XVII Encontro de Modelagem Computacional V Encontro de Ciência e Tecnologia de Materiais Universidade Católica de Petrópolis (UCP), Petrópolis/RJ, Brasil. 15-17 out. 2014 PROCESSAMENTO DE SINAIS ULTRASSÔNICOS PARA ANÁLISE DA TEXTURA CRISTALOGRÁFICA DE MATERIAIS METÁLICOS LAMINADOS. Rodrigo Guerra de Souza – [email protected] José Flávio Silveira Feiteira – [email protected] Escola de Engenharia Industrial Metalúrgica da Universidade Federal Fluminense / EEIMVRUFF. Volta Redonda , RJ, Brasil. Resumo. No presente trabalho é desenvolvida e aplicada uma metodologia experimental para análise da textura cristalográfica em materiais metálicos laminados, através do emprego de um sistema de ultrassom utilizando-se as técnicas da birrefringência acústica e da correlação cruzada. No Brasil, os ensaios não destrutivos envolvendo o uso do ultrassom, são empregados quase que exclusivamente, na detecção, na localização, e no dimensionamento de descontinuidades e defeitos. Neste trabalho são apresentados os resultados das técnicas aplicadas aos sinais aquisitados, onde se utilizam os fenômenos da variação da velocidade da onda ultrassônica cisalhante, ou transversal, na caracterização microestrutural, e na identificação da direção de laminação em ligas metálicas. Este método consiste em determinar a variação da velocidade de propagação da onda ultrassônica cisalhante decorrente do processo de laminação da chapa, a partir da medida do intervalo de tempo decorrido entre seus ecos. A bancada experimental é composta de um aparelho (emissor / receptor) de ultrassom, transdutores piezelétricos de alta frequência, osciloscópio digital com software de aquisição de sinais, e microcomputador. Inicialmente, faz-se a análise da textura do material, uma vez determinada a direção de laminação, via ultrassom, de algumas amostras de aço, e por fim, a comparação com a análise metalográfica. Os resultados mostram que as técnicas da birrefringência acústica e da correlação cruzada podem ser aplicadas para avaliação da textura cristalográfica em amostras de aço. Palavras-chave: Birrefringência acústica, correlação cruzada, textura, ultrassom. 1. INTRODUÇÃO Atualmente, cresce o interesse dos pesquisadores em Acústica no estudo do comportamento e dos fenômenos acerca da variação da velocidade da onda ultrassônica se propagando nos sólidos e fluidos. O presente trabalho tem por objetivo aplicar uma técnica de processamento de sinais para a análise da textura cristalográfica, a partir da determinação da direção de laminação em materiais metálicos, e trazer o desenvolvimento de uma metodologia não convencional de ensaio por ultrassom, envolvendo as grandes áreas da Engenharia e Computação. As etapas de realização foram as seguintes: estudo teórico de técnicas de processamento de sinais e possíveis aplicações; montagem de uma bancada experimental; realização dos ensaios; aquisição e processamento dos sinais; e por fim, análise e comparação dos resultados com a técnica metalográfica. Metais laminados, ou seja, que possuem textura cristalográfica bem definida, apresentam propriedades mecânicas que variam em função da direção de laminação. O exemplo de aplicação mais comum é o processo de soldagem. A Figura 1, mostra a importância de se conhecer a textura, pois o cordão de solda deve ser perpendicular à direção de laminação das chapas para aumentar a resistência do material estrutural ao esforço. XVII Encontro de Modelagem Computacional V Encontro de Ciência e Tecnologia de Materiais Universidade Católica de Petrópolis (UCP), Petrópolis/RJ, Brasil. 