LP. A associação entre LP e ASM
foi estatisticamente significativa (p < 0,01) Considerando as ASM separadamente, apenas
a relação entre LP e antrólito apresentou significância estatística (p < 0,01). A presença
de LP mostrou associação com ASM.
74
PESQUISAS
AVANÇOS TECNOLÓGICOS NA RADIOLOGIA ODONTOLÓGICA
Alile Fixina do Carmo, Roberto Luiz Souza Monteiro
A tecnologia evolui de acordo com as necessidades e dificuldades em que o homem se
depara, ao longo de sua vida. Na Odontologia, a tecnologia se faz presente no dia a dia
dos consultórios ou ambulatórios clínicos. Como exemplo, na radiologia temos as
radiografias intraorais e extraorais. O surgimento cada vez mais rápido de inovações em
Odontologia exige do cirurgião-dentista manter-se sempre atualizado e capacitado. Novas
tecnologias e materiais são constantemente desenvolvidos e disponibilizados para o
clínico, a fim de otimizar o atendimento e as técnicas, ao mesmo tempo em que se
oferece o melhor tratamento ao paciente. Este trabalho tem como objetivo apresentar os
avanços tecnológicos na Radiologia Odontológica.
75
PESQUISAS
O USO DA FOTOGRAFIA DIGITAL NO PROCESSO DE RECONHECIMENTO FACIAL
Alile Fixina do Carmo, Roberto Luiz Souza Monteiro
O processo de identificação humana ou identificação biométrica consiste em diferenciar,
uma pessoa da outra, através de suas características únicas (físicas, psíquicas,
funcionais e civis). As técnicas de biometria mais citadas são: a impressão digital, retina,
pulso e reconhecimento facial. Normalmente, as áreas da face detectadas no processo de
reconhecimento são olho, nariz, boca e queixo. O projeto visa implementar o processo de
identificação forense, por meio de fotografias digitais, utilizando a visão computacional, a
fim de ser capaz de detectar e reconhecer estruturas da face. Para isso serão utilizadas
ferramentas gratuitas, como a OpenCV, linguagem de programação C, imagem retiradas
de sites como Google e redes sociais. O banco de dados será composto de 50 imagens
de 10 indivíduos. O rosto, nas fotografias, conterá as seguintes informações: os olhos e
os dentes caninos. Os algoritmos Viola-Jones e Eigenfaces servirão de base nas etapas
de detecção e reconhecimento facial.
76
PESQUISAS
CTdBEM: PROTOCOLO TOMOGRÁFICO PARA AVALIAÇÃO ODONTOLÓGICA EM
HOSPITAIS UTILIZANDO BAIXA DOSE DE RADIAÇÃO
Giuliano Omizzolo Giacomini, Gabriela Salatino Liedke, Gustavo Nogara Dotto, Carlos
Jesus Pereira Haygert
Este estudo objetivou comparar as doses de radiação do novo protocolo de tomografia
computadorizada multislice de baixa dose de radiação (CTdBem) com a tomografia
computadorizada de feixe cônico (TCFC) de FOV amplo. Foram utilizados dados de vinte
exames de TCFC (iCAT Classic; 120kVp, 3-7 mAs) e outros vinte exames de CTdBem
(Aquilion 64; 120kVp, 10 mAs), de pacientes selecionados aleatoriamente dos bancos de
dado. A média da DLP de cada exame (CTdBem e TCFC) foi comparada utilizando o
teste t. Foi observada diferença estatisticamente significativa (p < 0,05) entre a DLP dos
protocolos estudados (CTdBem = 28,5 mGy; TCFC = 569 mGy.cm). Concluiu-se que a
dose de radiação a que o paciente está exposto durante a realização do exame
tomográfico utilizando o protocolo CTdBem é inferior à do exame de TCFC com FOV
amplo. A utilização deste protocolo poderia beneficiar a avaliação odontológica dos
pacientes em um ambiente hospitalar.
77
PESQUISAS
COMPARAÇÃO ENTRE RADIOGRAFIA PANORÂMICA E BITEWING EXTRAORAL:
AVALIAÇÃO DOS TERCEIROS MOLARES E DOSE DE EXPOSIÇÃO
Bernardo Barbosa Freire, Eduarda Helena Leandro Nascimento, Karla Faria Vasconcelos,
Deborah Queiroz Freitas, Francisco Haiter-Neto
O objetivo neste estudo foi comparar a performance da radiografia panorâmica (PAN) e
da bitewing extraoral (BWE) no diagnóstico dos terceiros molares inferiores, bem como
avaliar a dose de exposição relacionada a esses exames. Imagens de PAN e BWE de um
crânio e 20 mandíbulas foram adquiridas com o aparelho Cranex 3D, totalizando 34
terceiros molares inferiores. Os dentes foram avaliados de acordo com seu
posicionamento, relação mesiodistal com o segundo molar e relação vertical com o canal
mandibular. Imagens de tomografia cone beam foram obtidas para agir como padrão de
referência na avaliação da relação vertical. A dose de exposição da PAN e da BWE foi
medida usando dosímetros termoluminescentes e um fantoma antropomórfico. Os testes
de McNemar Bowker, ANOVA e ICC foram realizados. O posicionamento dentário não
diferiu entre os exames por imagem (p = 1,000). Embora a BWE tenha demonstrado
menor sobreposição entre as faces proximais do segundo e terceiro molares e uma
tendência de aproximação do ápice radicular com o canal mandibular, não houve
diferenças entre a BWE e a PAN na avaliação dos terceiros molares (p > 0,05). A BWE
apresentou dose de exposição maior que a PAN (p < 0,05). Em conclusão, BWE deve ser
usada com cautela na avaliação dos terceiros molares, devido à sua tendência de
aproximar os dentes e o canal mandibular. A maior dose de exposição da BWE destaca a
relevância de seguir o princípio ALADA para escolher o exame mais apropriado para cada
tarefa de diagnóstico.
78
PESQUISAS
AVALIAÇÃO DO FENÔMENO DE RETENÇÃO DE MUCO EM TOMOGRAFIA
COMPUTADORIZADA E SUA CORRELAÇÃO COM EXTENSÕES DO SEIO MAXILAR
Barbara Cristina Anrain, Milena Bortolotto Felippe Silva
O objetivo do estudo foi avaliar imagens sugestivas de fenômeno de retenção de muco e
correlacioná-las com extensões dos seios maxilares para região anterior, alveolar e
posterior
da
maxila.
A
amostra
compôs-se
de
600
imagens
de
tomografia
computadorizada de feixe cônico, cedidas pelo Departamento de Radiologia da Faculdade
São Leopoldo Mandic – Campinas/SP. Após a coleta de dados, o odds ratio foi utilizado
para observar a relação entre a retenção de muco e as condições de seio maxilar. A
regressão logística (stepwise forward) foi usada para observar a dependência da retenção
de muco com as demais variáveis. Como resultado observou-se que 16% dos avaliados
apresentaram fenômeno de retenção de muco (1% bilateralmente; 6,8% lado direito; 8,2%
lado esquerdo). Encontrou-se extensão do seio maxilar para a região anterior em 3%,
alveolar em 14% e posterior em 64,3% dos casos. Constatou-se que a condição de
retenção de muco independe da presença ou direção de extensão do seio maxilar
(anterior, alveolar ou posterior), e não houve relação entre a patologia de fenômeno de
retenção de muco e gênero ou idade.
79
PESQUISAS
VARIAÇÃO DO CANAL SINUOSO EM INDIVÍDUOS COM FISSURA DE LÁBIO E
PALATO UNILATERAL ESQUERDA
Rafaela Ferlin, Bruna Stuchi Centurion Pagin, Renato Yassutaka Faria Yaedú
O canal sinuoso (CS) emerge pela porção posterior do forame infra orbital realizando um
trajeto tortuoso lateralizado à cavidade nasal, abrangendo feixes neurovasculares,
podendo sofrer variação ao final de sua trajetória em direção ao rebordo alveolar, região
afetada nas fissuras labiopalatinas. Portanto, o objetivo deste estudo foi verificar em
exames de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) de indivíduos com fissura
de lábio e palato unilateral esquerda, tipo de fissura mais incidente, a presença de
variação na porção final do canal sinuoso. Foram analisados cinquenta exames de TCFC
do arquivo de imagens da Seção de Diagnóstico Bucal do Hospital de Reabilitação em
Anomalias Craniofaciais (HRAC-USP) para análise descritiva quanto à presença ou não
da variação. Aplicou-se previamente a análise, teste kappa para o índice de concordância
intraexaminador com intervalo de 15 dias. O resultado deste foi de 0.94. Dos 50 exames
avaliados, 90% (45/50) apresentou variação do CS para região anterior do rebordo
alveolar em pelo menos um dos lados, sendo o lado direito com 72% (36/50) e o lado da
fissura com 82% (41/50). Conclui-se que a maioria dos indivíduos da amostra apresentou
variação do CS para rebordo alveolar (região anterior palatina), devendo o profissional se
atentar para tal resultado, pois, o processo de reabilitação da fissura labiopalatina envolve
diversas cirurgias nesta região, podendo o CS ser um potencial de risco devido ao seu
feixe neurovascular.
80
PESQUISAS
RELAÇÃO ENTRE A MORFOLOGIA DO ARCO DENTÁRIO E A INCLUSÃO DE
CANINOS SUPERIORES: UMA ANÁLISE POR MEIO DA TCFC
Larissa Pereira Lagos de Melo, Carolina Vieira Valadares, Joanna Martins Barbosa
Immisch, Deborah Queiroz de Freitas, Maria Luiza dos Anjos Pontual
O objetivo neste estudo foi verificar a relação entre a morfologia do arco dentário e a
inclusão de caninos superiores por meio da tomografia computadorizada de feixe cônico
(TCFC). Foram avaliadas imagens de TCFC de 91 pacientes com caninos superiores
inclusos por dois examinadores simultaneamente. Foram investigados o tipo de inclusão,
a localização, a presença de reabsorção nos dentes adjacentes e o tamanho do folículo
dentário. Os formatos dos arcos foram classificados em parabólico, hiperbólico, triangular,
ovoide, redondo e quadrado. Após trinta dias, 20% da amostra foi reavaliada. Os
resultados foram analisados por meio da análise de variância (ANOVA) com teste pós-hoc
de Tukey e do teste qui-quadrado. Para a maioria d as variáveis avaliadas, não foram
encontradas diferenças estatísticas. Houve leve predominância de pacientes com arco
hiperbólico (33,3%). A inclusão mesioangular foi a mais prevalente para todos os formatos
de arco. A maioria dos caninos inclusos estavam localizados na palatina nos arcos
parabólicos e hiperbólicos. Pacientes com arcos triangulares apresentaram o maior
número de reabsorção de dentes adjacentes, além disso, foi observada correlação entre
as reabsorções e o formato do arco (p < 0,005). O tamanho do folículo também
apresentou correlação com o formato do arco (p = 0,038). Concluiu-se que a morfologia
do arco dentário pode influenciar no comportamento do canino incluso e deve ser
considerada na avaliação e tratamento de pacientes nestas condições.
81
PESQUISAS
AVALIAÇÃO DE TERCEIROS MOLARES INFERIORES INCLUSOS POR MEIO DE
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO
Ernesto Domingues Bruno de Faria Júnior, Glauco Pires Alves, André Arraes Parente,
Maurício Alves de Andrade, Alessandra Maria Machado Daniel, Luíz Roberto Coutinho
Manhães Júnior
O presente estudo teve como objetivo relatar a prevalência das alterações radiculares de
terceiros molares inferiores inclusos, a partir da classificação de Félez-Gutierrez (1997)
modificado por Gomes et al. (2001), por meio da tomografia computadorizada de feixe
cônico (TCFC). Foram avaliados 162 terceiros molares inferiores inclusos, distribuídos em
102 tomografias escolhidas aleatoriamente e obtidas através de aparelho de TCFC da
marca comercial I-Cat TM (Hatfield, Pennsylvania, Estados Unidos). Cada tomografia
preparada no software foi inicialmente posicionada com a base da mandíbula
paralelamente ao plano horizontal, e avaliadas nos cortes axial, panorâmico, transversal e
na janela de reconstrução 3D. Para classificação do dente em relação ao canal
mandibular o método classificatório de Félez-Gutiérrez et al. (1997), modificado por
Gomes et al. (2001), notificando a presença de deflexão e estreitamento dos ápices
radiculares, ápices em ilha e ápices bífidos sobre o canal mandibular, além de desvio e
estreitamento do canal mandibular. Dos 162 dentes analisados, 11 (6,8%) apresentaram
deflexão dos ápices radiculares, igualmente à prevalência de ápices bífidos; 26 (16%)
apresentaram estreitamento dos ápices radiculares e 22 (13,6%), em ilha. O desvio do
canal mandibular ocorreu em 62 (38,3%), enquanto o estreitamento deste, em 30 (18,5%)
das situações avaliadas. Sugere-se portanto, o uso da TCFC para alcançar um preciso
diagnóstico sobre a posição dos terceiros molares inferiores inclusos, sempre que o
exame bidimensional sugerir íntima relação com o canal e feixe neurovascular alveolar
inferior, previamente à realização do procedimento cirúrgico de extração destes dentes.
Após a análise dos resultados encontrados, pôde-se concluir que das alterações
analisadas, a mais frequente foi o desvio do canal mandibular, enquanto as menos
frequentes foram, igualmente, a deflexão dos ápices e ápices bífidos.
82
PESQUISAS
A INFLUÊNCIA DO TEMPO DE EXPOSIÇÃO NA QUALIDADE RADIOGRÁFICA POR
MEIO DE TÉCNICAS ANALÓGICA E DIGITAIS
Glauco Pires Alves, Maurício Alves de Andrade, André Arraes Parente, Ernesto
Domingues Bruno de Faria Júnior, Alessandra Maria Machado Daniel, Luíz Roberto
Coutinho Manhães Júnior
Esta pesquisa teve por objetivo avaliar a influência do tempo de exposição na qualidade
das radiografias periapicais analógica digitalizada e digitais, e verificar qual apresentou
melhor resultado. Para isso foram realizadas radiografias em um crânio seco articulado
que apresentava dentes pré-molares e molares em sequência. As radiografias foram
realizadas e divididas em: GA – grupo das radiografias analógicas digitalizadas (filme
radiográfico, Insight® Speed F E - Carestream Health), GD – grupo das radiografias
digitais diretas (CCD - SnapshotTM - Instrumentarium Dental) e GI – grupo das
radiografias digitais indiretas (PSP - ExpressTM - Instrumentarium Dental), e obtidas em
quatro tempos de exposição pré-programados: 0,063s; 0,08s; 0,10s e 0,125s. Com um
total de 24 radiografias, 12 para maxila e 12 para mandíbula, as imagens foram
agrupadas e impressas em duas películas radiográficas de tamanho 10 x 12 polegadas,
uma para cada arcada. Foram analisadas por 54 cirurgiões dentistas de diversas
especialidades, pós-graduandos e clínicos, por meio de um questionário em que julgaram
individualmente cada radiografia em relação à qualidade de acordo com os escores:
Ruim, Regular, Bom e Excelente. Os dados foram tabulados e aplicados os testes
estatísticos não-paramétricos de Friedman e Dunn (post hoc), kappa, Kruskal-Wallis e
Dunn (post hoc). Os resultados mostraram que não houve influência do tempo de
exposição nas classificações atribuídas para a maxila considerando o CCD (p = 0,12) e o
PSP (p = 0,25), e mandíbula CCD (p = 0,19) e PSP (p = 0,44), mas houve tendência de
maiores escores (p < 0,0001) para os tempos de exposição mais longos para a técnica
analógica em ambas arcadas. A comparação entre os sistemas utilizados mostrou que o
CCD apresentou maiores escores do que o PSP e as analógicas. Concluiu-se que o
tempo de exposição não influenciou na qualidade das imagens radiográficas obtidas para
os sistemas digitais, mas afetou nas analógicas digitalizadas, sendo a radiografia digital
direta a que apresentou o melhor resultado.
83
PESQUISAS
AVALIAÇÃO DA PRESENÇA DO SEGUNDO CANAL NA RAIZ MÉSIO-BUCAL DOS
MOLARES SUPERIORES POR MEIO DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE
FEIXE CÔNICO
Maurício Alves de Andrade, Glauco Pires Alves, André Arraes Parente, Ernesto
Domingues Bruno de Faria Júnior, Alessandra Maria Machado Daniel, Luíz Roberto
Coutinho Manhães Júnior
Este estudo teve por objetivo avaliar a prevalência de segundos canais mesiobucais
(MB2) em molares superiores, exceto terceiros, quanto a sua localização na raiz
mesiovestibular, em pacientes que se submeteram a tomografia computadorizada de feixe
cônico para procedimento de diagnóstico por motivos diversos. Foram analisadas 814
imagens tomográficas obtidas por meio do tomógrafo i-Cat (Imaging Sciences
International, Hatfield, PA, USA), sob mesmo protocolo e parâmetros de FOV e Voxel,
associando idade, gênero e lado. Observou-se os cortes tomográficos em MPR,
realizando inclinações e mudanças de orientação de acordo com o posicionamento da
raiz mesiovestibular. Ademais, foram analisados e identificados todos os MB2 que
apresentassem segundo ponto hipodenso nas raízes mesiovestibulares dos cortes axiais
examinados. As imagens foram avaliadas pelo próprio pesquisador com experiência em
tomografia, que analisou de forma padronizada a presença do canal MB2. Os resultados
foram tabulados e analisados estatisticamente, descritos em forma de porcentagens. A
maioria dos exames avaliados foram de pacientes do sexo feminino 500 (61,4%) com
idade (média ± desvio padrão) foi de 48 ± 13,8 anos e para os homens 44,9 ± 16,2 anos.
De acordo com as variáveis analisadas (gênero, idade e lado) observou-se uma maior
prevalência do canal MB2 nos primeiros molares superiores 432 (53,1%) do que nos
segundos molares 341 (41,9), não havendo diferenças estatisticamente significantes entre
os dois lados para os primeiros (p=0,99) quanto para os segundos molares (p=1,0). A
idade dos pacientes que apresentavam o canal MB2 foi significativamente menor
(p < 0,0001) do que aqueles que não apresentavam. Os primeiros molares, esquerdos e
direitos, não apresentaram diferenças estatisticamente significantes (p > 0,05) entre os
sexos, porém os homens manifestaram duas vezes mais segundos canais MB2 nos
segundo molares do que as mulheres. Concluiu-se que a prevalência do canal MB2 pode
sofrer influência quanto a idade do indivíduo e para o sexo e lado em algumas situações.
84
PESQUISAS
UTILIZAÇÃO DE SMARTPHONE NO DIAGNÓSTICO RADIOGRÁFICO: ACURÁCIA
PARA DETECÇÃO DE DESADAPTAÇÃO PROXIMAL DE RESTAURAÇÕES
Giuliano Omizzolo Giacomini, Carolina Antonioli, Camila Tiburcio Machado, Mathias Pante
Fontana, Gabriela Salatino Liedke
Este estudo objetivou comparar a acurácia diagnóstica de imagens radiográficas
convencionais na detecção de desadaptação proximal avaliadas por três ferramentas:
negatoscópio padrão, aplicativo para smartphone (Negatoscope®) e digitalizadas no
smartphone. Quarenta dentes com restaurações metálicas MOD (uma perfeitamente
adaptada ao preparo e outra com gap proximal de 0,4 mm) foram radiografados com o
filme Kodak Insight. Os filmes radiográficos (n = 80) foram randomizados e armazenados
em cartelas plásticas e também digitalizados por meio da câmera de smartphone e
compartilhadas via WhatsApp. As imagens foram analisadas em três momentos distintos:
negatoscópio padrão, aplicativo para smartphone (Negatoscope®) e t ela do smartphone.
Três examinadores avaliaram todas as radiografias (n = 180), nas três ferramentas, para
diagnóstico de desadaptação proximal, utilizando escala dicotômica (sim/não). Foram
calculados valores de sensibilidade, especificidade e acurácia para cada examinador e
cada meio de visualização; as concordâncias inter- e intraexaminadores foram avaliadas
utilizando teste Kappa. A reprodutibilidade foi > 0,8 para todos os métodos. A acurácia do
diagnóstico foi semelhante para as três ferramentas de avaliação: negatoscópio padrão
(0,886 ± 0,911), Negatoscope® (0,759 ± 0,899) e Smartphone (0,823 ± 0,873). Concluiuse que a utilização de smartphones se apresenta como uma alternativa para avaliação
radiográfica e compartilhamento de informações.
85
PESQUISAS
EFEITO DA COMPENSAÇÃO AUTOMÁTICA DE EXPOSIÇÃO SOBRE O
DIAGNÓSTICO RADIOGRÁFICO DE CÁRIES PROXIMAIS
Eduarda Helena Leandro Nascimento; Neiandro dos Santos Galvão; Hugo Gaêta-Araujo;
Deborah Queiroz Freitas; Francisco Haiter-Neto; Matheus Lima Oliveira
Este estudo objetivou investigar a influência da compensação automática de exposição no
diagnóstico radiográfico de lesões de cárie proximal na presença de materiais de alta
densidade na região radiografada. Além disso, objetivou-se avaliar o efeito do pósprocessamento adicional das imagens nesta tarefa de diagnóstico. Quarenta dentes
posteriores foram radiografados aos pares com os sistemas Digora Toto® e Digora
Optime® utilizando um fantoma para simular clinicamente a técnica interproximal.
Posteriormente, um implante de titânio com uma coroa protética foi inserido no fantoma e
as aquisições foram repetidas, gerando um total de 80 radiografias Cinco radiologistas
avaliaram as imagens e indicaram a presença das lesões de cárie proximal utilizando uma
escala de 5 pontos. Essa avaliação foi repetida com o uso de pós-processamento de
imagem (ajuste de brilho e contraste). As lesões de cárie foram confirmadas por meio de
micro-CT. Acurácia, sensibilidade, especificidade e valores preditivos foram calculados e
comparados para cada sistema radiográfico utilizando o teste ANOVA (α = 0,05). A
presença de material de alta densidade e o uso de pós-processamento de imagens não
influenciaram significativamente (p > 0,05) o diagnóstico das lesões de cárie proximal
para o sistema Digora Toto®. Para o Digora Optime®, o pós-processamento de imagens
aumentou significativamente (p < 0,05) a acurácia de diagnóstico na presença de material
de alta densidade. Concluiu-se que a presença de materiais de alta densidade não
influencia a acurácia de diagnóstico das lesões de cárie proximal. No entanto, quando
materiais de alta densidade estão presentes na região radiografada, o ajuste do brilho e
contraste das imagens é recomendado para o sistema Digora Optime®.
86
PESQUISAS
O CANAL GUBERNACULAR PODE SINALIZAR UM PROCESSO ANORMAL DE
ERUPÇÃO
Hugo Gaêta-Araujo, Matheus Bronetti da Silva, Camila Tirapelli, Deborah Queiroz de
Freitas, Christiano de Oliveira-Santos
Foi objetivo deste estudo avaliar e comparar a taxa de detecção do canal gubernacular
(CG) e características imaginológicas do CG em dentes em processos normal e anormal
de erupção, em exames de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). A
amostra foi composta por exames de TCFC de 159 pacientes que continham dentes
intraósseos (n = 598), classificados de acordo com sexo e idade (idade média de 17,2
anos). Cada dente foi classificado de acordo com grupo dentário e avaliado quanto ao
status de erupção (normal, atrasado ou impactado) e detecção do CG. Quando detectado,
o CG foi classificado de acordo com sua abertura no rebordo ósseo, altura, localização
vestíbulo-lingual e mesiodistal em relação ao folículo dentário, e sua forma. A amostra
final consistiu em 423 dentes em processo normal de erupção, 140 dentes impactados e
35 dentes com atraso de erupção, com taxa de detecção do CG em 90,6% da amostra,
significativamente maior entre pré-molares e molares superiores e pré-molares inferiores,
em relação aos demais grupos. As taxas de detecção do CG para os dentes em processo
normal de erupção, impactados e com atraso foram 94,1%, 87,1% e 62,9%,
respectivamente. A ligação do CG em região cervical e central do folículo dentário foi
associada com o status de erupção anormal. Os resultados do presente estudo sugerem
que características do CG podem sinalizar um processo eruptivo anormal.
