Trabalho Submetido para Avaliação - 14/09/2012 15:08:17
EFEITO DA ESCARIFICAÇÃO QUÍMICA NA GERMINAÇÃO IN VITRO DE
SYMPLOCOS UNIFLORA (POHL) BENTH. (SYMPLOCACEAE)
SIMONE RIBEIRO LUCHO ([email protected]) / MESTRANDA EM AGROBIOLOGIA/UFSM,
SANTA MARIA/RS
LISIANE LOBLER ([email protected]) / MESTRANDA EM AGROBIOLOGIA/UFSM, SANTA MARIA/RS
BRUNA NERY ROCHA ([email protected]) / MESTRANDA EM AGROBIOLOGIA/UFSM,
SANTA MARIA/RS
ROSEANA BERTÊ ([email protected]) / MESTRANDA EM AGROBIOLOGIA/UFSM, SANTA
MARIA/RS
GABRIELA RICHTER ([email protected]) / GRADUANDA EM AGRONOMIA/UFSM, SANTA
MARIA/RS
LUCIANE ALMERI TABALDI ([email protected]) / PROFESSORA NO PPG AGROBIOLOGIA/UFSM,
SANTA MARIA/RS
ORIENTADOR: JUÇARA TEREZINHA PARANHOS ([email protected]) / PROFESSORA NO PPG
AGROBIOLOGIA, SANTA MARIA/RS
Palavras-Chave:
germinação; sete-sangria; propagação; espécie nativa; quebra de dormência
A espécie Symplocos uniflora é uma árvore que atinge até 10m de altura, nativa, pertencente à família
Symplocaceae, conhecida popularmente como pau-de-canga, maria-mole-do-banhado e sete-sangria. Os
frutos são drupas e no seu interior se encontram os lóculos, que podem ou não conter sementes, as quais
são envoltas por um endocarpo duro, lignificado e impermeável ao ar e à água (CARVALHO, 2008), o que
impõe uma barreira física à germinação da semente. A maioria das espécies germina prontamente quando
lhes são dadas condições ambientais favoráveis, no entanto, as sementes de cerca de dois terços das
espécies arbóreas apresentaram certo grau de dormência, que pode ser superada com a utilização de
tratamentos pré-germinativos. O método de escarificação química tem sido relatado por vários pesquisadores
como eficiente na promoção da germinação, no entanto o tempo ideal de imersão é variável entre as
espécies. Objetivou-se com este trabalho, avaliar o efeito da escarificação química e do tempo de imersão,
como tratamento pré-germinativo dos frutos de S. uniflora. O experimento foi constituído de cinco
tratamentos, em delineamento inteiramente casualizado, com cinco repetições de cada tratamento, como
segue: tratamento controle, sem imersão dos frutos nos ácidos (T1); imersão dos frutos no ácido clorídrico
por 10 minutos (T2); imersão dos frutos no ácido clorídrico por 20 minutos (T3); imersão dos frutos no ácido
sulfúrico por 10 minutos (T4); e imersão dos frutos no ácido sulfúrico por 20 minutos (T5). Os frutos após
serem submetidos aos tratamentos foram inoculados em tubos de ensaio contendo meio de cultura MS 20%
(MURASHIGE & SKOOG, 1962), isento de substâncias orgânicas, suplementado com 10 g L-1 de sacarose
e solidificado com 6 g L-1 de ágar e o pH ajustado para 5,8. As melhores porcentagens de germinação foram
observadas nos frutos imersos em ácido sulfúrico por 10 minutos (34%), aos 30 dias após a inoculação,
porém esse resultado não foi significativamente diferente das sementes imersas em ácido sulfúrico por 20
minutos, que apresentou 31% de sementes germinadas no mesmo período. Assim como os resultados
observados neste trabalho, GALDINO et al. (2006), também concluiu que a imersão das sementes de
Calopogonium mucunoides em ácido sulfúrico por 10 minutos foi o tratamento que apresentou os melhores
índices de germinibilidade. As sementes que não foram expostas aos ácidos mostraram baixo índice de
germinação (7,5%), concordando com os resultados de BIANCO et al. (1984) que obtiveram baixa
porcentagem de germinação (2%) de sementes não-escarificadas de Leucena leucocephala. Os frutos
imersos em ácido clorídrico por 10 e 20 minutos apresentaram alto grau de contaminação (88% e 91%,
respectivamente), e germinação nula, resultado que difere dos encontrados por ATHANÁZIO et al. (2008),
onde as sementes de Capsicum baccatum imersas em ácido clorídrico foram as que apresentaram as
melhores taxas de germinação. A não ocorrência de germinação dos frutos imersos em HCl observada neste
trabalho pode ser atribuído provavelmente ao efeito tóxico do ácido ao embrião da semente, inviabilizando
sua germinação. As maiores porcentagens de germinação ocorreram nos frutos imersos em ácido sulfúrico
por 10 e 20 minutos, sendo recomendado a utilização do mesmo como tratamento pré-germinativo para
otimizar a germinação de Symplocos uniflora.
REFERÊNCIAS:
ATHANÁZIO, J. C. KOSTESKI, R. J.; CASTELO, J. DOS R.; PEREIRA, P. R. F. ; Germinação de Sementes
de Pimenta Cumari (Capsicum baccatum var. praetermissum);
http://www.abhorticultura.com.br/biblioteca/arquivos/Download/Biblioteca/45_0391.pdf; JUNHO-2012.
BIANCO, S., COSTA, C., BERGAMASCHINE, A.F. ; Escarificação de sementes de leucena (Leucena
leucocephala (Lam.) de Wit). Efeitos de diferentes métodos na germinação. ;
http://www.revista.inf.br/agro06/artigos/artigo08.pdf; JUNHO-2012.
CARVALHO, P. E. R; Maria-Mole-do-Banhado (Symplocos uniflora) ;
http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/310581/1/circtec148.pdf; JULHO-2012.
GALDINO, A. C.; SANTOS, M. V. F.; LIRA, M. A.; M. V. C.; DUBEUX, J. C. B. J.; LIRA, M. DE A. J.;
SARAIVA, F. M. ; Efeitos da escarificação sobre a germinação de sementes de calopogônio (Calopogonium
mucunoides Devs); www.abz.org.br/files.php?file=documentos/R0092_1_710856653.; JULHO-2012.
MURASHIGE, T.; SKOOG, F. ; A revised medium for rapid growth and bio assays with tobacco tissue
cultures. ; Physiologia Plantarum; 15; 473-497; 1962.
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