1 DANNILO HENRIQUE FERNANDES RIBEIRO AS DIFERENÇAS ENTRE OS COPPINGS DO SISTEMA IN-CERAM (ALUMINA, SPINELL E ZIRCÔNIA) REVISÃO DE LITERATURA GOIÂNIA – GO 2009 2 ESCOLA DE APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL - GOIÂNIA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PRÓTESE DENTÁRIA AS DIFERENÇAS ENTRE OS COPING DO SISTEMA IN-CERAM (ALUMINA, SPINELL E ZIRCÔNIA) REVISÃO DE LITERATURA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Especialização em Prótese Dentária pela Escola de Aperfeiçoamento Profissional como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Prótese Dentária. Orientador: Prof. Ms. Danilo Rocha Dias GOIÂNIA – GO 3 2009 RESUMO A cerâmica pura (metal-free) tem sido uma opção largamente utilizada nas restaurações odontológicas em dentes posteriores e anteriores por proporcionar enorme semelhança ao dente natural e, por isso, excelência na estética. Da diversidade de sistemas cerâmicos disponíveis no mercado para a fabricação de restaurações parciais e coroas, o sistema cerâmico In Ceram tem sido muito utilizado. A seleção clínica dos materiais restauradores é baseada em parâmetros que envolvem a estética, biocompatibilidade e resistência, portanto, as coroas In Ceram podem ser indicadas satisfatoriamente para restaurações de dentes anteriores e posteriores. Neste estudo cujo objetivo foi analisar as diferenças entre os coping do sistema In Ceram (In Ceram Alumina, In Ceram Spinell, In Ceram Zircônia) pôde-se concluir que o referido sistema é uma alternativa viável na reabilitação protética. Palavras-chave: Prótese fixa, Metal free, In Ceram, Cerâmicas. 4 ABSTRACT The ceramic (metal-free) option has been widely used in dental restorations in posterior teeth and below by providing striking resemblance to the natural tooth and therefore the aesthetic excellence. Diversity of ceramic systems available in the market for the manufacture of partial restorations and crowns the ceramic system In Ceram and more used. The clinical selection of restorative materials is based on parameters involving aesthetics, biocompatibility, resistance, therefore, In Ceram crowns can be shown to the satisfaction of restoration of anterior and posterior teeth. This study aimed to analyze the differences between the coping system In Ceram (In Ceram Alumina, In Ceram Spinell, In Ceram Zirconia) to suggest that this system is a viable alternative for prosthetic rehabilitation. Keywords: Fixed Partial Denture, Metal free, In Ceram, Ceramics. 5 1 INTRODUÇÃO Nos últimos anos, as pessoas têm demonstrado preocupação com um corpo e face mais esteticamente perfeitos. Isso faz com que a Odontologia busque maiores aprimoramentos para atender à necessidade de reabilitação do paciente, não só funcionalmente, mas também no que se refere à estética. Segundo Diego et al (2007), as técnicas de restauração dentárias vem evoluindo significativamente em função do uso de materiais cerâmicos cujo avanço ocorreu a partir de 1970. Tais materiais apresentam vantagens relativas, em face do alto desempenho das suas propriedades funcionais, sobretudo no que tange à estética, biocompatibilidade e resistência química. Na opinião de Gomes et al (2008) a propriedade óptica e a durabilidade química, dentre outras qualidades das cerâmicas odontológicas tais como a excelente estética e dureza estimulou o rápido desenvolvimento deste material no contexto científico com o propósito de atender ao exigente mercado voltado à melhoria da estética. A porcelana pode ser considerada um tipo especifico de cerâmica. Entretanto, pode-se perceber que esses termos são utilizados aleatoriamente. Busca-se cada vez mais eliminar a subestrutura metálica das restaurações, incluindo as restaurações sobre implantes, para se alcançar maior qualidade na estética, utilizando para isso cerâmicas de maior tenacidade à fratura (DIEGO et al., 2007) Desde a introdução da primeira coroa de cerâmica pura produzida em 1903, ocorreram importantes avanços no que se refere ao desenvolvimento e à modernização das cerâmicas dentais (ANUSAVICE, 1997). 