ISBN 978-85-8015-053-7 Cadernos PDE VOLUME I I Versão Online 2009 O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE Produção Didático-Pedagógica A Utilização do LEM (Laboratório de Ensino de Matemática) no Ensino de Funções Ivanilde Rinaldi Maringá - PR 2010 1 SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE A Utilização do LEM (Laboratório de Ensino de Matemática) no Ensino de Funções Material didático (caderno pedagógico) para intervenção pedagógica na escola, apresentado por Ivanilde Rinaldi à Secretaria Estadual de Educação do Estado do Paraná, como requisito parcial à obtenção do título de Professor PDE, sob a responsabilidade da Universidade Estadual de Maringá – UEM. Orientador: Prof. Dr. João Roberto Gerônimo. Maringá 2010 2 Sumário 1. 2. 3. 4. 5. Apresentação ....................................................................................................... 4 Introdução ............................................................................................................ 5 O Conceito de Função ......................................................................................... 5 Função Injetiva, Sobrejetiva e Bijetiva ................................................................. 7 Função Afim ......................................................................................................... 8 Gráfico da Função Afim ..................................................................................................... 9 Função Identidade ........................................................................................................... 12 Função Linear .................................................................................................................. 12 Função Constante............................................................................................................ 13 Problemas........................................................................................................................ 13 6. Função Quadrática ............................................................................................. 18 Gráfico de uma Função Quadrática ................................................................................. 18 Zeros (ou Raízes) de uma Função Quadrática ................................................................ 24 Sinal da Função quadrática ............................................................................................. 27 7. Máximos e mínimos com funções quadráticas ................................................... 29 8. Propriedade/Aplicação da Parábola ................................................................... 30 9. Considerações Finais ......................................................................................... 33 10. Referências Bibliográficas ............................................................................... 34 11. Apêndice A: Relação de Atividades ................................................................. 36 Atividade 1: Olhando através de tubo .............................................................................. 39 Atividade 2: Qual a “função” da mola?................................................................................493 Atividade 3: Os retângulos ............................................................................................... 49 Atividade 4: Enigma de funções ....................................................................................... 52 Atividade 5: Trabalhando com retângulos. ....................................................................... 64 Atividade 6: Família de função ......................................................................................... 67 Atividade 7: Uso do software Geogebra na construção de parábolas. ............................. 73 Atividade 8: Resolvendo equações através do cálculo mental ......................................... 79 Atividade 9: Descobrindo raízes de equações quadráticas completas ............................. 83 12. Apêndice B: Linha do Tempo do Conceito de Função .................................... 89 3 1. Apresentação O presente material é resultado do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, enquanto política de formação continuada e de valorização dos professores da Rede Pública Estadual de Ensino do Estado do Paraná, em parceria com o Ensino Superior. O material didático aqui apresentado, organizado sob a forma de Caderno Pedagógico, foi elaborado em consonância com o objeto de estudo sobre o tema “Funções”, na área de Matemática, no período referente ao segundo semestre do ano de 2010. As atividades do Programa foram realizadas na Universidade Estadual de Maringá – UEM, sob a orientação do Professor Dr. João Roberto Gerônimo. Esta produção permitirá a reflexão teórica sobre a prática, promovendo uma discussão sobre a utilização de Laboratório de Ensino de Matemática - LEM como de sala de aula. A implementação deste trabalho será realizado no segundo semestre do ano de 2010, no Colégio Estadual Adaile Maria Leite – Ensino Fundamental e Médio, em Maringá, Núcleo Regional da Educação de Maringá, envolvendo estudantes da primeira série do ensino médio. As atividades aqui apresentadas têm importância na formação de conceitos matemáticos a respeito de funções por meio de uma metodologia diferenciada que pode auxiliar professores e estudantes no processo de ensino e aprendizagem. 4 2. Introdução Uma função pode ser entendida como uma relação de dependência. Antes de apresentar o conceito observemos alguns exemplos: . A população de um país varia com o passar do tempo e por isso dizemos que a população de um país depende do tempo. . Em cada localidade, a temperatura varia durante o dia. Num mesmo dia e local há momentos mais quentes, outros mais frios. Dizemos, então, que a temperatura, numa localidade, depende da hora do dia. . A quantidade de tinta que se gasta para pintar uma parede depende da área ocupada por essa parede. . O consumo de combustível de um veículo depende da velocidade do veículo. . O comprimento de uma barra de ferro depende da temperatura, pois o ferro se dilata quando aquecido. . O preço que se paga por um telefonema interurbano depende do tempo que se fala ao telefone. Atividade 1: Olhando através dos Tubos. Nesta atividade desenvolveremos o conceito de função, construção de gráfico e tabela. O detalhamento da mesma se encontra no apêndice A. Estes são exemplos que reforçam a importância do conceito de função para compreendermos as relações entre os fenômenos físicos, biológicos, sociais, etc. 3. O Conceito de Função Algumas definições são apresentadas na literatura: . “Função É” um conjunto de pares ordenados cujos primeiros elementos são todos diferentes. (caráter estático). . “Função FAZ” corresponder a cada elemento de um conjunto, um único elemento de outro conjunto (caráter dinâmico). 5 . “Dados dois conjuntos A e B, dá-se o nome de função, definida em A e com valores em B, à lei ou regra que a todo elemento de A faz corresponder um e um só elemento de B”. . Não apresenta a definição e sim tabelas que relacionem duas grandezas e, se possível, um gráfico explicativo. Consideremos a seguinte definição de função: Sejam A e B dois conjuntos não vazios chama-se função de A em B, f: A B, qualquer relação de A em B que associa a cada elemento x de A a um único elemento y de B. O diagrama representa uma função f(x) = y ou f: A B O diagrama representa uma função, f: A B ou f(x) = y, pois cada elemento de A tem um único correspondente em B. O diagrama não representa uma função, f: A B ou f(x) = y, pois não é possível um único elemento de A estar associado com dois elementos em B. 6 O diagrama não representa uma função, f: A B ou f(x) = y, pois ficou um elemento de A sem seu correspondente em B. Sendo f: A B ou f(x) = y uma função, o conjunto A é chamado conjunto de partida da função, ou simplesmente domínio de f, representado por D(f). A imagem f é formado pelos elementos de B que se corresponde aos elementos de A e é representado por Im(f). Todos os elementos de B é denominado contra domínio de f. B A • Dom (x) OU • • • • • • Dom (A) OU • • • Im (y) • Im (B) • 4. Função Injetiva, Sobrejetiva e Bijetiva Uma função é injetiva quando todo elemento da imagem está associado com um único elemento do domínio. A função f do diagrama abaixo é a função injetiva. Cada elemento da imagem de f, Im (f) = {5, 7, 9, 10}, está associado a um único elemento do domínio. B A 7 A função f do diagrama abaixo não é injetiva, porque o elemento 30 da imagem está associado a mais de um elemento do domínio A, 30 = f(3) e também 30 = f(4). Uma função f: A B é sobrejetiva se a imagem de f for igual ao contradomínio de B. Exemplo: A função f do diagrama abaixo é sobrejetiva, porque para todo elemento de B existe um elemento de A associado a ele. Uma função f: A B é bijetiva se for simultaneamente injetiva e sobrejetiva. Exemplo: Numa função bijetiva, a cada "x" do domínio corresponde um "y" no contra domínio e, vice-versa, a cada "y" do contra domínio corresponde um único "x" no domínio. 5. Função Afim 8 Um vendedor recebe um salário mínimo R$ 430,00 mais comissão de 15% sobre o total de suas vendas durante o mês. Nesse caso, podemos dizer que: Salário mensal = 430,00 + 0,15 (total de vendas do mês). Observamos então que o salário mensal desse vendedor é dado em função do total de vendas que ele faz durante o mês. Ou seja: Onde: s(x) = 430,00 + 0,15v x é o total de vendas do mês ou y = 0,15x + 430,00 s(x) ou y é o salário mensal v é o total de vendas Este é um exemplo de função afim. Uma função definida por f: R→R chamase afim quando existem constantes a, b que pertencem ao conjunto dos reais tais que f(x) = ax + b para todo x ∈ R. Outros exemplos de afim são dadas a seguir: a) f(x) = 3x + 1, onde a = 3 e b = 1 b) f(x) = - x + 5, onde a = -1 e b = 5 O valor de x para o qual f(x) = ax + b se anula, ou seja, pra o qual f(x) = 0, denomina-se zero da função afim. Para determinar o zero de uma função afim basta resolver a equação: ax + b = 0 Exemplo: Seja a função afim f(x) = 2x – 4, fazendo f(x) = 0, temos: 2x – 4 = 0, 2x = 4 x = 2. Para f(x) = 0, temos x = 2. Logo, 2 é o zero da função Gráfico da Função Afim O gráfico de uma função afim f(x) = ax + b, é uma reta não perpendicular ao eixo Ox. 9 Domínio: D = R Imagem: Im = R Cada coeficiente numérico de uma função caracteriza um elemento do gráfico dessa função. Coeficiente a: coeficiente angular de uma reta. A é igual à tangente do ângulo que a reta faz com o eixo x. Coeficiente b: é a ordenada do ponto em que o gráfico de f cruza o eixo das ordenadas, ou seja, b = f(0). Quando a > 0, a função é crescente Quando a < 0, a função é decrescente Função crescente Função decrescente Exemplos: a) f(x) = 2x + 1 é uma função crescente. b) f(x) = - 3x + 1 é uma função decrescente. c) f(x) = 3 + 3x é uma função crescente. Podemos estudar o sinal da função afim pela análise do gráfico. 