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DANNILO HENRIQUE FERNANDES RIBEIRO
AS DIFERENÇAS ENTRE OS COPPINGS DO SISTEMA
IN-CERAM (ALUMINA, SPINELL E ZIRCÔNIA)
REVISÃO DE LITERATURA
GOIÂNIA – GO
2009
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ESCOLA DE APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL - GOIÂNIA
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PRÓTESE DENTÁRIA
AS DIFERENÇAS ENTRE OS COPING DO SISTEMA
IN-CERAM (ALUMINA, SPINELL E ZIRCÔNIA)
REVISÃO DE LITERATURA
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado
ao
Curso
de
Especialização em Prótese Dentária
pela Escola de Aperfeiçoamento
Profissional como requisito parcial
para
obtenção
do
título
de
Especialista em Prótese Dentária.
Orientador: Prof. Ms. Danilo Rocha
Dias
GOIÂNIA – GO
3
2009
RESUMO
A cerâmica pura (metal-free) tem sido uma opção largamente utilizada nas
restaurações odontológicas em dentes posteriores e anteriores por
proporcionar enorme semelhança ao dente natural e, por isso, excelência na
estética. Da diversidade de sistemas cerâmicos disponíveis no mercado para a
fabricação de restaurações parciais e coroas, o sistema cerâmico In Ceram tem
sido muito utilizado. A seleção clínica dos materiais restauradores é baseada
em parâmetros que envolvem a estética, biocompatibilidade e resistência,
portanto, as coroas In Ceram podem ser indicadas satisfatoriamente para
restaurações de dentes anteriores e posteriores. Neste estudo cujo objetivo foi
analisar as diferenças entre os coping do sistema In Ceram (In Ceram Alumina,
In Ceram Spinell, In Ceram Zircônia) pôde-se concluir que o referido sistema é
uma alternativa viável na reabilitação protética.
Palavras-chave: Prótese fixa, Metal free, In Ceram, Cerâmicas.
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ABSTRACT
The ceramic (metal-free) option has been widely used in dental restorations in
posterior teeth and below by providing striking resemblance to the natural tooth
and therefore the aesthetic excellence. Diversity of ceramic systems available in
the market for the manufacture of partial restorations and crowns the ceramic
system In Ceram and more used. The clinical selection of restorative materials
is based on parameters involving aesthetics, biocompatibility, resistance,
therefore, In Ceram crowns can be shown to the satisfaction of restoration of
anterior and posterior teeth. This study aimed to analyze the differences
between the coping system In Ceram (In Ceram Alumina, In Ceram Spinell, In
Ceram Zirconia) to suggest that this system is a viable alternative for prosthetic
rehabilitation.
Keywords: Fixed Partial Denture, Metal free, In Ceram, Ceramics.
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1 INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, as pessoas têm demonstrado preocupação com um
corpo e face mais esteticamente perfeitos. Isso faz com que a Odontologia
busque maiores aprimoramentos para atender à necessidade de reabilitação
do paciente, não só funcionalmente, mas também no que se refere à estética.
Segundo Diego et al (2007), as técnicas de restauração dentárias vem
evoluindo significativamente em função do uso de materiais cerâmicos cujo
avanço ocorreu a partir de 1970. Tais materiais apresentam vantagens
relativas, em face do alto desempenho das suas propriedades funcionais,
sobretudo no que tange à estética, biocompatibilidade e resistência química.
Na opinião de Gomes et al (2008) a propriedade óptica e a durabilidade
química, dentre outras qualidades das cerâmicas odontológicas tais como a
excelente estética e dureza estimulou o rápido desenvolvimento deste material
no contexto científico com o propósito de atender ao exigente mercado voltado
à melhoria da estética. A porcelana pode ser considerada um tipo especifico de
cerâmica. Entretanto, pode-se perceber que esses termos são utilizados
aleatoriamente.
Busca-se cada vez mais eliminar a subestrutura metálica das
restaurações, incluindo as restaurações sobre implantes, para se alcançar
maior qualidade na estética, utilizando para isso cerâmicas de maior
tenacidade à fratura (DIEGO et al., 2007)
Desde a introdução da primeira coroa de cerâmica pura produzida em
1903, ocorreram importantes avanços no que se refere ao desenvolvimento e à
modernização das cerâmicas dentais (ANUSAVICE, 1997).
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O grande problema relatado é no que se refere à resistência desses
materiais. Tal problema, só foi contornado através da incorporação de cristais
de reforço. As cerâmicas dentais se classificam quanto à sua constituição em:
cerâmicas
feldspáticas;
cerâmicas
reforçadas
com
leucita;
cerâmica
enriquecida com alumina, alumina infiltrada por vidro e cerâmica de vidro.