6 O grande problema relatado é no que se refere à resistência desses materiais. Tal problema, só foi contornado através da incorporação de cristais de reforço. As cerâmicas dentais se classificam quanto à sua constituição em: cerâmicas feldspáticas; cerâmicas reforçadas com leucita; cerâmica enriquecida com alumina, alumina infiltrada por vidro e cerâmica de vidro. O Sistema In Ceram foi introduzido em 1987, pelo francês Sadoun e consiste em um material cerâmico à base de Al2O3 que é sinterizado em densidade extremamente alta e, posteriormente, infiltrado por vidro, o que lhe confere propriedadaes mecânicas superiores (ROCHA; ANDRADE; SEGALLA, 2004). É altamente resistente à fratura. De acordo com Rodrigues Jr. et al. 2005 o sistema In-Ceram (Vita) surgiu, comercialmente em 1989, sendo classificado em In-Ceram Alumina,e In-Ceram Zircônia e In-Ceram Spinell. O In Ceram Zircônia possui 20% de Zircônia e 80% de alumina e é o mais resistente dos três. O In Ceram Zircônia e o In eram Spinell são originados de modificações no In Ceram Alumina original. Não há dúvidas de que o sistema cerâmico In Ceram (Vita) produzido através da infiltração do vidro no coping de alumínio foi visto como promissor já que apresenta alta resistência à fratura (442MPa) em virtude do alto teor de alumina (AIZO3) (ANUSAVICE, 1993). Com base nesse fato, esse sistema atingiu enorme aceitação pelos profissionais de odontologia para a confecção de coroas anteriores, pelo fato de superar no quesito resistência, outros sistemas anteriores para a mesma função. De acordo com Rocha; Andrade; Segalla (2004) A substituição de parte do Al2O3, para formar a estrutura do In Ceram Spinell (MgAl2O3), possibilitou melhoria na translucidez, ao passo que a obtenção da estrutura do In Ceram Zircônia (Al2O3ZrO) proporcionou significativa melhora nas características mecânicas. Com base nesses fatos, é possível afirmar que o sistema In Ceram, com suas diferentes estruturas, apresenta versatilidade, e pode ser aplicado nas mais variadas situações clínicas, atendendo aos requisitos mecânicos e estéticos. 7 Entre todos os sistemas cerâmicos existentes, a literatura aponta o sucesso do sistema In Ceram por apresentar propriedades notáveis, no que tange à resistência e também à estética. O sistema In Ceram utiliza o princípio de construção da infra-estrutura composta de um material cristalino (AI2O3), que ganha sua resistência pela infiltração subseqüente da matriz vítrea. Esse apresenta uma resistência flexural de 450MPa, excelente compatibilidade de cor com os dentes naturais, e uma taxa de sucesso clínico e laboratorial documentada na literatura por mais de 20 anos. Vale ressaltar que quanto às forças flexurais existem diferenças entre os três tipos de copings de In Ceram, conforme se verificará neste estudo. Pode-se perceber a previsibilidade do sucesso que os sistemas cerâmicos garantem hoje, mantendo, com isso, um padrão de estética com grande aceitabilidade. Sabe-se que o objetivo final de dada restauração de cerâmica pura é apresentar bom comportamento mecânico. Com base nas informações anteriores, este trabalho se propõe a apresentar as diferenças entre os diferentes copings (Alumina, Spinell e Zircônia) desse sistema cerâmico, tendo em vista suas aplicações clínicas utilizando para isso, a análise bibliográfica. 8 2 REVISÃO DE LITERATURA As cerâmicas odontológicas segundo Anusavice (1997), são compostas por elementos metálicos (alumínio, cálcio, lítio, magnésio, potássio, sódio, lantânio, estanho, titânio e zircônio) e substâncias não metálicas (silício, boro, flúor e oxigênio) e caracterizadas por duas fases: uma fase cristalina circundada por uma fase vítrea. A matriz vitrosa é composta por uma cadeia básica de óxido de silício (Si04), sendo que a proporção Si:O está relacionada com a viscosidade e expansão térmica da porcelana. Já a quantidade e natureza da fase cristalina ditam as propriedades mecânicas e ópticas. Além disso, a formulação da porcelana deve ser feita de modo a apresentar propriedades, como fundibilidade, moldabilidade. injetabilidade, usinabilidade, cor, opacidade, translucidez, resistência à abrasão, resistência e tenacidade à fratura. Em 1965, Mclean; Hughes desenvolveram a cerâmica aluminizada, utilizada até hoje, composta de uma porcelana feldspática com adição de 50% de óxido de alumina, aumentando desta maneira a resistência à compressão. Pode ser utilizada como reforço substituindo a estrutura metálica nas metalocerâmicas, na qual é aplicada