87
PESQUISAS
INFLUÊNCIA DA APLICAÇÃO DE FILTROS DIGITAIS NA QUANTIFICAÇÃO DE
ARTEFATOS METÁLICOS ASSOCIADOS A IMPLANTES DENTÁRIOS
Alessiana Helena Machado, Vanessa Maia Zaidan, Karolina Aparecida Castilho Fardim,
Karina Lopes Devito
O objetivo do presente trabalho foi avaliar em imagens de tomografia computadorizada de
feixe cônico (TCFC) a influência da aplicação de filtros digitais na quantificação de
artefatos metálicos associados a implantes dentários. Foram selecionadas 64 imagens de
implantes dentários e mensuradas as quantidades de artefatos em três cortes axiais
(apical, médio e sagital) de cada implante. Posteriormente, filtros digitais foram aplicados
com a finalidade de melhoramento das imagens (Smooth e Sharpen). Após a aplicação
dos filtros, os artefatos metálicos presentes nas imagens foram novamente quantificados.
Para comparar as imagens com e sem filtros foram aplicados os testes de Kruskal-Wallis
e Student-Newman-Keuls. Os resultados mostraram que o filtro Sharpen sempre produziu
mais artefatos. Já os menores valores de artefatos foram associados às imagens tratadas
com filtro Smooth, no entanto, em apenas metade das regiões avaliadas esses valores
foram estatisticamente menores quando comparados com os artefatos gerados pelas
imagens originais (sem filtro). O uso da imagem tomográfica original continua sendo a
melhor opção no acompanhamento de implantes, uma vez que o tempo de
processamento da imagem não será aumentado e a quantidade de artefatos não é tão
significativamente maior do que a gerada pelo filtro Smooth.
88
PESQUISAS
A INFLUÊNCIA DA TCFC NO DIAGNÓSTICO E TOMADA DE DECISÃO
TERAPÊUTICA EM TERCEIROS MOLARES INFERIORES
Ana Márcia Viana Wanzeler, Adriana Corsetti, Henrique Timm Vieira, Heraldo Luis Dias
da Silveira, Mariana Boessio Vizzotto
Este estudo objetivou avaliar a influência da tomografia computadorizada de feixe cônico
(TCFC) entre especialistas de Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial no diagnóstico
por imagem de terceiros molares inferiores, decisão terapêutica, assim como o grau de
confiabilidade do profissional. A amostra foi composta por 12 profissionais especialistas,
com diferentes tempos de prática clínica. Foram selecionados trinta casos contendo
radiografias panorâmicas e imagens de TCFC do mesmo paciente, seguindo os critérios
de inclusão: terceiros molares com formação radicular completa, proximidade com o canal
mandibular e ausência de patologia relacionada ao dente. Foram elaborados dois
questionários separados, um para cada fase de avaliação, no Google Docs. No primeiro
questionário a descrição clínica do caso e a radiografia panorâmica, seguida das
questões. Após trinta dias, o segundo questionário foi disponibilizado com as
reconstruções multiplanar tomográfica. A TCFC influenciou de forma significativa a
mudança de diagnóstico e a confiabilidade dos profissionais (p < 0,01). A decisão
terapêutica para tratamento cirúrgico do terceiro molar inferior não foi influenciada pelo
exame de imagem, porém, o nível de dificuldade da cirurgia antes da TCFC era complexa,
passou a ser moderada (p < 0,01). Concluiu-se que a TCFC influencia a mudança de
diagnóstico e a confiabilidade dos profissionais, mas não na tomada de decisão
terapêutica. Foi observado a mudança do grau de dificuldade da cirurgia quando usado o
exame de TCFC.
89
PESQUISAS
AVALIAÇÃO DE CRITÉRIOS PARA A SOLICITAÇÃO DE EXAMES RADIOGRÁFICOS
EM ODONTOPEDIATRIA
Beatriz Ribeiro Ribas, Andréa dos Anjos Pontual, Caio Belém Rodrigues Barros Soares,
Danyel Elias Cruz Perez, Flávia Maria Moraes Ramos-Perez
O exame radiográfico é um exame complementar importante que guia o cirurgião-dentista
no correto diagnóstico, planejamento do tratamento e proservação de distúrbios e lesões
que acometem o complexo bucomaxilofacial. Apesar de as radiografias odontológicas
estarem associadas a uma baixa dose de radiação é imprescindível a observação da
relação risco-benefício do exame, além do seguimento das normas de radioproteção. Este
trabalho teve como objetivo analisar os critérios utilizados pelos odontopediatras nas
solicitações de exames por imagens. Para isso foi aplicado um questionário, contendo
treze questões objetivas e realizado com 78 cirurgiões-dentistas especialistas em
Odontopediatria, do município de Recife-PE. Posteriormente, os dados foram tabulados e
submetidos à análise estatística descritiva. Foi possível observar que 51,3% dos
profissionais não realizam exames radiográficos antes do exame clínico. As radiografias
panorâmicas são solicitadas em crianças a partir de sete anos por 76,5% dos
odontopediatras. E a radiografia panorâmica é utilizada por 71% dos profissionais para o
diagnóstico de dentes supranumerários. É possível concluir que a maioria dos
odontopediatras segue algum critério para a realização de exames radiográficos em
crianças, os quais estão de acordo com a literatura atual, entretanto muitos aspectos
ainda precisam ser alcançados para que haja uma maior radioproteção e justificativa para
realização do exame.
90
PESQUISAS
AVALIAÇÃO DA OCORRÊNCIA DE CALCIFICAÇÃO DA ARTÉRIA CARÓTIDA EM
RADIOGRAFIAS PANORÂMICAS DIGITAIS
Chrystiani Souza Paiva Capelli, Isabela Melo Martins, Breno Cherfên Peixoto
A calcificação em tecidos moles é um fenômeno que ocorre no organismo e faz parte da
bioquímica do ser. Esse fenômeno pode ser observado em radiografias panorâmicas que
é um exame complementar da Odontologia. O objetivo deste trabalho foi avaliar a
ocorrência de ateromas em radiografias panorâmicas digitais e confirmar a importância do
diagnóstico radiográfico na prevenção de alterações vasculares como acidente vascular
encefálico. A metodologia empregada utilizou uma amostra composta por 300 radiografias
panorâmicas digitais escolhidas de acordo com a faixa etária, acima de quarenta anos.
Para avaliar a ocorrência de calcificação da artéria carótida foram empregadas
estatísticas descritivas com a construção de tabelas e gráfico s de frequência, e para
relacionar a ocorrência de acordo com o sexo, idade e lateralidade foi empregado o teste
de qui-quadrado ao nível de significância de 5%. O presente estudo revelou que em
relação ao gênero a predominância foi do gênero feminino sobre o masculino. Em relação
à faixa etária houve maior prevalência de calcificação na faixa etária entre 61 e 70 anos. A
análise também demonstrou maior incidência do lado direito quando comparado ao lado
esquerdo. Além disso, os resultados demonstraram que a incidência de calcificação
bilateral da artéria carótida é menor, em relação à incidência unilateral. Pode-se concluir
com este trabalho que a técnica radiográfica panorâmica digital mostrou-se eficaz na
avaliação da calcificação da artéria carótida.
91
PESQUISAS
RECURSO DA MESA DIGITAL ANATÔMICA NO PROCESSO DE ENSINOAPRENDIZAGEM DE CONTEÚDOS RELATIVOS À ANATOMIA DA ATM
Cintia Rejane da Silveira de Mello, Chelin Auswaldt Steclan, Leandro Henrique Grecco,
Paulo Eduardo Miamoto Dias, Luciana Butini Oliveira
O objetivo deste trabalho foi avaliar o impacto e aceitação de estudantes sobre a mesa
digital anatômica no processo de ensino-aprendizagem de conteúdos da ATM. A pesquisa
foi realizada nas atividades da disciplina de Anatomia no curso de Medicina da UNC. Dos
32 estudantes iniciais, 24 tiveram aula teórica expositiva sobre os constituintes da ATM,
aspectos anatômicos e funcionais. A seguir, foi ministrada a parte prática com aula com
peças anatômicas de suíno e instruções na mesa digital anatômica de dissecção virtual
(CSANMEK Tecnologia, Modelo PL-01), destacando estruturas anatômicas e vídeos da
ATM. Avaliações de conteúdo (pré e pós-teste) e pós-teste de satisfação foram aplicadas
para avaliar o desempenho e aceitação dos participantes. Os dados (T0, T1, T2 e T3)
foram analisados descritivamente e submetidos ao teste t de Student. Quando os
resultados do pré-teste (T0) e pós-testes (T1, T2, T3) foram comparados, ambos os
grupos tiveram desempenho superior e houve diferença estatisticamente significante
apenas no T3 (p = 0,03). Quanto à aceitação do recurso, a maioria dos estudantes
(96,8%) relatou que a mesa digital anatômica ajudou no entendimento dos conteúdos da
aula teórica. Além disso, 77,4% afirmaram que o uso da mesa digital motivou o interesse
pelo estudo. Pode-se concluir que a mesa anatômica digital auxiliou a sanar dúvidas e
motivou os estudantes para o estudo da ATM, sendo um recurso eficiente para o
processo de ensino aprendizagem de imagens anatômicas.
92
PESQUISAS
ANÁLISE DA RADIOPACIDADE DE RESINAS COMPOSTAS POR MEIO DE SISTEMA
RADIOGRÁFICO DIGITAL
Daphne Azambuja H de Aquino, Luiz Roberto C. Manhães, Angela Fernandes
O objetivo deste estudo foi avaliar a radiopacidade de quatro resinas compostas por meio
do sistema digital radiográfico indireto (PSP). Foram confeccionadas quatro placas de
acrílico com quatro orifícios padronizados. As quatro resinas (Z100, Z250, Z350, Tetric N
Ceram) foram inseridas e compactadas individualmente nos orifícios das placas. Para
comparação dos valores de densidade optica das imagens digitais e leitura da escala
dinâmica, foi usada uma escala de alumínio com 9 degraus de 1 mm cada e obtidas 2
radiografias de cada grupo para que a radiopacidade pudesse ser comparada. Foi
utilizado aparelho radiográfico intraoral de alta frequência sob o mesmo protocolo de
aquisição. Após a exposição das placas ao Raio-x, a PSP levada a um escâner de
processamento, para leitura. Obtidos histogramas dos níveis de cinza e suas
representações numéricas, as imagens obtidas foram exportadas no formato JPG ao
programa Image J. As 384 leituras foram realizadas em 3 datas diferentes com intervalos
de 15 dias. Resultado indicou ICC = 0.9972 e p < 0,0001. A resina Tetric N Ceram
registrou a maior radiopacidade, mas as demais apresentaram radiopacidade dentro dos
parâmetros da ISO 4049. Pode-se concluir que existe diferença de radiopacidade entre as
resinas estudadas, mas que todas estavam dentro dos parâmetros aceitáveis.
93
PESQUISAS
AVALIAÇÃO DA IMPACTAÇÃO DE TERCEIROS MOLARES INFERIORES: UMA
COMPARAÇÃO ENTRE RADIOGRAFIA PANORÂMICA
Eduarda Helena Leandro Nascimento, Danieli Moura Brasil, Hugo Gaêta-Araujo,
Christiano Oliveira-Santos, Solange Maria de Almeida
O objetivo neste estudo foi comparar os achados da radiografia panorâmica (RP) e
tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) relacionados à avaliação da
impactação de terceiros molares inferiores, seguindo a classificação de Pell e Gregory.
Imagens de RP e TCFC de 313 terceiros molares inferiores foram avaliadas por dois
radiologistas quanto à impactação dentária usando a classificação de Pell e Gregory.
Além de considerar a posição dentária em relação ao plano oclusal e ao ramo ascendente
da mandíbula, a linha oblíqua externa foi investigada como um possível marco anatômico
mais confiável para predizer a impactação na RP. O teste de McNemar-Bowker foi
utilizado para análise estatística (p = 0,05). A classificação da impactação em relação ao
plano oclusal não diferiu entre a RP e a TCFC (p = 0,116). Em relação ao ramo
mandibular, porém, a TCFC mostrou um número significativamente maior de casos em
que há espaço suficiente para acomodação dentária em relação à RP (p < 0,001). A
concordância entre as duas modalidades foi 87,26% em relação ao plano oclusal, e variou
de 66,8% a 76,4% para a classificação relacionada ao ramo mandibular, considerando,
respectivamente, o ramo ascendente e a linha oblíqua externa como referência na RP.
Em conclusão, a classificação da impactação dentária em relação ao plano oclusal na RP
foi semelhante àquela baseada nas imagens de TCFC. No entanto, a RP tende a
subestimar o espaço para a acomodação dos terceiros molares em relação à TCFC.
94
PESQUISAS
PREVALÊNCIA DE CALCIFICAÇÕES DE TECIDOS MOLES EM EXAMES DE
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO
Elaine Cristina de Carvalho Beda Corrêa de Araújo, Vandeberg Diniz, Sérgio Lúcio Lopes,
Luiz Roberto Coutinho Manhães Junior, Estela Kaminagakura Tango
Este trabalho objetivou estudar por meio de imagens de tomografia computadorizada de
feixe cônico (TCFC) a prevalência de calcificações em tecidos moles da região cérvicofacial. Material e método: foram avaliados 210 exames de TCFC pertencentes ao arquivo
da disciplina de Radiologia do Instituto de Ciência e Tecnologia da Universidade Estadual
Paulista (ICT – UNESP) com campo de visão (FOV) de 16x13 cm e voxel de 0,25 mm. Os
exames foram avaliados por um examinador previamente treinado, no software ICAT
Vision (Imaging Science International, Hatfield, PA, Estados Unidos da América) na tela
correspondente as vistas em MPR (reconstruções multiplanares), em cortes coronais,
axiais e sagitais. Foram avaliadas as seguintes calcificações e ossificações: tonsilolitos,
sialolitos, calcificação do complexo estiloide, ateromas da carótida calcificados,
calcificações nas cartilagens laríngeas e nódulos linfáticos calcificados. Os achados foram
tabulados, juntamente como os dados relativos ao gênero e faixa etária dos indivíduos. A
calcificação do complexo estiloide foi a mais frequente na amostra estudada em ambos os
sexos, seguida da presença de tonsilolitos, não foram encontrados casos de osteoma
cútis e nódulos linfáticos calcificados.
95
PESQUISAS
ARTEFATOS EM TOMOGRAFIAS DE DENTES BIRRADICULARES COM
DIFERENTES MATERIAIS INTRACANAIS E PARÂMETROS DE EXPOSIÇÃO
Elisa Diniz de Lima, Ana Priscila Lira de Farias Freitas, Fernanda Clotilde Mariz
Suassuna, Patrícia Meira Bento, Daniela Pita de Melo
Este estudo avaliou objetivamente os artefatos formados por diferentes materiais
intracanais em dentes birradiculares, utilizando diferentes parâmetros de exposição em
tomografias computadorizadas de feixe cônico. Estudo ex vivo, realizado em 15 prémolares birradiculares, escaneados sem material intracanal e com seis combinações de
materiais intracanais na raiz vestibular e palatina (Guta-percha, Whitepost®, Reforpost®,
núcleos metálicos fundidos) e cinco parâmetros de exposição (2,5 mA, 4 mA, 6,3 mA,
8 mA e 12 mA). Os volumes foram analisados e dois cortes axiais foram exportados para
o Image J®. As áreas de artefatos hipodensos, hiperdensos e imagem dental preservada
foram quantificadas com a ferramenta Treshold®. Os dados foram analisados no software
Statistica® (v. 13.3), realizando o teste honesto de Tukey, análise de correlação e análise
por componentes principais. Na análise inferencial, o metal e o whitepost em ambas as
raízes apresentaram as maiores e menores médias de artefatos hipodensos e
hiperdensos, respectivamente. Pinos metálicos, escaneados a 12 mA, apresentaram mais
artefatos hiperdensos e hipodensos. Whitepost® e Reforpost® em ambas as raízes,
escaneados a 2,5 mA, apresentaram menos artefato hipodenso. Imagens de 2,5 mA
diferiram estatisticamente das imagens de 12 mA para as variáveis do estudo avaliadas.
Parâmetros de exposição mais baixos apresentam menos artefatos. Pinos de fibra de
vidro são uma alternativa aos pinos metálicos com menor formação de artefatos.
96
PESQUISAS
AVALIAÇÃO VOLUMÉTRICA DE TÉCNICAS DE OBTURAÇÃO POR
MICROTOMOGRAFIA
Fernanda Clotilde Mariz Suassuna, Antonio Celso Dantas Antonino, Daniela Pita de Melo,
Ana Marly Araújo Maia, Patrícia Meira Bento
Objetivou-se quantificar o volume dos materiais obturadores e espaços vazios decorrente
de diferentes técnicas de obturação. Foram utilizados 45 dentes unirradiculares com
condutos redondos, instrumentados com sistema Reciproc® e obturados por três técnicas
obturadoras: condensação lateral (CL), compactação termomecânica (TM) e cone único
(CU). Após obturação, as amostras foram escaneadas no microtomógrafo NIKON®, XTEK
XT-H 225 ST, com fonte de 225 kV, utilizando os parâmetros de 80 kV de tensão, 222. A
de corrente, sem filtro e com resolução 11 µm. A reconstrução volumétrica foi processada
por segmentação de volumes com base na densidade da guta-percha, cimento e espaços
vazios, por meio de ferramentas do software Image J®. A técnica de obturação por TM
apresentou o maior volume de guta-percha (p = 0,011) com média de 67,27 ± 25,61 mm3,
e consequentemente o menor volume de cimento (p < 0,001) com média 12,11 ±
4,76 mm3, com a maior concentração no terço apical (59,62% ± 17,82%). Com relação ao
volume de vazios a técnica CL obteve maior média (29,91±15,37 mm3) tendo o terço
apical resultado estaticamente significante em volume de vazios (p = 0,012) com média
de 6,89 ± 2,83 mm3 correspondendo a 24,41% ± 8,25% do total de espaços vazios.
Concluiu-se que um maior volume de espaços vazios foi encontrado na técnica de
condensação lateral. A técnica de condensação termomecânica levou a uma massa
obturadora com maior volume de guta-percha e menor volume de cimento em
comparação as outras técnicas.
97
PESQUISAS
AVALIAÇÃO DE NÓDULOS PULPARES EM DENTES DECÍDUOS DE TOMOGRAFIA
COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO
Genielle Luiza Pereira, Tais de Souza Barbosa, Fabíola Galbiatti de Carvalho Carlo,
Francielle Silvestre Verner, Maurício Augusto Aquino de Castro
Nódulos pulpares podem afetar a fisiologia pulpar e levar ao desenvolvimento de
patologias periapicais. Quando na dentição decídua, podem afetar o desenvolvimento da
dentição permanente. De etiologia pouco esclarecida, são normalmente identificados
como achados em radiografias intrabucais, com prevalência variável. Há relatos de sua
associação com algumas alterações sistêmicas, o que ressalta a importância de sua
detecção precoce, como marcadores preditivos dessas alterações. Com este propósito, a
avaliação tridimensional proporcionada pela tomografia computadorizada de feixe cônico
(TCFC) surge como alternativa promissora. Baseado na classificação de Satheeshkumar
et al. (2013), foi realizado estudo transversal retrospectivo em TCFC de nove pacientes,
entre 7 e 10 anos de idade, totalizando 43 dentes decíduos que atendiam aos critérios de
inclusão. Foi encontrada prevalência de 46,5% de nódulos pulpares nos dentes avaliados.
Os molares decíduos foram os dentes mais afetados (51,85%). Os nódulos situados nas
câmaras pulpares foram os mais frequentes (Tipo I = 45% e Tipo IA = 20%). A alta
resolução e a avaliação tridimensional da TCFC possibilitaram a detecção de nódulos
pulpares na dentição decídua, com maior prevalência em comparação com outros
estudos.
98
PESQUISAS
EFEITO DE AJUSTES DE BRILHO E CONTRASTE NA DETECÇÃO DE
REABSORÇÕES RADICULARES EM RADIOGRAFIA DIGITAL
Hugo Gaêta-Araujo, Eduarda Helena Leandro do Nascimento, Larissa Moreira de Souza,
Christiano de Oliveira-Santos, Deborah Queiroz de Freitas
O objetivo deste estudo foi avaliar a performance de radiografias digitais periapicais com
diferentes ajustes de brilho e contraste na detecção de reabsorções radiculares interna
(RRI) e externa (RRE) e avaliar a preferência dos avaliadores com relação a qualidade
subjetiva da imagem. Trinta dentes unirradiculares foram divididos em dois grupos (n=15):
RRI, no qual foram simuladas lesões por método mecânico-químico; e RRE, no qual
cavidades padronizadas com diferentes tamanhos foram realizadas nas superfícies dos
dentes. Após a aquisição das imagens radiográficas digitais, quatro ajustes de brilho e
contraste foram realizados, resultando em cinco diferentes imagens (V1 a V5). As
imagens foram analisadas por cinco avaliadores. A preferência dos avaliadores para
qualidade da imagem também foi avaliada. Não houve diferenças estatisticamente
significantes para a acurácia e especificidade nas cinco variações propostas, (p > 0,05)
para ambas condições. A sensibilidade para RRE foi significantemente menor para a V4
(+15% brilho, -15% contraste) nas maiores lesões (p < 0,05). Os avaliadores classificaram
V2 (-15% brilho, +15% contraste) como a melhor imagem para avaliação de RRI e RRE.
Para ambas RRI e RRE, os ajustes de brilho e contraste não afetaram o diagnóstico. A
preferência subjetiva dos avaliadores foi para imagens com uma diminuição do brilho e
aumento do contraste.
99
PESQUISAS
ESTUDO DA CORRELAÇÃO DO CANAL MANDIBULAR E O TIPO FACIAL POR MEIO
DE TCFC
Isaura Cristina Senna de Oliveira, José Luiz Cintra Junqueira, Milena Bortolotto Felippe
Silva, Ricardo Raitz
O objetivo desta pesquisa foi avaliar a correlação entre a morfologia do canal mandibular
e o tipo facial, usando a TCFC. O conhecimento da anatomia do canal mandibular e suas
variações é de suma importância, evitando possíveis lesões do nervo alveolar inferior,
durante procedimentos odontológicos. O reconhecimento dos diferentes padrões faciais é
relevante, para o planejamento do tratamento, em diversas áreas clínicas, pois a simetria,
tamanho e forma das estruturas craniofaciais variam de acordo com o biótipo facial.
Foram examinados 90 pacientes que realizaram TCFC com FOV estendido, obtidos no
banco de dados do departamento de Radiologia e Imaginologia da Faculdade São
Leopoldo Mandic, Campinas-SP. A amostra foi composta por trinta pacientes dolicofacial,
trinta braquifacial e trinta mesofacial. As tomografias foram adquiridas em tomógrafo ICat® (Imaging Science, Hatfield, PA). Foi utilizado o programa Dolphin® Imaging 11.0 para
obtenção do traçado cefalométrico tridimensional e classificação dos tipos faciais. Os
resultados demonstraram que a amostra obtida foi homogênea em relação ao sexo. A
proporção de pacientes com canal mandibular bífido na amostra foi pequena (14,4%).
