PEQUENAS EMPRESAS...
GRANDES NEGÓCIOS???
Caso para Ensino nº01:
Sr. João, há 35 anos, decidiu ser dono do próprio
negócio. Deixou um emprego estável numa renomada
companhia onde atuava na área de engenharia havia 15 anos
e encarou o desafio de construir o seu sonho. Iniciou sua
atividade com um pequeno comércio de ferramentas
fabricadas no Brasil e no exterior. Anos depois foi a São Paulo
em busca de fornecedores de qualidade e conseguiu
representar exclusivamente para Minas Gerais duas das
maiores fabricantes de ferramentas do Brasil. Foram anos de
trabalho duro, concorrência ingrata, mas a sua loja, localizada
na periferia de Belo Horizonte, deu resultado e ele conseguiu
dar um padrão de vida bem razoável aos seus filhos. Dois
deles formaram-se em administração e foram trabalhar com
ele há 14 anos. Sempre manteve o seu estilo de gerência centralizador - onde todas as decisões deveriam ter o seu
aval.
Tudo ía muito bem, até os “meninos” perceberem que a
lojinha iria ser “engolida” pela concorrência, caso não
expandissem o negócio. Os filhos, André e Pedro, que fizeram
especialização em finanças e marketing respectivamente,
eram da opinião que era necessário abrir uma filial da
empresa numa outra cidade, próximo a BH, onde existia um
Pólo industrial e onde estávam localizados dois dos seus
principais clientes (responsáveis por 65% de seu faturamento).
Além disso, acabara de chegar à cidade uma gigante
do setor que começava a dominar o mercado. O Sr. João
deveria seguir a sua intuição? Deveria continuar mantendo
uma única loja, pois os clientes já estávam habituados, já que
dessa forma criara seus filhos? Podia não ser um grande
faturamento, mas “dáva para o gasto”..... Ou deveria seguir a
orientação técnica de seus filhos e ampliar a atuação no
mercado?
Empresas familiares....
GRANDES NEGÓCIOS???
• Quem é o dono? Quem realmente manda?
• Profissionalizar o negócio ou mantê-lo nas mãos de “pessoas
de confiança”?
• Casas Bahia, Pão de Açucar, Odebrecht...
Caso para Ensino nº02:
Sr. Marques era um engenheiro muito bem preparado e
de muito valor. Sempre gostou de estar atualizado na sua
profissão: onde havia palestras, Feiras, Congressos e cursos,
lá estáva ele. Em 1984 foi convidado a assumir um cargo de
diretoria numa grande empresa do ramo de alumínio no Rio de
Janeiro. Era uma empresa familiar. O sócio fundador, Sr.
Hamilton, era empreendedor, determinado e, apesar das
limitações físicas e técnicas, procurava se cercar de
profissionais experientes que o ajudavam a tocar uma
empresa de renome nacional. Seu filho, apesar de pouco
experiente na área técnica, sabia vender. Costumavam dizer,
amigos e inimigos, que “o João era capaz de vender geladeira
a esquimó”. Sr. Marques, apoiado pelo Sr. Hamilton, fez o
faturamento da empresa quadruplicar. Expandiu os negócios
para São Paulo, Sul, Norte e Nordeste do país. Durante 05
anos colheram os louros dos investimentos realizados.
João, com a orientação do Sr. Marques, vendia mais e
melhor. Para João, ser um “self made man”, um vendedor
nato, o marketing vivo da empresa era o melhor trabalho do
mundo. Eis que, inesperadamente numa quarta-feira, o Sr.
Hamilton, já com a saúde bastante debilitada, tem um infarto
fulminante. João assume então a presidência da empresa.
João estáva habituado a participar de todos os grandes
eventos: Feiras, Congressos, Festas, viagens..... Ele sempre
tivera o que desejava. Seu pai, o falecido Sr. Hamilton, fazia
com que ele não “metesse o nariz onde não era chamado”, ele
só tinha uma obrigação: VENDER. Não havia se casado, mas
tinha um único filho que morava desde a mais tenra idade com
a mãe, em Minas Gerais, e de quem tinha uma enorme mágoa
por não conviver. Mauro tinha 18 anos quando o pai resolveu
chamá-lo para morar com ele no Rio de Janeiro. João queria
continuar a vender, mas agora tinha que assumir outras
responsabilidades. Afinal, “quem melhor para confiar do que o
seu próprio filho?”.
Mauro ficou deslumbrado com o mundo que o pai tinha
a lhe oferecer. Resolveu aceitar o convite do pai e foi trabalhar
na empresa da família, apesar da pouca experiência e
ausência de estudos na área. O Sr. Marques cada vez tinha
menos poder na empresa. Atitudes banais que estáva
habituado (rotineiramente) a tomar tinham que ser levadas ao
conhecimento de João e tb passar pelo crivo de Mauro. Mauro
tomava atitudes equivocadas dia após dia e João não
enxergava isso. Todos na empresa estávam insatisfeitos com a
“nova forma de conduzir as coisas”. A produtividade começou a
cair e a carteira de contratos foi reduzida drasticamente. Dada
a sua insatisfação, o Sr. Marques procurou João para
conversar, afinal eles tinham um laço de amizade há muito
conquistado. João pedia-lhe, inclusive, conselhos na sua vida
pessoal. Já eram amigos há 10 anos. O que João deveria
fazer? Aceitar os conselhos de um profissional capaz que o
seu pai havia colocado na diretoria? Preparar o seu filho para
gerir o seu negócio? Ajudar Mauro a liderar a empresa?
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pequenas empresas... grandes negócios??? - introducao-adm-2009-1