Fechou o tempo Tempo NO LITORAL hoje Instável Mín 20o Máx 26o maré Tramandaí - As finais do Super Vôlei de Praia serão realizadas hoje, a partir das 9h30, em frente à Tenda da Petrobras, na beira-mar. Os medalhistas olímpicos Renan dal Zotto, Bernardinho, Carlão, Giovane e Paulão, participam da cerimônia de premiação aos vencedores. Imbé - Hoje é o último dia para os amantes da literatura conferirem a 9a Feira do Livro, que ocorre no centrinho da Avenida Mariluz. A programação inicia às 15 horas, com contação de histórias e segue até às 21 horas, com show de encerramento de Maicon Borges & Banda e, depois, Bibiana Bolacell. Salvamentos - O relatório divulgado pela 43a Operação Golfinho mostra que, desde o dia 15 de dezembro de 2012, os salva-vidas já resgataram 997 pessoas nas praias do litoral norte. Imbé continua sendo a praia com mais ocorrências, com 206 resgates. A guarita 75, em Capão da Canoa, tem sido o local onde os banhistas são mais descuidados, com 54 resgates. Xangri-Lá - A prefeitura está oferecendo 5% de desconto para o pagamento, em cota única, do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), até dia 22 de fevereiro. Para quem optar pelo pagamento parcelado, em cinco vezes, as datas de vencimento serão bimestrais. Osório - Dentro da programação do Verão Ambiental, a prefeitura realiza hoje, no balneário de Atlântida Sul, beach rafting, escalada, city-tour, trilha e water ball. As atividades ocorrem das 9 às 12 horas e das 14 às 18 horas, na beira-mar. amanhà MELHORA Mín 19o Máx 26o Ontem foi um dia atípico no litoral norte. O tempo, que começou com chuva e depois teve sol forte pela manhã, voltou a fechar no início da tarde, afastando os banhistas. Em Imbé, o vento derrubou cadeiras. A vigilante Cristina Carvalho, 27 anos, de Novo Hamburgo, não se intimidou com o tempo ruim. “A previsão era de chuva. Mesmo com o vento, vou ficar mais um pouco pela praia”. Os banhistas que não foram para casa mais cedo, precisaram se esconder nos quiosques. A chuva cessou somente no final da tarde. terça pancadas Mín 18o Máx 26o Aventura na trilha do Ceclimar FOTOS PEDRO BARBOSA/GES-ESPECIAL Visita registrada há mais de 30 anos Museu de ciências O esqueleto de uma baleia jubarte de 12,7 metros é a grande atração do Museu de Ciências Naturais do Ceclimar. O biólogo Maurício Tavares explica que a baleia, que morreu em agosto de 2010 em Capão da Canoa, passou por um longo processo antes de ser exposta. “O esqueleto ficou em uma marina que pertence ao Ceclimar. O crânio e as nadadeiras foram trazi- Ecotrilha é opção diferente no litoral PEDRO BARBOSA Pensou em dar um tempo na praia e participar de uma trilha ecológica? Em Imbé, os amantes da natureza encontram uma opção divertida bem mais perto do que pensam. O passeio é realizado todas as terças-feiras, a partir das 17 horas, no Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos (Ceclimar) / Instituto de Biociências / Ufrgs. Por questões de segurança, dois monitores guiam o trajeto que dura aproximadamente uma hora e meia. Antes de iniciar a caminhada, os monitores Ronaldo Nobre da Conceição e Murillo Fernando de Souza Jesus passam as orientações e explicam as características peculiares do estuário do Rio Tramandaí. “Encontramos espécies que só vivem nessa área”, conta Nobre. No percurso, árvores, juncos, samambaias e outras espécies vegetais nativas. A aposentada Maria Carminha Praug de Oliveira, 62 anos, de Imbé, levou a neta Júlia de Oliveira, 10, para o passeio. “Procuro indicar a trilha sempre que posso. É maravilhoso”. Um pouco acanhada, Júlia gostou do passeio. “A melhor parte foi quando o monitor pegou o siri”, conta. Já a professo- ra Caren Medeiros da Silva, 32, de Porto Alegre, levou o filho Samuel, 7, para desbravar a ecotrilha. “A trilha é ótima para ter contato com a natureza e é perto”. O funcionário público Mauro Dobrilovich, 41, de Porto Alegre, era um dos mais empolgados. Fazia fotos a todo instante. “Temos poucas atrações na praia. O passeio é uma ótima opção para quem gosta da natureza”. Até o final do ano passado, os passeios eram restritos às escolas ou grupos fechados, divididos em módulos específicos. Este é o primeiro verão em que a ecotrilha é aberta. CUIDANDO DOS ANIMAIS O Centro de Reabilitação de Animais Silvestres e Marinhos (Ceram) foi criado em 2002 com o intuito de recuperar e reintroduzir animais marinhos no seu habitat natural. Segundo o biólogo do Ceclimar, Maurício Tavares, o espaço é um local de triagem, onde os bichos recebem o tratamento adequado. “Não é para ser um lar permanente”. Atualmente, o Ceram conta com dez animais. Entre as espécies estão pinguins, tar- tarugas, aves e um leão-marinho, o