Projeto Pedagógico MATERIAL PEDAGÓGICO Caderno de Geografia Porto Alegre, 2011 Catalogação Fundação Bienal de Artes Visuais do Mercosul (NDP – Núcleo de Documentação e Pesquisa) Material Pedagógico 8ª Bienal do Mercosul – Caderno de Geografia/ Organização: Pablo Helguera e Mônica Hoff; tradução de Clara Meirelles, Clodinei Silva, Gabriela Petit, Martin Heuser e Nick Rands. Porto Alegre: Fundação Bienal de Artes Visuais do Mercosul, 2011. 80 p.: 21 x 29,7 cm – (8ª Bienal do Mercosul) Textos em português, espanhol e inglês. 1. Arte contemporânea. 2. Educação e Arte. 3. Geografia. 4. Território 5. Geologia. 6. Exercícios pedagógicos. 7. Artistas 8ª Bienal do Mercosul. 8. Pablo Helguera. 9. Fundação Bienal de Artes Visuais do Mercosul. CDD 370.71 CDU 73:37 4 Ensaios de Geopoética José Roca, curador geral A 8a Bienal do Mercosul está inspirada nas tensões entre territórios locais e transnacionais, entre construções políticas e circunstâncias geográficas, nas rotas de circulação e intercâmbio de capital simbólico. O título se refere às diversas formas que os artistas propõem para definir o território, a partir das perspectivas geográfica, política e cultural. As bienais são eventos primordialmente expositivos, que ativam a cena artística de uma cidade durante períodos relativamente curtos. Contudo, além de serem recorrentes, são descontínuas – e esse é seu lado fraco: nos períodos entre uma bienal e outra usualmente não acontece nada, ou bem pouco, em termos de ativação da cena artística local. A 8a Bienal do Mercosul tenta responder à seguinte pergunta: é possível fazer uma bienal cuja ênfase não seja exclusivamente expositiva? Nossa proposta inclui estender a ação da Bienal no espaço e no tempo. E propõe entender o tema escolhido não apenas como um marco conceitual para ler a produção artística contemporânea, mas como uma estratégia de ação curatorial, sugerindo a Bienal como uma instância de criação e consolidação de infraestrutura local. A 8a Bienal enfatiza o componente educativo – diferencial da Bienal do Mercosul em relação a outras bienais – ao envolver o curador pedagógico na própria concepção do projeto curatorial. Traz, assim, os componentes da curadoria como oportunidades para articular o projeto pedagógico e, desse modo, transcender a tríade convencional interpretação-mediação-serviço, que caracteriza as ações educativas em bienais e museus. 5 O campo expandido da pedagogia Pablo Helguera, curador pedagógico A presente coleção de Cadernos para Professores da 8ª Bienal do Mercosul tem o objetivo de oferecer ferramentas para várias disciplinas do ensino básico e médio. Para tanto, foram selecionadas áreas de conhecimento que estão vinculadas de alguma forma aos interesses e temáticas presentes nas obras dos artistas participantes dessa Bienal, assim como aos temas principais que englobam o projeto curatorial da atual edição. a. A pedagogia como veículo de mediação da arte (o ensino de arte em si ou a apreciação da arte); A premissa curatorial da 8ª Bienal do Mercosul propõe uma reflexão em torno dos dispositivos culturais, políticos e sociais que contribuem para a construção do imaginário de nação e de metarregião. Partindo do termo “Mercosul” que denomina uma região econômica e do qual a própria bienal tomou o seu nome, a proposta curatorial procurou questionar: como se constrói um país? De que forma a ideia de nação contribui para determinar como nos percebemos e como percebemos o nosso povo em relação aos outros? Qual o papel dos processos artísticos na fabricação da iconografia nacional? Esta série de cadernos, criados para as diversas disciplinas, procuram cumprir esses três objetivos da seguinte forma: Uma vez que as obras e a reflexão curatorial desta bienal estão ligadas à ideia de repensar a noção de território, o projeto pedagógico também segue um caminho semelhante propondo uma revisão do próprio campo da pedagogia na arte. Reconhecemos, assim, que a pedagogia da arte – e, em particular, como ela é aplicada em museus e bienais – é um campo que, tradicionalmente, limita seu potencial tanto no conteúdo quanto na prática. Em relação ao conteúdo, predomina ensinar arte para entender arte e não para entender o mundo; em relação à prática, predomina o ensino como distribuição de informação e não como gerador de consciência crítica. b. A transpedagogia, ou o processo de aprendizagem como obra de arte (o processo de conhecer como arte); c. A arte utilizada como instrumento pedagógico para obter um maior conhecimento do mundo (a arte para o conhecimento do mundo). 1. Proporcionando informação sobre os artistas, conceitos artísticos e contexto histórico da obra, e assim oferecer uma maior apreciação da mesma; 2. Sugerindo una série de atividades que reproduzem processos artísticos, porém com objetivos educativos; 3. Utilizando as obras de arte como ponto de partida de debates, reflexão e aprendizagem em torno a esses outros campos de estudo, tais como a história, a geografia, a linguagem e as ciências políticas. Esperamos que este material ajude, em alguma medida, para facilitar a abordagem de diversos conceitos em sala de aula e que estimulem, também, a criatividade, o debate e a comunicação, não apenas em relação à arte contemporânea, mas à nossa realidade contemporânea em toda sua extensão. Considerando esses aspectos, o componente pedagógico da bienal propõe, num intento metafórico, “reterritorializar” o campo da pedagogia no âmbito das artes visuais por meio de três tipos de implementação: 7 8 GEOGRAFIA FÍSICA 9 Mayana Redin Campinas, Brasil, 1984. Vive entre o Rio de Janeiro e Porto Alegre, Brasil. Os desenhos de Mayana Redin constroem paisagens oníricas, geografias fictícias, encontros impensados. Como composições metafísicas, parecem dirigir-se a outra realidade, exterior ao tempo e à história. Mares, montanhas, ilhas, buracos negros, vales e penhascos são alguns dos elementos que integram seus trabalhos, realizados em nanquin, grafite, aquarela ou ainda por meio de vídeos e instalações. Topografias fantasiosas, a exemplo do túnel escavado nas páginas de um livro ou da montanha que aos poucos encobre a paisagem, e cartografias imaginadas, como a que faz do mapa de Portugal um arquipélago ou a que sobrepõe o Rio Amazonas ao Deserto do Saara, são algumas das criações da artista que dão forma ao improvável. A pergunta “E se fosse possível?” parece estar na origem de suas obras, como na videoinstalação Horizonte Alheio (2009), que aproxima o olhar de duas pessoas separadas por um oceano. Em uma tela, vê-se o horizonte filmado a partir da praia de Miramar, em Portugal, na direção suposta da praia de Maria Farinha, no Brasil, de onde o mesmo horizonte é captado e revelado na tela em frente. existem na ficção. Porto Alegre/RS encontra Portalegre/RN, da série “Uma Geografia para encontros inapreensíveis”, é um exemplo disso. A artista se pauta nas justaposições inesperadas para gerar um reflexão sobre o significado desses objetos, ideias e lugares. O que de fato aconteceria se Porto Alegre/RS encontrasse Portalegre/RN? E se o Rio Amazonas encontrasse o Deserto do Saara? E o Monte Everest o Mar Morto? Que culturas surgiriam? Que línguas seriam possíveis? Como seriam os hábitos dos habitantes “desse encontro”? Questões: Convide seus alunos a ver/analisar a obra Porto Alegre/ RS encontra Porto Alegre/RN de Mayana Redin por alguns minutos, mas não lhes mostre a ficha técnica do trabalho. Pergunte se o desenho remete a alguma forma conhecida. Que forma é essa? Um mapa? Um lugar? Sendo um mapa, o que ele representaria? E sendo um lugar, que lugar seria? Questione-os a respeito da sobreposição das linhas. (seriam sobreposições de lugares?) Pergunte se há como perceber onde termina uma linha (a mais clara) e onde começa a outra (a mais escura). Ajude-os e confunda-os, ao mesmo tempo. Acredite, é importante. Mayana Redin é uma jovem artista brasileira que vive entre duas cidades, Porto Alegre e Rio de Janeiro. Viver entre dois ou três lugares é muito comum na vida contemporânea, faz parte da nossa cartografia pessoal. Assim como fazer duas ou mais coisas ao mesmo tempo, como comer, ler e fazer reunião, por exemplo. Em seu trabalho, Mayana cria diálogos entre a imagem, a palavra e o pensamento, gerando encontros que só 10 Atividades: Encontros Geofictícios a. Antes de mostrar um atlas (proposição a ser feita em seguida), pergunte aos seus alunos que outros encontros geofictícios eles poderiam propor. Trabalhe com a memória mais imediata deles (uma rua, um bairro, uma praça). Solicite que eles representem esse encontro através de um pequeno conto ou de um desenho. Assim que os encontros estiverem feitos, peça aos alunos que apresentem uns aos outros. b. Outra possibilidade, é a construção de um encontro geofictício coletivo. À maneira de um telefone sem fio, sugira que eles se organizem num grande círculo e peça que cada um pense em um lugar. Coloque um grande mapa no meio do círculo, caso alguém queira fazer alguma consulta. Dê-lhes certo tempo para que façam suas escolhas. Em seguida, peça que eles apresentem oralmente suas escolhas. Com sorte, muitas risadas surgirão! Após, sugira que eles construam visualmente esse grande encontro geográfico. Porto Alegre/RS encontra Portalegre/RN, 2011 Nanquim sobre papel vegetal | Nanquin sobre papel de calco | Nankeen on tracing paper 42 x 29,7cm Foto | Photo: Cristiane Geraldelli Invente um país Uma terceira possibilidade: a experiência individual. Tenha folhas grandes de papel, lápis macios e um atlas, talvez alguns mapas regionais também. Peça aos estudantes que escolham dois países, cidades, rios e que os copiem no mesmo papel. Uma vez realizado isso, proponha que inventem um país ou cidade ou lugar que inclua os aspectos de ambos lugares (culturais, climáticos, históricos). Cidades irmãs Por fim, sugira à turma que faça uma investigação sobre “Cidades Irmãs” com o intuito de apresentar aos colegas. Juntos questionem sobre que semelhanças e diferenças têm essas cidades que as tornam irmãs. 11 Leslie Shows Manteca, Estados Unidos, 1977. Vive em São Francisco, Estados Unidos. Para a geologia, a superfície da Terra representa apenas uma entre as múltiplas camadas telúricas que se encontram por baixo dela; a história do planeta está contida ali. Transpassar uma superfície significa viajar no tempo. A obra pictórica de Leslie Shows é construída a partir de um jogo constante de escalas – micro e macro –, em que se combinam paisagens repletas de fragmentos de imagens que parecem ter surgido de panoramas geológicos e formações rochosas com zonas cromáticas e texturas de papel. Em sua obra, o uso da colagem, mais do que uma contraposição de elementos “de dois mundos diversos”, é um mecanismo que cria meticulosas paisagens abstratas, que fazem pensar na fluidez dos limites geográficos e na maneira como se comporta a matéria na natureza. A ausência de pessoas ou de vestígios de vida animal transmite uma sensação apocalíptica ao mesmo tempo em que lembra a vastidão da paisagem do oeste norte-americano. Em anos recentes, Shows realizou instalações de grande escala, nas quais explora mais profundamente a noção de entropia, entendida como um processo contínuo e gradual de mudança – a tendência à desordem e ao caos como progressão natural. etiquetas onde se lê “lições de história, outono, viagens.” O que os estudantes pensam que esses materiais têm a ver uns com os outros? Que tipo de estado de espírito eles transmitem na maneira como Shows os coloca juntos? Segundo um curador do SFMoMA este trabalho, “sugere o paradigma de explosão de energia da teoria do Big Bang, voltando no tempo tão longe quanto se possa imaginar e ao mesmo tempo olhando de volta aos dias de hoje a partir de um futuro distante.”1 Pergunte aos estudantes o que eles pensam desta declaração. Como pode a pintura sugerir o Big Bang e “hoje” ao mesmo tempo? Shows deu à obra o nome Two Ways to Organize. Como os estudantes pensam que este título se aplica à obra? Abaixo na composição, pode-se ver “matéria recebendo um fluxo, um sentido transformativo de estratificação, camadas e depósitos”, como explica a artista. Peça aos estudantes que voltem a olhar a obra com esta declaração em mente. Questões: Peça aos estudantes que olhem para a obra Two Ways to Organize [Duas Maneiras de Organizar] de Leslie Shows por apenas dez segundos e então virem-se de costas. Quais foram as suas impressões iniciais da obra de arte? O que ela lhes lembrou? Depois, incentive os estudantes a olhar de novo. O que mais eles notam nesta segunda olhada? De longe ou à primeira olhada, a obra de Shows pode parecer uma pintura realista de formações geológicas, mas, mais de perto, elas revelam um mundo inteiro de materiais de colagem e técnicas artísticas pouco convencionais. Pergunte aos estudantes que materiais eles conseguem identificar dentro do trabalho de Shows. No meio de fitas de tinta acrílica (descolada de plexiglás), ferrugem (cultivada por Shows) e lama, eles podem ver imagens coladas (de galhadas, conchas e formações rochosas) e metal, marcas gravadas ou 1 In http://www.sfmoma.org/artwork/125668 http://leslieshows.com/leslie-showspress.pdf 12 Atividades: Faça uma colagem A obra de Shows é frequentemente intitulada usando frases evocativas ou surpreendentes, como Two Ways to Organize ou A Thousand Years of Nonlinear History [Mil Anos de História Não Linear]. Nesta atividade, os estudantes devem produzir uma obra de arte inspirada por uma frase. Em primeiro lugar, desafie os estudantes a encontrar em aula uma frase evocativa em algum texto escrito, um romance, um poema ou um livro texto. Depois de terem escolhido as suas frases, peça-lhes que as escrevam em pedaços de papel e os coloquem num saco de papel ou num chapéu para que um seja escolhido por cada um deles às cegas. Peça aos estudantes que leiam a sua frase e anotem todas as associações que lhes vêm à mente quando eles a lêem. A seguir, eles devem fazer uma colagem que de algum modo reflita a frase. Como Shows, eles não precisam ser literais na sua interpretação. Suas colagens podem ser abstratas e mesmo assim capturarem o sentido da frase. Finamente, faça uma mostra das frases e das colagens separadamente em aula e peça aos estudantes que tentem adivinhar qual combina com qual. As combinações são claras? Se não são, como as frases combinam com as suas colagens de um modo mais sutil ou abstrato? Two Ways to Organize, 2006 Acrílico, metais, carvão, lama, ferrugem e colagem sobre painel | Acrílico, metales, carbón, barro, óxido y collage sobre tabla | Acrylic, charcoal, metal, mud, rust, and collage on panel 82 x 82 pol Coleção | Colección | Collection SFMOMA Doação | Donación | Donation Tiago e Eileen Ludwig © Leslie Shows Idéias Opostas Nesta atividade, incentive os estudantes a criar uma obra de arte abstrata que contenha idéias opostas. Na obra de Shows Two Ways to Organize, o curador viu o Big Bang e a época atual de um futuro distante. Outro crítico descreveu o trabalho dela como “nalgum lugar entre a utopia e a distopia.” * Debata idéias opostas em aula. Elas podem incluir: cheio/vazio, caos/ordem, bom/mau. A seguir, peça aos estudantes que escolham uma delas e pensem como linhas, formas cores e materiais podem ser usados de um modo abstrato para capturar essas noções opostas. Como podem linhas apenas dar a idéia de caos e ordem, por exemplo? Finalmente, os estudantes devem criar obras de arte abstratas que transmitam as suas idéias opostas. 13 Center for Land Use Interpretation Fundado e com sede em Los Angeles, Califórnia, 1994. O Center for Land Use Interpretation (CLUI) opera nas margens de uma série de disciplinas. Constituído por um grupo de indivíduos que oscilam entre o estudo da geografia, da geopolítica, da geologia e da arte, o CLUI realiza exposições, programação educativa e publicações desde 1994 com o fim de gerar maior entendimento sobre o tipo de interação humana com a superfície terrestre e a maneira em que essa se modifica através de nosso uso. O CLUI, na sua apresentação, menciona: “acreditamos que a paisagem feita pelo homem é uma inscrição cultural que pode ser lida para melhor entender quem somos e o que estamos fazendo”. Afastando-se das estratégias convencionais dos grupos de conservação ou ecológicos, o CLUI se autodenomina como uma organização de pesquisa que utiliza as vias da arte para apresentar os problemas que lhe dizem respeito em relação à paisagem contemporânea. Questões: O Center for Land Use Interpretation é um tipo de coletivo de artistas fora do comum. Eles se denominam uma organização de pesquisa e educação e apresentam exposições ao redor do mundo e na internet, na forma de informação e fotografias. Em aula, faça considerações sobre o que o título deles implica sobre os assuntos das exposições. Que sensação se poderia ter por estar lá? Aonde eles iriam, se lá estivessem, e o que fariam? O que é feito pelo homem e o que é natural? Qual eles pensam que é a função da estrutura construída? Esta é uma fotografia de Thule, uma cidade na Groenlândia que é a maior comunidade na região mais setentrional do mundo. Construída em 1951 como uma estação de reabastecimento de combustível para bombardeiros norte-americanos, é agora uma base militar americana que opera controle por satélites e estações de radar. Esta fotografia, por exemplo, mostra o Ballistic Missile Early Warning System [Sistema de Aviso Precoce de Mísseis Balísticos] que pode detectar ataques de mísseis e aeronaves de distâncias tão grandes quanto da Europa ou da Ásia e localizar detritos mínimos vindos do espaço. O que os estudantes pensam que CLUI acha interessante nesta cidade e nas suas estruturas? Que perguntas eles teriam a fazer sobre o uso do solo nesta cidade? Que fotografias do espaço eles gostariam de ver? Fontes: http://www.clui.org/lotl/v30/c.html http://www.clui.org/about/index.html Peça aos estudantes que pensem sobre o tópico de Uso da Terra. O que e/ou quem determina como o solo de uma nação em particular é usado? As respostas podem incluir: políticos, corporações, proprietários de individuais de terras, precedente histórico, o governo federal, etc. Pergunte aos estudantes se há alguma terra na sua área, cidade, estado, país, cujo uso os preocupa ou os faz pensar. A seguir, peça aos estudantes que olhem cuidadosamente para as fotografias da exposição de CLUI, Ultima Thule. O que eles notam nesta paisagem? 14 Ultima Thule, 2006 Fotografia | Fotografía | Photo Atividades: Exposições do Uso da Terra Nesta atividade os estudantes devem criar as suas próprias “exposições de uso da terra” documentando uma parte do seu bairro com fotografias e adicionando legendas ou textos. visuais. Eles podem usar material de colagem ou marcadores coloridos para mostrar a sua proposta. Eles devem também incluir textos descrevendo o seu projeto e tentando persuadir os leitores a ficarem do seu lado, assim como um “plano de cinco anos” para efetuar a mudança. Antes de atribuir este projeto, dê uma caminhada com seus alunos pelo bairro. Que áreas parecem pouco usadas? Ou super usadas? Ou mal usadas? Ou abusadas? Ou bem usadas? Peça aos estudantes que escrevam respostas para estas perguntas e então selecionem uma área para documentar e pesquisar eles próprios. A sua pesquisa pode incluir entrevistas com residentes sobre as suas perspectivas a respeito do uso do solo ou artigos de jornais sobre os planos ou disputas pela terra ou mesmo fotografias históricas do uso anterior do solo ou de sua função. Peça aos estudantes que apresentem as suas exposições para a classe. Que idéias eles têm para o futuro dessas parcelas de terra no seu bairro? De que outra forma elas poderiam ser usadas? Como esta visão pode tornar-se realidade? Propostas Para o Uso da Terra Como uma extensão ao projeto acima, os estudantes devem propor novos usos para a terra do seu bairro. Que áreas do bairro se beneficiariam com a mudança? Que tipos de transformações eles podem imaginar para aquele espaço? Que tipos de “usos da terra” são necessários no bairro e ainda sub-representados? Por exemplo, há falta de espaço de praças? Há falta de moradias? Ou o espaço precisa simplesmente de um melhoramento? Os estudantes deveriam usar ou fotografias da terra ou as suas próprias acepções como base para as alterações 15 María Teresa Ponce Quito, Equador, 1974. Vive em Quito. Influenciada pela fotografia documental, a obra de María Teresa Ponce conserva o espírito de registro de lugares e situações que caracterizam esse meio. Assim, encontra formas de intervir nas realidades onde tem acesso com o intuito de apresentar imagens que dialogam com várias esferas do mundo contemporâneo, assim como com a história da representação. Oleoducto [Oleoduto] (2006-2011) é o atual e ambicioso projeto de uma série de fotografias de grande formato que documentam áreas da região andina por onde passam oleodutos. Na América Latina, como em outros lugares do mundo, a exploração de petróleo anda de mãos dadas com sonhos de progresso e modernidades falidas. A pesquisa de Ponce centra-se, por um lado, na história da pintura de paisagem dessa região, e por outro, nas condições atuais desses lugares. Questões: Mostre aos estudantes as fotografias da série Oleoducto de Maria Teresa Ponce. Que elementos as fotografias têm em comum? Certifique-se de que os estudantes fiquem atentos ao assunto e às questões de técnica fotográfica, como o corte, a iluminação e o foco. Estas fotografias são compostas de vários instantâneos colocados juntos digitalmente. O que os estudantes pensam deste processo? Foi possível para eles perceber isto ao primeiro olhar? A artista diz a respeito da combinação: “O tempo é comprimido; permitindo a objetos que não estavam lá ao mesmo tempo parecer que estavam. O espaço é também recriado reposicionando elementos do primeiro plano e juntando instantâneos que expandem a imagem além do ângulo da visão humana.” Quais são as vantagens ou desvantagens de alterar e combinar fotografias digitalmente? O título de cada fotografia, títulos como “km21” e “R1”, corresponde à nomenclatura usada pelas companhias petrolíferas em cada área para identificar a instalação petrolífera ou um ponto específico de um oleoduto. Peça aos estudantes que desenvolvam nomes alternativos para as fotografias. O que os nomes enfatizam? Fontes: http://www.mariateresaponce.com/kimun.html http://www.mariateresaponce.com/pipeline-as.pdf Os estudantes pensam que a artista está expressando uma opinião ou ponto de vista através de suas fotografias? Se ela está, qual é e como ela a expressa? Esta série de fotografias em andamento documenta as rotas de vários oleodutos em três países sul americanos: Argentina, Equador e Venezuela. O que Ponce escolheu para capturar ao longo dessas rotas? O que ela deixou de fora? De acordo com a artista: “Na América Latina a riqueza do petróleo tem por longo tempo gerado sonhos de prosperidade. Entretanto, décadas depois do início da indústria petrolífera, a instabilidade política, econômica, ambiental e social cresceu. O oleoduto tornou-se, portanto um símbolo de poder para um pequeno grupo e de promessas quebradas para a maioria da população.” Os estudantes pensam que as fotografias dela comunicam essa idéia? Discutam como comunicam ou não. 16 Atividades: Expansão Industrial Incentive os estudantes a pensar a respeito da presença da indústria nos seus bairros, cidades ou países. Onde eles a vêem diariamente? Eles ficaram sabendo de algum exemplo recente de expansão industrial? Peça aos estudantes que apontem um exemplo de indústria na qual estão interessados e pesquisem-na em artigos de jornais e revistas. Depois disso, peça-lhes que desenvolvam a sua própria opinião sobre a indústria que estão pesquisando. Quais são os benefícios que esta indústria traz à sociedade? Quais são os seus inconvenientes? Oleoducto, 2006/2007/2008 Fotografia | Fotografía | Photo Finalmente, solicite que documentem a sua indústria através da fotografia digital. Eles podem não ver os prédios e estruturas verdadeiros associados com a indústria, mas os efeitos dela. Por exemplo, eles podem ver manchas de petróleo na superfície de um lago ou riacho, ou alguém se locomovendo para ir trabalhar numa fábrica. Certifique-se de que eles expressem o seu ponto de vista através das suas fotografias com seu corte, iluminação, foco, etc. Se o equipamento está disponível, ajude-os a alterar as suas fotografias digitais em Photoshop para esclarecer ainda mais o seu ponto de vista. Escreva uma Carta Em conjunto com o projeto acima (ou de modo independente), Peça aos estudantes que escrevam cartas expressando os seus pontos de vista a respeito das indústrias na sua área. Eles podem endereçar as cartas à direção das companhias, aos seus representantes políticos ou aos editores do seu jornal local. Incentive-os a incluir nas cartas uma descrição visual dos efeitos da indústria. 