Quando o canal bífido estava presente, não houve predominância de um lado mais
afetado que outro, nem influência pelo sexo do paciente. De uma forma geral, o tipo facial
não afeta a presença ou o tipo de canal bífido.
100
PESQUISAS
QUANTIFICAÇÃO DE ARTEFATOS METÁLICOS PRODUZIDOS POR IMPLANTES EM
TCFC OBTIDAS COM DIFERENTES PROTOCOLOS DE AQUISIÇÃO
Karolina Aparecida Castilho Fardim, Alessiana Helena Machado, Vanessa Maia Zaidan,
Neuza Maria Souza Picorelli Assis, Karina Lopes Devito
O objetivo do trabalho foi quantificar, em imagens tomografia computadorizada de feixe
cônico (TCFC) obtidas com diferentes protocolos, os artefatos metálicos produzidos por
implantes de titânio instalados em diferentes regiões da mandíbula. Implantes foram
instalados em quatro diferentes regiões (incisivo, canino, pré-molar e molar) de um
phamtom e submetidos a exames de TCFC com variação da posição do objeto no interior
do FOV (central, anterior, posterior, direita e esquerda), variação do FOV (6x13 e
12x13 cm) e do voxel (0,25 e 0,30 mm). Um corte axial da região cervical de cada
implante foi selecionado para quantificação. Os testes de Kruskal-Wallis e StudentNewman-Keuls foram utilizados para comparação das regiões d os dentes e as diferentes
posições do phantom dentro do FOV. O teste de Wilcoxom foi utilizado para comparar a
variação de tamanho do FOV e voxel. O teste ANOVA fatorial para avaliar a interação
entre as variáveis do estudo. A região de incisivo apresentou maior quantidade de
artefatos, comparado a outras regiões (p = 0,0315). Não houve diferença significativa ao
variar a posição do phantom dentro do FOV (p = 0,7418). O FOV menor produziu mais
artefatos (p < 0,0001). Ao comparar as imagens produzidas com diferentes resoluções, o
menor voxel produziu mais artefatos (p < 0,0001). Os artefatos metálicos sofrem influência
do tamanho do FOV e do voxel, além da região anatômica. A variação da posição do
phantom no interior do FOV não alterou a quantidade de artefatos.
101
PESQUISAS
INFLUÊNCIA DOS SISTEMAS RADIOGRÁFICOS DIGITAIS NA AVALIAÇÃO DO
TRATAMENTO ENDODÔNTICO DE DENTES DECÍDUOS
Larissa Pereira Lagos de Melo, Guilherme Fantini Ferreira, Mariana Rocha Nadaes,
Fernanda Miori Pascon, Deborah Queiroz de Freitas
O objetivo neste estudo foi comparar a qualidade das imagens de três sistemas
radiográficos periapicais digitais quando utilizadas na avaliação da obturação de dentes
decíduos. Para isso, 25 dentes bovinos foram tratados e obturados com cinco materiais
utilizados em dentes decíduos e radiografados em três sistemas digitais: VistaScan®,
Express® e SnapShot®. A avaliação da qualidade das imagens foi realizada de maneira
subjetiva por dois examinadores em consenso, considerando a homogeneidade e
selamento apical dos condutos radiculares. Como padrão de referência, os dentes foram
escaneados em um aparelho de microtomografia computadorizada (micro-CT). Os
resultados foram comparados por meio do teste de Friedman e a concordância
intraexaminador por meio do teste Kappa. Os sistemas radiográficos não diferiram entre si
quanto à avaliação da homogeneidade das obturações (p = 0,573). No entanto,
considerando o selamento apical, os sistemas também não diferiram entre si, mas o
Vistascan® e Express® diferiram do padrão de referência (p = 0,0127), sendo o Snapshot
o único que não diferiu do padrão de referência adotado. Concluiu-se que os sistemas
radiográficos digitais podem influenciar na avaliação da qualidade do tratamento
endodôntico de dentes decíduos e, dentre os sistemas avaliados, o SnapShot® é o mais
indicado para essa avaliação.
102
PESQUISAS
VALIDAÇÃO DE NOVO ÍNDICE PERIAPICAL E DE QUALIDADE DO TRATAMENTO
ENDODÔNTICO E SUA CORRELAÇÃO COM ALTERAÇÕES SINUSAIS
Lílian Azevedo de Souza Nunes, Lucas de Paula Lopes Rosado, Rafael Binato Junqueira,
Antônio Carlos Pires Carvalho, Francielle Silvestre Verner
O objetivo foi validar uma nova escala de condição periapical e qualidade do tratamento
endodôntico para dentes posteriores tratados endodonticamente, bem como correlacionar
a classificação com a presença de alterações sinusais (AS). Foram analisados 631 dentes
posteriores em exames de tomografia computadorizada de feixe cônico. A qualidade do
tratamento endodôntico foi analisada de acordo com o comprimento da obturação,
homogeneidade, selamento coronário e a presença de complicações. As alterações
periapicais foram classificadas de acordo com seu tamanho, relação com as raízes e
localização da destruição óssea. Os seios maxilares foram avaliados em normal; com
espessamento mucoso; pólipo sinusal; pseudocisto antral; opacificação inespecífica;
periostite; e antrólito. Um modelo de regressão misto foi aplicado. Correlações entre AS
com fraturas e dentes com lesão periapical foram significativas, com Odds Ratio (OR) de
2.63 e 1.92, respectivamente. O efeito da lesão periapical na AS foi significativo para os
primeiros molares (OR: 15.62) e segundos molares (OR: 17.20). Quanto maior a lesão,
mais raízes envolvidas e maior a destruição óssea mais significativamente estavam
relacionadas com às AS. Dentre as AS, a periostite mostrou resultado significativo quando
as condições periapicais estavam alteradas. A nova classificação proposta foi validada e
sua utilização possibilita a identificação mais acurada de quais fatores endodônticos estão
comumente relacionados à presença de AS.
103
PESQUISAS
AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DOS ARTEFATOS FORMADOS POR NÚCLEOS
METÁLICOS: UM ESTUDO POR TCFC
Martina Gerlane de Oliveira Pinto, Ana Priscila Lira Farias Freitas, Patrícia Meira Bento,
Ana Marly Araújo Maia, Daniela Pita de Melo
Estudo objetivou-se avaliar quantitativamente os artefatos formados por dois tipos de
núcleos metálicos fundidos por meio da Tomografia Computadorizada de feixe cônico
(TCFC). Para isto, foi elaborado um estudo experimental in vitro, com 20 pré-molares
inferiores humanos, divididos em dois grupos: Grupo Ni-Cr – 10 dentes que receberam os
núcleos de Níquel-Cromo; Grupo Ag-Pd – 10 dentes com núcleos de Prata-Paládio; e por
dois dentes extras (um de cada liga). As amostras foram posicionadas em um crânio seco
dentado encerado e imerso em água para simular a condição clínica. Todos os dentes
foram escaneados vazios, com os núcleos metálicos (condição intracanal) e em duas
condições orais: 1) Simples - um dente da amostra e 2) Dupla - o dente da amostra e um
dente extra. As amostras foram escaneadas usando o tomógrafo CS 9000 3D com dois
parâmetros de exposição: 85 kV 6,3 mA e 85 kV 10 mA. A análise quantitativa foi
realizada por um observador treinado, utilizando o software ImageJ. Para a análise
quantitativa, utilizou-se ANOVA bidirecional, teste de Tukey e teste T pareado, com nível
significativo de 5% (p < 0,05). Na análise quantitativa das imagens foi observado maior
percentual de área acometida por artefatos no grupo AgPd (p = 0,002) e na condição oral
dupla (p < 0,001). Os parâmetros de exposição não interferiram na quantidade de
formação de artefatos. Observou-se que a presença de outro metal nos maxilares,
condição dupla, acentuou a intensidade dos artefatos.
104
PESQUISAS
AVALIAÇÃO DE MEDIDAS LINEARES NA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE
FEIXE CÔNICO IMPORTANTE PARA O DIAGNÓSTICO E O PLANEJAMENTO
ORTODÔNTICO
Milena Bortolloto Felippe Silva, Márcia de Souza Morais de Araújo, Juliana Oliveira
Fonseca Barreto, Juliana de Sá Mota
Esse trabalho teve como objetivo avaliar algumas medidas ortodônticas no modelo de
gesso tradicional e na tomografia computadorizada de feixe cônico através de um estudo
observacional, quantitativo e analítico. Após a aprovação do projeto desta pesquisa pelo
Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina e Odontologia São Leopoldo
Mandic, foram selecionados, sessenta modelos de gessos e sessenta tomografias
computadorizadas de feixe cônico, fornecidos pelo banco de dados da Faculdade de
Odontologia São Leopoldo Mandic. Apresentou como resultados os seguintes dados:
Tanto no modelo de gesso quanto na tomografia houve um alto grau de replicabilidade
(> 80%). As medidas de concordância foram altas independentes se foram no modelo de
gesso ou tomografia. O tipo de má oclusão com maior percentual de concordância foi a
Classe III, seguida pela Classe I e por último pela Classe II. Por isso, é recomendado o
diagnóstico da relação através do exame clínico (padrão-ouro). Independentemente do
método, as medidas lineares intercaninos e intermolares foram similares, indicando que
os dois métodos podem ser utilizados com segurança para este tipo de aferição.
Entretanto, para a discrepância de Bolton, a aferição pela tomografia tende a elevar as
medidas, no entanto, não apresentam diferenças estatisticamente significativas.
105
PESQUISAS
AVALIAÇÃO DA EMINÊNCIA ARTICULAR E FOSSA MANDIBULAR EM PACIENTES
COM DIFERENTES TIPOS FACIAIS EM EXAMES DE TCFC
Natalia Fernandes Cardoso Lima, Eliana Dantas da Costa, Gina Délia Roque-Torres,
Priscila Dias Peyneau, Francielle Silvestre Verner
O objetivo neste estudo foi avaliar a correlação entre a inclinação da eminência articular e
da fossa mandibular em relação ao sexo e tipo facial por meio de tomografia
computadorizada de feixe cônico (TCFC). Realizou-se medidas da altura e inclinação e da
eminência articular (ângulos , ) e inclinação da fossa mandibular (ângulo ) dos lados
esquerdo e direito, em 76 imagens de TCFC de pacientes de ambos os sexos divididos
em meso, braqui e dolicofacial. Os dados foram analisados por meio do teste t de Student
e analise de variância two-way (ANOVA) com post-hoc de Tukey. Os resultados
mostraram que os indivíduos braquifaciais do sexo masculino apresentaram maiores
valores para os ângulos  em relação aos dolico (p = 0,010) e para o ângulo  em relação
aos meso (p = 0,032) e dolico (p = 0,001). Já o ângulo  foi menor nos pacientes dolicos
(p = 0,001) para sexo masculino, e nos pacientes mesos (p = 0,022) e dolicos (p = 0,001)
no sexo feminino. A altura da eminência articular mostrou maiores valores para os
braquifaciais em comparação aos dolico (p = 0,005) para o sexo masculino, e em
comparação com os meso (p = 0,007) edolicofaciais (p = 0,002) para o sexo feminino.
Concluiu-se que a morfologia da eminência articular e da fossa mandibular é afetada pelo
tipo facial, sendo as principais diferenças encontradas nos indivíduos braquifaciais do
sexo masculino.
106
PESQUISAS
AVALIAÇÃO TOMOGRÁFICA DE RAMIFICAÇÕES DOS CANAIS MANDIBULARES
EM REGIÕES COM INFLAMAÇÃO
Ranam Moreira Reis, Francielle Silvestre Verner, Mauro Henrique N. G. de Abreu,
Maurício Augusto Aquino de Castro, Ricardo Alves Mesquita
O presente estudo visou investigar a ocorrência de ramificações dos canais mandibulares
(RCM) em mandíbulas com inflamação dentária, por meio de tomografia computadorizada
de feixe cônico (TCFC). Uma base de dados de 2.484 TCFC foi revisada para a
identificação de exames que apresentassem imagens de lesões inflamatórias dentárias. A
amostra final consistiu de 150 TCFC (91 mulheres e 59 homens entre 13 e 89 anos, com
média de 47,06 anos ± DP=18,722). Foram registrados gênero, idade, localização de
lesões inflamatórias dentárias e RCM. A relação estatística dos dados foi verificada pelos
testes de Kolmogorov-Smirnov, Qui-quadrado e Teste-T. Houve 178 imagens de
inflamação dentária nas 150 TCFC, principalmente na região de molares (75%). Lesões
apicais foram o tipo mais comum de inflamação detectada (79 ou 44,4%), seguida por
pericoronarite (32; 18,0%). Foram identificadas 135 RCM, principalmente na região de
molares (74,07%). As RCM foram em sua maioria únicas (86 ou 63,7% do total). Não
houve diferença estatística em relação à ocorrência de RCM com o gênero dos pacientes
(p = 0,308) ou com regiões com inflamação dentária (p = 0,370). O teste T indicou
homogeneidade de variância das RCM quando comparados os grupos dicotômicos de
idade (indivíduos maiores ou menores que a mediana = 50 anos de idade) (p = 0,728). Foi
detectada alta prevalência de ramificações dos canais mandibulares em regiões
acometidas por lesões inflamatórias em mandíbula.
107
PESQUISAS
AVALIAÇÃO DO TRABECULADO ÓSSEO E CORTICAL MANDIBULAR DE
MULHERES PÓS-MENOPAUSA POR MEIO DA ANÁLISE FRACTAL
Sâmila Gonçalves Barra, Jonathas Henriques, Tania Mara Pimenta Amaral, Ricardo Alves
Mesquita, Cláudia Borges Brasileiro
A osteoporose é caracterizada pela redução de massa óssea e desorganização estrutural
do tecido ósseo. A análise fractal é um método que descreve estruturas geométricas
complexas, expressa numericamente como dimensão fractal (DF). O objetivo deste
estudo é avaliar a associação entre a DF do trabeculado ósseo e da cortical mandibular
de mulheres no período pós-menopausa e a densidade mineral óssea (DMO) em
tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). A amostra foi composta por 66
mulheres no período pós-menopausa com tomografias realizadas para planejamento
cirúrgico com implantes e com indicação para realização da absorciometria de energia
dupla de raios-X (DXA). De acordo com os resultados do DXA e com os critérios da
Organização Mundial de Saúde, as pacientes foram divididas em normal, osteopenia e
osteoporose. Cortes parassagitais foram selecionados, salvos no formato JPG e regiões
de interesse na cortical e no trabeculado ósseo na região do forame mentual,
bilateralmente, foram determinadas. O cálculo da DF foi realizado pela técnica algorítmica
de contagem de células pelo programa ImageJ®. A média da DF nos lados direito e
esquerdo foi calculada e a análise estatística realizada pelo método ANOVA (p < 0,05).
Não houve diferença com significância estatística nos valores de DF dos diferentes
grupos para a cortical (p = 0,587) e para o trabeculado ósseo (p = 0,284). Assim, a DF
não se mostrou um método efetivo para identificação de mulheres com baixa DMO.
108
RELATOS DE CASO
IMPORTÂNCIA DA TCFC NO PLANEJAMENTO CIRÚRGICO DE TERCEIROS
MOLARES MANDIBULARES RETIDOS EM POSIÇÃO ECTÓPICA
Aline Lisboa Vieira, Lilian Azevedo de Souza, Jesca Neftali Nogueira Silva, Rafael Binato
Junqueira, Francielle Silvestre Verner
A impactação do terceiro molar é uma anormalidade de desenvolvimento comum. O
terceiro molar mandibular é o dente mais frequentemente impactado. Os terceiros molares
mandibulares ectópicos, no entanto, são raros. Suas posições heterotópicas foram
relatadas na área condilar, no ramo ascendente da mandíbula, ou no processo coronoide.
Para obter a correta localização desses dentes e consequentemente, realizar a avaliação
correta os exames imaginológicos, como a tomografia computadorizada de feixe cônico
(TCFC), são fundamentais. A imagem tridimensional da TCFC em casos de terceiros
molares mandibulares ectópicos pode ser benéfica na identificação posição do dente,
para verificar se há alguma alteração patológica associada e na identificação da posição
das estruturas neurovasculares em relação ao dente ectópico. Este estudo tem como
objetivo relatar caso de um paciente com edentulismo total em mandíbula, apresentando
os dois terceiros molares retidos em posição ectópica nos ramos da mandíbula direito e
esquerdo, no qual a utilização da TCFC foi fundamental para correta avaliação e
diagnóstico. A correta avaliação das imagens de TCFC para identificar alguns fatores de
risco, como a ausência de corticação entre o terceiro molar mandibular e o canal alveolar
inferior, antes da cirurgia para reduzir o risco de danos nos nervos é de suma importância.
Portanto, ressalta-se a importância da realização da TCFC previamente a qualquer
intervenção cirúrgica de terceiros molares ectópicos.
109
RELATOS DE CASO
CONFECÇÃO DE PRÓTESE TOTAL INFERIOR UTILIZANDO PLANEJAMENTO
DIGITAL E IMPRESSÃO 3D – RELATO DE CASO CLÍNICO
Giuliano Omizzolo Giacomini, Gabriela Salatino Liedke, Gustavo Nogara Dotto
O objetivo deste trabalho foi apresentar os recursos de reconstrução e impressão 3D para
o planejamento e confecção de prótese total em paciente com reabsorção óssea
avançada e dificuldade de moldagem. Paciente IMVG, sexo feminino, 91 anos. Utilização
de prótese total superior e inferior desde os 18 anos e reabsorção óssea avançada em
mandíbula. Realização de tomografia computadorizada multislice com protocolo de baixa
dose de radiação (CTdBem; 120 kVp, 10 mAs) para avaliação óssea. O arquivo DICOM
foi avaliado e reconstruído no software Horos e exportado em formato STL. Os modelos
3D foram confeccionados utilizando o software Meshmixer e NetFabb. Os protótipos
foram impressos em PLA na Impressora Cliever CL2 Pro Plus. O modelo impresso
mandibular foi utilizado para planejamento protético (Laboratório Vitasul, Santa Maria,
RS), sendo confeccionada a prótese total diretamente sobre este modelo. A oclusão foi
registrada a partir da moldagem da prótese total superior da paciente e do encaixe dos
modelos em articulador. Constatou-se adaptação protética extremamente satisfatória no
rebordo ósseo quando comparada com a antiga prótese. Concluiu-se que o planejamento
digital para confecção de próteses totais em pacientes com dificuldades de moldagem
e/ou reabsorção óssea avançada mostra-se como uma alternativa interessante para a
resolução clínica.
110
RELATOS DE CASO
SÍNDROME DEPEUTZ-JEGHERS: RELATO DE CASO FOLLOW-UP DE SEIS ANOS
André Arraes Parente, Alessandra Maria Machado Daniel, Ernesto Domingues Bruno de
Faria Júnior, Glauco Pires Alves, Maurício Alves de Andrade, Milena Bortolotto Fellipe
Silva, Luíz Roberto Coutinho Manhães Júnior
A correlação entre pigmentações melânicas mucocutâneas e pólipos gastrointestinais
define a Síndrome de Peutz-Jeghers ou síndrome da polipose intestinal hereditária. De
acordo com a literatura, os portadores da síndrome apresentam risco dezoito vezes maior
de desenvolverem neoplasias malignas. O diagnóstico, na grande maioria dos casos
relatados na literatura, ocorre devido dores abdominais ou quando o paciente apresenta
intussuscepção intestinal, demonstrando uma demora no diagnóstico da síndrome. O
objetivo deste estudo foi relatar um caso clínico da Síndrome de Peutz-Jeghers com
follow-up de seis anos, em paciente jovem, a fim de correlacionar diagnóstico, evolução e
impacto desta síndrome sobre a vida do indivíduo acometido. Paciente JFTS, vinte e
cinco anos de idade, diagnosticado por meio das características orais e periorais, por
profissional cirurgião-dentista e confirmado através de exames de endoscopia e
colonoscopia. O diagnóstico precoce da Síndrome de Peutz Jeghers, por meio das
manchas periorais, é fator preponderante e a negligência deste pode ter consequências
que interferem diretamente no prognóstico da doença e morbidade dos indivíduos
acometidos.
111
RELATOS DE CASO
UTILIZAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO NO
DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO CIRÚRGICO DE CISTO RADICULAR
Thays Correa de Moraes, Francielle Silvestre Verner, Rafael Binato Junqueira
O objetivo será relatar um caso clínico mostrando a importância da utilização da
tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) como exame complementar no
diagnóstico e planejamento cirúrgico de cisto radicular. A paciente, de 51 anos, foi
submetida à cirurgia para enucleação de uma lesão periapical, radiolúcida, unilocular, em
região apical dos dentes 31, 32 e 41. Apesar de as radiografias mais utilizadas no
planejamento cirúrgico serem periapicais e panorâmicas, os detalhes obtidos através
delas são limitados. Sendo assim, para o planejamento do caso foi solicitada uma TCFC,
exame que possibilita a visualização da imagem em profundidade, obtendo cortes nos
planos axial, sagital e coronal, o que permitiu detalhar minuciosamente a lesão e os
ápices radiculares envolvidos. Após os procedimentos cirúrgicos envolvendo enucleação
e apicoplastia, fez-se o preenchimento da cavidade com enxerto bovino e membrana
reabsorvível. O resultado do exame histopatológico da lesão foi de cisto radicular. Não
houve recidiva da lesão em oito meses de acompanhamento do caso. Concluiu-se que a
TCFC é um instrumento complementar de relevância para o diagnóstico e planejamento
cirúrgico de enucleação de cisto radicular, uma vez que permite a visualização
tridimensional da lesão e detalha as estruturas anatômicas envolvidas, evitando possíveis
complicações e aumentando as chances de sucesso.
112
RELATOS DE CASO
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO COMO MÉTODO AUXILIAR
NA LOCALIZAÇÃO DE FRAGMENTO DE AGULHA
Brenda Neves Barreto, Francielle Silvestre Verner, Maurício Augusto Aquino de Castro,
Fabiano Araújo Cunha
O tratamento odontológico não está isento de riscos. Acidentes e complicações podem
ocorrer durante a execução de procedimentos, como nos casos de fratura da agulha
anestésica. Mesmo com o desenvolvimento de agulhas feitas em aço inoxidável flexível,
fatores como a movimentação súbita do paciente durante o procedimento, erro na
fabricação da agulha ou imperícia profissional ainda podem levar a esse tipo de acidente.
Apesar de exames radiográficos convencionais poderem constatar a presença e
orientação da agulha, a mensuração e localização exatas do fragmento fraturado em
relação às estruturas anexas são limitadas pela sobreposição de estruturas e pela
dificuldade
de
interpretação
da
realidade
tridimensional,
baseada
em
exames
bidimensionais. O presente trabalho apresenta um caso de avaliação de fratura de agulha
realizada em tomografia computadorizada de feixe cônico, com base na avaliação de
cortes ortogonais multiplanares e reconstrução panorâmica. Foi possível realizar a
identificação do fragmento, mensurá-lo e localizá-lo em relação às estruturas adjacentes.
A TCFC foi um importante instrumento diagnóstico, permitindo a avaliação tridimensional
dos tecidos mineralizados e contribuiu para a localização da agulha e para o
planejamento terapêutico do caso.
113
RELATOS DE CASO
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM NO AUXÍLIO DE DIFERENTES CONDIÇÕES
ENDODÔNTICAS
Bruna Aysha Alves e Silva, Francielle Silvestre Verner, Rafael Binato Junqueira
A Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC) permite a representação
tridimensional das estruturas, eliminando sobreposições e reproduzindo-as em seu
tamanho real. O objetivo será descrever quatro casos clínicos em que a TCFC foi
fundamental para o diagnóstico e auxiliou nas possibilidades de plano de tratamento.
