XI ENCONTRO NACIONAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ECONOMIA ECOLÓGICA
Mesa Redonda
Georgescu-Roegen: Ideias e implicações da obra deste precursor da Economia Ecológica
Nicholas Georgescu-Roegen e o Decrescimento: Cuidado!
Carlos Eduardo Lessa Brandão (HCTE-UFRJ)
Araraquara, 8 de setembro de 2015
Conteúdo*
• Introdução
• Decrescimento, desafios e ajustes
• Decrescimento, throughput físico e desenvolvimento
• Decrescimento e a obra de Georgescu-Roegen
• Comentários Finais
• Referências
(*) 1ª versão apresentada no 7º Encontro Nacional da ANPPAS, Brasília, 19/5/2015
Carlos Eduardo Lessa Brandão
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Homenagem
Carlos Eduardo Lessa Brandão
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O cientista (FEA-USP, 20/3/2013)
http://iptv.usp.br/portal/video.action?idItem=1331
Carlos Eduardo Lessa Brandão
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Introdução
•
O movimento do “decrescimento” vem ganhando força nos últimos anos
•
Um dos suportes conceituais que este movimento adota é a obra de
Nicholas Georgescu-Roegen, NG-R (1906 - 1994), que criticou de forma
consistente a economia neoclássica, que tem como premissa o crescimento
econômico infinito em um mundo finito
•
Entretanto, a crítica ao crescimento econômico sem limites não significa que
a solução seja simplesmente o decrescimento econômico
•
Recente discussão sobre a legitimidade do decrescimento como alternativa
teórica para viabilizar uma mudança sistêmica identifica limites dessa
abordagem
•
São comentados dois livros que explicitamente relacionam o decrescimento
com a obra de NG-R
•
São citados três aspectos da obra de NG-R que vão além do decrescimento
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Decrescimento
•
Conferências à cada dois anos desde 2008, principalmente na Europa
– Research & Degrowth (www.degrowth.org).
•
Discussão no início de 2015 no fórum virtual The Great Transition Network
(GTN), uma iniciativa do Tellus Institute
– Fórum de ideias e uma rede internacional voltada para explorar criticamente
conceitos, estratégias e visões para uma transição para um futuro onde haja
vidas mais ricas, solidariedade humana e uma biosfera resiliente
(http://www.greattransition.org/).
•
Giorgos Kallis, acadêmico ligado ao movimento do decrescimento
– Propõe o decrescimento como uma abordagem para desafiar o estágio atual do
movimento ambientalista e como um caminho para superar as contradições entre
a modernidade e a ecologia
– Discute se o decrescimento, tal como proposto, é suficientemente rigoroso e
inclusivo para oferecer tanto uma alternativa teórica legítima e uma unidade
política que viabilizem uma mudança sistêmica
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Alguns desafios do Decrescimento
1. Apesar da maioria dos comentários simpatizar com a ideia do
decrescimento, não houve o mesmo nível de convencimento de que vá atrair
um número necessário de interessados
– A bandeira do decrescimento não entusiasma o suficiente em um ambiente onde
o crescimento econômico ainda é visto como a solução e não como o problema
– Indica que é necessário mudar, mas não sugere os caminhos
1. O termo é romântico e interessante, mas incompatível com a complexidade e
porte do desafio que se propõe a enfrentar
– O crescimento nem sempre é indesejado, pois muito do que precisa ser feito leva
a um aumento do PIB
– Indica uma polarização e esse tipo de abordagem pode não ser útil, quando
existem situações como o debate entre o Sul e o Norte, tornando mais difíceis
discussões onde há diversas nuances em jogo
– Pode indicar que haverá perdas de alguns dos benefícios obtidos durante o
período de crescimento econômico
1. Muitas vezes, não é importante apenas o quanto se cresce, mas como se
cresce
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Decrescimento: ajustes
1. Mudanças têm maior chance de ocorrer quando a narrativa é positiva, ao
invés de uma visão negativa
2. Decrescimento poderia ser utilizado, desde que seletivamente, como parte
de um processo positivo de se alcançar os que a maioria das pessoas
realmente deseja, especialmente se complementado pela ideia de
suficiência
3. Há iniciativas em diversos países para introduzir indicadores de bem estar
que vão além do crescimento do PIB
4. A abordagem dos múltiplos capitais oferece um prisma pelo qual a
obsessão do mainstream dos negócios no crescimento e acumulação pode
mudar de um caminho insustentável de degradação ambiental e