a camada da porcelana feldspática convencional, reproduzindo o contorno e tonalidade de um dente natural. A adaptação marginal da cerâmica aluminizada é, no entanto, inferior a da metalo-cerâmica, pois a porcelana sofre contração durante o processo de cocção. Em estudos posteriores observou-se que as fraturas que ocorrem nesse tipo de cerâmica foram: 2% nos anteriores e 15% nas coroas posteriores (MCLEAN, 1984; AMERICAN DENTAL ASSOCIATION, 1985). Em 1988, Sadoun conseguiu produzir um coping de alta resistência que recebeu o nome de In Ceram. Esse sistema possui dois estágios de procedimentos. No primeiro estágio uma estrutura de alumina sinterizada é 9 criada através do processo slip-casting. Em seguida, ela é infiltrada por uma fina camada de vidro colorido, conferindo uma resistência em torno de 650 MPa, tornando o coping apto a receber uma cerâmica especial de revestimento. Segundo Naylor, 1992, a composição da porcelana feldspática é basicamente mineral e são representados pelo feldspato e quartzo. O feldspato é fundido e óxidos metálicos servem para prover cor, enquanto que o quartzo compõe a fase cristalina. O autor relatou que o feldspato entra na composição da porcelana como um componente primário, responsável pela matriz vítrea. Como não é encontrado na natureza em sua forma pura, é utilizado associado ao alumínio silicato de potássio (feldspato de potássio) ou alumínio silicato de sódio (feldspato de sódio). No intuito de aumentar a viscosidade e o controle na manipulação e sua qualidade como, por exemplo, a translucidez, é utilizado o feldspato de potássio. O feldspato de sódio atua diminuindo a temperatura de fusão da porcelana. Além disso, podem ser utilizados modificadores vítreos, pigmentos e opacificadores para controlar a temperatura de fusão, temperatura de sintetização, coeficiente de contração térmica e solubilidade. O quartzo tem alto ponto de fusão e serve como arcabouço sobre o qual os outros ingredientes podem escoar, aumentando a resistência da porcelana. A Alumina aumenta a dureza e diminui o coeficiente de expansão térmica. O caolin aumenta a moldabilidade da porcelana facilitando sua escultura. Kelly et aI., em 1996, realizaram um trabalho de revisão de literatura onde descreveram os diversos tipos de sistemas de porcelana produzidos na atualidade Os sistemas modernos de porcelana feldspática são reforçados com óxido de alumínio, leucita ou fibras de vidro para torna-Ias mais resistentes ao desenvolvimento e propagação de trincas. Estas porcelanas são capazes de conferir urna estética altamente satisfatória, reproduzindo com fidelidade detalhes anatômicos e a cor do remanescente dental. A porcelana aluminizada constitui-se de uma porcelana feldspática e apresenta-se na forma de um pó ao qual se incorpora um alto teor de óxido de alumínio (40 a 50% de alumina). As partículas de alumina são mais resistentes que as de vidro sendo mais efetivas em prevenir a propagação de trincas na massa da porcelana. A resistência à 10 flexão das porcelanas convencionais é da ordem de 60-90 MPa, enquanto as porcelanas aluminizadas esta resistência foi aumentada para valores que variam de 110 a 130 MPa. Para Christensen, (1999), além da vantagem estética, as próteses tipo In Ceram diminuem a tendência ao desgaste dos dentes antagonistas, uma vez que a dureza superficial dos cerômeros e das porcelanas de baixa fusão são menores que as dos sistemas metalo-cerâmicos tradicionais, o que é um aspecto preocupante na reabilitação de pacientes bruxômanos. Situações de alergia por metal, ou até de fobia pelo mesmo, também indicam a utilização desse tipo de prótese. Vantagens como economia de tecido dental durante a fase de preparo, são também relatadas pelo mesmo autor. Porém, mediante ao pequeno número de pesquisa em relação à adaptação e resistência, é conveniente que o clínico faça uma indicação cautelosa. dessas próteses. É extremamente importante que, assim como na utilização das próteses parciais fixas convencionais, requisitos básicos de preparos moldagem, cimentação e aspectos oclusais sejam observados, para de minimizar os riscos de fracasso. Segundo Francischone; Vasconcelos (2000), essa tecnologia tem sido utilizada para a produção de coroas totalmente cerâmicas. Essas coroas são compostas por uma