Primeiro caso: paciente com suspeita de fratura radicular no dente 11, não visível na
radiografia periapical. A TCFC, através do corte axial, revelou fratura coronorradicular
com separação de fragmentos na altura do limite da inserção óssea. Segundo caso:
paciente com suspeita de reabsorção externa do dente 21 visível parcialmente na
radiografia periapical. A TCFC evidenciou a localização da reabsorção (face palatina) e
sua extensão, demonstrando rompimento da cortical óssea. Terceiro caso: paciente
apresentava dens in dente com lesão periapical no dente 13. A TCFC permitiu a
visualização da complexidade do sistema de canais, evidenciando a extensão da lesão e
presença de rompimento da cortical vestibular. Quarto caso: paciente com fratura
coronorradicular do dente 26 visível apenas clinicamente e espessamento do LP. A TCFC
permitiu visualizar a extensão da fratura, o canal mesiopalatino não obturado e a
presença de lesão periapical associada. Concluiu-se que a TCFC é um importante
recurso auxiliar para a prática endodôntica.
114
RELATOS DE CASO
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO COMO EXAME
COMPLEMENTAR NO DIAGNÓSTICO DE REABSORÇÕES RADICULARES
Lídia de Almeida, Priscila Dias Peyneau, Márcia Gabriella Lino de Barros, Francielle
Silvestre Verner, Rafael Binato Junqueira
A reabsorção radicular é uma condição associada a um processo fisiológico ou
patológico, que tem como resultado a perda de dentina, cemento e/ou osso. Na
Endodontia, a tomografia computorizada de feixe cônico (TCFC) é útil para o diagnóstico
e plano de tratamento das reabsorções internas e externas, bem como no diagnóstico de
anatomias complexas, identificação de lesões periapicais, identificação de canais
acessórios e fraturas radiculares. Este estudo tem como objetivo relatar a aplicabilidade
clínica da TCFC como método complementar de diagnóstico, por meio da descrição de
casos clínicos que apresentaram reabsorções externa, interna e cervical invasiva,
associadas a lesões periapicais, rompimento de faces vestibular, palatina, mesial e/ou
distal. Concluiu-se que a TCFC permitiu uma visualização precisa das reabsorções, e a
reprodução de estruturas em três dimensões é essencial para a tomada de decisão no
planejamento clínico e tratamento dos casos.
115
RELATOS DE CASO
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO COMO MEIO DE
DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO PARA REMOÇÃO DE CORPO ESTRANHO
Guilherme Vanzo, Otacílio Luiz Chagas Junior, Alisson André Robe Fonseca, Tayná M.
Inácio de Carvalho, Sergio Lucio Pereira de Castro Lopes
A utilização da radiografia panorâmica e da tomografia computadorizada de feixe cônico
são comumente utilizados para planejamento de casos cirúrgicos como a extração de
terceiros molares. Este trabalho tem como objetivo discutir a importância do exame de
tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) no processo de localização e
remoção cirúrgica de um corpo estranho acidentalmente localizado em região de tecido
mole adjacente ao ângulo mandibular. Paciente do sexo feminino, 29 anos de idade,
apresentou-se ao programa de pós-graduação de uma instituição de ensino relatando dor,
edema e inchaço na região de tecido mole adjacente ao ângulo mandibular direito uma
semana após a realização de uma cirurgia de exodontia do dente 48, onde foi utilizada
ponta diamantada para a odontosecção deste. Inicialmente, foi solicitada uma radiografia
panorâmica, a qual revelou imagem radiopaca e oblonga de aspecto metálico, localizada
nas adjacências da região da exodontia prévia. Foi solicitada TCFC, a qual identificou a
posição do corpo metálico em tecido mole em região vestibular paramandibular, o qual se
tratava de uma ponta diamantada. Com o auxílio dos exames de imagens foi feito o
planejamento cirúrgico e posteriormente a remoção cirúrgica da ponta. A paciente relata
parestesia que regride progressivamente. Pode-se concluir que a TCFC é um exame de
extrema importância para auxiliar no diagnóstico, no planejamento, na localização de
corpos estranho e na futura remoção dos mesmos.
116
RELATOS DE CASO
CORDOMA DE CLIVUS – RELATO DE CASO
AJC Mansmith, JPP Gomes, PH Braz-Silva, ALF Costa
Cordoma de clivus é uma lesão consideravelmente rara. Trata-se de um tumor maligno
originário de remanescentes embrionários da notocorda, ao redor da qual a coluna
vertebral e base do crânio se desenvolvem. Cordomas representam aproximadamente
0,2% de todos os tumores intracranianos, são localmente agressivos e são associados à
um diagnóstico pobre devido à tendência à recidiva. No decorrer das décadas, diversas
estratégias têm sido discutidas com a finalidade de melhorar a eficácia do tratamento
desta lesão. Imagens de ressonância magnética (RM) e tomografia computadorizada (TC)
são considerados os métodos de imagem padrão ouro para acessar o grau de destruição
óssea e a relação entre o tumor e estruturas adjacentes, como os tecidos moles. O
propósito deste relato de caso foi evidenciar a importância da reconstrução e análise
volumétrica tridimensional como tentativa de elevar as chances de sucesso no tratamento.
Embora haja ainda controvérsia no que diz respeito às melhores abordagens de
tratamento, é um consenso na literatura que a ressecção cirúrgica deve ser tão precisa
quanto possível. O respeito à margem de segurança cirúrgica é crucial para evitar a
recidiva da doença. Este relato de caso demonstra um cordoma de clivus recidivado em
seio maxilar, causando dor, inchaço dos tecidos moles incluindo o espaço mastigador e
deslocamento do olho direito. A reconstrução 3D foi obtida por meio da segmentação
manual, onde o tumor é delineado nos cortes da TC e RM.
117
RELATOS DE CASO
DESLOCAMENTO POSTERIOR BILATERAL DO DISCO DA ATM COM REDUÇÃO
UNILATERAL: UM RELATO DE CASO
Gabriela Dias Prado, Luciana Loyola Dantas, Vanessa Souza Nazaré Guimarães,
Marianna Guanaes Torres de Carvalho, Paulo Sérgio Flores Campos
Este trabalho consiste num relato de caso de deslocamento posterior bilateral do disco da
ATM, com redução apenas para um dos lados. O deslocamento posterior do disco
articular, dentre os oito tipos de deslocamento de disco relatados na literatura, é o mais
raro e o menos conhecido quanto às características imaginológicas, como a utilização do
conceito de redução ou não redução para este tipo de deslocamento. O paciente, cujo
caso foi apresentado neste artigo, é do sexo masculino, 25 anos, relata dor e estalido em
ambas as articulações e não apresenta, ao exame de ressonância magnética de ATM,
alterações degenerativas dos componentes articulares. Visto que para um dos lados, em
posição de boca aberta, o disco retoma o posicionamento considerado normal e, para o
outro, isto não acontece, faz-se necessário o uso do conceito de redução e não redução
também para os deslocamentos posteriores. Sendo assim, este artigo tem como objetivo,
além de relatar o presente caso, estabelecer a classificação de presença ou ausência de
redução para os deslocamentos posteriores, utilizando a ressonância magnética de ATM
como método de diagnóstico.
118
RELATOS DE CASO
SULCO PALATOGENGIVAL – RELATO DE CASO CLÍNICO
Carolina Cintra Gomes, Helder Fernandes de Oliveira, Rogério Ribeiro de Paiva, Satiro
Watanabe, Mayara Barbosa Viandelli Mundim-Picoli
Paciente J.M.S, 17 anos, gênero feminino, compareceu à Clínica Odontológica com
queixa de mobilidade no elemento 22. Ao exame físico intraoral observou-se dente com
coroa hígida, discreto aumento de volume na região periapical e resposta negativa ao
estímulo frio. A radiografia periapical mostrou uma ampla área de rarefação óssea
periapical envolvendo a região dos dentes 21 e 22 e a porção mesial do dente 23. A
tomografia computadorizada de feixe cônico revelou rompimento da cortical vestibular e
presença de sulco palatogengival comunicando a polpa com o ligamento periodontal.
Realizou-se o tratamento endodôntico prévio para o controle da infecção. Diante da ampla
lesão associada, optou-se pela realização de punção aspirativa, com coleta de líquido
amarelo-citrino, biópsia excisional da lesão cística, apicectomia e retrobturação. O exame
histopatológico revelou a presença de revestimento epitelial e cápsula formada por tecido
conjuntivo fibroso, compatível com cisto periapical. Os acompanhamentos sugerem
reparo da área afetada.
119
RELATOS DE CASO
AVALIAÇÃO DE DENTES RETIDOS POR MEIO DA TOMOGRAFIA
COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO
Beatriz Salomão Porto Alegre Rosa, Beatriz de Carvalho Rocha, George Patrick Sotero
Sturzinger, Fábio Ribeiro Guedes, Maria Augusta Portella Guedes Visconti
Dentes retidos na arcada dentária são comumente encontrados na rotina da clínica
odontológica, principalmente os terceiros molares seguidos dos caninos. Isso pode
ocorrer devido à falta de espaço ósseo ou por uma barreira na trajetória de erupção. Com
isso, a extração dentária e o tratamento ortodôntico são frequentemente indicados. Para
avaliar corretamente os dentes que possuem retenção prolongada ou impactação, utilizase a tomografia computadorizada de feixe cônico como principal exame de escolha. Esse
método de imagem permite a avaliação volumétrica das estruturas do complexo
maxilofacial, sem sobreposição de imagens, garantindo a avaliação precisa da morfologia
e relação dos dentes com as estruturas adjacentes. Diante do exposto, o objetivo nesse
estudo foi apresentar uma série de casos clínicos para demonstrar a importância da
tomografia computadorizada de feixe cônico na correta avaliação da morfologia e
localização de dentes retidos, e como os mesmos se relacionam com as estruturas
adjacentes. Conclui-se que, em determinadas situações, a escolha pelo exame mais
acurado propicia maior segurança e previsibilidade de sucesso no tratamento proposto.
120
RELATOS DE CASO
AVALIAÇÃO DE LESÃO OSTEOLÍTICA PERIAPICAL ASSOCIADA À PÉROLA DE
ESMALTE EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO
Matheus Barros Costa, Francielle Silvestre Verner, Liana Matos Ferreira, Flávia Maria de
M. Ramos-Perez, Helena Aguiar Ribeiro do Nascimento
A pérola de esmalte é uma anomalia dentária caracterizada como um pequeno glóbulo de
esmalte, contendo um núcleo de dentina, na região de furca ou porção radicular
principalmente dos molares. O diagnóstico e acompanhamento dessa anomalia é
extremamente importante, visto que é um fator predisponente para a incidência de
processos inflamatórios. O objetivo no presente trabalho é relatar o caso do paciente E. T.
S., sexo masculino, 46 anos, que realizou radiografias periapicais dos dentes 26 e 27,
devido à sintomatologia dolorosa, nas quais foi possível observar imagem radiopaca, com
densidade de esmalte e dentina, na região de furca do dente 27, sugestiva de pérola de
esmalte, e imagem radiolúcida periapical no dente 27. No entanto, para elaboração do
plano de tratamento esse exame mostrou-se limitado. Para melhor avaliação, foi sugerida
tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC), na qual verificou-se bifurcação da
raiz mesial do dente 27 em mesiovestibular e mesiopalatina, sendo aquela com
acentuada dilaceração radicular; presença de pérola de esmalte na região de furca entre
as raízes palatina e mesiopalatina; e extensa lesão osteolítica inflamatória periapical,
envolvendo as raízes do dente 27, provocando deslocamento superior do assoalho do
seio maxilar. Ainda observou-se descontinuidade da tábua óssea palatina na região do
dente 27. A TCFC além de permitir a localização exata da pérola de esmalte, possibilitou
a avaliação da extensão e limites da lesão adjacente.
121
RELATOS DE CASO
ASPECTOS RADIOGRÁFICOS DA SÍNDROME DE GORLIN GOLTZ: UM RELATO DE
CASO CLÍNICO
Amanda de Oliveira Pacheco, Pollyanna M. Rodrigues Carneiro
A Síndrome de Gorlin Goltz (SGG), também conhecida como a Síndrome do Carcinoma
Basocelular Nevóide, acontece por uma transmissão autossômica dominante. Tem com
uma de suas características principais a manifestação de múltiplos ceratocistos
odontogênicos nos ossos maxilares. O diagnóstico precoce e o tratamento imediato,
assim como o aconselhamento genético, são primordiais para o portador da síndrome. O
paciente P. A. R. M, 13 anos, leucoderma, gênero masculino, compareceu em 2015, para
consulta odontológica de manutenção preventiva. Após exame clinico e radiográfico
contatou-se a presença de várias imagens radiolúcidas sugestivas de ceratocistos em
ambos os maxilares. Diante da hipótese diagnóstica, o paciente foi encaminhado para o
CBMF que solicitou o exame de tomografia computadorizada cone beam para melhor
avaliação. O paciente foi submetido aos procedimentos cirúrgicos confirmando a hipótese
diagnóstica de ceratocistos odontogênicos múltiplos em maxila e mandíbula. Atualmente,
o paciente apresenta-se em acompanhamento clínico e imaginológico. Destaca-se a
importância de pesquisar junto aos membros da família se há ocorrência de algum caso
semelhante para que seja confirmada a referida síndrome.
122
RELATOS DE CASO
DIAGNÓSTICO DE CONDROMATOSE SINOVIAL NA ARTICULAÇÃO
TEMPOROMANDIBULAR POR TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE
CÔNICO
Ranele Luiza Ferreira Cardoso, Priscila Dias Peyneau, Márcia Gabriella Lino de Barros,
Helena Aguiar Ribeiro Nascimento, Francielle Silvestre Verner
O objetivo neste trabalho é relatar um caso clínico em que foi sugerido a presença de
condromatose sinovial (CS) na articulação temporomandibular (ATM) direita, por
tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). A CS é uma metaplasia
cartilaginosa, benigna, predominantemente monoarticular, mais comum em grandes
articulações e rara na ATM, acomete mais mulheres do que homens, entre a quarta e
quinta década de vida e é mais presente na ATM direita. É caracterizada pela formação
de corpos livres dentro da cápsula articular, que podem migrar para fora da cápsula para
a região da glândula parótida e/ou fossa temporal. A CS pode ter origem primária ou
secundária: etiologia desconhecida ou embrionária (1); oriunda de trauma, infecções ou
doenças articulares (2). A TCFC é uma das melhores ferramentas para uma avaliação
acertada, visto que o diagnóstico de CS é difícil por ser muito confundido com algum
desarranjo interno da ATM. No caso em questão pôde-se visualizar corpos livres,
calcificados, circunscritos anterior ao processo condilar da ATM direita. Portanto, pode-se
concluir que a TCFC possui elevado valor de diagnóstico para diferenciação acurada
entre metaplasias e desordens articulares na ATM.
123
RELATOS DE CASO
OSTEOMA BENIGNO: SÉRIES DE CASOS
Katiusci Pereira Vidal, Francielle Silvestre Verner, Sibele Nascimento de Aquino, Rose
Mara Ortega, Maurício Augusto Aquino de Castro
Osteoma é um tumor benigno de crescimento lento que se desenvolve a partir do osso
compacto maduro ou esponjoso. Nos ossos do crânio é normalmente encontrado na
região bucomaxilofacial, principalmente no corpo da mandíbula, apresentando-se como
um tumor solitário, unilateral e radiopaco radiograficamente. Tais lesões são geralmente
assintomáticas, embora seja passível haver dor, quando com volume aumentado. Sem
predileção por gênero, apresenta alta prevalência em indivíduos adultos jovens. O
presente estudo descreve uma série de casos de osteoma em mandíbula, detectados por
meio de tomografia computadorizada de feixe cônico. Foram detectados osteomas com
diferentes aspectos, volumes e localizações. Em alguns casos houve dificuldade para o
diagnóstico diferencial com outras alterações, principalmente quando em osso esponjoso.
A variabilidade das lesões apresentadas ressalta a importância do diagnóstico diferencial
destas lesões, para a determinação da conduta terapêutica adequada, conservadora ou
invasiva. A tomografia computadorizada de feixe cônico contribuiu decisivamente para o
estabelecimento do diagnóstico diferencial e para o planejamento de procedimentos
terapêuticos, principalmente para a localização tridimensional dos osteomas e das
estruturas vitais adjacentes. Palavras chaves: osteoma, terapêutica, mandíbula,
neoplasias ósseas.
124
RELATOS DE CASO
INTRUSÃO DE DENTE DECÍDUO COM APARECIMENTO DA RAIZ NA FOSSA
NASAL: RELATO DE CASO CLÍNICO
Maristela Junqueira Maciel Dias, Isabella Pereira Marques, Monikelly Nascimento, Anne
Caroline Costa Oenning, Jandilaine Graciolli
Este trabalho tem por objetivo o relato de um caso clínico de um paciente de 8 anos, sexo
feminino, feoderma, com a ocorrência de um traumatismo dentoalveolar. De acordo com o
relato da mãe, o trauma ocorreu quando a paciente tinha, aproximadamente, 3 anos e 8
meses, devido à uma queda. Ao exame clínico extrabucal, observou-se que o ápice
radicular do dente 61 encontrava-se na fossa nasal esquerda, à inspeção intraoral não
havia nenhum sinal clínico. O dente 21 erupcionou levemente girovertido apresentando
hipoplasia de esmalte. Realizou-se exame radiográfico utilizando a técnica da bissetriz
para a
confecção da
radiografia periapical. Foi realizado também tomografia
computadorizada de Feixe Cônico o que nortearia a posição correta do elemento dentário
e a escolha da melhor técnica cirúrgica para a remoção do mesmo. A técnica anestésica
foi a terminal infiltrativa na região vestibular do dente 21 e bloqueio regional do nervo
nasopalatino, utilizando o anestésico local cloridrato de lidocaína a 2% associado a
epinefrina 1:100.000. Foi realizada uma incisão semilunar na região vestibular próximo ao
freio labial. Após sete dias foi retirada a sutura e não foi detectado nenhuma anormalidade
quanto à cicatrização. Baseado na Escala de Avaliação do Comportamento da Criança
durante o Tratamento Dentário, o comportamento da paciente foi classificado como
definitivamente positivo, o que contribui para o sucesso da cirurgia.
125
RELATOS DE CASO
OSTEOMA DO PROCESSO CORONOIDE DA MANDÍBULA
Juliana de L. Fernandes, Bartolomeu Santos Sobral, Luciana Cardoso Fonseca, Paulo
Sérgio Flores Campos
O osteoma é uma lesão composta de osso compacto ou trabecular, considerada ora
neoplasia benigna, ora hamartoma. Em sua predominância, envolvem o esqueleto
craniofacial e é raramente diagnosticado em outros ossos. É uma condição de
crescimento lento, geralmente assintomática, pode ser solitária ou múltipla, e pode ocorrer
em um único ou em vários ossos. Este é um relato de caso de osteoma unilateral,
localizado no processo coronoide do lado esquerdo da mandíbula de uma paciente do
sexo feminino, quarta década de vida, assintomática.
126
RELATOS DE CASO
ALTERAÇÕES ATÍPICAS DE DISPLASIA FIBROSA DIAGNOSTICADAS EM
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO – RELATO DE CASO
Maryana Saraiva Ferreira, Fabiano Araújo Cunha, Francielle Silvestre Verner, Maurício
Augusto Aquino de Castro
Displasia fibrosa é uma condição congênita, benigna, recidivante, de etiologia
desconhecida. É caracterizada por substituição de osso normal por tecido conjuntivo
fibroso, entremeado por trabéculas ósseas irregulares. Nos maxilares, podem causar
aumento de volume indolor e deformidade do processo alveolar, deslocamento do
assoalho do seio maxilar e retenção ou deslocamento dentário. Pode afetar apenas um
osso (monostótica - 80 a 85% dos casos), ou envolver múltiplos ossos (poliostótica).
Homens e mulheres são afetados com igual frequência, mormente na segunda década de
vida. Sua detecção se dá primordialmente em exames por imagem. Sua localização, a
determinação de seus limites e a avaliação dos efeitos secundários são otimizadas
quando realizadas em exames tomográficos, tendo em vista as limitações impostas pela
bidimensionalidade dos exames radiográficos convencionais. O presente trabalho
apresenta um caso de paciente do gênero masculino, dez anos, leucoderma, com
Displasia Fibrosa estendendo-se da face distal do germe do dente 23 à região
perirradicular do dente 27, preservando corticais. Foram detectados aumento de volume
do processo alveolar, agenesia dos dentes 24 e 25 e anomalia de forma dos dentes 64,
65 e 26 (taurodontia). As alterações secundárias detectadas não são comumente
descritas em casos de displasia fibrosa. Seu diagnóstico foi aprimorado pela avaliação
tridimensional em tomografia computadorizada de feixe cônico.
127
RELATOS DE CASO
ASPECTOS IMAGINOLÓGICOS DE ALTERAÇÕES ÓSSEAS MANDIBULARES POR
USO CONTÍNUO DE BISFOSFONATOS – RELATO DE CASO
Karla Machado de Andrade, Lilian Azevedo de Souza, Jesca Neftali Nogueira Silva,
Rafael Binato Junqueira, Francielle Silvestre Verner
O presente trabalho terá como objetivo descrever um caso clínico acerca da alteração da
densidade óssea na mandíbula, em função da paciente ser usuário de bisfosfonatos.
Paciente O. P. J., sexo feminino, melanoderma, 84 anos, procurou atendimento na clínica
de Estomatologia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF-GV), e durante a
anamnese, queixou-se de dor em região gnática e reportou ser usuária de ácido
zolendrônico. Após exame físico, optou-se pela realização de radiografias periapical e
panorâmica, as quais apontaram uma alteração da densidade óssea inespecífica, e,
posteriormente,
para
melhor
avaliação
e
diagnóstico,
solicitou-se
tomografia
computadorizada de feixe cônico, em que, por meio da análise criteriosa da s
reconstruções multiplanares, panorâmica e parassagitais, constatou-se uma degeneração
óssea generalizada. A partir da história clínica pregressa e exame imaginológico chegouse a conclusão que a paciente apresentava alterações ósseas associadas ao uso
prolongado de bisfosfonatos. Com base nos achados do presente caso ressalta-se a
importância de alertar os cirurgiões-dentistas sobre os aspectos imaginológicos das
alterações ósseas causadas por bisfosfonatos na região bucomaxilofacial, uma vez que
estas podem influenciar no prognóstico de diversas intervenções odontológicas e/ou estar
associadas a outras manifestações sistêmicas.
128
RELATOS DE CASO
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO COMO MÉTODO AUXILIAR
NA DETECÇÃO DE DENTES SUPRANUMERÁRIOS FUSIONADOS
Marina Figueiredo Mendes Silva, Priscila Dias Peyneau, Rafael Binato Junqueira,
Maurício Augusto Aquino de Castro, Francielle Silvestre Verner
As anomalias dentárias de número e de morfologia, como dentes supranumerários e
fusão, resultam de problemas no estágio de iniciação ou de maturação da lâmina dentária
durante a odontogênese. Mesmo sendo rara a erupção de elementos supranumerários,
sua identificação e diagnóstico são de suma importância a fim de prevenir complicações
como infecções, desenvolvimento de cistos, reabsorções radiculares de dentes
adjacentes e auxiliar em exodontias. Em decorrência de um grande percentual de dentes
supranumerários não irrompidos serem assintomáticos, exames complementares por
imagem são indicados para detectar tais anomalias, com destaque para a tomografia
computadorizada de feixe cônico (TCFC). O presente estudo tem como objetivo descrever
o caso de paciente E. M. J. do sexo feminino, 29 anos, assintomático, que realizou exame
de TCFC para avaliação de dente supranumerário na região dos dentes 35/34. A partir
das imagens de TCFC observou-se fusão de dois elementos supranumerários de
localização inclinada no rebordo alveolar, na região dos dentes 34 e 35, com ápice
radicular localizado próximo à base da mandíbula inclinado para a lingual, com a porção
mesial da coroa localizada na face lingual, a porção média localizada no centro do
rebordo alveolar e porção distal localizada na face vestibular. Verificou-se também íntimo
contato do elemento supranumerário fusionado com os dentes 34 e 35, causando
reabsorção externa no dente 35. A partir do relato de caso, concluiu-se que a TCFC é um
excelente método por imagem para detectar e detalhar o diagnóstico de elementos
supranumerários, devido à sua característica tridimensional, possibilitando a localização
exata e relação com estruturas anatômicas adjacentes.