10 Para: x = a → f(x) = 0 x > a → f(x) > 0 x < a → f(x) < 0 a>0 a<0 a > 0 função crescente a < 0 função decrescente Dada a função f: R → R tal que f(x) = - 3x + 2, vamos analisar a seguinte situação: a) Qual é o zero dessa função f? Qual é o seu significado geométrico? -3x + 2 = 0 → 3x = 2 → x = 3/2(1; 5) Se 3/2 é o zero de f, então o gráfico de f intersecta o eixo x em (3/2 ; 0) b) Construa o gráfico de f. Dados quaisquer dois pontos podemos construir o gráfico. c) Faça o estudo do sinal da função f. f(x) = -3x + 2 a = -3 < 0 (função decrescente) x = 3/2 → f(x) = 0 x > 3/2 → f(x) < 0 x < 3/2 → f(x) > 0 11 Exemplos: Determine o intervalo das seguintes funções para que f(x) > 0 e f(x) < 0. a) f(x) = x+1 x+1 > 0 x > -1, logo, f(x) será maior que 0 quando x > -1 x+1 < 0 x < -1, logo, f(x) será menor que 0 quando x < -1 b) f(x) = - x + 1 -x+1 > 0 -x > -1 x < 1, logo, f(x) será maior que 0 quando x < 1 -x+1 < 0 -x < -1 x > 1, logo, f(x) será menor que 0 quando x > 1 Importante: ao multiplicar por -1 inverte-se o sinal da desigualdade. Função Identidade É uma função f: R → R que para cada x em R, associa f(x) = x para todo x ∈ R. O gráfico da Identidade é uma reta que divide o primeiro quadrante e também o terceiro quadrante em duas partes iguais. Função Linear Uma função linear é uma função f: R→R definida por f(x) = ax para todo x ∈R. Exemplos: a) f(x) = - 3x b) f(x) = 2x c) f(x) = x/2 O gráfico da função linear é uma reta que sempre passa 12 pela origem (0,0). Atividade 2: Qual a “Função” da Mola Nesta atividade desenvolveremos o conceito de função. O detalhamento da mesma se encontra no apêndice A. Função Constante A função constante associa cada x ϵ R o valor f(x) = b. O gráfico de uma função constante é uma reta paralela ao eixo das abscissas (eixo horizontal). Exemplos: a) f(x) = 1 b) f(x) = -7 c) f(x) = 0 Atividade 2: Os Retângulos Nesta atividade desenvolveremos o conceito de função e de suas várias representações (gráficos, tabelas, fórmulas, etc.). O detalhamento da mesma encontra no apêndice A. Problemas 01) Numa fábrica que produz roupas femininas a R$15,00 cada peça e despesas fixas de R$400,00. Considere, portanto as seguintes grandezas: vamos chamar de p o número de peças produzidas pela fábrica, d as despesas fixas e g o ganho final. Pergunta-se: a) Qual a lei da função que relaciona o ganho e a produção dessa fábrica? b) Quanto deve ser vendido para obter um lucro de R$1500,00? c) Construa uma tabela que retrata a produção durante um mês. 13 d) Construa um gráfico dessa função. e) Dê o domínio e a imagem dessa função. Resolução: G = 15.p – 400 1500 = 15.p – 400 15p = 1500 + 400 15p = 1900 P = 1900/ 15 P ≅ 127 Aproximadamente 127 peças para obter um lucro de R$1.500,00. Tabela Gráfico P G 0 -400 30 50 60 500 90 950 120 1400 e) Dom = [0 , ∞[ e Im = R 02) Construa um gráfico para as seguintes funções: Obs. Os gráficos poderão ser construídos utilizando o software Geogebra. f(x) = x + 4 f(x) = -3 + 2x 14 03) Uma caixa d água com capacidade para 2500 litros contém 100 litros de água. Uma torneira é aberta e despeja dentro dela 12 litros por minutos. a) Escreva a lei da função que representa a quantidade de água na caixa em relação ao tempo; b) Em quanto tempo a caixa estará cheia? c) Construa uma tabela para a função; d) Construa o gráfico da função; e) Determine o domínio e a imagem. 04) Uma escola cobra de seus alunos uma matrícula de 40 reais e mais as mensalidades no valor de 95 reais ao mês. Escreva a lei da função que representa o gasto de um aluno em relação aos meses de estudos. 05) Construa uma tabela e um gráfico para as seguintes funções: a) f(x) = 3 – x b) f(x) = x + 2 06) Um Professor escolhe um estudante e combina com ele uma regra que relaciona dois números quaisquer. A turma diz alguns números e o estudante que sabe a regra responde os números correspondentes para cada um dos números ditos pela turma de acordo com a regra combinada. Combinar com um estudante a regra: os estudantes falam um número e este estudante dobra este valor e soma com três. X = Números ditos pelos estudantes e Y = Número respondido pelo estudante. a) Elabore uma tabela e relacione cada número dito e cada número respondido; b) Escreva em linguagem matemática a resolução desta situação; c) Podemos dizer que esta atividade representa uma função? Justifique sua resposta por escrito. 15 07) Uma firma que conserta geladeiras cobra uma taxa fixa o valor R$ 10,00 pela visita e mais R$ 8,00 por hora de mão-de-obra. Logo, o valor do conserto é em função – depende - do tempo trabalhado. a) Qual a lei matemática que pode ajudar a resolver este problema? b) Construa a tabela da função se o trabalhador gastar 1h, 2h, 3h, 4h,... 08) Bruna está guardando dinheiro para comprar um computador. No momento possui uma reserva de R$ 250,00 e pretende economizar R$ 50,00 por mês. Considerando que um computador custa em média R$ 3.000,00, analise as seguintes proposições: a) Quanto tempo Bruna demorará a ter este dinheiro para a compra à vista? b) E se comprasse um carro de R$ 15.000,00, quanto tempo teria que economizar? c) Determine a lei matemática que permite o cálculo do valor necessário para comprar este computador em função do tempo. 09) Uma panela com certa quantidade de água a 20º C é posta sobre um tripé. Em contém. De dois em dois minutos alguém põe um termômetro dentro da água, mede a sua temperatura. Tempo (minutos) Temperatura (º C) 0 20 2 23 4 26 6 29 8 32 Y 20 3t 2 a) É correto dizermos que a temperatura da água varia em função do tempo? Por quê? b) Continuando da mesma maneira, qual será a temperatura da água aos 10 minutos de aquecimento? 16 c) Quanto à temperatura da água está aumentando por minuto? d) Escreva a equação da função que relaciona a temperatura ao tempo de aquecimento. 6. Função Quadrática Consideremos a seguinte situação: Numa praia, alguns jogadores de futebol, decidiram montar um campo de futebol com 100m de comprimento por 70m de largura e, por medida de segurança, decidiram cercá-lo, deixando o campo com a cerca, uma pista de 3m de largura. Qual é a área do terreno limitado pela cerca? Podemos ilustrar o problema com o retângulo ABCD: A B C D A área da região cercada é: A = (100 + 2.3) (70 + 2.3) = (100 + 6) (70 + 6) = 8.056m² Se a largura da pista fosse de 4m, a área da região cercada seria: A= (100 + 2.4) (70 + 2.4) = (100 + 8) (70 + 2.4) = 8.424m² Observe que a cada largura x da pista, há uma área A(x) da região cercada. E que o valor de A(x) é uma função de x dada pela expressão: A(x) = (100 + 2x) (70 + 2x) A(x) = 7000 + 200x + 140x + 4x² Então, A(x) = 4x² + 340x + 7000 17 Este é um caso particular de função quadrática ou função polinomial do 2º grau. Uma função f: R→R é denominada função quadrática ou função polinomial do 2º grau quando, para todo x pertencente aos reais temos f(x) = y = ax² + bx + c em que a, b e c são constantes reais, com a ≠ 0. Nessa função quadrática, x é chamado de variável independente e y é a variável dependente. Esta noção está associada originalmente a idéia de equação do 2º grau, por volta de 300 a.C, onde o matemático grego Euclides (325-265 a.C), desenvolveu uma nova técnica denominada Álgebra Geométrica. No Renascimento, destacaram-se as tentativas de explicar os movimentos de queda livre de um corpo ou trajetória de uma bola de canhão, que é uma parábola, vários teóricos dos séculos XVI e XVII, tentaram explicar essa trajetória, sem obter uma parábola, tais explicações foram aperfeiçoadas até se chegar à parábola associada à curva do 2º grau, o que acelerou a necessidade de se relacionar curvas a equações, de modo geral, álgebra à geometria. Uma função quadrática pode ser expressa em três formatos: 1) f(x) = ax2 + bx + c é chamada a forma geral ou forma polinomial (também chamada de forma desenvolvida), onde a, b e c são constantes reais e a ≠ 0. 2) f(x) = a(x – r1)(x – r2) é chamada a forma fatorada, onde r1 e r2 são as raízes da equação quadrática, e 3) f(x) = a(x – h)2 + k é chamada a forma padrão ou forma vértice (também chamada de forma canônica). Exemplos: a) y = x² + 3x + 2 (a = 1; b = 3; c = 2) b) y = x² (a =1; b = 0; c = 0) c) y = x² - 4 (a = 1; b = 0; c = -4) Gráfico de uma Função Quadrática Sua representação gráfica é dada por uma parábola: 18 Quando a > 0, a concavidade da parábola está voltada para cima e quando a < 0, a parábola está voltada para baixo. Exemplo: f(x) = x² - 4 a = 1 (> 0) Observe que quando a concavidade está voltada para cima (a > 0), o vértice representa o valor mínimo da função. Quando a concavidade está voltada para baixo (a < 0), o vértice representa o valor máximo. Exemplo: Construa o gráfico da função y = -x²+4: f(x) = - x² + 4 19 a = - 1(< 0) Como na função do 1º grau, basta atribuir valores reais para x, obtemos seus valores correspondentes para y. x y = f(x) = x² -2 4 -1 1 0 0 1 1 2 4 3 9 Notem que os pontos: A e A’, B e B’, C e C’ são simétricos (estão a mesma distância do eixo de simetria). O ponto V representa o vértice da parábola, é a partir dele que determinamos todos os outros pontos. A determinação do vértice da parábola ajuda a elaboração do gráfico e permite determinar a imagem da função, bem como seu valor máximo ou mínimo. Vejamos algumas formas de calcular esse vértice: 1) Quando Δ = 0 ax² + bx + c = ӯ 20 ax² + bx + c = 0 (única solução) Δ=0 b² - 4ª.(c- ӯ) = 0 4a(c- ӯ) = b² b2 c- ӯ = 4a -ӯ= b2 –c 4a ӯ=c- b2 4ac b 2 = 4a 4a 4ac b 2 4a ӯ = yv = 4a ӯ= Para o Vértice x → Vx substituiremos o Δ por 0 Δ = 0 → b² - 4ac b Xv 2a Uma outra maneira de se determinar o vértice é lembrar que a parábola é simétrica em relação a um eixo vertical. Determinando a posição desse eixo, encontraremos abscissa do vértice, e como a abscissa do vértice obteremos a ordenada, que é função da abscissa. O vértice de todas as parábolas tem uma característica própria, ele sempre se encontra "equidistante" de ambas as raízes, ou seja, a coordenada "x" do vértice fica exatamente no meio das coordenadas das duas raízes. Trocando em miúdos, a coordenada "x" do vértice é a média aritmética das coordenadas "x" das raízes, isto é, a soma das duas dividido por dois. Vamos chamá-lo de Xv ("x" do vértice): 21 Esta é a fórmula para encontrarmos o Xv. Se você não conseguir se lembrar na hora, faça a dedução como está aí em cima. É bem fácil! b 2a Xv Agora que já sabemos o Xv, devemos descobrir o Yv ("y" do vértice). Este valor pode conseguir substituindo o "x" da função pelo "Xv", pois com isso estaremos calculando qual o valor de Y para o Xv, que é justamente o Yv ou f(Xv). A equação geral de uma função do segundo grau é f(x) =ax2+bx+c. Então vamos substituir todos "x" pelo valor de Xv da fórmula acima: Veja que na última igualdade temos como denominador -(b2 - 4ac) e isso é justamente igual à - , portanto a fórmula final para o cálculo de Yv, também chamado de f(Xv) é: Yv 4a Como vimos, a coordenada x do vértice da parábola pode ser determinada por: X b 2a Exemplo: Determine as coordenada do vértice da parábola y = x² - 4x + 3 Temos: a = 1, b = -4 e c = 3 22 x b (4) 4 2 2a 2.1 2 Logo, a coordenada x será igual a 2, mas e a coordenada y? Simples: Vamos substituir o valor obtido da coordenada x e determinar o valor da coordenada y. Assim, para determinarmos a coordenada y da parábola y = x² - 4x + 3, devemos substituir o valor de x por 2. y = (2)² - 4.