Tibana et al.: Intervalo de recuperação entre séries para adolescentes www.brjb.com.br ORIGINAL PAPER (ARTIGO ORIGINAL) OS EFEITOS DE 30s E 120s DE INTERVALO DE RECUPERAÇÃO NO VOLUME DE TREINO E RESISTÊNCIA A FADIGA MUSCULAR EM ADOLESCENTES THE EFFECTS OF 30s AND 120s OF DIFFERENT REST INTERVAL IN VOLUME OF TRAINING AND RATE FATIGUE IN YOUNG MEN Ramires Alsamir Tibana1,2, Dahan da Cunha Nascimento1,2 e Sandor Balsamo1,2,3 Centro Universitário Euro Americano (UNIEURO) – Departamento de Educação Física – Brasília/Brasil 2 GEPEEFS (Grupo de Estudo e Pesquisa em Exercício de Força e Saúde) – Brasília/DF/Brasil. 3 Programa de Pós-Graduação stricto sensu da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Brasília – Brasília/DF/Brasil. Corresponding author: Ramires Alsamir Tibana Centro Universitário Euro-Americano Av. das Nações, Trecho 0, Conjunto 5, Brasília - DF - Brasil Laboratório de Avaliação do Desempenho Físico e Saúde e-mail: [email protected] Telefone: (61) 9616 – 8340 Submitted for publication: Jun 2010 Accepted for publication: Aug 2010 RESUMO TIBANA, R. A.; NASCIMENTO, D. C.; BALSAMO, S. Os efeitos de 30s e 120s de intervalo de recuperação no volume de treino e resistência a fadiga muscular em adolescentes. Brazilian Journal of Biomotricity, v. 4, n. 3, p. 198-205, 2010. O objetivo deste estudo foi examinar o volume de treino entre as séries, o volume total de treino e o índice de fadiga (IF) com 30s e 120s de intervalo de recuperação (IR) entre as series, durante um protocolo no supino reto na máquina sentado. Participaram deste estudo dez adolescentes do sexo masculino aparentemente saudáveis e sem experiência prévia no treinamento resistido (15,30 ± 0,82 anos; 21,0 ± 2,51 Kg/m2; Tanner – 4; 60,10 ± 11,63 Kg 10RM). Em dois momentos distintos, os participantes realizaram em ordem contra balanceada, o protocolo com 30 e 120 segundos de IR entre as series. O protocolo consistiu de 3 series com 10 repetições máximas. A avaliação estatística dos dados foi feita através do teste de Shapiro-Wilk para avaliar a normalidade dos dados e, de acordo com o resultado, utilizou-se o teste t de Student para avaliar o volume total de treino e o índice de fadiga entre os protocolos, A ANOVA fatorial de medidas repetidas com post-hoc de Bonferroni foi utilizada para avaliar a diferença entre o volume de treino entre os protocolos. O nível de significância estatístico utilizado foi p < 0,05. O volume total de treino e o IF apresentaram-se superior com a utilização de 120s, quando comparado ao intervalo de recuperação de 30s. Conclui-se que a utilização de diferentes intervalos de recuperação tem Brazilian Journal of Biomotricity, v. 4, n. 3, p. 198-205, 2010 (ISSN 1981-6324) 1 198 Tibana et al.: Intervalo de recuperação entre séries para adolescentes www.brjb.com.br importante influência sobre o volume total de treino durante um protocolo realizado no supino reto em adolescentes sem experiência no treinamento resistido. Palavras Chave – Intervalo de recuperação, volume de treino e adolescentes. ABSTRACT TIBANA, R. A.; NASCIMENTO, D. C.; BALSAMO, S. The effects of 30s and 120s of different rest interval in volume of training and rate fatigue in young mens. Brazilian Journal of Biomotricity, v. 4, n. 3, p. 198-205, 2010. The purpose of this study was to assess the training volume between sets, total work with 30s and 120s of rest intervals between sets and rate of fatigue (RF) on the seated bench press exercise. Ten male apparently health without experience on resistance training volunteered for this study (15,30 ± 0,82 years; 21,0 ± 2,51 Kg/M2; Tanner – 4; 60,10 ± 11,63 Kg 10RM). In to two distinct moments the subjects performed in a counter balanced order the protocols of 30 s and 120 s of rest interval between sets. The protocol consisted of 3 sets with 10 RM. The normality and homogeneity of data variance were analyzed using Shapiro Wilks. Student t test was used to assess de differences between rest intervals on the total work. ANOVA of repeated measures with Bonferroni post-hoc was utilized to verify differences between the training volumes. The significance level adopted for all analyzes were p < 0,05. The total work and rate of fatigue presented significantly higher when resting 120 s. In conclusion the utilization of different rest intervals has important