129
RELATOS DE CASO
ASPECTOS IMAGINOLÓGICOS DAS ALTERAÇÕES ÓSSEAS NOS MAXILARES POR
MEIO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO
Hugo Angelo Gomes de Oliveira, Lia Pontes Arruda Porto, Maria Luiza dos Anjos Pontual,
Flávia Maria de Moraes Ramos Perez, Andrea dos Anjos Pontual
As infecções odontogênicas representam um problema clínico comum em pacientes de
todas as idades, resultando em alterações restritas ao periápice ou que podem se
estender para áreas maiores do osso. Portanto, o objetivo deste trabalho é apresentar
casos de aspectos tomográficos dessas alterações. O abscesso periapical crônico é
comumente visualizado como uma imagem hipodensa e mal delimitada localizada no
periápice de um dente com suspeita de necrose pulpar. O granuloma periapical e o cisto
radicular são sugeridos em imagens hipodensas, uniloculares, bem delimitadas, com ou
sem halo hiperdenso, envolvendo o ápice dentário onde a lâmina dura foi perdida. Já a
osteomielite é um processo inflamatório agudo ou crônico que se disseminou através do
osso, longe do sítio de envolvimento inicial. Envolve mais comumente a mandíbula, onde
se observam imagens hipodensas e mal delimitadas na osteomielite supurativa aguda,
sequestros ósseos na osteomielite supurativa crônica, hiperdensas e com espessamento
de cortical na osteomielite esclerosante crônica difusa, hiperdensas e bem delimitadas na
osteomielite esclerosante crônica focal e com periostite proliferativa na osteomielite de
Garré. Desta forma, a tomografia computadorizada de feixe cônico possui importante
papel na identificação da origem da infecção e na extensão da disseminação da doença,
contribuindo para o correto planejamento do tratamento, sobretudo nos casos de
osteomielite
130
RELATOS DE CASO
A IMPORTÂNCIA DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO NA
AVALIAÇÃO DOS SEIOS PARANASAIS
Hugo Angelo Gomes de Oliveira, Murilo Miranda V. Viana, Maria Luiza dos Anjos Pontual,
Flávia Maria de Moraes Ramos Perez, Andrea dos Anjos Pontual
Os seios paranasais são cavidades preenchidas por ar que compõem o complexo
craniofacial, compreendendo os seios frontal, esfenoidal, etmoidal e maxilares. Destes, os
seios maxilares são de grande importância para o cirurgião-dentista devido à íntima
relação com as estruturas dentárias. Consequentemente, é comum a ocorrência de
alterações causadas por processos inflamatórios e tratamentos odontológicos. A
tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC), por ser um exame bastante
solicitado na Odontologia, é capaz de mostrar a presença de achados incidentais nesta
região frequentemente. São comuns os espessamentos de mucosa, decorrentes de
alterações odontogênicas e com menor frequência, a presença de fragmentos radicular
es, implantes dentários e materiais endodônticos. Dessa forma, o objetivo neste trabalho
é apresentar uma série de achados incidentais nos seios maxilares em TCFC,
decorrentes de alterações de origem odontogênica e de tratamentos odontológicos.
Conclui-se que a TCFC provê informações adicionais da maxila, especialmente dos seios
maxilares, os quais são estruturas de relevância clínica para o cirurgião-dentista, de modo
a contribuir para um planejamento do tratamento e terapêutica adequados.
131
RELATOS DE CASO
A TCFC NO DIAGNÓSTICO DAS CALCIFICAÇÕES IDIOPÁTICAS NA REGIÃO DE
CABEÇA E PESCOÇO: UM RELATO DE CASO CLÍNICO
Hugo Angelo Gomes de Oliveira, Maria Luiza dos Anjos Pontual, Flávia Maria de Moraes
Ramos Perez, Andrea dos Anjos Pontual
As calcificações idiopáticas ocorrem por deposição de cálcio em tecidos moles normais.
Flebólitos são calcificações idiopáticas nos trombos venosos, resultados de lesão da
parede de veias e são comuns em regiões pélvicas, na região de cabeça e pescoço, são
raras e acometem pacientes que possuam problemas vasculares e estão normalmente
associados a hemangiomas. O objetivo neste trabalho é apresentar os aspectos
tomográficos de um caso de flebólito. Paciente A. L. N., masculino, 68 anos, compareceu
à clínica de Radiologia da UFPE para a execução de radiografia panorâmica para
avaliação de perdas dentárias. Foi possível observar a presença de uma imagem
radiopaca de limites bem definidos, localizada na região de tecido mole cervical, entre
ângulo mandibular do lado direito e o osso hioide. Sugeriu-se uma tomografia
computadorizada de feixe cônico (TCFC) para melhor precisão de diagnóstico. Observouse a presença de três hiperdensidades ovaladas, com a porção central hipodensa,
conferindo aspecto de “alvo”, localizadas no tecido mole, por vestibular em relação à
região de ângulo do lado direito da mandíbula, com o de maior dimensão apresentando
20,44 mm em seu maior de diâmetro. Conclui-se que as radiopacidades em tecidos moles
da região de cabeça e pescoço são achados comuns nas radiografias odontológicas,
sendo assintomáticas na maioria dos casos. Em alguns casos, a dificuldade na
identificação das calcificações exige a execução de técnicas radiográficas apropriadas
como a TCFC.
132
RELATOS DE CASO
A OSTEORRADIONECROSE POR MEIO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE
FEIXE CÔNICO: UM RELATO DE CASO
Hugo Angelo Gomes de Oliveira, Maria Luiza dos Anjos Pontual, Flávia Maria de Moraes
Ramos Perez, Andrea dos Anjos Pontual
A osteorradionecrose (ORN) é caracterizada como um dos efeitos adversos tardios da
radioterapia e uma das mais temidas complicações orais da radioterapia para neoplasias
da cabeça e pescoço. A mandíbula é a estrutura mais afetada, não somente pela sua
densa configuração óssea como pelo seu tipo de suprimento sanguíneo. Dependendo da
localização e extensão da lesão, pode ter consequências graves que variam desde dor
severa a fístulas e fraturas patológica. O objetivo do trabalho é apresentar os aspectos
imaginológicos da ORN por meio de um relato de caso clínico. Paciente G. R. S., sexo
masculino, 49 anos, com história de tratamento de carcinoma epidermoide na margem
lateral direita da língua em 2007 e com complicação para ORN após exodontia em 2014,
foi encaminhado à clínica de Radiologia Odontológica da UFPE para exame de TCFC.
Nas reconstruções panorâmica, parassagitais, axiais, coronais e tridimensionais, foi
observada uma irregularidade e hipodensidade do rebordo mandibular de ambos os
lados, com solução de continuidade e reação periosteal na margem inferior da região
posterior de corpo do lado direito da mandíbula. Adicionalmente, foram detectadas
calcificações da artéria carótida e da cartilagem tritícea do lado direito. Concluiu-se que a
ORN apresenta características imaginológicas de necrose do tecido ósseo em exames de
TCFC, sendo a fratura patológica um dos achados.
133
RELATOS DE CASO
A TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO NO DIAGNÓSTICO DAS
DISPLASIAS CEMENTO-ÓSSEAS
Hugo Angelo Gomes de Oliveira, Jackeline Mayara I. Magalhães, Maria Luiza dos Anjos
Pontual, Flávia Maria de Moraes Ramos Perez, Andrea dos Anjos Pontual
As
displasias
cemento-ósseas
(DCO)
são
lesões
idiopáticas,
não-neoplásicas,
assintomáticas, localizadas nas áreas de suporte dos dentes ou no processo alveolar
edêntulo dos maxilares, sendo frequentemente vista em mulheres de raça negra e de
meia idade. Esse estudo tem objetivo de apresentar uma série de casos de DCO,
visualizado em imagens de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). As DCO
podem ser classificadas nas formas focal, periapical e florida, as quais são diferenciadas
por meio de imagens e na extensão das regiões afetadas. A DCO periapical ocorre na
região periapical anterior, envolvendo apenas a porção apical de dois ou mais dentes
vitais e inicialmente apresenta-se como múltiplas lesões radiolúcidas circunscritas, que
com o tempo, podem coalescer e tornarem-se radiopacas. A DCO focal é uma lesão
solitária que ocorre nas áreas de suporte dos dentes ou em áreas edêntulas em
quadrante posterior. A DCO florida apresenta-se como múltiplas massas escleróticas,
localizadas em dois ou mais quadrantes. A TCFC, devido a sua habilidade de fornecer
imagens multiplanares, torna-se útil na avaliação e diagnóstico diferencial destes tipos de
lesões. Ademais, com o seu uso no diagnóstico dessas patologias, foram evidenciados
novos achados imaginológicos, como abaulamento, adelgaçamento e até destruição de
corticais. A avaliação através da TCFC é fundamental para o diagnóstico com o intuito de
não gerar falsos diagnósticos e, consequentemente, tratamentos inadequados.
134
RELATOS DE CASO
DIAGNÓSTICO DA DISPLASIA FIBROSA ATRAVÉS DA TOMOGRAFIA
COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO: RELATO DE CASO CLÍNICO
Hugo Angelo Gomes de Oliveira, Ana Sofia Vieira dos Santos, Maria Luiza dos Anjos
Pontual, Flávia Maria de Moraes Ramos Perez, Andrea dos Anjos Pontual
A displasia fibrosa é considerada uma anomalia benigna do desenvolvimento na qual a
cavidade medular é substituída por tecido fibroso. Pode ser dividida em dois grupos:
monostótica – quando acomete apenas um osso ou em ossos contíguos – ou poliostótica
– ao envolver mais de um osso. Ambas formas, ocorrem mais frequentemente em
crianças e adultos jovens, sendo a região a região craniofacial, maxila e mandíbula, um
importante sítio de acometimento. Dentre os métodos de imagem, a tomografia
computadorizada tem sido o mais utilizado para demonstrar a extensão e a densidade
sendo de fundamental importância no planejamento cirúrgico. O objetivo no presente
estudo é apresentar os aspectos imaginológicos da displasia fibrosa monostótica por meio
de um relato de caso. Paciente do sexo feminino, 26 anos e assintomática, apresentava
aumento de volume do terço inferior do lado direito da face. A tomografia
computadorizada de feixe cônico mostrou alteração do padrão do trabeculado ósseo, com
hiperdensidade da região de sínfise, corpo, ângulo e ramo ascendente do lado direito da
mandíbula. Verificou-se ainda, aumento do volume da região de corpo diminuição do
diâmetro e deslocamento superior do canal mandibular. A hipótese de diagnóstico de
displasia fibrosa foi confirmada por meio de exame histopatológico.
135
RELATOS DE CASO
IMPORTÂNCIA DO EXAME POR IMAGEM NO PLANEJAMENTO CIRÚRGICO DAS
COMPLICAÇÕES DE EXODONTIA DE TERCEIROS MOLARES SUPERIORES
Roberta Candido Gaiao Lino, Fernando Freire, Michelle Benicio Araujo
Independente do nível de habilidade profissional, exigido em um procedimento, cabe ao
cirurgião dentista estar devidamente preparado para lidar frente as possíveis
intercorrências. neste caso, manobras clinicas mal planejadas podem produzir lesões
maiores ao paciente e o devido diagnostico, associado ao diagnóstico de imagem se faz
imprescindível para um planejamento cirúrgico de precisão e eficácia. Este trabalho tem
como objetivo o relato de um caso clínico de uma complicação de uma exodontia de
terceiro molar superior direito deslocado para fossa infratemporal ipsilateral. Paciente de
sexo masculino, exodontia de terceiro molar superior (18). Houve por imperícia do
profissional executante, o deslocamento do terceiro molar para fossa infratemporal
ipsilateral. o mesmo encaminhou o paciente ao departamento de cirurgia e traumatologia
bucomaxilofacial do hospital cidade jardim em caráter de urgência com hipótese
diagnostica de deslocamento dentário para o seio maxilar, em exame pela equipe de
CTBMF por meio de exames por imagem, observou-se que o mesmo apresentava
deslocado para a fossa infratemporal ipsilateral. foi solicitado uma TC de face para
localização e planejamento cirúrgico para a remoção do dente 18, paciente com follow-up
de cinco anos com boa evolução. conclusão; independente do procedimento a ser
realizado intercorrências podem acontecer, mas o adequado diagnostico por imagens se
faz imprescindível para um planejamento efetivo no tratamento de complicações.
136
RELATOS DE CASO
AVALIAÇÃO DE ODONTOMA COMPOSTO POR TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
DE FEIXE CÔNICO: SÉRIE DE CASOS
Rúbia Rogel Martins, Priscila Dias Peyneau, Márcia Gabriella Lino de Barros, Rafael
Binato Junqueira, Francielle Silvestre Verner
Os odontomas compostos (OC) se originam de uma proliferação exagerada da lâmina
dentária formando estruturas semelhantes a dentículos. São diagnosticados mais
comumente em exame radiográfico de rotina ou quando se investiga o atraso na
esfoliação de dentes decíduos ou posição ectópica dos dentes permanentes. O objetivo
deste estudo é apresentar uma série de casos de OC, nos quais a tomografia
computadorizada de feixe cônico (TCFC) foi realizada para melhor avaliação e
planejamento de tratamento. Caso 1: Paciente G. G. P. S., 16 anos, sexo masculino,
apresentando retenção prologada do dente 62, OC acima do dente 62 causando a
impacção do dente 22, que encontra-se retido em posição ectópica, horizontal e em
íntimo contato com a cavidade nasal e seio maxilar. Caso 2: Paciente L. P. F, 14 anos,
sexo feminino apresentando OC adjacente à coroa do dente 44, que encontra-se retido,
distoinclinado e com dilaceração radicular apical. Caso 3: Paciente V. G. C. L., 24 anos,
sexo masculino, apresentando retenção prolongada do dente 83, OC abaixo do dente 83,
causando deslocamento da raiz da do dente 42 e dente 43 retido em posição ectópica,
horizontal, adjacente à base da mandíbula. Caso 4: Paciente T. F. A. G., 15 anos, com
retenção prolongada do dente 73 e com OC adjacente à coroa do dente 33 retido. A
TCFC permitiu avaliação acurada de todos os casos, aumentando a previsibilidade do
planejamento de tratamento.
137
RELATOS DE CASO
DESENVOLVIMENTO DE UM DISPOSITIVO PARA PROTEÇÃO DE PLACAS DE
FÓSFORO INTRAORAIS
Graziela de Moura, Priscila Fernanda da Silveira Tiecher, Nadia Assein Arús, Mariana
Boessio Vizzotto, Heraldo Luis Dias da Silveira
O serviço de radiologia da faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul (UFRGS) iniciou no primeiro semestre de 2018 a implantação do sistema
digital indireto intraoral de placas de fósforo. A possibilidade de redução da dose de
radiação para o paciente, sem redução na qualidade de diagnóstico, a ausência do
processo de revelação química, a durabilidade da placa e sua reutilização sem perda de
qualidade são fatores que indicam seu uso em instituições de ensino. No entanto, ao
longo do semestre, foi constatado a facilidade da ocorrência de danos físicos às placas
durante o atendimento aos pacientes, principalmente quando utilizada a técnica da
bissetriz. Mordidas, dobras e arranhões nas placas podem gerar artefatos na imagem e
muitas vezes inutilizam o dispositivo permanentemente. Embora a técnica preconizada
seja a do paralelismo com uso de posicionadores, a técnica da bissetriz apresenta
indicação clínica e, em determinadas situações se torna a última ou a única possibilidade
de obtenção da radiografia, sendo de fundamental importância o seu ensino. Com o
objetivo de reduzir a perda do receptor de imagem, foram confeccionados dispositivos
protetores bilaterais com placas de PVC (Polyvinyl chloride) cristal para plastificadora a
vácuo, na espessura de 0,75 mm a fim de proteger a placa de fósforo, sem alterar a
imagem, a dose de exposição e no menor volume possível. Após a utilização em
pacientes verificou-se que o protetor proporciona conforto e, ao mesmo tempo, proteção
das placas de fósforo contra danos físicos, contribuindo, assim, para sua maior vida útil.
138
RELATOS DE CASO
UTILIZAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA CONE BEAM NO
DIAGNÓSTICO DE UM CASO CLÍNICO DE DOR DIFUSA DE ORIGEM ENDODÔNTICA
André Luiz da Costa Michelotto, Maria Carolina Lucato Budziak, Angela Toshie Araki,
Antônio Batista
O objetivo do presente trabalho foi apresentar um caso clínico onde o paciente procurou
atendimento no período da manhã se queixando de dor espontânea, latejante,
exacerbada ao frio e calor, na região inferior direita. A suspeita estava entre os dentes 46
e 47. Ao teste de sensibilidade pulpar ambos os dentes responderam positivamente e a
dor cessou assim que o estímulo foi removido. Ao exame clínico-radiográfico observou-se
que os dentes apresentavam restaurações profundas, porém sem infiltração. O
diagnóstico foi de pulpite irreversível sem zonas de necrose. Na impossibilidade de se
localizar o dente causador do quadro álgico o paciente foi encaminhado para a realização
de uma tomografia computadorizada cone beam. O resultado mostrou a presença de uma
rarefação óssea na região apical do dente 47, em função da reação inflamatória pulpar.
No período da tarde foi realizada a cavidade de acesso, preparo e medicação dos canais
com pasta de hidróxido de cálcio. À noite o paciente relatou que a dor cessou, não
precisando tomar nenhuma medicação analgésica. O presente caso mostrou que a
tomografia computadorizada cone beam foi um importante método de diagnóstico em
caso de pulpite onde não se localiza o dente causador do quadro álgico.
139
RELATOS DE CASO
AVALIAÇÃO PRÉ-CIRÚRGICA PARA EXODONTIA DE TERCEIROS MOLARES POR
MEIO DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO
Roberta Nascimento Furbino, Carlos Eduardo Pinto de Alcântara, Francielle Silvestre
Verner, Valdir Cabral Andrade, Maurício Augusto Aquino de Castro
A tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) é um valioso recurso imaginológico
para o diagnóstico e planejamento de casos. Suas principais vantagens estão
relacionadas com a menor dose de radiação em relação à tomografia computadorizada
médica, simplicidade técnica e fornecimento de cortes multiplanares e imagem
tridimensional detalhada. No planejamento cirúrgico para exodontia de terceiros molares,
caso a radiografia panorâmica não seja eficaz para a tomada de decisão, a TCFC é
indicada para avaliação tridimensional da anatomia dos dentes em questão, sua
localização e relação com as estruturas adjacentes. O presente trabalho teve como
objetivo apresentar uma série de casos em que se utilizou a TCFC no planejamento préoperatório de exodontias de terceiros molares. Os casos ilustram variadas situações que
ofereciam risco de injúrias ao paciente durante os atos cirúrgicos, relacionados com a
variabilidade anatômica dos dentes, com a localização em sítios de difícil acesso cirúrgico
ou com íntima relação de proximidade com estruturas nobres adjacentes, notadamente os
canais mandibulares e seios maxilares. A maior acurácia diagnóstica da TCFC contribuiu
para aumentar a previsibilidade dos riscos durante os procedimentos para exodontia dos
terceiros molares, aprimorando o planejamento cirúrgico. Observou-se a relevância da
TCFC como recurso diagnóstico, ressaltando-se a importância de sua correta indicação.
140
RELATOS DE CASO
AMELOBASTOMA: RELATO DE CASO-RECIDIVA
CA Lobo, JR Mikami, RG Dorta, VAN Ferreira, VAM Montalli
O ameloblastoma classifica-se como um tumor de origem epitelial apresentando um
crescimento lento, infiltrativo e expansivo, possuindo padrões histológicos que tendem a
se infiltrar por entre os trabeculares ósseos adjacentes a lesão, tornando-se um tumor de
alto potencial de recidiva. Relata-se um caso clinico, que recidivou pela terceira vez, em
um período de 19 anos. Paciente do sexo masculino, compareceu ao serviço, relatando
como queixa principal “o tumor já apareceu novamente”, observou-se aumento de volume
lado direito com assimetria facial, indolor. Ao exame histopatológico foi observado
fragmento
de
mucosa
revestida
por
tecido
epitelial
pavimentoso
estratificado
paraqueratinizado exibindo na lâmina própria, subjacente ao epitélio de revestimento e
que se estende a profundidade, neoplasia epitelial de origem odontogênica apresentando
padrões ora folicular, ora plexiforme, bem como, com áreas acantomatosas. Ao exame
tomográfico observou-se a presença de extensa área hipodensa multilocular em região de
corpo de mandíbula, com expansão e reabsorção das corticais vestibular e lingual, que se
estende da UD. 47 a UD. 41, além de discreta reabsorção óssea na região de processo
alveolar em corpo de mandíbula. O objetivo deste trabalho e demostrar o potencial de
recidiva do ameloblastoma, independente da abordagem, frente a diferentes tipos de
tratamento, ressaltando a importância e imprescindível controle pós-operatório, após o
diagnóstico e plano de tratamento realizado.
141
RELATOS DE CASO
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM DE OSTEOSSARCOMA EM CÔNDILO MANDIBULAR:
RELATO DE CASO
Camilla Siqueira de Aguiar, Rodrigo H. M. V. A. de Melo, Victor L. M. V. A. de Melo,
Marcela C. R. Fernandes, Ricardo E. V. A. de Melo
Conhecido também como sarcoma osteogênico, o osteossarcoma é o tumor ósseo
maligno primário mais comum em crianças e adolescentes, com pico de incidência entre a
2ª e 3ª décadas de vida. Os locais mais frequentes em que esse tipo de câncer afeta são
o fêmur e o joelho, 5 % destes ocorrem nos maxilares. Meninos e meninas têm uma
incidência similar desse tumor até o final da adolescência, época em que o sexo
masculino começa a predominar no diagnóstico da doença. A causa específica do
osteossarcoma ainda não é conhecida. Este presente trabalho tem como objetivo o relatar
os achados radiográficos da hipótese diagnóstica de osteossarcoma em côndilo
mandibular. Paciente gênero masculino, 26 anos, procurou o Ambulatório de CTBMF da
UFPE queixando-se de um aumento de volume na região mandibular direita. Ao exame
clínico observou-se uma assimetria facial pela expansão da área, com crescimento
rápido. Ao exame de tomografia volumétrica de feixes cônicos, apresentou uma imagem
compatível com destruição óssea e formação de osso anormal na região, cortical externa
com evidente radiopacidade semelhante a raios de sol, sugestiva de osteossarcoma. Foi
solicitado um exame de cintilografia óssea com contraste ao paciente para observar as
dimensões da lesão. Encaminhado ao bloco cirúrgico, o paciente foi submetido a
hemimandibulectomia. Definições mais precisas dos osteossarcomas que atingem os
maxilares são importantes para realização do diagnóstico prévio e maior sobrevida do
indivíduo.