17 18 GEOGRAFIA POLÍTICA 19 Emmanuel Nassar Capanema, Brasil, 1949. Vive em Belém e Santos, Brasil. Um dos trabalhos mais vistos de Emmanuel Nassar é a instalação Bandeiras, ocasião que reuniu 143 bandeiras de municípios do Estado brasileiro do Pará, a partir de um anúncio feito no jornal local. Interessa ao artista a identificação dos símbolos nacionais e as hibridizações entre a tradição portuguesa, as inscrições em latim, os ícones medievais ao lado de desenhos de plantas e animais típicos da região, como seringueiras, mangueiras, botos e algumas espécies de peixes. Sua obra de algum modo sintetiza a cultura visual do norte do país. A estética das feiras e festas populares, assim como o modo como as construções precárias se tornam permanentes estão presente em sua produção. A noção de improviso, de solucionar os problemas com o que se tem ao alcance da mão, não se opõe a uma vontade de organização do caos. Em sua pintura está em destaque suas iniciais “E” e “N”. Aos poucos essas letras se tornam pontos cardeais, indicam direções e demarcam espaços. As letras instauram uma nova relação entre latitude e longitude. Aborde a questão dos materiais. Que materiais eles conseguem identificar? Trata-se de uma pintura, uma foto, uma colagem? A técnica, nesse caso, faz alguma diferença? Questione-os sobre o elemento central do trabalho. É a técnica? É a motivação? São os materiais? Aborde, então, o tema dos símbolos nacionais e regionais. Proponha que eles repensem os existentes, definindo outros no lugar. Se eles pudessem definir os símbolos do país e do estado onde vivem, quais seriam? Fonte: http://nassar3m1arte.blogspot.com/ Emmanuel Nassar tem especial interesse pelos símbolos nacionais e pela forma como eles são definidos e construídos – as cores, formas, imagens, elementos representativos das mais diferentes culturas que constituem o Brasil. Outra forte característica do trabalho do artista é o uso de materiais precários e improvisados e de metodologias populares na produção de suas obras. Segundo José Roca, curador geral da 8a Bienal do Mercosul, “Bandeira consiste em uma bandeira brasileira composta por remendos e chapas de metal reutilizadas. Há simultaneamente a presença de um raciocínio geométrico e uma ironia em relação à utopia construtiva que projetou um Brasil desenvolvido, moderno e civilizado”. Questões: Apresente o trabalho de Emmanuel Nassar à turma. Mantenha certa distância, para que eles não vejam (de primeira) os detalhes. Pergunte o que eles identificam. A resposta será óbvia: a bandeira brasileira. Pergunte, então, que elementos os levam a identificarem esse símbolo nacional. Deixe que falem das cores, das formas. 20 Atividades: Criação de uma iconografia local Converse com os estudantes sobre o que determina um símbolo nacional e quais tipos de símbolos nacionais existem (hino, bandeira, selo, brasão). Após a discussão, peça que eles pensem formas de representar uma entidade (podem ser eles mesmos, sua casa, sua rua, sua comunidade). Que tipos de símbolos essa entidade poderia ter? Uma bandeira, uma moeda, um hino? Proponha que eles construam os símbolos da sua entidade. Emblemas Proponha a turma que faça uma pesquisa/investigação sobre a história dos emblemas e nobiliários (livros de linhagem). Peça que abordem seus vários componentes: símbolos, cores, textos. Os escudos têm inúmeros simbolismos que se referem a lugares e características de linhagem. Proponha aos estudantes que desenhem escudos para as suas famílias. Bandeira, 2011 Projeto | Proyecto | Project 390 x 540 cm 21 Paola Parcerisa Assunção, Paraguai, 1968. Vive em Santiago, Chile. Quando nos aproximamos da obra de Paola Parcerisa, podemos perceber certos gestos recorrentes em seu processo criativo. Identidade, hibridação e migrações são temas que frequentemente estão sendo questionados por ela, muito provavelmente, devido à própria experiência deslocada de nascer num país e viver em outro. Seu trabalho artístico tomou referentes nacionais e latino-americanos como ponto de partida, elaborando várias intervenções em que a artista procura a forma de tornar evidentes as falências burocráticas e o abandono em que vivem os cidadãos menos favorecidos pelas políticas governamentais desse momento, ironizando, em algumas ocasiões, discursos que foram emudecidos por um agir inoperante. Suas intervenções procuram aprofundar, a partir do cotidiano, como uma forma de mexer nos espaços sociais, desde o lugar em que se estabeleceu cada indivíduo. Uma forma de aprofundar nas suas reflexões tem sido utilizar emblemas pátrios, como a bandeira nacional. Neles, Parcerisa depositou suas inquietações a respeito de como funcionam hoje esses símbolos que ostentam um caráter identitário comum, atualmente apagados pela saudade e pelos fracassos da própria vinculação com cada um dos nossos países. Como esta bandeira é diferente de uma bandeira normal? Mostre aos estudantes uma imagem da bandeira do Paraguai e peça a eles que a comparem com a obra de arte. Bandera vacía [Bandeira vazia], 2006, é uma obra onde a bandeira, como símbolo de identidade nacional e emblema representativo de uma ideologia compartilhada é alterada, tirando o tecido de cor interior e mantendo somente suas costuras e emblema central. Essa operação de esvaziamento expõe a ausência ou a crise das ideologias e a sensação de desenraizamento por essa falta de identidade e compromisso. Peça aos estudantes para revisitar as idéias que exploraram sobre bandeiras antes de olhar para as imagens. Eles sentem que têm uma ligação com as idéias de Parcerisa? A bandeira dela trouxe a tona outros pensamentos sobre o significado e a utilização das bandeiras? Questões: Fonte: http://www.paolaparcerisa.cl/pdf/paola_parcerisa_textos_de_obra.pdf Como os estudantes pensam que Parcerisa criou esta obra de arte? (saibam que ela a montou deixando um espaço entre o material e a parede, para produzir sombras.) Sobre a escolha que ela fez do processo de produção, Parcerisa disse que “o ato de cortar espaços esvazia o objeto, deixando-o inabitado... fazendo com que o que falta fique visível.” O que esta declaração significa para os estudantes? Que simbolismo eles atribuem à decisão de cortar tudo menos as bordas e a insígnia da bandeira? As bandeiras não são apenas expressões da identidade nacional, de forma legal, diz Parcerisa, mas elas também têm significado emocional. Elas significam “pertencer a uma comunidade nacional.” Ela continua: “A utilização de um símbolo nacional no meu trabalho vem da minha própria experiência como imigrante, cobrindo questões como identidade, hibridização, perda de território, globalização e mistura racial.” De que outra forma um artista pode alterar uma bandeira e como o significado mudaria com um processo diferente? Antes de olhar para a imagem da obra, peça aos estudantes que pensem sobre bandeiras e como elas são usadas por nossa sociedade. O que elas representam para o mundo e para os estudantes individualmente? Peça aos estudantes que pensem especificamente sobre a bandeira do seu próprio país. Qual é a ligação que eles têm com ela? Que significado eles atribuem a ela? Agora, mostre aos estudantes Bandera vacía de Paola Parcerisa e peça a eles que a descrevam. 22 Atividades: Alterar um Símbolo Nacional Para esta atividade, os estudantes devem explorar símbolos nacionais e incorporar um ou mais numa obra de arte. Em primeiro lugar, peça-lhes que façam um debate sobre símbolos nacionais. Eles podem discutir bandeiras, passaportes, edifícios, monumentos, times esportivos, cores, animais ou quaisquer outros símbolos. A seguir, peça a eles que façam um trabalho de arte em que um símbolo nacional do seu país esteja incorporado de alguma forma. Eles podem imprimir uma imagem do símbolo tirada da internet para usá-la, ou reproduzi-la eles mesmos, em 2D ou mesmo em 3D. Eles devem alterar ou expandir esse símbolo nacional até que a sua aparência comunique um novo significado para o espectador. Bandera vacía, 2006 Costura e bordado | Costura y bordado | Sewing and embroidery Medidas variáveis | variables Coleção | Colección | Collection: CAV/Museo del Barro, Asunción Foto | Photo: Paola Parcerisa Flag Art Labels [Rótulos sobre Arte em Bandeiras] O ato de artistas usando bandeiras nas suas obras tem uma longa história. Peça aos estudantes que pesquisem as muitas maneiras que artistas modernos e contemporâneos têm usado ao incorporar bandeiras nos seus trabalhos, de Jasper Johns a Emmanuel Nassar, por exemplo. Eles devem então selecionar uma obra que incorpore uma bandeira e escrever um rótulo para ela em que descrevam o trabalho, a maneira como foi feita e a interpretação do seu significado. 23 Yanagi Yukinori Fukuoka, Japão, 1959. Vive em Tókio, Japão e Nova Iorque, EUA. O tema da imigração gera posições encontradas: há quem afirme que o imigrante erode a cultura do país anfitrião até desnaturalizá-la; outros consideram que a imigração é o necessário aporte cultural para uma sociedade diversa. Em tempos de globalização e de conflitos regionais ainda sem resolver, a migração forçada ou voluntária continua sendo um fenômeno central que questiona as definições tradicionais de nação, fronteira e identidade. Yanagi Yukinori considera que os limites são cada vez mais uma ficção – como as bandeiras – devido aos constantes movimentos transnacionais. Seus trabalhos mais conhecidos consistem em realizar bandeiras de países com areias coloridas em caixas de acrílico, organizadas em retículas segundo relações geopolíticas (antigas colônias com o país colonizador, os países das Américas, os do litoral do Pacífico, etc). As bandeiras adjacentes se conectam por meio de pequenos tubos de plástico. Yukinori libera colônias de formigas, as quais vão cruzando as bandeiras com seus túneis no seu incansável ir e vir, misturando grão a grão as cores, hipoteticamente “até conseguir uma grande bandeira universal”. As granjas de formigas de Yukinori alegorizam os movimentos migratórios entre países através do trabalho das formigas, erodindo a suposta integridade cultural dos estados-nação, expressa num de seus símbolos mais recorrentes. Curadores na Tate de Londres escreveram: “sugerindo os padrões das migrações globais, as formigas erodiram gradualmente as fronteiras entre as diferentes nações1.” O que os estudantes pensam desta idéia? Como as fronteiras são erodidas na vida real? De que outra forma poderia um artista simbolizar esta idéia com materiais? Peça também que pensem sobre formigas e o que elas mesmas podem simbolizar. O artista cresceu no Japão rural, onde frequentemente brincava com formigas e outros insetos e diz que as usa em sua arte como um símbolo de trabalho, ordem e identidade coletiva. ‘Eu questiono o conceito de nação’, Yukinori disse. ‘Uma nação, suas fronteiras e bandeira nacional se tornaram uma ficção imaginária’. O que ele quer dizer com esta declaração? Você concorda ou não? Questões: Mostre aos estudantes imagens de America [América], de Yanagi Yukinori. O que eles notam? Peça que tentem identificar os materiais. Yukinori criou uma série de caixas interligadas, cada uma preenchida com areia colorida no formato de uma bandeira nacional e conectadas por tubos de plástico, em que ele soltou milhares de formigas dentro do sistema. O que os estudantes acham que possa ter acontecido após a entrada dessas formigas? O artista opera num nível simbólico de muitas maneiras. Peça aos estudantes que pensem sobre que simbolismo pode estar por trás da maneira como as formigas alteram as bandeiras. 1 In (http://www.tate.org.uk/servlet/ViewWork?cgroupid=999999961&workid=2642 9&searchid=10365) 24 Atividades: Debatendo o Conceito de Nação Para esta atividade os estudantes devem explorar a declaração acima feita pelo artista sobre uma “ficção imaginária” na forma de debate em sala de aula. Em primeiro lugar, devem discutir mais profundamente a declaração em grupo. Qual é o conceito de uma nação? Como isto mudou através do tempo? Desafie os estudantes a encontrar exemplos do passado e do presente. Que eventos históricos e/ou mudanças de mentalidade eles pensam que levaram Yukinori a ver a nação, as fronteiras e a bandeira nacional como uma ficção imaginária? A seguir, divida a classe em quatro grupos. Dois dos grupos defenderão a concepção de Yukinori e os outros dois serão contra ela. Cada grupo deve dar exemplos concretos para embasar os seus argumentos e dar plena consistência às suas idéias. Cada um dos grupos deve escolher dois ou três porta-vozes. America, 1994 Formigas, areia colorida, caixa de plástico e tubos de plástico | Hormigas, arena colorida, caja de plástico y tubos de plástico | Ant, colored sand, plastic box, plastic tube and plastic pipe 30,0 x 45,0 cm (x36) / 270 x 360 cm total | overall Foto | Photo: Shigeo Muto Para o debate, devem ficar frente a frente cada um dos grupos contra e a favor. Cada grupo terá um minuto para abrir a sua argumentação. A partir daí, cada grupo terá um minuto para rebater os argumentos do outro. Depois, haverá perguntas e, no final, a classe toda deverá votar no grupo que eles acham que venceu o debate e explicar porque votou nele. Paisagens Simbólicas Yukinori criou uma paisagem simbólica em que as fronteiras se cruzam, culturas são permeáveis e uma rede multinacional se formou. Para esta atividade, desafie os estudantes a criar uma paisagem simbólica em que algum aspecto do nosso novo mundo globalizado é representado. Eles podem simplesmente rabiscar as suas idéias com lápis e anotar os materiais que eles gostariam de usar para construir a peça, ou podem realmente produzir a peça a partir dos materiais que eles imaginam, se há espaço, tempo e materiais disponíveis. 25 Mark Lombardi Manlius, Estados Unidos, 1951 – Nova Iorque, 2000. Depois de ter trabalhado como pesquisador para exposições e publicações, e como bibliotecário de referência, Mark Lombardi havia acumulado um enorme arquivo sobre escândalos financeiros e suas implicações políticas, e decidiu organizar suas notas com a ajuda de esquemas, convertendo-se, em 1993, no próprio objeto de seu trabalho: intrincados diagramas que tornam visível a trama de relações entre o poder político e econômico em escala transnacional. Lombardi denominou esses grandes desenhos a lápis sobre papel estruturas narrativas e trabalhou neles até sua trágica morte em 2000. Os desenhos de Lombardi oferecem uma estrutura visual a um conjunto de dados e relações aparentemente desconexos, que, de outra maneira, seriam impossíveis de entender como sistema. Baseados inteiramente em arquivos de acesso público, como a imprensa, livros e a internet, os desenhos de Lombardi apresentam relações comprováveis sem estabelecer necessariamente a dimensão de causalidade entre os fatos. Entretanto, seu valor documental é inegável, como fica provado pelo fato de que um de seus desenhos, BCCI-ICIC & FAB, 197291, fosse analisado detalhadamente pela CIA, a raiz dos ataques do 11 de setembro de 2001, em Nova Iorque. Questões: Olhem com cuidado para a obra, World Finance Corporation and Associates, c. 1970-84 Miami, Ajman, and BogotaCaracas, 7th version (1999), de Lombardi. O que os estudantes notam sobre as linhas, as palavras conectando as linhas, as cores, os materiais e a forma geral do desenho? Se os estudantes não puderem entender as palavras, leia-as em voz alta. Peça aos estudantes que discutam de que modo esta imagem é diferente daquilo que eles esperariam de uma obra de arte. Pergunte se alguma vez eles já viram uma imagem que se pareça com esta. Mark Lombardi, o artista, começou a sua carreira fazendo pinturas abstratas, mas terminou-a com estes desenhos, inspirados por horas de pesquisa que ele fez sobre figuras importantes na política e na economia e sobre como elas são ligadas umas às outras. Estes diagramas mostram visualmente as conexões entre pessoas poderosas. Olhem de novo para o desenho. O que mais sobre as relações entre essas pessoas você seria capaz de imaginar apenas olhando para o diagrama? É possível aos estudantes adivinhar, por exemplo, quais pessoas têm mais conexões ou quais se encontram no centro de um grupo de figuras importantes? Este diagrama de Lombardi, em particular, trata dos acontecimentos em torno da World Finance Corporation and Associates (WFC), uma corporação com sede em Coral Gables, Florida, EUA, dirigida por Guillermo HernandezCartaya, banqueiro cubano que trabalhava para a CIA, provavelmente para a máfia, para vários traficantes de drogas colombianos e também para Fidel Castro. Em 1977 foi revelado que WFC havia perdido US$ 50 milhões, bem como inúmeras operações de lavagem de dinheiro. Ao aumentar a investigação do caso de corrupção do banco, revelou-se também ligações de Hernandez-Cartaya com a CIA, (cre-se que ele ajudou a CIA a facilitar e apoiar, clandestinamente, o tráfico de drogas na Colômbia) e vários políticos norte-americanos. Em seu livro1, Lombardi revela as conexões pessoais entre a corporação corrupta e um grande número de indivíduos e entidades associadas a eles supostamente para realizar transações secretas, clandestinas e/ ou ilegais. Fale com os estudantes sobre o significado da palavra diagrama, uma simbólica representação de informação. Pergunte a eles com que tipos de diagramas eles têm se deparado na vida, de um diagrama em forma de árvore como numa árvore de família até um organograma usado para mostrar a agenda de um dia ou um diagrama de Venn usado para fazer comparações. O que torna os diagramas úteis ou importantes? Oficiais de Governo acharam os diagramas de Lombardi tão informativos e potencialmente reveladores para as suas próprias investigações criminais que o FBI estudou a obra artística de Lombardi no Whitney Museum e oficiais da Segurança Nacional americana pediram para vê-la no Drawing Center em Nova Iorque. O que você 1 Mark Lombardi: Global Networks. Mark Lombardi, Robert Carleton Hobbs, Judith Richards; Independent Curators, 2003 (publicado para a exposição itinerante de sua obra “Mark Lombardi Global Networks”). 