(2) + 3 = 4 – 8 + 3= -1 Logo, as coordenadas do vértice serão V= (2, -1) Portanto, para determinarmos as coordenadas do vértice de uma parábola, achamos o valor da coordenada x (através de x b ) e substituindo este valor na 2a função, achamos a coordenada y. O vértice de uma parábola é o número crítico da função quadrática. Se a função estiver na forma padrão, o vértice é dado por (h, k). Pelo método de completar o quadrado transforma-se a forma geral: f(x) = ax2 + bx + c em: Desta forma, o vértice da parábola é: Se a função quadrática estiver na forma fatoradaf(x) = a(x – r1)(x – r2) a média aritmética das duas raízes, é: r1 r2 fornece a coordenada x do vértice, e 2 assim o vértice é dado por ( r1 r2 r r , f ( 1 2)) 2 2 O vértice é também o ponto máximo se a < 0 ou o ponto mínimo se a > 0. A linha vertical x h b que passa pelo vértice é chamada de eixo de simetria 2a da parábola. 23 Atividade 5: Trabalhando com Retângulos Nesta atividade desenvolveremos o cálculo de área máxima e mínima. O detalhamento da mesma se encontra no apêndice A. Zeros (ou Raízes) de uma Função Quadrática Denominam-se raízes ou zeros da função quadrática f(x) = ax² + bx + c, a ≠ 0 os valores de x que zera a função, ou seja, tornam f(x) = 0, valores estes que são obtidos pela chamada fórmula de Bháskara. Algebricamente, os zeros da função quadrática são obtidos quando resolvemos a equação do 2º grau ax² + bx + c = 0, usando a fórmula de Bhaskara, veja sua apresentação abaixo: A idéia é completar o trinômio ax2 + bx + c de modo à fatorá-lo num quadrado perfeito ax2 + bx + c = 0, inicialmente multiplicamos a igualdade por 4a 4a2x2 + 4abx + 4ac = 0, agora somamos b2 aos dois lados da igualdade 4a2x2 + 4abx + 4ac + b2 = b2 ---> 4a2x2 + 4abx + b2 = b2 - 4ac --> (2ax + b) 2 = b2 – 4ac 2ax + b = 2ax = onde: b² - 4ac, é chamado de discriminante e é representado pela letra grega Δ (delta). A quantidade de raízes reais de uma função quadrática depende do valor obtido do radicando Δ = b² - 4ac. . Se Δ > 0, a função tem dois zeros reais desiguais (x’ e x”); . Se Δ = 0, a função tem um zero real duplo (x’ = x”); . Se Δ < 0, a função não tem zero real. Exemplos 1) Vamos obter a raiz da função y=x²- 4x+3. Fazendo y = f(x) = 0, temos x² - 4x + 3= 0. Agora basta resolver a equação aplicando a fórmula de Bháskara. 24 Acharemos as raízes da função x’=1 e x”=3. Vejamos o gráfico: Notem que quando x’ = 1 e x” = 3, a parábola intercepta ("corta") o eixo x. Estes valores representam as raízes da função. 2) Vamos obter a raiz da função f(x) = x² + 2x + 1. Fazendo f(x) = 0, obtemos x² + 2x + 1 = 0 Δ = b² - 4ac = (2²) – 4.1.1 = 4 – 4 = 0 x = x’ = - b =-1 2a As coordenadas do vértice serão V = (-1,0). Vejamos o gráfico: 3) Vamos obter a raiz da função f(x) = x² - x + 2. Temos Δ = b² - 4ac = ( -1)² - 4.1.2 = 1 – 8 = - 7(< 0) Vejamos o gráfico: 25 Resumindo: Δ=0 Δ>0 Δ<0 a>0 a>0 a>0 Δ=0 Δ>0 Δ<0 a>0 a>0 a>0 Atividade 4: Enigma de Funções Nesta atividade abordaremos a forma gráfica e algébrica da função quadrática, bem suas respectivas características. O detalhamento da mesma se encontra no apêndice A. 26 Sinal da Função quadrática Consideramos uma função quadrática y = f(x) = ax2 + bx + c e determinemos os valores de x para os quais y é negativo e os valores de x para os quais y é positivo. Conforme o sinal do discriminante b 2 4ac podem ocorrer os seguintes casos: Obs. O sinal da função é o indicado nos gráficos abaixo: Quando a > 0 Quando a < 0 y > 0 → (x < x1 ou x > x2) y > 0 → (x1 < x < x2 ) y < 0 → (x1 < x < x2 ) quando a > 0 y>0 y < 0 → (x < x1 ou x > x2) Quando a < 0 1 ∄ x tal que y < 0 y < 0, ∄ x tal que y > 0 27 Atividade 7: Uso do sofware Geogebra na construção de parábolas Nesta atividade desenvolveremos a construção de gráficos da função quadrática com o uso do Geogebra. O detalhamento da mesma se encontra no apêndice A. Exemplo: Vamos desenhar o gráfico da função y = -x² - 4x – 3. Primeiro passo: Raízes ou zeros da função -x² - 4x – 3 = 0. Aplicando a fórmula de Bháskara, temos que x’ = -1, x’’= -3 Segundo passo: Coordenadas do vértice Xv Xv b , então a coordenada 2a (4) 2 . 2(1) Assim, para a coordenada y, basta substituir o valor de x obtido na função ou utilizar a fórmula abaixo. y = -x² - 4x - 3 = -(-2)² - 4.(-2)-3 = -4 + 8 -3 = 1. Ou Yv , portanto temos assim o vértice da parábola → V= (-2,1) 4a Terceiro passo: Concavidade da parábola y = - x²- 4x – 3. Como a = -1, portanto a < 0, a concavidade estará voltada para baixo. Feito isso, vamos esboçar o gráfico: 28 7. Máximos e mínimos com funções quadráticas Existem muitas aplicações para a função quadrática e uma delas está relacionada com a questão de máximos e mínimos. Exemplo: Determinar o retângulo de maior área que é possível construir se o seu perímetro mede 36 m. Solução: Se x é a medida do comprimento e y é a medida da largura, a área será dada por: A (x, y) = xy, mas acontece que 2x + 2y = 36, ou seja, x + y=18, assim: A(x) = x(18-x) A(x) = - x² + 18x. Esta parábola corta o eixo OX nos pontos x = 0 e x = 18 e o ponto de máximo dessa curva ocorre no ponto médio entre x=0 e x=18, logo, o ponto de máximo desta curva ocorre em x = 9. Observamos que este não é um retângulo qualquer, mas é um quadrado, pois x = y = 9 e a área máxima será A = 81m² O máximo ou mínimo de uma função é sempre obtido no vértice. O seguinte método se baseia na mesma idéia fazendo uso do cálculo. A vantagem desse método é que ele funciona para funções mais gerais. Tomando f ( x) ax 2 bx c como um exemplo de equação quadrática para achar seus pontos extremos (que dependem de , se , tem um ponto mínimo, se a < 0, tem um ponto máximo) é necessário antes encontrar sua derivada: f(x) = ax² + bx + c → f’ = 2ax + b Depois, encontramos as raízes de f ' ( x) : 2ax + b = x = b 2a 29 Então, b é o x valor de f(x). Agora, para encontrar o valor de y, 2a substituimos x b em f(x): 2a Assim, as coordenadas do ponto mínimo/máximo são: Atividade 8: Família de Função Nesta atividade desenvolveremos a forma gráfica da função quadrática. O detalhamento da mesma se encontra no apêndice A. Atividade 9: Descobrindo Raízes De Equações Quadráticas Completas Nesta atividade desenvolveremos o cálculo de raízes de equações quadráticas completas. O detalhamento da mesma se encontra no apêndice A. 8. Propriedade/Aplicação da Parábola Constantemente nos deparamos com situações nas quais necessitamos a utilização de modelos matemáticos. Veremos que curvas de uso comum tais como as parábolas são definidas através de funções quadráticas. Essas curvas têm muitas aplicações no mundo moderno da tecnologia. Várias situações do cotidiano têm a aplicação de uma parábola. Parábola é uma curva resultante de uma secção feita em um cone, por um plano. É uma curva geométrica muito bem definida matematicamente. Etimologicamente, a palavra parábola provém do grego e significa “lançar ao longe”. O seu significado foi sempre muito associado à trajetória de um objeto lançado sob 30 determinado ângulo. Por exemplo, o lançamento de uma bola de basquete, de uma pedra, de um foguete, etc. Tanto as lanternas como as antenas parabólicas dos satélites têm refletores em forma de parábola. O refletor parabólico de uma lanterna reflete a luz de uma lâmpada pequena, em raios paralelos. O refletor parabólico de um satélite que recebe sinais de rádio e os envia para um receptor. Lanterna (Imagem: arquivo pessoal) Parabólica (Imagem: arquivo pessoal) As antenas parabólicas em geral têm um grande diâmetro (parábola mais aberta, a pequena) para captar uma grande quantidade maior de sinais do satélite, portanto a distância focal acima onde está o foco: é nele que fica o captador dos sinais de TV. Antenas parabólicas (Imagem: arquivo pessoal) 31 Faróis de carros: Se colocarmos uma lâmpada no foco de um espelho com a superfície parabólica e esta lâmpada emitir um conjunto de raios luminosos que venham a refletir sobre o espelho parabólico do farol, os raios refletidos sairão todos paralelamente ao eixo que contém o “foco” e o vértice da superfície parabólica. Esta é uma propriedade geométrica importante ligada à Ótica. Antenas parabólicas: se um satélite artificial colocado em uma órbita geoestacionária emite um conjunto de ondas eletromagnéticas, estas poderão ser captadas pela sua antena parabólica, uma vez que o feixe de raios atingirá a sua antena que tem formato parabólico e ocorrerá a reflexão desses raios exatamente para um único lugar, denominado o foco da parábola, onde estará um aparelho de receptor que converterá as ondas eletromagnéticas em um sinal que a sua TV poderá transformar em ondas que por sua vez significa filmes, jornais e outros programas que você assiste. Radares: Os radares usam as propriedades óticas da parábola, similares às citadas anteriormente para a antena parabólica e para os faróis. Lançamentos de projéteis: Ao lançar um objeto no espaço (dardo, pedra, tiro de canhão) visando alcançar a maior distância possível tanto na horizontal como na vertical, a curva descrita pelo objeto é aproximadamente uma parábola, se considerarmos que a resistência do ar não existe ou é pequena. 32 9. Considerações Finais Para o desenvolvimento deste trabalho, é necessário conhecimento prévio do LEM, o professor deverá produzir os materiais manipuláveis antes de ser utilizado em sala de aula, são atividades de fácil manipulação, porém requer cuidados necessários quanto a sua confecção e utilização junto com seus alunos, e que tem o objetivo de coletar importantes informações sobre as características, gráficos e representações algébricas das funções, bem como o uso do software Geogebra, transformando o momento prático no ambiente do LEM (mesmo que a escola não possua um ambiente exclusivo para o LEM, pode-se improvisar na sala ambiente, ou mesmo na sala de aula comum, presente em nossas escolas), favorável à criação e desafios que apresentam e que devem ser solucionados. As atividades foram selecionadas para o uso exclusivo de funções afins e quadráticas, sendo materiais manipuláveis, jogos e atividades. Servem de base para o desenvolvimento de outros tipos de funções. Tal metodologia de ensino contribui decisivamente para a formação de uma personalidade mais confiante, autônoma, criativa e participativa, que aprende de forma lúdica, lidando com situações de tensão e de frustração, tornando o educando mais forte emocionalmente e mais preparado para enfrentar a vida. Cabe à escola estimular o exercício da cidadania, pela busca concreta e permanente da melhor qualidade de vida na formação de pessoas, levando-as às novas formas de sentir, pensar e agir. No entanto é preciso que o professor acredite na sua potencialidade e na possibilidade de que venha modificar sua atitude e seu posicionamento em relação à sua missão de educador, capaz de renovar-se pessoal e profissionalmente. 