142
RELATOS DE CASO
EXOSTOSE MAXILAR INCOMUM: ESTUDO RADIOGRÁFICO
Ana Luísa Machado Batista, Felipe Paiva Fonseca, Cláudia Borges Brasileiro, Roselaine
Moreira Coelho Milagres, Tânia Mara Pimenta Amaral
Exostoses são protuberâncias ósseas localizadas que se originam da cortical óssea e, em
raras ocasiões, uma exostose pode tornar-se tão grande que é difícil diferenciá-la de um
tumor, como um osteoma. A paciente M. C. G. B., sexo feminino, 68 anos, compareceu à
clínica de Patologia, Estomatologia, e Radiologia II da FO-UFMG queixando-se de uma
tumefação na região de molares bilateral em maxila, que se iniciou há dois anos,
assintomático. Ao exame clínico intraoral foi constatado um aumento de volume na região
posterior de maxila, endurecido, e com a região de túber da maxila coloração semelhante
a mucosa bilateralmente. A paciente foi encaminhada para realização de radiografia
panorâmica, periapical e tomografia computadoriza da de feixes cônicos. Na radiografia
panorâmica observa-se áreas discretamente radiopacas com limites indefinidos na região
de molares superiores. Nas radiografias periapicais visualiza-se imagens radiopacas,
homogêneas, de bordas definidas, ovaladas, entremeadas ao trabeculado ósseo, na
região posterior de maxila bilateralmente, sugestivas de esclerose óssea idiopática. No
exame tomográfico visualiza-se aumento de volume na região posterior de maxila direita e
esquerda e projeção óssea com contornos curvilíneos. As corticais ósseas apresentam-se
espessadas, principalmente por palatina e nota-se um trabeculado ósseo dentro dos
padrões de normalidade, sugestivo de exostose. O diagnóstico final foi de exostose, e a
paciente se encontra em acompanhamento.
143
RELATOS DE CASO
ASPECTO ÓSSEO PÓS TRATAMENTO ENDODÔNTICO DE LESÃO CÍSTICA NA
REGIÃO ANTERIOR DE MANDÍBULA
Camilla Siqueira de Aguiar, Rodrigo H. M. V. A. de Melo, Victor L. M. V. A. de Melo,
Marcela C. R. Fernandes, Ricardo E. V. A. de Melo
Os cistos inflamatórios periapicais representam uma considerável parcela na distribuição
epidemiológica daqueles categorizados como odontogênicos. Estudos mostram que no
mundo inteiro cerca de 84% dos cistos que acometem a região maxilo facial são
inflamatórios periapicais. Seu diagnóstico é realizado pela associação entre o exame
clínico, imaginológico e histopatológico. a terapêutica dessas lesões compreende desde o
tratamento endodôntico dos dentes envolvidos até a sua enucleação cirúrgica. O presente
trabalho enfatiza o processo de cicatrização de uma lesão osteolítica localizada na região
anterior de mandíbula sugestiva de cisto inflamatório, que se estendia do elemento 33 ao
43, e que houve uma resposta favorável ao tratamento endodôntico convencional, não
necessitando de intervenção cirúrgica. Pôde-se obter um diagnóstico clínico de cisto
periapical infamatório, devido à realização de uma punção no local. A regressão dos
cistos radiculares indica o desencadeamento de reações teciduais de natureza
imunopatológica e inflamatória. A cura da lesão é um processo dinâmico que exige um
tempo considerável, e irá definir se a escolha da terapêutica foi adequada.
144
RELATOS DE CASO
ASPECTOS IMAGINOLÓGICOS E CLÍNICOS APRESENTADOS POR UM
QUERATOCISTO EM MAXILA
Camilla Siqueira de Aguiar, Milena M. V. A. de M. Pinheiro, Victor L. M. V. A. de Melo,
Marcela C. R. Fernandes, Ricardo E. V. A. de Melo
Os ceratocistos odontogênicos são mais comuns entre 10 e 40 anos, mais prevalente em
homens. Essas lesões são normalmente assintomáticas, raramente há expansão óssea,
mesmo nas lesões de grandes extensões. Radiograficamente a lesão é caracterizada por
uma imagem radiolúcida, com margens regulares e limites bem definidos. O objetivo é
relatar os aspectos radiográficos de um ceratocisto em região posterior de maxila com
invasão sinusal. Paciente gênero feminino, 52 anos, compareceu ao Ambulatório de
CTBMF relatando presença de secreção purulenta adjacente ao dente 27, além de
cefaleia constante e dor intensa a aproximadamente cinco anos. Ao exame clínico
apresentou aumento de volume na região de tuberosidade esquerda, comunicação
bucossinusal, dor a palpação e hálito fétido. Radiografia panorâmica dos maxilares
revelou uma imagem radiolúcida, unilocular, de limites bem definidos, localizada na região
posterior de maxila do lado esquerdo a qual se difundia para dentro do seio maxilar.
Dentro do seio, a lesão apresentou uma imagem de baixa densidade, corticalizada,
aspecto nodular e que ocupava quase toda extensão do assoalho. Imagens adicionais de
tomografia computadorizada confirmaram os aspectos imaginológicos encontrados na
radiografia panorâmica além de melhor delimitar a lesão para fins cirúrgicos. É necessária
uma boa anamnese, dispor dos exames complementares e um correto manejo do
Cirurgião Dentista para melhor diagnóstico e tratamento da patologia.
145
RELATOS DE CASO
ASPECTO IMAGINOLÓGICO DE QUERATOCISTO DE MANDÍBULA POR
DESCOMPRESSÃO
Camilla Siqueira de Aguiar, Milena M. V. A. de M. Pinheiro, Victor L. M. V. A. de Melo,
Marcela C. R. Fernandes, Ricardo E. V. A. de Melo
O queratocisto odontogênico é uma lesão que apresenta comportamento clínico e
aspectos microscópicos específicos. Tem maior predileção na segunda e terceira décadas
de vida, sendo mais prevalente na região mandibular posterior e mais frequente no
gênero masculino. O tratamento pode ser constituído de descompressão, marsupialização
e enucleação, a escarificação procedimentos auxiliares algumas vezes adotados, já que
esta lesão possui altas taxas de recidiva. O objetivo do trabalho é relatar os aspectos
clínicos e radiográficos de um queratocisto em região de ângulo e ramo mandibular
direito. Paciente do gênero masculino, 26 anos, procurou o Ambulatório de CTBMF da
UFPE queixando-se de um aumento de volume na região de ângulo e ramo mandibular
direito sem sintomatologia dolorosa. Ao exame imaginológico apresentou uma imagem
radiolúcida unilocular de aproximadamente 2,5 cm X 4 cm, de limites bem definidos,
localizada na região retromolar direita. Ao exame cintilográfico de face e esqueleto,
observou-se uma imagem de hipercaptação limitada a região posterior de mandíbula.
Diante da extensão da lesão o tratamento de escolha foi o cirúrgico por descompressão
onde foi instalado um dreno intraósseo no local da lesão por 45 dias com o intuito de
regredir a lesão, evitando a realização de hemimandibulectomia. Observa-se então a
necessidade de uma boa anamnese, dispor dos exames complementares e um correto
manejo para melhor diagnóstico e tratamento da patologia.
146
RELATOS DE CASO
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM DE OSTEOPETROSE
Camilla Siqueira de Aguiar, Milena M. V. A. de M. Pinheiro, Victor L. M. V. A. de Melo,
Marcela C. R. Fernandes, Ricardo E. V. A. de Melo
Osteopetrose é uma rara desordem óssea metabólica, de caráter hereditário, com
diagnóstico firmado por vários achados clínicos e principalmente radiográficos.
Caracteriza-se por uma disfunção osteoclástica, que gera um aumento da densidade
óssea esqueletal. O presente estudo tem como objetivo o relato dos achados clínicos e
imaginológicos da osteopetrose por meio de um relato de caso. Paciente gênero
masculino, 43 anos, apresentou-se ao Ambulatório de CTBMF da UFPE para realização
de um procedimento cirúrgico e confecção de prótese obturadora palatina. Durante a
anamnese relatou fortes dores na face e edema que não o permitia fazer uso de prótese.
Adicionalmente, relatou tomar medicações por conta própria (corticoides e antibióticos).
Ciente da sua condição patológica de osteopetrose, relatou ter passado por
procedimentos de exodontia apresentando complicação pós-cirúrgica sob a forma de
osteomielite mandibular, posteriormente tratada. Exames radiográficos e tomográficos
demonstraram aumento generalizado da densidade esquelética craniofacial, com perda
do limite entre osso esponjoso e osso cortical. Paciente veio a óbito decorrido algum
tempo de seu exame clínico inicial, vítima de um abscesso cerebral. Nenhum tratamento
planejado para o mesmo teve êxito visto que o paciente demonstrava dificuldade em
seguir as orientações médicas. Portanto, nota-se a importância de avaliação radiográfica
eficaz e precisa para melhor diagnóstico e tratamento do paciente.
147
RELATOS DE CASO
RELATO DE CASOS DE ALTERAÇÕES NOS OSSOS TEMPORAIS DE INDIVÍDUOS
COM FISSURAS LABIOPALATINAS EM EXAMES DE TCFC
Maria Clara Rodrigues Pinheiro, Cristina Salazar Berrocal, Emilio Gabriel Ferro Schneider,
Otavio Pagin, Bruna Stuchi Centurion Pagin
Indivíduos com fissura labiopalatina (FLP) frequentemente apresentam alterações
auditivas em decorrência de malformações anatômicas e/ou funcionais da tuba auditiva. O
presente trabalho mostra três casos avaliados para timpano-mastoidectomia, de
indivíduos portadores de FLP, atendidos no Hospital de Reabilitação de Anomalias
Craniofaciais da Universidade de São Paulo por meio de tomografia computadorizada de
feixe cônico. No primeiro caso, um indivíduo do gênero masculino, 32 anos, com fissura
de palato completa que apresentava conteúdo de partes moles em orelha média do lado
esquerdo,
alterações
na
cadeia
ossicular,
erosão
do
tegmen
timpânico
e
hipopneumatização das células mastoideas bilateralmente. No segundo caso, uma mulher
de 21 anos, portadora de FLP incompleta do lado direito, apresentou esclerose das
células mastoideas. O terceiro caso é um indivíduo do gênero masculino, 8 anos, com
FLP completa do lado direito, apresentava conteúdo de partes moles na orelha média,
hipopneumatização das células mastoideas bilateralmente, bem como velamento parcial
dos seios paranasais bilateralmente. O manejo ideal de pacientes com FLP consiste além
da correção dos defeitos da FLP, avaliação otorrinolaringológica continuada para
proporcionar uma audição adequada: mantendo a integridade ossicular e permitindo a
aeração adequada da orelha média que apresenta defeitos pela falta de ventilação da
tuba auditiva, em indivíduos com anomalias no palato.
148
RELATOS DE CASO
ASPECTOS RAROS IMAGINOLÓGICOS DE NEUROMA INTRAÓSSEO
Camilla Siqueira de Aguiar, Milena M. V. A. de M. Pinheiro, Victor L. M. V. A. de Melo,
Marcela C. R. Fernandes, Ricardo E. V. A. de Melo
Sabe-se que neuroma traumático é causado devido à proliferação de um nervo,
consequente a uma ruptura de seus ligamentos após uma cirurgia e/ou lesão na região da
cabeça e pescoço. É diagnosticado, sobretudo, na meia-idade e mostram uma predileção
ao sexo feminino. Clinicamente apresenta-se como um nódulo firme tão doloroso que é,
geralmente, visto na área do forame mentoniano, língua e lábio inferior. O presente
trabalho tem objetivo relatar os aspectos clínicos e radiográficos de um caso de neuroma
traumático na região mandibular direita após exodontia do terceiro molar. Paciente,
gênero feminino, 26 anos, procurou o Serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo
Facial da UFPE, relatando perda de sensibilidade do lábio inferior direito. Durante
anamnese a paciente relatou que ter realizado uma cirurgia de exérese de dentes
inclusos há três anos. Ao exame imaginológico (panorâmica), apresentou ruptura do
nervo alveolar inferior direito associado a uma massa radiolúcida. A paciente foi
submetida a uma biópsia incisional onde se confirmou o diagnóstico de neuroma
traumático. Portanto, nota-se a importância de avaliação radiográfica eficaz e precisa
antes de exodontias dos terceiros molares, afim de evitar complicações durante a cirurgia.
149
RELATOS DE CASO
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E IMAGINOLÓGICAS DE LESÃO FIBRO-ÓSSEA
BENIGNA EM PACIENTE PEDIÁTRICO
Camilla Siqueira de Aguiar, Rodrigo H. M. V. A. de Melo, Victor L. M. V. A. de Melo,
Marcela C. R. Fernandes, Ricardo E. V. A. de Melo
O termo lesão fibro-óssea benigna não representa um diagnóstico, mas um processo
biológico semelhante em diversas lesões. É um processo de substituição do osso normal
por tecido fibroso contendo material mineralizado. Podem ser dos tipos: displasia fibrosa
que radiograficamente aparece como opacificação fina e mal delimitada, denominada de
“vidro despolido”, displasias cemento-ósseas que aparecem radiolúcidas, passando pelos
estágios misto e radiopaco, apresentando uma borda periférica fina radiolúcida ou fibroma
ossificante que aparece com uma radiolucidez geralmente unilocular bem definida,
podendo demonstrar graus variáveis de radiopacidade dependendo da quantidade de
material calcificado produzido pelo tumor. Paciente, gênero masculino, 14 anos, procurou
o Ambulatório de CTBMF da UFPE, queixando-se de um aumento de volume na região de
maxila direita. Ao exame clínico apresentou uma tumefação na região posterior de maxila
direita, indolor a palpação com aproximadamente cinco anos de evolução. Ao exame
imaginológico foi encontrado uma massa lobular, de forma irregular e radiopaca
envolvendo a maxila direita, que se estende do alvéolo maxilar para ao rebordo orbital
inferior e tuberosidade da maxila direita. O laudo histopatológico da peça cirúrgica
confirmou que era lesão sugestiva de fibroma ossificante. Tanto a localização quanto
outras características clínicas, tais como gênero do paciente, faixa etária e características
radiográficas, são incomuns a este tipo de lesão.
150
RELATOS DE CASO
ASSOCIAÇÃO DE CISTO DENTÍGERO A MOLARES INCLUSOS: ASPECTOS
IMAGINOLÓGICOS
Camilla Siqueira de Aguiar, Rodrigo H. M. V. A. de Melo, Victor L. M. V. A. de Melo,
Marcela C. R. Fernandes, Ricardo E. V. A. de Melo
O cisto dentígero corresponde aos cistos odontogênicos do desenvolvimento mais comum
dentre os cistos envolvidos nessa classificação. Acredita-se que sua origem está na
separação do fluido que fica ao redor da coroa de um dente incluso. Este cisto
caracteriza-se por envolver a coroa de um dente incluso e se conecta ao dente pela
junção amelocementária. Este cisto acomete com maior frequência os terceiros molares
inferiores. A faixa etária mais acometida vai dos onze aos trinta anos, apresentando leve
predileção pelo sexo masculino e maior prevalência à raça branca. Os cistos dentígeros
são geralmente de tamanho pequeno e assintomáticos, podendo, em alguns casos, atingir
tamanho considerável. Radiograficamente, verifica-se uma imagem radiolúcida, unilocular,
associada à coroa de um dente incluso, com margens bem definidas e frequentemente
escleróticas. Este trabalho é um relato de caso de cisto dentígero associado aos molares
inclusos, em paciente do sexo feminino com vinte anos de idade. A paciente procurou o
serviço após realização de exame radiográfico para tratamento ortodôntico. Ao avaliar a
radiografia, observou-se a presença de imagem radiolúcida sugestiva de cisto no segundo
e terceiro molar superior esquerdo e no terceiro molar inferior direito, todos inclusos. O
diagnóstico de cisto dentígero foi confirmado após exame histopatológico. Neste relato
discutiremos
sobre
as
características
clínicas,
radiográficas,
histopatológicas
e
terapêuticas do caso.
151
RELATOS DE CASO
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM DE CALCIFICAÇÃO DE LINFONODO COM
RESSECÇÃO CIRÚRGICA
Camilla Siqueira de Aguiar, Milena M. V. A. de M. Pinheiro, Victor L. M. V. A. de Melo,
Marcela C. R. Fernandes, Ricardo E. V. A. de Melo
Linfonodos são numerosos, interpostos no trajeto dos vasos linfáticos. São órgãos
pequenos, ovoides. Calcificação patológica é a deposição anormal de sais de cálcio,
juntamente com pequenas quantidades de ferro, magnésio e outros sais minerais nos
tecidos. Calcificações de nódulos linfáticos são calcificações distróficas, presentes em
nódulos em processo de inflamação crônica devido a doenças, é assintomática e
encontrada ao acaso em radiografias panorâmicas podendo ser confundido com sialolitos
ou flebólitos. O objetivo é relatar um caso dos aspectos clínicos e imaginológicos de um
linfonodo calcificado em região submandibular. Paciente sexo masculino, melanoderma,
67 anos, buscou o serviço do Ambulatório de CTBMF da UFP E relatando um aumento de
volume na região submandibular direita, com aproximadamente 5 anos de evolução. Ao
exame clínico foi realizado uma palpação na região a qual apresentou características de
consistência dura, bem delimitada, móvel e indolor. Solicitou-se raio-X de face do tipo
panorâmica,
o
qual
apresentou-se
como
uma
imagem
radiopaca
na
região
submandibular. Posteriormente solicitou-se uma tomografia de face, apresentando
imagem compatível com calcificação de tecido mole. O paciente por fim foi submetido a
ressecção sob anestesia geral. Por isso o cirurgião-dentista deve saber realizar o
diagnóstico diferencial para melhor tratamento do paciente, evitando abordagens
invasivas em casos desnecessários.
152
RELATOS DE CASO
ANQUILOSE ALVEOLODENTÁRIA: ASPECTOS CLÍNICOS E RADIOGRÁFICOS DE
TRÊS CASOS DE MEMBROS DE UMA MESMA FAMÍLIA
Ana Maria Lucas Guimarães, Letícia Lima Magalhães, Rose Mara Ortega, Maurício
Augusto Aquino de Castro, Carlos Eduardo Pinto de Alcântara
A anquilose alveolodentária é uma anomalia de erupção em que ocorre a fusão anatômica
do osso alveolar com a dentina/cemento em razão da ausência do ligamento periodontal.
O objetivo do presente trabalho é apresentar uma série de casos clínicos de anquilose
alveolodentária na dentição em membros de uma mesma família. A partir de prontuários
odontológicos, exames fotográficos e imaginológicos (radiografias periapicais e tomografia
computadorizada do feixe cônico), foram coletadas informações sobre idade, gênero e
características clínicas e radiográficas da anquilose como sua localização, número de
dentes envolvidos, bem como classificação da posição do dente em infraoclusão,
consequente da anquilose, dimensionada em três graus diferentes: leve, moderada e
severa. Nos três casos clínicos as pacientes eram do sexo feminino, primas, com idades
de 12, 22 e 20. A anquilose ocorreu tanto na mandíbula quanto na maxila, na dentição
permanente e decídua, apresentou graus de severidade variada e os tratamentos foram
orto e/ou ortocirúrgicos com desfechos variados. Ressalta-se que a utilização de métodos
imaginológicos de qualidade auxiliam o diagnóstico da anquilose alveolodentária, que
quando precoce apresenta melhores prognósticos para o tratamento. A literatura não
elucida com precisão a etiologia, porém, sendo os pacientes relatados membros de uma
mesma família, sugere-se etiologia genética.
153
RELATOS DE CASO
ALTERAÇÃO MORFOLÓGICA UNILATERAL EM ARTICULAÇÃO
TEMPOROMANDIBULAR DE PACIENTE COM DEFORMIDADE DENTOFACIAL
Ana Maria Lucas Guimarães, Priscila Dias Peyneau, Márcia Gabriella Lino de Barros,
Helena Aguiar Ribeiro Nascimento, Francielle Silvestre Verner
A
oclusão
tem
sido
historicamente
relacionada
com
fatores
desencadeantes,
predisponentes e/ou perpetuantes das disfunções temporomandibulares. O objetivo do
presente trabalho foi relatar um caso de um paciente que apresentava deformidade
dentofacial (Classe III de Angle e acentuado prognatismo mandibular). Ao buscar o
serviço especializado queixou-se de dor e desconforto na região temporomandibular do
lado esquerdo. Para complementar o exame clínico foi solicitada uma tomografia
computadorizada de feixe cônico (TCFC), e com o auxílio das imagens obtidas foi
possível visualizar com maior acurácia as estruturas da região, bem como notar uma
alteração morfológica unilateral na articulação temporomandibular do lado esquerdo do
paciente. Além de alterações de forma e alterações osteoartríticas na cabeça da
mandíbula esquerda (aplainamento, osteófito, erosões e esclerose), pôde-se observar um
deslocamento anterior do processo condilar, o qual se encontrava posicionado topo a topo
com o vértice da eminência articular, na posição de máxima intercuspidação habitual.
Após a avaliação das imagens foi possível instituir o correto plano de tratamento. Dessa
forma, pode-se concluir que o exame complementar imaginológico foi essencial para o
diagnóstico final e instituição do tratamento, sendo a TCFC o exame de escolha para
avaliação de pacientes com deformidades dentofaciais.
154
RELATOS DE CASO
EXACERBAÇÃO AGUDA DE UM GRANULOMA PERIAPICAL: RELATO DE CASO
Neumara Marcon Lucktemberg, Sydia Maria Donato da Cunha, Monikelly do Carmo
Chagas do Nascimento, Francine Kühl Panzarella
O granuloma apical (granuloma periapical ou periodontite apical crônica) é uma massa de
tecido de granulação crônica (tecido conjuntivo neoformado com inflamação crônica),
aderida ao redor de um ápice radicular de um dente geralmente desvitalizado.
Histologicamente esse tecido de granulação é composto por linfócitos, plasmócitos,
macrófagos, fibras colágenas e vasos neoformados. Radiograficamente ele aparece como
uma rarefação óssea periapical, que pode ser circunscrita por osteogênese reacional,
normalmente limitada, com forma oval ou circular, com perda da lâmina dura apical. O
objetivo deste trabalho é expor um caso de exacerbação aguda de um granuloma
periapical inflamatório em primeiro molar inferior direito, tratado através de uma cirurgia
perirradicular.
155
RELATOS DE CASO
CISTO ÓSSEO SIMPLES EXTENSO EM MANDÍBULA: A IMPORTÂNCIA DOS
EXAMES CLÍNICO E IMAGINOLÓGICOS PARA A CORRETA TERAPÊUTICA
Ana Maria Lucas Guimarães, Andreones Roberto Felix, Onescy Silveira Dias, Maurício
Augusto Aquino Castro, Carlos Eduardo Pinto de Alcântara
O cisto ósseo simples (COS) também denominado cisto ósseo traumático ou hemorrágico
é classificado como um pseudocisto intraósseo destituído de revestimento epitelial. O
objetivo deste trabalho foi descrever um caso clínico de COS extenso na mandíbula de
um jovem de 14 anos com queixa principal de crescimento exagerado da mandíbula e
histórico de trauma. Exames imaginológicos (radiografias e tomografia computadorizada
de feixe cônico- TCFC) evidenciaram, respectivamente, extensa lesão radiolúcida/
hipodensa envolvendo região de sínfise, corpo e ramo mandibular direito. Foram
sugeridas
algumas
hipóteses
diagnósticas
como
ameloblastoma,
ceratocisto
odontogênico, COS e mal formação vascular. Uma punção aspirativa da lesão revelou
conteúdo líquido de coloração vermelha semelhante a sangue. Foi solicitado então exame
de ressonância magnética (RM) que descartou a possibilidade de a lesão ser de caráter
vascular. Uma radiografia panorâmica um ano após a punção aspirativa sugeriu
neoformação óssea, fortalecendo a hipótese de COS. Aos 18 anos, a nova TCFC revelou
redução significativa do volume da lesão, mas ainda uma área hipodensa na região do
ramo, em que foi feita nova punção (conteúdo líquido semelhante a sangue), acesso
cirúrgico e coleta de fragmento ósseo (tecido sadio) e curetagem (ausência de
revestimento). A partir dos dados clínicos, histórico de trauma, características
radiográficas e análise histopatológica dos materiais coletados o diagnóstico final foi de
COS.