26 acha que eles acharam de útil nesses diagramas? (fonte: http://www.npr.org/templates/story/story.php? storyId=1487185) Algumas pessoas disseram que esses desenhos não deveriam ser considerados arte, que eles são mais uma pesquisa. O que os estudantes pensam disto? Fontes: http://www.washingtonpost.com/wp-srv/politics/special/campfin/stories/cf052797.htm http://www.lacan.com/lombardi.htm Wnyc.org entrevista com Robert Hobbs Atividades: Diagrame Isto Para este trabalho, os estudantes devem fazer um diagrama de árvore para representar as ligações entre as pessoas em outro momento ou evento político. Eles podem basear este diagrama num evento sobre o qual eles já tenham recebido informação em aula ou podem ser solicitados a fazer uma pesquisa própria. Por exemplo, eles podem ser solicitados a pesquisar a fundação do Brasil e responder as seguintes perguntas: “Quem eram os mais importantes personagens na fundação do Brasil? Como eles são ligados uns aos outros?” Lombardi registrou as pessoas que estava rastreando em cartões de índice individuais. Quando ele morreu, 12.000 cartões de índice foram descobertos entre os seus pertences. Incentive os estudantes a registrar seus nomes em cartões de índice para que possam experimentar o arranjo do diagrama. Ele frequentemente conseguia descobrir conexões procurando em índices de livros. Incentive os estudantes a usar este método também. Enquanto Lombardi ilustrava conexões em seu diagrama de árvore com uma linha simples, incentive os estudantes a variar as linhas e cores dos seus diagramas. Por exemplo, uma linha dupla pode significar relações positivas enquanto que uma linha simples pode significar relações negativas. A introdução de cores mais variadas também pode ajudar a transmitir informações. World Finance Corporation and Associates, c. 1970-84 Miami, Ajman, and BogotaCaracas, 7th version, 1999 Lápis colorido e grafite sobre papel | Lápiz de color y grafito sobre papel | Colored pencil and graphite on paper Coleção | Colección | Collection Susan Swenson e Joe Amrhein em quem ele/ela votou. O diagrama vai mostrar um esquema muito preciso dos relacionamentos entre os colegas e também revelará a pessoa em quem aqueles com mais votos votaram. Pesquisa de Jornal Lombardi assinava cinco jornais por dia, para conduzir as pesquisas para a produção dos seus diagramas. Pergunte aos estudantes por que ele tinha que usar tantos jornais. Por que um jornal só não era suficiente? Para esta atividade, os estudantes devem comparar quatro ou cinco jornais de um mesmo dia e informar que diferenças eles perceberam entre eles. Que assuntos aparecem na primeira página? Quem é mencionado mais frequentemente num jornal e noutro? Finalmente, os estudantes devem recortar artigos dos jornais e criar uma primeira página baseada nas notícias daquele dia que eles pensam que são os melhores exemplos de reportagens. Peça aos estudantes que expliquem como eles tomaram as suas decisões. Líder da Turma Neste simples exercício, peça aos estudantes que escrevam, num pedaço de papel, em quem, entre os seus colegas de classe eles votariam para presidente da sala de aula (líder da turma). A única regra é que ninguém pode votar em si mesmo. Quando todos os nomes são recolhidos, o instrutor deve elaborar um diagrama onde cada estudante será identificado com seu nome dentro de um círculo (como no desenho de Lombardi) e com uma fecha apontando para a pessoa 27 Coco Fusco Nova York, Estados Unidos, 1960. Vive em Nova York. Coco Fusco é uma artista norte-americana nascida de pais de origem cubana e italiana cuja obra expandese da escrita e do ensaio até o vídeo e a performance. Fusco começou a trabalhar por 1988, produzindo obras que se inseriam diretamente no debate dos temas identitários inspirados pelo feminismo, pela arte política e pela crítica institucional. Desde esse momento, Fusco vem utilizando a ficção como uma estratégia para incitar o espectador a refletir sobre temas de gênero, raça, bem como noções de dominação entre indivíduos ou nações. Em seu filme Operación Atropos [Operação Atropos] (2006), Fusco pesquisa a psicologia do interrogatório entre prisioneiros militares submetendo várias mulheres voluntárias a esse processos. Ao longo de sua carreira, Fusco vem mantendo um interesse na tecnologia interativa, a qual incorporou em vários projetos on-line. Sua influência como artista foi complementada com seu ativo papel como educadora e acadêmica no âmbito da multimídia e da performance. quarto próprio: Mulher e Poder na Nova América]. Peça aos estudantes para reagirem à imagem. Compare esta imagem às imagens acima. A persona de Fusco nesta performance dá uma palestra incentivando as mulheres prestarem serviço militar porque é uma oportunidade para elas provarem que são forças poderosas na luta pela democracia. O que os estudantes pensam sobre essa idéia? Esta é uma boa táctica na luta pelos direitos das mulheres? Fusco tomou o título desta performance do ensaio A Room of One’s Own de Virginia Woolf, um ensaio extenso baseado numa série de palestras que Woolf deu em escolas superiores para mulheres sobre a necessidade das mulheres obterem liberdade financeira, money and a room of her own [dinheiro e o seu próprio quarto], para que pudessem escrever. Peça aos estudantes que respondam a essa mensagem. O quanto a liberdade financeira é importante para as mulheres e para a sua plena realização? Questões: Observe, junto com seus alunos, as fotografias que documentam a performance, Bare Life Study #1 [Estudo da vida nua], de Coco Fusco. O que os estudantes podem perceber sobre a história que a performance conta? Incentive-os a olhar para as ações, roupas e expressões faciais dos atores. Peça aos estudantes que imaginem ver a ação desta performance na vida real. O que eles iriam pensar disso? Esta performance em grupo foi o primeiro dos trabalhos de Fusco explorando cenários militares contemporâneos. Em resposta a relatos de que soldados americanos forçam prisioneiros a limpar as suas celas com escovas de dente por horas a fio, Fusco encenou esta performance na frente do consulado americano em São Paulo, no Brasil. Fusco faz o papel do oficial militar com o megafone. Questione os alunos: Por que ela escolheu este local para a sua performance? O que você imagina que ela está tentando comunicar sobre o que leu nos relatórios sobre os militares americanos? Agora, olhem juntos para uma fotografia de A Room of One’s Own: Women and Power in the New America [Um 28 Bare Life Study #1, 2005 Performance Cortesia | Cortesía | Courtesy of Alexander Gray Associates, New York Atividades: Dê a sua Própria Palestra Quando Virginia Woolf deu as suas palestras, aquelas referidas por Coco Fusco, ela inventou uma personagem fictícia, “Judith”, que ela chamava de “irmã de Shakespeare”, uma mulher com os talentos de Shakespeare, mas sem as oportunidades. Judith não tem permissão para ir à escola como seus irmãos, é forçada a fazer serviços domésticos e lhe é negada a chance de ler e escrever e, finalmente, é forçada a casarse contra a sua vontade. Para esta atividade, os estudantes devem produzir e dar palestras sobre os direitos de um grupo ao qual eles sentem que os direitos e as oportunidades iguais são negados. Dentro da sua palestra, eles devem homenagear Virginia Woolf criando um personagem fictício para dar um exemplo de desigualdade de oportunidades e usar o personagem para defender os seus argumentos. Depois que os estudantes tiverem dado as suas palestras em aula, peça que eles façam uma discussão sobre elas. Que efeito os personagens fictícios tiveram no poder de persuasão das palestras? Os estudantes foram convencidos pelos argumentos? A Room of One's Own: Women and Power in the New America , 2006-2008 Performance Foto | Photo: Eduardo Aparicio. Cortesia | Cortesía | Courtesy of Alexander Gray Associates, New York Peça à classe que discuta cada encenação, ao fim dela. Como as encenações se relacionaram com os itens de notícias? Elas conseguiram mostrar as opiniões dos estudantes sobre as notícias ou ficaram neutras ou confusas? Em que lugar os estudantes poderiam encenar essas peças de modo a acrescentar mais profundidade e significado ao tema tratado ou mesmo ter um efeito real sobre o problema? Encenando as Notícias Fusco baseou o seu Bare Life Study #1 em reportagens sobre eventos da atualidade. Para esta atividade, os estudantes devem se dividir em grupos de três a cinco. Eles devem vasculhar os jornais atrás de notícias recentes em que estejam particularmente interessados. Em grupo, eles devem selecionar um item e pesquisálo mais profundamente. Então, devem apresentar uma encenação para o resto da classe, relacionada com aquele item. 29 Irwin (como parte do coletivo Neue Slowenische Kunst – NSK) Ljubljana, Eslovênia, formado em 1983. O coletivo esloveno Irwin (atualmente composto pelos artistas Miran Mohar, Andrej Savski e Borut Vogelnik), foi originalmente formado em 1983 em Ljubljana, ainda durante a existência da Iugoslávia. Seus integrantes, que originalmente tinham formação de pintores, imediatamente começaram a realizar ações experimentais incorporando o conceitualismo e a performance. Irwin foi incorporado a um grupo mais amplo de artistas conhecidos como Neue Slovenische Kunst (nova arte eslovena, em alemão). O uso do alemão para o nome do coletivo tinha como objetivo destacar a complexa relação entre Eslovênia e Alemanha – devido à ocupação alemã durante a segunda guerra mundial. Irwin define sua obra através de três princípios fundamentais. Um deles é o de construir uma posição artística com base nas circunstâncias específicas de cada um. O segundo é o princípio de colaboração e coletividade, com o fim de diluir o culto pessoal ao artista. O terceiro princípio, talvez o mais carregado de ambiguidade, é o da “retrovanguarda”, através do qual o coletivo afirma a unicidade do passado e do futuro, e a necessidade de estabelecer uma prática que simultaneamente olha para frente e para trás. Esse princípio foi expresso pelos artistas com a frase “O futuro é a semente do passado”. A noção de retrovanguarda tem levado Irwin a utilizar símbolos do passado para ilustrar a maneira em que o poder se expressa e se estabelece em governos e nações. NSK State [Estado NSK] Em 1991, Irwin, junto com outros colaboradores de NSK, produziu um projeto conhecido como o NSK State, que consistia em estabelecer uma espécie de micronação com funções políticas e burocráticas em paralelo a qualquer outra nação, embora denominado “um estado em tempo”. O projeto foi apresentado em bienais através de um espaço que funciona como uma embaixada dentro da qual se expedem passaportes para quem os solicitar. Embora os passaportes de NSK sejam um projeto conceitual e não têm validade legal, em vários países esses passaportes foram utilizados como documentos de identificação, em particular na Nigéria, que conta com milhares de proprietários. Por meio desse projeto, Irwin questiona os processos de construção de uma nação e a maneira em que os símbolos que se geram em torno de uma ideia de nacionalidade convertem-se em símbolos de poder. Questões: Peça aos estudantes que discutam a pergunta: O que define uma nação? Pergunte a eles se a geografia deve definir uma nação ou se eles pensam que uma nação poderia existir independente de um espaço específico. Mostre aos estudantes a documentação fotográfica acima do projeto State in Time [Estado em Tempo] do coletivo de artistas NSK, do qual o coletivo Irwin é uma parte. Pergunte o que eles percebem sobre esta específica coleção de objetos. Diga aos estudantes que estes objetos foram usados no projeto State in Time de 1993 quando vários coletivos de artistas formaram um novo “estado” que transcendeu uma localização geográfica física ou uma afinidade étnica, cultural ou religiosa prescrita. Eles o chamaram state without territory [estado sem território] (ver MoMA áudio1). Esses passaportes foram emitidos a novos cidadãos desse novo estado. Durante o cerco a Sarajevo, centenas de pessoas fugiram pela fronteira usando passaportes do NSK, segundo Larry Reid2, curador de uma exposição sobre Irwin no Centro de Arte Contemporânea em Seattle, Washington. Pergunte aos estudantes o que eles acham da idéia de um grupo de artistas formarem uma nova nação. Eles pensam que isso deveria ser permitido? Quais eles acham que seriam os desafios e/ou benefícios de formar uma nação sem território? 1 MoMA áudio – http://www.moma.org/collection/ browse_results.php?criteria=O%3 AAD%3AE%3A29979&page_number=1&template_id=1&sort_order=1 2 In http://www.seattlepi.com/visualart/200214_visual19.html 30 Atividades: Crie a Sua Própria Nação Peça aos estudantes que discutam a idéia de criar uma nova nação. Se eles pudessem formar uma nova nação, como eles gostariam que ela fosse? Em que aspecto eles gostariam que ela fosse diferente da sua própria nação? Que questões logísticas ou filosóficas eles teriam que considerar ao formar uma nova nação? Divida a classe em grupos pequenos de três a cinco estudantes e peça-lhes que planejem a criação de uma nova nação. Certifique-se de que eles levem em conta as questões levantadas no debate acima, tais como: Quem pode ser um cidadão e de que modo eles podem se tornar cidadãos? Como a nação toma as suas decisões, por voto democrático, com representantes ou como uma ditadura? NSK Passport, 1993 Cortesia | Cortesía | Courtesy Irwin/NSK Quais são as idéias e filosofias básicas sustentando a nova nação? Ela tem uma constituição? Os estudantes devem desenhar essas idéias em forma de uma declaração nacional e então eles devem considerar os componentes visuais da sua nova nação. A sua nação tem uma bandeira? Um Passaporte? Um uniforme militar? Há propaganda para as pessoas visitarem-na ou tornarem-se seus cidadãos? Em outras palavras, os estudantes devem dar uma marca para a sua nação. Discuta as propostas dos grupos. Que nações parecem mais atrativas aos estudantes? Por que elas são atrativas? 31 Barthélémy Toguo Mbalmayo, Camarões, 1967. Vive em Paris, França, e Bandjoun, Camarões. Barthélémy Toguo trabalha com diversos meios, como o desenho, a gravura, a escultura, a instalação, a performance e o ativismo social. Sua obra aborda temas como a migração, as fricções culturais, produto da geopolítica e das identidades múltiplas e fraturadas. O marcado corte político de seu trabalho é mediado por uma deliciosa sensibilidade poética, expressa em delicados desenhos em aquarela, imagens sensuais e oníricas de fragmentos de corpos, plantas e animais combinados livremente. Suas instalações incorporam uma grande quantidade de objetos, desenhos e vídeos sem uma ordem lógica, convidando o espectador a uma imersão que incentiva a associação livre e o goze visual e sensorial. O fazer manual é evidente em seus desenhos, aquarelas e talhas em madeira, deixando presente sua materialidade dentro de conjuntos mais conceituais, como se quisesse expressar a tensão entre uma formação mais objetual adquirida na África e um desenvolvimento conceitual conquistado durante suas estadias na Europa e América do Norte. Questões: dar conta que o seu passaporte estava coberto de múltiplos carimbos que ilustram a dificuldade de cruzar fronteiras como um estrangeiro e um imigrante. Ele diz que criou esta obra “para ilustrar as dificuldades” que teve cruzando fronteiras ou obtendo vistos. Como os estudantes pensam que esta obra ilustra as dificuldades? Em 2001, ele incluiu uma performance na apresentação da obra. Ele vestiu roupas de trabalhador, como as roupas que os trabalhadores imigrantes usam, e ficou levantando os pesados carimbos, com grande dificuldade, até conseguir carimbar folhas de papel. Nas costas ele carregava uma caixa de som que tocava Lambarena: Bach to Africa [Lambarena: Bach para África], música de resposta dos africanos às composições de Bach. O que os estudantes pensam que essa performance adiciona ao significado da obra? Compartilhe o título da obra com os estudantes e peçalhes que façam as ligações entre ele e a obra. Fontes: http://philagrafika.blogspot.com/2009/08/inter view-barthelemy-toguo.html Olhe com seus alunos as fotografias da instalação The New World Climax [O clímax do Novo Mundo] (2000), do artista Barthélémy Toguo. O que os estudantes notam nesta instalação? Como os elementos da instalação estão conectados uns com os outros? O que os estudantes associam com as formas e feitios? As esculturas nesta instalação são carimbos ampliados baseados em carimbos de passaportes. As impressões de xilogravura nas paredes foram feitas com esses carimbos e as palavras impressas por eles são baseadas na linguagem de carimbos de passaportes, como: Roissy-CDG (aeroporto Roissy-CDG) e Confederation Suisse (Confederação Suíça). Os estudantes já tiveram a experiência de ter o seu passaporte carimbado? Qual é o significado do carimbo no passaporte para as pessoas ao redor do mundo? Toguo, um artista camaronês, que tem vivido na Europa por longos períodos, diz que produziu a sua obra ao se 32 Atividades: Crie um Novo Tipo de Passaporte Toguo diz que hoje em dia as pessoas estão ainda mais “impulsionadas pelo desejo de viajar”, mas que “viajar é cada vez mais difícil, pois administrações públicas em todos os lugares colocam em prática novas medidas e leis para parar o fluxo migratório; conseguir um visto e cruzar uma fronteira tem se tornado cada vez mais difícil”. Por exemplo, ele cita as novas medidas “biométricas” que estão sendo desenvolvidas, principalmente desde 11/09, para identificar as pessoas antes que a elas seja permitida a entrada num país, como impressões digitais, fotografias da íris dos olhos, impressões do feitio do rosto, até mesmo amostras de sangue. Países poderosos, diz ele, estão “desenvolvendo um novo tipo de passaporte.” The new world climax, 2001/2011 Instalação com carimbos de madeira, mesas e xilografias | Instalación con sellos de madera, mesas y xilografía | Installation with wooden stamps, tables and woodcuts Dimensões variáveis | Dimensiones variables | Variable dimensions Neste projeto, os estudantes devem criar um recém imaginado tipo de passaporte para eles mesmos. Se o passaporte não mais incluísse apenas a nossa informação básica, como, nossos nomes, nossas datas de nascimento e os lugares onde já estivemos o que mais poderia incluir? Que informações poderiam ter que ser fornecidas ao cruzar uma fronteira? Essas informações podem incluir medidas biométricas assim como informações consideradas importantes pela polícia ou por forças políticas. Compartilhem os passaportes uns com os outros. O que cada um deles comunica sobre a visão de futuro dos estudantes? 33 MATERIAL PEDAGÓGICO Guía de Geografía 35 Ensayos de Geopoética José Roca, curador general La 8a Bienal de Mercosul se inspira en las tensiones entre territorios locales y transnacionales, entre construcciones políticas y circunstancias geográficas, en las rutas de circulación e intercambio de capital simbólico. El título se refiere a diversas formas que plantean los artistas de definir el territorio, desde las perpectivas geográfica, política, económica y cultural. Las bienales son eventos primordialmente expositivos, que ocurren periódicamente y activan la escena artística de una ciudad por tiempos relativamente cortos. Pero además de ser recurrentes son discontínuas, y ese es su lado débil: en los períodos entre una bienal y la siguiente usualmente no acontece nada, o muy poco. La 8ª Bienal de Mercosul intenta responder a la siguiente pregunta: ¿es posible hacer una bienal cuyo énfasis no sea exclusivamente expositivo? Nuestra propuesta incluye extender la acción de la Bienal en el espacio y en el tiempo. Y entender el tema escogido no solamente como un marco conceptual para leer la producción artística contemporánea, sino como una estrategia de acción curatorial, planteando la bienal como una instancia de creación y consolidación de infraestructura cultural local. La 8ª Bienal enfatiza el componente educativo – diferencial de la Bienal de Mercosur respecto a otras bienales – al involucrar al curador pedagogico en la concepción misma del proyecto curatorial, planteando los componentes de la curaduría como oportunidades para articular el proyecto pedagógico y así trascender la triada convencional interpretación-mediación-servicio que caracteriza las acciones educativas en bienales y museos. 36 El campo expandido de la pedagogía c. El arte utlilizado como un instrumento pedagógico para obtener un mayor conocimiento del mundo (el arte para el conocmiento del mundo). Pablo Helguera, curador pedagógico 1. Proporcionando información sobre los artistas, conceptos artísticos y contexto histórico de la obra para ofrecer una mayor apreciación de esta; La presente colección de guías para profesores de la 8va Bienal del Mercosur tiene como objetivo el ofrecer herramientas útiles para la educación elemental y media en sus múltiples disciplinas. Para eso, se ha seleccionado áreas de conocimiento que agrupan los intereses y temas presentes en varias obras de los artistas incluidos en esta bienal, así como los temas principales presentes en el proyecto curatorial de esta edición. La premisa curatorial de la 8va Bienal de Mercosur propone realizar una reflexión en torno a todos los dispositivos culturales, políticos y sociales que contribuyen a reformular la noción de nación y metaregión. Partiendo del término mismo de “Mercosur”, que define una región económica, y esta misma bienal, la propuesta curatorial buscó preguntar: ¿Cómo se construye un país? ¿Cómo la idea de nación contribuye a determinar la manera en que nos percibimos a nosotros mismos y a los nuestros en relación con otros? ¿Qué papel tiene los procesos artísticos en la fabricación de la iconografía nacional? Esta serie de fascículos concebidos para diversas disciplinas buscan cumplir estos tres objetivos de la siguiente manera: 2. Sugiriendo una serie de actividades que replican procesos artísticos pero que tienen objetivos educativos; 3. Utilizando las obras de arte como punto de partida para generar debate, reflexión y aprendizaje en torno a otros campos de estudo, tales como la historia, la geografía, el lenguaje y la ciencia política. Esperamos que este material ayude en alguna pequeña medida a facilitar el abordaje de diversos conceptos en el salón de clase y que estimulen la creatividad, el debate y la comunicación en torno no solo al arte contemporáneo, sino a nuestra realidad contemporánea en todas sus extensiones. Puesto que las obras y la reflexión curatorial están ligadas a la noción de repensar lo que es un territorio, el proyecto pedagógico ha tomado una dirección similar al proponer una revisión del campo mismo de la pedagogía en el arte. Se reconoce aquí que la pedagogía de la arte – en particular de la forma en que se aplica a museos y bienales – es un campo que tradicionalmente ha limitado su potencialidad tanto en contenido como en práctica. En cuanto a contenido, predomina el enseñar arte para entender el arte y no para entender el mundo; en cuando a práctica, predomina la enseñanza como distribución de información y no como generadora de consciencia crítica. Tomando esto en cuenta, el componente pedagógico de la bienal propone, en un intento metafórico, “reterritorializar” el campo de la pedagogía en el ámbito de las artes visuales con tres tipos necesarios de implementación: a. La pedagogía como vehículo de mediación del arte (la educación del arte mismo o la apreciación del arte;) b. La transpedagogía, o el proceso de aprendizaje como una obra de arte ( el proceso de conocer como arte) 37 Geografía Física Mayana Redin Campinas, Brasil, 1984. Vive entre Rio de Janeiro y Porto Alegre, Brasil. Los dibujos de Mayana Redin construyen paisajes oníricas, geografías ficticias, encuentros impensables. Igual a composiciones metafísicas, parecen dirigirse a otra realidad, exterior al tiempo y a la historia. Mares, montañas, islas, agujeros negros, valles y peñascos son algunos de los elementos que integran sus trabajos, realizados con tinta china, grafiti, acuarela y también por intermedio de videos e instalaciones. Topografías fantasiosas, a ejemplo del túnel excava en las páginas de un libro o de una montaña que poco a poco encubre el paisaje, cartografías imaginadas, como la que hizo del mapa de Portugal un archipiélago o el mapa del rio Amazonas encubriendo el Sahara, son algunas de las creaciones de la artista que dan forma a lo improbable. La pregunta “¿Y si fuera posible?” parece estar en el origen de sus obras, como en la videoinstalación Horizonte Alheio [Horizonte Ajeno] (2009), que aproxima la mirada de dos personas separadas por un océano. En una pantalla se ve el horizonte filmado a partir de una playa de Mirama, Portugal, en la supuesta dirección de la playa Maria Farinha, en el Brasil, de donde el mismo horizonte es captado y revelado en la pantalla. En la serie de dibujos Geografia de encontros [Geografía de encuentros] (2010-2011), Mayana Redin crea cartografías a partir de la superposición de lugares y paisajes – o de las líneas que circundan sus formas y definen sus fronteras. Características geográficas, cuestiones geopolíticas, condiciones históricas e imágenes sugeridas por las palabras inspiran las aproximaciones promovidas por la artista – así como el encuentro de todos sin salida al mar. Preguntas: Invite a sus alumnos a ver/analizar la obra Porto Alegre/ RS encontra Porto Alegre/RN [Porto Alegre/RS encuentra Portoalegre/RN] de Mayana Redin durante algunos minutos, pero no les muestre la ficha técnica del trabajo. Pergúnteles si el dibujo los remite a alguna forma conocida. ¿Qué forma es? ¿Un mapa? ¿Un lugar? Si es un mapa, ¿qué representaría?, y si les parece un lugar ¿qué lugar sería? Pregúnteles al respecto de la superposición de las líneas, ¿serían superposiciones de lugares? Pregúnteles si consiguen notar dónde termina una línea (la más clara) y dónde comienza la otra (la más oscura). Ayúdelos y confúndalos al mismo tiempo. Créalo, es importante. Mayana Redin es una joven artista brasileña que vive entre dos ciudades, Porto Alegre y Río de Janeiro. Vivir entre dos o tres lugares es muy común en la vida contemporánea, forma parte de nuestra cartografía personal. Así como hacer dos o más cosas al mismo tiempo, como comer, leer y hacer una reunión, por ejemplo. En su trabajo, Mayana crea diálogos entre la imagen, la palabra y el pensamiento, generando encuentros que sólo existen en la ficción. Porto Alegre/RS encontra Portalegre/RN, de la serie “Uma Geografia para encontros inapreensíveis” [Una Geografía para encuentros inaprensibles], es un ejemplo de ello. La artista se guía por yuxtaposiciones inesperadas para generar una reflexión sobre el significado de esos objetos, ideas y lugares. ¿Qué sucedería, de hecho, si Porto Alegre/RS encontrara Portalegre/RN? ¿y si el río Amazonas encontrara el desierto del Sahara? ¿y el Monte Everest el Mar Muerto? ¿Qué culturas surgirían? ¿Qué lenguas serían posibles? ¿Cómo serían las costumbres de los habitantes de “ese encuentro”? Actividades: Encuentros geofictícios a. Antes de mostrar un atlas (proponerlo enseguida), pregúnteles a sus alumnos qué otros encuentros geoficticios podrían proponer. Trabaje con su memoria más inmediata (una calle, un barrio, una plaza). Solicíteles que representen ese encuentro a través de un pequeño cuento o de un dibujo. Luego de haber representado los encuentros, pídales a los alumnos que se presenten unos a otros. b. Otra posibilidad es la construcción de un encuentro geoficticio colectivo. Como si fuera un teléfono inalámbrico, sugiérales que se organicen en un gran círculo y pídales que cada uno piense en un lugar. Coloque un gran mapa en el medio del círculo, por si alguien quiere hacer alguna consulta. Deles cierto tiempo para que elijan. Luego, pídales que presenten oralmente lo que eligieron. Con suerte, ¡usted oirá muchas risas! Después, sugiérales que construyan visualmente ese gran encuentro geográfico. Inventar un país Una tercera posibilidad: la experiencia individual. Proporcione hojas grandes de papel, lápices blandos y un atlas, tal vez algunos mapas regionales también. Pídales a los estudiantes que elijan dos países, ciudades, 38 Geografía Física ríos y que los copien en el papel. Una vez hecho esto, proponga que inventen un país o ciudad o lugar que incluya aspectos de ambos lugares (culturales, climáticos, históricos). Ciudades hermanas Finalmente, sugiérales a los estudiantes que hagan una investigación sobre “Ciudades Hermanas” con la intención de presentárselas a los colegas. Juntos discutan sobre cuales son las semejanzas y diferencias entre esas ciudades que las hacen hermanas. 