15-17 out. 2014 Figura 1: Representação esquemática do processo de soldagem. (Fonte: Souza, 2014) Como resultado da deformação plástica ocorrida na laminação, os grãos do metal adquirem uma orientação preferencial paralela à direção de laminação. A maneira mais tradicional de se determinar a direção de laminação de uma amostra de aço é via ensaio metalográfico, porém esse ensaio é destrutivo. Nesse contexto, o ensaio por ultrassom apresenta grande destaque por ser não destrutivo, tendo a possibilidade de caracterização da textura em todo volume do material, e por ter flexibilidade, portabilidade, alta sensibilidade e precisão. A metodologia empregada se baseia no fato de que o efeito da textura do material, conforme a direção de laminação, causa variações no tempo de percurso da onda ultrassônica, (BITTENCOURT et al., 2003). Conforme a Figura 2, a velocidade de propagação da onda ultrassônica, no aço, aumenta se a direção de polarização da onda for paralela à direção de laminação do material, e a velocidade de propagação da onda ultrassônica diminui se a direção de polarização da onda for perpendicular à direção de laminação do material (BITTENCOURT, 2000). Figura 2: (a) DP // DL. (b) DP ┴ DL. (Fonte: Souza, 2014) Neste trabalho não se pretende esgotar o vasto tema, pelo contrário, apesar de trazer o desenvolvimento de uma metodologia experimental, e contribuir para o aprimoramento dos conhecimentos empíricos acerca da textura cristalográfica de ligas metálicas, a partir da determinação da direção de laminação da amostra de aço utilizando o ensaio não destrutivo por ultrassom, o trabalho é mais uma base onde futuras pesquisas poderão ser desenvolvidas. XVII Encontro de Modelagem Computacional V Encontro de Ciência e Tecnologia de Materiais Universidade Católica de Petrópolis (UCP), Petrópolis/RJ, Brasil. 15-17 out. 2014 2. METODOLOGIA 2.1 Componentes do Sistema de Medição por Ultrassom No desenvolvimento do trabalho foi montada uma bancada experimental com os componentes que integram o sistema ultrassônico mostrados na Figura 3. Figura 3: Componentes do sistema de medição por ultrassom. (Fonte: Souza, 2014) Seguem as especificações: osciloscópio digital 25GS/s minipa MO-2062 com software de aquisição de sinais; emissor / recptor de ultrassom 5058PR olympus; transdutores de ondas cisalhantes de incidência normal, 5 MHz, ϕ10 mm, e de incidência oblíqua de 60°, 4 MHz e microcomputador, 2GB, dual core 2.2GHz, HD 160GB, e SOwindows 7, com Matlab e Excel. Nos ensaios optou-se pelo modo de operação pulso-eco no qual apenas um transdutor com essa característica é utilizado. A medida do tempo de propagação da onda pela espessura do material é feita vinculada diretamente à base de tempo selecionada no osciloscópio, como mostra a Figura 4: Figura 4: Sinal no osciloscópio na configuração pulso-eco. (Fonte: Souza, 2014). 2.2 Determinação da Direção de Laminação por Ultrassom Para a determinação da direção de laminação via ultrassom com a utilização do transdutor de incidência normal, colocou-se o transdutor em pontos distintos da superfície da amostra e mediu-se o tempo de percurso da onda em cada ponto, de duas maneiras: ora com a direção de XVII Encontro de Modelagem Computacional V Encontro de Ciência e Tecnologia de Materiais Universidade Católica de Petrópolis (UCP), Petrópolis/RJ, Brasil. 15-17 out. 2014 polarização do transdutor alinhada, ora perpendicular com a direção de referência inicial. A primeira etapa foi constituída da marcação dos referenciais nas amostras, ver Figura 5(a). Foram traçadas retas perpendiculares em pontos previamente selecionados da chapa. A segunda etapa foi caracterizada pelo ensaio de ultrassom propriamente dito. Conforme a Figura 5 (b) tomou-se uma direção de referência inicial (DRI), alinhou-se a direção de polarização do transdutor com esta direção, e aquisitou-se o sinal propagado, Figura 5 (c). A seguir deu-se um giro de 90° no transdutor alinhando-o para a outra posição, conforme o esquema mostrado na Figura 5 (d), aquisitando-se novamente o sinal em questão. Figura 5: Determinação da direção de laminação por ultrassom. (Fonte: Souza, 2014). Os sinais foram aquisitados com o transdutor nessas duas posições. Este procedimento repetiu-se para todos os pontos selecionados com o intuito de se determinar os tempos de percurso da onda através da espessura da chapa. Em função da anisotropia do material, cada sinal obtido para uma determinada direção, chegará adiantado ou atrasado em relação