estrutura de óxido de alumínio altamente purificada e densamente sinterizada e combinada com o uso de porcelana de baixa fusão específica para recobrimento. Ainda, por apresentarem excelência estética, têm sofrido modificações estruturais com a finalidade de torna-Ias mais resistentes e poderem ser utilizadas como material restaurador, sem a necessidade de serem associadas ao metal. O In Ceram (Vita) pode ser utilizado em coroas totalmente cerâmicas, estruturas de prótese parcial fixa. Ele é apresentado em três formas: com Alumina, Spinell (uma mistura de alumina e magnésia) ou Zircônia, possibilitando a fabricação de estruturas de várias translucências pelo uso de diferentes técnicas (BOTTINO et al, 2001). 11 2.1 In-Ceram Alumina O In Ceram Alumina possui grande conteúdo de alumina, com o tamanho das partículas variando entre 0,5 e 3,3 micrômetros, e contração de sintetização de 0,3%, o que produz uma controlada microestrutura organizada. O pequeno tamanho das partículas associado à pequena contração e ao processo simples de confecção produzem uma adequada fidelidade marginal para coroas unitárias, com terminação marginal em ombro arredondado. Coroas unitárias possuem uma abertura marginal de 25 micrômetros, enquanto que próteses fixas de três elementos possuem uma abertura marginal ao redor de 58 micrômetros (BOTTINO et aI, 2001). É importante frisar que esse coping de óxido de alumínio apresenta resistência à flexão média 450 MPa, segundo informação da Vita. De acordo com Romão Junior; Oliveira (2007) confecciona-se um troquel com gesso pedra especial, posteriormente duplicado para servir de modelo de trabalho. Aplica-se a alumina sobre o troquel refratário que foi reproduzido com um pincel fino, retirando as sobras das margens com a utilização de lâmina de bisturi. Para a sinterização da alumina, utiliza-se o forno Vita Inceramat II a uma temperatura permanente de 1.120 °C, por um p eríodo de 2 horas. Para o ajuste do coping de alumina sinterizada sem a infiltração do vidro, o coping é retirado do troquel de trabalho sem dificuldade, uma vez que ele se contrai no momento da sinterização. Pequenos ajustes são executados nele com pontas diamantadas especiais, e sua adaptação é novamente efetuada no troquel utilizando-se para isso um evidenciador. Os autores ressaltam que, para a manipular a alumina, o processo de sinterização precisa ser realizada cuidadosamente uma vez que, nessa fase, a estrutura apresenta baixa resistência (aproximadamente 18 MPa). Quanto à aplicação do vidro, Romão Júnior; Oliveira (2007) orientam 12 misturar o pó de vidro (AI In-Ceram Alumina Glass Powder), no tom (AI-01 a AI04) compatível com a cor selecionada para a coroa, com água destilada e, com a ajuda de um pincel, aplicar a mistura obtida na face externa do coping. Para a queima de infiltração, ou seja, o processo de infiltração do vidro altamente fluido na alumina sinterizada, os autores orientam a utilização do mesmo forno de sinterização a 1.120° C, por um perí odo de 4 horas. Finalmente, para aplicação da porcelana aluminizada, Romão Júnior; Oliveira (2007) ressaltam que a porcelana indicada para o sistema In Ceram, segundo o fabricante, é a VM7 (Vita), uma porcelana aluminizada de baixa fusão e queimada, a vácuo, em forno convencional. Diego et al (2007) analisaram a influência das condições de sinterização nas propriedades de cerâmicas In Ceram Alumina e In Ceram Zircônia comparando-as com as especificações do fabricante Vita. Obtiveram blocos cerâmicos via colagem utilizando barbotina com pré-sinterização seguindo os procedimentos sugeridos pelo fabricante; os vidros ricos em La2O3 foram infiltrados em temperaturas diferentes de 1100 C tendo os termos de isoterma variados em 1 ou 4 horas e os corpos sinterizados caracterizados quanto á sua densidade relativa, fases cristalinas, microestrutura, além das propriedades mecânicas (dureza e tenacidade à fratura. A experiência, segundo os autores, permitiu após tratamento térmico pós-infiltração, realizado a 1200 C-1h demonstrar ser o mais eficiente para melhorar as propriedades mecânicas de cerâmicas In Ceram (método de infiltração de vidro), com ganhos de até 10% na tenacidade à fratura. A experiência permitiu-lhes ainda a conclusão de que temperaturas cima de 10% podem aumentar a porosidade, refletindo ainda na redução da dureza e tenacidade à fratura. 