O Sistema In Ceram foi introduzido em 1987, pelo francês Sadoun e
consiste em um material cerâmico à base de Al2O3 que é sinterizado em
densidade extremamente alta e, posteriormente, infiltrado por vidro, o que lhe
confere propriedadaes mecânicas superiores (ROCHA; ANDRADE; SEGALLA,
2004). É altamente resistente à fratura. De acordo com Rodrigues Jr. et al.
2005 o sistema In-Ceram (Vita) surgiu, comercialmente em 1989, sendo
classificado em In-Ceram Alumina,e In-Ceram Zircônia e In-Ceram Spinell. O In
Ceram Zircônia possui 20% de Zircônia e 80% de alumina e é o mais resistente
dos três. O In Ceram Zircônia e o In eram Spinell são originados de
modificações no In Ceram Alumina original.
Não há dúvidas de que o sistema cerâmico In Ceram (Vita) produzido
através da infiltração do vidro no coping de alumínio foi visto como promissor já
que apresenta alta resistência à fratura (442MPa) em virtude do alto teor de
alumina (AIZO3) (ANUSAVICE, 1993). Com base nesse fato, esse sistema
atingiu enorme aceitação pelos profissionais de odontologia para a confecção
de coroas anteriores, pelo fato de superar no quesito resistência, outros
sistemas anteriores para a mesma função.
De acordo com Rocha; Andrade; Segalla (2004) A substituição de parte
do Al2O3, para formar a estrutura do In Ceram Spinell (MgAl2O3), possibilitou
melhoria na translucidez, ao passo que a obtenção da estrutura do In Ceram
Zircônia (Al2O3ZrO) proporcionou significativa melhora nas características
mecânicas. Com base nesses fatos, é possível afirmar que o sistema In Ceram,
com suas diferentes estruturas, apresenta versatilidade, e pode ser aplicado
nas mais variadas situações clínicas, atendendo aos requisitos mecânicos e
estéticos.
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Entre todos os sistemas cerâmicos existentes, a literatura aponta o
sucesso do sistema In Ceram por apresentar propriedades notáveis, no que
tange à resistência e também à estética.
O sistema In Ceram utiliza o princípio de construção da infra-estrutura
composta de um material cristalino (AI2O3), que ganha sua resistência pela
infiltração subseqüente da matriz vítrea. Esse apresenta uma resistência
flexural de 450MPa, excelente compatibilidade de cor com os dentes naturais,
e uma taxa de sucesso clínico e laboratorial documentada na literatura por
mais de 20 anos. Vale ressaltar que quanto às forças flexurais existem
diferenças entre os três tipos de copings de In Ceram, conforme se verificará
neste estudo.
Pode-se perceber a previsibilidade do sucesso que os sistemas
cerâmicos garantem hoje, mantendo, com isso, um padrão de estética com
grande aceitabilidade. Sabe-se que o objetivo final de dada restauração de
cerâmica pura é apresentar bom comportamento mecânico.
Com base nas informações anteriores, este trabalho se propõe a
apresentar as diferenças entre os diferentes copings (Alumina, Spinell e
Zircônia) desse sistema cerâmico, tendo em vista suas aplicações clínicas
utilizando para isso, a análise bibliográfica.
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2 REVISÃO DE LITERATURA
As
cerâmicas
odontológicas
segundo
Anusavice
(1997),
são
compostas por elementos metálicos (alumínio, cálcio, lítio, magnésio, potássio,
sódio, lantânio, estanho, titânio e zircônio) e substâncias não metálicas (silício,
boro, flúor e oxigênio) e caracterizadas por duas fases: uma fase cristalina
circundada por uma fase vítrea. A matriz vitrosa é composta por uma cadeia
básica de óxido de silício (Si04), sendo que a proporção Si:O está relacionada
com a viscosidade e expansão térmica da porcelana. Já a quantidade e
natureza da fase cristalina ditam as propriedades mecânicas e ópticas. Além
disso, a formulação da porcelana deve ser feita de modo a apresentar
propriedades, como fundibilidade, moldabilidade. injetabilidade, usinabilidade,
cor, opacidade, translucidez, resistência à abrasão, resistência e tenacidade à
fratura.
Em 1965, Mclean; Hughes desenvolveram a cerâmica aluminizada,
utilizada até hoje, composta de uma porcelana feldspática com adição de 50%
de óxido de alumina, aumentando desta maneira a resistência à compressão.