33 10. Referências Bibliográficas LORENZATO, Sergio. (Org.). O Laboratório do ensino de matemática na formação de professores. Campinas: Autores Associados, 2006. BROUGÉRE, Gilles. Brinquedo e cultura. São Paulo: Cortez, 2008. SMOLE, Katia Stocco; DINIZ, Maria Ignez; PESSO, Neide; ISHIARA, Cristiane. Jogos de matemática: de 1º a 3º ano. Porto Alegre: Artmed, 2008. DANTE, Luiz Roberto. Matemática. São Paulo: Ática, 2005. (Vol. único) FIORENTINI, Dario e Sergio Lorenzato. Investigação em Educação Matemática: percursos teóricos e metodológicos. 2. ed. São Paulo: Autores Associados, 2006. ALMEIDA, Marcos Teodoro Pinheiro de. Jogos divertidos e brinquedos criativos. Petrópolis, RJ : Vozes, 2005. ROCHA, Tânia. Jogos Matemáticos. Belo Horizonte, MG: Editora do Brasil, 1992. SÁ, Ilydio Pereira de. A magia da matemática: atividades investigativas, curiosidades e história da matemática. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2007. PEREIRA, Rossana M.M.,SODRÉ, Ulysses. Ensino médio: relações e funções. Pesquisado em: < http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/medio/funcoes/funcoes.htm>. Acesso em: 02 mar 2010. BRASÍLIA. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Orientações curriculares para o ensino médio: ciências da natureza, matemática e suas tecnologias. Distrito Federal : MEC, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do Paraná, Departamento de Educação Básica. Diretrizes curriculares da educação básica: matemática. SEED, 2008. GRAVINA, Maria Alice; PEIXOTO, Luciana; NOTARE, Márcia Rodrigues. Funções e Gráficos: um curso introdutório. Pesquisado em: <http://www.edumatec.mat.ufrgs.br/cursos/trab2/exp1.htm>. Acesso em: 08 jul 2010. (Módulo I. Experimento 1: olhando através de tubos). 34 PORTAL. Impacto. Disponível em: <http://www.portalimpacto.com.br/docs/ImpactoBoscoPrise1Aula01.pdf>. Acesso em: 03 jun 2010. SLIDESHARE. Origem e fundamentos da função quadrática tarefa final. Disponível em:<http://www.slideshare.net/guest7fc9be/origem-e-fund:amentos-dafuno-quadrtica-tarefa-final>. Acesso em: 25 jun 2010. EXATAS. Funções. Disponível em: <http://www.exatas.mat.br/funcao2.htm>. Acesso em: 04 jul 2010. 35 11. Apêndice A: Relação de Atividades No decorrer do texto foram sugeridas diversas atividades relacionadas ao conteúdo apresentado. Estas atividades estão aqui detalhadas para facilitar o desenvolvimento do trabalho do professor em sala de aula. Cada atividade será apresentada com o preenchimento dos seguintes itens: Apresentação: Neste item o material será apresentado de maneira informal através de informações relacionadas com o tipo apresentado. Por exemplo, se o material é um jogo que possui semelhança com o dominó então a apresentação conterá informações sobre o dominó. Tipo: Existem diversos tipos de materiais didáticos que podem ser utilizados, entre eles estão: jogo, atividade, quebra-cabeça, material manipulável Descrição: Todo material deverá conter uma descrição técnica que possibilite o professor ter uma leitura rápida das características principais do material que está sendo proposto. Objetivos: Um material didático, mesmo que envolva uma atividade lúdica deve ter um fim a ser atingido no que diz respeito ao objeto de estudo da Matemática definido pelos conteúdos. Conteúdo estruturante: Dentro do que determina as DCE de matemática do Estado do Paraná (2008), o material é enquadrado em algum (s) do (s) itens apresentados. Conteúdo básico: Dentro do que determina as DCE de matemática do Estado do Paraná (2008), o material é enquadrado em algum (s) do (s) itens apresentados. Avaliação: Dentro do que determina as DCE de matemática do Estado do Paraná (2008), o material é enquadrado em algum (s) do (s) itens apresentados. Série (ano) e nível sugeridos: Um material didático, seja qual for, não pode ser aplicado de forma aleatória para os alunos sem levar em consideração a série (ano) 36 em que se encontram. Desta forma, neste item sugerimos a partir de que série este material pode ser trabalhado. Material necessário e custo: todo material didático necessita de algum material para ser desenvolvido, mesmo que seja papel e caneta (material convencional de sala de aula). Neste item, são detalhados todos estes materiais e um valor aproximado de referência do custo de elaboração do material, seja para aplicação em sala de aula, seja para fazer parte do acervo de um Laboratório de Ensino de Matemática. Para aplicação em sala de aula dividimos o material em dois tipos: consumo e apoio. O primeiro se refere aquele material utilizado e que não pode mais ser reutilizado e o segundo se refere a material que servem para outras atividades e que podem ser utilizados diversas vezes. Alguns materiais podem ser classificados como consumo como, por exemplo, lápis, mas a sua utilização é feita tantas vezes que do ponto de vista de gasto pode ser considerado material de apoio. Consumo Ordem Especificação Unidade Valor Unitário (R$) Quant. Valor Total (R$) Quant. Valor Total (R$) 1 2 3 Subtotal – Consumo Apoio Ordem Especificação Unidade Valor Unitário (R$) 1 2 3 4 5 Subtotal – Apoio Total Como construir: O processo de construção de um material requer alguns cuidados e são dados numa certa ordem, principalmente se for aplicado em sala de aula. Este 37 item serve para o Professor saber todos os passos necessários para a construção do material e, se for o caso, pode ser complementado com fotos e figuras. Cuidados necessários: O material, no processo de construção ou depois de pronto, requer alguns cuidados para sua conservação e durabilidade, que deveram ser listados aqui. Desenvolvimento da atividade: O material didático tem como principal condição de preparação. O desenvolvimento da atividade tem como principal condição conduzir passo a passo o professor (ministrante) com a atividade desde sua construção, se for o caso, até a finalização da atividade. Neste tópico, é importante que tenha a exploração do conteúdo matemático, seja através de perguntas, seja através de observações importantes, para que o material não seja dado como perda de tempo ou “enrolação de aula”. Potencialidades: O desenvolvimento de uma atividade abre possibilidades de desenvolver outros conteúdos que não estejam limitados aos apresentados e é importante identificá-los. Limitações: Apresentam-se as limitações que o material pode apresentar com respeito a todos os seus aspectos. Durabilidade e resistência: Deve-se definir aqui o quanto o material é durável e resistente para ser guardado e manuseado. Consumo imediato Baixa Média Alta Mídias existentes (fotos, filmes, sítios, slides, textos relacionados, referências etc.): Toda consulta que envolva a preparação deste material ou que possa acrescentar mais informações sobre este material deverá ser colocado neste item. 38 Atividade 1: Olhando através de tubo Apresentação: esta é uma atividade que aborda o conceito de função de uma forma mais concreta podendo ser visualizada e construída. Pode ser aplicada em sala de aula após os alunos terem adquirido o conhecimento sobre funções, em Laboratórios de Ensino de Matemática, ou até mesmo em atividades extracurriculares. Descrição: Material feito com cilindros ocos de tamanhos diferentes. Pode ser feito com materiais recicláveis como: cano, rolos de papel, utiliza fita métrica e folha de papel milimetrado. Tipo: Material manipulável. Objetivos: a) Trabalhar com o conceito de funções. b) Exercitar o conhecimento em geometria. Conteúdo Estruturante: Números e Álgebra. Conteúdo Básico: Funções. Avaliação: Fazer a construção e realizar a atividade com desempenho e reconhecer a função. Série e nível sugerido: a partir do 1º ano do ensino médio. Material necessário e custo: Esta atividade pode ser confeccionada utilizando material reciclado, assim o custo poderá ser inferior. Consumo 39 Ordem 1 Especificação Cilindros ocos de tamanho Unidade Valor Unitário (R$) Quant. Valor total R$ Peça Reciclável 1 Peça 0,97 2 1,94 Peça 0,10 1 0,10 diferentes e mesmo diâmetro 2 Fita metrica 3 Folha de papel milimetrado Subtotal – Consumo 2,04 Apoio 1 Régua Peça 0,50 1 0,50 2 Lápis Peça 0,25 1 0,25 Subtotal - Apoio 0,75 Total 2,50 Como construir: Tubos de cartolina Tubos de cartolina americana Tubos de PVC a) Confeccione com a cartolina12 tubos de 5cm, 10cm, 15cm, 20cm, 25cm, 30cm, 35cm, 40 cm, 45cm, 50cm, 55cm e 60cm ou em cartolina americana ou em tubos de PVC(cano) ou ainda em material reciclável ( sendo tubos de vários tamanhos, não importa o diâmetro). Cuidados necessários: a) Na aplicação: O professor deve estar sempre verificando se os alunos entenderão corretamente a atividade, o que representará as incógnitas x e y. 40 b) Na construção: A fita métrica deverá estar bem fixada da parede para que não caia e a fita métrica do chão deverá estar bem esticada. c) Na conservação: Manter o material em local seco e arejado. Desenvolvimento da atividade: a) Fixe uma fita métrica na parede e outra no chão, para que fique mais bem fixada cole a fita métrica com fita colante. b) Posicione-se a uma distância x da parede e visualize com o cilindro oco na mão olhando a trena na parede fixada (y). c) Considere a distância que a pessoa se encontra da parede como sendo a variável independente e a medida da imagem que a pessoa enxerga como sendo a variável dependente. d) Depois de feito a construção, posicione-se a uma distância x da parede e visualize a fita métrica a uma distância fixada y. e) Anote de acordo com os valores obtidos na fita métrica de x e y. f) Repita algumas vezes esse procedimento, para valores diferentes de x. g) Construa na folha de papel milimetrado, o gráfico (distância da parede pela medida da imagem), a partir dos valores obtidos para x e y. h) Encontre uma possível equação para a situação trabalhada, relacionando o cilindro oco com a imagem obtida na parede y. i) Deduza uma relação entre x e y, a partir de uma situação geométrica. Potencialidades: O professor poderá explorar alguns tipos de funções e trabalhar sobre geometria. Durabilidade e resistência: x Consumo imediato Baixa Média Alta Mídias Existentes (fotos, filmes, sítios, slides, textos relacionados, referências etc.): 41 WINTER, Mary Carlson, Ronald J. Algebra Experiments I - Exploring Linear Function.USA : Dale Seymour Publications, 1993. 