3.2 In-Ceram Spinell De acordo com Bottino (2001) apud Romão Junior; Oliveira (2007) a técnica do In Ceram Spinell é utilizada para inlay/onay e coping e o seu diferencial está na utilização de magnésio em sua fórmula, conferindo-lhe significativa translucidez ao material. Contudo, essa técnica apresenta baixa 13 resistência - cerca de 30% menos resistente comparando-se à alumina. O In Ceram Spinell utiliza uma mistura de alumina e magnésia e deve ser sinterizado em um ambiente a vácuo (PAUL et al, 1995). Possui translucidez duas vezes maior que o In Ceram Alumina porque o índice de refração da sua fase cristalina é mais próximo ao do vidro e sua infiltração a vácuo permite menor porosidade. O In Ceram Spinell é, portanto, indicado em situações onde se deseja o máximo de translucidez da estrutura. De acordo Romão Junior; Oliveira (2007), o spinell é aplicado, com um pincel, sobre o refratário. Em relação às áreas frágeis, que apresentam risco de fratura, é preciso aplicar uma camada um pouco mais espessa. Em relação ao processo de sinterização, esse é realizado a 1.180°C, por um período de 2 horas. Quanto ao ajuste do coping sinterizado, sem a infiltração do vidro, os autores relatam que o processo é semelhante ao do In Ceram alumina. Para aplicação do vidro, segundo Romão Junior; Oliveira (2007), mistura-se pó de vidro (Sp Vita In Ceram Spinell Glass Powder Vita), de tom compatível (S-11 ou S-12 para cores claras e S-13 ou S-14 para tons amarelados ou acastanhados) à cor devidamente selecionada para a coroa, e também com água destilada, depois, com ajuda de um pincel, a mistura deve ser aplicada na face externa do coping Quanto à queima de infiltração, segundo os autores, para o processo de infiltração do vidro derretido, que é altamente fluido no coping de Spinell, pode-se utilizar um forno convencional de porcelana, onde a peça permanece, por 12 minutos, a 1.120°C. A remoção dos excessos é semelhante ao processo realizado no ln Ceram Alumina. E, finalmente, para a aplicação da porcelana VM7 (Vita), o processo também é semelhante ao do In-Ceram Alumina, segundo Romão Junior; Oliveira (2007). 3.3 In-Ceram Zircônia Para possibilitar o aumento da tenacidade e a elevação da resistência 14 flexural surgiu um material desenvolvido pela Vita, composto pela adição de 33% de óxido de zircônio parcialmente estabilizado, ao In Ceram Aluminia, dando origem ao In Ceram Zircônia (Al2O3ZrO2) (GUERRA et al, 2007). Este material possui resistência flexural em torno de 700 MPa, e investigações feitas, pelo fabricante, após 7 anos, mostrou 98%de sucesso clinico. Entretanto, a adição de óxido de zircônio promove alta opacidade às restaurações, prejudicando a estética. O In Ceram Zircônia promove a mistura de óxido de zircônia e óxido de alumina como material para realização da infra-estrutura, possibilitando a obtenção de um aumento de tenacidade e elevação da resistência flexural, enquanto mantém os procedimentos de infiltração de vidro fundido no interior da estrutura (ROSA & GRESSLER, 2001). O material VITA In Ceram Zircônia consiste de óxido de alumina e óxido de zircônia, oferecendo alta resistência flexural (600 MPa) e alta resistência à fratura (LABORATÓRIO VITA, site) Já a técnica do In ceram Zircônia segundo Bottino (2001) apud Romão Junior; Oliveira (2007), esta é utilizada, principalmente, para próteses fixas na região posterior e sua resistência é 60% superior à do In Ceram Alumina, já que possui em sua fórmula óxido de zircônio. Por outro lado, possibilita menor translucidez ao material, uma vez que o coping apresenta maior opacidade. De acordo com a orientação de Romão Junior; Oliveira (2007), a duplicação do troquel original (mestre), do mesmo modo como ocorre com ln Ceram Alumina, no modelo original, os retentores e a área de pôntico devem permanecer "unidos". A partir daí, deve ser separado do modelo toda a área da prótese fixa, como um "grande troqueI" afim de manter a posição dos retentares e da área do pôntico na duplicação do troqueI. Já na de espaço protético, deve-se utilizar um pôntico de cera pré-fabricado, para tornar mais fácil a aplicação da zircônia. O "grande troquel", segundo Romão Junior; Oliveira (2007) é então coberto