Pode ser utilizada como reforço substituindo a estrutura metálica nas metalocerâmicas, na qual é aplicada a camada da porcelana feldspática convencional,
reproduzindo o contorno e tonalidade de um dente natural. A adaptação
marginal da cerâmica aluminizada é, no entanto, inferior a da metalo-cerâmica,
pois a porcelana sofre contração durante o processo de cocção. Em estudos
posteriores observou-se que as fraturas que ocorrem nesse tipo de cerâmica
foram: 2% nos anteriores e 15% nas coroas posteriores (MCLEAN, 1984;
AMERICAN DENTAL ASSOCIATION, 1985).
Em 1988, Sadoun conseguiu produzir um coping de alta resistência
que recebeu o nome de In Ceram. Esse sistema possui dois estágios de
procedimentos. No primeiro estágio uma estrutura de alumina sinterizada é
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criada através do processo slip-casting. Em seguida, ela é infiltrada por uma
fina camada de vidro colorido, conferindo uma resistência em torno de 650
MPa, tornando o coping apto a receber uma cerâmica especial de
revestimento.
Segundo Naylor, 1992, a composição da porcelana feldspática é
basicamente mineral e são representados pelo feldspato e quartzo. O feldspato
é fundido e óxidos metálicos servem para prover cor, enquanto que o quartzo
compõe a fase cristalina. O autor relatou que o feldspato entra na composição
da porcelana como um componente primário, responsável pela matriz vítrea.
Como não é encontrado na natureza em sua forma pura, é utilizado associado
ao alumínio silicato de potássio (feldspato de potássio) ou alumínio silicato de
sódio (feldspato de sódio). No intuito de aumentar a viscosidade e o controle na
manipulação e sua qualidade como, por exemplo, a translucidez, é utilizado o
feldspato de potássio. O feldspato de sódio atua diminuindo a temperatura de
fusão da porcelana. Além disso, podem ser utilizados modificadores vítreos,
pigmentos e opacificadores para controlar a temperatura de fusão, temperatura
de sintetização, coeficiente de contração térmica e solubilidade. O quartzo tem
alto ponto de fusão e serve como arcabouço sobre o qual os outros
ingredientes podem escoar, aumentando a resistência da porcelana. A Alumina
aumenta a dureza e diminui o coeficiente de expansão térmica. O caolin
aumenta a moldabilidade da porcelana facilitando sua escultura.
Kelly et aI., em 1996, realizaram um trabalho de revisão de literatura
onde descreveram os diversos tipos de sistemas de porcelana produzidos na
atualidade Os sistemas modernos de porcelana feldspática são reforçados com
óxido de alumínio, leucita ou fibras de vidro para torna-Ias mais resistentes ao
desenvolvimento e propagação de trincas. Estas porcelanas são capazes de
conferir urna estética altamente satisfatória, reproduzindo com fidelidade
detalhes anatômicos e a cor do remanescente dental. A porcelana aluminizada
constitui-se de uma porcelana feldspática e apresenta-se na forma de um pó ao
qual se incorpora um alto teor de óxido de alumínio (40 a 50% de alumina). As
partículas de alumina são mais resistentes que as de vidro sendo mais efetivas
em prevenir a propagação de trincas na massa da porcelana. A resistência à
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flexão das porcelanas convencionais é da ordem de 60-90 MPa, enquanto as
porcelanas aluminizadas esta resistência foi aumentada para valores que
variam de 110 a 130 MPa.
Para Christensen, (1999), além da vantagem estética, as próteses tipo
In Ceram diminuem a tendência ao desgaste dos dentes antagonistas, uma vez
que a dureza superficial dos cerômeros e das porcelanas de baixa fusão são
menores que as dos sistemas metalo-cerâmicos tradicionais, o que é um
aspecto preocupante na reabilitação de pacientes bruxômanos. Situações de
alergia por metal, ou até de fobia pelo mesmo, também indicam a utilização
desse tipo de prótese. Vantagens como economia de tecido dental durante a
fase de preparo, são também relatadas pelo mesmo autor. Porém, mediante ao
pequeno número de pesquisa em relação à adaptação e resistência, é
conveniente que o clínico faça uma indicação cautelosa. dessas próteses. É
extremamente importante que, assim como na utilização das próteses parciais
fixas convencionais, requisitos básicos de preparos moldagem, cimentação e
aspectos oclusais sejam observados, para de minimizar os riscos de fracasso.