42 Atividade 2: Qual a “função” da mola? Apresentação: Trata-se de uma atividade que pode ser usada para se introduzir o conceito de função, permitindo explorar função linear e/ou afim. Pode ser trabalhada com grupos de até seis alunos. Pode-se aplicá-la tanto em sala de aula como em exposições e Laboratórios de Matemática. Tipo: Material manipulável. Descrição: O aparato consta de uma base com uma haste vertical graduada na qual é fixada uma mola e nessa um gancho. No gancho será colocado arruelas que farão a mola alongar-se. Obtém-se dessa forma, o alongamento da mola em função da quantidade de arruelas sustentadas pelo gancho. Objetivos: a) Facilitar o entendimento do conceito de função, mais especificamente afim e linear; b) Entender o conceito de variável dependente e independente; c) Perceber a interdependência que pode ocorrer entre duas grandezas que podem ser mensuradas ou quantificadas; d) Compreender que fórmulas matemáticas podem advir de situações reais. Conteúdo estruturante: Funções. Conteúdo básico: Função afim e função linear. Avaliação: Formalização do conceito de função partindo de uma situação simples e manipulável. 43 Série e nível sugeridos: A atividade é ideal para se introduzir o estudo de funções. Pode ser usada com alunos da oitava série e alunos da primeira série do ensino médio, diferenciando-se apenas no nível de aprofundamento dos conceitos em cada situação. Material necessário e custo: a) Para Laboratório de ensino, amostra pode ser em MDF: Consumo por aparato (para grupo de até 6 alunos) Ordem 01 Unidade Valor unitário (R$) Quant. Valor total R$ Placa de Madeira 20cmx20cmx1, 5cm (MDF, aglomerado, etc.- base do aparato) peça 0,50 01 0,50 02 Sarrafo de madeira – ripão40cmx4,5cmx1,5cm (MDF, pinus, grevilha, etc. –haste do aparato) peça 0,50 01 0,50 03 Régua de 30cm de plástico flexível – dessas de propaganda. unidade 0,50 01 0,50 04 Parafuso auto atarrachante “Phillips” 2mmx30mm unidade 0,10 01 0,10 unidade 0,05 08 0,40 peça 5,00 01 5,00 peça unidade peça 0,20 0,10 1,00 01 10 01 0,20 1,00 1,00 9,20 unidade unidade reutilizável reutilizável 01 01 9,20 05 06 07 08 09 Apoio 01 02 Especificação Parafuso auto atarrachante “Phillips” 2mmx1, 5mm Mola fabricada com fio de aço 0,7mm com aproximadamente 20 espirais e diâmetro de aproximadamente 2 cm. 12 cm de fio elétrico 6 mm² Arruela 12mm chapa 14 (aba normal) Gancho Sub total Chave Phillips Alicate universal Sub total Total b) Na aplicação Consumo por grupo de 6 alunos Folha de papel milimetrado Subtotal - Consumo folha Valor Unitário (R$) 0,30 Borracha Régua (qualquer tamanho) Lápis Subtotal unidade unidade unidade 0,40 0,50 0,30 Ordem 01 Apoio 01 02 03 Especificação Total Unidade Quant. 06 06 06 06 Valor total (R$) 1,80 1,80 2,40 3,00 1,80 7,20 9,00 Como construir: 44 a) Fixe a régua no sarrafo deixando o lado “zero” uns 3 cm de sua extremidade e o lado que tem a escala bem rente à borda; b) Fixe o parafuso 2mmx30mm na face lateral do sarrafo na direção do “zero” da régua; c) Fixe o sarrafo no centro da placa de madeira, com parafuso; d) Com o auxílio do alicate, desencape o fio e dobre-o em forma de gancho; e) Coloque a mola pendurada no parafuso e o gancho pendurado na mola( veja figuras abaixo, do aparato pronto). Nota 1: Se a escola tiver suportes no laboratório de química/física/biologia/etc., estes poderão ser utilizados. Nota 2: A mola deverá ser feita sob encomenda em oficinas( Em Maringá, casa das molas) que trabalham com consertos de relógios-ponto, máquinas de escrever, fechaduras, cofres, etc. São oficinas que frequentemente fabricam pequenas peças que não existem para compra em lojas comuns. Figura 1 Cuidados necessários: é interessante o uso das dez arruelas para que se possa observar um padrão ao final da atividade, pois como se trata de um aparato rústico, as medidas obtidas poderão não ser bem regulares. Desenvolvimento da Atividade: a) Formar equipes (de até seis alunos); 45 b) No papel milimetrado, cada aluno deverá fazer uma tabela e dois gráficos. Para que o espaço possa ser mais bem aproveitado, o seguinte layout pode ser seguido: d) Os dois gráficos devem ter no eixo dos “x” a variável “nº de arruelas” (fazer este eixo na parte inferior da folha para que sobre espaço para cima); c) A tabela a ser construída é a seguinte: Nº de arruelas Alongamento da mola Comprimento da mola 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 e) O eixo dos “y” do gráfico “alongamento da mola”, deve ter a variável “alongamento da mola” (em cm); 46 f) O eixo dos “y” do gráfico “comprimento da mola”, deve ter a variável “comprimento da mola” (em cm); NOTA: Usando a malha quadriculada, colocar as escalas nos eixos dos gráficos. g) De posse do aparato montado, um aluno da equipe verifica qual o comprimento da mola e “canta” aos demais da equipe. Todos devem registrar esse valor na primeira linha da tabela, onde o número de arruelas é zero; h) Um aluno da equipe pendura uma arruela no gancho e “canta” aos demais da equipe qual o novo comprimento da mola e o alongamento1 obtido, completando a segunda linha da tabela; i) Repetir o passo anterior, acrescentando arruelas no gancho até a décima arruela; j) Construir o gráfico do “alongamento da mola” utilizando a primeira e segunda coluna da tabela; k) Construir o gráfico do “comprimento da mola” utilizando a primeira e terceira coluna da tabela; l) Explorar os conceitos envolvidos com questões do tipo: 01) O alongamento e comprimento da mola variaram? Por quê? 02) O comprimento da mola depende da quantidade de arruelas no gancho ou viceversa? 03) O alongamento da mola depende da quantidade de arruelas no gancho ou viceversa? 04) O que se entende por variável dependente? E independente? O alongamento representa o tamanho que a mola deforma a cada arruela que ela sustenta. Por exemplo, se com 5 arruelas o comprimento da mola era de 17 cm e com 6 arruelas o comprimento foi para 18,5 cm, significa que a mola alongou na arruela de número 6 o tamanho de 1,5 cm. 05) A situação representada no primeiro gráfico é um tipo de função? Qual? 06) A situação representada no segundo gráfico é um tipo de função? Qual? 07) Qual é a definição de função? 08) Qual é a definição de função afim? 09) Qual é a definição de função linear? 10) As funções da mola são crescentes ou decrescentes? Por quê? 11) As variáveis que aparecem são discretas ou contínuas? Explique. 47 12) Qual a lei matemática do gráfico do alongamento da mola? E do comprimento? Exemplo: Chamando alongamento de f(x), comprimento da mola de g(x) e número de arruelas de x, e partindo de uma situação em que a mola tenha comprimento inicial de 8 cm e alongue 1,5 cm a cada arruela, teremos: f (x) = 1,5x (função linear) e g(x) = 1,5x + 8 (função afim). 13) Se a mola seguisse um ritmo de alongamento constante, qual alongamento teria para sustentar 250 arruelas?(Use a lei encontrada na questão anterior para calcular). Potencialidades: Fazendo-se variações nas dimensões da mola ou espessura do material de que é feita, ou ainda no tamanho das arruelas, os gráficos serão mais ou menos inclinados. Isso pode ser discutido entre as equipes. O aparato também pode ser utilizado na disciplina de Física para explorar a Lei de Hooke: "A intensidade da força elástica Fel é proporcional à deformação X". Limitações: Costuma ocorrer confusão nos registros das tabelas, como registrar um valor de alongamento onde seria um valor de comprimento. Tomar cuidado na forma de abordar o conceito das funções em questão: apesar de os gráficos parecerem com funções afins e lineares, na verdade não o são, pois a variável “número de arruelas” é do tipo discreto, portanto os gráficos são formados por pontos e não por retas. Durabilidade e Resistência: O aparato em si possui grande durabilidade e resistência. Mídias Existentes (fotos, filmes, sítios, slides, textos relacionados, referências etc.): ENSINO DE CIÊNCIAS. Atividades e experimentos. Adaptação disponível em:<http://www.cienciamao.if.usp.br/tudo/exibir.php?midia=pmd&cod=_pmd2005_04 02>. Acesso em 11 jun 2010. 48 Atividade 3: Os retângulos Apresentação: Neste experimento, consideraremos diversos retângulos que possuam o mesmo perímetro. Então, mantendo o perímetro dos retângulos fixo, teremos que um dos lados do retângulo será função do outro, ou seja, um dos lados serão a variável independente e o outro lado a variável dependente. Descrição: . Folhas de papel quadriculado, diversas por grupo; . Uma régua por aluno; . Folhas de papel milimetrado, uma por aluno. Tipo: Atividade Objetivos: Empregar corretamente os conceitos e procedimentos algébricos, incluindo o uso do importante conceito de função e de suas várias representações (gráficos, tabelas, fórmulas, etc.). Conteúdo Estruturante: Número e álgebra. Conteúdo Básico: Função Afim Avaliação: Acompanhar o desenvolvimento na resolução da situação problema. Série e nível sugeridos: 1ª série do ensino médio. Material necessário e Custo: Consumo 49 Ordem Especificação Unidade Valor Unitário (R$) Quant. Valor Total (R$) 1 Papel quadriculado folha 0,30 3 0,90 2 Papel milimetrado folha 0,30 3 0,90 Subtotal – Consumo 1,80 Apoio 1 Régua peça 0,50 1 0,50 2 Tesoura peça 2,00 1 2,00 3 Lápis peça 0,20 1 0,20 4 Borracha peça 0,80 1 0,80 5 Caneta esf. peça 0,60 1 0,60 Subtotal - Apoio 4,10 Total 5,90 Como construir: . Construir, com as folhas de papel quadriculado, retângulos de mesmo perímetro; . Anotar numa tabela os valores dos lados dos retângulos construídos (x e y); . A tabela abaixo mostra a relação de alguns retângulos de perímetro 20. x - Lado1 do retângulo y - Lado2 do retângulo 1 9 2 8 3 7 4 6 5 5 Construir, na folha de papel milimetrado, o gráfico (lado1 do retângulo x lado2 do retângulo) a partir dos valores de x e y. Cuidados necessários: Revisar o conceito de perímetro Desenvolvimento da atividade: Encontre uma possível equação para a situação trabalhada, a partir dos dados obtidos no experimento. Sabemos que o perímetro do retângulo é calculado da seguinte maneira: P = 2x + 2y. Como, em nosso experimento, o perímetro do retângulo é fixo, então a equação de y em função de x é: 50 2y = P - 2x y x P 2 O gráfico que representa essa equação está esboçado abaixo. Durabilidade e resistência: Consumo Imediato x Baixa Média Alta Mídias existentes (fotos, filmes, sítios, slides, textos relacionados, referências etc.): EDUCAÇÃO MATEMÁTICA. Disponível em:<http://www.edumatec.mat.ufrgs.br/cursos/trab2/exp4.htm>. Acesso em 12 jul 2010. 