ao outro, o que define o fenômeno da birrefringência acústica, calculada pela Equação 1, (LAMY et al., 1999): = − + 2 (1) A terceira, e última etapa, tratou do processamento dos sinais aquisitados e da geração dos gráficos comparativos. A técnica aplicada foi da correlação cruzada. No experimento foram realizadas, em cada ponto da chapa, 10 medições de tempo para cada direção. Cabe ressaltar que o intervalo entre as medições, no mesmo ponto, chegou a ser maior que 24 horas, objetivando repetibilidade ótima dos componentes do sistema ultrassônico montado. Os sinais foram coletados com taxa de aquisição de 10000 pontos num intervalo de 20 us, o que resulta uma taxa de aquisição de 2 ns/ponto. 2.3 Processamento de Sinais: Aplicação da Técnica da Correlação Cruzada A correlação cruzada é uma técnica de processamento de sinais que verifica a similaridade entre dois sinais em função de um atraso entre deles. Esta técnica é frequentemente utilizada quando se deseja estudar o comportamento de um sinal de curta duração que esteja inserido XVII Encontro de Modelagem Computacional V Encontro de Ciência e Tecnologia de Materiais Universidade Católica de Petrópolis (UCP), Petrópolis/RJ, Brasil. 15-17 out. 2014 num sinal mais longo. A correlação cruzada r(.) entre duas sequências x(.) e y(.) defasadas de σ, e ambas de comprimento L, é calculada pela Equação 2. Demonstra-se que o instante de ocorrência do máximo da sequência r(.) iguala-se ao atraso entre as duas sequências, que experimentalmente, é o tempo gasto pela onda ao percorrer a espessura do material (BITTENCOURT et al., 1998). ( )= 1 ( ) ( + + ) (2) A Figura 6 mostra o resultado de aplicação da técnica em um sinal aquisitado durante o trabalho: Figura 6: (a) Sinal aquisitado. (b) Resultado da correlação cruzada. (Fonte: Souza, 2014) 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 3.1. Chapa de Aço API5L X80 Figura 7: Tempo de percurso da onda na amostra do aço API 5L X80. (Fonte: Souza, 2014) XVII Encontro de Modelagem Computacional V Encontro de Ciência e Tecnologia de Materiais Universidade Católica de Petrópolis (UCP), Petrópolis/RJ, Brasil. 15-17 out. 2014 A chapa de aço API5L X80 (dimensões 200 x 100 x 20 mm) foi submetida ao processo de laminação à quente, sem que houvesse bobinamento ao termino do processo. A chapa foi analisada como recebida, e não sofreu tratamento térmico após o processo de laminação. As medidas por ultrassom foram feitas em 50 pontos distintos na malha de referência escrita na chapa. A Figura 7 mostra o resultado do tempo de propagação da onda ultrassônica. Constatase que a chapa apresenta textura bem definida devido à variação do tempo em relação às direções ortogonais consideradas, e que o tempo é menor quando a direção de polarização do transdutor é paralela à direção de laminação da amostra. Neste caso, os grãos do metal assumem uma orientação preferencial conforme esta direção. Figura 8: (a) Birrefringência acústica. (b) Velocidade da onda transversal. (Fonte: Souza, 2014) Conforme a Figura 8 (b), o resultado acerca da variação da velocidade da onda ultrassônica em cada ponto da amostra confirma a birrefringência acústica acentuada do material, Figura 8 (a), e reafirma sua textura bem definida, bem como sua anisotropia microestrutural. Na metalografia, Figura 9, nota-se que os grãos do metal estão alinhados conforme a direção de laminação. Figura 9: Fotomicrografia do aço API5L X80 com aumento de 500x. (Fonte: Souza, 2014) XVII Encontro de Modelagem Computacional V Encontro de Ciência e Tecnologia de Materiais Universidade Católica de Petrópolis (UCP), Petrópolis/RJ, Brasil. 