com uma camada de espaçador (ln-Ceram lnterspace Varnish - Vita) até 1 mm aquém do término, para não causar desadaptação da peça. O tro- 15 quel, com o pôntico de cera, é moldado com um silicone especial (Elite DoubleZhermack), e o molde obtido é vazado com o gesso especial Vita In Ceram Special Plaster (Vita). Quanto à aplicação do zircônio, os autores orientam que a "massa" de óxido de alumínio e zircônio seja aplicada no troqueI de trabalho, com espessura de 1 mm na área oclusal e 0,7 mm no restante. Para a sinterização da zircônia, o processo passa por dois ciclos: (1) à temperatura constante de 1.120°C, durante duas horas, (2) à temperatura cons tante de 1.200°C, durante duas horas. Quanto ao ajuste do coping sinterizado, sem a infiltração do vidro, segundo os autores, o processo se assemelha ao do ln Ceram Alumina e aplicação do vidro, também. Em relação á queima de infiltração, utiliza-se o forno lnceramat Il (Vita), à temperatura constante de 1.140°C, por um período de 2 horas e 30 minutos. Já a remoção dos excessos e aplicação da porcelana aluminizada VM7, o processo também é semelhante ao do In Ceram Alumina. Para McLAREN et aI., 1999, o In-Geram Zircônia é indicado para coroas unitárias posteriores, próteses fixas de três elementos, incluindo áreas posteriores sobre dentes naturais ou implantes. 16 Sistema Cerâmico Nome Comercial Sistema Cerâmico Infiltrado In-ceram® Alumina (Vita) Material do Núcleo Função Resistência à Flexão (MPa) Cerâmica vítrea infiltrada por alumina Infraestrutura de reforço 236-600 280-380 Sistema Cerâmico Infiltrado In-ceram® Spinell (vita) Cerâmica vítrea infiltrada por aluminato de magnésio Infraestrutura de reforço Sistema Cerâmico Infiltrado In-ceram® Zircônia (vita) Cerâmica vítrea infiltrada por alumina e partículas estabilizadoras de zircônia Infraestrutura de reforço 421-800 Indicação Coroa unitária anterior e posterior, PPF de 3 elementos (incisivo central a canino) Coroa unitária, anterior, facetas, inlays, onlays Coroa unitária posterior sobre dentes naturais ou implantes, próteses e PPF de 3 elementos Fonte: Adaptado de KINA (2005. p. 125) e GOMES et al (2008, p. 324) Quadro 1 – Principais características e indicações dos diferentes copings do sistema In Ceram disponíveis no mercado para restaurações livres de metal (metal-free). 17 3 DISCUSSÃO Em 2009, Chain et al classificaram as porcelanas atuais e definiram indicações, contra-indicações, vantagens e desvantagens das mesmas. Segundo os autores, o sistema In Ceram fabricado pela Vita Zahnfabrik, classificado como porcelana aluminizada infiltrada com vidro, apresenta a mais alta resistência à fratura entre as porcelanas odontológicas e é indicada para a confecção de coroas anteriores e posteriores, incrustações, coroas sobre implantes e próteses fixas de ate 3 elementos. Essa observação está em concordância com o trabalho de Pagani; Miranda; Bottino (2003) que realizaram uma experiência com diversos sistemas cerâmicos para avaliar a tenacidade à fratura, ou seja, à medida da habilidade de absorção de energia de um material friável estando relacionada ao nível de estresse (tensão) antes da fratura ocorrer. Utilizaram três tipos de cerâmicas, a saber: Vitadur Alpha (Vita-Zahnfabrik); IPS Empress 2 (Ivoclar-Vivadent) e finalmente a cerâmica InCeram Alumina (Vita-Zahnfabrik). A partir de suas experiências comprovaram que as cerâmicas apresentam diferentes desempenhos de tenacidade à fratura e que a In-Ceram foi capaz de absorver maior energia comparada a Vitadur Alpha e ao IPS Empress2. Segundo Bottino et al. 2001 apud Rodrigues Jr. et al, 2005, o In ceram sofre contração de 0,21% durante a sinterização o que pode influenciar no desajuste marginal (CAMPBELL, 1995; LUI, 1980; PHILLIPS, 1996 apud RODRIGUES Jr. et al, 2005) O tratamento de superfície com sílica e mais eficaz no aumento da forca de adesão, quando comparado com o oxido de alumínio (VALANDRO; MALLMANN; DELLA BONA; BOTTINO, 2005). De acordo com Pagani; Miranda; Bottino (2003), outros autores, ao estudarem a tenacidade de diferentes materiais cerâmicos, por meio da técnica 18 de indentação, concluíram que os maiores resultados provem da utilização das cerâmicas aluminizadas. De acordo com Romão Júnior; Oliveira (2007), o objetivo do desenvolvimento do sistema