39 Geografía Física Leslie Shows Manteca, Estados Unidos, 1977. Vive en San Francisco, Estados Unidos. Para la geología, las superficies de la tierra representan tan sólo una capa de múltiples capas telúricas que se encuentran debajo de éstas; la historia del planeta está contenida aquí. Traspasar una superficie significa viajar en el tiempo. La obra pictórica de Leslie Shows se construye a partir de un juego constante de escalas – micro y macro –, en donde se combinan paisajes plagados de fragmentos de imágenes que parecen salidas de panoramas geológicos y formaciones rocosas con zonas cromáticas y texturas de papel. En su obra el uso del collage, más que ser una contraposición de elementos “de dos mundos disímiles”, crea meticulosos paisajes abstractos que hacen pensar en la fluidez de los límites geográficos y la manera como se comporta la materia en la naturaleza. La ausencia de personas o de rastros de vida animal transmite una sensación apocalíptica al tiempo que recuerda la vastedad del paisaje del oeste americano. En años recientes Shows ha realizado instalaciones de gran escala en las que explora más a fondo la noción de entropía entendida como un proceso continuo y gradual de cambio, la tendencia hacia el desorden y el caos como progresión natural. Display of properties [Visualización de propiedades] (20092011) es una instalación de sitio específico que se centra en la imaginería de todo tipo de banderas como marcas geográficas e ideológicas en la historia de la civilización, intentando separarlas por medio de un gigantesco collage de su significado y sus zonas de acción para abrir preguntas sobre los significados culturales de emblemas, colores e insignias. Preguntas: Pídales a los estudiantes que observen la obra Two Ways to Organize [Dos Maneras de Organizar] de Leslie Shows por solamente diez segundos y que luego se vuelvan de espaldas. ¿Cuáles fueron sus impresiones iniciales de la obra de arte? ¿Qué les recordó? Después, incentive a los estudiantes a que observen de nuevo. ¿Qué más ven en esta segunda mirada? De lejos o en un primer vistazo, la obra de Shows puede parecerse a pinturas realistas de formaciones geológicas, pero, más de cerca, revelan todo un mundo de materiales de collage y de técnicas artísticas poco convencionales. Pregúnteles a los estudiantes qué materiales consiguen identificar dentro del trabajo de Shows. En medio de cintas de tinta acrílica, herrumbre (cultivada por Shows) y lama, ellos pueden ver imágenes pegadas (de ramas, conchas, formaciones rocosas) y metal, marcas grabadas o etiquetas donde se lee lecciones de historia, otoño, viajes. ¿Qué piensan los estudiantes que esos materiales tienen que ver unos con otros? ¿Qué tipo de estado de espíritu transmiten en la forma como Shows los coloca juntos? Según un curador del SFMoMA este trabajo sugiere el paradigma de explosión de energía de la teoría del Big Bang, volviendo en el tiempo tan lejos cuanto se pueda imaginar y al mismo tiempo observando nuevamente los días de hoy a partir de un futuro distante1. Pregúnteles a los estudiantes qué piensan de esta declaración. ¿Cómo puede la pintura sugerir el Big Bang y “hoy” al mismo tiempo? Shows le ha dado a la obra el nombre Two Ways to Organize. ¿Cómo creen los estudiantes que este título se aplica a la obra? A continuación en la composición, se puede ver materia recibiendo un flujo, un sentido transformativo de estratificación, capas y depósitos, como explica la artista. Pídales a los estudiantes que vuelvan a observar la obra con esta declaración en mente. Actividades: Haga un collage La obra de Shows es con frecuencia titulada usando frases evocativas o sorprendentes, como Two Ways to Organize o A Thousand Years of Nonlinear History [Mil años de historia no lineal]. En esta actividad, los estudiantes deben producir una obra de arte inspirada en una frase. En primer lugar, desafíe a los estudiantes para que encuentren en la clase una frase evocativa en algún texto escrito, una novela, un poema o un libro texto. Después de haber elegido sus frases, pídales que las escriban en pedazos de papel y los coloquen en una bolsa o en un sombrero para que uno sea elegido por cada uno de ellos, a ciegas. Pídales a los estudiantes que lean su frase y anoten todas las asociaciones que les vienen a la mente cuando la leen. A continuación, ellos deben hacer un collage que de algún modo refleje la frase. Como Shows, no precisan ser literales en su interpretación. Sus collages pueden ser abstractos y asimismo capturar el sentido de la frase. 1 In http://www.sfmoma.org/artwork/125668 http://leslieshows.com/leslie-showspress.pd 40 Geografía Física Con cuidado, haga una muestra de las frases y de los collages por separado en clase y pídales a los estudiantes que intenten adivinar cuál combina con cuál. ¿Las combinaciones son claras? Si no lo son, ¿cómo las frases combinan con sus collages de un modo más sutil o abstracto? Ideas Opuestas En esta actividad, incentive a los estudiantes a crear una obra de arte abstracta que contenga ideas opuestas. En la obra de Shows, Two Ways to Organize, el curador vio el Big Bang y la época actual de un futuro distante. Otro crítico describió que el trabajo de la artista se encontraba en algún lugar entre la utopía y la distopía.* Debata ideas opuestas en clase. Pueden incluir: lleno/ vacío, caos/orden, bueno/malo. Luego, pídales que seleccionen una de ellas y piensen de qué forma líneas, formas, colores y materiales pueden ser usados de un modo abstracto para capturar esas nociones opuestas. ¿De qué forma, por ejemplo, simples líneas pueden dar la idea de caos y orden? Finalmente, los estudiantes deben crear obras de arte abstracto que transmitan sus ideas opuestas. 41 Geografía Física Center for Land Use Interpretation Fundado y basado en Los Angeles, California, 1994. El Center for Land Use Interpretation (CLUI) opera en los márgenes de una serie de disciplinas. Constituído por un grupo de individuos que oscilan entre el estudio de la geografía, la geopolítica, la geología y el arte, el CLUI ha realizado exposiciones, programación educativa y publicaciones desde 1994 con el fin de generar mayor entendimiento sobre la clase de interacción humana con la superficie terrestre y la manera en que esta se modifica a través de nuestros usos de ella. CLUI establece en su presentación, “creemos que el paisaje hecho por el hombre es una inscripción cultural que puede ser leída para mejor entender quienes somos y qué estamos haciendo”. Alejándose de las estrategias convencionales de los grupos de conservación o ecológicos, EL CLUI se autodenomina como una organización de investigación que utiliza las vías del arte para presentar los problemas que le concierne en torno al paisaje contemporáneo. Preguntas: El Center for Land Use Interpretation es un tipo de colectivo de artistas fuera de lo común. Ellos se consideran una organización de investigación y educación y presentan exposiciones alrededor del todo mundo y en internet, en forma de información y fotografías. En clase, proponga consideraciones sobre lo que ese título implica sobre los temas de las exposiciones. Pídales a los estudiantes que piensen sobre el tópico de Uso de la Tierra. ¿Qué y/o quién determina cómo el territorio de una nación en particular es usado? Las respuestas pueden incluir: políticos, corporaciones, propietarios individuales de tierras, precedente histórico, el gobierno federal, etc. Pregúnteles a los estudiantes si hay algún pedazo de tierra en su área, ciudad, estado, país, cuyo uso les preocupa o los hace pensar. Luego, pídales que observen cuidadosamente las fotografías de la exposición de CLUI, Ultima Thule. ¿Qué notan en este paisaje? ¿Qué sensación podrían tener al estar allí? ¿Adónde irían si estuvieran allí y qué harían? ¿Qué cosas son hechas por el hombre y cuáles son naturales? ¿Qué función creen que tiene la estructura construida? Ésta es una fotografía de Thule, una ciudad de Groenlandia que es la mayor comunidad en la región más septentrional del mundo. Construida en 1951 como una estación de reabastecimiento de combustible para bombarderos norteamericanos, es ahora una base militar estadounidense que opera el control por satélites y estaciones de radar. Esta fotografía, por ejemplo, muestra el Ballistic Misile Early Warning System [Sistema de aviso precoz de misiles balísticos] que puede detectar ataques de misiles y aeronaves a distancias tan grandes como desde Europa o Asia y localizar residuos mínimos venidos del espacio. ¿Qué piensan los estudiantes que a CLUI le parece interesante en esta ciudad y en sus estructuras? ¿Qué preguntas les gustaría hacer sobre el uso del territorio en esa ciudad? ¿Qué fotografías del espacio les gustaría ver? Fuentes: http://www.clui.org/lotl/v30/c.html http://www.clui.org/about/index.html Actividades: Exposiciones del Uso de la Tierra En esta actividad los estudiantes deben crear sus propias “exposiciones de uso de la tierra”, documentando una parte de su barrio con fotografías y agregando subtítulos o textos. Antes de proponer este proyecto, haga una caminata con sus alumnos por el barrio. ¿Qué áreas parecen poco usadas, demasiado usadas, o mal usadas?, ¿abusadas?, ¿bien usadas? Pídales a los estudiantes que escriban respuestas para estas preguntas y luego seleccionen un área para documentar e investigar ellos mismos. En su investigación puede incluir entrevistas con residentes sobre sus perspectivas al respecto del uso del terreno o artículos de periódicos sobre los planes o disputas por la tierra o incluso fotografías históricas del uso anterior del territorio o de su función. Pídales a los estudiantes que presenten sus exposiciones para la clase. ¿Qué ideas tienen para el futuro de esos lotes en su barrio? ¿De qué otra forma podrían ser usadas? ¿De qué forma esta visión puede volverse realidad? 42 Geografía Física Propuestas Para el Uso de la Tierra Como una extensión al proyecto anterior, los estudiantes deben proponer nuevos usos para el terreno de su barrio. ¿Qué áreas del barrio se beneficiarían con ese cambio? ¿Qué tipos de transformaciones pueden imaginar para ese espacio? ¿Qué tipos de “usos de la tierra” son necesarios en el barrio y todavía no están bien representados? Por ejemplo, ¿hay falta de espacios como plazas? ¿Hay falta de viviendas? ¿El espacio precisa simplemente de mejorías? Los estudiantes deberían usar fotografías de la tierra o sus propias acepciones como base para las alteraciones visuales. Pueden usar material de collage o marcadores de colores para mostrar su propuesta. Deben también incluir textos describiendo su proyecto e intentando persuadir a los lectores de quedarse a su lado, así como un “plan de cinco años” para efectuar los cambios. 43 Geografía Física María Teresa Ponce Quito, Ecuador, 1974. Vive en Quito. Influenciada por la fotografía documental, la obra de María Teresa Ponce conserva el espíritu de registro de lugares y situaciones que caracteriza a este medio, al tiempo que encuentra maneras de intervenir en las realidades a las que tiene acceso para presentarnos imágenes que dialogan con varias esferas del mundo contemporáneo, así como con la historia de la representación. Su proyecto Mudanzas (2002) consistió en documentar en España y Estados Unidos, los dos principales países a los que emigran los ecuatorianos en busca de trabajo, mensajes en video que las personas que la artista conocía de forma cotidiana querían mandar a sus familiares en Ecuador. Estos videos fueron proyectados sobre un camión de mudanzas en la ciudad de Cuenca, pasando de la intimidad al espacio público. Oleoducto (2006-2011) es un ambicioso proyecto en curso de una serie de fotografías de gran formato que documentan regiones de la zona andina por donde pasan oleoductos. En América Latina, como en otros lugares del mundo, la explotación de petróleo va de la mano con sueños de progreso y modernidades fallidas. La investigación de Ponce se centra por un lado en la historia de la pintura de paisaje en esta región, y por el otro en las condiciones actuales de estos lugares. Oleoducto (2011) es la continuación de este proyecto en distintas regiones brasileñas por donde pasan estas pipas de petróleo, en una nueva versión realizada especialmente para la Bienal del Mercosur. Ponce viajó durante el mes de junio para conocer y fotografiar estos nuevos panoramas en donde se combinan asuntos relacionados a la tierra, al poder político, el medio ambiente y la economía. Preguntas: Muéstreles a los estudiantes las fotografías de la serie Oleoducto de María Teresa Ponce. ¿Qué elementos tienen en común las fotografías? Certifíquese de que los estudiantes presten atención en el tema y en los detalles de la técnica fotográfica, como el corte, la iluminación y el foco. ¿Los estudiantes piensan que la artista está expresando una opinión o un punto de vista a través de sus fotografías? Si está, ¿cuál es y cómo lo expresa? Esta serie de fotografías que aún permanece en ejecución documenta las rutas de varios oleoductos en tres países sudamericanos: Argentina, Ecuador y Venezuela. ¿Qué ha sido lo que Ponce eligió para capturar a lo largo de esas rutas? ¿Qué dejó al margen? De acuerdo con la artista: en América Latina la riqueza del petróleo ha generado durante mucho tiempo sueños de prosperidad. No obstante, décadas después del inicio de la industria petrolífera, la inestabilidad política, económica, ambiental y social ha crecido. El oleoducto se ha vuelto, por lo tanto, un símbolo de poder para un pequeño grupo y de promesas no cumplidas para la mayoría de la población. ¿Los estudiantes piensan que las fotografías de Ponce comunican esa idea? Discutan si la comunican o no. Estas fotografías están compuestas por varias tomas colocadas juntas digitalmente. ¿Qué piensan los estudiantes de este proceso? ¿Les ha sido posible ver esto en una primera observación? La artista dice al respecto de la composición: el tiempo se comprime; permitiendo que objetos que no estaban allí al mismo tiempo parezca que estaban. El espacio es también recreado reposicionando elementos del primer plano y juntando tomas que expanden la imagen más allá del ángulo de la visión humana. ¿Cuáles son las ventajas o desventajas de alterar y combinar fotografías digitalmente? El título de cada fotografía, títulos como “km21” y “R1”, corresponden a la nomenclatura usada por las compañías petrolíferas en cada área para identificar la instalación petrolífera o un punto específico de un oleoducto. Pídales a los estudiantes que creen nombres alternativos para las fotografías. ¿Qué nombres enfatizan? Fuentes: http://www.mariateresaponce.com/kimun.html http://www.mariateresaponce.com/pipeline-as.pdf Actividades: Expansión Industrial Incentive a los estudiantes a pensar al respecto de la presencia de la industria en sus barrios, ciudades o países. ¿Dónde la ven diariamente? ¿Ellos han sabido de algún ejemplo reciente de expansión industrial? Pídales a los estudiantes que indiquen un ejemplo de industria en la cual están interesados e investiguen en artículos de periódicos y revistas. Luego, dígales que elaboren su propia opinión sobre la industria que están investigando. ¿Cuáles son los beneficios que esta industria trae para la sociedad? ¿Cuáles son sus inconvenientes? 44 Geografía Física Finalmente, pídales a los estudiantes que documenten su industria a través de una fotografía digital. Ellos pueden no ver los edificios y estructuras verdaderos asociados a la industria, pero sí sus efectos. Por ejemplo, pueden ver manchas de petróleo en la superficie de un lago o riachuelo, o a alguien transportándose para ir a trabajar a una fábrica. Certifíquese de que expresen su punto de vista a través de sus fotografías con su corte, iluminación, foco, etc. Si el equipo está disponible, ayúdelos a alterar sus fotografías digitales en Photoshop para esclarecer aún más su punto de vista. Escriba una Carta Junto con el proyecto anterior (o de modo independiente), pídales a los estudiantes que escriban cartas expresando sus puntos de vista al respecto de las industrias de su región. Ellos pueden enviar las cartas a los directores de las compañías, a sus representantes políticos o a los editores de su periódico local. Incentive que se incluya en las cartas una descripción visual de los efectos de la industria. 45 Geografía Política Emmanuel Nassar Capanema, Brasil, 1949. Vive en Belém y Santos, Brasil. En uno de los trabajos más vistos de Emmanuel Nassar es la instalación Bandeiras [Banderas], momento que reunió 143 banderas de municipios del estado brasileño de Pará, a partir de un anuncio hecho en un noticiario local. Interesa al artista la identificación de los símbolos nacionales y las hibridaciones entre la tradición portuguesa, las inscripciones en latín, los íconos medievales al lado de dibujos de plantas y animales típicos de la región, como árboles de caucho, manglares, delfines del amazonas y algunas especies de peces. Su obra sintetiza, de alguna manera, la cultura visual del norte del Brasil. La estética de las ferias y las fiestas populares, así como la manera en que las construcciones precarias se convierten en eternas, están presentes en su producción. La idea de improviso, de solucionar los problemas con lo que tiene al alcance de las manos, no se opone a una voluntad de organización del caos. En su pintura están en destaque sus iniciales, “E” y “N”. Poco a poco, esas letras se convierten en puntos cardinales, indican direcciones y demarcan espacios. Las letras instauran una nueva relación entre latitud y longitud. Emmanuel Nassar tiene especial interés en los símbolos nacionales y en la forma como se definen y construyen los mismos – los colores, formas, imágenes, elementos representativos de las más diferentes culturas que constituyen el Brasil. formas. Aborde el tema de los materiales. ¿Qué materiales consiguen identificar? ¿Se trata de una pintura, una foto, una collage? La técnica, en ese caso, ¿cambia algo? Pregúnteles sobre el elemento central del trabajo. ¿Es la técnica? ¿es la motivación? ¿son los materiales? Aborde, entonces, el tema de los símbolos nacionales y regionales. Propóngales que repiensen los existentes, definiendo otros en su lugar. Si ellos pudieran definir los símbolos del país y del estado donde viven, ¿cuáles serían? Fuente: http://nassar3m1arte.blogspot.com/ Actividades: Creación de una iconografía local Converse con los estudiantes sobre qué es lo que determina un símbolo nacional y qué tipos de símbolos nacionales existen (himno, bandera, sello, escudo). Después de la discusión, pídales que piensen formas de representar una entidad (pueden ser ellos mismos, su casa, su calle, su comunidad). ¿Qué tipos de símbolos esa entidad podría tener? ¿Una bandera, una moneda, un himno? Propóngales que construyan los símbolos de su entidad. Emblemas Propóngale a la clase que haga una investigación sobre la historia de los emblemas y libros nobiliarios (libros de linaje). Pídales que aborden los varios componentes: símbolos, colores, textos. Los escudos tienen innumerables simbolismos que se refieren a lugares y características de linaje. Propóngales a los estudiantes que dibujen escudos para sus familias. Otra fuerte característica del trabajo de este artista es el uso de materiales precarios e improvisados y de metodologías populares para la producción de sus obras. Segundo José Roca, curador general de la 8va Bienal de Mercosur, Bandeira consiste en una bandera brasileña compuesta por remiendos y chapas de metal reutilizadas. Existe, simultáneamente, la presencia de un raciocinio geométrico y una ironía en relación a la utopía constructiva que proyectó un Brasil desarrollado, moderno y civilizado. Preguntas: Preséntele el trabajo de Emmanuel Nassar a la clase. Mantenga cierta distancia, para que no vean inmediatamente los detalles. Pregúnteles qué es lo que identifican. La respuesta será obvia: la bandera brasileña. Pregunte, entonces, qué elementos los llevan a identificar ese símbolo nacional. Deje que hablen de los colores y las 46 Geografía Política Paola Parcerisa bandera de Paraguay y pídales que la comparen con la obra de arte. Asunción, Paraguay, 1968. Vive en Santiago, Chile. ¿Cómo piensan los estudiantes que Parcerisa haya creado esta obra? (ella la montó dejando un espacio entre el material y la pared, para producir sombras). Cuando nos aproximamos a la obra de Paola Parcerisa podemos notar ciertos gestos recurrentes en su proceso creativo. Identidad, hibridación y migraciones son temas que frecuentemente están siendo cuestionados por ella, muy probablemente, debido a la propia experiencia dislocada de nacer en un país y vivir en otro. Su trabajo artístico ha tomado