Segundo Francischone; Vasconcelos (2000), essa tecnologia tem sido
utilizada para a produção de coroas totalmente cerâmicas. Essas coroas são
compostas por uma estrutura de óxido de alumínio altamente purificada e
densamente sinterizada e combinada com o uso de porcelana de baixa fusão
específica para recobrimento. Ainda, por apresentarem excelência estética, têm
sofrido modificações estruturais com a finalidade de torna-Ias mais resistentes
e poderem ser utilizadas como material restaurador, sem a necessidade de
serem associadas ao metal.
O In Ceram (Vita) pode ser utilizado em coroas totalmente cerâmicas,
estruturas de prótese parcial fixa. Ele é apresentado em três formas: com
Alumina, Spinell (uma mistura de alumina e magnésia) ou Zircônia,
possibilitando a fabricação de estruturas de várias translucências pelo uso de
diferentes técnicas (BOTTINO et al, 2001).
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2.1 In-Ceram Alumina
O In Ceram Alumina possui grande conteúdo de alumina, com o
tamanho das partículas variando entre 0,5 e 3,3 micrômetros, e contração de
sintetização de 0,3%, o que produz uma controlada microestrutura organizada.
O pequeno tamanho das partículas associado à pequena contração e ao
processo simples de confecção produzem uma adequada fidelidade marginal
para coroas unitárias, com terminação marginal em ombro arredondado.
Coroas unitárias possuem uma abertura marginal de 25 micrômetros, enquanto
que próteses fixas de três elementos possuem uma abertura marginal ao redor
de 58 micrômetros (BOTTINO et aI, 2001). É importante frisar que esse coping
de óxido de alumínio apresenta resistência à flexão média 450 MPa, segundo
informação da Vita.
De acordo com Romão Junior; Oliveira (2007) confecciona-se um
troquel com gesso pedra especial, posteriormente duplicado para servir de
modelo de trabalho. Aplica-se a alumina sobre o troquel refratário que foi
reproduzido com um pincel fino, retirando as sobras das margens com a
utilização de lâmina de bisturi. Para a sinterização da alumina, utiliza-se o forno
Vita Inceramat II a uma temperatura permanente de 1.120 °C, por um p eríodo
de 2 horas.
Para o ajuste do coping de alumina sinterizada sem a infiltração do
vidro, o coping é retirado do troquel de trabalho sem dificuldade, uma vez que
ele se contrai no momento da sinterização. Pequenos ajustes são executados
nele com pontas diamantadas especiais, e sua adaptação é novamente
efetuada no troquel utilizando-se para isso um evidenciador.
Os autores
ressaltam que, para a manipular a alumina, o processo de sinterização precisa
ser realizada cuidadosamente uma vez que, nessa fase, a estrutura apresenta
baixa resistência (aproximadamente 18 MPa).
Quanto à aplicação do vidro, Romão Júnior; Oliveira (2007) orientam
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misturar o pó de vidro (AI In-Ceram Alumina Glass Powder), no tom (AI-01 a AI04) compatível com a cor selecionada para a coroa, com água destilada e, com
a ajuda de um pincel, aplicar a mistura obtida na face externa do coping.
Para a queima de infiltração, ou seja, o processo de infiltração do vidro
altamente fluido na alumina sinterizada, os autores orientam a utilização do
mesmo forno de sinterização a 1.120° C, por um perí odo de 4 horas.
Finalmente, para aplicação da porcelana aluminizada, Romão Júnior; Oliveira
(2007) ressaltam que a porcelana indicada para o sistema In Ceram, segundo o
fabricante, é a VM7 (Vita), uma porcelana aluminizada de baixa fusão e
queimada, a vácuo, em forno convencional.
Diego et al (2007) analisaram a influência das condições de
sinterização nas propriedades de cerâmicas In Ceram Alumina e In Ceram
Zircônia comparando-as com as especificações do fabricante Vita. Obtiveram
blocos cerâmicos via colagem utilizando barbotina com pré-sinterização
seguindo os procedimentos sugeridos pelo fabricante; os vidros ricos em La2O3
foram infiltrados em temperaturas diferentes de 1100 C tendo os termos de
isoterma variados em 1 ou 4 horas e os corpos sinterizados caracterizados
quanto á sua densidade relativa, fases cristalinas, microestrutura, além das
propriedades mecânicas (dureza e tenacidade à fratura. A experiência,
segundo os autores, permitiu após tratamento térmico pós-infiltração, realizado
a 1200 C-1h demonstrar ser o mais eficiente para melhorar as propriedades
mecânicas de cerâmicas In Ceram (método de infiltração de vidro), com
ganhos de até 10% na tenacidade à fratura. A experiência permitiu-lhes ainda a
conclusão de que temperaturas cima de 10% podem aumentar a porosidade,
refletindo ainda na redução da dureza e tenacidade à fratura.
