O trabalho escravo é uma triste realidade. Muitas pessoas não sabem o que é o trabalho escravo. Outros sabem. Porém ignoram essa realidade. Pensam, para que se preocupar? Não é comigo. É importante saber que o trabalho escravo pode estar presente na roupa de marca que vestimos e na bijuteria que usamos. Venham conhecer mais sobre esse assunto conosco. O termo escravidão traz a imagem do aprisionamento e da venda de africanos. Essa, por exemplo, foi a realidade do Brasil até o final do século XIX, quando, por fim, a prática foi considerada ilegal pela Lei Áurea,de 1888. Mais de um século depois, porém, o Brasil e o mundo não podem dizer que estão livres do trabalho escravo. Atualmente, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que existam pelo menos 12,3 milhões de pessoas submetidas a trabalho forçado em todo o mundo, sendo que, no mínimo, 1,3 milhão na América Latina. Estas pessoas estão sendo escravizadas nos diversos ramos da indústria, serviços e agricultura. Em geral, os escravos provêm de regiões muito empobrecidas, com pouco acesso à educação e saúde e ao crédito formal. A escravidão é favorecida nos locais em que as leis de proteção são fracas ou com aplicação restrita. Os escravos, em sua maioria, são jovens e do sexo feminino. Muitos são forçados a se deslocar de sua região de origem em busca de oportunidades e são aliciados para este tipo de trabalho. As condições de vida e de trabalho são precárias; as jornadas de trabalho são longas; os pagamentos pequenos. Não há férias, décimo terceiro, afastamento do trabalho em caso de doença ou gravidez. Se não trabalhar não ganha. Muitas marcas de grife como Zara,LE LIS Banc, Ecko, Gregory, Billabong, Brooksfield, Cobra d’Água e Tyrol utilizam (ou utilizaram) o trabalho escravo,o contratado da grife não receberia nenhum tipo de remuneração, assinaria um contrato de 11 meses de trabalho e o único benefício recebido seria um valealimentação (R$ 10 por dia). Esses estudantes estão criando peças por meses a fio e não veem o retorno pelo seu trabalho. Isso é inaceitável e a empresa deveria sentir vergonha. A grife, por sua vez, se desculpou pelo acontecido e afirmou que tais exigências do anúncio não condiziam com a política da empresa. Sexta maior economia do mundo, o Brasil ainda está entre os cem países com os piores indicadores de trabalho escravo, segundo o primeiro Índice de Escravidão Global.. O Brasil ocupa o 94º lugar no índice de 162 países (com a Mauritânia no topo da lista, apontado como o pior caso). Trata-se da primeira edição do ranking, lançado pela Walk Free Foundation, ONG internacional que se coloca a missão de identificar países e empresas responsáveis pela escravidão moderna. Segundo o índice, 29 milhões de pessoas vivem em condição análoga à escravidão no mundo; são vítimas de trabalho forçado, tráfico humano, trabalho servil derivado de casamento ou dívida, exploração sexual e exploração infantil. No Brasil, o trabalho análogo à escravidão concentra-se sobretudo nas indústrias madeireira, carvoeira, de mineração, de construção civil e nas lavouras de cana, algodão e soja. Através de informações compiladas de fontes diversas, os pesquisadores calcularam um percentual da população que vive nessas condições — foi assim que a ONG chegou à estimativa de que cerca de 200 mil brasileiros são vítimas da escravidão moderna. Apesar do quadro ainda preocupante, as ações do governo brasileiro contra o trabalho escravo são consideradas “exemplares”. A ONG elogia ainda o Plano Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo e o Plano Nacional contra o Tráfico Humano, além da chamada “lista suja do trabalho escravo” do Ministério do Trabalho, que expõe empresas que usam mão de obra irregular. O relatório recomenda a aprovação da PEC do trabalho escravo, em tramitação no Senado, que prevê a expropriação de propriedades que exploram trabalho forçado. Recomenda ainda que a “lista suja do trabalho escravo” seja incorporada à lei e que as penas para quem for condenado por exploração sejam aumentadas. NÃO DEIXE O TRÁFICO HUMANO ESCREVER SUA VIDA POR VOCÊ Atualmente no Brasil, o tráfico de pessoas é maior fonte de renda com tráfico, superando o tráfico de drogas e o tráfico de armas movimentando, aproximadamente, 32 bilhões de dólares por ano. A expressão tráfico de pessoas significa: “O recrutamento, o transporte, a transferência, o alojamento ou o acolhimento de pessoas, recorrendo à ameaça ou uso da força ou a outras formas de coação, ao rapto, à fraude, ao engano, ao abuso de autoridade ou à situação de vulnerabilidade ou à entrega ou aceitação de pagamento ou benefícios para obter o consentimento de uma pessoa que tenha autoridade sobre outra para fins de exploração.” O que caracteriza o tráfico humano é a comercialização de pessoas, isto é, o uso de pessoas como se fossem coisas para serem vendidas, compradas ou trocadas. Negocia-se seres humanos como se negocia um objeto. É cruel; tira a liberdade; é uma violência contra a dignidade humana. O tráfico humano, por princípio, desrespeita o que a pessoa é: ser livre, responsável por suas decisões, possuidora de um valor único enquanto corpo, espírito e alma. Traficar pessoas, é traficar com os direitos delas, é desprezar a dignidade que têm desde o momento em que foram concebidas. As principais são: 1. Dinheiro. São os que traficam pessoas e aqueles que de alguma forma colaboram com os traficantes. 2. Prazer. Abusam de pessoas visando a satisfação de desejos, como os sexuais, etc. 3. Poder. Instrumentalizam pessoas fazendo delas “degraus” para subirem na escala social. Na maioria dos casos as três causas se entrelaçam. Quem são os traficantes? Os traficantes são irmãos que vendem irmãos, pois pertencemos todos à mesma família humana. Diante da lei são criminosos, diante de Deus são filhos que escravizam membros da própria família e ferem tanto a humanidade quanto a Deus. Muitas vezes para conseguir traficar as pessoas, o traficante liga para a pessoa dizendo que está à procura de um trabalhador que será internacionalmente famoso(a), terá casa comida e empregada diarista. Após combinar o ponto de encontro do outro país, ele tira o passaporte e, depois, a liberdade. Também há pessoas que são sequestradas, trancafiadas e levadas para outros países. Um pedido do grupo, denuncie o tráfico humano e o trabalho escravo. A dignidade não se vende e o dinheiro não compra. Venha para o nosso time, venha torcer contra o trabalho escravo.