Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura da Paz - UMAPAZ RIO + 20: que significado tem para o Brasil, debater a Economia Verde, se ainda NÃO expurgamos o câncer do trabalho escravo na nossa sociedade? No Brasil, a escravidão contemporânea manifesta-se na clandestinidade e é marcada pelo autoritarismo, corrupção, segregação social, racismo, clientelismo e desrespeito aos direitos humanos. Segundo cálculos da Comissão Pastoral da Terra (CPT), existem no Brasil 25 mil pessoas submetidas às condições análogas ao trabalho escravo. (FONTE: Plano Nacional para a erradicação do Trabalho Escravo) http://www.youtube.com/watch?v=nFZMS1sxPaU O trabalho escravo rural no Brasil é uma das peças que constituem o desenvolvimento do capitalismo de ponta no país. Divulgado na terça-feira, 26/10/11, um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) traçou um perfil dos trabalhadores e empregadores desse processo. “Perfil dos principais atores envolvidos no trabalho escravo rural no Brasil” O estudo traça o perfil dos atores na escravidão contemporânea (trabalhadores resgatados, aliciadores – os “gatos” – e proprietários rurais). “Perfil dos principais atores envolvidos no trabalho escravo rural no Brasil” Tem como objetivo desenvolver a base de conhecimentos e reflexão sobre o tema e subsidiar a elaboração de políticas que possibilitem avançar em forma consistente e definitiva rumo à verdadeira abolição do trabalho escravo no Brasil. Quem são os atores deste processo I. Os escravocratas Fazendeiros acusados de trabalho escravo são do Sudeste, com boa formação e ligados a partidos políticos Os escravocratas A maioria deles nasceu no Sudeste, mas mora nas regiões próximas às lavouras (Norte, Nordeste e CentroOeste). Eles têm curso superior e declararam como profissões pecuarista,agricultor, veterinário, comerciante, gerente, consultor e parlamentar. São filiados ao PMDB, PSDB e PR FONTE: Pesquisa OIT Brasil Lista de escravocratas brasileiros! Fonte: http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C816A32B088220132D0A524A87C0C/cadastro_empregadores.pdf CADASTRO DE EMPREGADORES – PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 02 DE 12 DE MAIO DE 20111 ATUALIZAÇÃO 04 de outubro DE 2011 Nº UF EMPREGADOR CNPJ/CPF/CEI ESTABELECIMENTO TRAB. RESGAT. Mês/Ano Inclusão no Cadastro 1. PA Abdon Lustosa Neto 191.608.011-15 Fazenda Sossego, Vicinal Tuerê, Novo Repartimento/PA 26 Dezembro/04 2. MA Adailto Dantas de Cerqueira 091.906.195-87 Fazenda São Jorge – BR 222, Km 109 – Povoado São Miguel – Zona Rural – Santa Luzia/MA 45 Julho/09 II Os trabalhadores 85% dos trabalhadores libertados, além de baixíssima escolaridade (analfabetos e com menos de quatro anos de estudo), nunca fizeram um curso de qualificação. Os trabalhadores A maior parte dos trabalhadores era negra (18,2%) e parda (62%) e veio do nordeste para as regiões norte e centro-oeste, onde acabaram “presos” em fazendas escravagistas. Quantos escravos trabalham para você? Uma ONG americana criou um sistema que permite a qualquer um calcular sua “pegada escravista” A Fair Trade Fund, ONG da Califórnia presidida por Justin Dillon, criou um programa disponível em http://slaveryfootprint.org Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável Rio + 20 A conferência adotará dois eixos centrais de debate: - a economia verde no contexto do DS e da erradicação da pobreza; e - o arcabouço institucional para o DS ECONOMIA VERDE De acordo com o PNUMA, entende-se economia verde como aquela que “resulta em melhoria do bem estar humano e da equidade social, ao mesmo tempo em que reduz significativamente os riscos ambientais e a demanda por recursos escassos do ecossistema”. FONTE: Cartilha da Frente Parlamentar Ambientalista ECONOMIA VERDE (...) disseminando a idéia de que esta pressupõe, sempre e necessariamente, o aspecto social. FONTE: Diálogos Nacionais, Rumo à Rio + 20 (www.economiaverde.org.br) ECONOMIA VERDE O que a Rio + 20 tem a ver com a erradicação do trabalho escravo. Esta não é apenas a realidade de um passado distante. A escravidão ainda está presente em nossos dias, mas modificada por algumas características particulares. O que a Rio + 20 tem a ver... Existem mais escravos hoje do que em qualquer outra época. A idade média de entrada de crianças na exploração sexual é de 13 anos. Existem mais de 30 milhões de escravos no mundo. O tráfico de pessoas movimenta 32 bilhões de dólares anualmente. Aproximadamente 70% das vitimas de tráfico transnacional são mulheres e meninas menores de 18 anos. O tráfico de pessoas é o segundo negócio ilícito do mundo só perdendo para o tráfico de drogas. FONTE: Associação Liberta (www.liberta.org.br) Ou não tem a ver?... Onde e como FAZER pela erradicação do Trabalho Escravo 1) Congresso Nacional, cobrar os parlamentares pela retomada da PEC 438: PEC do Trabalho Escravo http://www.trabalhoescravo.org.br/ 2) Presidente da Frente Parlamentarista para Erradicação do Trabalho Escravo Deputado Domingo Dutra Tel.: (61) 3215-5806 Chefe de Gabinete: Sr. Sales e-mail: [email protected] Onde e como FAZER pela erradicação do Trabalho Escravo 3) OIT - Organização Internacional do Trabalho - Projeto de Combate ao Trabalho Escravo (www.oitbrasil.org.br) Coordenador: Luiz Antonio Torres Machado Tel.: (61) 2106-4615 e-mail: [email protected] Onde e como FAZER pela erradicação do Trabalho Escravo 4) Comitê Facilitador da Sociedade Civil Brasileira para a Rio+20: http://www.rio2012.org.br/ 5) Associação Liberta: www.liberta.org.br 6) Repórter Brasil - Agência de Notícias http://www.reporterbrasil.com.br/conteudo. php?id=4 7) João Roberto Ripper, fotógrafo social e idealizador da Escola de Fotógrafos Populares http://www.imagenshumanas.com.br/imghumanas/ Obrigado! Ivan Souza Moraes Gestor Ambiental [email protected]