3.2 In-Ceram Spinell
De acordo com Bottino (2001) apud Romão Junior; Oliveira (2007) a
técnica do In Ceram Spinell é utilizada para inlay/onay e coping e o seu
diferencial está na utilização de magnésio em sua fórmula, conferindo-lhe
significativa translucidez ao material. Contudo, essa técnica apresenta baixa
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resistência - cerca de 30% menos resistente comparando-se à alumina.
O In Ceram Spinell utiliza uma mistura de alumina e magnésia e deve
ser sinterizado em um ambiente a vácuo (PAUL et al, 1995). Possui
translucidez duas vezes maior que o In Ceram Alumina porque o índice de
refração da sua fase cristalina é mais próximo ao do vidro e sua infiltração a
vácuo permite menor porosidade. O In Ceram Spinell é, portanto, indicado em
situações onde se deseja o máximo de translucidez da estrutura.
De acordo Romão Junior; Oliveira (2007), o spinell é aplicado, com um
pincel, sobre o refratário. Em relação às áreas frágeis, que apresentam risco de
fratura, é preciso aplicar uma camada um pouco mais espessa. Em relação ao
processo de sinterização, esse é realizado a 1.180°C, por um período de 2
horas. Quanto ao ajuste do coping sinterizado, sem a infiltração do vidro, os
autores relatam que o processo é semelhante ao do In Ceram alumina.
Para aplicação do vidro, segundo Romão Junior; Oliveira (2007),
mistura-se pó de vidro (Sp Vita In Ceram Spinell Glass Powder Vita), de tom
compatível (S-11 ou S-12 para cores claras e S-13 ou S-14 para tons
amarelados ou acastanhados) à cor devidamente selecionada para a coroa, e
também com água destilada, depois, com ajuda de um pincel, a mistura deve
ser aplicada na face externa do coping
Quanto à queima de infiltração, segundo os autores, para o processo
de infiltração do vidro derretido, que é altamente fluido no coping de Spinell,
pode-se utilizar um forno convencional de porcelana, onde a peça permanece,
por 12 minutos, a 1.120°C.
A remoção dos excessos é semelhante ao
processo realizado no ln Ceram Alumina. E, finalmente, para a aplicação da
porcelana VM7 (Vita), o processo também é semelhante ao do In-Ceram
Alumina, segundo Romão Junior; Oliveira (2007).
3.3 In-Ceram Zircônia
Para possibilitar o aumento da tenacidade e a elevação da resistência
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flexural surgiu um material desenvolvido pela Vita, composto pela adição de
33% de óxido de zircônio parcialmente estabilizado, ao In Ceram Aluminia,
dando origem ao In Ceram Zircônia (Al2O3ZrO2) (GUERRA et al, 2007). Este
material possui resistência flexural em torno de 700 MPa, e investigações
feitas, pelo fabricante, após 7 anos, mostrou 98%de sucesso clinico.
Entretanto, a adição de óxido de zircônio promove alta opacidade às
restaurações, prejudicando a estética.
O In Ceram Zircônia promove a mistura de óxido de zircônia e óxido de
alumina como material para realização da infra-estrutura, possibilitando a
obtenção de um aumento de tenacidade e elevação da resistência flexural,
enquanto mantém os procedimentos de infiltração de vidro fundido no interior
da estrutura (ROSA & GRESSLER, 2001). O material VITA In Ceram Zircônia
consiste de óxido de alumina e óxido de zircônia, oferecendo alta resistência
flexural (600 MPa) e alta resistência à fratura (LABORATÓRIO VITA, site)
Já a técnica do In ceram Zircônia segundo Bottino (2001) apud Romão
Junior; Oliveira (2007), esta é utilizada, principalmente, para próteses fixas na
região posterior e sua resistência é 60% superior à do In Ceram Alumina, já
que possui em sua fórmula óxido de zircônio. Por outro lado, possibilita menor
translucidez ao material, uma vez que o coping apresenta maior opacidade.
De acordo com a orientação de Romão Junior; Oliveira (2007), a
duplicação do troquel original (mestre), do mesmo modo como ocorre com ln
Ceram Alumina, no modelo original, os retentores e a área de pôntico devem
permanecer "unidos". A partir daí, deve ser separado do modelo toda a área da
prótese fixa, como um "grande troqueI" afim de manter a posição dos
retentares e da área do pôntico na duplicação do troqueI. Já na de espaço
protético, deve-se utilizar um pôntico de cera pré-fabricado, para tornar mais
fácil a aplicação da zircônia.