referentes nacionales y latinoamericanos como punto de partida, elaborando varias intervenciones en las que la artista busca la forma de hacer evidente las falencias burocráticas y abandonos que viven los ciudadanos menos favorecidos por las políticas gubernamentales de turno, ironizando en ocasiones respecto a discursos que han sido enmudecidos por un accionar inoperante. Sus intervenciones buscan profundizar desde el cotidiano como una forma de remecer los espacios sociales desde donde se ha establecido cada individuo. Una forma de ahondar en sus reflexiones ha sido utilizar emblemas patrios como la bandera nacional. En ellos, Parcerisa ha depositado sus inquietudes respecto a cómo funcionan hoy estos símbolos que presumen de un carácter identitario común, actualmente desdibujados por añoranzas y fracasos de la propia vinculación con cada uno de nuestros países. Bandera vacía (2006) es una obra donde la bandera como símbolo de identidad nacional y emblema representante de una ideología compartida, es alterada, quitándole la tela de color interior y manteniendo sólo sus costuras y emblema central. Esta operación de vaciamiento expone la ausencia o crisis de las ideologías y la sensación de desarraigo por esa falta de identidad y compromiso. Preguntas: Antes de observar la obra de arte, pídales a los estudiantes que piensen sobre banderas y cómo se usan en nuestra sociedad. ¿Qué representan para el mundo?, ¿y para los estudiantes, individualmente? Pídales a los estudiantes que piensen específicamente sobre la bandera de su propio país. ¿Cuál es su relación con ella? ¿Qué significado le atribuyen? Ahora, muéstreles a los estudiantes Bandera vacía de Paola Parcerisa y pídales que la describan. ¿Qué diferencia hay entre esa bandera y una bandera normal? Muéstreles a los estudiantes una imagen de la Sobre preferir este proceso de producción, Parcerisa dice que el acto de cortar espacios vacía el objeto, dejándolo inhabitado... haciendo que lo que falta quede visible. ¿Qué significa esta declaración para los estudiantes? ¿Qué simbolismo le atribuyen a la decisión de cortar todo menos los bordes y la insignia de la bandera? Las banderas no son solamente expresiones legales de la identidad nacional, dice Parcerisa, también tienen significado emocional. Significan pertenecer a una comunidad nacional. Y continúa: La utilización de un símbolo nacional en mi trabajo viene de mi propia experiencia como inmigrante, relacionada a temas como identidad, hibridación, pérdida de territorio, globalización y mezcla racial. Pídales a los estudiantes que repasen las ideas que estudiaron sobre banderas antes de ver las imágenes. ¿Se sienten de alguna forma identificados con las ideas de Parcerisa? ¿La bandera de Parcerisa sacó a luz otros pensamientos sobre el significado y la utilización de las banderas? ¿De qué otra forma un artista puede alterar una bandera, y cómo el significado cambiaría con un proceso diferente? Fuente: http://www.paolaparcerisa.cl/pdf/paola_parcerisa_textos_de_obra.pdf Actividades: Alterar un Símbolo Nacional Para esta actividad, los estudiantes deben explorar símbolos nacionales e incorporar uno o más en una obra de arte. En primer lugar, pídales que realicen un debate sobre símbolos nacionales. Pueden discutir banderas, pasaportes, edificios, monumentos, equipos deportivos, colores, animales o cualesquiera otros símbolos. A continuación, pídales que hagan un trabajo de arte en que un símbolo nacional de su país aparezca incorporado de alguna forma. Pueden imprimir una imagen del símbolo retirada de Internet, o reproducirla ellos mismos, en 2D o incluso en 3D. Deben alterar o expandir ese símbolo nacional hasta que su apariencia comunique un nuevo significado para el espectador. 47 Geografía Política Flag Art Labels [Rótulos sobre Arte en Banderas] El uso de banderas en sus obras tiene una larga historia entre los artistas. Pídales a los estudiantes que investiguen las variadas formas en que los artistas modernos y contemporáneos han incorporado banderas en sus trabajos, desde Jasper Johns hasta Emmanuel Nasar. Los estudiantes deben, luego, seleccionar una obra que incorpore una bandera en sus imágenes y escribir un rótulo para la misma en el que describan el trabajo, la forma como ha sido hecha y la interpretación de su significado. 48 Geografía Política Yanagi Yukinori Fukuoka, Japón, 1959. Vive en Tokio, Japón, y Nueva York, Estados Unidos. El tema de la inmigración genera posiciones encontradas: hay quienes afirman que el inmigrante erosiona la cultura del país anfitrión hasta desnaturalizarla; otros consideran que inmigración es el necesario abono cultural para una sociedad diversa. En tiempos de globalización y de conflictos regionales aún sin resolver, la migración forzada o voluntaria sigue siendo un fenómeno central que cuestiona las definiciones tradicionales de nación, frontera e identidad. Yanagi Yukinori considera que los bordes son cada vez más una ficción – como las banderas – debido a los constantes movimientos transnacionales. Sus trabajos más conocidos consisten en realizar banderas de países con arenas de colores en cajas de acrílico, que son organizadas en retículas según relaciones geopolíticas (antiguas colonias con el país colonizador, los países de las américas, los de la cuenca del Pacífico etc.). Las banderas adyacentes se conectan por medio de pequeños tubos de plástico. Yanagi libera colonias de hormigas, las cuales van cruzando las banderas con sus túneles en su incesante ir y venir, mezclando grano a grano los colores, hipotéticamente "hasta lograr una gran bandera universal". Las granjas de hormigas de Yanagi alegorizan los movimientos migratorios entre países a través del trabajo de las hormigas, erosionando la supuesta integridad cultural de los estados-nación expresada en uno de sus símbolos más recurrentes. Preguntas: Muéstreles a los estudiantes imágenes de America [América] de Yukinori Yanagi. ¿Qué es lo que notan? Pídales que intenten identificar los materiales. Yanagi ha creado una serie de cajas interconectadas, cada una repleta de arena de colores en el formato de una bandera nacional y conectadas por tubos de plástico. Después soltó miles de hormigas dentro del sistema. ¿Qué creen los estudiantes que pueda haber sucedido después de la entrada de esas hormigas? El artista opera en un nivel simbólico de muchas maneras. Pídales a los estudiantes que piensen sobre qué simbolismos pueden haber por detrás de la manera como las hormigas alteran las banderas. Curadores en la Tate de Londres escribieron: sugiriendo los modelos de las migraciones globales, las hormigas erosionaron gradualmente las fronteras entre las diferentes naciones (http://www.tate.org.uk/servlet/View Work?cgroupid=999999961&workid=26429&sear chid=10365). ¿Qué piensan los estudiantes de esta idea? ¿Como se erosionan las fronteras en la vida real? ¿De qué otra forma podría un artista simbolizar esta idea con materiales? Pídales también que piensen sobre hormigas y lo que las mismas pueden simbolizar. El artista creció en el Japón rural, donde frecuentemente jugaba con hormigas y otros insectos y dice que las usa en su arte como un símbolo de trabajo, orden e identidad colectiva. Yo cuestiono el concepto de nación, Yanagi dice. Una nación, sus fronteras y bandera nacional se han vuelto una ficción imaginaria. ¿Qué quiere decir con esta declaración? ¿Usted está de acuerdo o no? Actividades: Debatiendo el Concepto de Nación Para esta actividad los estudiantes deben explorar la declaración de Yanagi sobre una “ficción imaginaria” en forma de debate en el salón de clase. En primer lugar, en grupo, deben discutir más profundamente la declaración. ¿Cuál es el concepto de nación? ¿Cómo ha cambiado esto a lo largo del tiempo? Desafíe a los estudiantes a encontrar ejemplos del pasado y del presente. ¿Qué eventos históricos y/o cambios de mentalidad piensan que llevaron a Yanagi a ver la nación, las fronteras y la bandera nacional como una ficción imaginaria? A continuación, divida la clase en cuatro grupos. Dos de los grupos defenderán la concepción de Yanagi y los otros dos se posicionarán contra la misma. Cada grupo debe dar ejemplos concretos para basar sus argumentos y dar plena consistencia a sus ideas. Cada uno de los grupos debe elegir dos o tres voceros. Para el debate, deben posicionarse frente a frente cada uno de los grupos, en contra y a favor. Cada grupo tendrá un minuto para abrir su argumentación. Luego, cada grupo tendrá un minuto para rebatir los argumentos del otro. Después, habrá preguntas y, al final, toda la clase deberá votar en el grupo que creen que venció el debate y explicar por qué votó en el mismo. Paisajes Simbólicos Yanagi creó un paisaje simbólico donde las fronteras se cruzan, las culturas son permeables y una red 49 Geografía Política multinacional se ha formado. Para esta actividad, desafíe a los estudiantes a crear un paisaje simbólico en el que algún aspecto de nuestro nuevo mundo globalizado está representado. Pueden simplemente garabatear sus ideas a lápiz y anotar los materiales que les gustaría usar para construir la pieza, o pueden realmente producir la pieza a partir de los materiales que imaginan (si hubiera espacio, tiempo y materiales disponibles). 50 Geografía Política Mark Lombardi Manlius, Estados Unidos, 1951 – Nueva York, Estados Unidos, 2000. Tras haber trabajado como investigador para exposiciones y publicaciones, y como referencista en una biblioteca, Mark Lombardi había acumulado un enorme archivo sobre escándalos financieros y sus implicaciones políticas, y decide organizar sus notas con la ayuda de esquemas, los cuales se convierten en 1993 en el objeto mismo de su trabajo: intrincados diagramas que hacen visible la trama de relaciones entre el poder político y económico a escala transnacional. Lombardi denominó estos grandes dibujos a lápiz sobre papel estructuras narrativas, y trabajó en ellos hasta su trágica muerte en 2000. Los dibujos de Lombardi le dan una estructura visual a un conjunto de datos y relaciones aparentemente inconexos, que de otra manera serían imposibles de entender como sistema. Basados enteramente en archivos de público acceso como la prensa, libros y el internet, los dibujos de Lombardi presentan relaciones comprobables sin establecer necesariamente la dimensión de causalidad entre los hechos. Sin embargo, su valor documental es innegable, como lo atestigua el hecho que uno de sus dibujos, BCCI-ICIC & FAB, 1972-91, fuera analizado en detalle por la CIA a raíz de los ataques del 11 de septiembre de 2001 en Nueva York. Preguntas: Observen con atención la obra World Finance Corporation and Associates, c. 1970-84 Miami, Ajman, and BogotaCaracas, 7th version (1999), de Lombardi. ¿Qué notan los estudiantes en relación a las líneas, a las palabras conectando las líneas, a los colores, los materiales y a la forma en general del dibujo? Si los estudiantes no pueden entender las palabras, léalas en voz alta: But I can’t read them – do we have a more zoomed in image? Pídales a los estudiantes que discutan de que modo esta imagen es diferente a lo que esperarían de una obra de arte. Pregúnteles si han visto alguna vez una imagen que se parezca a ésta. Mark Lombardi, el artista, comenzó su carrera haciendo pinturas abstractas, pero la terminó con estos dibujos, inspirados en sus horas de investigación de figuras importantes de la política y de la economía y sobre qué vínculos tienen unas con otras. Estos diagramas muestran visualmente las conexiones entre personas poderosas. Observen nuevamente el dibujo. ¿Qué más sobre las relaciones entre estas personas usted sería capaz de imaginar simplemente mirando el diagrama? ¿Es posible que los estudiantes adivinen, por ejemplo, qué personas tienen más vínculos o cuáles se encuentran en el centro de un grupo de figuras importantes? Este diagrama de Lombardi, en particular, trata de los hechos en torno a la World Finance Corporation and Associates, una corporación basada en Coral Gables, Florida. Dirigida por Guillermo Hernández-Cartaya, un ex-banquero cubano que trabajó para la CIA, probablemente para la mafia, para varios narcotraficantes colombianos y para Fidel Castro. En 1977 se reveló que el WFC había perdido 50 millones de dólares así como varias operaciones de lavado de dinero. Al incrementarse la investigación del caso de corrupción de este banco, se revelaron asimismo los vínculos de HernándezCartaya con la CIA, (se piensa que ayudó a la CIA facilitar a apoyar clandestinamente el tráfico de droga en Colombia) y con vários políticos norteamericanos. En su obra1, Lombardi revela las conexiones personales entre esta corporación corrupta y un vasto número de indivíduos y agencias asociados con ellos, ostensiblemente con el fin de realizar transacciones encubiertas, clandestinas y/o ilegales. Hable con los estudiantes sobre el significado de la palabra diagrama, una simbólica representación de información. Pregúnteles qué tipos de diagramas ya han conocido anteriormente en la vida. Muéstreles un diagrama en forma de árbol – como en un árbol genealógico –, un organigrama usado para mostrar la agenda de un día, o incluso un diagrama de Venn usado para hacer comparaciones. ¿Qué hace que estos diagramas sean útiles o importantes? Oficiales de Gobierno encontraron los diagramas de Lombardi tan informativos y potencialmente reveladores para sus propias investigaciones criminales que el FBI estudió la obra artística de Lombardi en el Whitney Museum, y oficiales de la Seguridad Nacional norteamericana pidieron verla en el Drawing Center en Nueva York. ¿Qué utilidad encuentra usted en esos diagramas? (www.npr.org/templates/story/story.php?s toryId=1487185). Algunas personas han dicho que estos dibujos no deberían ser considerados arte, que son más bien una investigación. ¿Qué piensan de esto los estudiantes? 1 Mark Lombardi: Global Networks. Mark Lombardi, Robert Carleton Hobbs, Judith Richards; Independent Curators, 2003 (publicado para la exposición itinerante de su obra "Mark Lombardi Global Networks"). 51 Geografía Política Actividades: Diagrame lo siguiente Para este trabajo, los estudiantes deben hacer un diagrama de árbol para representar las conexiones entre las personas en otro momento o evento político. Pueden basar este diagrama en un evento sobre el cual ya hayan recibido información en clase o puede pedírseles que realicen una investigación propia. Por ejemplo, se les puede solicitar investigar la fundación del Brasil y responder las siguientes preguntas: ¿Quiénes eran los más importantes personajes en la fundación del Brasil?, ¿qué relación tienen unos con otros? Lombardi registró las personas que estaba rastreando en fichas. Cuando murió, 12.000 fichas fueron encontradas entre sus pertenencias. Incentive a los estudiantes a registrar sus nombres en fichas para que puedan probar el arreglo del diagrama. El artista frecuentemente conseguía descubrir conexiones buscando en índices de libros. Incentive a los estudiantes a usar este método también. los estudiantes deben comparar cuatro o cinco periódicos de un mismo día e informar qué diferencias notaron entre los mismos. ¿Qué temas aparecen en la primera página? ¿Quién se menciona más frecuentemente en un periódico y en otro? Finalmente, los estudiantes deben recortar artículos de periódicos y crear una primera página basada en las noticias de ese día que les parecen ser los mejores ejemplos de reportajes. Pídales a los estudiantes que expliquen cómo llegaron a sus decisiones. Fuentes: http://www.washingtonpost.com/wp-srv/pol itics/special/campfin/stories/cf052797.htm http://www.lacan.com/lombardi.htm Wnyc.org entrevista a Robert Hobbs Aunque Lombardi ilustraba conexiones en su diagrama de árbol con una línea simple, incentive a los estudiantes a variar las líneas y colores de sus diagramas. Por ejemplo, una línea doble puede significar relaciones positivas mientras que una línea simple puede significar relaciones negativas. La introducción de colores más variados también puede ayudar a transmitir informaciones. Líder de Clase En este simple ejercicio, pídales a los estudiantes que escriban en un pedazo de papel a cuál de sus compañeros votarían para presidente de clase. La única regla es que nadie puede votarse a sí mismo. Cuando ya se han reunido todos los nombres, el instructor debe elaborar un diagrama en el que cada estudiante será identificado con su nombre dentro de un círculo (como en el diagrama de Lombardi) y con una fecha, señalando a la persona a quien votó. El diagrama va a mostrar un esquema muy preciso de los vínculos entre los compañeros y también en quien votaron los que obtuvieron más votos. O diagrama vai mostrar um esquema muito preciso dos relacionamentos entre os colegas e também revelará em quem votaram as pessoas que receberam mais votos. Investigación de Periódico Lombardi se suscribía a cinco periódicos por día para realizar las investigaciones para la producción de sus diagramas. Pregúnteles a los estudiantes por qué el artista precisaba usar tantos periódicos. ¿Por qué un único periódico no era suficiente? Para esta actividad, 52 Geografía Política Coco Fusco Pídales a los estudiantes que se manifiesten sobre esta imagen. Compare la misma con las imágenes anteriores. Nueva York, Estados Unidos, 1960. Vive en Nueva York. La persona de Fusco en esta performance da una conferencia incentivando a las mujeres a prestar servicio militar porque es una oportunidad para que prueben que son fuerzas poderosas en la lucha por la democracia. ¿Qué piensan los estudiantes sobre esta idea? ¿Es ésta una buena táctica en la lucha por los derechos de las mujeres? Coco Fusco es una artista americana nacida de padres de origen cubano e italiano cuya obra se expande desde la escritura y el ensayo hasta el video y el performance. Fusco comenzó a trabajar hacia 1988, produciendo obras que se insertaban directamente en el debate de los temas identitarios inspirados por el feminismo, el arte politico, y la crítica institucional. Desde ese momento Fusco ha utilizado la ficción como una estrategia para incitar al espectador a reflexionar sobre temas de género, raza, o nociones de dominación entre individuos o naciones. En su película Operación Atropos (2006) Fusco investiga la psicología de la interrrogación entre prisioneros militares al someter a varias mujeres voluntarias al proceso. A lo largo de su carrera, Fusco ha mantenido un interés en la tecnología interactiva la cual ha incorporado en varios proyectos en línea. Su influencia como artista se ha complementado con su activo papel como educatora y académica en el ámbito de la multimedia y el performance. Preguntas: Observe, con sus alumnos, las fotografías que documentan la performance, Bare Life Study #1 [Estudio de la vida desnuda], de Coco Fusco. ¿Qué pueden ver los estudiantes sobre la historia que cuenta la performance? Incentívelos para que observen las actitudes, ropa y expresiones faciales de los actores. Pídales a los estudiantes que imaginen ver la acción de esta performance en la vida real. ¿Qué pensarían de ello? Esta performance en grupo fue el primero de los trabajos de Fusco explorando escenarios militares contemporáneos. En respuesta a relatos de que soldados norteamericanos obligan a los prisioneros a limpiar sus celdas con cepillos de diente durante horas, Fusco escenificó esta performance frente al consulado americano en São Paulo, Brasil. Fusco hace el papel del oficial militar con el megáfono. Pregúnteles a los alumnos: ¿por qué eligió este local para su performance? ¿Qué piensa usted que la artista está intentando comunicar en relación a lo que leyó en los informes sobre los militares norteamericanos? Ahora, observen juntos una fotografía de A Room of One’s Own: Women and Power in the New America [Un cuarto propio: Mujeres y Poder en la Nueva América]. Fusco tomó el título de esta performance del ensayo A Room of One’s Own de Virginia Woolf, un ensayo extenso basado en una serie de conferencias que Woolf ofreció en escuelas superiores para mujeres, sobre la necesidad de que las mismas obtengan libertad financiera, money and a room of her own [dinero y su propio cuarto], para que pudieran escribir. Pídales a los estudiantes que respondan a ese mensaje. ¿Qué tan importante es la libertad financiera para las mujeres y para su plena realización? Actividades: Dé su Propia Conferencia Cuando Virginia Woolf ofreció sus conferencias, las referidas por Coco Fusco, inventó un personaje ficticio, “Judith”, que ella llamaba “hermana de Shakespeare”, una mujer con los talentos de Shakespeare pero sin sus oportunidades. Judith no tiene permiso para ir a la escuela como sus hermanos, es obligada a hacer servicios domésticos y le es negada la oportunidad de leer y escribir y, finalmente, tiene que casarse contra su propia voluntad. Para esta actividad, los estudiantes deben planear y dar conferencias sobre los derechos de un grupo al que sienten que le son negados los derechos y las oportunidades iguales. Dentro de su conferencia, deben homenajear a Virginia Woolf creando un personaje ficticio para dar un ejemplo de desigualdad de oportunidades y usar ese personaje para defender sus argumentos. Después de que los estudiantes hayan dado sus conferencias en clase, pídales que hagan una discusión sobre las mismas. ¿Qué efecto tuvieron los personajes ficticios en el poder de persuasión de las conferencias? ¿Los argumentos convencieron a los estudiantes? Escenificando las Noticias Fusco basó su Bare Life Study #1 en reportajes sobre eventos de actualidad. Para esta actividad, los estudiantes deben dividirse en grupos de tres a cinco. Deben procurar en los periódicos noticias recientes en las que 53 Geografía Política estén particularmente interesados. En grupo, deben seleccionar un ítem e investigarlo lo más profundamente posible. Luego, deben presentar una escenificación para el resto de la clase, relacionada con ese ítem. Pídale a la clase que al final discuta cada representación. ¿De qué forma las representaciones se relacionaron con los ítems de noticias? ¿Consiguieron mostrar las opiniones de los estudiantes sobre las noticias o quedaron neutras o confusas? ¿En qué lugar los estudiantes podrían representar esas obras para darle más profundidad y significado al tema tratado o incluso producir un efecto real sobre el problema? 