Seminário de Inicia ção Científica da UNIFAL-MG – Edi ção 2012
Germinação e crescimento de espécies frutíferas da flora silvestre
Lidyane Evelyn Bernardes Gregório* e Marcelo Polo 1
*[email protected]
Laboratório de Biotecnologia Ambiental & Genotoxicidade - BIOGEN, Instituto de Ciências da Natureza
Palavras-chave: Cactaceae, Selenicereus setaceus, Bromeliaceae, Ananas ananassoides
1
Introdução
Germinação da semente e crescimento da
plântula são eventos fundamentais para a
reprodução e manutenção da espécie. Aspectos
como dormência da semente e condições
necessárias para sua germinação são importantes
para a sobrevivência. Espécies frutíferas nativas
têm sido pouco estudadas quanto sua germinação.
O objetivo do presente estudo foi conhecer alguns
aspectos da germinação de duas espécies frutíferas
da nossa flora.
Metodologia
Figura 1: Germinação de sementes de S. setaceus (A) e
de A. ananassoides (B).
As plântulas de A. ananassoides tiveram seu
crescimento em tubetes contendo substrato
orgânico Plantimax® de modo satisfatório (Figura
2). O acompanhamento do crescimento das
plântulas permitiu verificar que seu crescimento foi
rápido, promovido pelo substrato usado.
Sementes de Selenicereus setaceus (Cactaceae)
e de Ananas ananassoides (Bromeliaceae) foram
colocadas para germinar em placas de Petri a 25±2
°C sob luz contínua. Plântulas de A. ananassoides
foram transferidas para tubetes com substrato
Plantimax ®. A germinação e o crescimento das
plântulas foi acompanhado.
Resultados e discussão
As sementes de S. setaceus são consideradas
fotoblásticas positivas e necessitam de ser
escarificadas para que germinem 1,2. A escarificação
com solução ácida por 20 minutos promoveu a
germinação, obtendo-se 37% após 22 dias,
enquanto aquelas não tratadas germinaram
somente 23% (Figura 1A). A necessidade de
escarificação está associada ao tipo de dispersão
da semente, que é feito por aves e morcegos
(endozoocoria). As sementes de A. ananassoides
apresentam boa germinação após 14 dias do início
da embebição 3. No presente trabalho foram usadas
sementes
escarificadas
quimicamente.
A
escarificação não promoveu a germinação, tendo
se iniciado aos 21 dias o início da embebição
(Figura 1B). A escarificação química pode ter
provocado a morte de muitas sementes, não sendo
possível obter uma porcentagem maior.
Figura 2: Número de folhas por plântula de A.
ananassoides.
Conclusões
O estudo revelou a potencialidade das duas
espécies de frutíferas nativas quanto aos aspectos
de germinação e crescimento, sendo alternativas de
exploração sustentável do ambiente.
Agradecimentos
Os autores agradecer à FAPEMIG pela
concessão da bolsa de IC-JR à Lidyane Evelyn.
Referências bibliográficas
Ladeira, A. C. e Polo, M. X Congresso de Ecologia do Brasil, São
Lourenço-MG, 2011a. Disponível on line em http://
www.seb-ecologia.org.br/xceb/resumos/658.pdf.
2
Ladeira, A. C. e Polo, M. XXXI Encontro Regional de Botânicos de
Minas Gerais e Espírito Santo, UFV, Viçosa-MG. CD-ROM de Resumos
XXXI ERBOT, 2011b.
3
Anastácio, M.R e Santana, D.G. de. Acta Scientiarum. Biological
Sciences (Maringá), 2010, 32, 195-200.
1
Download

Germinação e crescimento de espécies frutíferas da - Unifal-MG