O "grande troquel", segundo Romão Junior; Oliveira (2007) é então
coberto com uma camada de espaçador (ln-Ceram lnterspace Varnish - Vita)
até 1 mm aquém do término, para não causar desadaptação da peça. O tro-
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quel, com o pôntico de cera, é moldado com um silicone especial (Elite DoubleZhermack), e o molde obtido é vazado com o gesso especial Vita In Ceram
Special Plaster (Vita).
Quanto à aplicação do zircônio, os autores orientam que a "massa" de
óxido de alumínio e zircônio seja aplicada no troqueI de trabalho, com
espessura de 1 mm na área oclusal e 0,7 mm no restante. Para a sinterização
da zircônia, o processo passa por dois ciclos: (1) à temperatura constante de
1.120°C, durante duas horas, (2) à temperatura cons tante de 1.200°C, durante
duas horas.
Quanto ao ajuste do coping sinterizado, sem a infiltração do vidro,
segundo os autores, o processo se assemelha ao do ln Ceram Alumina e
aplicação do vidro, também. Em relação á queima de infiltração, utiliza-se o
forno lnceramat Il (Vita), à temperatura constante de 1.140°C, por um período
de 2 horas e 30 minutos. Já a remoção dos excessos e aplicação da porcelana
aluminizada VM7, o processo também é semelhante ao do In Ceram Alumina.
Para McLAREN et aI., 1999, o In-Geram Zircônia é indicado para
coroas unitárias posteriores, próteses fixas de três elementos, incluindo áreas
posteriores sobre dentes naturais ou implantes.
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Sistema
Cerâmico
Nome
Comercial
Sistema
Cerâmico
Infiltrado
In-ceram®
Alumina (Vita)
Material do Núcleo
Função
Resistência à
Flexão (MPa)
Cerâmica vítrea infiltrada
por alumina
Infraestrutura
de reforço
236-600
280-380
Sistema
Cerâmico
Infiltrado
In-ceram®
Spinell (vita)
Cerâmica vítrea infiltrada
por aluminato de
magnésio
Infraestrutura
de reforço
Sistema
Cerâmico
Infiltrado
In-ceram®
Zircônia (vita)
Cerâmica vítrea infiltrada
por alumina e partículas
estabilizadoras de zircônia
Infraestrutura
de reforço
421-800
Indicação
Coroa unitária anterior e
posterior,
PPF de 3 elementos
(incisivo central a canino)
Coroa unitária, anterior,
facetas, inlays, onlays
Coroa unitária posterior
sobre dentes naturais ou
implantes, próteses e PPF
de 3 elementos
Fonte: Adaptado de KINA (2005. p. 125) e GOMES et al (2008, p. 324)
Quadro 1 – Principais características e indicações dos diferentes copings do sistema In Ceram disponíveis no mercado para restaurações
livres de metal (metal-free).
17
3 DISCUSSÃO
Em 2009, Chain et al classificaram as porcelanas atuais e definiram
indicações, contra-indicações, vantagens e desvantagens das mesmas.
Segundo os autores, o sistema In Ceram fabricado pela Vita Zahnfabrik,
classificado como porcelana aluminizada infiltrada com vidro, apresenta a mais
alta resistência à fratura entre as porcelanas odontológicas e é indicada para a
confecção de coroas anteriores e posteriores, incrustações, coroas sobre
implantes e próteses fixas de ate 3 elementos. Essa observação está em
concordância com o trabalho de Pagani; Miranda; Bottino (2003) que
realizaram uma experiência com diversos sistemas cerâmicos para avaliar a
tenacidade à fratura, ou seja, à medida da habilidade de absorção de energia
de um material friável estando relacionada ao nível de estresse (tensão) antes
da fratura ocorrer. Utilizaram três tipos de cerâmicas, a saber: Vitadur Alpha
(Vita-Zahnfabrik); IPS Empress 2 (Ivoclar-Vivadent) e finalmente a cerâmica InCeram Alumina (Vita-Zahnfabrik). A partir de suas experiências comprovaram
que as cerâmicas apresentam diferentes desempenhos de tenacidade à fratura
e que a In-Ceram foi capaz de absorver maior energia comparada a Vitadur
Alpha e ao IPS Empress2.
Segundo Bottino et al. 2001 apud Rodrigues Jr. et al, 2005, o In ceram
sofre contração de 0,21% durante a sinterização o que pode influenciar no
desajuste marginal (CAMPBELL, 1995; LUI, 1980; PHILLIPS, 1996 apud
RODRIGUES Jr. et al, 2005)
O tratamento de superfície com sílica e mais eficaz no aumento da
forca de adesão, quando comparado com o oxido de alumínio (VALANDRO;
MALLMANN; DELLA BONA; BOTTINO, 2005).