51 Atividade 4: Enigma de funções Apresentação: Este é um jogo que possibilita os alunos identificarem as funções quadráticas, sua forma gráfica e algébrica com as suas respectivas características e que desenvolvam a linguagem matemática própria a funções e gráficos e aprimorem o raciocínio lógico-dedutivo. Descrição: O jogo permite ainda que os alunos trabalhem habilidades da leitura e interpretação de gráficos, além de possibilitar o levantamento de hipóteses e a resolução de problemas a partir das relações estabelecidas entre as diferentes funções e suas características. Tipo: Jogo Objetivos: . Descobrir a função de cada oponente; . Relacionar as funções quadráticas apresentadas na forma gráfica e algébrica com suas respectivas características; . Desenvolver a linguagem matemática própria a funções e gráficos; . Aprimorar o raciocínio lógico-dedutivo. Conteúdo estruturante: Função quadrática. Conteúdo básico: Álgebra. Avaliação: . Os alunos podem demonstrar o que aprenderam com o jogo de diferente maneira: . Selecionar duas cartas com função e relacionar todas as perguntas cuja resposta seja sim para as duas ao mesmo tempo. 52 . Voltar à lista de dúvidas produzida antes de jogar e explicar quais delas o jogo ajudou a sanar e quais ainda não. . O professor deverá fazer as intervenções necessárias para o esclarecimento das dúvidas que restaram. Série e nível sugerido: a partir do 1º ano do Ensino Médio. Material necessário e custo: Quatro cartolinas americanas de cores diferentes com custo unitário de R$ 0,85 cada, totalizando R$ 3,40. Duas cartolinas para a confecção de cartazete com as funções, com o custo de R$ 0,80, num total de R$ 1,60. Totalizando... R$ 5,00. Como construir: Desenhe e recorte na cartolina americana 44 retângulos de dimensões 6x9 cm, sendo 24 de uma cor e 24 de outra. Dois baralhos de funções (24 cartas cada baralho) em duas cores distintas em um baralho de perguntas de cor distinta dos outros baralhos (20 cartas). Observação: Dois baralhos de funções (24 cartas cada baralho) em duas cores distintas em um baralho de perguntas de cor distinta dos outros baralhos (20 cartas). Monte um cartazete com as cartas e registre nas cartas as expressões algébricas de funções e gráficos e suas características conforme o esquema abaixo: (Para reproduzir ampliado, em duas cores distintas essas cartas de funções). y = – x² / 2 y = x² – 2x – 3 y = – 2x² + 4x – 3 53 y = -x² + 4x – 12 y = 2x² - 4x y = -x² + 4x – 3 y = x² - 2x y = -x² + 2x – 1 y = x² - 2x + 5 54 y = 2x² - 4x + 3 y = - x² - 8 y = x² + 4x + 6 y = -x² + 2x + 3 y = x² + 4 y = x² + 4x + 4 y = x² - 4x + 3 y = -3x² - 12x y = x² + 4x + 3 55 y = x² + 8 y = -x² -4x – 3 y = 9x² y = -2x² - 8x – 8 y = -x²/4 –x – 5 y = x² + 2x Cartas de perguntas: 56 57 58 59 Cartazete: 60 Cuidados necessários: O professor deve estar atento a organização do material a ser utilizado, como cartas respostas, cartas dos gráficos e cartazete.Esse material deve ser guardado em local seco e arejado. 61 Desenvolvimento da atividade: a) Formar duplas ou duas duplas jogando uma contra a) Cada jogador recebe um conjunto de cartas de funções que devem estar visíveis e organizadas à sua frente. b) As cartas de perguntas são embaralhadas e colocadas no centro da mesa voltadas para baixo. c) O cartazete é colocado de modo que os jogadores possam vê-lo durante o jogo. d) Os jogadores escolhem uma função do cartazete, sem que seu oponente saiba qual é, e registram a forma algébrica da função escolhida. e) O objetivo de cada jogador é descobrir a função de seu oponente f) Decidem-se quem começa e, a partir daí, os participantes ou duplas jogam alternadamente. g) Na sua vez, jogador retira uma carta do baralho e pergunta a seu oponente se a sua função escolhida por ele tem aquela característica. O oponente deve responder apenas sim ou não. O jogador deve excluir as funções que não lhe interessam. h) Por exemplo, se a carta retirada contiver O vértice está no terceiro quadrante? E a resposta for sim, ficam excluídas as funções que não contêm vértices no 3º quadrante, já se a resposta for não, isso significa que a função escondida não tem vértice no 3º quadrante. i) Sucessivamente, as perguntas auxiliam cada jogador a excluir funções até que seja possível concluir qual é a função escolhida por seu oponente. As perguntas não voltam ao baralho. Se o baralho de perguntas terminarem, as cartas são embaralhadas para formar novamente o baralho das cartas de perguntas. j) Ganha o jogo o primeiro jogador que identificar a função escolhida por seu oponente. Potencialidades: neste jogo será explorado características da função quadrática. Limitações: Esse material apresenta alguns dos elementos da função quadrática. Como o jogo é realizado para números pequenos de participantes, o professor terá que possuir muitos exemplares para sua aplicação em sala de aula. 62 Durabilidade e resistência: Consumo Imediato x Baixa Média Alta Mídias Existentes (fotos, filmes, sítios, slides, textos relacionados, referências etc.): SMOLLE, Kátia Stocco; DINIZ, Maria Ignez. Cadernos do mathema: ensino médio. Porto Alegre : Artmed, 2008. 63 Atividade 5: Trabalhando com retângulos. Apresentação: Neste experimento, vamos considerar diversos retângulos que possuem mesma área. Então, mantendo fixa a área dos retângulos, teremos que um dos lados do retângulo dependerá do outro, ou seja, um dos lados serão a variável independente e o outro lado a variável dependente. Tipo: Resolução de problema. Descrição: . Usar folhas de papel quadriculado, diversas por grupo; . Uma régua por aluno; . Folhas de papel milimetrado, uma por aluno. Objetivos: Estimular o cálculo de área máxima e mínima. Conteúdo Estruturante: Números e Álgebra Conteúdo Básico: Função. Avaliação: A avaliação será efetuada através da observação do desenvolvimento da atividade, a socialização e interação entre os componentes do grupo. Série e nível sugeridos: A partir da 8ª série do Ensino Fundamental. Material necessário e custo: Consumo Ordem Especificação Unidade Valor Unitário (R$) Quant. Valor Total (R$) 1 Papel quadriculado folha 0,30 3 0,90 2 Papel milimetrado folha 0,30 3 0,90 Subtotal – Consumo 1,80 Apoio 64 1 Régua peça 0,50 1 0,50 2 Tesoura peça 2,00 1 2,00 3 Lápis peça 0,20 1 0,20 4 Borracha peça 0,80 1 0,80 5 Caneta esf. peça 0,60 1 0,60 Subtotal - Apoio 4,10 Total 5,90 Como construir: . Formar grupos de dois ou três alunos; . Construir, com as folhas de papel quadriculado, retângulos de mesma área: (1x36, 2x18, 3x12 e 6x6 em cm); . Construir uma tabela com os valores dos lados dos retângulos construídos (x e y); A tabela abaixo mostra a relação de alguns retângulos de área 36: . X - Lado 1 do retângulo Y – Lado 2 do retângulo 01 36 02 18 03 12 04 09 06 06 Construir, na folha de papel milimetrado, o gráfico (lado1 do retângulo x lado2 do retângulo) a partir dos valores de x e y. Cuidados necessários: Retomar o conceito de área, acompanhar a construção dos retângulos com mesma área. Desenvolvimento da atividade: 1. Encontre uma possível equação para a situação trabalhada, a partir dos dados obtidos no experimento. 2. Sabemos que a área do retângulo é calculada da seguinte maneira: S = x.y 65 Como, em nosso experimento, a área do retângulo é fixa, então a equação de y em função de x é: y = S / x Observe que se dobrarmos o valor de x, reduziremos y à metade; se triplicarmos o valor de x, reduziremos y à terça parte; se quadruplicarmos o valor de x, reduziremos y à quarta parte; e assim por diante. Relações que apresentam essas características são chamadas de "relações inversamente proporcionais". Este gráfico recebe o nome de hipérbole. Potencialidades: Trabalhar o conceito de função. Limitações: Este jogo é recomendável para alunos a partir da 8ª série do Ensino Fundamental. Durabilidade e resistência: Consumo Imediato x Baixa Média Alta Mídias Existentes (fotos, filmes, sítios, slides, textos relacionados, referências etc.): EDUCAÇÃO MATEMÁTICA. Disponível em:<http://www.edumatec.mat.ufrgs.br/cursos/trab2/exp4.htm>. Acessado em 12 jul 2010. 66 Atividade 6: Família de função Apresentação: É um jogo de raciocínio lógico, que possibilita que os alunos identifiquem características das funções afins e quadráticas fazendo a leitura e a escrita algébrica e a análise de gráficos. Descrição: É um jogo feito em cartolina americana com 39 cartas retangulares que pode ser jogado com dois ou quatro participantes. Tipo: Jogo Objetivos: . Relacionem as funções apresentadas nas formas gráficas e algébricas com suas respectivas características; . Desenvolva a linguagem matemática própria a funções e gráficos e aprimorem o raciocínio lógico e educativo. Conteúdo Estruturante: Funções afins e quadráticas. Conteúdo Básico: Álgebra. Avaliação: O estudo da função afim e quadrática pode ser motivado via problema de aplicação, em que é preciso encontrar certo ponto de máximo/mínimo. O estudo dessa função – posição do gráfico, coordenadas do ponto máximo/mínimo, zeros da função – deve ser realizado de forma que o aluno consiga estabelecer as relações 67 entre o “aspecto” do gráfico e os coeficientes de sua expressão algébrica, evitandose a memorização de regras. Nesse estudo, também é pertinente deduzir a fórmula que calcula os zeros da função quadrática (a fórmula de Baskara) e a identificação do gráfico da função quadrática com a curva parábola, entendida esta como um lugar geométrico dos pontos do plano que são eqüidistantes de um ponto fixo e de uma reta. Série e nível sugerido: A partir do 1º ano do Ensino Médio. Material necessário e custo: . Duas cartolinas americanas com custo unitário de R$ 0,85, totalizando R$1,70. . Uma folha de papel milimetrado com custo de R$ 0,50. . Um pincel atômico preto, com o custo de R$ 3,75. . Papel contact transparente R$ 6,45/m . Total do custo... R$ 5,95 Como construir: a) Desenhe e recorte 39 retângulos de dimensão 6x9 cm. b) Construa um envelope para guardar as cartas. c) Registre nas cartas as expressões algébricas de funções e gráficos e suas características conforme o quadro seguinte (cartas): y = 2/3 y=-4 y = -1/4x -1/2 y = -x + 2 68 y = 2x + 1 y=x +1 y = - x² + 2x - 1 y= y = 2x² - x y = x² + 3 2 para 3 y = - 3x² -2 é raiz da função. qualquer x do domínio. y ≤ 0 quando 1 x≤ 2 e y≥0 1 quando x ≥ 2 1 é coeficiente angular e linear da função. É uma função afim decrescente. A função é y = -4 para O gráfico da crescente em qualquer x do função intercepta O gráfico passa ]-∞,0] e domínio. o eixo y no ponto pelo ponto (0,0). decrescente em Possui concavidade para baixo e f(0) = -1 da ordenada - 4. [o , +∞[ 69 O gráfico passa O gráfico passa O gráfico da pela origem do pelo ponto (0, 1). função é uma reta plano cartesiano. FUNÇÃO que passa por (0,2) e (2,0). FUNÇÃO 70 d) Plastifique-as com o papel