Avaliação das florações de cianobactérias no manancial de
captação de água para abastecimento humano na zona urbana do
município de Osório
Elvis Noronha Cardoso1
Luciana Hesper Fernandes¹
Vera Lúcia Caetano Gonçalves2
Parte do município de Osório compreende a planície costeira do litoral norte do RS,
representa para quem vem da capital, o centro de entrada para o litoral norte. Ela
está geograficamente situada ao pé da Serra Geral e entre águas doces e salgadas.
É uma das poucas cidades brasileiras que reúne serra, lagoas e mar num mesmo
lugar. Esta cidade abriga Parque Eólico mais moderno do mundo. Apesar de todas
as suas qualidades, o município vem sofrendo uma degradação da qualidade da
água de algumas das lagoas mais próximas à zona urbana, devido aos constantes
despejos de efluentes urbanos. A Lagoa do Marcelino e a Lagoa do Peixoto são
pertencentes à bacia hidrográfica do Rio Tramandaí e estão situadas nas
adjacências da zona urbana do município de Osório. O fato da Lagoa do Marcelino
possuir uma área física bastante reduzida contribui para a ocorrência de um alto
índice de florações de algas azuis, ou cianobactérias (organismos autotróficos
fotosintetizantes que apresentam algumas espécies produtoras de cianotoxinas neurotóxicas e hepatotóxicas, como, por exemplo, as espécies do gênero
Microcystis- produtora de microcistinas). Conforme monitoramento de órgãos
públicos, já foram detectados altos níveis de cianotoxinas, que atingem a marca de
três microgramas por litro. As florações, aliadas ao fato de que esta lagoa possui um
canal de ligação com a Lagoa do Peixoto, (manancial que possui um dos pontos de
captação de água para abastecimento urbano do município de Osório), torna
evidente a necessidade de realizar um constante monitoramento de cianobactérias
neste manancial. Desde o ano de 2005 já estão sendo detectadas florações de
diversas espécies de cianobactérias neste manancial, sendo algumas produtoras de
toxinas. Este cenário apresenta também uma grande dinâmica de ventos que
contribuem para o movimento da biomassa presente na Lagoa do Marcelino através
do canal de ligação com a Lagoa do Peixoto. A legislação em vigor considera para a
água para consumo humano um teto de segurança de 10.000 células/ml de
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Acadêmico(a) do Curso de Ciências Biológicas da FACOS – Faculdade Cenecista de Osório.
Professora orientadora.
Anais da III Mostra Integrada de Iniciação Científica – CNEC Osório
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cianobactérias, o qual está sendo constantemente ultrapassado neste manancial.
Este estudo busca efetuar um registro da ocorrência de espécies potencialmente
tóxicas no corpo d’água, através de coletas em pontos estratégicos distribuídos ao
longo da margem, e para o diagnóstico serão utilizadas técnicas laboratoriais de
identificação dos gêneros com a utilização de microscópio. O estudo faz parte de
uma disciplina e, portanto, de caráter experimental. Os resultados serão dados
numéricos e fotográficos.
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