54 Geografía Política Irwin / NKS Ljubljana, Eslovenia, colectivo formado en 1983. El colectivo esloveno Irwin fue originalmente formado en 1983 en Ljubljana, todavía durante la existencia de Yugoslavia. Sus integrantes, que originalmente tenían formación de pintores, pronto comenzaron a realizar acciones experimentales incorporando el conceptualismo y el performance. El uso del alemán para el nombre del colectivo tenía como objetivo resaltar la compleja relación entre Eslovenia y Alemania, que ocupó a esta durante la segunda guerra mundial. Irwin define su obra a través de tres principios fundamentales. Uno de ellos es el de construir una posición artística en base a las circunstancias específicas de uno. El Segundo es el principio de colaboración y colectividad, con el fin de diluír el culto personal al artista. El tercer principio, quizá el más cargado de ambigüedad, es el de la “retrovanguardia”, a través del cual el colectivo afirma la unicidad del pasado y el futuro, y la necesidad de establecer una práctica que simultáneamente mira hacia adelante y hacia atrás. La noción de retrovanguardia ha movido a Irwin a utilizar símbolos del pasado para ilustrar la manera en que el poder se expresa y se establece en gobiernos y naciones. En 1991, Irwin, junto con otros colaboradores de NSK, produjo un proyecto conocido como el NSK State [Estado NSK], consistente en establecer una especie de micronación con funciones políticas y burocráticas en paralelo a cualquier otra nación, aunque denominado “un Estado en tiempo”. El proyecto se ha presentado en bienales a través de un espacio que funciona como una embajada dentro de la cual se expiden pasaportes a quienes los soliciten. Si bien los pasaportes de NSK son un proyecto conceptual y no tienen validez legal, en varios paises estos pasaportes han sido utilizados como documentos de identificación, en particular en Nigeria que cuenta con varios miles de propietarios. A través de este proyecto, Irwin ha cuestionado los procesos de construcción de nación y la manera en que los símbolos que se generan en torno a una idea de nacionalidad se convierten en símbolos de poder. Preguntas: Pídales a los estudiantes que discutan la pregunta: ¿qué es lo que define a una nación? Pregúnteles si la geografía debe definir una nación o si piensan que una nación podría existir independientemente de un espacio específico. Muéstreles a los estudiantes la documentación fotográfica del proyecto State in Time [Estado en tiempo] del colectivo de artistas, NSK, del cual el colectivo Irwin forma parte. Pregunte qué es lo que notan sobre esta específica colección de objetos. Dígales a los estudiantes que estos objetos fueron usados en el proyecto State in Time de 1993 cuando varios colectivos de artistas formaron un nuevo “estado” que trascendió una localización geográfica física o una afinidad étnica, cultural o religiosa preescrita. Lo llamaron state without territory [estado sin territorio] (MoMA audio1). Esos pasaportes fueron emitidos para nuevos ciudadanos de ese nuevo Estado. Durante el cerco a Sarajevo, centenas de personas huyeron por la frontera usando pasaportes del NSK, según Larry Reid2, un curador de una exposición sobre Irwin en el Centro de Arte Contemporáneo en Seattle, Washington. Pregúnteles a los estudiantes qué piensan de la idea de que un grupo de artistas forme una nueva nación. ¿Creen que eso debería ser permitido? ¿Cuáles piensan que serían los desafíos y/o beneficios de formar una nación sin territorio? Actividades: Forme su Propia Nación Pídales a los estudiantes que discutan la idea de formar una nueva nación. Si ellos pudieran formar una nueva nación, ¿cómo les gustaría que fuera? ¿En qué aspecto les gustaría que fuera diferente de su propia nación? ¿Qué características logísticas o filosóficas tendrían que considerar al formar una nueva nación? Divida la clase en grupos pequeños de tres a cinco estudiantes y oriéntelos para que planeen la creación de una nueva nación. Certifíquese de que tengan en cuenta los temas discutidos en el debate anterior, tales como: ¿Quién puede ser un ciudadano y de qué modo pueden volverse ciudadanos? ¿Cómo esta nación toma sus decisiones? ¿Por voto democrático, con representantes o como una dictadura? ¿Cuáles son las ideas y filosofías básicas sustentando la nueva nación? ¿Tiene una constitución? Los estudiantes deben dibujar esas ideas en forma de una declaración nacional y luego deben considerar los componentes visuales de su nueva nación. 1 MoMA áudio – http://www.moma.org/collection/ browse_results.php?criteria=O%3 AAD%3AE%3A29979&page_number=1&template_id=1&sort_order=1 2 In http://www.seattlepi.com/visualart/200214_visual19.html 55 Geografía Política ¿Su nación tiene una bandera? ¿Un pasaporte? ¿Un uniforme militar? ¿Hay propaganda para que las personas visiten su país o se vuelvan sus ciudadanos? En otras palabras, los estudiantes deben darle una marca a su nación. Discuta las propuestas de los grupos. ¿Qué naciones les parecen más atractivas a los estudiantes? ¿Por qué son atractivas? 56 Geografía Política Barthélémy Toguo Mbalmayo, Camerún, 1967. Vive en Paris y Bandjoun. Barthélémy Toguo trabaja en diversos medios como el dibujo, el grabado, la escultura, la instalación, la performance y el activismo social. Su obra toca temas como la migración, las fricciones culturales producto de la geopolítica y las identidades múltiples y fracturadas. El marcado corte político de su trabajo es mediado por una exquisita sensibilidad poética que se expresa en delicados dibujos en acuarela, imágenes sensuales y oníricas de fragmentos de cuerpos, plantas y animales combinados libremente. Sus instalaciones incorporan multitud de objetos, dibujos y videos sin una ordenación lógica, invitando al espectador a una immersión que incentiva la asociación libre y el goce visual y sensorial. La factura manual es evidente en sus dibujos, acuarelas y tallas en madera, poniendo de presente su materialidad dentro de conjuntos más conceptuales, como si quisiera expresar la tensión entre una formación más objetual adquirida en África, y un desarrollo conceptual adquirido durante sus estadías en Europa y norteamérica. Preguntas: Observe con sus alumnos las fotografías de la instalación The New World Climax [El clímax del Nuevo Mundo] (2000), del artista Barthelemy Toguo. ¿Qué notan los estudiantes en esta instalación? ¿De qué forma los elementos de la instalación están conectados unos a otros? ¿Qué asocian los estudiantes a las formas y características de la instalación? Las esculturas en este trabajo son sellos ampliados basados en sellos de pasaportes. Las impresiones de xilograbado en las paredes fueron hechas con esos sellos y las palabras impresas por los mismos se basan en el lenguaje de sellos de pasaportes, como: Roisy-CDG (aeropuerto Roisy-CDG) y Confederation Suise (Confederación Suiza). ¿Ya han tenido los estudiantes la experiencia de que les sellen su pasaporte? ¿Cuál es el significado del sello en el pasaporte para las personas alrededor del mundo? Toguo, un artista camerunés, que ha vivido en Europa por largos períodos. Dice que produjo su obra al darse cuenta de que su pasaporte estaba cubierto por múltiples sellos que ilustran la dificultad de cruzar fronteras como extranjero e inmigrante. Ha dicho que creó esta obra para ilustrar las dificultades que tuvo cruzando fronteras u obteniendo visas. ¿Cómo creen los estudiantes que esta obra ilustra esas dificultades? En 2001, el artista incluyó una performance en la presentación de la obra. Se vistió con ropa de trabajador, como la ropa que usan los trabajadores inmigrantes y permaneció levantando los pesados sellos, con gran dificultad, hasta conseguir timbrar hojas de papel. En la espalda cargaba un parlante que tocaba Lambarena: Bach to Africa [Lambarena: Bach para África], música de respuesta de los africanos a las composiciones de Bach. ¿Qué piensan los estudiantes que esa performance le añada al significado de la obra? Enséñeles el título de la obra a sus alumnos y pídales que hagan conexiones entre título y obra. Fuentes: http://philagrafika.blogspot.com/2009/08/int erview-barthelemy-toguo.html Actividades: Cree un Nuevo Tipo de Pasaporte Toguo dice que hoy día las personas están aún más incentivadas por el deseo de viajar, pero que viajar es cada vez más difícil, pues las administraciones públicas en todos los lugares colocan en práctica nuevas medidas y leyes para detener el flujo migratorio; conseguir una visa y cruzar una frontera se ha vuelto cada vez más difícil. Por ejemplo, el autor cita las nuevas medidas “biométricas” que están siendo desarrolladas, principalmente desde el 11/09, para identificar a las personas antes de que les sea permitida la entrada a un país, como impresiones digitales, fotografías del iris de los ojos, impresiones del formato del rostro, e incluso muestras de sangre. Países poderosos, dice, están desarrollando un nuevo tipo de pasaporte. En este proyecto, los estudiantes deben crear un recién imaginado tipo de pasaporte para ellos mismos. Si el pasaporte no incluyera solamente nuestra información básica como nuestro nombre, fecha de nacimiento y los lugares donde ya hemos estado, ¿qué más podría incluir? ¿Qué informaciones podrían tener que ser ofrecidas al cruzar una frontera? Estas informaciones pueden incluir medidas biométricas así como informaciones consideradas importantes por la policía o por fuerzas políticas. Muéstrense los pasaportes unos a otros. ¿Qué es lo que cada uno comunica sobre la visión de futuro de los estudiantes? 57 EDUCATION MATERIAL Geography Guide 59 Essays in Geopoetics José Roca, chief curator The 8th Mercosul Biennial is inspired by the tensions between local and transnational territories, between political constructs and geographical circumstances, and the routes of circulation and exchange of symbolic capital. The title refers to the various ways in which artists define territory, based on geographical, political and cultural perspectives. Biennials are primarily exhibition events that activate the art scene of a city for relatively short periods. However, as well as being recurrent, they are discontinuous – and that is their weak side: during the period between one biennial and another nothing usually happens, or very little, in terms of activation of the local art scene. The 8th Mercosul Biennial attempts to answer the following question: is it possible to organise a biennial whose emphasis is not exclusively an exhibition? Our proposal includes extending the action of the Biennial in space and in time, understanding the chosen theme not just as a conceptual marker for reading contemporary art production, but rather as a strategy of curatorial action, suggesting the Biennial as an instance of creation and consolidation of local infrastructure. The 8th Biennial places emphasis on the educational component – a key feature of the Mercosul Biennial in relation to other biennials – by involving the education curator in the actual conception of the curatorial project. It thus introduces components of the curatorship as opportunities for articulating the education programme and in this way transcending the conventional trio of interpretation-mediation-service, which characterises educational actions in biennials and museums. 60 The expanded field of education Pablo Helguera, education curator This collection of teachers’ guides to the 8th Mercosul Biennial aims to provide useful instruments for various subject areas in primary and secondary education. Study areas have been selected related to the interests and subject matter of several of the works by artists taking part in this biennial, together with the main themes covered by the curatorial project for this edition. This series of publications, created for various subject areas, seeks to fulfil those three objectives by: 1. Providing information about the artists, art concepts and historical context of the work, to enable greater appreciation; 2. Suggesting a series of activities that reproduce art processes but with educational objectives; 3. Using artworks as a starting point for discussion, reflection and learning within other fields of study, such as history, geography, languages and political sciences. We hope that this material helps in some way to facilitate the approach to a series of concepts in the classroom and also stimulates creativity, discussion and communication, not just in relation to contemporary art, but also to the full breadth of our contemporary reality. The curatorial idea behind the 8th Mercosul Biennial proposes a reflection on all the cultural, political and social mechanisms that contribute to constructing the ideals and values of a nation and meta-region. Starting from the term “Mercosul”, which defines an economic region and which the biennial has adopted for its name, the curators have posed the questions: how is a country built? How does the idea of nation contribute to determining how we perceive ourselves and our people in relation to others? What are the roles of art processes in constructing national imagery? Since the works and the curatorial reflection of this biennial are linked to the idea of rethinking the idea of territory, the education programme also follows a parallel path, proposing a revised view of the actual field of education in art. We therefore recognise that education in the visual arts – and particularly as it is applied in museums and biennials – is an action whose potential is traditionally limited, in terms both of content and practice. Content often involves teaching art to understand art and not to understand the world: practice concentrates on teaching as distribution of information and not as creation of critical awareness. Mindful of this, the educational component of this biennial seeks metaphorically to “re-territorialise” the field of education within the visual arts through three necessary of implementation: a. Pedagogy as vehicle for interpretation of art (art knowledge) b. Transpedagogy, or education-as-art (knowledge as art) c. Art as a pedagogical instrument to other disciplines (art as knowledge of the world) 61 Physic Geography Mayana Redin Campinas, Brazil, 1984. Lives in Rio de Janeiro and Porto Alegre, Brazil. Mayana Redin’s drawings construct dreamlike landscapes, fictional geographies and unexpected discoveries. Like metaphysical compositions, they seem to point towards another reality, beyond time and history. Seas, mountains, islands, black holes, valleys and cliffs are some of the elements in her works produced in Indian ink, graphite, watercolour, or also in video and installation. Imaginary topographies, such as the tunnel carved into the pages of a book or the mountain gradually covering the landscape, and imagined maps, like the one that turns the map of Portugal into islands or superimposes the Amazon River on the Sahara Desert, are some of the artist’s ways of giving form to the improbable. The origin of her works seems to be the question, “What if that were possible?”, such as the video installation Horizonte Alheio [Alien Horizon] (2009), bringing together the viewpoints of two people separated by an ocean, with one screen showing the horizon filmed from Miramar beach in Portugal towards Maria Farinha beach in Brazil, from where the same horizon is recorded and projected on the opposite screen. Questions: Invite your students to look at / analyze the Mariana Redin’s work Porto Alegre/RS encontra Porto Alegre/RN [Porto Alegre/RS met Portoalegre/RN], for a few minutes, but don’t show them the work’s factsheet. Ask them if the drawing alludes to any known shape. Which shape is that? A map? A place? If it could be a map, what would it represent? If it could be a place, what place would it be? Question them about the overlap of the lines (could this be the overlapping of places?) Ask them if it’s possible to perceive where a line (the lighter one) ends and where the other line (the darker one) begins. Help them and confuse them at the same time. This is important. Trust me. Mayana Redin is a young Brazilian artist who lives between two cities, Porto Alegre and Rio de Janeiro. Living between two or three places is very common in contemporary life. It’s part of our personal cartography. It’s similar to doing two or more things at the same time, such as eating and reading in a meeting, for instance. In her work, Redin creates dialogues between image, words and thought, leading to encounters that exist only in fiction. Porto Alegre/RS encontra Portalegre/RN from the series “Uma Geografia para encontros inapreensíveis” [A Geography for ungraspable meetings] is an example. The artist, based on unexpected juxtapositions, triggers a reflection on the meaning of these objects, ideas and places. What would actually happen if Porto Alegre/RS met Portalegre/RN? What if the Amazon River reached the Sahara Desert? And what would occur if the Mount Everest met the Dead Sea? What new cultures would arise? What languages would be possible? What sort of customs the inhabitants of this “junction” would show? Activities: Geo Fictional Encounters a. Before showing an atlas (proposition to be made below), ask your students if there are any other geofictional meetings they might propose. Work with their most immediate memory (a street, a neighborhood, a square). Ask them to represent this meeting through a short story or a drawing. Once the meetings are done, instruct them to present their creations to each other. b. Another possibility is the creation of a collective geofictional meeting. In the manner of a cordless phone, suggest that they organize themselves in a big circle and ask each person to think of a place. Leave a large map in the middle of the circle, in case someone wants to check any information. Give them some time to make their decisions. Then ask them to talk about their choices. Hopefully, there will be lots of laughing! After that, suggest that they visually build this great geographic meeting. Invent a country A third possibility: the individual experience. You should have large sheets of paper, soft pencils and an atlas, perhaps some regional maps as well. Ask students to choose two countries, cities, rivers, and copy them in the same sheet. Once this task is finished, propose to them the invention a country, city or area that includes aspects (cultural, climatical, historical) of both places. Sister Cities Finally, suggest to students to do a research on “City Sisters” in order to present it to colleagues. Together discuss these cities’ similarities and differences and what makes them sisters. *RS stands for Rio Grande do Sul, a state located in South Brazil. **RN stands for Rio Grande do Norte, a state located in North Brazil. 62 Physic Geography Leslie Shows Manteca, United States, 1977. Lives in São Francisco, United States. In geological terms, the Earth’s surface is just one of the many telluric layers extending beneath it, where the history of the planet lies. Breaking through the surface means travelling through time. Leslie Shows’s work is constructed around a constant play of scale – micro and macro – involving landscapes filled with fragments of images that seem to have emerged from geological views and rock forms with zones of colour and textures of paper. Rather than being a composition of elements from “two diverse worlds”, use of collage in her work is a mechanism for creating meticulous abstract landscapes that conjure up ideas about the fluidity of geographical boundaries and the way in which the matter of nature behaves. The absence of people or traces of animal life conveys a sensation of apocalypse, while also recalling the immensity of the landscape of the North American west. In recent years Shows has produced large-scale installations, entering into a deeper exploration of the idea of entropy, as a constant and gradual process of change – the tendency to disorder and chaos as a natural progression. Display of properties (2009-2011) is a site-specific installation based on images of every kind of flag, as the geographical and ideological marks of the history of civilisation. In a gigantic collage, the artist has sought to separate them from their meanings and zones of action, to raise questions about the cultural significance of emblems, colours and insignias. Questions: Ask students to look at Leslie Shows’s Two Ways to Organize for only ten seconds and then turn away. What were their initial impressions of the artwork? What did it remind them of? Now encourage students to look again. What more do they notice upon second glance? From afar or at first glance, Shows’s artwork can look like realistic paintings of geological formations, but upon closer inspection, they reveal a whole world of collaged materials and unusual artistic techniques. Ask students what materials they can identify within Shows’s artwork. Amongst ribbons of acrylic paint (peeled from plexiglass), rust (grown by Shows), and mud, they may see collaged images (of antlers, seashells, rock formations) and metal, engraved tags, or labels reading “history lessons, autumn, travels, cruisin’.” What do students think these materials have to do with each other, if anything? What kind of mood do they convey in the way Shows has composed them? According to a curator at SFMoMA this work, “suggests both the big bang paradigm of energy explosion – reaching as far back in time as one can imagine – and a look back at today from a distant future.”1 Ask students what they think about this statement. How can the painting suggest both the big bang and “today”? Shows titled the artwork Two Ways to Organize. How do students think this title applies to the artwork? Lower in composition, the artist says, is “matter having a flow to it – a transformative sense of stratification, layering, and deposits.” Ask students to look back at the artwork with this statement in mind. Activities: Make a collage Shows’s artwork is often titled with evocative or perplexing phrases, such as Two Ways to Organize or A Thousand Years of Nonlinear History. For this activity, students will make an artwork inspired by a phrase. First, challenge students to find an evocative phrase somewhere in a written text in the classroom – from a novel, a poem, a textbook. After they have chosen their phrases, ask them to write them on slips of paper and put them in a bag or hat for students to select one blindly. Ask students to look at their phrase and jot down all the associations that come to mind when they see it. Then ask students to make a collage that somehow reflects that phrase. Like Shows, they do not have to be literal in their interpretation. Their collages can be abstract and still capture the phrase. Finally, display the phrases and the collages separately in the classroom and ask students to try to guess which go with which. Are the matches clear? If not, how do the phrases match with their collages in more subtle or abstract ways? Opposing Ideas For this activity, encourage students to create an abstract artwork that contains opposing ideas within it. In Shows’s Two Ways to Organize, the curator saw both the big bang and today from the distant future. Another In http://www.sfmoma.org/artwork/125668 press.pdf http://leslieshows.com/leslie-shows- 63 Physic Geography critic has described her work as “somewhere between utopia and dystopia.”* Brainstorm opposing ideas as a class. These could include: full/empty, chaos/order, good/evil. Then, ask students to choose one of them and think about how line, shape, color, and material can be used in an abstract way to capture these opposing notions. How can just lines convey chaos and order, for instance? Finally, students should create abstract artworks that convey their opposing ideas. 