influence on the total work training with the protocol performed by the adolescents on the chest press without experience on the resistance training. Keys Words: Rest interval, volume of training and teenagers. O treinamento resistido (TR) é geralmente prescrito para promover o aumento na força, potência e resistência muscular. Similar com outras atividades físicas o TR tem demonstrado ter efeitos benéficos em diversos indicadores de saúde como a composição corporal, densidade mineral óssea, perfil lipídico sanguíneo e saúde cognitiva (PEDIATRICS, 2008). Dependendo dos objetivos e das necessidades individuais, diversas variáveis podem ser consideradas no delineamento do TR, como o número de exercícios, séries, intensidade de esforço, ordem dos exercícios, velocidade de execução e intervalo de recuperação entre as séries (KRAEMER e RATAMESS, 2004). De acordo com Willardson (2006), o intervalo de recuperação (IR) deve propiciar uma suficiente recuperação das fontes energéticas (adenosina trifosfato [ATP] e fosfocreatina [CP]), possibilitar a remoção dos subprodutos da contração muscular que levam à fadiga (íons de H+) e restabelecer a força muscular. Em adultos diferentes tempos do IR podem resultar em respostas distintas nos sistemas neuromusculares (SALLES et al., 2010), endócrinos (BOTTARO et al., 2009), cardiovasculares (POLITO et al., 2004) e no desempenho de séries subseqüentes (SALLES et al., 2009). Em relação ao desempenho agudo apenas Faigenbaum et al. (2008) compararam diferentes IR (1, 2 e 3 min.) no número de repetições realizadas durante um protocolo de exercício isotônico em crianças, adolescentes e adultos. Os autores reportaram que crianças e adolescentes conseguem realizar um maior número de repetições quando comparado aos adultos, tanto com 1, 2 e 3 minutos de IR. Pesquisas recentes (RATEL et al., 2006; FALK e DOTAN, 2006) têm demonstrado que, após exercícios realizados em alta intensidade, crianças e adolescentes possuem uma recuperação mais rápida da freqüência cardíaca, menor concentração de lactato, maior capacidade oxidativa, melhor regulação ácido-base e uma maior taxa de ressíntese de creatina fosfato. Entretanto, para nosso conhecimento apenas um estudo comparou a influência de diferentes IR no desempenho das séries subseqüentes (FAIGENBAUM et al., 2008). Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi analisar a influência de dois diferentes IR (30s e 120s) no volume de treino entre as série, no volume total de treino e na resistência a fadiga muscular em adolescentes sem experiência prévia no TR. Brazilian Journal of Biomotricity, v. 4, n. 3, p. 198-205, 2010 (ISSN 1981-6324) INTRODUÇÃO 199 Tibana et al.: Intervalo de recuperação entre séries para adolescentes www.brjb.com.br MATERIAIS E MÉTODOS Amostra Dez adolescentes saudáveis do sexo masculino, com idade entre 13 a 17 anos, foram convidados a participar do estudo (tabela 1). Como critérios de inclusão os participantes não deveriam possuir quaisquer lesões osteomioarticulares ou algum tipo de doença que poderia comprometer a saúde durante o estudo; responder negativamente ao questionário PAR-Q e entregar até a data estipulada o termo de consentimento livre e esclarecido assinado pelo seu responsável. O projeto foi encaminhado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, do Centro Universitário Euro-Americano (Unieuro), sob o Protocolo nº 030/09, parecer nº 035/09. Avaliação da maturação sexual Para determinação dos estágios de maturação sexual foi utilizado a escala de Tanner, por meio de auto-avaliação, um método de reconhecida validade e confiabilidade (DUKE et al., 1980). característica Idade (anos) IMC (kg/m2) % de Gordura Tanner Média±Desvio Padrão 15,30 ± 0,82 21,0 ± 2,51 12,86 ± 6,61 4-4 Teste de 10 repetições máximas (10RM) O teste de 10RM foi realizado no exercício supino reto sentado na máquina (SR). Logo após um aquecimento leve de 5 minutos na esteira, foram seguidas as seguintes recomendações: 1) aquecimento no equipamento de 5 a 10 repetições com intensidade de leve a moderado; 2) descanso de um minuto, e incremento do peso tentando alcançar as 10RM em três a cinco tentativas, usando cinco minutos de intervalo entre uma tentativa e outra; 3) o valor registrado foi o de 10 repetições, com o peso máximo levantado na última tentativa bem sucedida (SIMÃO et al., 2005). Para determinar uma confiabilidade do teste de 10RM foram aplicados teste e reteste (58,70±12,89 kg e 60,20±13,05 kg) e a correlação de Pearson para determinar a reprodutibilidade do teste (r = 0,98). Resistência a fadiga muscular O índice de declínio do número de repetições entre a primeira e a terceira série para cada protocolo foi usado como o índice de fadiga muscular (IF), proposto por Sforzo e Touey (1996). IF = (3ª série/ 1ª série)x100; maior o valor percentual (%), indica maior resistência a fadiga. Protocolo experimental Foram realizadas 4 sessões de testes em quatro diferentes dias separados por no mínimo 48 horas. Nas duas primeiras sessões realizou-se o teste e o re-teste de 10RM. No Brazilian Journal of Biomotricity, v. 4, n. 3, p. 198-205, 2010 (ISSN 1981-6324) Tabela 1 – Característica da amostra (n=10). 200 Tibana et al.: Intervalo de recuperação entre séries para adolescentes www.brjb.com.br terceiro e quarto dia foram realizados aleatoriamente os testes onde os protocolos diferenciaram-se apenas pelos IR (30s e 120s). Após o aquecimento, o protocolo constou de 3 séries de 10RM no respectivo exercício. Os participantes foram encorajados verbalmente para manutenção de um maior rendimento durante o exercício (MCNAIR et al., 1996). Além disso, não houve tentativa para o controle da velocidade de contração, contudo, foram recomendados a manter uma velocidade moderada e controlada. Em cada série, mensurou-se o número máximo de repetições realizadas. O volume de treino e o volume total de treino foram calculados como (repetições x carga) e (repetições x carga x séries), respectivamente. Análise estatística RESULTADOS A tabela 1 apresenta as características da amostra. A média e o desvio-padrão do volume total de treino, volume de treino entre as séries e IF nos intervalos de 30 e 120 segundos estão referidos nas figuras 1, 2 e 3 respectivamente. Houve diferença significativa no volume total de treino (p = 0,001) e no IF (p = 0,009) entre os protocolos de 30s e 120s. O teste post-hoc de Bonferroni mostrou diferenças significativas: a) no volume de treino das primeiras para as segundas séries e das primeiras para as terceiras séries em ambos os IR, e das segundas para as terceiras séries; b) entre o volume de treino dos dois IR na segunda série (p = 0,001; TE = 3,57) e na terceira série (p = 0,001; TE = 2,26), mas não na primeira (p = 0,09). Tabela 2 – Médias e desvios-padrão do volume de treino por série, volume total de treino e IF com intervalos de recuperação de 30s e 120s, em adolescentes destreinados (n = 10) 1ª Série 2ª Série 3ª Série Volume total de treino IF 30s 120s TE P 630,5 ± 170,9 215,2 ± 94,8 203,6± 85,6 1049,3 ± 285,3 33,15 ± 12,58 647,2 ± 155 553,6 ± 147,8 397,3 ± 136,6 1598,1 ± 391,1 62,36 ± 18,65 0,09 3,57 2,26 1,92 2,32 0,690 0,001* 0,001* 0,002* 0,001* TE = Tamanho do Efeito; IF= Índice de Fadiga; * Diferença significativa entre os protocolos. Brazilian Journal of Biomotricity, v. 4, n. 3, p. 198-205, 2010 (ISSN 1981-6324) A estatística foi realizada aceitando o nível de significância para todas as variáveis estudadas em p ≤ 0,05. Inicialmente foi realizada a análise descritiva da amostra das variáveis estudadas com medidas de tendência central e dispersão. Em seguida, realizouse o teste de Shapiro-Wilk para avaliar a normalidade dos dados e, de acordo com o resultado, utilizou-se o teste t de Student para avaliar o volume total de treino e o IF nos dois IR. A ANOVA fatorial de medidas repetidas com post-hoc de Bonferroni foi utilizada para avaliar a diferença entre o volume de treino em cada série nos IR de 30s e 120s. O tamanho do efeito (TE) foi usado para determinar a magnitude dos resultados, sendo o TE insignificante para indivíduos destreinados quando: <0,50; pequeno: 0,50-1,25; moderado: 1,25-1,90 e grande: >2,0 (RHEA, 2004). 201 Tibana et al.: Intervalo de recuperação entre séries para adolescentes www.brjb.com.br Figura 2 – Volume de treino entre as séries com os intervalos de recuperação de 30 e 120 segundos. * Diferença significativa entre a 1ª série de 120s; # diferença significativa entre a 1ª série de 30s; ¶ diferença significativa entre a 2ª série de 120s; † diferença significativa entre a 3ª série de 120s. Figura 3 – Índice de fadiga ((3ª série/ 1ª série)x100) nos intervalos de recuperação de 30s e 120s. *Diferença significativa entre os protocolos. Brazilian Journal of Biomotricity, v. 4, n. 3, p. 198-205, 2010 (ISSN 1981-6324) Figura 1 – Volume total de treino nos intervalos de recuperação de 30 e 120 segundos. *Diferença significativa entre os protocolos. 