156
RELATOS DE CASO
CARACTERÍSTICAS TOMOGRÁFICAS DO CISTO ODONTOGÊNICO CALCIFICANTE:
RELATO DE CASO CLÍNICO
Beatriz de Carvalho Rocha, Beatriz Salomão Porto Alegre Rosa, Bruno A. Benevenuto de
Andrade, Renato Visconti Filho, Maria Augusta Visconti
O cisto de Gorlin, também denominado cisto odontogênico calcificante (COC), é uma
lesão incomum, que soma apenas 0,3% das biópsias da cavidade oral e 2% de todos os
cistos e tumores odontogênicos. É uma lesão benigna de comportamento clínico variável
e de grande interesse para o cirurgião-dentista, pois afeta os ossos maxilares causando
alterações nas estruturas adjacentes. Apresenta igual distribuição entre a maxila e
mandíbula e a maioria das lesões está relacionada aos incisivos e caninos, podendo estar
associada a outra lesão odontogênica. As características imaginológicas variam de um
padrão completamente hipodenso até um padrão misto, com focos hiperdensos. Paciente
WFS, 55 anos, gênero masculino, procurou atendimento devido ao aumento de volume na
face, causando assimetria e elevação da asa do nariz com apagamento do sulco
nasolabial. O mesmo foi encaminhado ao Serviço de Radiologia da UFRJ para realização
de uma tomografia computadorizada de feixe cônico. Observou-se imagem mista,
unilocular, bem delimitada, envolvendo a maxila do lado esquerdo, com retenção do dente
23, associado a odontoma. Foi verificado a expansão e rompimento das corticais ósseas
e íntima relação com o assoalho do seio maxilar. Os dentes associados à lesão
apresentavam reabsorções radiculares. Sugeriu-se como hipóteses de diagnóstico:
ceratocisto odontogênico; cisto odontogênico calcificante e ameloblastoma. O exame
histopatológico confirmou o diagnóstico de COC.
157
RELATOS DE CASO
INFLUÊNCIA DOS MODOS DE IMAGEM E DE ROTAÇÃO NA AVALIAÇÃO DO OSSO
ALVEOLAR VESTIBULAR ATRAVÉS DE TCFC
Vanessa Sousa Nazaré Guimarães, Paula Paes Ferreira, Milena de Arruda Cabral
Sampaio, Luciana Loyola Dantas, Iêda Margarida Crusóe Rocha Rebello
A diversidade de protocolos de aquisição de imagem por tomografia computadorizada de
feixe cônico (TCFC) tem impulsionado a realização de pesquisas com fins conhecer a
influência dos fatores de exposição na qualidade da imagem para o diagnóstico em
diversas áreas da odontologia. Diante disso, o presente estudo teve como objetivo
comparar os diferentes protocolos de aquisição de imagens por TCFC: HIFI-180°; HIFI360°; HIRES-180°; HIRES- 360°; HISPD-180°; HIFI-360°; STD-180°; STD-360° no
diagnóstico da ausência do osso alveolar vestibular (OAV). Para tanto, foram adquiridas
imagens de TCFC de um crânio completo (maxila e mandíbula), com oito modos de
aquisição distintos, em um mesmo aparelho, o Accuitomo (J. Morita, Kyoto, Japão). As
imagens foram avaliadas por dois examinadores e os resultados comparados com os
achados do crânio seco (padrão ouro). Os resultados mostraram, através da análise de
variância, que os protocolos HIFI-360°; HIRES-180° e HIRES-360° demonstraram
desempenho superior, e estatisticamente significante, na avaliação da OAV. Diante dos
resultados encontrados pôde-se concluir que para a avaliação da OAV é indicado o
protocolo HIRES-180° com vistas a expor o paciente a uma menor dose de radiação sem
comprometer o diagnóstico por imagem.
158
RELATOS DE CASO
AVALIAÇÃO DE LESÕES NOS OSSOS MAXILARES POR MEIO DA TOMOGRAFIA
COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO: UMA SÉRIE DE CASOS
George Patrick Sotero Sturzinger, Matheus Ferreira Diniz, Pedro Fernandes Passos,
Beatriz Salomão Porto Alegre Rosa, Maria Augusta Portella Guedes Visconti
As lesões intraósseas são processos patológicos comumente encontrados nas regiões de
maxila e mandíbula. Os cistos e tumores odontogênicos são as lesões mais encontradas
no complexo maxilomandibular. Podemos destacar como lesões comuns: cisto dentígero,
queratocisto odontogênico, ameloblastoma, mixoma odontogênico, tumor odontogênico
adenomatoide, dentre outras. O diagnóstico dessas condições se dá por meio de exames
por imagem e a avaliação precoce pode minimizar os danos causados às estruturas
adjacentes e ainda contribuir para o correto planejamento do tratamento. Inicialmente
essa avaliação pode ser feita utilizando exames radiográficos bidimensionais, como as
radiografias panorâmica e/ou periapicais com dissociação de imagens. No entanto, estes
apresentam diversas desvantagens, como distorção e sobreposição de estruturas. Para
sanar os problemas inerentes às técnicas bidimensionais a opção mais indicada é o
exame tomográfico, sendo a tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) mais
eficaz. Dessa forma, esse estudo consiste na análise de diversos casos de lesões em
mandíbula e maxila, por meio da TCFC, demonstrando assim, a relevância desse exame,
sua acurácia e importância, na correta avaliação e elaboração das hipóteses de
diagnóstico, para um bom planejamento do tratamento e um melhor prognóstico para os
pacientes.
159
RELATOS DE CASO
AVALIAÇÃO DE ODONTOMAS POR MEIO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
DE FEIXE CÔNICO
Kananda Galdino de Araújo, Beatriz Salomão Porto Alegre Rosa, George Patrick Sotero
Sturzinger, Matheus Ferreira Diniz, Maria Augusta Portella Guedes
Os odontomas são os tipos mais comuns de tumores odontogênicos. Quando
desenvolvidos, consiste principalmente em esmalte e dentina. Esses tumores ainda são
subdivididos em odontoma composto e em odontoma complexo. Acomete pacientes
jovens, de dez a vinte anos em média, a maioria das lesões são assintomáticas, sendo
descobertos em exames de rotina ou quando são realizadas radiografias para determinar
o motivo pelo qual um dente ainda não erupcionou. São tipicamente lesões pequenas,
ocorrem com mais frequência em maxila do que na mandíbula. Radiograficamente o
odontoma composto se mostra como uma lesão radiolúcida, bem delimitada, com
múltiplos dentículos em seu interior. O odontoma complexo é visto como uma lesão
radiopaca, bem delimitada, cercada por uma delgada margem radiolúcida. Para um
melhor diagnóstico radiográfico, são feitos exames de imagem de tomografia
computadorizada de feixe cônico (TCFC). A TCFC é um excelente exame radiográfico, já
que com esse recurso é possível analisar toda a lesão, tridimensionalmente e sua
associação com as estruturas adjacentes. No relato de caso, paciente feminino, 12 anos,
apresenta uma lesão bem delimitada, com estruturas no interior hiperdensas, localizada
em região anterior de mandíbula, associada a um canino impactado. A partir da TCFC é
possível identificar a lesão, criando então melhores chances de tratamento e melhor
prognóstico para o paciente.
160
RELATOS DE CASO
DISPLASIA CEMENTO ÓSSEA PERIAPICAL DIAGNOSTICADA POR TOMOGRAFIA
COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO: RELATO DE CASO
Patricia Fernandes Avila Ribeiro, Heraldo Luis Dias da Silveira, Leonardo Bez, Karoline
Rossi, Gladson Peruchi Ribeiro
As displasias cemento-ósseas são lesões fibro-ósseas, não neoplásicas que substituem o
osso normal por tecido conjuntivo denso, osteoide e cementoide. O diagnóstico definitivo
é atingido a partir da associação entre exames clínico, imaginológico e histológico. O
objetivo do relato de caso é destacar a importância do exame radiográfico no seu
diagnóstico. Paciente, 58 anos, gênero feminino, totalmente edêntula, compareceu à
clínica de radiologia odontológica com solicitação de tomografia computadorizada de feixe
cônico para planejamento de implantes na região anterior da mandíbula. Contudo, durante
a análise das imagens observou-se múltiplas áreas hiperdensas arredondadas,
circundadas por linhas hipodensas na região correspondente à área apical dos dentes
anteriores. A hipótese diagnóstica sugerida foi displasia cemento óssea periapical. Frente
a essa situação, o cirurgião dentista responsável pela paciente, executou biópsia
excisional e encaminhou para o exame histológico que comprovou o diagnóstico. O
tratamento prosseguiu com a reabilitação dentária da paciente, instalação de implantes e
confecção de prótese. Este caso ilustra a relevância dos exames por imagem no
diagnóstico de displasias cemento-ósseas, uma vez que a definição do tipo, depende da
presença de única ou múltiplas lesões e da localização radiográfica. Palavras chave:
displasia cemento óssea, tomografia computadorizada de feixe cônico, displasia cemento
óssea periapical.
161
RELATOS DE CASO
CT CONE BEAM PARA PACIENTES COM NECESSIDADES ESPECIAIS
Marcelo Faria, Luciana Freitas Bastos, Beatriz Lamas de Melo, Vanessa Pinto, Débora
Teixeira
Somos o Núcleo Odontológico de Radiologia e atendimento a pacientes com
necessidades especiais. O Serviço é custeado pela FAPERJ e FINEP. O objetivo geral é
um atendimento de excelência a comunidade através do SUS, na área de Radiologia
Odontológica com exames intra e extraorais e tomografia computadorizada de feixe
cônico e também atendimento clínico e cirúrgico para pacientes especiais e bucomaxilo.
O presente trabalho tem por objetivo específico apresentar casos clínicos de pacientes
especiais cujo planejamento foi realizado por tomografia computadorizada de feixe cônico
e demais sistemas de imagem digital.
162
RELATOS DE CASO
CT CONE BEAM, RESSONÂNCIA MAGNÉTICA E MULTISLICE PARA PACIENTES
COM NECESSIDADES ESPECIAIS E SISTEMICAMENTE COMPROMETIDOS
Marcelo Faria, Luciana Freitas Bastos, Beatriz Lamas de Melo, Vanessa Pinto, Debora
Teixeira
No
presente
trabalho
serão
vistos
casos
especiais
por
meio
de
tomografia
computadorizada de feixe cônico, ressonância magnética e multislice do Núcleo de
Radiologia Odontológica e Hospital Universitário Pedro Ernesto da UERJ (HUPE).
163
RELATOS DE CASO
ENDO GUIDE: UMA ALTERNATIVA CONSERVADORA NA TERAPIA ENDODÔNTICA
Bernardo Freire, Stephane Vianna, Marcus Vinicius Freire, Israel Chilvarquer
O acesso endodôntico em dentes com calcificação radicular é um grande desafio na
prática clínica. Nesses casos, a ocorrência de desvios e perfurações radiculares são
comumente observados e podem dificultar e impossibilitar a terapia endodôntica, levando
até a exodontia do elemento dentário. Neste relato de caso, um paciente do sexo
feminino, 25 anos, leucoderma, apresentou-se à clínica odontológica queixando-se de
escurecimento do dente 21. Após exame físico e radiográfico, constatou-se ausência de
sensibilidade no dente em questão, assim como calcificação do canal radicular e a
presença de rarefação óssea periapical circunscrita. Foram adquiridas imagens no
Tomógrafo PreXion®, aonde verificou-se a presença de luz de pequena dimensão no
canal radicular do dente 21 a partir do terço médio radicular. Para a realização do
planejamento digital e confecção do guia de acesso endodôntico, foi realizado o
escaneamento intraoral da arcada superior. O software utilizado para integração dos
volumes obtidos foi o ImplantViewer®, aonde realizou-se o planejamento do acesso e a
geração do arquivo digital do guia endodôntico, ao qual foi encaminhado para impressora
3D Formlabs2®. A checagem da adaptação do guia foi realizada previamente o
procedimento e o acesso guiado endodôntico realizado com broca do kit de cirurgia
guiada da Neodent® com 1,3 mm de diâmetro. Após encontrar o canal radicular, a terapia
endodôntica seguiu normalmente apresentando resultados satisfatórios.
164
RELATOS DE CASO
CERATOCISTO ODONTOGÊNICO: REVISÃO DE LITERATURA E RELATO DE CASO
Ângela Catarina Maragno, Érica Anacleto Brunelli, Marta Iza Marazzini, Luciana Neves
Machado Rezende, Sérgio Vitorino Cardoso
O ceratocisto odontogênico é uma patologia de origem odontogênica que acomete a
cavidade bucal, considerado benigno, porém com características agressivas e alto índice
de recidiva. O objetivo do estudo foi relatar um caso clínico de um paciente de 13 anos de
idade que apresentava um ceratocisto odontogênico em região anterior da mandíbula,
lado direito e assintomático. O mesmo foi submetido a marsupialização. Além disso, foi
realizado uma revisão de literatura, tendo como base de dados estudos publicados entre
os anos de 2003 a 2017 em Scielo, Pubmed, Home e Lilacs. Foram revisados 15 estudos,
sendo 16 casos relatados, nos quais encontrou-se 68,75% em pacientes do gênero
feminino e a idade de maior prevalência foi a terceira década de vida, com 37,5%. Além
disso, 62,5% estavam localizados na região posterior da mandíbula e 63% dos casos
possuíam dentes associados a lesão. Concluiu-se que o ceratocisto odontogênico é uma
patologia que compromete a mandíbula e de maior prevalência entre a segunda e terceira
década de vida. Radiograficamente apresenta-se como uma lesão radiolúcida uni ou
multilocular, podendo estar relacionado a dentes inclusos. Histologicamente mostra uma
delgada parede de tecido conjuntivo e epitélio escamoso estratificado com células basais
hipercromáticas e em paliçadas. O tratamento do ceratocisto odontogênico ainda hoje não
é consensual, o que exige do cirurgião dentista conhecimento da patologia.
165
RELATOS DE CASO
LESÃO GIGANTOCELULAR COM ROMPIMENTO DE CORTICAL EM LESÃO MENOR:
RELATO DE CASO
Antonio Francisco Costa, Paulo de Tarso Silva de Macedo, Francine K. Panzarella, José
Luiz Cintra Junqueira, Monikelly do Carmo Chagas Nascimento
A lesão gigantocelular (LGC) é uma lesão dos maxilares que acomete principalmente
crianças e adultos jovens com menos de 30 anos. Em sua maioria, são assintomáticas e
não apresentam perfuração de cortical óssea ou reabsorção radicular. Apesar de, nas
lesões mais agressivas, poderem apresentar dor, crescimento rápido e com tendência a
recidiva. Radiograficamente, apresentam-se radiolúcidas uniloculares (em lesões
menores) ou multiloculares (em lesões maiores), bordas regulares, em região anterior de
mandíbula. Este relato visa apresentar um caso de LGC em um paciente do gênero
feminino, 12 anos, assintomática. As imagens de tomografia computadorizada de feixe
cônico (TCFC) mostraram uma área hipodensa unilocular bem definida, se estendendo
desde a região distal do dente 32 até a região mesial da raiz mesial do 36, e acima do
canal mandibular até a região de rebordo ósseo alveolar. A lesão apresentava
adelgaçamento da cortical lingual e rompimento da cortical óssea vestibular. As hipóteses
de diagnóstico diante das imagens tomográficas foram: Queratocisto odontogênico, LGC,
e fibroma ameloblástico, confirmada histologicamente como LGC. Diante do caso,
podemos concluir que as imagens de TCFC é um método de exame por imagem que
possibilita uma minuciosa avaliação da lesão acerca de sua extensão e relação com
estruturas adjacentes. Informações estas, que associadas ao exame histopatológico, são
essenciais para a obtenção de um diagnóstico assertivo.
166
RELATOS DE CASO
IMPORTÂNCIA DA IDENTIFICAÇÃO DE CARACTERÍSTICAS IMAGINOLÓGICAS DAS
SINUSOPATIAS POR MEIO DAS IMAGENS DE TCFC
Camila de Oliveira Natividade, Gisele Castor Pereira, Célio Cézar W. de Almeida Júnior,
Anne Caroline C. Oenning, Monikelly do Carmo C. Nascimento
Os seios paranasais (SPNs) são cavidades presentes na região craniofacial. A
identificação de condições patológicas associadas é crucial, já que os SPNs estão
próximos a estruturas importantes como dentes, vasos, nervos, órbita e cérebro. As
infecções e processos alérgicos são os principais fatores relacionados à doença sinusal.
A tomografia de feixe cônico (TCFC) aparece como um dos principais exames que
auxiliam o profissional no diagnóstico das sinusites, por meio da avaliação do tamanho
dos SPNs e integridade das paredes. Este trabalho tem como objetivo relatar um caso
clínico de uma paciente, 43 anos, que se queixava de sensação de “pressão na região da
face”. A paciente foi encaminhada para realização de exame de TCF C dos SPNs. As
imagens mostraram velamento dos seios maxilar e etmoidal esquerdo e do seio frontal.
Foi observado rompimento da parede medial do seio maxilar esquerdo, da parede
superior das células etmoidais anteriores do mesmo lado, do soalho do seio frontal e base
de crânio. A imagem sugere sinusite crônica de origem intrínseca com comunicação com
a cavidade craniana. No seio maxilar direito, observa-se espessamento e invaginação do
assoalho, sugerindo uma condição patológica de origem odontogênica. A TCFC foi
imprescindível para identificação do comprometimento dos SPNs e envolvimento com
estruturas adjacentes importantes, que vão além do diagnóstico bucomaxilofacial.
Destaca-se a importância de se avaliar a saúde do paciente com uma abordagem ampla.
167
RELATOS DE CASO
CELULITE FLEGMONOSA PERIMAXILAR DE ORIGEM ODONTOGÊNICA:
ASPECTOS IMAGINOLÓGICOS
Camilla Siqueira de Aguiar, Rodrigo H. M. V. A. de Melo, Milena M. V. A. de M. Pinheiro,
Marcela C. R. Fernandes, Ricardo E. V. A. de Melo
As infecções de origem odontogênica originam-se a partir de um necrose pulpar com
invasão bacteriana no tecido periapical e periodontal, que pode levar à formação de
abscesso capaz de se estender através dos planos fasciais dos tecidos moles quando
não consegue ser drenada através de superfície cutânea ou mucosa bucal, denominandose celulite. Paciente, gênero masculino, 13 anos, encaminhado ao Ambulatório de
Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial da UFPE, devido à presença de uma celulite
flegmonosa perimaxilar de origem dentária. Ao exame clínico apresentou um aumento de
volume em hemiface esquerda, macio a palpação e indolor. A sua genitora que relatou a
realização de uma sinusectomia maxilar esquerda, pela equipe de Otorrinolaringologia, há
aproximadamente 20 dias e instalação de um dreno na região de pálpebra superior para
eliminação de secreção purulenta. Ao exame panorâmico, observa-se presença de resto
radicular dos elementos 26 e 46 e radiopacidade dos seios maxilares. Na tomografia
volumétrica de feixes cônicos, observa-se uma imagem hiperdensa no seio maxilar
esquerdo e após a realização do procedimento cirúrgico de sinusectomia sem a remoção
do fragmento dentário, nota-se a permanência da mesma imagem confirmando o
diagnóstico de celulite flegmonosa perimaxilar de origem odontogênica. O fator dental
pode estar envolvido em até 12% dos casos de sinusite maxilar e a eliminação do fator
causal se faz imprescindível para o sucesso do tratamento.
168
RELATOS DE CASO
DIAGNÓSTICO DE FRATURAS E PERFURAÇÕES RADICULARES COM AUXÍLIO DE
IMAGENS DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO
Christian Andersen Cerqueira Oliveira Freitas, Francielle Silvestre Verner, Márcia
Gabriella Lino de Barros, Priscila Dias Peyneau, Rafael Binato Junqueira
O diagnóstico clínico de fraturas e perfurações radiculares pode representar um desafio
para o profissional, que recorre com frequência à realização de exames complementares
por imagem, como as radiografias periapicais. Entretanto, as sobreposições inerentes às
radiografias periapicais podem acarretar em diagnósticos inconclusivos. Neste contexto, a
tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) assume importante função, ao
auxiliar no correto diagnóstico de tais alterações. O presente trabalho visa demonstrar
uma sequência de casos em que os exames radiográficos bidimensionais não
demonstraram eficácia para a detecção de fraturas e perfurações. As reconstruções
tridimensionais da TCFC permitiram visualizar a localização precisa das alterações, as
faces envolvidas, o terço radicular, bem como a presença de material obturador
extravasado e retentor intrarradicular desviado. Desta forma, concluiu-se que a TCFC é
um exame complementar essencial para o diagnóstico de fraturas e perfurações
radiculares.
169
RELATOS DE CASO
FIBROMA CEMENTO-OSSIFICANTE CENTRAL: DIAGNÓSTICO CLÍNICOIMAGINOLÓGICO E HISTOPATOLÓGICO
Daiane Rohden, Nádia Assein Arús, Heraldo Luis Dias da Silveira, Laura Campos
Hildebrand, Ana Márcia Viana Wanzeler
O fibroma cemento-ossificante central é uma lesão cujo diagnóstico tem-se mostrado
intrigante e confuso uma vez que apresenta semelhanças clínicas, radiográficas e até
histopatológicas com outras lesões como a displasia fibrosa e a displasia cemento-óssea.
É uma neoplasia benigna de etiologia incerta e crescimento lento, sendo a mandíbula
acometida mais frequentemente que a maxila. O presente trabalho tem como objetivo a
descrição de um caso de fibroma cemento-ossificante central diagnosticado em uma
paciente do sexo feminino, 35 anos. Ao exame físico extrabucal, observou-se discreta
assimetria facial e pele com cor e textura normais. Intraoralmente, verificou-se um
aumento de volume no rebordo alveolar, duro à palpação, com expansão das corticais
vestibular e lingual, recoberto com mucosa íntegra de coloração normal e ausência do
dente 46. Após o exame radiográfico, o tratamento realizado foi conservador a partir da
curetagem da lesão. O material coletado foi enviado para análise histopatológica. As
características clínicas, radiográficas e histológicas apresentadas apontaram para o
diagnóstico conclusivo de fibroma cemento-ossificante central envolvendo a mandíbula
direita.