desigualdade social para uma redefinição da empresa como uma entidade
capitalista que também leva em conta o capital natural, humano e social
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Decrescimento: comentários do autor
•
Se o PIB é um indicador inadequado para capturar o bem estar social e o
impacto ambiental, não importa se está crescendo, decrescendo ou se
mantendo estacionário: continuará sendo inadequado
– Talvez faça mais sentido usar uma abordagem de “a-crescimento”
•
Dinheiro: propostas para o decrescimento geralmente incorporam limites
coletivos, tais como 100% de requerimentos de reserva para os bancos
– Em linha com Frederick Soddy* no sentido de introduzir maior
responsabilidade no sistema econômico
•
O sistema monetário existente se baseia na criação de dinheiro por meio
do endividamento do governo com o setor bancário, o que é incompatível
com a sustentabilidade, pois
–
–
–
–
Causa ciclos de altos e baixos (expansão e colapso) na economia
Produz pensamento de curto prazo
Requer crescimento econômico sem fim
Concentra renda e destrói capital social
(*) Ver Brandão (2005)
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Throughput físico e desenvolvimento
•
A distinção feita por Daly (2002) entre throughput físico e desenvolvimento é
fundamental para se entender os limites (e inadequação) do Decrescimento
como solução para o crescimento econômico ilimitado em um mundo finito
•
O conceito de throughput físico deriva do entendimento da economia como
um sistema aberto onde se busca manter o fluxo físico entrópico dos
recursos naturais, que entram na economia (inputs) e retornam à natureza
como resíduos (outputs), correspondendo à manutenção do capital natural.
– A utilidade não pode ser medida nem legada às gerações futuras
– O conceito de throughput físico não reduz a economia à física, mas força o
reconhecimento dos limites impostos pelas ciências naturais à economia
•
Desenvolvimento pode ser definido como “mais utilidade por unidade de
throughput”, enquanto crescimento como “mais throughput”
•
Ao não se utilizar o conceito de throughput, a tendência é a definição de
desenvolvimento simplesmente como “crescimento do PIB”, um númeroíndice que combina o efeito das variações de troughput e utilidade
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Decrescimento e Georgescu-Roegen (1)
“O decrescimento: entropia, ecologia, economia”
•
Tradução para o português de uma coletânea de quatro artigos de
Georgescu-Roegen, por Jacques Grinevald e Ivo Rens
•
O título pode dar a impressão de que o próprio Georgescu-Roegen utilizava o
termo decrescimento ou que tenha explicitamente proposto tal caminho
•
Comentário de José Eli da Veiga na apresentação à edição brasileira da
referida coletânea:
– “Um sério problema, contudo, merece um alerta nessa apresentação, pois o termo
que Grinevald e Rens usam para título vem causando muita confusão ao induzir
muita gente a pensar que G-R concordaria com os propósitos simplistas de alguns
segmentos da chamada ‘ecologia política’ que consideram o decrescimento como
a principal e mais oportuna bandeira de renovação de seus sonhos anticapitalistas”
Carlos Eduardo Lessa Brandão
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Decrescimento e Georgescu-Roegen (2)
“From Bioeconomics to Degrowth”
•
Mauro Bonaiuti (2011) editou uma interessante coletânea de oito artigos de
Georgescu-Roegen
– Alguns dos artigos são pouco conhecidos assim como extratos de correspondência
de Georgescu-Roegen
•
A introdução e a conclusão da coletânea, ambas de autoria de Bonaiuti são
igualmente originais e interessantes
•
Apesar do título do livro, a menção ao decrescimento praticamente se
resume à parte final das conclusões, sem, em nenhum momento, associar
diretamente o termo aos textos de Georgescu-Roegen
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A obra de Georgescu-Roegen (Miernyck, 1999)
•
“É apropriado considerar o conjunto de idéias desenvolvido por Nicholas
Georgescu-Roegen durante a última parte de sua carreira como um
paradigma, ou seja, ‘um feito científico reconhecido que provê um
direcionamento para uma determinada comunidade de seguidores
•
Georgescu não propôs uma teoria ou construiu um modelo. Seu legado
intelectual é uma explicação única do processo econômico e uma
abordagem epistemológica original para o estudo deste processo
•
O resultado não é um novo ramo da economia – o trabalho anterior de
Georgescu segue as tradições neoclássicas – mas ele rompe com o