Gordo (foto), que é considerado a atração especial do local. Tavares explica que o animal está há mais de dez anos no Ceram. “Ele veio para cá filhote. Está reabilitado, mas não consegue mais voltar ao seu habitat. Removê-lo para outro local seria perigoso, pois ele poderia entrar em depressão e acabar morrendo”. No setor de veterinária há 14 animais. A visitação ao Ceram só é permitida durante o verão, de sexta a domingo, das 16 às 18 horas. AINDA OS BOTOS Passeio guiado apresenta flora e fauna nativas do litoral norte Estudos e contribuição Idealizado pelo professor Irajá Damiani Pinto, o Ceclimar, teve os primeiros prédios inaugurados em janeiro de 1983, com o intuito de desenvolver estudos ambientais, abrangendo a diversidade marinha e costeira do litoral norte. “Em 1944 o professor Irajá participou de uma excursão do Curso de História Natural da Faculdade de Filosofia da época no litoral norte. Lá surgiu a primeira pesquisa sistemática com crustáceos e a ideia da criação do Centro, após visita às lagoas da região”, conta a diretora do Ceclimar, Norma Luiza Würdig. No Centro de Estudos também funciona o curso de graduação de Ciências Biológicas: Ênfase Biologia Marinha e Costeira e Gestão Ambiental Marinha e Costeira, desenvolvido em parceria entre a Ufrgs e a Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs). As aulas ocorrem no Ceclimar e no câmpus de Cidreira da Uergs. Cerca de 80 alunos já passaram pelo curso. QUEM É ELE Há dois anos no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres e Marinhos (Ceram), o atobá-marrom é um dos oito animais cativos permanentes. Está recuperado, mas não consegue mais se adaptar ao seu habitat. Chama a atenção pela calma e divide espaço com três pinguins. SAIBA MAIS O Ceclimar conta com uma intensa programação de verão. Na quartafeira ocorrerá a oficina Reciclando Ideias. Já a oficina Conhecendo as tartarugas marinhas será realizada no dia 20. Os amantes da fotografia podem participar da oficina Fotografando a natureza, no dia 21. Dia 27 é a vez da oficina Tubarões: vilões ou vítimas. Todas as atividades são gratuitas e ocorrem das 14h30 às 16 horas. das inteiras. Um processo de compostagem permitiu as condições ideais para que só restassem os ossos.” A responsável pelo setor, Neuza Maria Pacheco Feliciano Wolmann, comemora a nova exposição. “Desde a reabertura já tivemos mais de 5 mil visitantes. Aumentou a procura por causa da mudança do acervo”. O local funciona de terça a domingo, das 15 às 19 horas. A reportagem de Pedro Barbosa, publicada pelo ABC no domingo passado, encantou muitos leitores com o registro de botos no estuário do Rio Tramandaí – a famosa barra. Mais do que isso, mexeu com a memória sentimental de muita gente que frequentou por vários anos o local e viu a presença dessas espécies ficar cada vez mais rara. É o caso de Carlos Alberto Sarmento (foto), de 59 anos. Em fevereiro de 1979, quando pescava na barra, fez três fotos de um boto no rio. Flagrou inclusive o momento em que o animal dá um de seus típicos saltos fora da água. Na época com 26 anos e esperando o nascimento de seu primeiro filho, o então bancário Mene, como é mais conhecido, veraneava em Imbé e aproveitava para pescar à tarde. “Eu vi que tinha uma coisa se movimentando na água. Era a bar- batana”, lembra. Além da pescaria, Carlos tinha outro hábito. “Sempre gostei de fotografar. Uma hora dessas, vou tentar ampliar, fazer um quadro com as três imagens”, planeja. Mene hoje trabalha no Grupo Sinos, em Novo Hamburgo. Tem três filhos adultos e reconhece que sua vida mudou bastante daqueles tempos para cá. Mas, quando tem oportunidade, ainda pesca na barra. Apesar de ter feito um único registro, ele observa que os botos apareciam com muita frequência. “Quando isso acontecia, eu ia correndo. Quando eles chegam, trazem juntos outros peixes”, explica. Os tempos estão diferentes na barra. Como a reportagem da semana passada já havia assinalado, os botos se tornaram visitas mais raras no Rio Tramandaí. Trata-se de um problema ambiental. “É por causa da poluição do mar”, concorda Carlos. Carlos Alberto Sarmento/ARQUIVO PESSOAL PEDRA FUNDAMENTAL Há três troncos fósseis no Ceclimar. A diretora do Centro, Norma Luiza Würdig, explica que as árvores petrificadas do período triássico são originárias da cidade de Mata, no interior do Estado. “Elas foram retiradas pelo padre Daniel Cargnin e trazidas para ser a pedra fundamental do Ceclimar pelo professor Irajá Damiani Pinto, em fevereiro de 1981”. Em 1979, Carlos Sarmento fotografou inclusive o momento em que o boto dava um de seus saltos (acima) na barra do Rio Tramandaí. Na imagem ao lado, pode ser vista a barbatana