contact transparente. Cuidados necessários: . Professor deve estar sempre verificando se os alunos estão recortando corretamente. . Observar o manuseio da tesoura. . Para construir o material é importante que se preserve os registros das expressões gráficas, pois eles foram escolhidos de forma adequada, conforme o objetivo e o desenvolvimento do jogo. . Na conservação, o material em papel cartolina deverá ser guardado em local seco e arejado. Desenvolvimento da Atividade: a) Número de participantes: de 2 a 4 b) O objetivo do jogo é formar famílias de 4 cartas. Cada família é formada pela expressão algébrica da função pelo esboço do seu gráfico e por duas outras cartas que contém propriedades, da função, a saber: ponto importante do gráfico, comportamento do sinal da função. É possível formar no máximo, 10 famílias. c) Embaralham-se as cartas e coloca-se o baralho sobre a mesa, com o registro não visto. d) Um dos jogadores tira uma das cartas do baralho e a coloca sobre a mesa com o registro à vista. e) O próximo a jogar procede do mesmo modo. 71 f) Se a carta tirada por um dos jogadores pertence à mesma família de uma das cartas já viradas, coloca-se a carta retirada abaixo da carta da mesma família. Caso contrário, coloca-se a carta sobre a mesa, sem aproximar de outras cartas. g) Se um dos jogadores colocar uma das cartas na família errada ele perde a vez de jogar, e essa carta é colocada no final do baralho. h) se a carta tirada for uma carta função, ele poderá utilizá-la para formar um trio de jogo para formar uma família. i) O jogo termina quando não for possível formar mais famílias. j) Ganha o jogo quem tiver maior pontuação, de acordo com as seguintes regras: . Sempre que um dos jogadores retirar uma carta que pertence à mesma família de uma das cartas da mesa, coloca a carta retirada ao lado da carta da mesma família e ganha um ponto. . O jogador que completar uma das famílias ganha cinco pontos. Potencialidades: através desse jogo podemos relembrar as equações do 1º e 2º graus, dando suporte para que o educando possa conceituar funções. Limitações: Esse material apenas apresenta alguns dos elementos de funções de 1º e 2º graus. Como o jogo é realizado para números pequenos de participantes, o professor terá que possuir muitos exemplares para sua aplicação em sala de aula. Durabilidade e resistência: a cartolina americana é um material de baixa durabilidade. Mídias Existentes (fotos, filmes, sítios, slides, textos relacionados, referências etc.): SMOLLE, Kátia Stocco; DINIZ, Maria Ignez. Cadernos do mathema: ensino médio. Porto Alegre: Artmed, 2008. 72 Atividade 7: Uso do software Geogebra na construção de parábolas. Apresentação: Esta situação de aprendizagem foi elaborada, porque inclui conteúdo diretamente relacionado com as competências essenciais do domínio da ”Álgebra”. Considera ainda aspectos transversais da Matemática: comunicação matemática; prática compreensiva de procedimentos e exploração de conexões. O software Geogebra é interativo, com essa atividade irá facilitar a compreensão na construção de uma parábola. A tarefa a desenvolver tem como ponto de partida os conhecimentos já adquiridos pelos alunos, designadamente: o conceito do foco de uma função quadrática e a construção da parábola. Tipo: Atividades. Descrição: Esta atividade pode ser desenvolvida com os alunos das oitavas séries do Ensino Fundamental e primeiras séries do Ensino Médio, após serem trabalhadas, a definição de parábola e a função quadrática. Pode ainda, ser utilizada quando os conteúdos que abordam as cônicas forem trabalhados. Esta atividade deve ser realizada no laboratório de informática da escola. Em cada computador deverá ficar apenas dois alunos, para que o trabalho se torne mais fácil, tendo a participação de todos. O professor deverá conversar com os alunos, passando as informações gerais sobre a atividade, explicando que, para que os objetivos sejam atingidos será necessário que todos caminhem juntos, ou seja, realizem a atividade “passo a passo”, para que concluam juntos. O aluno que tiver mais conhecimento em informática deverá auxiliar o colega para que todos entendam os comandos do programa. 73 Objetivos: Construir parábolas com as funções quadráticas, mostrando a relação dinâmica de seus coeficientes e suas representações gráficas. Mostrar aos alunos que se pode relacionar a informática com a Matemática. Proporcionar uma aula agradável aos alunos, utilizando uma das coisas que eles mais se interessam hoje, ou seja, o computador. Despertar a criatividade dos alunos, ao verificar o que podemos fazer utilizando um software, trabalhando com conteúdos matemáticos. Desenvolver estratégia, aguçar o raciocínio lógico e indutivo dos alunos. Promover uma interação entre os alunos, utilizando a troca de informações entre si, no âmbito da informática. Conteúdo Estruturante: Números e álgebra. Conteúdo Básico: Função quadrática. Avaliação: Os alunos serão avaliados no decorrer da atividade. Serão levados em consideração o comprometimento na realização da atividade e a criatividade na elaboração de situações para a assimilação do conteúdo de função quadrática. Ao final, será distribuída uma ficha para identificar os conhecimentos construídos. Série e nível sugerido: A partir da 8ª série do Ensino Fundamental, explorando na 1ª série do Ensino Médio. Material necessário e Custo: Utilização de computadores no Laboratório de Informática e que tenham o software Geogebra instalado. 74 Cuidados Necessários: Conhecimento e habilidade com o software Geogebra, isso facilitará a construção da parábola. Desenvolvimento da Atividade: Para iniciar a atividade proposta, siga os “passos” a seguir: 1. Abrir a tela do Geogebra. 2. Construir uma reta horizontal, que será a diretriz da parábola, utilizando a ferramenta e clicar em reta definida por dois pontos; 2.1. Ocultar os pontos A e B que aparecerão sobre a reta. Clicar sobre o ponto A, com o botão direito do mouse e desmarcar a opção exibir objeto. Repetir o procedimento para o ponto B; 2.2 Entrar no menu exibir e desmarcar a opção eixo para ocultar o plano cartesiano. 2.3 Clicar sobre a reta com o botão direito do mouse, em seguida, ir para a opção Renomear, digitar a letra d e clicar em Aplicar; 3. Marcar um ponto D sobre a reta d, utilizando a ferramenta Novo ponto 4. Marcar um ponto F fora da reta, que será o foco da parábola; 75 5. Construir um segmento de reta DF, utilizando a ferramenta Reta definida por dois pontos ·, selecionar a opção Segmento definido por dois pontos, em seguida, clicar sobre os pontos D e F; 6. Construir a mediatriz m do segmento DF, utilizando a ferramenta selecionando a opção mediatriz, e clicar sobre o segmento DF; 7. Construir a perpendicular s à reta d, passando pelo ponto D. Usar a ferramenta , selecionar a opção reta perpendicular, clicar sobre a reta d e sobre o ponto D. 8. Marcar o ponto P de intersecção de t com s, utilizando a ferramenta . Selecionar a opção intersecção de dois objetos, em seguida clicar sobre as retas s e t. 9. Selecionar a mediatriz m, clicando sobre ela com o botão direito do mouse, ir para a opção Habilitar rastro. Em seguida, utilize a ferramenta animação clicar sobre o ponto D e arraste-o sobre a diretriz d. O lugar geométrico do ponto P (rastro), quando D se move sobre a reta d, é o que chamamos de Parábola. Depois de concluída esta atividade, a construção deverá ficar como mostra a figura abaixo: 76 10. Para desfazer os rastros da mediatriz m, clicar no menu Editar e selecionar a opção desfazer, e começar a dinâmica novamente. Observação: Para alterar a cor dos objetos, basta clicar sobre eles com o botão direito do mouse e selecionar a opção propriedades, em seguida clicar em cor, e selecionar a cor desejada. O professor deverá neste momento, fixar a definição de parábola, mostrando que quando o ponto D se move sobre a diretriz d, o ponto P está sempre equidistante do foco F e da diretriz. Em seguida, deve-se dar procedimento ao assunto, já que a função quadrática foi trabalhada com os alunos, construindo parábolas utilizando o software Geogebra, mostrando a relação que há entre os coeficientes a, b e c da função f(x) = ax2+bx+c e sua representação no plano cartesiano. Para isso deve-se prosseguir da seguinte forma: 1. Criar um objeto a (coeficiente de x2), digitando a=2 na Barra de Entrada, que após clicar Enter, aparecerá na coluna que está do lado esquerdo na tela. Clicar sobre o objeto a com o botão direito do mouse, e selecionar a opção exibir objeto. 2. Repetir o processo do item anterior para criar os objetos b (coeficiente de x) e c (termo independente). 3. Digitar na Barra de Entrada a função f(x) =a*x^2+b*x+c e clicar em Enter. 4. Para observar a relação do coeficiente a com a curva, deve-se selecionar a ferramenta mover , em seguida, clicar sobre a bolinha dos valores de a que aparece na tela principal sobre uma reta, e movê-la. Haverá uma alteração de valores, que poderá ser observada graficamente. 5. Para observar a relação que há entre o coeficiente b e a curva, deve-se clicar sobre a bolinha dos valores de b e movê-la. 6. Para observar a interferência do termo independente c, na função, deve-se clicar sobre a bolinha dos valores de c e movê-la. Potencialidades: 77 O Geogebra é um software gratuito de matemática dinâmica, onde podemos trabalhar a geometria, a álgebra e o cálculo. Este software nos oferece a oportunidade de visualizar a relação da representação algébrica com a geométrica de um objeto em estudo. Este software se encontra instalado nos computadores da escola. Estes são apenas alguns exemplos do que se pode fazer com o Geogebra. Cabe a cada docente, explorar este software dentro deste conteúdo e de muitos outros que são abordados em sala de aula. Acredito que os próprios alunos, que tem facilidade em informática, se tiverem oportunidade de trabalhar com o Geogebra, poderão descobrir muitas formas de utilizá-lo auxiliando o professor durante suas aulas, tornando os conteúdos matemáticos mais significativos e interessantes. Limitações: A escola deverá possuir pelo menos um computador para cada dois alunos, na sala de informática. Durabilidade e Resistência: Cuidado no manuseio dos computadores. Mídias Existentes (fotos, filmes, sítios, slides, textos relacionados, referências etc.): MATERIAL DIDÁTICO. Terceira atividade proposta. Disponível em: <http://www.mat.uel.br/matessencial/superior/pde/mirtes-atividade3-proposta.pdf> e <http://www.sato.prof.ufu.br/Conicas/Curso_ConicasAplicacoes.pdf>. Acesso em 21 jun 2010. 