De acordo com Pagani; Miranda; Bottino (2003), outros autores, ao
estudarem a tenacidade de diferentes materiais cerâmicos, por meio da técnica
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de indentação, concluíram que os maiores resultados provem da utilização das
cerâmicas aluminizadas.
De acordo com Romão Júnior; Oliveira (2007), o objetivo do
desenvolvimento do sistema In Ceram Alumina (Vita-Zahnfabrik) foi ser usado
como coping a ser coberto por uma cerâmica específica cujo coeficiente de
expansão térmica fosse compatível. O In Ceram Alumina possibilitou estabilidade dimensional ao coping cerâmico, composto de, aproximadamente, 70%
de alumina, podendo, por isso, ser utilizado em prótese fixa. Isso é confirmado
pelo trabalho de Sadowsky, 2006, que afirmou que o uso para próteses parciais
fixas em In Ceram é bem sucedido em 88 a 90% dos casos apos cinco anos de
estudo (resultados menos favoráveis em comparação as próteses metalocerâmicas, com sucesso em 95, 90 e 85% dos casos, respectivamente em
cinco, dez e 15 anos de acompanhamento). Quando a comparação se faz pela
adaptação marginal, as próteses totalmente cerâmicas apresentaram-se
similares às metalo-cerâmicas.
Segundo
os
referidos
autores,
a
resistência
à
flexão
de
aproximadamente 150 MPa, presente nas cerâmicas convencionais e nas
prensadas, é inadequada à confecção de coroas totais em molares. Como a
resistência à flexão do ln Ceram varia de 300 a 600 MPa, o In Ceram Alumina
pode evidentemente ser indicado para a região posterior. Porém, é preciso
respeitar a espessura mínima de 1,0 mm do coping para que tais valores de
resistência sejam preservados. Caso, o coping seja afinado até 0,5 mm de
espessura e coberto por 1,0 mm de cerâmica, certamente ocorrerá um redução
para 225 MPa em sua resistência à flexão. Como limitação, a alta concentração
de Al2O3 presente no In Ceram Alumina, em torno de 85% em massa, resulta
numa infraestrutura relativamente opaca, podendo causar o esverdeamento da
porcelana de cobertura (ROCHA, ANDRADE, SEGALLA, 2004).
Posteriormente, desenvolveram o sistema In Ceram Spinell (MgAl2O4)
que representa uma modificação na estrutura original do In Ceram,
substituindo-se parte do Al2O3 por óxido de magnésio (MgO). A partir daí,
contornou-se o problema de transmissão de luz, já que o In Ceram Spinell
19
possui translucidez ainda melhor, sendo capaz de combinar com o substrato
subjacente, possibilitando um resultado estético surpreendente (ROCHA,
ANDRADE, SEGALLA, 2004).
O sistema In-Ceram Spinell (Vita Zahnfabrik, Bad Säckingen,
Alemanha) constitui um sistema cerâmico empregado em situações onde a
translucidez é a característica mais exigida em coroas dentárias. Após
polimento e jateamento, a subestrutura infiltrada é recoberta com uma
porcelana feldspática para conferir-lhe forma, função e estética de um dente
natural (APHOLT; BINDL; LÜTHY; MÖRMANN; 2001).
De acordo com as conclusões de Rocha; Andrade; Segalla (2004), o
sistema In Ceram Spinell pode oferecer resultado estético excelente, porém
suas propriedades mecânicas apresentam resultados limitados. Portanto, esse
sistema não pode ser indicado para regiões em que há grande estresse
mastigatório.
Com a finalidade de ampliar a aplicabilidade clínica – incluindo coroas
e próteses parciais fixas posteriores –, foi desenvolvido o sistema In Ceram
Zircônia. Enquanto no In Ceram Spinell houve a substituição de alumina por
MgO, melhorando o resultado estético, neste sistema, parte do Al2O3 foi
substituída por ZrO2, que representa 33% da estrutura cristalina.
Segundo Diego et al (2007), a utilização de cerâmicas a base de
Alumina (AI2O3) e Zircônia (ZrO2) de alta densidade relativa vem sendo
proposta porque a Alumina tem apresentado excelente biocompatibilidade, alta
dureza e resistência ao desgaste, apesar de demonstrar moderada resistência
à flexão e tenacidade. A zircônia pura não pode ser utilizada na fabricação de
peças sem a adição de estabilizantes. A zircônia estabilizada com ítria (Y-TZP)
é uma alternativa popular a alumina como cerâmica estrutural uma vez que é
também inerte em meio fisiológico, apresenta maior resistência à flexão, maior
tenacidade à fratura e menor módulo de elasticidade.
propriedades
mecânicas,
a
zircônia
se
torna
Além de suas
esteticamente
bastante
interessante quando polida. Em face disso, vários sistemas matriz cerâmica-
20
zircônia têm sido estudados.