15-17 out. 2014 3.2. Chapa de aço ASTM A36 A chapa de aço ASTM A36 (dimensão 150 x 150 x 5 mm) foi obtida pelo processo de laminação à quente e não sofreu tratamento térmico após o processo. As medidas por ultrassom foram feitas em 16 pontos distintos na malha de referência escrita na chapa. A Figura 10 (a) resume os resultados dos ensaios realizados por ultrassom com as medidas de tempo obtidas nos pontos distribuídos ao longo da superfície da chapa conforme as duas direções de polarização consideradas, ora paralela ora perpendicular à direção de referência inicial adotada. A Figura 10 (b) mostra o resultado da birrefringência acústica gerada pela textura. Figura 10: (a) Tempo de percurso da onda. (b) Birrefringência acústica. (Fonte: Souza, 2014) Os resultados mostram que os grãos neste material não possuem uma orientação preferencial conforme a direção de laminação, de modo que o material não possui uma textura bem definida. Esta análise é feita mediante ao do fato de que os tempos de percurso da onda superficial medidos em cada ponto, ora com a direção de polarização do transdutor paralela, ora perpendicular à direção de laminação possuem valores muito próximos, o que torna a velocidade da onda ultrassônica que se propaga pela amostra, aproximadamente, constante. Constata-se, ainda, pelo gráfico da Figura 10 (b) que para alguns pontos analisados o valor da birrefringência acústica gerada pela textura é igual a zero. Este comportamento mostra não haver uma definição da textura no material com relação ao alinhamento dos grãos na direção de laminação, o que foi comprovado pela análise metalográfica da Figura 11. A maior diferença entre os tempos medidos nas duas direções consideradas ocorre no ponto 11 da malha de referência, na qual a birrefringência acústica calculada foi 0.1054%. Figura 11: Fotomicrografia do aço ASTM A36 com aumento de 500x. (Fonte: Souza, 2014) XVII Encontro de Modelagem Computacional V Encontro de Ciência e Tecnologia de Materiais Universidade Católica de Petrópolis (UCP), Petrópolis/RJ, Brasil. 15-17 out. 2014 Conforme a Figura 11 observa-se que os grãos da chapa laminada, tanto no corte longitudinal quanto no transversal, não possuem uma orientação preferencial em relação à direção de laminação. Admite-se, por uma análise metalúrgica, que a lenta recristalização ocorrida após o processo de laminação à quente, praticamente elimina a textura preferencial do material analisado. 4. CONCLUSÕES O estudo teórico sobre as técnicas de aquisição e processamento de sinais revelou possíveis aplicações para o cálculo do tempo decorrido de propagação de uma onda ultrassônica transversal através da espessura de amostras de materiais metálicos laminados. O sistema ultrassônico montado na bancada experimental permitiu que os ensaios fossem realizados de forma padrão e eficiente, com rapidez e precisão adequadas no desenvolvimento do trabalho. A correlação cruzada, técnica de processamento de sinais, aplicada aos sinais ultrassônicos aquisitados mostrou-se eficaz e de precisão adequada, no cálculo do tempo de percurso da onda ultrassônica ao se propagar pela espessura da amostra. Já o método direto, segunda técnica de processamento de sinais aplicada neste trabalho, mostrou-se eficaz na determinação do tempo de percurso da onda ultrassônica, porém menos preciso quando comparado com a técnica da correlação cruzada, conforme os resultados apresentados. A aplicação da equação da birrefringência acústica, empregada juntamente com as técnicas de processamento de sinais utilizadas neste trabalho, permitiu analisar o comportamento anisotrópico dos metais laminados, e conforme os resultados apresentados, concluiu-se que a influência da microestrutura, em média, é de 10% do valor do tempo de propagação da onda ultrassônica nas duas direções ortogonais entre si consideradas. Nas amostras do aço API5L X80 com e sem tratamentto, e na amostra do aço ABNT 1045, analisadas com o transdutor de incidência normal de 5 MHz, o tempo de percurso da onda ultrassônica transversal foi menor quando a direção de polarização da onda no transdutor esta paralela à direção de laminação do metal, ou seja, a velocidade da onda ultrassônica transversal foi maior nesta situação; A amostra do aço INOX AID 2205, analisada com o transdutor de incidência oblíqua de 60º de 4MHz, apresentou anisotropia acústica dentro da faixa média de 10% do valor do tempo de propagação da onda ultrassônica