64 Physic Geography Center for Land Use Interpretation Founded in Los Angeles, United States, in 1994, where it is based. The Center for Land Use Interpretation (CLUI) operates on the boundaries of a series of disciplines. Formed by a group of people moving between the study of geography, geopolitics, geology and art, CLUI has organised exhibitions, education programmes and publications since 1994, seeking to generate greater understanding about human interaction with the earth’s surface and the way in which it changes through our use. In its introduction, CLUI states, “We believe that the manmade landscape is a cultural inscription, that can be read to better understand who we are, and what we are doing”. Distancing itself from the conventional strategies of conservation or ecology groups, CLUI calls itself a research organisation that uses art to present the problems relating to contemporary landscape. Questions: The Center for Land Use Interpretation is an unusual type of artist collective. They call themselves a research and education organization and present exhibitions all over the world and on the internet in the form of information and photographs. As a class, consider what their title implies about their exhibitions’ topics. Ask students to think about the topic of Land Use. What and/or who determines how the land of a particular nation is used? Answers might include: politicians, corporations, individual property owners, historical precedent, the federal government, etc. Ask students if there is any land in their area – city, town, country – whose use they worry or wonder about. Now, ask students to look carefully at the photograph from CLUI’s exhibition, Ultima Thule. What do they notice about this landscape? What might it feel like to be there? Where would they go and what would they do? What is manmade and what is natural? What do they think the function of the manmade structure could be? This is a photograph of Thule, a town in Greenland that is the largest northernmost community in the world. Built in 1951 as a refueling station for American bombers, it is now an American military base that operates satellite control and radar stations. This photograph, for instance, pictures the Ballistic Missile Early Warning System that is able to spot missiles and aircraft as far away as Europe and Asia and to track minute space debris. What do students think CLUI finds interesting about this town and its structures? What questions do they have about the use of land in this town? What pictures would they like to see of the space? Sources: http://www.clui.org/lotl/v30/c.html http://www.clui.org/about/index.html Activities: Land Use Exhibits For this activity, students will create their own “land use exhibitions” by documenting a part of their neighborhood with photographs and adding captions or text. Before assigning this project, take a walk as a class around the neighborhood. Which areas of the neighborhood are underused? Overused? Misused? Abused? Well-used? Ask students to write up answers to these questions and then to select one area to document and research on their own. Their research can include interviews with residents about their perspectives on the use of the land or newspaper articles about the plans for or disputes over the land or even historical photographs of the land’s prior use or function. Ask students to present their exhibitions to the class. What ideas do students have for the future of these parcels of land in their neighborhood? What else could they be used for? How could that vision become a reality? Land Use Proposals As an extension to the above project, students will propose new uses for the land in their neighborhood. What areas of their neighborhood would benefit from change? What kind of transformation can they imagine of the space? What types of “land use” are necessary in the neighborhood and yet under-represented? For instance, is there a lack of park space? Is there a shortage of housing? Or does the space simply require beautification? Students should either use photographs of the land or their own renderings as the basis for their visual alterations. They can use collage materials or color markings to make their proposals visual. They should also include text describing their project and attempting to persuade readers to their side, as well as a “five year plan” for implementing the change. 65 Physic Geography María Teresa Ponce Quito, Ecuador, 1974. Lives in Quito. María Teresa Ponce’s work is influenced by documentary photography, with the medium’s characteristic spirit of recording places and situations. It therefore finds ways of intervening in the realities it has access to, with the aim of producing images that dialogue with various spheres of the contemporary world and with the history of representation. Mudanzas [Moves] (2002) documented video messages from people in Spain and the United States (the two main countries Ecuadorians emigrate to in pursuit of work) that the artist met in her daily life and who wanted to communicate with their relatives in Ecuador. These videos were projected onto a removal van in the city of Cuenca. Oleoducto [Pipeline] (2006-2011) is her ambitious current project of a series of large-format photographs documenting Andean regions traversed by oil pipelines. In Latin America, like other countries in the world, oil exploration goes hand in hand with failed dreams of progress and modernity. Ponce’s research centres on the one hand on the history of landscape painting in the region and, on the other, the current conditions of these places. Oleoducto (2011) is the continuation of the project in various regions of Brazil affected by oil pipelines, in a new version produced especially for the Mercosul Biennial. In June Ponce travelled to discover and photograph these new views, which combine issues related to land, political power, the environment and the economy. Questions: Show students several photographs from María Teresa Ponce’s series, Oleoducto. What elements do the photographs have in common? Make sure students pay attention to subject matter and to matters of photographic technique, such as cropping, lighting, focus. Do students think the artist is expressing an opinion or viewpoint through her photographs? If so, what and how? This on-going series of photographs documents the routes of various oil-pipelines in three South American countries: Argentina, Ecuador and Venezuela. What has Ponce chosen to capture along these routes? What has Ponce chosen to leave out? According to the artist: “In Latin America oil wealth has long generated dreams of prosperity. But decades after the oil industry began, political, economic, environmental and social instability has grown. The pipeline has therefore become a symbol of power for a selected group and one of broken promises for most of the population.” Do students think her photographs communicate this idea? Discuss how or how not. These photographs are composed of multiple shots that are put together digitally. What do students think about this process? Were they able to guess this from their first glances? The artist says about the combination: “Time is compressed; enabling subjects that were not there at the same time appear to be so. Space is also recreated by repositioning foreground elements and by joining shots that expand the image beyond the angle of human vision.” What are the advantages or disadvantages of altering and combining photographs digitally? The title of each photograph – titles such as, “km21” and “R1” – corresponds to the nomenclature used by oil companies in each area to identify the oil installation or specific point of a pipeline. Ask students to develop alternative names for the photographs. What do the new names emphasize? Sources: http://www.mariateresaponce.com/kimun.html http://www.mariateresaponce.com/pipeline-as.pdf Activities: Industrial Expansion Encourage students to think about the presence of industry in their neighborhoods, cities, or countries. Where do they see it on a daily basis? Have they learned about any recent examples of industrial expansion? Ask students to pinpoint an example of industry that they are interested in and then to research it through newspaper or magazine reports. Then ask them to develop their own opinions on the industry they are researching. What are its benefits for society? What are its drawbacks? Finally, ask students to document their industry through digital photography. They may not see the actual buildings or structures associated with the industry but 66 Physic Geography rather the effects of the industry. For instance, they might see oil pooling on the surface of a body of water, or someone going off to work in a factory. Make sure they express their point of view through their photographs with their cropping, lighting, focus, etc. If the equipment is available, help them to alter their digital photographs in Photoshop to make their viewpoints even more clear. Write a Letter In conjunction with the above project (or independently), ask students to write a letter expressing their viewpoints about the industry in their area. They can address this letter to the heads of the company, their political representatives, or to the editors of their local newspaper. Encourage them to include visual description of industry’s effects in their letter. 67 Political Geography Emmanuel Nassar Capanema, Brazil 1949. Lives in Belém and Santos, Brazil. One of Emmanuel Nassar’s most visible works is his Bandeiras [Flags] installation of 143 flags from towns in the Brazilian state of Pará, based on a local newspaper advertisement. The artist is interested in identifying national symbols and the hybridisation between the Portuguese tradition, Latin inscriptions and mediaeval icons alongside drawings of typical plants and animals from the region, such as rubber trees, mangoes, freshwater dolphin and fish species. His work is a kind of synthesis of the visual culture of the north of the country: the aesthetic of fairs and popular festivals together with the way fragile buildings become permanent. The idea of improvisation, of solving problems with whatever comes to hand, does not preclude a desire for organisation of chaos. His paintings feature his initials, “E” and “N”. These letters gradually become cardinal points, indicating directions, demarcating spaces and establishing a new relationship between latitude and longitude. Emmanuel Nassar has a special interest in national symbols and the way they are defined and constructed – the colours, shapes, images, representative elements of many different cultures that constitute Brazil. Another strong feature of his work is the use of improvised and untreated materials and the use of widespread methodologies in the production of his works. them about the central element in this work. Is it the technique? Is it the motivation? Is it the use of these materials? After that, bring up the matter of regional and national symbols. Suggest that they rethink the existing symbols and define new ones in their place. If they could define the symbols of the country and the ones of the state where they live, what would these symbols be? Source: http://nassar3m1arte.blogspot.com/ Activities: Creating a local iconography Talk with students about what determines a national symbol and what kinds of national symbols are found (national anthem, flag, seal, coat of arms). After the discussion, ask them to think about ways to represent an entity (it could be themselves, their house, street or community). What types of symbols such entity could have? Could it be a flag, its own currency or a hymn? Suggest that they build the symbols for their entity. Emblems Propose a survey/investigation to be done by the group on the history of emblems and nobility books (lineage books). Ask them to interpret their several components: symbols, colours and texts. The shields have numerous symbolisms alluding to places and features of lineage. Suggest that students draw shields for their families. According to José Roca, general curator of the 8th Mercosul Biennial, Bandeira consists of a Brazilian flag made of patches and reused sheets of metal. There is simultaneously the presence of a geometrical thinking and an irony in relation to a constructive utopia that conveyed Brazil as a developed, modern and civilized country. Questions: Present the work of Nassar to the class. Keep some distance, so they don’t immediately see the details. Ask them what they can identify. The answer is going to be obvious: the Brazilian flag. Then ask what elements lead them to identify this national symbol. Let them talk about the colours and shapes. Mention about the materials used in this work. What kind of materials they can identify? Is it a painting, a photograph, a collage? In this piece does the technique make any difference? Question 68 Political Geography Paola Parcerisa Asuncion, Paraguay, 1968. Lives in Santiago, Chile. Approaching the work of Paola Parcerisa, we can recognise certain recurrent gestures in her creative process. She often investigates questions such as identity, hybridisation and migrations; very likely due to her own experience of displacement, having been born in one country and living in another. Her artwork takes national and Latin American references as starting points for developing interventions in which the artist seeks to demonstrate the bureaucratic failures and neglect experienced by citizens less favoured by current government policies, sometimes reflecting ironically on discourses that have been silenced by ineffective actions. Her interventions seek to address this more deeply based on everyday experience as a way of engaging in the social spaces of each individual. One way of deepening these reflections has been to use patriotic emblems, such as the national flag, in which Parcerisa has raised her concerns about the current operation of these symbols, which flaunt a common identity now erased by nostalgia and the failure of connection with each of our countries. Bandera vacía [Empty flag] (2006) is a work in which the flag, as a symbol of national identity and representative emblem of a shared ideology has been changed by removing the coloured inner fabric and retaining just the stitching and central emblem. This operation of erasure reveals the absence or crisis of ideologies and the feeling of rootlessness due to lack of identity and commitment. Questions: Before looking at the artwork, ask students to think about flags and how they are used in our society. What do they represent to the world and to students individually? Ask students to think specifically about their own country’s flag. What associations do they have with it? What meaning do they attach to it? Now, show students Bandera vacía by Paola Parcerisa and ask them to describe it. How is this flag different from a normal flag? Show students an image of the Paraguayan flag and ask them to compare it to the artwork. How do students think Parcerisa created and installed this artwork? (Note that she mounted it to leave space between the material and the wall, producing shadows.) About her choice of process, Parcerisa has said that “the act of cutting empties the object, leaving it uninhabited… making what is lacking visible.” What does this quote mean to students? What symbolism do students attach to her decision to cut everything but the borders and insignia from the flag? Not only are flags expressions of national identity, legally, says Parcerisa, but they also have emotional meaning. They represent “belonging to a national community.” She goes on: “The use of the national symbol in my work arises from my own personal experience as an immigrant, covering issues such as identity, hybridization, loss of territory, globalization, racial mixture.” Ask students to revisit the ideas they explored about flags before looking at the images. Do they connect to Parcerisa’s ideas? Has her flag brought up other thoughts about the meaning and/or use of flags? How else could an artist alter a flag and how would the meaning change with a different process? Source: http://www.paolaparcerisa.cl/pdf/paola_parcerisa_textos_de_obra.pdf Activities: Alter a National Symbol For this activity, students with explore national symbols and then incorporate one or more into an artwork. First, ask students to brainstorm national symbols. You may discuss flags, passports, buildings, monuments, sports teams, colors, animals, or any number of other symbols. Next, ask students to make an artwork in which a national symbol of their country is somehow incorporated. They may print an image of the symbol from the internet to use it or they may reproduce it on their own – in 2D or even 3D form. They should alter or expand upon this national symbol until its new appearance communicates a new meaning to the viewer. Flag Art Labels There is a long history of artists using flags in their artwork. Ask students to research the many ways in which modern and contemporary artists have incorporated flags into their artworks – from Jasper Johns to Emmanuel Nassar. http://www.moma.org/collection/ browse_results.php?criteria=O%3AAD%3AE%3A2486& page_number=6&template_id=1&sort_order=1). They should then select one artwork that incorporates a flag in its imagery and write a label for it in which they describe the work, how it was made, and their interpretation of its meaning. 69 Political Geography Yanagi Yukinori Fukuoka, Japan, 1959. Lives in Tokyo, Japan, and New York, United States. The issue of immigration generates contrasting positions: some say that immigrants erode and contaminate the culture of the host country; others believe that immigration is a necessary contribution to a diverse society. In a time of globalisation and unresolved regional conflicts, forced or voluntary migration continues to be a central phenomenon in addressing traditional definitions of nation, frontier and identity. Yanagi Yukinori considers that boundaries are increasingly becoming a fiction – like flags – due to constant transnational movements. His best-known works consist of making national flags with coloured sand in acrylic boxes arranged according to geopolitical relationships (former colonies with the colonising country, the countries of the Americas, the Pacific rim, etc.). The adjacent flags are connected by small plastic tubes. Yanagi releases colonies of ants that move across the flags and their tunnels in an endless coming and going which mixes the coloured grains of sand, until hypothetically “producing one big universal flag”. Yanagi’s ant farms are allegories of migratory movement between countries, using the work of ants to erode the supposed cultural integrity of nation states, expressed in one of their most recurrent symbols. Questions: Show students images of Yukinori Yanagi’s America. What do they notice? Ask them to try to identify the materials. Yanagi has created a series of interconnecting boxes each filled with colored sand in the pattern of a national flag and linked by plastic tubes. He then released thousands of ants into the system. What do students expect would happen upon the release of these ants? The artist is operating on a symbolic level in many ways. Ask students to think about what the symbolism could be behind the way the ants alter the flags. Curators at the Tate in London write: “suggestive of patterns of global migration, the ants gradually eroded the borders between different nations.” (http://www.tate. org.uk/servlet/ViewWork?cgroupid=999999961&worki d=26429&searchid=10365) What do students think about this idea? How do borders erode in real life? How else could an artist symbolize this idea with materials? Also ask students to think about ants and what they themselves can symbolize. The artist grew up in rural Japan where he often played with ants or insects and says he uses them in his art as a symbol of work, order, and collective identity. ‘I question the concept of a nation’, Yanagi has said. ‘A nation, its border and national flag, has become an imaginary fiction.’ What could he mean by this statement? Do you agree or disagree? Activities: Debating the Concept of Nation For this activity, students will explore Yanagi’s above quote about an “imaginary fiction” in the form of a classroom debate. First, discuss the quote further as a group. What is the “concept of a nation”? How has it changed over time? Challenge students to provide examples from the past and present. What historical events and/ or changes in mindset do they think have led Yanagi to see the nation, the border, and the national flag as an imaginary fiction? Next, divide the class into four groups. Two of the groups will argue in favor of Yanagi’s quote. Two of the groups will argue against it. Each group must provide concrete examples to back up their arguments and must fully flesh out their ideas. Each group should assign two or three speakers. For the debate, pair each con group up with each pro group. Each group will have a minute to make their opening argument. Then, each group will have a minute for a rebuttal. Then, there will be questions. In the end, the whole class should vote on which group won the debate and explain why. Symbolic Landscapes Yanagi created a symbolic landscape in which borders were crossed, cultures were permeable, and a multinational network was formed. For this activity, challenge students to create a symbolic landscape in which some aspect of our new globalized world is represented. They can simply sketch their ideas with pencil and note the materials they would like to use to construct the piece, or they can actually make the piece from the materials they imagine if the time and space and materials are available. 