O In Ceram Zircônia possui 20% de zircônia e 80% de alumina sendo o
mais resistente dos três com resistência flexural de 700 MPa e sua indicação é
para coroas unitárias anteriores e posteriores, próteses fixas de até 3
elementos e componentes CeraOne (PROBSTER, 1996 apud RODRIGUES
JÚNIOR, 2005)
De acordo com Diego et al, (2007), a adição de zircônia na alumina
como aditivo de sinterização vem sendo praticada com objetivo de densificação
e tenacificação de cerâmicas a base de alumina. Contudo, o conceito de
tenacificação de cerâmicas de alumina por dispersão de partículas de zircônia
em uma matriz somente foi reconhecida nos últimos 20 anos. A introdução de
pequena quantidade de zircônia em alumina como aditivo de sinterização leva
à formação de solução sólida a qual promove o processo de densificação pela
introdução de defeitos. Por outro lado, a microestrutura de um material
composto é formado a partir da adição de uma segunda fase aumentando o
tempo de vida útil e a confiabilidade do cerâmico já que confere maior
tenacidade à fratura e resistência mecânica (DIEGO et al, 2007).
Essa afirmação é questionada por Rocha; Andrade; Segalla (2004),
que afirmaram que, apesar de o In Ceram Zircônia apresentar excelentes
características mecânicas, pelo fato de ser muito recente, há necessidade de
estudos clínicos longitudinais a longo prazo de modo que o seu desempenho
mecânico seja confirmado clinicamente nas coroas e próteses fixas posteriores
(ROCHA; ANDRADE; SEGALLA, 2004).
Na opinião de Rocha; Andrade; Segalla (2004), os sistemas Spinell e
Zircônia, originados a partir de modificações na estrutura do sistema In Ceram
Alumina, propiciou versatilidade ao sistema, proporcionando expansão da sua
aplicação clínica como materiais para infra-estrutura cerâmica.
O ln Ceram é indicado para coroas unitárias anteriores e posteriores e
próteses parciais fixas anteriores de até três elementos. Dentes pilares com
21
mobilidade não devem receber próteses fixas confeccionadas com In Ceram,
pois concentrações de tensões vão ocorrer nos conectores, levando a falhas
prematuras (ROMÃO JÚNIOR; OLIVEIRA, 2007).
Dada a escassez de publicações inerentes ao estudo casuístico do
sistema In Ceram é importante a divulgação de métodos e técnicas científicas
padronizadas com resultados de acompanhamentos mais longos.
22
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
De acordo com a literatura revisada sobre as diferenças entre os
copings do sistema In Ceram pode-se verificar que esse sistema produzido
através da infiltração do vidro no coping de alumínio, além de apresentar alta
resistência à fratura, dada o alto teor de alumina teve grande aceitação dos
profissionais de odontologia.
O sistema In Ceram Alumina além de proporcionar excelente quanto à
estética, apresenta ótima característica mecânica, sendo utilizada como coroas
totais unitárias e fixas de 3 elementos em regiões anteriores. O sistema In
Ceram Spinell pode proporcionar estética excelente, porém propriedades
mecânicas limitadas, sendo utilizado em coroas totais de dentes vitalizados e
onlays em regiões anteriores. Os sistemas In Ceram Zircônia apresenta
excelente característica mecânica com estética não satisfatória, sendo utilizado
para coroas totais, unitárias e fixas para regiões posteriores.
A utilização dos diferentes tipos de coroa In Ceram apresenta
resultados altamente satisfatórios, contudo, é necessário atentar para as
recomendações para o emprego de cada tipo de coroa de acordo com as
regiões da boca.
Os diferentes copings do sistema In Ceram do fabricante Vita
possibilita aos cirurgiões-dentistas, diversos requisitos essenciais para a
confecção de coroas unitárias e pontes fixas de cerâmica com resultados
satisfatórios no que tange à durabilidade, à estética e à funcionabilidade,
possibilitando plena satisfação do cliente.
Verificou-se ainda que o sistema In ceram, dentre outras cerâmicas
possibilita à construção de próteses com enorme semelhança a um dente
natural, dada a sua interligada à luminosidade e à translucidez.
23
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as diferenças entre os coppings do sistema in