nas duas direções ortogonais entre si consideradas. A amostra do aço ASTM A36, também analisada com o transdutor de incidência oblíqua de 60º de 4MHz, apresentou baixa anisotropia acustica, ou seja, os tempos de propagação da onda ultrassônica transversal calculados nas direções ortogonais entre si, ou seja, no eixo rápido e no eixo lento considerados, tiveram valores muito próximos uns dos outros. Admitese que a recristalização dinâmica ocorrida ao término do processo da laminação à quente, praticamente elimina a influência da direção de laminação nos valores de tempo decorrido calculados. XVII Encontro de Modelagem Computacional V Encontro de Ciência e Tecnologia de Materiais Universidade Católica de Petrópolis (UCP), Petrópolis/RJ, Brasil. 15-17 out. 2014 A metodologia empregada com o sistema ultrassônico montado permitiu, ainda, a análise do módulo de elasticidade transversal dos materiais metálicos usados no presenta trabalho, uma vez conhecidos os valores das velocidades calculadas em cada ponto da malha de referência inscrita nas amostras, verificou-se que o módulo transversal não é constante devido à anisotropia acústica do metal laminado. Os resultados obtidos com a metodologia do sistema ultrassônico empregado, foram comparados com a metodologia metalográfica, ou seja, utilizando-se os equipamentos do laboratório de metalurgia da EEIMVR-UFF, foram determinadas as respectivas direções de laminação das amostras, através das micrografias apresentadas. O desenvolvimnto do presente trabalho mostrou uma aplicação não convencional de utilização do equipamento de ultrassom, na qual informações da microestrutura dos materiais metálicos laminados analisados foram reveladas. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABADALLAHOUI, Y. WALASZEK, H. LIEURADE, H. P. Potentialities of ultrasonics for evaluating residual stresses: in_uence of microstructure. Roma WCNDT 1 (2000), pp. 1-4. BITTENCOURT, M. Desenvolvimento de um sistema de medida de tempo decorrido da onda ultrassônica e análise do estado de tensão em materiais metálicos pela técnica da birrefringência acústica. Tese de Doutorado, COOPE/UFRJ, Rio de janeiro, Brasil, 2000. BITTENCOURT, M. LAMY, C. PAYÃO, J. Determinação da direção de laminação de aços e ligas de alumínio por ultrassom. Soldagem e Inspeção ano 4 (1998), pp. 12-16. BITTENCOURT, M. LAMY, C. PAYÃO, J. Potencialidades da técnica ultrassônica. Soldagem e Inspeção ano 4 (1998), pp. 1-11. BITTENCOURT, M. LAMY, C. PAYÃO, J. 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In this paper we developed and applied an experimental methodology for analysis of crystallographic texture in rolled metal materials, through the use of an ultrasound system using the techniques of acoustic birefringence and cross correlation. In Brazil, nondestructive testing involving the use of ultrasound, are used almost exclusively on the detection, location and sizing of discontinuities and defects. In this work the results of the techniques applied to listed signals, where the phenomena of change of velocity of ultrasonic shear wave are used, or transverse, microstructural characterization, and identification of rolling direction in alloys are presented. This method determines the variation of the propagation speed of the ultrasonic shear wave due to the sheet rolling process, from measuring the time interval between its echoes. The experimental facility consists of an apparatus (transmitter / receiver) ultrasound, high frequency piezoelectric transducers, digital oscilloscope signal acquisition software and personal computers. Initially, it is the analysis of the texture of the material, once determined the direction of lamination, via ultrasound, a few samples of steel, and finally, the comparison with the metallographic analysis. The results show that the techniques of the acoustic birefringence and crosscorrelation can be applied for evaluation of the crystallographic texture. Keywords: Acoustic birefringence, cross correlation, texture, ultrasound.