170
RELATOS DE CASO
ESTUDO DA ALTERAÇÕES DOS SEIOS MAXILARES POR TOMOGRAFIA
COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO
Filipe Costa Almeida, Carlos Eduardo Pinto de Alcântara, Valdir Cabral Andrade,
Francielle Silvestre Verner, Maurício Augusto Aquino de Castro
A rotina clínica requer preparo aprimorado do cirurgião-dentista para diagnósticos e
condutas. As estruturas de interesse devem ser claramente visualizadas para que os
procedimentos sejam bem-sucedidos. Os seios maxilares são exemplos da importância
da identificação das estruturas anatômicas para a Odontologia. Avaliar o seio maxilar,
suas variações anatômicas, presença de alterações em seu interior ou relacionadas com
a ação de patologias adjacentes são procedimentos que contribuem para o diagnóstico
diferencial e determinação da conduta terapêutica. A avaliação dos seios maxilares e
suas alterações requer o uso de exames radiográficos que forneçam imagens de
qualidade. Embora grande número de casos possa ser elucidado com o uso de exames
bidimensionais, a tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) apresenta notórias
vantagens. O presente trabalho visa apresentar uma série de casos de alterações dos
seios maxilares diagnosticadas por meio da TCFC, com intuito de exemplificar situações
em que as imagens tomográficas contribuíram decisivamente para o diagnóstico. Os
casos representam situações em que há indicação para uso de exames tridimensionais
com vistas ao diagnóstico. A eliminação de sobreposições, a alta resolução e a agilidade
na obtenção das imagens da TCFC em comparação com as técnicas convencionais
confirmam as vantagens de sua indicação para a avaliação dos seios maxilares.
171
RELATOS DE CASO
POLITRAUMA FACIAL EM ADOLESCENTES: PLANEJAMENTO COM CTdBEM E
IMPRESSÃO 3D – RELATO DE CASO CLÍNICO
Giuliano Omizzolo Giacomini, Pietra Rodrigues Antonello, Edilson Luis Mandicaju Martins,
Waneza Dias Borges Hirsch, Gustavo Nogara Dotto
Este estudo objetivou relatar caso clínico de politrauma facial em adolescente utilizando
para o planejar o tratamento TCMS com protocolo de baixa dose de radiação (CTdBem) e
impressão 3D de biomodelo. Paciente L.K., 14 anos, sexo masculino. Chegou ao hospital
de uma instituição pública vítima de politrauma com fratura nos ossos do crânio e da face,
traumatismo do olho e da órbita ocular, enucleação do olho esquerdo e traumatismo de
médio facial, lado esquerdo. Realizou-se TCMS com protocolo CTdBem e por meio
dessas imagens a impressão de protótipos em 3D (PLA), os quais possibilitaram o
planejamento cirúrgico pré-operatório, o tamanho de parafusos e a morfologia das placas
de osteossíntese, seu comprimento e direção, minimizando as possibilidades de erro no
procedimento cirúrgico. Foi realizada osteossíntese com placas para reconstrução de
fratura do complexo órbito-zigomático-maxilar e cirurgia de fratura intercondileana.
Resultados: Atualmente está assintomático e foi encaminhado para a confecção de uma
prótese
ocular.
Conclusão:
O
tratamento
de
politrauma
usando
biomodelos
tridimensionais após TCMS/CtdBem possibilita simular a fase cirúrgica e facilita a préconformação e configuração das placas de titânio com perfeita adaptação à anatomia do
paciente, gerando redução do tempo cirúrgico, do risco de infecção e do custo hospitalar
e previsibilidade de resultados a longo prazo.
172
RELATOS DE CASO
OSTEOMA DO CÔNDILO MANDIBULAR: ASPECTOS CLÍNICOS E
IMAGINOLÓGICOS
Janaina Araújo Dantas, José Augusto Tuy de Britto Oliveira Junior, Eurico Candido de
Oliveira, Yasmin Rodarte Carvalho, Sérgio Lúcio P C Lopes
O osteoma é um tumor benigno, de crescimento lento, composto de osso esponjoso ou
compacto, originado no periósteo dos ossos craniofaciais. Ocorre, predominantemente,
em pacientes do sexo masculino, entre a terceira e quinta década de vida, sendo
normalmente
assintomático.
Quase
que
exclusivamente
encontrado
na
região
craniofacial, localiza-se preferencialmente nos seios paranasais. Porém, quando há o
envolvimento da maxila e mandíbula, o côndilo mandibular é considerado um sitio comum.
É
classicamente
caracterizado,
na
radiografia
convencional
ou
na
tomografia
computadorizada, por uma massa densamente calcificada, de limites bem demarcados e
padrão trabecular interno normal. Apresentamos um caso clínico de osteoma, descoberto
em exame radiográfico de rotina, em paciente do sexo feminino, melanoderma, na sexta
década de vida, com tempo de evolução desconhecido, sem sintomatologia dolorosa,
disfonia, disfagia, limitação de abertura de boca ou desvio de movimento, travamento e
estalido articular. O exame de tomografia computadorizada de ATM, demonstrou uma
lesão óssea expansiva, densamente calcificada, localizada medialmente ao côndilo e
chanfradura mandibular direita. O exame histopatológico, realizado após biópsia,
confirmou a suspeita clínica e imaginológica de osteoma.
173
RELATOS DE CASO
MUCOPOLISSACARIDOSE TIPO I/SÍNDROME DE HURLER: RELATO DE CASO
CLÍNICO
Leana Ferreira Crispim, Juliana de Morais Jacob, Júlio Bisinotto Gomes, Antônio
Francisco Durighetto Júnior, Mirna Scalon Cordeiro
Mucopolissacaridose tipo I (MPS I)/Síndrome de Hurler é uma doença metabólica rara de
origem genética, caracterizada pela falta da enzima -L-iduronidase. O presente caso
refere-se a um paciente do sexo masculino, 16 anos, portador da síndrome de Hurler, que
compareceu à Clínica Odontológica do Centro Universitário do Triângulo para tratamento
ortodôntico. Ao exame físico, notou-se baixa estatura, dificuldade motora e opacificação
da córnea. Ao extraoral, foram observadas características da síndrome: face plana, ponto
nasal achatado, proeminência frontal e ausência de vedamento labial. Ao intraoral,
observou-se macroglossia, alterações gengivais e permanência do dente 83. A radiografia
panorâmica revelou alterações morfológicas bilaterais das cabeças mandibulares.
Evidenciou-se que os dentes 18, 28, 38, 43 e 48 estavam retidos e com espessamento do
capuz pericoronário. Solicitou-se tomografia computadorizada helicoidal e ressonância
magnética para melhor planejamento terapêutico. Procedeu-se remoção dos dentes 18 e
28 e, após análise histopatológica dos fragmentos de tecido mole, confirmou-se
espessamento de capuz pericoronário. Então, realizou-se a instalação do arco lingual e
cirurgia para colagem do botão ortodôntico para tracionamento do dente 43. Após análise
histopatológica do fragmento de cápsula folicular obteve achados sugestivos de folículo
pericoronário hiperplásico. O paciente está em proservação e, recentemente, o tratamento
ortodôntico foi suspenso por solicitação médica.
174
RELATOS DE CASO
PLANEJAMENTO REVERSO DE PRÓTESE UNITÁRIA UTILIZANDO SISTEMA
CAD/CAM ASSOCIADO A TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA CONE BEAM
Mauri Stefanini Cardoso, Renata Nobile, Carlos Eduardo Franscichone, Milena Bortolotto
Felippe Silva, José Luiz Cintra Junqueira
Atualmente existe um aumento na procura por sistemas CAD/CAM para planejamento de
próteses sobre implante. O planejamento prévio à reabilitação protética, com a utilização
simultânea de /sistemas CAD/CAM e tomografias computadorizadas, permite ao cirurgiãodentista um planejamento exato da localização ideal do implante e a visualização do
resultado final da prótese. O intuito do presente trabalho é apresentar um caso de
planejamento
reverso
utilizando
simultaneamente
o
sistema
CAD/CAM
para
escaneamento da boca e planejamento protético associado à obtenção dos dados de um
exame tomográfico para o planejamento cirúrgico utilizando a integração dos sistemas
CEREC (Sirona Dental Systems®) com o equipamento de raios-X Orthophos XG3D
(Sirona Dental Systems®). O resultado foi um planejamento adequado e uma instalação
de implantes eficiente, oferecendo uma nova maneira de executar a implantodontia com a
possibilidade de o cirurgião-dentista trabalhar autonomamente, otimizando o seu fluxo de
trabalho e aumentando sua rentabilidade. Como preconizado para relatos de caso, o
termo de consentimento livre e esclarecido foi aplicado previamente ao paciente.
175
RELATOS DE CASO
CISTO DO DUCTO TIREOGLOSSO: ACHADO POR IMAGEM EM RESSONÂNCIA
MAGNÉTICA
Nádia Assein Arús, Roberta Almeida Mendes, Heraldo Luis Dias da Silveira, Mariana
Boessio Vizzotto, Priscila Fernanda da Silveira Tiecher
Cisto do ducto tireoglosso é uma anomalia congênita, com origem da permanência do
epitélio do trato tireoglosso, após a descida da tireoide até sua posição normal, que ocorre
na sétima semana embrionária. O objetivo deste trabalho é relatar um caso clínico no qual
o cisto do ducto tireoglosso foi um achado por imagem. Paciente do sexo feminino, 23
anos, diagnosticada com enxaqueca com aura há oito anos, apresentou dor de cabeça
por oito dias após episódio de estresse. Foi solicitado um exame de imagem por
ressonância magnética de crânio, no qual foi constatado normalidade para a região
encefálica. No entanto, um achado por imagem foi identificado na região sublingual
mediana, com 2,1 cm, predominantemente cística, com pequeno componente sólido
interno, de etiologia indeterminada. Preocupada, a paciente se dirigiu ao Serviço de
Radiologia da FO-UFRGS. Após a avaliação do volume, foi sugerida a hipótese
diagnóstica de cisto do ducto tireoglosso. Clinicamente, a paciente apresentava discreto
aumento de volume junto ao osso hioide, indolor e móvel à deglutição. A investigação
continuou com ecografia da região cervical com doppler que confirmou a hipótese prévia.
Atualmente, a paciente faz acompanhamento e, em 6 meses, uma nova ecografia será
realizada para avaliar o tamanho da lesão e determinar o tratamento. Neste relato
observa-se a importância da varredura de todo volume de um exame por imagem, já que
achados por imagem, mesmo sem relação com sinais e sintomas, devem ser
investigados.
176
RELATOS DE CASO
ASPECTOS IMAGINOLÓGICOS DE DEFEITO OSTEOPORÓTICO DO ADULTO EM
MANDÍBULA
Patrícia Lopes Alcantara, Mariela Peralta-Mamani, Alberto Consolaro, Renato Yassutaka
Faria Yaedú, Izabel Regina Fischer Rubira-Bullen
O defeito osteoporótico do adulto (DOA) é uma condição rara e apresenta-se geralmente
como lesões radiolúcidas assintomáticas nos maxilares. Este trabalho tem como objetivo
relatar um caso de DOA em um paciente de 35 anos, gênero masculino. Uma lesão
radiolúcida, assintomática abaixo da região periapical dos dentes 35, 36 e 37, foi um
achado radiográfico na radiografia panorâmica feita para tratamento odontológico. As
características
clínica
e
radiográfica
eram
muito
semelhantes
as
áreas
de
desenvolvimento e involução de cisto ósseo simples, assim foi feito um controle, de 20, 60
e 180 dias com radiografias panorâmicas; não houve alterações nas características.
Controles clínicos e radiográficos foram feitos por nove anos. No último controle foi
realizada uma tomografia computadorizada de feixe cônico que evidenciou pontos
hiperdensos no interior da lesão hipodensa (4,5 x 2 cm). Devido a esses achados,
somado ao fato de a lesão não desaparecer e se manter inalterada, uma biópsia por
curetagem foi realizada. O material enviado ao exame histopatológico mostrou medula
óssea hematopoiética com esparsos adipócitos revelando-se de forma organizacional
madura e normal. O resultado histopatológico, achados clínicos e imaginológicos
confirmaram o diagnóstico de DOA. Paciente continua em proservação com panorâmica
anualmente. Concluiu-se que o DOA deve constar na lista de diagnósticos diferenciais de
lesões radiolúcidas uni e multiloculares, especialmente em mandíbula.
177
RELATOS DE CASO
UTILIZAÇÃO DA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NA DIFERENCIAÇÃO ENTRE
AMELOBLASTOMA UNICÍSTICO E TUMOR ODONTOGÊNICO QUERATOCÍSTICO
Paulo de Tarso Silva de Macedo, Antônio Francisco Costa, Antonione Santos Bezerra
Pinto, Luiz Roberto Coutinho Manhães Júnior
Os ameloblastomas (AML) e os tumores odontogênicos queratocísticos (TOQ) são os
tumores odontogênicos mais agressivos que acometem a região maxilomandibular.
Ambos os tumores podem apresentar aspectos radiográficos semelhantes. Os AML
unicísticos são responsáveis por cerca de 10 a 46% de todos os casos de AML
intraósseos e apresentam aspecto unilocular, já os TOQ apresentam-se como lesões uni
ou multiloculares, assemelhando-se algumas vezes aos AML. Além disso, a localização
mais frequente de ambos os tumores é a região posterior de mandíbula. O diagnóstico
diferencial entre esses dois tumores auxilia o cirurgião no planejamento cirúrgico, uma vez
que as modalidades de tratamento podem ser distintas. As imagens por ressonância
magnética (IRM) apresentam contraste superior para análise de tecidos moles, o que
torna este método útil para avaliar a estrutura interna dos tumores ósseos. O presente
trabalho teve por objetivo relatar dois casos clínicos (um de AML unicístico e o outro de
TOQ) nos quais as IRM foram utilizadas para o diagnóstico diferencial das lesões. As IRM
do AML unicístico mostraram baixa intensidade de sinal homogêneo nas imagens
ponderadas em T1 e alta intensidade de sinal homogênea em T2. Por outro lado, as IRM
do TOQ demonstraram intensidade de sinal heterogênea intermediária em T1 e
intensidade intermediária/alta em T2. As IRM demonstraram diferenças importantes no
conteúdo intralesional dos tumores, permitindo assim o diagnóstico diferencial.
178
RELATOS DE CASO
AVALIAÇÃO DE DEFEITOS ÓSSEOS PERIODONTAIS UTILIZANDO TOMOGRAFIA
COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO: SÉRIE DE CASOS
Paulo de Tarso Silva de Macedo, Antônio Francisco Costa, Luiz Roberto Coutinho
Manhães Júnior
Os defeitos ósseos periodontais são alterações destrutivas que acometem o osso alveolar
de suporte, decorrentes da progressão da doença periodontal. A avaliação da morfologia
do defeito é de extrema importância para a determinação do plano de tratamento e
prognóstico, uma vez que dependendo da arquitetura óssea do defeito a terapia
periodontal regenerativa pode ou não estar indicada. Nesse sentido, a avaliação clínica e
radiográfica do defeito ósseo deve ser detalhada. A Tomografia Computadorizada de
Feixe Cônico (TCFC) tem se mostrado uma ferramenta útil para detecção de defeitos
ósseos periodontais por permitir a visualização do defeito nos três planos anatômicos e
possibilitar mensurações reais, fornecendo informações importantes para o diagnóstico,
prognóstico e plano de tratamento periodontal. O presente trabalho tem por objetivo
relatar uma série de casos clínicos nos quais a TCFC de FOV pequeno foi utilizada para
avaliação e mensuração de defeitos ósseos periodontais de 2 e 3 paredes. Os cortes
oblíquos de TCFC foram utilizados para avaliação detalhada dos defeitos e determinação
do plano de tratamento dos casos periodontais complexos. As imagens de TCFC de
pequeno FOV permitiram uma visualização tridimensional dos defeitos ósseos, com alta
resolução de imagem e baixa dose de radiação, possibilitando a determinação do número
de paredes remanescentes e estabelecimento de um plano de tratamento adequado.
179
RELATOS DE CASO
UTILIZAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO EM
COMPLICAÇÃO PÓS-OPERATÓRIA DE TERCEIRO MOLAR INFERIOR
Renata Cristina de Carvalho Barreto Oliveira Apolinário Figueira, Priscila Dias Peyneau,
Francielle Silvestre Verner, Márcia Gabriella Lino de Barros, Helena Aguiar Ribeiro do
Nascimento
A exodontia de terceiros molares é uma das cirurgias mais realizadas pelo cirurgiãodentista. A inserção do terceiro molar inferior no processo alveolar, sua localização e
proximidade com o canal e base da mandíbula influenciam na técnica cirúrgica,
contribuindo para a ocorrência de complicação trans e pós-operatória, como a introdução
acidental do dente para o interior do seio maxilar ou para a região submandibular. A fim
de minimizar possíveis complicações, torna-se necessária a obtenção de exames por
imagem para a elaboração do plano de tratamento e proservação do paciente. A
tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) tem sido indicada tanto para
avaliação da relação espacial de terceiros molares inferiores com a s estruturas
adjacentes, quanto nos casos de complicação pós-operatória, pois permite melhor
visualização da área de interesse, com imagens tridimensionais, de alta resolução. O
objetivo no presente trabalho é relatar o caso do paciente A.B.B., sexo masculino, 35
anos, que realizou exame de TCFC para localização do dente 38 “desaparecido” durante
a tentativa de exodontia. Observou-se imagem hipodensa, sugestiva de osso em
cicatrização, na região do dente 38 e rompimento da cortical lingual na mesma região.
Verificou-se ainda o dente 38 localizado na região submandibular, com a coroa para
lingual e o ápice para vestibular, abaixo da base mandibular. A TCFC foi imprescindível
na localização do terceiro molar e avaliação dos efeitos nas estruturas adjacentes.
180
RELATOS DE CASO
DISPLASIA CEMENTO-ÓSSEA FLORIDA ASSOCIADA COM CISTOS ÓSSEOS
SIMPLES: SÉRIE DE CASOS
Sâmila Gonçalves Barra, Camila Nazaré Alves de Oliveira Kato, Wagner Henriques de
Castro, Claudia Borges Brasileiro, Ricardo Alves Mesquita
As displasias cemento-ósseas (DCO) são lesões fibro-ósseas caracterizadas pela
substituição de osso normal por tecido fibroso e material mineralizado. É uma condição
que afeta preferencialmente a região de mandíbula de mulheres negras de meia-idade,
geralmente são assintomáticas, confinadas ao osso trabecular e existem três formas
clínicas distintas: focal, periapical e florida. A associação entre cisto ósseo simples (COS)
e a DCO tem sido relatada na literatura. Este estudo tem o objetivo de descrever quatro
casos clínicos de DCO florida associada à COS. Todos os pacientes eram do gênero
feminino, negras e com média de idade de 43,25 anos. As lesões eram assintomáticas,
mas três pacientes tinham queixa de expansão na região da mandíbula. Foram realizadas
radiografias panorâmicas e tomografia computadorizada de feixe cônico das áreas
acometidas. As pacientes foram submetidas à biopsia e a curetagem do COS e seguem
em acompanhamento. Os cirurgiões-dentistas devem estar atentos a essa possível
relação para garantir um correto diagnóstico e tratamento adequado aos pacientes.
181
RELATOS DE CASO
SIALOLITO GIGANTE DA GLÂNDULA SUBMANDIBULAR: RELATO DE DOIS CASOS
Sâmila Gonçalves Barra, Tania Mara Pimenta Amaral, Felipe Paiva Fonseca, Tarcília
Aparecida Silva, Ricardo Alves Mesquita
A sialolitíase é a doença mais comum das glândulas salivares acometendo principalmente
a glândula submandibular. A maioria dos sialolitos são de tamanhos pequenos, porém,
podem atingir grandes proporções, os quais são considerados sialolitos gigantes e são
poucos os relatos na literatura. São comuns em pacientes do gênero masculino e na
maioria das vezes, são assintomáticos, mas podem evoluir com inchaço, dor e ausência
de salivação da glândula afetada. O seu diagnóstico e tratamento estão relacionados
principalmente com a sua localização. Os exames de imagem são úteis para a avaliação
dimensional e localização do sialolito gigante. O objetivo deste estudo foi investigar por
meio de exames de imagem, dois casos de paciente s do sexo masculino com sialolitos
gigante localizado na glândula submandibular, apresentando aumento de volume extra
oral e sintomatologia dolorosa. Os recentes avanços na tecnologia de imagem e
diagnóstico são ferramentas úteis na avaliação da sialolitíase submandibular, porém o
conhecimento das características clínicas e imaginológicas desta condição é fundamental
para o diagnóstico e tratamento adequado, a fim de minimizar o desconforto do paciente.
182
RELATOS DE CASO
ALTERAÇÕES NA ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR: RELATO DE CASO DE
ANQUILOSE E CÔNDILO BÍFIDO
Mariana C. Limongi, Flávio Ricardo Manzi
A etiologia das alterações da articulação temporomandibular, como anquilose e bifurcação
condilar, são diversas, sendo o trauma o principal fator. Contudo, não se devem descartar
as infecções otológicas como provável causa. O presente trabalho tem como objetivo
apresentar um caso de anquilose da ATM em uma criança de 12 anos de idade que teve
histórico de trauma e um caso de côndilo bífido sem histórico de trauma, porém com otites
recorrentes durante a infância.
183
RELATOS DE CASO
OSTEOSSARCOMA EM REGIÃO ANTERIOR DE MANDÍBULA: RELATO DE CASO
Silvio Roberto Gomes de Oliveira, Rudyard dos Santos Oliveira, Francine Kuhl Panzarella,
Wladimir Cortezzi
Osteossarcoma é um tumor altamente maligno e potencialmente destrutivo. É também a
lesão maligna primária mais comum dos ossos longos. Mesmo assim, é um tumor raro.
Paciente, sexo masculino, 18 anos, se apresentou em um consultório odontológico
particular com queixa de aumento de volume na região anterior da mandíbula. Foi
solicitado levantamento radiográfico periapical e indicado após avaliação a endodontia
dos elementos envolvidos. Após tentativa frustrada de tratamento endodôntico foi
realizado teste de vitalidade pulpar nos elementos envolvidos e solicitação de tomografia
computadorizada de feixe cônico. Este exame permitiu à hipótese diagnóstica de lesão
maligna. Diante desta hipótese foi realizada biópsia incisional com diagnóstico
histopatológico de osteossarcoma de baixo grau de malignidade. O tratamento cirúrgico
proposto foi a ressecção parcial da região anterior da mandíbula com margens de
segurança da lesão para posterior reconstrução. Devido ao baixo grau de malignidade,
não houve previsão de tratamento complementar com radioterapia ou quimioterapia. A
proservação deverá ser longa com Imaginologia anual nos primeiros cinco anos e por
toda a vida do paciente a cada dois anos. O diagnóstico precoce permitido pela
interpretação adequada da Imaginologia contribui para a intervenção rápida e muito mais
competente garantindo bons resultados e reabilitação dos pacientes.
184
ANAIS
16 a 18 de agosto de 2018, Campos do Jordão, SP
PALAVRA DA PRESIDENTE DA ABRO
Concluída a 22ª JABRO, não há dúvidas de que nossa Jornada foi um sucesso!
Este feito só se tornou possível devido ao empenho, disponibilidade e dedicação de cada
um dos envolvidos.
Portanto, gostaria, em nome de toda a Associação Brasileira de Radiologia
Odontológica, de agradecer a cada uma das pessoas que colaboraram para a realização
da JABRO no ano 2018.
Em especial, é preciso agradecer aos autores e coautores que inscreveram seus
trabalhos para serem apresentados na 22ª JABRO, possibilitando uma troca de
informações, dados e conhecimentos que, sem dúvida, auxiliaram de forma considerável
no desenvolvimento da Radiologia e Imaginologia Odontológica no Brasil.
Como forma de ampliar o âmbito de divulgação das apresentações realizadas, a
ABRO disponibiliza este livro contendo os anais da 22ª JABRO, com a certeza de que o
mesmo irá aumentar o interesse dos profissionais da Radiologia e Imaginologia
Odontológica a participarem de nossos futuros eventos.
Portanto, que venha o XI CONABRO, e que possamos nos encontrar por lá.
Até breve!
Mychelle Schmitt Gurgacz
Presidente da ABRO
185
Download

2018 JABRO