78 Atividade 8: Resolvendo equações através do cálculo mental Apresentação: Antes de apresentar técnicas para a resolução de equações, induzimos os estudantes a solucioná-las por tentativas, para que se atenham inicialmente ao significado de resolvê-las, focando a atenção em satisfazer a igualdade. Para isto, propomos um jogo, no qual os alunos devem resolver as equações por tentativa. Por exemplo, para encontrarmos as raízes de (x + 1) 2 = 9, vemos que tanto 3 como -3 elevados ao quadrado dão 9. Para obtermos o 3, x deve valer 2, e para obtermos o -3, x devem valer -4. Numa equação como (x+3) (x-1) = 0, salientamos que um dos fatores seria obrigatoriamente nulo, seguindo-se que x = -3 ou x=1. Descrição: O jogo pares fora consta de 28 cartas a serem distribuídas igualmente entre 4 jogadores, um dos quais dará início ao jogo, comprando uma carta do adversário à sua direita. Após comprá-la ele deve descartar todos os pares, sendo que um par consiste numa equação e sua respectiva solução. O jogador do qual foi retirada uma carta, deve comprar uma carta do jogador à sua direita e descartar os pares que tiver e assim sucessivamente, até que algum dos jogadores fique sem nenhuma carta. Este será o vencedor. Tipo: Jogo Objetivos: Estimular a percepção do aluno na identificação das várias formas de escrita da função quadrática. Conteúdo estruturante: Equações. Conteúdo básico: Álgebra Série ou nível sugerido: a partir do oitavo ano do ensino fundamental. Material necessário e custo: 79 . Duas cartolinas americanas com custo unitário de R$ 0,85, totalizando R$ 1,70. . Papel contact transparente R$ 6,45/m. Como construir: . Desenhe e recorte na cartolina americana 28 retângulos de dimensões 6x9 cm. . Registre nas cartas as equações quadráticas e suas respectivas respostas conforme as cartas a seguir: 80 Observação: sugestão para as demais cartas, as funções e seus respectivos resultados: x’ x=1 e x’’ = 1 y = - 3x² - 6x + 9 ou x = - 3 x= 5 x= 3 y = x² - 25 ou x = - 5 y = x² -2x – 3 = 0 ou x = - 1 x=3 x=3 y = x² – 5x + 6 ou x = 2 y = 3 - 4x + x² ou x = 1 x = 2 ou x=-4 y=x²+x–6 x=-3 y = x² + 5x +4 ou x= - 1 A seguir, plastifique-as com o papel contact transparente, para garantir maior y= -x² + 2x – 1 durabilidade. Cuidados necessários: . O professor deve estar sempre verificando se os alunos estão recortando corretamente. . Par construir o material é importante que se preserve os registros das expressões, pois elas foram escolhidas de forma adequada, conforme o objetivo e o desenvolvimento do jogo. Desenvolvimento da atividade: a) Distribuir as 28 cartas a serem distribuídas igualmente entre 4 jogadores. b) Um aluno inicia o jogo, comprando uma carta do adversário à sua direita. c) Após comprá-la ele deve descartar todos os pares, sendo que um par consiste numa equação e sua respectiva solução. 81 d) O jogador do qual foi retirada uma carta, deve comprar uma carta do jogador à sua direita e descartar os pares que tiver e assim sucessivamente. e) O jogo continua até que algum dos jogadores fique sem nenhuma carta. Este será o vencedor. Potencialidades: através desse jogo podemos fazer a averiguação de aprendizagem sobre equação do 2º grau. Limitações: Esse material fica restrito a equação do 2º grau. Como o jogo é realizado para números pequenos de participantes, o professor terá que providenciar vários exemplares para sua aplicação em sala de aula. Durabilidade e resistência: a cartolina americana é um material de baixa durabilidade. Mídias Existentes (fotos, filmes, sítios, slides, textos relacionados, referências etc.): ALMEIDA, Maria de F. L. B. de Paiva; SILVA, Uyanna Souza. Equação e função quadráticas por meio de jogos e problemas. Disponível em: <http://www.sbem.com.br/files/ix_enem/Minicurso/Trabalhos/MC05162087726T.doc>. Acesso em 08 2010. 82 Atividade 9: Descobrindo raízes de equações quadráticas completas Apresentação: Este é um jogo que proporciona a interação entre os alunos de forma lúdica, permitindo ao participante realizar o cálculo mental de raízes de equações quadráticas completas. Este jogo pode ser aplicado em sala de aula, em laboratório de ensino de matemática e até em atividades extracurriculares. Tipo: Jogo Descrição: Jogo composto por 5 tabelas retangulares de dimensões 9 cm x 18 cm, e 48 peças retangulares de dimensões 3 cm x 6 cm, feitas de cartolina americana. Objetivo: Exercitar o cálculo de raízes de equações quadráticas completas. Conteúdo estruturante: Número e Álgebra. Conteúdo básico: Equações quadráticas completas. Avaliação: Observar se o aluno estabeleça relação entre os coeficientes e as raízes. Série e nível sugerido: Como revisão no 1ª série do Ensino Médio e 8ª série do Ensino Fundamental e (importante trabalhar com alunos que tenham conhecimento sobre o assunto). 83 Material necessário e custo: Obs.: Para aplicação em sala de aula e para o LEM, amostra em cartolina plastificada). Consumo Ordem Especificação Unidade Valor Quant. Valor Total (R$) unitário 1 Cartolina Folha 1,80 1 1,80 Folha 1,80 1 1,80 metro 6,45 1 6,45 americana amarela 2 Cartolina americana azul 3 Papel contact transparente Subtotal 10,05 Material de apoio Ordem Especificação Unidade Valor unitário 1 Régua Peça 0,50 2 Tesoura Peça Reutilizável 3 Lápis Peça Reutilizável 4 Caneta esferográfica preta Peça Reutilizável 5 Pincel atômico Peça 6 Borracha Peça Quant. Valor Total (R$) 1 0,50 1,50 2 3,00 0,50 1 0,50 Subtotal 4,00 Total 14,05 84 Como construir: a) Na folha de cartolina ou EVA, desenhe e recorte 5 cartelas de dimensões 9 cm x 18 cm, contendo cada uma delas o registro de 9 equações quadráticas completas, conforme sugestão a seguir: x² + 10x – 39 = 0 n² + 8n + 15 = 0 s² - 2s – 3 = 0 m² - m – 20 = 0 r² - 6r + 5 = 0 u² - 8u + 15 = 0 y² - 10y + 21 = 0 p² + 6p – 91 = 0 t² + 10t + 9 = 0 x² + 2x – 3 = 0 n² + 9n + 14 = 0 s² - 6s – 91 = 0 y² - 20 y + 51 = 0 p² + 3p – 4 = 0 t² - 7t + 10 = 0 m² - 3m – 10 = 0 r² - 4r + 3 = 0 u² - 16u + 60 = 0 x² + 6x – 7 = 0 n² + 20n + 19 = 0 s² - 4s – 12 = 0 y² - 7y + 6 = 0 p² + 7p – 44 = 0 t² - 5t + 6 = 0 m² - 2m – 8 = 0 r² - 12r – 45 = 0 u² - 3u + 2 = 0 x² + 5x – 6 = 0 n² + 5n + 4 = 0 s² - s – 12 = 0 y² - 13y + 40 = 0 p² + 6p – 16 = t² + 4t + 3 = 0 m² - 8m – 48 = 0 r² - 5r + 4 = 0 u² - 10u + 16 = 0 x² + 2x – 35 = 0 n² + 6n + 5 = 0 s² - 4s – 5 = 0 y² - 10y + 24 = 0 p² + 8p – 20 = 0 t² + 18t + 72 = 0 m² - 2m – 15 = 0 r² - 6r – 7 = 0 u² - 7u + 12 = 0 b) Com a cartolina desenhe e recorte 48 cartões de dimensões 3 cm, sendo 45 com os seguintes resultados descrito abaixo e três cartões com figuras de palhaço, representando os coringas: -13 ; 3 6 ; 12 -3;1 -1;-9 -19 ; - 1 2;3 2;5 1;4 -4;-1 -1;7 -7;1 -3; 4 2;8 3;4 -6 ; 1 1;5 -1 ; 5 -5;-1 1;3 -3 ; - 1 5;8 85 -3;5 -7;5 4; 6 -2 ; 5 -4;5 -1;3 -2;4 3;7 - 11 ; 4 3 ; 17 -4;1 -5;-3 - 13 ; 7 - 7 ; 13 -2;6 1;6 -7;-2 -8;2 - 3 ; 15 - 4 ; 12 6 ; 10 - 10 ; 2 3;5 1;2 A seguir plastifique-as com o papel contact transparente para maior durabilidade. Cuidados necessários: a) Na aplicação: O professor deve verificar se os alunos estão fazendo corretamente as resoluções. b) Na construção: Após escrever com a caneta de tinta molhada é necessário esperar um tempo para a secagem da tinta. c) Na conservação: O material em cartolina americana deverá ser guardado em local seco e arejado. Desenvolvimento da atividade: a) Jogos para 2 a 5 participantes. b) Cada jogador recebe uma cartela. Embaralham-se as fichas, colocando-as empilhadas com o registro não a vista. c) O primeiro jogador compra uma ficha e verifica se o registro nela contido são raízes de uma das equações quadráticas em sua cartela. Caso isso ocorra, coloca a ficha sobre a equação correspondente; caso contrário, a ficha deverá permanecer sobre a mesa, com o registro a vista. d) O próximo jogador comprará uma ficha do monte ou da mesa e procederá como exposto anteriormente. e) Nas próximas jogadas, os jogadores poderão comprar uma ficha do monte ou uma ficha da mesa, se esses puderem ser colocados corretamente sobre as equações quadráticas de sua cartela. f) Se o jogador comprar ficha coringa poderá colocá-la sobre qualquer uma das equações quadráticas da cartela e esta ficha poderá ser movimentada livremente para qualquer outro registro da operação que lhe convier. 86 g) Vencedor: o primeiro jogador que completar corretamente todos os registros das equações quadráticas de sua cartela. Potencialidades: É possível trabalhar outros conteúdos matemáticos; utilizando a mesma estrutura desse jogo. Limitações: O jogo por ser realizado por um número pequeno de participantes, o que obriga o professor possuir muitos exemplares para a aplicação em sala de aula. Durabilidade e Resistência: Em cartolina Consumo imediato x Baixa Média Alta Mídias Existentes (fotos, filmes, sítios, slides, textos relacionados, referências etc.) ANDRINI, Álvaro. Novo Praticando Matemática, 8/ Álvaro Andrini, Maria José Zampirolo – São Paulo: Editora do Brasil, 2007. REIS, Lourisnei Fortes dos. Aplicando a Matemática, 8/ Reis & Trovan. Tatuí, São Paulo:Casa Publicadora Brasileira, 2006. TOSATTO, Cláudia Miriam. Ideias e Relações, 8ª série/ Cláudia Miriam Tosatto, Edilaine do Pilar F. Penacchi, Violeta Maria Estephan – Curitiba: Nova Didática, 2002. 87 88 12. Apêndice B: Linha do Tempo do Conceito de Função Babilônios (2.000 a.C) – “funções tabuladas” (tabelas sexagesimais de quadrados e de raízes quadradas) Eric Temple Bell: Função é uma tabela ou correspondência entre elementos da coluna da esquerda e uma expressão, por exemplo, n2 + n3, na coluna da direita. Gregos – Interpolação linear Nicole Oresme (1361) – descreveu graficamente um corpo movendo-se com aceleração uniforme (descreve aspectos qualitativos, sem a utilização de medidas) René Descartes (1637): Função é qualquer potência de x. Por exemplo: x, x2, x3,... Leibniz (1692): Utilizou a expressão “função” para designar uma quantidade associada a uma curva. Por exemplo: as coordenadas de um ponto da curva; o comprimento de uma tangente à curva. Bernoulli (1718): Função é qualquer expressão analítica envolvendo uma variável e quaisquer constantes Euler (1750): Não exige que a função seja expressa por uma expressão analítica, mas, por exemplo, por uma curva. Obs. Deve-se a Euler a notação f(x). Lagrange (1800): Restringia o significado de função a uma representação em série de potência. Fourier (1822): Uma função arbitrária pode ser representada por uma série trigonométrica. Dirichlet (final do séc. XIX): 89 “y é função de x, se y toma um ou mais valores definidos para cada um de certos valores que x pode assumir em um dado intervalo (xo, x1).” Riemann- Dirichlet (final do século XIX): “Sejam x e y duas variáveis representativas de conjuntos de números. Diz-se que y é função de x (y = f(x)) se, entre as duas variáveis, existe uma correspondência unívoca, no sentido x→y”. x: variável independente y: variável dependente. Com a criação da teoria dos conjuntos por George Cantor, função passou a ser definida em termos de pares ordenados de elementos, não necessariamente números. 90