In Ceram Alumina (Vita-Zahnfabrik) foi ser usado como coping a ser coberto por uma cerâmica específica cujo coeficiente de expansão térmica fosse compatível. O In Ceram Alumina possibilitou estabilidade dimensional ao coping cerâmico, composto de, aproximadamente, 70% de alumina, podendo, por isso, ser utilizado em prótese fixa. Isso é confirmado pelo trabalho de Sadowsky, 2006, que afirmou que o uso para próteses parciais fixas em In Ceram é bem sucedido em 88 a 90% dos casos apos cinco anos de estudo (resultados menos favoráveis em comparação as próteses metalocerâmicas, com sucesso em 95, 90 e 85% dos casos, respectivamente em cinco, dez e 15 anos de acompanhamento). Quando a comparação se faz pela adaptação marginal, as próteses totalmente cerâmicas apresentaram-se similares às metalo-cerâmicas. Segundo os referidos autores, a resistência à flexão de aproximadamente 150 MPa, presente nas cerâmicas convencionais e nas prensadas, é inadequada à confecção de coroas totais em molares. Como a resistência à flexão do ln Ceram varia de 300 a 600 MPa, o In Ceram Alumina pode evidentemente ser indicado para a região posterior. Porém, é preciso respeitar a espessura mínima de 1,0 mm do coping para que tais valores de resistência sejam preservados. Caso, o coping seja afinado até 0,5 mm de espessura e coberto por 1,0 mm de cerâmica, certamente ocorrerá um redução para 225 MPa em sua resistência à flexão. Como limitação, a alta concentração de Al2O3 presente no In Ceram Alumina, em torno de 85% em massa, resulta numa infraestrutura relativamente opaca, podendo causar o esverdeamento da porcelana de cobertura (ROCHA, ANDRADE, SEGALLA, 2004). Posteriormente, desenvolveram o sistema In Ceram Spinell (MgAl2O4) que representa uma modificação na estrutura original do In Ceram, substituindo-se parte do Al2O3 por óxido de magnésio (MgO). A partir daí, contornou-se o problema de transmissão de luz, já que o In Ceram Spinell 19 possui translucidez ainda melhor, sendo capaz de combinar com o substrato subjacente, possibilitando um resultado estético surpreendente (ROCHA, ANDRADE, SEGALLA, 2004). O sistema In-Ceram Spinell (Vita Zahnfabrik, Bad Säckingen, Alemanha) constitui um sistema cerâmico empregado em situações onde a translucidez é a característica mais exigida em coroas dentárias. Após polimento e jateamento, a subestrutura infiltrada é recoberta com uma porcelana feldspática para conferir-lhe forma, função e estética de um dente natural (APHOLT; BINDL; LÜTHY; MÖRMANN; 2001). De acordo com as conclusões de Rocha; Andrade; Segalla (2004), o sistema In Ceram Spinell pode oferecer resultado estético excelente, porém suas propriedades mecânicas apresentam resultados limitados. Portanto, esse sistema não pode ser indicado para regiões em que há grande estresse mastigatório. Com a finalidade de ampliar a aplicabilidade clínica – incluindo coroas e próteses parciais fixas posteriores –, foi desenvolvido o sistema In Ceram Zircônia. Enquanto no In Ceram Spinell houve a substituição de alumina por MgO, melhorando o resultado estético, neste sistema, parte do Al2O3 foi substituída por ZrO2, que representa 33% da estrutura cristalina. Segundo Diego et al (2007), a utilização de cerâmicas a base de Alumina (AI2O3) e Zircônia (ZrO2) de alta densidade relativa vem sendo proposta porque a Alumina tem apresentado excelente biocompatibilidade, alta dureza e resistência ao desgaste, apesar de demonstrar moderada resistência à flexão e tenacidade. A zircônia pura não pode ser utilizada na fabricação de peças sem a adição de estabilizantes. A zircônia estabilizada com ítria (Y-TZP) é uma alternativa popular a alumina como cerâmica estrutural uma vez que é também inerte em meio fisiológico, apresenta maior resistência à flexão, maior tenacidade à fratura e menor módulo de elasticidade. propriedades mecânicas, a zircônia se torna Além de suas esteticamente bastante interessante quando polida. Em face disso, vários sistemas matriz cerâmica- 20 zircônia têm sido estudados. O In Ceram Zircônia possui 20% de zircônia e 80% de alumina sendo o mais resistente dos três com resistência flexural de 700 MPa e sua indicação é para coroas unitárias anteriores e posteriores, próteses fixas de até 3 elementos e componentes CeraOne (PROBSTER, 1996 apud