70 Political Geography Mark Lombardi Manlius, United States, 1951 – New York, United States, 2000. Having worked as a researcher for exhibitions and publications and as a reference librarian, Mark Lombardi had accumulated an enormous archive about financial scandals and their political implications, and decided to organise his notes with the help of diagrams, which in 1993 were converted into the main object of his work: intricate charts revealing the web of relationships between political and economic power on a transnational scale. Lombardi called these huge pencil drawings on paper narrative structures and worked on them until his tragic death in 2000. The drawings provide a visual structure to a set of apparently disconnected data and relationships which would otherwise be impossible to understand as a system. Based entirely on publicly accessible archives, such as the press, books and the Internet, Lombardi’s drawings present demonstrable relationships without necessarily establishing the scale of causality between the facts. But the documentary value is undeniable, as was proven by the fact that one of his drawings, BCCI-ICIC & FAB, 1972-91, was analysed in detail by the CIA because of the September 11 attacks on New York in 2001. Questions: Look carefully at World Finance Corporation and Associates, c. 1970-84 Miami, Ajman, and Bogota-Caracas, 7th version (1999). What do students notice – about the lines, the words connecting the lines, the colors, the materials, the general shape of the drawing? If students cannot make out the words, read some of them aloud. Ask students to discuss how this image may be different than what they expect from an artwork. Ask students if they have ever seen an image that looks like this one before. Mark Lombardi, the artist, began his art career by making abstract paintings but ended it with these drawings, inspired by hours of research he did about important political and economic figures and how they were linked to each other. These diagrams show visually the connections between powerful people. Look back at the drawing. What more about the relationships between these people would you be able to guess just from looking at the diagram? Students may be able to guess, for instance, which people are the most connected or at the center of group of figures. This diagram by Lombardi, in particular, deals with the events surrounding the World Finance Corporation and Associates (WFC), a corporation headquartered in Coral Gables, Florida, USA, and headed by Guillermo Hernandez-Cartaya, Cuban banker who worked for the CIA, probably for the mafia, for several Colombian drug lords, and also for Fidel Castro. In 1977 it was revealed that the WFC had lost $50 million, as well as taken part in numerous money laundering operations. By expanding the investigation of the case of corruption of the bank, it was also revealed that Hernandez-Cartaya had links with the CIA, (it is believed that he helped the CIA clandestinely facilitate and support drug trafficking in Colombia) and many American politicians. In his book, Lombardi reveals the personal connections between the corrupt corporation and a large number of individuals and entities associated with them supposedly to conduct secret, clandestine and / or illegal transactions. Talk to students about the meaning of the word diagram – or, a symbolic representation of information. Ask them what kinds of diagrams they have encountered in their lives – from a tree diagram as seen in a family tree to a flow chart used to outline a day’s schedule to a Venn diagram used to make comparisons. What makes diagrams useful or important? Government officials have found Lombardi’s diagrams so informative and so potentially revelatory for their own criminal investigations that the FBI studied Lombardi’s artwork at the Whitney Museum and Homeland Security officers asked to see it at the Drawing Center in New York. What do you think they found helpful about these diagrams? (source: http://www.npr.org/templates/story /story.php?storyId=1487185) Some people have said that these drawings shouldn’t be considered art, that they are more like research. What do students think? Activities: Diagram It For this assignment, students will make a tree diagram to represent the connections between people in another political moment or event. They can base this diagram 1 Mark Lombardi: Global Networks. Mark Lombardi, Robert Carleton Hobbs, Judith Richards; Independent Curators, 2003 (published for the travelling exhibition of his work, "Mark Lombardi Global Networks"). 71 Political Geography on an event they have already learned about in class or they can be assigned to research one of their own. For instance, they might be assigned to research the founding of Brazil and answer the following questions: Who were the main players in Brazil’s founding? How are they connected to each other? Lombardi recorded the people he was tracking on individual index cards. When he died, 12,000 index cards were discovered amongst his belongings. Encourage students to record their names on index cards so they can experiment with the diagram’s arrangement. He often tracked down connections by browsing the indexes of books. Encourage students to use this method as well. While Lombardi illustrated connections in his tree diagram with a simple line, encourage students to vary the lines and colors for their diagrams. For instance, a double line could mean positive relationships while a single line could mean negative relationships. The introduction of more varied colors could also help convey information. Class leader In this simple exercise, ask students to write in a piece of paper who amongst their classmates in their room they would vote for to be the class president. The only rule is that one cannot vote for oneself. When all the names are gathered, the instructor will elaborate a diagram where each student will be identified with their name inside a circle (like the Lombardi drawing) and with an arrow pointing to the person that he/she voted for. The diagram will display a very accurate picture of the relationships amongst the classmates, and will also reveal the person who those with most votes voted for. Newspaper Research Lombardi subscribed to four to five newspapers a day in order to conduct his research for his diagrams. Ask students why he would have had to use so many newspapers. Why would one newspaper not suffice? For this activity, students will compare four or five newspapers from a single day and report on the differences they notice between them. Which subjects are featured on the front page? Which figures are mentioned more frequently in one newspaper than another. Finally, students should cut out newspaper articles and create a front page based on that day’s news that they think would be the best example of reporting. Ask students to explain how they made their decisions. Sources: http://www.washingtonpost.com/wp-srv/politics/special/campfin/stories/cf052797.htm http://www.lacan.com/lombardi.htm wnyc.org interview with Robert Hobbs 72 Political Geography Coco Fusco tells? Encourage them to look at the actions, clothing, and facial expressions of the actors. New York, United States, 1960. Lives in Nova York. Ask students to imagine that they saw this performance in real life. What would they think about it? Coco Fusco is a North American artist of Cuban and Italian parents whose work ranges from text and essay to video and performance. She began working in 1988, making works that directly engaged with the debate on identity issues inspired by feminism, political art and institutional criticism. Since then, Fusco has used fiction as a strategy for inviting the spectator to reflect on themes of gender and race, together with ideas about domination between individuals and nations. In her film Operación Atropos [Atropos Operation] (2006), the artist investigates the psychology of interrogating military prisoners and involves several women volunteers in the process. Fusco has maintained an interest in interactive technology throughout her career, using it in several online projects. Her influence as an artist has been complemented by her active role as a teacher and academic in the field of multimedia and performance art. Fusco’s Els segadors [The reapers] reflects on demographic changes in the city of Barcelona, Spain, and questions the idea of local identity. In 2001 considerable local tension about immigration began to develop in the city, which is the provincial capital of Catalonia, where the main language is Catalan. The Spanish press at the time debated whether the Catalan anthem, “Els segadors”, should be taught in public-run schools. During the debate, the wife of the then governor of Catalonia, Jordi Pujol, expressed xenophobic opinions in relation to the children of immigrants and how they were threatening local culture by not speaking Catalan. In the spring of that year, Fusco advertised in the Barcelona press for actors and actresses who could sing traditional Catalan songs and take part in a North American film showing their cultural identity. More than seventy people replied to the advertisements, from whom Fusco chose twenty-five. During the debate a Cuban immigrant plays the part of a diction director, a common role in Catalan theatre, to maintain the “purity” of the language on stage. Fusco told the participants that if they needed help with the Catalan accent they would be taught the “Els Segadors” anthem. Questions: Look together at the photographs documenting the performance, Bare Life Study #1, by Coco Fusco. What can students guess about the story the performance This group performance was the first of Fusco’s works exploring contemporary military scenarios. In response to reports that American soldiers force prisoners to clean their cells with toothbrushes for hours at a time, Fusco staged this performance in front of the US consulate in Sao Paolo, Brazil. Fusco plays the role of the military officer with the bullhorn. Why do students think she chose the location for her performance? What do you think she is trying to communicate about what she has read in the reports about the American military? Now look together at a still from A Room of One’s Own: Women and Power in the New America. Ask students to respond to the image. Compare this image to the ones above. Fusco’s persona in this performance gives a lecture encouraging women to go into the military because it is an opportunity to prove they are powerful forces in the struggle for democracy. What do students think about this idea? Do they think this a good tactic for women’s rights? Fusco took the title of this performance from Virginia Woolf’s A Room of One’s Own, an extended essay based on a series of lectures that Woolf gave at women’s colleges about the need for women to have financial freedom – “money and a room of her own” – in order to write. Ask students to respond to this message. How important is financial freedom for women and their accomplishments? Activities: Give Your Own Lecture When Virginia Woolf gave her lectures – the lectures referred to by Coco Fusco’s – she invented a fictional character “Judith,” who she called “Shakespeare’s sister” – a woman with Shakespeare’s gifts but without the opportunities. Judith is not allowed to go to school like her brothers, she is forced into household chores and denied the chance to read and write, and finally forced to marry against her will. For this activity, students should devise and give lectures about the rights of a group they feel is denied rights and equal opportunities. Within their lecture, they should emulate Virginia Woolf by creating a fictional character as an example of the unequal opportunities and use this character to make their argument. 73 Political Geography After students have delivered their lectures to the class, ask them to discuss them. What effect did the fictional characters have on the power of the lectures? Were they persuaded of the arguments? Performing the News Fusco based her Bare Life Study #1 on reports about the current events. For this activity, students will break up into groups of three to five students. They will comb the newspaper for news items that they are particularly interested in. Together as a group, they will select one news item and do further research on it. Then, they will stage a performance for the class related to this news item. Ask the class to discuss each performance when it is over. How did the performances relate to the news items? Did they communicate students’ opinions about the news items or did they seem neutral or confusing? Where could students perform these pieces that might add another layer of meaning or actually have an effect on the problem? 74 Political Geography Irwin / NSK Ljubljana, Slovenia, formed in 1983. The Slovenian group Irwin (currently consisting of the artists Miran Mohar, Andrej Savski and Borut Vogelnik), was originally created in Ljubljana in 1983, when it was still part of Yugoslavia. The members had originally trained as painters and soon began to organise experimental actions incorporating conceptualism and performance. Irwin was incorporated into a broader group of artists known as Neue Slovenische Kunst [New Slovenian Art]. The choice of a German name aimed to highlight the complex relationship between Yugoslavia and Germany, due to German occupation during World War II. Irwin define their work based on three fundamental principles: constructing an artistic position based on the specific circumstances of each; collaboration and collectiveness, aimed at diluting the personal cult of the artist; and perhaps the most ambiguous, “retrovanguarda”, through which the group highlights the uniqueness of the past and the future and the need to establish a practice that looks forwards and backwards at the same time. This has been expressed by the artists through the phrase, “The future is the seed of the past”. The idea of the “retrovanguarda” has led Irwin to use symbols of the past to illustrate how power is expressed and established in governments and nations. In 1991, Irwin and others from NSK, produced a project called NSK State, which involved setting up a kind of micro-nation with similar political and bureaucratic functions as any other nation, yet called “a State in time”. The project has been shown at biennials through a space that operates as an embassy, issuing passports on request. Although the NSK passports are a conceptual project and have no legal validity, they have been used in several countries as identification documents, particularly in Nigeria, where thousands of people carry them. In this project Irwin questions the processes of building a nation and the way in which the symbols generated around an idea of nationality are converted into symbols of power. Questions: Ask students to discuss the question: What defines a nation? Ask students if geography must define a nation or if they think a nation could be independent of a specific space. Show students the above photographic documentation from the State in Time project by the artist collective, NSK, of which the collective, Irwin, is a part. Ask them what they notice about this particular collection of objects. Tell students that these objects were used in the 1993 project State in Time when several artist collectives formed a new “state” that transcended a physical geographical location or a prescribed ethnic, cultural or religious affinity. They called it a “state without territory” (MoMA audio1). These passports were issued to new citizens of this new state. During the siege of Sarajevo, hundreds of people fled across the border using NSK passports, according to Larry Reid2, a curator of an exhibit on Irwin at the Center on Contemporary Art in Seattle, Washington. Ask students what they think about the idea of a group of artists forming a new nation. Do they think this should be allowed? What do they think the challenges and/or benefits of forming a nation without territory would be? Activities: Form Your Own Nation Ask students to discuss the idea of forming a new nation. If they could create a new nation, what would they want it to be like? How would they want it to be different from their own nation? What logistical and philosophical questions would they have to consider to form one? Divide the class into small groups of three to five students and ask them to plan for the creation of a new nation. Make sure they address the questions the students brainstormed above, such as: Who can be a citizen and how can they become one? How does the nation make its decisions – by democratic vote, with representatives, as a dictatorship? What are the basic ideas and philosophies underpinning the new nation? Does the nation have a constitution? Students should draw up these ideas in the form of a national declaration and then they should consider the visual components of their new nation. Does their nation have a flag? A passport? A military uniform? Advertisements for people to visit or join? In other words, students should brand their nation. Discuss the groups’ proposals. Which nations seem the most appealing to students? Why? 1 MoMA áudio – http://www.moma.org/collection/ browse_results.php?criteria=O%3 AAD%3AE%3A29979&page_number=1&template_id=1&sort_order=1 2 In http://www.seattlepi.com/visualart/200214_visual19.html 75 Political Geography Barthélémy Toguo Mbalmayo, Cameroon, 1967. Lives in Paris, France, and Bandjoun, Cameroon. Barthélémy Toguo works with a range of media including drawing, printmaking, sculpture, installation, performance and social activism. His work address issues such as migration and cultural friction, products of geopolitics and multiple and fragmented identities. The striking political element of his work is mediated through a delightful poetic sensibility expressed in delicate watercolours, sensual and dreamlike images of freely combined fragments of bodies, plants and animals. His installations incorporate a large number of objects, drawings and videos with no logical order, stimulating spectators to engage in free association and visual and sensory pleasure. Manual work can clearly be seen in his drawings, watercolours and woodcarvings, which retain their materiality within more conceptual aspects, as if wishing to express the tension between a more object-based training in Africa and a conceptual development arising out of his stays in Europe and North America. Questions: Look together at pictures of the installation, The New World Climax (2000), by artist, Barthelemy Toguo. What do students notice about this installation? How are the elements of the installation connected to each other? What are students’ associations with the shapes and/or forms? The sculptures in this installation are oversized stamps based on passport stamps. The woodcut prints on the wall were made with these stamps and the words they print are based on passport stamp language, such as: “Roissy-CDG” and “Confederation Suisse”. Have students ever had the experience of crossing a border and having their passport stamped? What is the significance of the passport stamp for people around the world? In 2001, he included a performance in the presentation of the artwork. He wore worker’s clothing (like the clothing of the immigrant worker) and lifted the heavy stamps with great difficulty until he was able to stamp them on paper. On his back, he carried a boombox that played Lambarena: Bach to Africa – music in which African musicians respond to Bach compositions. What do students think this performance adds to the meaning of the piece? Share the title of the piece with students and ask them to make connections between it and the artwork. Sources: http://philagrafika.blogspot.com/2009/08/int erview-barthelemy-toguo.html Activities: Create a New Type of Passport Toguo says that nowadays people are even more “driven by the urge to travel” but that “travel is increasingly difficult as administrations everywhere put in place new measures and laws to halt migratory flux; getting a visa and going through a border have gotten increasingly difficult.” For example, he cites new “biometric” measures being developed, especially since 9/11, to identify people before they are allowed to cross the border, such as fingerprints, photographs of the iris of the eyes, imprints of the shape of the face, even blood samples. Powerful countries, he says, are “putting together a new type of passport.” For this project, students will create a newly imagined type of passport for themselves. If the passport no longer includes just our basic information – such as our names, birthdates, and where we have been – what else might it include? What information might we be asked to provide upon crossing a border? This might include biometric measures as well as information considered important by police or political forces. Share the passports with each other. What does each communicate about students’ visions of the future? Toguo, a Cameroonian artist, who has lived in Europe for extended periods says that he made this artwork after realizing that his passport was covered in multiple stamps that illustrated the difficulties of crossing borders as a foreigner and immigrant. He says he created this piece “in order to illustrate the difficulties” he experienced crossing borders or obtaining visas. How do students think the piece illustrates the difficulties? 76 Political Geography 77 FUNDAÇÃO BIENAL DO MERCOSUL Conselho de Administração Jorge Gerdau Johannpeter – Presidente Justo Werlang – Vice-Presidente Adelino Raymundo Colombo Elvaristo Teixeira do Amaral Eva Sopher Evelyn Berg Ioschpe Francisco de Assis Chaves Bastos George Torquato Firmeza Hélio da Conceição Fernandes Costa Hildo Francisco Henz Horst Ernst Volk Ivo Abrahão Nesralla Jayme Sirotsky Jorge Polydoro Julio Ricardo Andrighetto Mottin Liliana Magalhães Luiz Antonio de Assis Brasil Luiz Carlos Mandelli Luiz Fernando Cirne Lima Mauro Knijnik Paulo César Brasil do Amaral Péricles de Freitas Druck Raul Anselmo Randon Renato Malcon Ricardo Vontobel Sérgio Silveira Saraiva Sergius Gonzaga William Ling Conselho Fiscal Jairo Coelho da Silva José Benedicto Ledur Ricardo Russowsky Mário Fernando Fettermann Espíndola Rudi Araújo Kother Wilson Ling 8ª BIENAL DO MERCOSUL Diretoria Executiva Luiz Carlos Mandelli – Presidente Beatriz Bier Johannpeter – Vice-Presidente André Jobim de Azevedo – Diretor Jurídico Ana Luiza Mariano da Rocha Mottin – Diretora de Publicações Anete Maria Abarno Peres – Diretora Municipal Antônio Augusto Pinent Tigre – Diretor de Marketing Claudio Teitelbaum – Diretor de Qualidade Gaudêncio Fidelis – Diretor Estadual Heron Charneski – Diretor do Núcleo de Documentação e Pesquisa José Paulo Soares Martins – Diretor de Captação Justo Werlang – Diretor Conselheiro Léo Iolovitch – Diretor Institucional Mathias Kisslinger Rodrigues – Diretor Administrativo / Financeiro Patrícia Fossati Druck – Diretora Adjunta Renato Nunes Vieira Rizzo – Diretor de Espaços Físicos Roberto Schmitt-Prym – Diretor Estadual Telmo Netto Costa Júnior – Diretor de Redes Sociais Equipe Curatorial José Roca – Curador Geral Alexia Tala – Curadora Adjunta Cauê Alves – Curador Adjunto Paola Santoscoy – Curadora Adjunta Pablo Helguera – Curador Pedagógico Aracy Amaral – Curadora Convidada Fernanda Albuquerque – Curadora Assistente Projeto Pedagógico Mônica Hoff – Coordenadora Geral Gabriela Silva – Coordenadora Operacional Carina Levitan e Liane Strapazzon – Produtoras Ana Paula Monjeló e Júlia Coelho – Assistentes Ethiene Nachtigall – Coordenadora de Produção /Curso de Mediadores Karina Finger e Juliana Costa – Assistentes / Curso de Mediadores Cursos para Professores André da Rocha, Estêvão Haeser, Diana Kolker e Jorge Bucksdricker – Educadores Material Pedagógico Pablo Helguera – Concepção Mônica Hoff – Organização Jackie Delamatre, Mônica Hoff e Pablo Helguera – Textos Clara Meirelles, Clodinei Silva, Gabriela Petit, Martin Heuser e Nick Rands – Tradução Design e Diagramação Marília Ryff-Moreira Vianna e Rosana de Castilhos Peixoto