202 Tibana et al.: Intervalo de recuperação entre séries para adolescentes www.brjb.com.br DISCUSSÃO O objetivo do presente estudo foi analisar a influência de dois IR no volume de treino entre as séries, no volume total de treino e no IF em adolescentes destreinados. O principal achado foi que 120s de IR foi superior a 30s por possibilitar um maior volume total de treino e maior resistência a fadiga muscular. O IR entre as séries tem sido considerado uma importante variável do TR para adultos (ACMS, 2009), podendo afetar as adaptações crônicas da força muscular (SALLES et al., 2010). Estudos (JAMBASSI FILHO et al. 2010; MIRANDA et al., 2009) têm demonstrado que a duração do IR entre as séries determina o volume total de treino, sugerindo que, quanto mais longo, maior o volume de treino realizado. No presente estudo, nossos resultados demonstraram que o volume total de treino, o volume de treino entre as séries e o IF foram influenciados pela duração do IR. Entretanto, no presente estudo, a utilização de 30s de IR foi significativamente inferior ao volume total de treino e ao IF quando comparado ao IR mais longo. Portanto, esses resultados estão de acordo com estudos desenvolvidos em adultos, onde demonstram que IR curtos pode limitar o ganho de força muscular (SALLES et al., 2010) e a magnitude da recuperação para o desempenho de séries subseqüentes (BOTTARO et al., 2009; MIRANDA et al., 2009; SENNA et al., 2009; MACHADO e WILLARDSON, 2010). É importante destacar algumas possíveis limitações metodológicas do presente estudo, como o número de amostra limitada, não comparação com grupos de outras faixas etárias e a aplicação dos resultados para outros exercícios, especialmente para aqueles de membros inferiores. CONCLUSÃO A partir dos resultados encontrados pode-se concluir que a utilização de 30s de IR, propiciou um menor volume de treino, quando comparado ao IR de 120s. Sugere-se, para futuras investigações, que novos protocolos, com diferentes intervalos de recuperação entre as series, sejam testados e avaliados em diferentes exercícios e entre diferentes populações (crianças, adolescentes e adultos). APLICAÇÕES PRÁTICAS Em termos práticos, quando o exercício é realizado com 120s de IR, um maior volume de treino pode ser alcançado. Com isso, treinadores e especialistas devem levar em consideração a variável intervalo de recuperação na montagem de um programa de exercício para está população. Brazilian Journal of Biomotricity, v. 4, n. 3, p. 198-205, 2010 (ISSN 1981-6324) Poucos são os estudos realizados em relação as variáveis do TR em adolescentes, para nosso conhecimento apenas Faigenbaum et al. (2008), analisaram diferentes IR (1, 2 e 3 min.) no número de repetições realizadas em crianças, adolescentes e adultos. Os autores reportaram que crianças e adolescentes realizam mais repetições que adultos em ambos os IR, entretanto, para todas as faixas etárias a utilização de um maior IR propiciou um maior volume de treino. Resultados similares foram reportados por Dipla et al. (2009), ao compararem a resistência a fadiga durante um protocolo intermitente de alta intensidade em um dinamômetro isocinético entre crianças, adolescentes e adultos, e relataram que a resistência a fadiga é maturação dependente, ou seja, crianças possuem mais resistência a fadiga do que adolescentes, e adolescentes mais do que adultos. 203 Tibana et al.: Intervalo de recuperação entre séries para adolescentes www.brjb.com.br REFERÊNCIAS AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE. Progression models in resistance training for healthy adults. Medicine Science in Sports Exercise, v. 34, p. 687- 708, 2009. AMERICAN ACADEMY OF PEDIATRICS. Strength training by children and adolescents. Pediatrics, v. 121, p. 835-840, 2008. BOTTARO, M.; MARTINS, B.; GENTIL, P.; WAGNER, D. Effects of rest duration between sets of resistance training on acute hormonal responses in trained women. Journal of Science and Medicine in Sport, v. 12, p. 73-78, 2009. 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