Monitoramento de cianobactérias nos rios: Atibaia e Capivari A constante degradação ambiental dos grandes centros, tem alterado significativamente a qualidade da água dos mananciais abastecedores, permitindo pela eutrofização do meio, a proliferação e predominância de grupos algais. Dentro destes, cianofícias ou cianobactérias, que podem ser potencialmente tóxicas, podem se proliferar intensamente, pois encontram as características necessárias para o crescimento o ano todo, podendo afetar diretamente a qualidade da água final nos sistemas de tratamento de água, pela produção de cianotoxinas. Amostras de água bruta foram coletadas e analisadas no período de 21 meses consecutivos, sendo feito o rastreamento semanal e a contagem mensal permitindo uma avaliação dos pontos de captação da água bruta. Foi observado que o procedimento de coleta de amostras influencia no resultado, sendo necessário instruir e orientar o coletor. A sazonalidade foi considerada no período, e tanto nos meses de estiagem quanto nos meses de chuvas, observou-se alguns picos pelo aumento de cianobactérias nos pontos de captação, bem como em pontos a montante dos rios. Os resultados expressaram, nos períodos de pico, um número de células abaixo do estabelecido pela atual Portaria do Ministério da Saúde n°1469, com exceção do mês de setembro/2001. A cada sinal do aumento de cianobactérias, foi feito o monitoramento da cianotoxina microcistina , tanto na água bruta quanto na água tratada, onde os resultados foram menores que 0,5 mg/l. 1º Seminário Latino-Americano sobre Cianobactérias Tóxicas: Qualidade de Água e Saúde Pública / 2001. Anais: página 8 Romeu Cantusio Neto, Ana C. Pinto