passado quando combina elementos de biologia evolucionária, economia
convencional e termodinâmica para estabelecer a nova disciplina de
bioeconomia”
Carlos Eduardo Lessa Brandão
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A obra de Georgescu: Bioeconomia
•
O artigo “A energia e os mitos econômicos” (1972) sugere um programa
bioeconômico mínimo, onde um eventual decrescimento da atividade
econômica é conseqüência e não a motivação ou inspiração principal
1. Proibir totalmente não só a própria guerra, mas a produção de todos os instrumentos bélicos
2. Ajudar as nações subdesenvolvidas a chegar o mais depressa possível a uma existência digna
de ser vivida, mas sem luxo
3. Reduzir progressivamente a população humana até um nível em que uma agricultura orgânica
bastasse para alimentá-la devidamente
4. Enquanto o uso direto da energia solar não estiver implantado..., evitar cuidadosamente todo
desperdício de energia e, se necessário, regulamentar estritamente os excessos
5. Nos curarmos da sede mórbida por engenhocas extravagantes, como carrinhos de golfe e
carros possantes
6. Abandonar a “moda”, essa doença da mente humana. É realmente uma doença mental jogar
fora um casaco ou um móvel quando ainda podem nos servir para o que esperamos deles
7. Tornar mais duráveis as mercadorias já duráveis, concebendo-as como passíveis de ser
reparadas
8. Nos curarmos do “ciclódromo do barbeador elétrico”: barbear-se mais depressa a fim de ter
mais tempo de trabalhar num aparelho que barbeia mais depressa ainda, e assim por diante,
infinitamente
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A obra de Georgescu: Análise e Dialética
•
“Análise”
– Matemática explica e prevê
– Elementos discretos, sem superposição, lineares
– Incapaz de incorporar mudanças qualitativas
•
“Dialética”
– Interpretações, “penumbras”
– Mudanças qualitativas
– “Difícil” de ser tratado
•
•
•
“Análise” trata do enfoque centrado na Matemática, que faz uso de modelos
matemáticos para explicar e prever fenômenos econômicos
Os modelos matemáticos são incapazes de incorporar mudanças qualitativas,
pois seus elementos são discretos, sem superposição
Os processos de produção caracterizam-se por envolverem diversas entradas
de recursos naturais e saídas de rejeitos, mudanças qualitativas que não
podem ser descritas pelos modelos matemáticos convencionais
Carlos Eduardo Lessa Brandão
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A obra de Georgescu: Economia e Ética
•
Na discussão sobre decrescimento, os números (quantidades) têm um papel
fundamental
•
Georgescu-Roegen, um acadêmico extremamente bem preparado,
especialmente em matemática, estatística e econometria, afirma que a
solução para os problemas da humanidade não está no reino dos números
nem da economia
– "Para entidades quase-imortais – tais como uma nação e especialmente a
humanidade – descontar o futuro é errado de qualquer ponto de vista ... quando se
trata de perguntar como distribuir recursos entre gerações, não devemos, de
nenhuma forma, descontar o futuro"
– "... ao invés de ... maximizar a utilidade, nós deveríamos tentar minimizar
arrependimentos futuros - essa parece ser a única receita razoável (eu não acho
que possamos chamá-la de racional) para lidar com a mais incerta de todas as
incertezas – a incerteza histórica”
– "... a solução está no domínio da ética e não no da economia"
– "O problema entrópico da humanidade estará sempre além do alcance de qualquer
modelo aritmomórfico"
Carlos Eduardo Lessa Brandão
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Comentários Finais
•
A obra de Nicholas Georgescu-Roegen fornece uma base sólida para se
entender a essência e os limites do processo econômico, possibilitando o
desenvolvimento de alternativas viáveis à abordagem da teoria neoclássica
que tem como premissa inviável, ilógica e moralmente condenável do
crescimento econômico infinito em um mundo finito
•
Uma economia de estado estacionário não se caracteriza como uma solução
definitiva no longo prazo, pois os limites da atividade econômica estão tanto
na inexorável escassez de fontes de energia que não sejam a solar e na
degradação dos recursos materiais ao longo do tempo
•
No entanto, é preciso reconhecer a fundamental a distinção feita pela
Economia Ecológica entre crescimento do PIB (e sua relação com o aumento
do throughput físico) e desenvolvimento (qualitativo)
Carlos Eduardo Lessa Brandão
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Comentários Finais (cont.)