RODRIGUES JÚNIOR, 2005) De acordo com Diego et al, (2007), a adição de zircônia na alumina como aditivo de sinterização vem sendo praticada com objetivo de densificação e tenacificação de cerâmicas a base de alumina. Contudo, o conceito de tenacificação de cerâmicas de alumina por dispersão de partículas de zircônia em uma matriz somente foi reconhecida nos últimos 20 anos. A introdução de pequena quantidade de zircônia em alumina como aditivo de sinterização leva à formação de solução sólida a qual promove o processo de densificação pela introdução de defeitos. Por outro lado, a microestrutura de um material composto é formado a partir da adição de uma segunda fase aumentando o tempo de vida útil e a confiabilidade do cerâmico já que confere maior tenacidade à fratura e resistência mecânica (DIEGO et al, 2007). Essa afirmação é questionada por Rocha; Andrade; Segalla (2004), que afirmaram que, apesar de o In Ceram Zircônia apresentar excelentes características mecânicas, pelo fato de ser muito recente, há necessidade de estudos clínicos longitudinais a longo prazo de modo que o seu desempenho mecânico seja confirmado clinicamente nas coroas e próteses fixas posteriores (ROCHA; ANDRADE; SEGALLA, 2004). Na opinião de Rocha; Andrade; Segalla (2004), os sistemas Spinell e Zircônia, originados a partir de modificações na estrutura do sistema In Ceram Alumina, propiciou versatilidade ao sistema, proporcionando expansão da sua aplicação clínica como materiais para infra-estrutura cerâmica. O ln Ceram é indicado para coroas unitárias anteriores e posteriores e próteses parciais fixas anteriores de até três elementos. Dentes pilares com 21 mobilidade não devem receber próteses fixas confeccionadas com In Ceram, pois concentrações de tensões vão ocorrer nos conectores, levando a falhas prematuras (ROMÃO JÚNIOR; OLIVEIRA, 2007). Dada a escassez de publicações inerentes ao estudo casuístico do sistema In Ceram é importante a divulgação de métodos e técnicas científicas padronizadas com resultados de acompanhamentos mais longos. 22 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS De acordo com a literatura revisada sobre as diferenças entre os copings do sistema In Ceram pode-se verificar que esse sistema produzido através da infiltração do vidro no coping de alumínio, além de apresentar alta resistência à fratura, dada o alto teor de alumina teve grande aceitação dos profissionais de odontologia. O sistema In Ceram Alumina além de proporcionar excelente quanto à estética, apresenta ótima característica mecânica, sendo utilizada como coroas totais unitárias e fixas de 3 elementos em regiões anteriores. O sistema In Ceram Spinell pode proporcionar estética excelente, porém propriedades mecânicas limitadas, sendo utilizado em coroas totais de dentes vitalizados e onlays em regiões anteriores. Os sistemas In Ceram Zircônia apresenta excelente característica mecânica com estética não satisfatória, sendo utilizado para coroas totais, unitárias e fixas para regiões posteriores. A utilização dos diferentes tipos de coroa In Ceram apresenta resultados altamente satisfatórios, contudo, é necessário atentar para as recomendações para o emprego de cada tipo de coroa de acordo com as regiões da boca. Os diferentes copings do sistema In Ceram do fabricante Vita possibilita aos cirurgiões-dentistas, diversos requisitos essenciais para a confecção de coroas unitárias e pontes fixas de cerâmica com resultados satisfatórios no que tange à durabilidade, à estética e à funcionabilidade, possibilitando plena satisfação do cliente. Verificou-se ainda que o sistema In ceram, dentre outras cerâmicas possibilita à construção de próteses com enorme semelhança a um dente natural, dada a sua interligada à luminosidade e à translucidez. 23 5 REFERÊNCIAS 1. ANUSAVICE, KJ. Reducing the failure potencial of ceramic based restorations. Gen Dent. V. 45, n. 1, p. 30-35, jan., 1997. 2. APHOLT, W., BINDL, A., LÜTHY, H., MÖRMANN, W.H. Flexural Strength of Cerec 2 Machined and Jointed InCeram-Alumina and InCeram-Zirconia Bars, Dental Materials, v.17, n.3, pp. 260-267, May, 2001. 3. BOTTINO, M. A. et al. Estética em reabilitação oral: metal-free. São Paulo: Artes Médicas, 2000. 4. CAMPBELL, S. D. et al. 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