•
O movimento do Decrescimento tem, inegavelmente, seus méritos, por
questionar a lógica do crescimento econômico infinito que implica, em menor
ou maior grau, mais cedo ou mais tarde, na depleção de recursos naturais
úteis para os seres humanos e demais espécies e na geração de poluição tal
que poderá inviabilizar a vida na Terra
•
O crescimento econômico tem seus limites, o Decrescimento também
•
Qualquer lógica baseada em números e quantidades não será suficiente para
enfrentar o problema entrópico da humanidade – segundo Georgescu-Roegen
a solução está no reino da ética
•
Portanto, é necessário cuidado ao relacionar a bandeira do Decrescimento à
obra de Georgescu-Roegen, pois reduz inadequadamente a complexidade,
abrangência, consistência, riqueza e beleza das suas contribuições
Carlos Eduardo Lessa Brandão
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Obrigado!
Carlos Eduardo Lessa Brandão
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Referências
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essays. New York: Routledge, 2011.
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BRANDÃO, C. E. L. Sustentabilidade e empresas: uma reflexão crítica. Tese de doutorado em História das
Ciências e das Técnicas e Epistemologia. Rio de Janeiro: HCTE-UFRJ, 2009.
CECHIN, A. A natureza como limite da economia: a contribuição de Nicholas Georgescu-Roegen. São
Paulo: Senac, 2010.
CECHIN, A e PACINI, H. Economia verde: por que o otimismo deve ser aliado ao ceticismo da razão.
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DALY, H. E. Sustainable development: definitions, principles, policies. Washington-DC: World Bank speech.
2002.
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GEORGESCU-ROEGEN, N. Analytical economics: issues and problems, 2nd printing. Cambridge (Mass.):
Harvard University, 1967.
GEORGESCU-ROEGEN, N. The entropy law and the economic process. Cambridge (Mass.): Harvard
University, 1971.
Carlos Eduardo Lessa Brandão
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Referências
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São Paulo: Senac, 2012.
GEORGESCU-ROEGEN, N. Energy and economic myths: institutional and analytical economic essays.
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GOWDI, J. M. and MESNER, S. The evolution of Georgescu-Roegen’s bioeconomy. Review of Social
Economy, Summer, vol 56, nr 2, 1998.
GRINEVALD, J. e RENS, I. (eds.) O decrescimento: entropia, ecologia, economia. São Paulo: Senac, 2012.
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KUHN, T. S. The structure of scientific revolutions, 2nd enlarged edition, Chicago: The University of
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LIETAER, B. The future of money: a new way to create wealth, work and a wiser world. London: Century.
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Referências
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VEIGA, J. E. Apresentação à edição brasileira, In: GRINEVALD, J. e RENS, I. (eds.) O decrescimento:
entropia, ecologia, economia. São Paulo: Senac, 2012.
VEIGA, J. E. e ISSBERNER, L-R. Decrescer crescendo. Enfrentando os limites do crescimento.
Carlos Eduardo Lessa Brandão
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Carlos Eduardo Lessa Brandão -
[email protected]
Engenheiro civil pela UFRJ, Mestre em Ciências em Planejamento Energético pela
COPPE/UFRJ e Doutor em História das Ciências e das Técnicas e Epistemologia pelo
HCTE/UFRJ, com MBA Executivo em Finanças pelo IBMEC e ADP pela London Business
School. Especialização em governança pelas universidades de Chicago/Stanford, IBGC e
IMD e em sustentabilidade pelas universidades de York e Cambridge.
Membro dos Conselhos Deliberativos do Instituto Ethos e do Fundo Ethical. Participa do
Conselho de Autorregulação do Código ABRASCA, do Standards Advisory Council do B
Lab e do Conselho Consultivo da RAPS. Foi membro do Conselho de Administração do
IBGC, do Conselho Deliberativo do ISE - BM&F Bovespa, do Conselho de Stakeholders da
GRI e do Comitê Técnico da GISR - Global Initiative for Sustainability Ratings.
Atua como consultor em governança, sustentabilidade e valor e como professor convidado
da FGV, FIA, FIPEAFI e IBGC.
Por 18 anos foi executivo dos grupos Andrade Gutierrez e Vale tendo atuado como diretor
financeiro de subsidiárias, em desenvolvimento de negócios e investimento em
participações (M&A). É administrador de recursos de terceiros autorizado pela CVM e
conselheiro de administração certificado pelo IBGC.
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